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09/06/2017 1 Assistência Ventilatória Mecânica: Princípios Básicos Dr. Jefferson Hermann Pós-graduado em Fisioterapia em Terapia Intensiva – HCFMUSP Titulo de Especialista em Fisioterapia Intensiva – COFFITO/ASSOBRAFIR Estágio Hospitalar Supervisionado - UNINOVAFAPI APCC – Hospital São Marcos Então formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida e o homem passou a ser "alma vivente”. Gn 2:7 09/06/2017 2 Princípios Fisiológicos da Respiração Respiração Espontânea Vs Ventilação Mecânica Gradiente Pressórico 09/06/2017 3 Creditos: prof. Ângelo Roncalli 09/06/2017 4 Princípios da Ventilação Fisiológica Diferença de Pressão Fluxo de Gás TEMPO Alteração de Volume Pva = (RAW . Fluxo) + (Vol / Csr) Equação do Movimento do Sistema Respiratório • Pva = Pres + Pel .: – Pres = RAW . Fluxo – Pel = Volume/Csr Pva= Pressão de aberturadas vias aéreas VL= Volume Pulmonar CRS= Complacência do sistema respiratório (Pulmões+pleuras) F= Fluxode gásemL/s RAW = Resistênciadas viasaérease TOT/TQT ( pressão/ fluxo) 09/06/2017 5 Equação do Movimento dos Gases. Equação do Movimento dos Gases. • Em ventilação espontânea os músculos respiratórios geram uma pressão que produz fluxo e volume contra as propriedades resistivas e elásticas do sistema respiratório Pmus = Pres + Pel 09/06/2017 6 Equação do Movimento dos Gases. • Em ventilação mecânica o ventilador aplica uma pressão positiva (supra atmosférica) gerando um gradiente entre via aérea e os alvéolos, resultando em fluxo “positivo” (Ventilador -> Pct). • Pmus + Pva = Pres + Pel Creditos: prof. Ângelo Roncalli 09/06/2017 7 Creditos: prof. Ângelo Roncalli Ventilação Mecânica 09/06/2017 8 Introdução Introdução • N= 1732 pacientes; • Prevalência de 57%; • 889 pacientes que foram admitidos sem IRpA, (16%) desenvolveram a síndrome na UTI. • Morte em 48% dos pacientes; S.A. Franca et al. Journal of Critical Care, 2010. 09/06/2017 9 Definição • A IRpA é a incapacidade do sistema respiratório de desempenha sua principal função, a troca gasosa; Fundamentação da Ventilação Mecânica • Assistência ventilatória mecânica pode ser entendida como a manutenção, de forma artificial, da oxigenação e/ou da ventilação alveolar em pacientes incapazes de assumi-las. 09/06/2017 10 Epidemia de Poliomielite Pulmão de Aço 09/06/2017 11 Histórico e Evolução da Ventilação Mecânica • Década de 60, aparelho de pressão positiva intermitente, ciclado à pressão. Creditos: prof. Ângelo Roncalli 09/06/2017 12 Creditos: prof. Ângelo Roncalli Sistema de funcionamento 09/06/2017 13 Efeitos Cardiovasculares da VM Espontâneo VM Creditos: prof. Ângelo Roncalli Relação Coração x Pulmão Creditos: prof. Ângelo Roncalli 09/06/2017 14 Ciclo Ventilatório Mecânico • I- Fase inspiratória: o ventilador deverá iniciar a insuflação pulmonar, vencendo as propriedades elásticas e resistivas do sistema respiratório; (Disparo) • II- Insuflação: Fase inspiratória propriamente dita, há mobilização de volume para o interior dos pulmões. Ciclo Ventilatório Mecânico • III – Mudança da fase inspiratória para a fase expiratória: o ventilador