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Procedimento Administrativo Disciplinar no Âmbito da Execução Penal

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1 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS 
SECRETARIA DE ESTADO DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA 
SUBSECRETARIA DE INTELIGÊNCIA E ATUAÇÃO INTEGRADA 
SUPERINTENDÊNCIA EDUCACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA 
DIRETORIA PEDAGÓGICA 
CADERNO EDUCACIONAL DE 
SEGURANÇA PÚBLICA 
O PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR NO ÂMBITO 
DA EXECUÇÃO PENAL 
 
 
2 
 
Governador do Estado de Minas Gerais 
Romeu Zema Neto 
 
Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública 
Mario Lucio Alves de Araujo 
 
Subsecretário de Inteligência e Atuação Integrada 
Nilton José Batista Moreno Júnior 
 
Superintendente Educacional de Segurança Pública 
Roberta Corrêa Lima Ignácio da Silva 
 
Diretora Pedagógica 
Lilian Regina Gomes Guerra Lemos 
 
Conteudistas 
Beatriz Martins Ribeiro 
Daniel Mendonça da Rocha 
Katarina Kellen Prado 
Kevin Vinícios de Souza 
Yuri Ventrura Martins de Araújo. 
 
Atualização/Revisão 
Elizangela dos Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Belo Horizonte, MG 
2020 
 
3 
 
4 
 
 
5 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. NOÇÕES GERAIS DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR......5 
1.1. Princípios Norteadores..............................................................................5 
1.2. Finalidade do Procedimento Administrativo Disciplinar - PAD................6 
2. INSTAURAÇÃO DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR- 
PAD...................................................................................................................8 
3. PRAZOS DE CONCLUSÃO DO PAD...............................................................10 
3.1. Prazo da extinção da punibilidade no âmbito administrativo...............10 
4. JULGAMENTO DA FALTA DISCIPLINAR PELO CONSELHO...........................11 
5.SANÇÕES CABÍVEIS......................................................................................13 
 
5.1. Dosimetria da Sanção..............................................................................13 
6. RECURSO DISCIPLINAR...............................................................................17 
 
7. REFLEXOS DA PRÁTICA DE FALTA DISCIPLINAR.........................................19 
 
8. MODELOS DOS DOCUMENTOS DO PAD....................................................21 
9.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................50 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
1. NOÇÕES GERAIS DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR 
 
 
O Procedimento Administrativo Disciplinar no âmbito da execução penal é o 
meio pelo qual se realiza o procedimento de comunicação, apuração e aplicação de 
sanções disciplinares quando constatada a ocorrência de falta disciplinar por parte do 
custodiado. 
 
A Administração Pública, por meio de seus agentes, tem de sancionar 
custodiados com comportamentos desvirtuados da finalidade da pena, quais sejam: 
retribuição e ressocialização. 
 
Como retribuição entende-se a privação da liberdade do indivíduo na 
proporção determinada em sentença condenatória transitada em julgado. Em 
contrapartida, não faria sentido somente sancionar um indivíduo sem um 
planejamento de reinserção na sociedade, sob pena do mesmo voltar a cometer 
delitos, e quem sofre com esse fenômeno é a própria sociedade, sendo uma vítima 
direta. 
Neste sentido, a observância do tratamento humanitário e das políticas de 
ressocialização é crucial para se chegar à conclusão positiva do cumprimento de uma 
sentença penal, a retribuição e o retorno ao corpo social. 
 
A importância do Procedimento em âmbito administrativo é garantir ao 
custodiado, acusado de cometer algum desvio em sua execução penal de exercer o 
contraditório e a ampla defesa e garantir a adequada ação do Estado. 
 
Desta forma, veremos a seguir os princípios que norteiam o Procedimento 
Administrativo Disciplinar e a sua importância para a manutenção do Estado 
Democrático de Direito. 
 
1.1. Princípios Norteadores 
 
A Legislação Federal que regula o Processo Administrativo Disciplinar é a Lei 
9784/99, que em seu artigo 2º dispõe sobre os princípios que norteiam o Processo 
Administrativo Disciplinar, vejamos: 
 
Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios 
da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, 
moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse 
público e eficiência. 
 
Para não estender e fugir do objetivo deste curso, nos limitaremos a 
7 
 
destrinchar os princípios dispostos na legislação estadual, no entanto a atuação da 
administração estadual também deve se pautar nos princípios acima citados. 
 O Regulamento e Normas de Procedimentos do Sistema Prisional de Minas 
Gerais (ReNP), regula o tipo de procedimento e os princípios a ele inerentes em seu 
art. 673, vejamos: 
Art. 673. O procedimento administrativo disciplinar - PAD que trata este 
Regulamento segue o rito sumaríssimo, orientando-se pela oralidade, 
economia processual, celeridade e exercício da ampla defesa e 
contraditório (ReNP,2016). 
 
No que tange à oralidade, economia processual e celeridade, temos os 
princípios de natureza processual, visando um procedimento rápido, econômico e 
eficaz fazendo relação com o princípio geral da administração pública da efetividade. 
No entanto, essa celeridade não pode ser prejudicial aos princípios constitucionais do 
contraditório e à ampla defesa assegurados ao custodiado. 
 
Contraditório: O exercício do contraditório é a prerrogativa do custodiado a 
manifestação contrária as acusações feitas ou a provas apresentadas, garantindo 
assim que se forme um equilíbrio entre a pretensão de punir e a presunção de não 
culpabilidade, que somente será encerrada por decisão do julgador ao analisar as 
provas apresentadas no decorrer da instrução, aí que entra a ampla defesa. 
 
Ampla defesa: A ampla defesa é o direito do acusado de se defender 
amparado por todos os meios admitidos em direito a fim de produzir as provas 
contrárias às acusações e garantir o efetivo exercício do contraditório. 
Assim, além de serem princípios diretos da legislação estadual e federal, são, 
além de tudo, garantias constitucionais, que por nenhum argumento podem deixar 
de se fazer valer. 
 
Atenção! 
 
O servidor que participa dos atos que instruem o Processo Administrativo 
Disciplinar deve estar sempre em alerta para estas garantias, para assegurar que o 
processo esteja em conformidade legal, obedecendo assim ao princípio da legalidade 
e evitando que ocorram nulidades, pois a violação de quaisquer destes princípios 
violam a ordem constitucional e ocasionam em nulidade absoluta, anulando todos os 
atos posteriores a possível violação. 
 
1.2. Finalidade do Procedimento Administrativo Disciplinar - PAD 
 
Inicialmente, para fins de situação do campo em comento, cumpre explicitar 
que no âmbito da execução de pena, objetiva-se o regular e bom cumprimento da 
sentença condenatória imposta, de forma que, desse modo, regras disciplinares de 
conduta foram normatizadas tanto no âmbito do poder legislativo (Lei de Execuções 
8 
 
Penais), quanto no âmbito do poder executivo (Regulamento e Normas de 
Procedimentos do Sistema Prisional), dando origemàs intituladas faltas disciplinares, 
que se dividem em: grave, média e leve. 
 
Praticada alguma conduta pelo reeducando que ofenda o regular 
cumprimento da pena, se amoldando a alguma modalidade de falta tipificada, entra 
em cena o responsável legal pela custódia do indivíduo privado de liberdade 
juntamente com o instrumento procedimental formulado para apurações de faltas 
disciplinares, quais sejam, o poder executivo valendo-se do processo administrativo 
disciplinar. 
 
