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Desenvolvimento Crânio-Facial

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Desenvolvimento Crânio-Facial O disco embrionário, com seus três folhetos, dá origem ao embrião No começo da segunda semana de vida intra-uterina, o embrioblasto aparece como um disco oval constituído por duas camadas de célula s: o ectoderma e o endoderma. No f i da 2ª semana, o endoderma da parte média do terço cefálico do disco, a presenta um espessamento arredondado, é a placa pré -cordal, que se adere f irmemente ao ectoderma. Essa região de firme ade são entre o ectoderma e endoderma constitui a f utu ra membrana bucofaríngea. Fusão similar ocorre na região caudal, entre pequenas regiões arredondadas dos dois folhetos, formando a membrana cloacal. Nessa época determinam-se então, as duas extremidade s do futuro tubo digestivo: a boca e o â nus. Na 3ª semana ocorre um espe ssamento linear, no ectoderma, conhecido como linha primitiva, que se estende desde a região central do disco até a membrana cloacal, seguindo orientação do longo eixo do disco oval. Na parte medial dessa linha, as células ectodérmicas proliferam e migram, para dentro do disco, passando a ocupar a região entre os dois folhetos, constituindo o terceiro folheto embrionário: o mesoderma. A lém disso, células da porção mais cefálica da linha primitiva migram linearmente em sentido cefálico, f ormando um cordão chamado notocorda. Nesse momento, o disco embrionário é constituído por 3 folhetos, exceto nas membranas bucofaríngea e cloacal. Células da crista neural migram para as regiões da face e do pescoço Na 4ª semana, inicia -se a formação do SNC. O ectoderma da região cefá lica prolifera -se, formando as pregas ou dobras neurais – duas bordas longitudinais ou lábios – que deixam um sulco central, o sulco ne ural. As bo rdas das dobras, chamadas de cristas neurais, continuam proliferando até que se fundem na região central, fo rmando o tubo neural. Entretanto, pouco antes do fechamento do tubo neural, as regiões correspondentes às cristas neurais separam-se das pregas, f icando como duas massas celulares paralelas ao tubo. As células dessas cristas cristas neurais migrarão, posteriormente, para diversas regiões do futuro organismo para constituir o ectomesênquima da face e do pescoço, além de participarem na formação de outras estruturas como os gânglios nervosos, as células pigmentares e a me dula da g lândula adrenal. Em seguida o embrião dobra -se tanto em sentido crânio-caudal quanto nas suas bordas laterais, em sentido ventral. Desse modo , fica bem evidente a extremidade cefálica, representada pela proeminência frontal que aloja à extremidade do tubo neural. Desenvolvimento da Cavidade Oral Primitiva 
 O rompimento da membrana bucofaríngea estabelece a comunicação entre a cavidade oral primitiva e o intestino Na 4ª semana, o tubo digestivo divide -se em 3 porções: cefálica, média e caudal. E ssas porções se comunicam com o sa co vitelino e o alantóide. Na extremidade cefálica, a cavidade oral primitiva ou estomodeo, oriunda de uma invaginação do ectoderma, é separada do intestino cefálico por uma fina membrana ectodérmica/endodérmica – a membrana bucofaríngea – que se form a no 22º dia do desenvolvimento. No 27º dia, ocorre a perfuração da membrana, estabelecendo -se a comunicação entre a cavidade oral primitiva e o intestino. Na extremidade caudal, ocorre processo semelhante. Arcos, Bolsa s, Sulcos e Membranas Branquiais O aparelho branquial é responsável pela formação da maior parte dos constituintes da face e do pescoço O aparelho branquial é composto por arcos, b olsas e su lcos branquiais. Essa s estruturas contribuem para a maior parte da formação da face e do pescoço. Os arcos branquiais iniciam seu desenvolvimento nos primeiros dias da 4ª semana de gestação quando também ocorre a migração d as células da crista neural. O primeiro a rco branquial inclui o s p rimórdios dos maxilares que aparecem como um a dis creta elevação superficial lateral. No fim d a 4ª semana, visualizam -se 4 pares de arcos b ranquiais bem definidos. O 5º e 6º pa res são m uito pequenos, não visíveis da superfície do embrião humano. Os arcos são separado s externamente pelos sulcos branquiais, que também são numerados em sequência crânio-caudal. Com exceção d o 1º sulco, que contribui para a formação do meato acústico externo, os outros sulcos obliteram-se e de saparecem. O 1º arco branquial é subdividido em dois processos: maxilar e mandibular. O mandibular é maior e forma rá a mandíbula; o maxilar que é meno r formará a maxila, o arco zigomático e a porção escamosa do osso temporal. Acima da cavidade oral primitiva vai se formando o processo f rontal, que na sua porção anterior co nstitui o processo frontonasal. Esse p rocesso, juntamente com o maxilar e mandibular, d elimitam a cavidade oral. Na porção lateral do processo f rontal, começa a formação das f ossetas nasais e desenvolvem -se os elementos da futu ra mucosa olfatória da cavidade nasal. 