deverá interromper a fase inspiratória e permitir o início da fase expiratória; (Ciclagem) • IV -Fase expiratória: o ventilador deverá permitir o esvaziamento dos pulmões; 09/06/2017 15 Ciclo Respiratório Paw (cmH2O) 0 20 40 Disparo Ciclagem t (s) Tipos de Ciclos Mecânicos • Ciclos Controlados • Ciclos Assistidos • Ciclos Espontâneos 09/06/2017 16 Tipos de Ciclo Creditos: prof. Ângelo Roncalli Fase de Disparo • Tempo – Ciclos Controlados – 60/Fr = Janela de tempo. • Pressão ou Fluxo – Ciclos assistidos/ espontâneos (Sensibilidade) • Ativação Neuronal – Modo NAVA® 09/06/2017 17 Sensibilidade/ Trigger • Parâmetro utilizado para detectar o esforço. Creditos: prof. Ângelo Roncalli Sensibilidade/ Trigger PRESSÃO FLUXO 09/06/2017 18 Fase de Ciclagem • Variável de Limite • Determina o fim da inspiração e o início da fase expiratória Mecanismos de Ciclagem dos Aparelhos. • Volume: final da fase insp = volume pré- ajustado (não há controle direto sobre as pressões de vias aéreas) • Pressão: final da fase insp = pressão pré-fixada (sem controle do volume corrente) • Tempo: final da fase insp = tempo pré-fixado (sem controle do volume corrente) • Fluxo: final da fase insp = fluxo insp. cai abaixo de níveis críticos (normalmente 25%) 09/06/2017 19 0 20 40 Paw (cmH2O) Tins 0 500 1000 Vol (mL) 2 4 6 8 10 12 T VC ajustado 1 2 3 4 5 6 T 80 60 40 20 0 -20 -40 -60 -80 T 15 L/min 10 L/min Ciclagem 25% 2 4 6 8 10 12 09/06/2017 20 Modos Ventilatórios Processo pelo qual o Ventilador Mecânico determina o como o ciclo ventilatórios são LIMITADOS. – Ventilação Volume controlada (VCV); – Ventilação Pressão controlada (PCV) Ventilação mecânica controlada – volume (VMC) • Volume corrente é constante e pré- determinado; • Pressão da via aérea é variável; • Garantia do Volume minuto; 09/06/2017 21 VCV – Volume controlado 0 500 0 20 40 2 4 6 8 10 12 1000 Vol (mL) Paw (cmH2O) 2 4 6 8 10 12 T T Ventilação mecânica controlada - Pressão (CMV) • Limita as pressões inspiratórias; • Minimiza Risco de Barotrauma; • O Vt é variável de acordo com a variação da mecânica respiratória; 09/06/2017 22 0 500 0 20 40 2 4 6 8 10 12 1000 Vol (mL) Paw (cmH2O) PCV – Pressão controlada 2 4 6 8 10 12 T T Classificação do Modos 09/06/2017 23 Modo Ventilatório 09/06/2017 24 09/06/2017 25 09/06/2017 26 Modalidades Ventilatórias • Processo pelo qual o ventilador mecânico determina, seja parcial ou totalmente, como e quando os ciclos respiratórios mecânicos são ofertados ao paciente. • Determina a Participação do Paciente 09/06/2017 27 BIVENT SIMV A/C ATC PRVC APRV PSV VSV BILEVEL Autoflow NAVA PAV ASB IPPV CPAP VS Modalidades de Ventilatórias • Ventilação mecânica Controlada e Ventilação assistida/controlada (A/C) • Ventilação mandatória intermitente sincronizada (SIMV); • Modalidade espontânea • Pressão de suporte (PSV ); • Pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP); 09/06/2017 28 Usar SIMV?? Ventilação assistida/controlada (A/C) • O ventilador permite um mecanismo misto de disparo da fase inspiratória – Tempo – Pressão ou fluxo; • Preferencial para o inicio da VM. 09/06/2017 29 Modo Controlado e A/C Pressão de suporte (PSV ) • Consiste na aplicação de níveis predeterminados de pressão positiva e constante nas vias aéreas do doente, apenas durante a fase inspiratória. • Obrigatoriamente espontâneo; • Também usado no processo de desmame da ventilação mecânica. 