O aludido procedimento disciplinar, constitui instrumento pelo qual a 
administração prisional exerce seu poder-dever de apurar as infrações disciplinares 
supostamente praticadas pelos custodiados e aplicar as sanções correspondentes, a 
fim de manter a disciplina carcerária e o regularcumprimento de pena, sendo que, 
para tanto, assegura-se ao reeducando as garantias constitucionais do contraditório e 
ampla defesa, as formalidades essenciais ao regular e constitucional processamento 
do PAD, além de seguir o rito sumaríssimo, se orientando pela economia processual, 
oralidade e celeridade. 
 
Nesse aspecto, vale destacar a importância da instrução regular do PAD, 
observando-se as garantias legais e constitucionais do indivíduo sujeito ao 
procedimento, além da observância das formalidades essenciais ao processo 
disciplinar, isso porque, os representantes do Estado responsáveis por fazer funcionar 
a “engrenagem” do procedimento não podem perder de vista o horizonte de 
compreensão fornecido pela Lei Fundamental da República de 1988 e pela legislação 
penal pertinente, sob pena de violação das garantias processuais asseguradas a todo 
ser humano processado em território brasileiro. 
 
Ademais, não podemos nos esquecer de que o procedimento instaurado 
passará primeiramente pelo crivo da própria administração prisional e após pelo crivo 
do poder judiciário, por meio do juiz responsável pela execução da pena, de forma 
que, sendo observada alguma inconstitucionalidade, ilegalidade ou ausência de 
forma essencial ao regular processamento do PAD, estará caracterizada a nulidade 
procedimental, implicando no refazimento total ou parcial do processo disciplinar, o 
que vai em sentido contrário ao princípio da eficiência positivado no Art.37 da CF/88. 
 
Por fim, como se percebe, o procedimento administrativo disciplinar constitui 
grande legado do Estado Constitucional de Direito, trazendo de um lado o 
asseguramento de uma apuração íntegra, com o respeito às garantias legais e 
constitucionais do indivíduo sujeito ao processo disciplinar, e de outro, quando 
realizado dentro dos trâmites legais, segurança e tranquilidade aos responsáveis pelo 
processamento do PAD, tendo em vista que a estrita observância das garantias 
processuais e das formalidades essenciais caracteriza-se como a melhor forma de 
9 
 
enfrentar o desvio disciplinar no curso da execução criminal de forma democrática, 
segura e idônea. 
 
2. INSTAURAÇÃO DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR - PAD 
 
Realizada essa apresentação à forma mais superficial e externa do processo 
administrativo disciplinar, passemos a analisar os aspectos concernentes às fases do 
aludido procedimento. 
 
Segundo a Súmula 533 do STJ - Superior Tribunal de Justiça para a 
imposição de qualquer sanção disciplinar é obrigatória a instauração de processo 
administrativo disciplinar (PAD) pelo diretor da unidade prisional. 
 
Súmula 533 STJ - Para o reconhecimento da prática de 
falta disciplinar no âmbito da execução penal, é imprescindível a 
instauração de procedimento administrativo pelo diretor do 
estabelecimento prisional, assegurado o direito de defesa, a ser 
realizado por advogado constituído ou defensor público nomeado 
(Súmula 520, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 10/06/2015, DJe 
15/06/2015). 
 
 Desta forma, presenciado o cometimento de falta disciplinar, ou pelo menos, 
havendo a ciência de indícios de seu cometimento, deverá ser confeccionado o que o 
Regulamento e Normas de Procedimentos do Sistema Prisional de Minas Gerais 
denomina de “comunicado interno”, que em essência, para além das nomenclaturas, 
trata-se da formalização do fato praticado para ciência e providência das autoridades 
competentes e com atribuições legais para tal. 
 
 Sendo assim, tendo o comunicado interno a missão de trazer à baila, 
juridicamente falando, a apuração do cometimento de infração disciplinar, mostra-se 
de suma importância que a formalização dos fatos contenha descrição detalhada, 
individualização dos envolvidos e rol de testemunhas para sustentar a justa causa 
da instauração do PAD, além de fornecer perspectiva de produção probatória. 
 
 Aqui, vale destacar a importância e o dever de uma descrição dos fatos 
desinteressada, escorreita, sem a emissão de juízo de valor depreciativo, quaisquer 
informações passionais, ou que possam induzir em opinião pessoal e pré julgamento, 
sob pena de inépcia do comunicado interno, destacando-se também, que mesmo no 
caso de concurso de custodiados deve ser lavrado apenas uma ocorrência interna 
contendo a identificação de todos os envolvidos. 
 
 Confeccionado o comunicado interno, o próximo passo na cadeia de atos 
concatenados é a submissão da ocorrência interna ao Diretor Geral, que ao recebê-la 
proferirá despacho motivado no prazo de 24 horas, ou no primeiro dia útil 
subsequente em caso de feriado ou fim de semana, decidindo sobre o arquivamento 
10 
 
do comunicado quando a conduta for atípica ou não houver justa causa, assim como, 
pela instauração do procedimento, sendo que, neste caso deverá capitular a falta 
disciplinar, decidir sobre o isolamento preventivo (de maneira fundamentada), dar 
ciência ao juiz responsável pela execução e remeter o processo para o secretário do 
conselho disciplinar que dará andamento ao feito. 
 
 Frisa-se, que quando a conduta praticada também caracterizar crime ou 
contravenção penal também deverá ser lavrado o REDS, que nesse caso, constitui 
elemento essencial ao julgamento da falta, ou seja, estando ausente, enseja nulidade. 
Destaca-se também, que em caso de agressão, a vítima e o autor deverão ser 
encaminhados à autoridade policial para expedição da guia de encaminhamento para 
exame de corpo de delito, tendo em vista sempre a inteligência do Art.158 do CPP 
que preceitua "Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de 
corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado". 
 
 Em sequência, submetido o procedimento ao secretário do conselho 
disciplinar, este deverá instruí-lo com: comunicado interno com despacho do diretor 
geral, REDS (se houver prática de infração criminal), cópia da guia de 
encaminhamento para corpo de delito se for o caso, termo de declaração dos 
envolvidos, sendo estes autores, vítimas e testemunhas, bem como cópia de ofício 
dando ciência à defensoria pública ou advogado constituído sobre a instauração do 
procedimento disciplinar e respectivos prazos, sendo importante ressaltar que a 
ausência de quaisquer dos documentos elencados acima gera nulidade por ausência 
de formalidade essencial. 
 
 Outrossim, no que tange à oitiva dos envolvidos, principalmente a do 
autor, alguns cuidados devem ser tomados para que a instrução probatória sirva 
também como assecuratória das garantias processuais do reeducando, no exato 
limite da constitucionalidade e legalidade. 
 
 De plano, levando-se em conta as bases principiológicas do contraditório e 
ampla defesa, faz-se de extrema importância que antes de se iniciar a oitiva formal 
do autor, seja dado a ele, primeiramente, o conhecimento de seus direitos 
constitucionais, formalizando tal ciência no termo de oitiva, e logo em seguida o 
reeducando deve ser indagado sobre a existência de advogado constituído, bem 
como o interesse de sua participação na oitiva, sendo que, em caso positivo, deverá 
ser o advogado intimado por todos os meios possíveis e certificado para comparecer 
ao procedimento em data marcada pela Unidade Prisional. Restando ausente o 
patrono por motivo não justificado, a Unidade deverá designar Analista Técnico 
Jurídico para acompanha-lo durante a oitiva. 
 