Enquanto isso, o processo maxilar se funde com o f rontonasal, originando o osso maxilar e os tecidos moles adjacentes, exceto na região do lábio superior. O segundo arco facial forma o osso hióide e as regiões adjacentes do pescoço. O pavilhão auditivo é fo rmado pelas regiões dorsais do primeiro e do segundo arco branquial. Nas etapas iniciais, cada arco contém escasso mesênquima, recoberto externamente por ectoderma e internamente por endoderma. Em seguida, o mesênquima é invadido por células p rovenientes da cris ta neural. As células da crista neural, apesar de serem de origem ectodérmica, fo rmam o ectomesênquima, tecido responsável pelas estruturas ósseas, dentárias com exceção do esmalte conjuntivas e musculares da região crânio -facial. Cada arco branquial po ssui uma artéria, um a b arra cartilaginosa, um componente muscular e um nervo. O processo mandibular desenvolve um eixo cartilaginoso, chamado cartilagem de Meckel. Tanto a maxila quanto a mandíbula originam-se do primeiro arco facial O aparelho branquial contribui para a formação do crânio, face, pescoço, cavidades nasais, boca, faringe e laringe. As bolsas faríngeas localizam-se nas porções internas dos arcos branquiais O endoderma da região f aríngea reveste as porções internas dos arcos branquiais, formando pequenas depressões denominadas bolsas faríngeas. Essas bolsas aparecem em p ares entre os arcos b ranquiais, em sucessão crânio -caudal. Assim, a 1º bolsa localiza-se entre o 1º e o 2º arco. Existem 4 bolsas fa ríngeas bem definidas e uma 5ª rudimentar. O endoderma das bolsas entra e m contato com o ectoderma dos sulcos b ranquiais, fo rmando no conjunto, as membranas b ranquiais. Essas memb ranas são estruturas temporárias, pois essas regiões são rapidamente invadidas po r elementos do ectomesênquima. Somente a primeira m embrana branquial origina a membrana timpânica. Desenvolvimento do Crânio Com exceção da base d o crânio, tanto os ossos da calota craniana q uanto os da fa ce 
desenvolvem-se essencialmente por ossificação intramembranosa O crânio pode ser dividido em 3 componentes: calota craniana, base do crânio e face. A calota craniana ou neurocrânio é formada por ossificação intramembranosa p or intermédio de centros de ossificação primários e secundários. Os seus centros iniciais aparecem na 7ª ou na 8ª se mana, sendo que
a ossificação será completada após o nascimento. Entre os ossos da calota craniana formam -se articulações do tipo sínfise. Ao nascimento, os ossos estão separados por amplas suturas e fontanelas, que desaparecem gradualmente. A base do crân io, ou con drocrânio, forma -se a partir do mesênquima da região occipital, em torno da notocorda, estendendo -se em direção cefálica. A subsequente transformação em cartilagens constitui o início da fo rmação do condrocrânio. O condrocrânio é importante como junção entre o n eurocrânio e o esqueleto facial. O crescimento da base do crânio deve-se ao crescimento intersticial das ca rtilagens interpostas aos ossos, ou seja, às sincondroses. A fa ce, ou viscerocrânio, p ode ser dividida nos terços: superior, médio e inferior. O terço superior da face, que também faz parte do neurocrânio, tem o osso f rontal como seu maior componente. O terço méd io é o mais complexo, sendo composto po r parte da base do crânio, incorporando a e xtensão nasal do terço superior, parte do ap arelho mastigatório, incluindo a maxila e os dentes superiores. O terço inferior d a face corresponde a mandíbula, incluindo os dentes inferiores. Os terços d a face correspondem, no embrião, às regiões frontonasal, maxilar e mandibular, respectivamente. O terço superior cresce rapidamente, enquanto a porção média da face cresce lentamente, até a ad olescência tardia, completando -se quando termina a formação do terceiro molar (18-25 anos). Os ossos d a face, com exceção de algumas partes, desenvolvem -se p or ossificação intramembranosa e são todos oriundos da crista neural. Desenvolvimento da Face A formação d o lábio superior é m ais complexa que a do lábio inferior, envolvendo os processos maxilares e os processos nasais mediais Em torno do 28º dia do desenvolvimento, apa recem espessamentos no ectoderma da eminência frontal. Esses espessamentos são os placódios olfatórios que migram anteriormente, f ormando uma fe rradura que delimita o orifício nasal, estabelecendo os processos n asal lateral e nasal medial. Entr e os dois processos nasais mediais encontra -se uma depressão, que é o processo frontonasal. 