09/06/2017 30 Creditos: prof. Ângelo Roncalli Como ajustar os Parâmetros Ventilatórios em UTI? 09/06/2017 31 Parâmetros Ventilatórios Frequencia Respiratória • Ajustada sempre em A/C; • Freqüência respiratória (f) –inicial controlada entre 12-16 rpm, com fluxo inspiratório ou tempo inspiratório visando manter inicialmente relação I:E em 1:2 a 1:3. (observar formação de auto PEEP) 09/06/2017 32 Sensibilidade • Utilizada em todas as modalidade • Esforço do paciente para deflagrar o ventilador; • Pressão ou Fluxo; Pressão: - 1,0 a – 3,0 cmH2O Fluxo: 2 a 4 l/min Esforço ineficaz • Esforço respiratório visível • –Contração de musculatura acessória da respiração; • –Tiragem 09/06/2017 33 Auto disparo • Aumento súbitoda FR • Ausência de queda de pressão antes do ciclo CAUSAS • •Fuga no circuito •Líquido no circuito • •Oscilações cardíacas SpO2 > 96% PaO2 estimada Admissão do paciente FiO2 60% - 40% Fração Inspirada de Oxigênio – FiO2 PaO2 = 109 – (0,43 x idade) 09/06/2017 34 Volume Corrente • Usar valores habituais • 4 a 8 mL/kg (peso corporal predito) • Inicial 6 mL/Kg. Gênero masculino: 50 + 0,91(altura em cm – 152,4) Gênero feminino: 45,5 + 0,91(altura em cm – 152,4) Conhecimento da Doença de Base Parâmetros Ventilatórios • PEEP – Pressão Positiva ao final da Expiração; • Tem efeitos distintos e “dose dependente” • PEEP: 3 – 5 cmH2O 09/06/2017 35 PEEP PEEP PEEP= 5 CMH2O - Impede colabamento alveolar PEEP 8 - 10 CMH20 – Melhora oxigenação PEEP > 15 CMH20 - Repercussões hemodinâmicas RVP Pós-carga VD Pré-carga VE DC FC 09/06/2017 36 09/06/2017 37 PEEP PEEP Elevada 09/06/2017 38 PEEP Baixa PEEP Ideal 09/06/2017 39 Tempo Inspiratório • Ajustado somente no modo PCV • Modo VCV o TI Varia: – FLUXO – VOLUME – FR Utilizado TI: 0.9 a 1,1 segundos Cuidado com assincronia !!! Fluxo Inspiratório – VCV • Fluxo Inspiratório: 40-60 L/min (rise time) • Entrega lenta = Tinsp. longo = Texp. curto = retenção de PaCO2 e auto-PEEP = acidose respiratória e ↑ WOB • Sinal de Gasping/tiragens intercostais = Fome de fluxo = adequar o fluxo a demanda do paciente 09/06/2017 40 Pressão Inspiratória (Ppico) • Pressão de Pico suficiente para manter ventilação alveolar adequada de acordo com a demanda. • Manter níveis que proporcionem a manutenção do Volume Corrente adequado – Pico em torno de 18 a 22cm/H2O • VC – esperado 5 a 8 ml/kg Monitorização Ventilatória • Relação PaO2/FIO2 • Gasometria Arterial • Radiologia Torácica • Oximetria de Pulso 09/06/2017 41 Importante!! 09/06/2017 42 Parâmetros ajustados inicialmente Obs: Os ajustes devem ser sempre individualizados e adequados conforme Gasometria Arterial. VCV VC : 6 ml/kg Fluxo inspiratório: 40-60 l/min PCV Ppico => Vt ideal Tins – 1s Parâmetros em Comum FiO2: 50% FR: 12-16 rpm Sensibilidade: -2 cmH2O ou 3l/min PEEP: 5-8cmH2O 09/06/2017 43 #PARTIUESTUDAR
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