 Já no que concerne as oitivas prestadas pelas testemunhas pertencentes 
aos quadros da Administração Prisional, faz-se necessário explicitar, que por mais que 
haja a presunção relativa de legalidade dos atos praticados por funcionário público, 
11 
 
isso não legitima a mera confirmação dos fatos narrados no comunicado interno no 
termo de oitiva, na verdade, deve haver uma descrição detalhada do testemunho 
prestado por tais testemunhas, a fim de otimizar e aperfeiçoar a produção de provas 
no PAD. 
 
3. PRAZOS DE CONCLUSÃO DO PAD 
 
Os procedimentos administrativos disciplinares instaurados no âmbito da 
Administração Pública, possuemprazos para a conclusão do procedimento, aos quais, 
nem sempre são observados pelas comissões encarregadas de levar a cabo o 
procedimento. 
Entretanto, deve ser destacada a necessidade das Unidades Prisionais, como 
órgãos integrantes da estrutura da Administração Pública do Estado de Minas Gerais, 
devem respeitar aos princípios administrativos expressos no art. 37 da Constituição 
Federal e no art. 2º da Lei 9.784/99, em especial aos princípios da legalidade, da 
eficiência e da razoabilidade. 
Nesse sentido, o art. 674 do ReNP disciplina o prazo para conclusão do PAD, 
vejamos: 
 
Art. 674. O Procedimento Administrativo Disciplinar deverá ser concluído 
em 30 (trinta) dias, contados da data do fato. 
 
Contudo, o § 1º do referido artigo confere a prerrogativa ao Secretário para, em 
qualquer fase da instrução do procedimento, caso a unidade não consiga concluir o 
procedimento dentro do citado prazo, por meio de pedido FUNDAMENTADO, 
solicitar ao Diretor Geral a sua prorrogação. 
 
 Ademais, o § 2º dispõe que quando o secretário do Conselho solicitar 
diligências, interrompe-se o prazo previsto no caput deste artigo, até a sua conclusão. 
 
Desta forma, os procedimentos cujo prazo de conclusão extrapole o previsto no 
art. 674, sem fundamentação que justifique a prorrogação, poderão ser anulados, 
bem como aqueles cujas decisões careçam de motivação. 
 
3.1. Prazo da extinção da punibilidade no âmbito administrativo 
 
Prescrição é a perda do direito de punir. Pelo decurso de certo tempo, a inação 
do Estado em apurar e punir infrações penais lhe obsta o exercício do jus puniendi, 
impedindo então a efetiva aplicação da sanção. 
 
12 
 
O artigo 664 do ReNP determina de forma expressa que a punibilidade será 
extinta no âmbito administrativo após 12 (doze) meses do conhecimento do fato, 
vejamos: 
Art. 664. Extingue-se a punibilidade da sanção disciplinar, no âmbito 
administrativo, no prazo de 12 (doze) meses, a partir da data do 
conhecimento do fato (ReNP,2016). 
 
Acrescenta-se que, no caso de fuga os prazos para extinção da punibilidade 
serão suspensos, somente voltando a transcorrer com a ocorrência da recaptura 
como consequência lógica da impossibilidade de apuração enquanto não houver o 
retorno da pessoa foragida. Ipsis litteris: 
Art. 664. Extingue-se a punibilidade da sanção disciplinar, no âmbito 
administrativo, no prazo de 12 (doze) meses, a partir da data do 
conhecimento do fato. 
§ 1º Nos casos de fuga interrompem-se os prazos da extinção da 
punibilidade na data de sua ocorrência, voltando a contar a partir da data 
da recaptura do preso (ReNP,2016). 
 
Desta forma, perfazendo o prazo de 12 (doze) meses de tramitação do 
procedimento administrativo disciplinar – PAD, sem a realização da Sessão de 
Julgamento, será extinta a punibilidade da sanção disciplinar, devendo o 
procedimento ser extinto sem qualquer consequência gravosa para o indivíduo 
privado de liberdade. 
O PAD deve ser concluído de forma célere, respeitando os princípios do 
contraditório e ampla defesa e do devido processo legal administrativo. 
 
4. JULGAMENTO DA FALTA DISCIPLINAR PELO CONSELHO 
 
Após a instrução do PAD, o Presidente do Conselho Disciplinar designará o 
dia e o horário da sessão de julgamento, da qual deverá ser informada a defesa do 
custodiado com a antecedência mínima de 5 (cinco) dias. 
 
O Conselho Disciplinar – CD, é um colegiado composto por servidores da 
própria unidade prisional, destinado ao processamento e julgamento das faltas 
disciplinares praticadas pelos indivíduos privados de liberdade e, se for o caso, 
cominação de sanções administrativas. 
 
Tem como objetivo garantir o cumprimento das normas básicas de conduta e 
disciplina dos custodiados, bem como zelar por seus direitos e garantias. 
 
De acordo com o artigo 99 do ReNP, o Conselho Disciplinar será composto 
por, no mínimo, 06 (seis) titulares, capazes e experientes, a saber: o Presidente 
(função exercida pelo Diretor Geral da unidade, que deverá presidir a sessão de 
13 
 
julgamento, atribuição esta que poderá ser delegada exclusivamente aos Diretores 
Setoriais); o Secretário; a Defesa; 1(um) Representante da equipe de segurança 
(membro votante); 2 (dois) técnicos ligados à Diretoria de Atendimento (membros 
votantes). A composição do conselho que não seja a forma pela qual disciplina o 
ReNP, gera nulidade ao julgamento. 
 
Os cargos ligados a diretoria de atendimento, podem ser representados pelo 
Psicólogo, Assistente Social, Enfermeiro ou Técnico/Auxiliar de Enfermagem, Médico, 
Dentista, Pedagogo. 
 
Consoante ao artigo 100 do ReNP são impedidos de participar como 
membros do Conselho Disciplinar o servidor que classificou a falta, o servidor que 
tenha presenciado os fatos, e o servidor que possua relação de parentesco, amizade 
ou desafeto com o preso ou funcionário envolvido na ocorrência. Aberta a sessão de 
julgamento, será lido o comunicado interno, a indicação das diligências e apurações 
feitas no procedimento administrativo prévio. 
 
Após essa etapa, a Defensoria Pública ou Advogado constituído ou, na 
ausência ou inexistência destes, o Analista Executivo de Defesa Social/Analista 
Técnico Jurídico – ANEDS/ATJ, realizará a defesa do custodiado, que poderá ser oral 
ou reduzida a termo, sendo a última obrigatória em casos de falta grave. 
 
Os membros votantes podem inquirir o acusado, visando esclarecer os fatos 
e circunstâncias das ocorrências, bem como solicitar diligências e informações aos 
diversos setores da Unidade Prisional a fim de buscar a verdade real dos fatos. 
Em seguida, o custodiado e a defesa deverão ser retirados da sala e os 
membros votantes do Conselho decidirão em votação reservada, por maioria 
simples, pela absolvição, desclassificação ou condenação. 
 
No caso de absolvição, deverá ser realizada a imediata baixa da anotação da 
alegada falta e o procedimento deverá ser arquivado. 
 