Os processos na sais mediais dos dois lados e o f rontonasal formam a p orção medial do nariz, a porção anterior da maxila e do palato (palato primário). O lábio superior é formado pelos processos maxilares e nasais m ediais que vão crescendo em direção à linha mediana, onde se fundem. Dessa maneira, o processo frontonasal é deslocado, eixando de ocu par a região do lábio superior. O láb io inferior é formado pela fusão dos dois processos mandibulares na linha mediana. Como o s proce ssos maxilares não se fundem e ntre si, na po rção anterior, ficando entre eles os proce ssos nasais mediais, n os casos de malformação do tipo fenda labial, essa pode ser uni ou bilateral. A fenda do tipo central, oriunda da incompleta fusão dos processos nasais mediais, é rara. A fusão de todos os processos da face se completa em torno do 38º dia de gestação. Desenvolvimento do Palato As cavidades oral e nasal somente se separam após a formação do palato secundário No início do desenvolvimento do palato, as cavidade s oral e nasal comunicam -se e o espaço entre e las é ocupado pela língua em desenvolvimento e delimitado anteriormente pelo palato primário. Somente quando o palato secundário se desen volve é que as cavidades oral e nasal se separam. A formação do palato secundário o corre entre a 7ª e a 8ª semana de gestação, decorrente de uma fusão medial das cristas palatinas, f ormadas a partir dos processos maxilares. As cristas palatinas estão inici almente voltada s para baixo, a cada lado da língua. Com o contínuo crescimento. Após a 7ª semana, ocorre um rebaixamento aparente da língua, permitindo que as cristas palatinas sejam elevadas, fundindo-se entre si e com o palato primário. A movimentação e o fechamento das cristas palatinas envolvem uma força intrínseca, tendo talvez relação com a grande quantidade de proteoglicanas e de f ibroblastos contráteis d a região. Durante a fusão dos epitélios do palato secundário, ocorre ade são. As células superficiais são eliminadas enquanto as cé lulas basais se aderem, form ando junções. Forma-se assim, uma linha mediana e pitelial que vai se rompendo, restando ilhotas de células. Falhas na sincronização d os movimentos e no crescimento das cristas palatinas e de elementos da língua, mandíbula e da ca beça em ge ral podem afetar o fechamento no rmal 
do palato. Desenvolvimento da Maxila O crescimento da maxila, ap ós o nascimento, ocorre paralelamente a o desenvolvimento dos seios maxilares A maxila desenvolve-se a partir de um centro de o ssificação no processo maxilar do 1º arco b ranquial. Como no caso d a mandíbula, o ce ntro de ossificação aparece no ângulo da divisão de um nervo, onde o nervo dentário superior origina o nervo orbitá rio inferior. Dessa região, a formação de osso continua posteriormente abaixo da órbita, em direção ao zigoma, e anteriormente, em direção à região incisiva. A ossificação também progride superiormente pa ra f ormar o processo f rontal. Como resultado d essa deposição óssea, forma-se o canal do nervo inf raorbital, que através de uma extensão inferior forma a parede alveolar anterior para os dentes superiores anteriores. A ossificação também progride para a região do s proce ssos p alatinos para f ormar o palato duro. A parede alveolar medial desenvolve-se da junção do processo palatino, e do corpo da maxila, formando um canal em que se alojam os germes dentários superiores posteriores. Uma cartilagem secundária zigomática ou malar aparece durante o desenvolvimento do arco zigomático, contribuindo para o desenvolvimento da maxila. Ao nascimento, o processo frontal d a maxila está bem demarcado e o corpo da maxila é relativamente pequeno, pois os seios maxilares ainda são rudimentares. Estes iniciam o seu desenvolvimento na 16ª semana de gestação, mas seu crescimento ocorre principalmente após o nascimento. Desenvolvimento da Mandíbula Com exceção d o côndilo e da sínfise, a mandíb ula desenvolve -se por ossificação intramembranosa A partir da 6ª semana, o processo m andibular contém no seu interior a ca rtilagem de Meckel, como uma ba rra contínua desde o ouvido médio até a linha medial. Entretanto, as duas barras de cartilagem não se encontram anteriormente na linha me dial, sendo separadas por ectomesênquima. Na 6ª semana, ocorre, lateralmente à cartilage m de Meckel, uma condensação de

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