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17,18,19 COMPLEXO DO OMBRO

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COMPLEXO DO OMBRO
A estrutura do complexo do ombro é composta por quatro articulações: Glenoumeral, escapulotorácica, acromioclavicular e esternoclavicular. (Imagem 1)
A ação coletiva dessas 4 articulações permite ao complexo do ombro ser a articulação mais móvel do corpo, contanto, toda essa mobilidade tem um preço: a estabilidade. 
E é por isso, que um conhecimento da anatomia funcional e a cinemática do ombro se faz necessário; 
 Será impossível entender algo se não soubermos o que cada uma dessas articulações faz, desta forma irei abordar um pouco sobre cada articulação;
A ARTICULAÇÃO GLENOUMERAL
Essa é uma articulação esferoidal, formada pela cabeço do úmero (cabeça do ombro) e pela cavidadade glénoide (essa cavidade se localiza na escápula, é o onde a cabeça do úmero irá se alojar), imagine um bola de golfe no pino, a bola é 3x maior que seu suporte para batida, esse é o posicionamento do seu ombro, e esse é o motivo pelo qual é tão instável. Essa articulação conta com o apoio passivo do lábio glenoidal, capsula articular, inúmeros ligamentos e o manguito rotador para suporte. (Imagem 1 e 2)
O LÁBIO E A CÁPSULA ARTICULAR
O lábio é uma orça fibroartilagenosa que circunda a cavidade glenóide, podemos dizer que é similar ao menisco de seu joelho. Esse proporciona maior profundidade para a cavidade e auxilia na estabilidade. (Imagem 2)
A cápsula articular é aproximadamente duas vezes o tamanho da cabeça do úmero, é ume estrutura fibrosa que circunda a cabeça do úmero e a cavidade glenoidal. Essa mistura-se com 3 ligamentos glenoumerais, o superior, médio e inferior, que acrescenta estabilidade e força. (Imagem 3)
O manguito rotador é mais complexo, irei aborda-lo em um artigo só. 
Quanto a utilidade e correlação dessas articulações com o seu treinamento, abordarei3 mais a diante. 
COMPLEXO DO OMBRO – (parte 2) MANGUITO ROTADOR 
Se ainda não leu a primeira parte, faz-se necessário ler para entender o processo. Neste link:
O manguito rotador composto por 4 músculos (supraespinhos, subescapular, infraespinhal e redondo menor) junto com a cabeça longa do bíceps estão ligados a capsula articular, embora cada um deles desempenha uma função (que será abordada mais a diante), juntos estabilizam a cabeça do úmero na cavidade glenóide. 
Sabemos que a articulação do ombro é uma das mais frágeis de todo nosso corpo, isso por ser uma das articulações mais “móveis”, com maiores amplitudes e variações de movimento. Isso tem um preço, ela se torna muito instável, eis aqui a importância de um bom trabalho de fortalecimento e cuidado durante seus treinamentos. 
O SUPRAESPINAL – músculo mais acometido nas alterações e quando existe fraque da cintura escapular, dentre os músculos do manguito é o que mais sofre com lesões nos exercícios, pois facilmente é comprimido com o acrômio quando realizamos abdução acima de 90° no plano frontal. 
Este se insere superiormente a partir da fossa supraespinal até o tubérculo maior do úmero (Imagem 2). Fraqueza ou inibição do supraespinal provoca um deslizamento umeral superior e um esmagamento do tendão supra espinal e da bolsa subacromial abaixo do arco coracoacromial à medida que o úmero é puxado superiormente pela força vertical do deltóide. 
O INFRA-ESPINAL E O REDONDO MENOR
O infra-espinal se origina a partir da superfície posterior da escápula, inserindo-se logo no tubérculo maior logo abaixo do supraespinal. O redondo menor se origina na margem lateral da escápula e se insere no tubérculo maior abaixo do supra espinal. (Imagem 2)
Juntos, à medida que o úmero se aproxima de 60 a 90 graus de abdução o o infra-espinal e o redondo menor rodam externamente o úmero, essa ação de rodar o tubércurlo maior posteriormente cria espaço para a o tendão supraespinhal e a bolsa subacromial. 
O SUBESCAPULAR
Este origina-se a partir da superfície anterior da escápula e se insere no tubérculo MENOR. Age para rodar internamente, abaixar e aduzir a cabeça do úmero na cavidade glenoidal. É o único músculo que que puxa posteriormente a cabeça do úmero na cavidade glenoidal, compensando a tração anteriros direcionada do deltóide parte espinal, do redondo menor e do infra-espinal. 
SÍMDROME DO IMPACTO 
Ainda, infra-espinal e o redondo menor ajudam na depressão do úmero durante a elevação do braço, ajudando a neutralizar a tração do deltóide. (Imagem 3a) Já, quando existe fraqueza desses músculos, o deltóide traciona o tubérculo para cima, contra o acrômio, causando impacto do tendão supraespinal (imagem 3b), isso ocorrem também quando o tubérculo maior fica em uma posição de rotação interna e pode criar a síndrome do impacto. 
As pessoas que possuem esse padrão de rotação interna irão sentir dor na amplitude de 60 até 120 graus de abdução, posição em que a um mínimo espaço entre o arco coracoacromial e o tubérculo maior. (Imagem 4) Acima de 120° geralmente não existe dor, por o úmero gira inferiormente. 
Outro ponto, fraqueza ou inibição do subescapular leva à síndrome do deslizamento umeral anterior, à medida que os músculos rotadores internos, principalmente, o latíssimo do dorso e o redondo maior, ‘dominam’ e movem o úmero para a frente na cavidade glenoidal. Essa disfunção contribui para a síndrome do impacto e tenossinovite bicipital do ombro. 
ARTICULAÇÃO ESCAPULOTORÁCICA 
Formada, pela junção entre a escápula sobre o tórax, é uma falsa articulação, pois não possui ligamentos ou cápsulas articulares. Sua relação com a integridade do ombro é indiscutivelmente importante. Essa articulação posiciona o úmero no espaço glenoidal e quando em alinhamento favorável melhora o suporte funcional da articulação glenoumeral. Quaisquer mudanças posturais que afetam o tórax, afetam a relação e comprometem a estabilidade escapulotorácica. 
A posição neutra da escápula está localizada entre o segundo e o sétimo nível vertebral e aproximadamente 2,54 a 7,62cm da linha média da coluna (Sahrmann, 2002). Podemos observar ainda que existem diversos desequilíbrios na região escapular e estes precisam ser corrigidos para oferecer estabilidade a articulação glenoumeral. 
A escápula situa-se aproximadamente 30 graus do eixo coronal, com a cavidade glenóide virada anteriormente (imagem 3). Realizar exercícios no plano da escápula, irá permitir maior segurança ao à articulação do ombro, uma vez que ocorre menor rotação da capsula articular e impacto dos músculos do manguito rotador. (Imagem 2a e 2b)

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