Art. 693. O Conselho Disciplinar absolverá o preso desde que reconheça: 
I - não existir prova do cometimento da infração; 
II - está provado que o preso não participou do fato, haver dúvida da sua 
participação ou o fato não está previsto como falta disciplinar; e 
III - prescrição da infração de acordo com o art. 664 deste Regulamento. 
Parágrafo único. Também será absolvido o preso que tenha praticado a 
falta: 
I - por legítima defesa própria ou de terceiros; 
II - em cumprimento de ordem não manifestamente ilegal; 
III - em situação de inexigibilidade de conduta diversa ou coação 
irresistível; e 
IV - em razão do estado de necessidade (ReNP,2016). 
 
Após a votação, o custodiado e a defesa deverão retornar a sessão de 
14 
 
julgamento, onde serão informados do resultado do Conselho. Caso ocorra a 
condenação, caberá ao Presidente do Conselho aplicar a sanção correspondente à 
natureza da falta, sanção esta que possui caráter preventivo e educativo visando a 
preservação da disciplina. 
 
5. SANÇÕES CABÍVEIS 
 
As sanções serão aplicadas pelo Diretor da Unidade Prisional, havendo 
condenação pelo Conselho Disciplinar. A sanção disciplinar objetiva preservar a 
disciplina e tem caráter preventivo e educativo. 
 
Na aplicação das sanções disciplinares, levar-se-ão em conta a natureza, os 
motivos, as circunstâncias e as consequências do fato, bem como a pessoa do faltoso e 
seu tempo de prisão. 
 
Em caso de reconhecimento por falta leve será aplicado ao faltoso advertência 
verbal e repreensão. 
 
Art. 640. parágrafo único. Na reincidência, em 03 (três) ou mais faltas 
leves, o Conselho Disciplinar apreciará e julgará a possibilidade de 
aplicação de 01 (um) a 10 (dez) dias de isolamento, observado o prazo 
previsto no artigo 659 desteRegulamento (ReNP,2016). 
 
No caso de condenação por falta média será aplicada suspensão ou restrição de 
direitos e isolamento na própria cela ou local adequado por um período mínimo de 10 
(dez) dias até 20 (vinte) dias, cumulado com a suspensão ou restrição de direitos por 
igualperíodo. 
Se o Conselho decidir pela aplicação da falta grave será aplicado o isolamento 
na própria cela, ou em local adequado por período mínimo de 21 (vinte e um) dias até 
30 (trinta) dias, cumulado com a suspensão ou restrição de direitos por igual período e 
inclusão no Regime Disciplinar Diferenciado, condicionada à apreciação judicial. 
 
Vale ressaltar que, de acordo com artigo 45 da LEP, bem como o artigo 650 
ReNP são proibidos, como sanções disciplinares, os castigos corporais, clausura em cela 
escura, sanções coletivas, bem como toda punição cruel, desumana, degradante e 
qualquer forma de tortura. 
 
Além disso, os custodiados em cumprimento de medida de segurança, bem 
como os que em razão de perturbação mental cometam faltas disciplinares, não 
deverão ser submetidos a julgamento pelo Conselho Disciplinar e, por consequência, às 
sanções disciplinares, considerando que tais indivíduos são incapazes de entender a 
gravidade de suas ações e orientar-se através desse entendimento. 
 
5.1. Dosimetria da Sanção 
15 
 
 
Neste tópico iremos trabalhar a chamada dosimetria das sanções, que é aplicar 
a sanção nos termos expressos do ReNP, tendo em vista que o estabelecimento de 
patamar mínimo e máximo de acordo com a gravidade da conduta orientando-se por 
causas de aumento e diminuição do isolamento, pena base e outras regras 
procedimentais que trataremos a seguir: 
 
 ISOLAMENTO PREVENTIVO E SANÇÃO DEFINITIVA 
 
 Tratando-se de fatos que dizem respeito à aplicação de faltas disciplinares, 
temos duas hipóteses de decretação de isolamento. A primeira, após a abertura da 
instrução do procedimento administrativo, de forma preventiva e a segunda, como 
sanção definitiva, após decisão do Conselho na Sessão de Julgamento, ressalvado o 
direito de recorrer. 
 
No momento de determinar ou não o isolamento preventivo é dever do Diretor 
Geral (e somente do Diretor Geral, pois é dele a competência para proferir o despacho 
inicial), de verificar se há possibilidade de necessidade do isolamento preventivo, 
observando estritamente o disposto no art. 644, parágrafo único do ReNP, que traz a 
seguinte redação: 
 
Art. 644. O Diretor Geral da Unidade Prisional pode determinar, por ato 
motivado, o isolamento preventivo do preso, por período não superior a 
10 (dez) dias. 
Parágrafo único. O isolamento preventivo só é possível quando houver 
indícios fundamentados da iminência ou do cometimento de infração 
disciplinar grave, bem como para assegurar a disciplina, a integridade 
física dos custodiados e a segurança da Unidade Prisional (ReNP,2016). 
 
Neste sentido, o Diretor Geral em seu despacho inicial que deverá ser 
fundamentado determinará o isolamento do custodiado se preenchido os requisitos do 
artigo acima por prazo não superior a 10 (dez) dias. 
 
Nessa situação, já que o prazo não pode ser superior a 10 dias, como ponderar 
quantos dias serão se o artigo 644 não me traz esse comando? 
Para responder esse questionamento podemos nos valer do art. 658 do ReNP, 
vejamos: 
Art. 658. Na aplicação das sanções disciplinares, levar-se-ão em conta a 
natureza, os motivos, as circunstâncias e as consequências do fato, bem 
como a pessoa do faltoso e seu tempo de prisão (ReNP,2016). 
 
O Diretor Geral deverá observar esse dispositivo para quantificar os dias de 
isolamento preventivo do custodiado, tendo em vista: 
 
 A natureza da falta se foi leve, média ou grave; 
16 
 
 Os motivos que possivelmente poderiam ter levado o custodiado a prática 
daquela falta, se existem indícios de coação, se teve fim de resguardar sua integridade 
física, etc.; 
 As consequências do fato, entendendo-se como consequência tanto a 
natureza direta da falta quanto à ordem e a disciplina do estabelecimento prisional; 
 A pessoa do faltoso, entendida aqui sob a ótica de sua conduta carcerária, 
devendo observar se é um custodiado que trabalha, mantém sempre a disciplina, é 
respeitoso com os servidores e em momento isolado cometeu a falta, ou, em 
contrapartida um custodiado que é reincidente em cometimento de faltas, causa com 
frequência desordem, incita violência, etc., bem como seu tempo de prisão. 
Cumpre ressaltar que em caso de determinação de isolamento preventivo as 
motivações para a determinação, bem como a quantidade de dias aplicados devem ser 
motivadas e especificadamente apontadas pelo Diretor Geral quando do despacho 
inicial, além de ser obrigatória a comunicação ao Juízo de Execução competente para 
ciência, ocasionando a nulidade de todos os atos posteriores a não comunicação por 
abuso de poder punitivo e violação do princípio da presunção da não culpabilidade. 
 
Art. 660. Todo isolamento deverá ser sempre comunicado ao juiz 
competente. 
 
Depois de ocorrer toda a instrução, haverá a Sessão de Julgamento, sendo 
proferida decisão de condenação administrativa pelo reconhecimento da prática da 
falta disciplinar teremos o segundo momento de aplicação de sanção. Será aplicada 
sanção definitiva (contrapondo-se ao isolamento preventivo), que poderá ser 
modificada por decisão recursal. 
 
Assim como o isolamento preventivo, a sanção disciplinar também possui regras 
objetivas. O efetivo cumprimento do isolamento, quando houver recurso, dependerá 
dos efeitos com as quais a peça recursal for recebida na DAJ. Em caso de aplicação de 
efeito suspensivo, a sanção de isolamento somente acontecerá após a decisão pela 
Diretoria de Articulação e Atendimento Jurídico (DAJ), caso mantida a decisão original. 
 
Nas demais situações, os efeitos do reconhecimento em sede administrativa 
surtirão após o julgamento. 
 
A aplicação da sanção definitiva tem sua forma disciplinada no artigo 695 do 
ReNP, vejamos: 
 
Art. 695. O presidente do Conselho Disciplinar, nas sanções de isolamento 
e restrição de direitos obedecerá aos seguintes critérios: 
I – a dosimetria da sanção disciplinar partirá das punições mínimas 
previstas nos artigos 671 e 672, deste Regulamento; e 
 II - aplicam-se as atenuantes e agravantes. 
 § 1º As atenuantes e as agravantes possuem o mesmo valor, devendo a 
pena ser aumentada ou diminuída em 02 (dois) dias para cada atenuante 
17 
 
e agravante; e 
§ 2º Na hipótese do concurso de infrações disciplinares, aplica-se a pena 
da mais grave, somando para a outra infração no caso de falta grave 05 
(cinco) dias, falta média 03 (três) dias e para falta leve 02 (dois) dia, 
observando-se sempre o limite máximo de 30 dias de isolamento 
(ReNP,2016). 
 
Este comando orienta o ponto de partida das sanções, apontando o artigo 671 
para falta média e artigo 672 para falta grave. Sendo o mínimo de 10 (dez) e máximo 20 
(vinte) dias de isolamento na própria cela ou em local adequado cumulado ou não com 
suspensão ou restrição de direitos para faltas de natureza média e mínimo 21 (vinte e 
um) e máximo 30 (trinta) para falta de natureza grave. 
 
A diferença entre as duas modalidades é que no caso das faltas médias o 
isolamento pode ou não ser cumulado com a suspensão ou restrição de direitos, 
enquanto na falta grave a suspensão ou restrição de direitos cumulada com o 
isolamento é a regra, podendo ser excepcionalmente, incluído no RDD, que não é objeto 
deste tópico. 
 
Partindo-se da ideia que a dosimetria partirá das sanções mínimas, o que vai 
determinar o aumento do número de dias de isolamento será a presença de agravantes 
e/ou concurso de infrações. Por outro lado, poderá haver a diminuição, caso presentes 
as circunstâncias atenuantes, nos termos do artigo 695. 
 
 As circunstâncias agravantes e atenuantes estão disciplinadas nos artigos 662 e 
663 do ReNP, sendo imprescindível a sua incidência para a correta aplicação da sanção. 
 
Em fase recursal, a dosimetria também será objeto de análise, podendo ser 
revista pela Diretoria de Articulação e Atendimento Jurídico (DAJ). Todavia, essa 
reforma somente poderá ocorrer em favor do recorrente, tendo em vista previsão 
expressa do parágrafo único do artigo 698. 
 
OBSERVAÇÃO:No caso das penas de suspensão ou restrição de direitos, o 
artigo 627 do ReNP é impositivo ou limitar o período em até 30 (trinta) dias. Portanto, 
qualquer punição em período superior ao listado, configura abuso do poder disciplinar, 
sendo passível de apuração e responsabilização da autoridade coatora. 
 
 COMPETÊNCIA 
 
Esclarecidos quais os critérios que devem ser utilizados para dosar a sanção, 
resta saber quem deve aplicar a sanção. O artigo 694 do ReNP nos dará a resposta, nos 
seguintes termos: 
Art. 694. No caso de condenação, caberá ao presidente aplicar a sanção. 
 
Portanto, assim como somente o Diretor Geral pode impulsionar o PAD pelo 
18 
 
despacho inicial, somente o próprio Diretor Geral ou algum Diretor Setorial (somente 
Diretor) delegado por ele poderá presidir o Conselho Disciplinar e, consequentemente, 
realizar a dosimetria e aplicação da sanção conforme lecionado neste tópico. 
 
 
Atenção! 
 
Diante da regra expressa de competência para o ato, qualquer inobservância é 
causa objetiva de nulidade. 
 
6. RECURSO DISCIPLINAR 
 
O recurso contra decisão do Conselho Disciplinar, também chamado de 
pedido de reconsideração, é o meio pelo qual o custodiado condenado por uma falta 
disciplinar tem de se insurgir contra tal decisão, a fim de submetê-la à segunda 
apreciação e eventualmente ver reformada a decisão proferida em instância 
ordinária. 
 
O artigo 697 do ReNP dispõe sobre a tempestividade para apresentar o 
pedido de reconsideração, vejamos: 
 
Art. 697. A parte que insurgir quanto ao resultado do Conselho Disciplinar 
poderá solicitar a reconsideração, no prazo de 10 dias. 
 
Diante da omissão do artigo, firmou-se entendimento no sentido que o prazo 
se inicia a partir de decisão proferida em Sessão de Julgamento, uma vez que ali se 
toma conhecimento de tal condição, e estando presente o defensor, se for de 
vontade da parte se insurgir quanto à decisão, deverá fazer à partir daquele 
momento, utilizando a contagem de prazo nas regras do Código de Processo Penal, 
qual seja: contagem em dias corridos, excluindo o dia do início e contando o dia do 
término, postergando para o próximo dia útil subsequente quando o dia do término 
ocorrer no sábado, domingo ou feriado. 
 
A ATA é o documento que registra o ato e deve ser confeccionada, assinada e 
disponibilizada nos autos do procedimento no mesmo dia em que é procedida a 
Sessão, a fim de garantir a celeridade do ato e o acesso do defensor para que 
proceda da maneira que entender necessária à defesa de seu cliente/assistido. 
 
Entende-se que postergar a disponibilidade dos autos e da ATA ao 
interessado, é ato passível de apuração e responsabilização da unidade pois 
prejudica o direito de defesa. 
 
O recurso que não respeitar o prazo de 10 dias corridos não será conhecido e 
19 
 
será proferida decisão de intempestividade, mantendo a decisão nos termos 
proferidos pelo Conselho. Caso verificado que o fato ocorreu por desídia da unidade 
em disponibilizar a ATA, será a unidade responsabilizada pelo cerceamento à defesa. 
 
No tocante ao protocolo, a unidade que procedeu o julgamento da falta é 
responsável pelo recebimento e protocolo do recurso. Essa instrução deve inclusive 
ser dada aos advogados e defensores, a fim de que o procedimento siga o trâmite 
correto. 
A partir do Decreto 47.228/17 que instituiu a utilização do SEI como forma de 
tramitação dos documentos nos órgãos do executivo estadual, fica a unidade 
responsável pelo envio à DAJ por meio de processo SEI dos autos completos do 
procedimento juntamente com o recurso interposto. 
 
Uma vez enviado o recurso, caberá à Diretoria de Articulação e Atendimento 
Jurídico analisar primeiramente, se o presente recurso possui os requisitos 
necessários para a concessão do efeito suspensivo. Frisando que, automaticamente 
os recursos possuem o efeito devolutivo, ou seja, permite que a instância superior 
aprecie novamente toda a matéria arguida no recurso. Já o caráter suspensivo, 
quando deferido, paralisa os efeitos e execução da decisão guerreada. 
 
Para que haja a concessão do efeito suspensivo ao recurso, deve haver a 
plausibilidade do direito alegado, isto é, a existência de uma pretensão que é 
provável, sendo possível ser revista, o fumus boni iuris, bem como a possibilidade de 
ser ocasionado dano irreparável ou de dificílima reparação à parte, pela demora da 
prestação, o periculum in mora. 
 
Uma vez feita a análise do efeito suspensivo, a DAJ proferirá e enviará a 
unidade despacho por meio de processo SEI, sobre a concessão ou não do 
efeito suspensivo. Caso haja o deferimento do presente efeito, este irá 
suspender imediatamente os efeitos da decisão proferida na Sessão de Julgamento, 
ou seja, o custodiado não irá iniciar o cumprimento da sanção administrativa, 
devendo aguardar a análise do recurso, de forma que a sanção somente será 
cumprida após apreciação e confirmação da decisão ordinária. Todavia, em caso de 
indeferimento do efeito suspensivo deverá a decisão proferida na Sessão de 
Julgamento surtir imediatamente seus efeitos. 
 
À DAJ, terá o prazo de 10 (dez) dias úteis a contar da data do recebimento 
para decidir sobre o recurso, conforme artigo 698 do ReNP. Desta forma, dentro do 
referido prazo a Diretoria irá analisar e enviar a decisão recursal à unidade prisional 
por meio de processo SEI. Cabendo à unidade o recebimento e aplicação da decisão, 
devendo cientificar o custodiado por meio da certidão de conhecimento e em 
seguida remetê-la assinada pelo custodiado à DAJ. Além disso, a unidade deverá 
registrar no prontuário do custodiado a referida decisão, bem como proceder com a 
comunicação ao juiz da execução em caso de reconhecimento de faltas disciplinares 
20 
 
de natureza grave. 
 
OBSERVAÇÃO: O Secretário deve orientar o defensor quanto à necessidade 
de cumprimento das formalidades essenciais na confecção da peça recursal. Não raro 
são enviados recursos sem assinatura, que acabam sendo inadmitidos por ausência 
de requisito formal tornando a peça apócrifa. 
 
 
 REGISTRO NO PRONTUÁRIO 
 
O registro da sanção, somente deverá ocorrer com decisão administrativa 
definitiva. Antes, o registro será tão somente acerca da ocorrência da falta, indicando 
sempre que a mesma está em apuração, conforme disciplina o artigo 699 do ReNP, 
vejamos: 
Art. 699. Somente após tornar-se definitiva, será a punição registrada no 
prontuário do preso. 
 
 
 
LINHA DO TEMPO PROCEDIMENTAL 
 
 
7. REFLEXOS DA PRÁTICA DE FALTA DISCIPLINAR 
 
O reconhecimento administrativo de faltas disciplinares além de gerar sanção 
administrativa também poderá refletir nos benefícios da execução da pena após 
• Manifestação de 
interesse Recursal
• Aguardar decurso de 
prazo do Advogado
Prolação da 
decisão pelo 
Conselho 
Disciplinar
• Envio por processo 
SEI!
• Aguardar decurso de 
prazo da DAJ
Protocolo na 
unidade
• Juízo de 
admissibilidade e 
decisão de mérito.
• Comunicação à 
unidade para ciência 
do custodiado e 
anotação ou não no 
prontuário.
Recebimento 
do Recurso na 
DAJ
21 
 
apreciação do juiz da execução. 
 
Para que o custodiado tenha a concessão de benefícios durante o curso de 
execução de sua pena, este deverá preencher os requisitos exigidos pela LEP, 
notadamente requisito objetivo, que remete ao aspecto temporal, e o requisito 
subjetivo, que é relacionado ao bom comportamento carcerário. Dessa forma, o 
reconhecimento da falta disciplinar poderá interferir no momento de avaliação da 
progressão de regime. 
O parágrafo único do artigo 48 da LEP indica que, no caso das faltas graves, a 
autoridade administrativa deverá comunicar ao Juiz da execução penal, encaminhando 
os autos do PAD. O Juiz então dará os consectários legais acerca do reconhecimento 
administrativo da falta. Em termos práticos, com a notícia da falta grave, será designada 
audiência de justificação, momento em que o faltoso dará sua versão dos fatos ao 
magistrado, havendo também manifestaçãopor parte de representante do Ministério 
Público e da Defensoria Pública ou advogado particular. Caso reconhecida a absolvição, 
essa decisão terá prevalência sobre a decisão administrativa, devendo haver a retirada 
do registro da falta do prontuário do indivíduo. 
 
Por outro lado, caso ocorra o reconhecimento judicial, em se tratando de falta 
grave, pode haver a regressão do regime carcerário (art. 118, I, da LEP), a revogação do 
benefício da saída temporária (art. 125 da LEP), a perda de dias remidos pelo trabalho 
(art. 127 da LEP) e, conforme jurisprudências do STJ e do STF, interrupção do lapso para 
obtenção de benefícios, o que acarretará o reinício, por exemplo, da contagem do prazo 
da progressão de regime. Alterando assim, a data base para a data do cometimento da 
infração disciplinar. O reconhecimento da falta grave também pode impedir a concessão 
do indulto ou comutação da pena, quando a falta tiver sido cometida nos 12 (doze) 
meses que antecedem a publicação do Decreto. 
 
 
22 
 
Fonte: DAJ/DEPEN-MG 
 
 
8. MODELOS DOS DOCUMENTOS DO PAD 
 
Por fim, com o intuito de orientar e padronizar os atos de instrução do trâmite 
administrativo, seguem abaixo os modelos de documentos que instruem o PAD para 
adequação e implementação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORGANOGRAMA DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR 
23 
 
MODELO DO COMUNICADO INTERNO 
 
 
 
 Comunicado Interno nº __________/______ 
 
 
Unidade Prisional: 
Núcleo De Origem: Destinatário: 
Funcionário(a)Responsável: – MASP: 
Data da Ocorrência: Horário: 
Folha: Importante 
numerar as folhas do 
PAD 
 
PESSOA(S) ENVOLVIDA(S) NA OCORRÊNCIA 
Preso(a):– INFOPEN 
Preso(a): – INFOPEN: 
Testemunha:– MASP: 
Testemunha: – MASP: 
HISTÓRICO DA OCORRÊNCIA 
 
 
 
 
 
Comunico a V.Sa., para os devidos fins, que na data e horário acima ocorreu o seguinte 
fato: De acordo com o art 675, do ReNP, o servidor que presenciar ou tiver ciência do 
cometimento de qualquer infração disciplinar deverá providenciar a formalização do 
comunicado com a descrição detalhada dos fatos, individualização dos envolvidos e rol 
de testemunhas. Havendo concorrência de dois ou mais presos deverá ser lavrada 
apenas uma ocorrência interna, contendo a identificação de todos os possíveis 
envolvidos. O comunicante deve se ater a relatar os fatos ocorridos, abstendo-se de 
fazer juízo sobre a falta. Não deve haver a descrição do tipo, como, por exemplo, dispor 
que o custodiado “desrespeitou”, que “incitou movimento de subversão à ordem”. Não 
deve haver uma tipificação prévia da falta, citando artigos do RENP, mas tão somente a 
descrição do que aconteceu, acrescentando, por exemplo, aqueles que presenciaram os 
fatos, quantas pessoas se encontravam na cela no momento da ocorrência, entre outros 
detalhes que podem ser importantes para as pessoas que irão julgar a falta. 
Conforme o disposto no art 675, parágrafo único, a emissão de juízo de valor 
depreciativo ou quaisquer informações passionais torna inepto o comunicado. 
A unidade, sempre que possível deve optar por preencher o comunicado interno e os 
atos subsequentes de forma digitada e não manuscrita, e se assim o fizer, que seja de 
forma LEGÍVEL. 
 
24 
 
Local: , de de 20XX. 
Assinatura do(a) Funcionário(a): Assinatura do(a) Coordenador(a): 
Visto do(a) Diretor(a) de Segurança: 
Despacho/Diretor: O Diretor Geral, ao receber o comunicado interno, proferirá despacho 
motivado no prazo de 24 (vinte e quatro) horas ou no máximo no primeiro dia útil 
subsequente em caso de feriado e/ou final de semana, determinando: 
I – O arquivamento, quando a conduta não estiver prevista como falta disciplinar ou 
quando não existir indícios suficientes de sua autoria. 
II – A instauração do procedimento disciplinar, decidindo sobre: 
a) capitulação da falta disciplinar; 
b) isolamento preventivo do infrator, devendo ser comunicado ao Juízo competente. O 
isolamento preventivo só é possível quando houver indícios fundamentados da 
iminência ou do cometimento de infração disciplinar grave, bem como para assegurar a 
disciplina, a integridade física dos custodiados e a segurança da Unidade Prisional. 
c) remeter o Procedimento Administrativo Disciplinar para o secretário do Conselho 
Disciplinar que dará sequência ao processo. 
O Diretor deve sempre dar o despacho MOTIVADO, ainda que de forma sucinta, sendo 
uma obrigação legal. Além disso, deve decidir pelo arquivamento ou pela abertura do 
procedimento. 
Também pode determinar diligências complementares, caso em que o Diretor Geral 
encaminhará imediatamente a documentação de que já dispõe ao secretário do 
Conselho Disciplinar, para providências decorrentes do fato.É nesse momento que 
haverá a decisão pelo isolamento preventivo, devidamente motivado. 
 
 
 
________________________________, _______ de ___________________de 20XX 
 
 Fonte: DAJ/DEPEN-MG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
MODELO DO DESPACHO DO DIRETOR 
 
DESPACHO DIRETOR(A) GERAL: 
 
 
1- PRESO: xxxxxxxx INFOPEN: xxxx 
 
DATA DO FATO: xxxxxxxx Nº xxxxx 
 
 
2- PROVIDÊNCIA: 
 
( ) Arquivamento 
( ) Instauração de Procedimento Administrativo – Art. 677, inc. II – ReNP 
 
 
3- MOTIVAÇÃO: 
 
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
____________________________ 
 
 
4- CAPITULAÇÃO DA FALTA DISCIPLINAR A SER APURADA: 
 
ARTIGO Nº 640 – ReNP 
FALTAS LEVES 
ARTIGO Nº 641 – ReNP 
FALTAS MÉDIAS 
ARTIGO Nº 642 – 
ReNP 
FALTAS GRAVES 
( ) I- utilizar bem 
material, ferramenta ou 
utensílio da Unidade 
Prisional sem a devida 
autorização; 
( ) I- praticar ato constitutivo de 
crime culposo ou contravenção 
penal; 
( ) I- praticar ato 
constitutivo de 
crime doloso; 
( ) II- transitar pelas 
dependências da Unidade 
Prisional desobedecendo 
às normas estabelecidas; 
( ) II- descumprir as normas do 
Sistema Prisional ou as normas 
internas da Unidade Prisional, 
devidamente homologadas pela 
Subsecretaria de Administração 
Prisional, desde que tenha sido 
dado prévio conhecimento ao 
preso; 
( ) II- incitar 
movimento de 
subversão da 
ordem ou da 
disciplina, ou dele 
participar; 
26 
 
( ) III- retirar a atenção 
de outros presos, 
propositadamente, 
durante estudo ou 
quaisquer outras 
atividades; 
( ) III- impedir, retardar, deixar 
de praticar ou praticar 
indevidamente qualquer 
procedimento; 
( ) III- fugir; 
( ) IV- possuir 
indevidamente 
instrumento capaz 
de ofender a 
integridade física 
de outrem; 
( ) IV- descuidar da 
higiene pessoal; 
( ) IV- receber, confeccionar, 
portar, ter ou concorrer para 
que haja, em qualquer local da 
Unidade Prisional, objetos ou 
instrumentos que, embora 
inofensivos, assemelhem-se em 
aparência a objetos ou 
instrumentos que possam 
ofender a integridade física de 
outrem ou atentar contra a 
Segurança da Unidade Prisional; 
( ) V- provocar 
acidente de 
trabalho; 
( ) V- estar 
indevidamente trajado; 
( ) VI- descumprir 
em regime aberto, 
as condições 
prescritas e as 
normas impostas; 
( ) VI- estender, lavar ou 
secar roupa em local não 
permitido. 
( ) VII- 
desobedecer ao 
servidor e 
desrespeitar a 
qualquer pessoa 
com quem deva 
relacionar-se; 
 
( ) V-utilizar meios escusos para 
envio de correspondências; 
( ) VIII- recusar a 
execução de 
trabalho, das 
tarefas e das 
ordens recebidas; 
( ) VI- manter comunicação 
proibida quando no 
cumprimento da sançãodisciplinar; 
( ) IX- ter consigo, 
utilizar ou fornecer 
aparelho 
telefônico, de rádio 
ou similar que 
permita a 
comunicação com 
outros presos ou 
com ambiente 
externo; 
 
( ) VII- fabricar, portar, possuir, 
ingerir ou fornecer bebida 
alcoólica ou qualquer tipo de 
substâncias entorpecentes que 
não configure drogas ilícitas; 
 
( ) VIII- utilizar medicamento 
27 
 
não prescrito ou, quando 
prescrito, de forma indevida; 
( ) IX- ter consigo, guardar ou 
entregar qualquer quantia em 
dinheiro; 
( ) X- comercializar, dentro da 
Unidade Prisional, qualquer tipo 
de material ou objeto; 
( ) XI- entregar ou receber 
objeto de qualquer natureza 
sem a devida autorização; 
( ) XII- trocar, entrar ou 
permanecer em outra cela sem 
autorização; 
( ) XIII- simular doença ou 
estado de precariedade física 
para obter algum tipo de 
vantagem; 
( ) XIV- reter ou permitir a 
permanência de visita além do 
horário fixado; 
( ) XV- descuidar da higiene das 
dependências da Unidade 
Prisional, ou jogar no pátio, no 
corredor, na cela ou no 
alojamento objetos ou 
substâncias de qualquer 
natureza; 
( ) XVI- descumprir em regime 
semiaberto, bem como no gozo 
de benefícios de trabalho 
externo e saída temporária, as 
condições prescritas e as 
normas impostas; 
( ) XVII- desobedecer a 
prescrição médica ou recusar o 
tratamento necessário quando 
houver risco de morte, perigo de 
contágio ou qualquer risco à 
saúde dos demais presos e 
servidores da Unidade Prisional, 
desde que não constitua crime 
doloso; 
( ) XVIII- deixar de usar o 
28 
 
uniforme; 
( ) XIX- nos casos de 
monitoração eletrônica, 
descumprir as instruções 
contidas no documento de 
acolhida no ato da admissão. 
 
 
 
 
5- ISOLAMENTO PREVENTIVO – ARTIGO 644 DO ReNP/ARTIGO 60 DA LEP. 
 
( ) SIM – Pelo prazo de: ________________________. 
 
MOTIVO: 
( ) Indícios suficientes de cometimento de infração disciplinar grave ou sua 
iminência; 
( ) Assegurar a disciplina; 
( ) Assegurar a integridade física dos custodiados; 
( ) Assegurar a segurança da Unidade Prisional. 
 
( ) NÃO. 
Município, _____/_____/______. 
 
__________________________________________ 
xxxxxxxxxxxxxxxxx 
Diretor(a) Geral xxxxx 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
MODELO DE OFÍCIO COMUNICANDO ISOLAMENTO PREVENTIVO 
 
Ofício n.º: 
 
 
 
XXXXXXX, XX de XXXXXX de 20XX. 
 
Assunto: Comunicação Isolamento Preventivo. 
 
Excelentíssimo(a) Juiz(a) 
 
 
 Comunicamos a Vossa Excelência que foi instaurado procedimento 
administrativo disciplinar em face do custodiado XXXXXXX XXXXXX – INFOPEN: 
XXXXX, referente ao comunicado interno nº XXX datado de XX/XX/XXXX, pela 
suposta prática da falta prevista no art 642, XXX, do ReNP. A fim de assegurar a ordem 
e a disciplina, o custodiado foi encaminhado ao isolamento preventivo pelo prazo de 
10 dias. 
 Sendo o que se apresenta, encerramos o presente e na oportunidade 
consignamos protestos de estima e apreço. 
 
 Respeitosamente, 
 
 
 
XxxxxxXxxxxxXxxxxx 
 
Diretor(a) Geral 
Masp: XXXXXXX 
 
Exmo(a). Sr(a). 
Dr(a). XXXXXX XXXXX XXXX 
MM. Juiz(a) de Direito da Comarca de XXXXXXXX 
XXXXXXXX – XXXX 
XXXXXX - MG 
 
30 
 
 
 
MODELO DE CONVOCAÇÃO DE ADVOGADO – OITIVA 
 
Ofício n.º: . 
XXXXXXXX, XX de XXXXXXX de 20XX. 
 
 
Assunto: Intimação 
 
Senhor(a) Advogado(a), 
 
Intimamos Vossa Senhoria a comparecer à coleta do termo de declaração de 
XXXXXXXXXX – INFOPEN: XXXXX, que ocorrerá no dia XX/XX/20XX, às XX:XXhs, 
referente ao Procedimento Administrativo Disciplinar que apura os fatos ocorridos 
em XX/XX/XXXX por suposta infração ao(s) artigo(s)XX inciso(s) XX, do ReNP – 
Regulamento e Normas de Procedimento do Sistema Prisional de Minas Gerais, nos 
termos do artigo 680 §1º do RENP. 
Informamos que em caso de não comparecimento à intimação para 
acompanhar a coleta do termo de declaração, e sendo interesse do representado, 
será designado o Analista Técnico Jurídico para acompanhamento do ato. (art. 680 
§2º do RENP) 
Aproveitamos o ensejo para consignar a Vossa Senhoria protestos de estima e 
apreço. 
Atenciosamente, 
 
 
XxxxxxXxxxxxXxxxxx 
Secretário(a)/Conselho Disciplinar 
MASP: 0000000 
Advogado(a): 
Dr.XXXXXXXXX XXXX 
OAB/MG – 000.000 
 
31 
 
 
 
MODELO DE CONVOCAÇÃO DE DEFENSOR - OITIVA 
 
 
XXXXXXXX, XX de XXXXXXX de 20XX. 
 
 
Assunto: Intimação 
 
Senhor(a) Defensor(a), 
 
Intimamos Vossa Senhoria a comparecer à coleta do termo de declaração de 
XXXXXXXXXX – INFOPEN: XXXXX, que ocorrerá no dia XX/XX/20XX, às XX:XXhs, 
referente ao Procedimento Administrativo Disciplinar que apura os fatos ocorridos 
em XX/XX/XXXX por suposta infração ao(s) artigo(s)XX inciso(s) XX, do ReNP – 
Regulamento e Normas de Procedimento do Sistema Prisional de Minas Gerais, nos 
termos do artigo 680 §1º do RENP. 
Aproveitamos o ensejo para consignar a Vossa Senhoria protestos de estima e 
apreço. 
Atenciosamente, 
 
 
XxxxxxXxxxxxXxxxxx 
 
Secretário(a)/Conselho Disciplinar 
MASP: 0000000 
 
 
Defensor(a) Público(a): 
Dr.XXXXXXXXX XXXX 
 
 
 
32 
 
 
 
MODELO DE CONVOCAÇÃO DE ATJ - OITIVA 
 
Ofício n.º: . 
 
XXXXXXXX, XX de XXXXXXX de 20XX. 
 
 
Assunto: Intimação 
 
Senhor(a) Analista Técnico Jurídico, 
 
Intimamos Vossa Senhoria a comparecer à coleta do termo de declaração 
de XXXXXXXXXX – INFOPEN: XXXXX, que ocorrerá no dia XX/XX/20XX, às 
XX:XXhs, referente ao Procedimento Administrativo Disciplinar que apura os 
fatos ocorridos em XX/XX/XXXX por suposta infração ao(s) artigo(s)XX inciso(s) 
XX, do ReNP – Regulamento e Normas de Procedimento do Sistema Prisional de 
Minas Gerais, nos termos do artigo 680 §1º do RENP. 
Aproveitamos o ensejo para consignar a Vossa Senhoria protestos de estima e 
apreço. 
Atenciosamente, 
 
 
XxxxxxXxxxxxXxxxxx 
Secretário(a)/Conselho Disciplinar 
MASP: 0000000 
 
 
Analista Técnico Jurídico: 
Dr.XXXXXXXXX XXXX 
 
 
 
 
33 
 
 
MODELO DE TERMO DE DECLARAÇÃO DE TESTEMUNHAS 
 
 
TERMO DE DECLARAÇÃO 
(comunicante) 
 
Nome: XXXXX XXXX XXXXX MASP: xxxxxxxxxxxxx 
Nacionalidade: Xxxxxxxx Estado Civil: xxxxxxxxx 
Naturalidade: Xxxxxxxxx Data de Nascimento: xx/xx/xxxx 
Filiação: xxxxxxxxxx e xxxxxxxxxxx 
 
 Aos xx (xxxxxxxxxxxx) dias do mês de xxxxxxxxxxx do ano de 20xx, na sala 
XXXXXX do Xxxxxxxx, eu, XXXXXXXX, ouvinte, secretário(a), digitei o seguinte termo de 
declaração do Agente da segurança/servidor(a) acima qualificado, em relação aos 
fatos narrados no comunicado interno nº xxxxx, de xx/xx/20xx. 
 
FOI COMUNICADO AO DECLARANTE O DEVER DE DIZER SOMENTE A VERDADE 
DAQUILO QUE SOUBER 
 
 O(a) declarante respondeu que: Nesse momento, o Secretário do Conselho 
deve colher o depoimento detalhado dos fatos ocorridos. O depoimento não pode 
ficar adstrito a dizer que “confirma os fatos narrados no Comunicado Interno”. O 
sentido e o objetivo de interrogar outras pessoas que participaram é colher o maior 
número possível de informações, com detalhes suficientes a atestar o que de fato 
aconteceu. Deve ser perguntado sobre o que aconteceu, o que presenciou, o nome 
dos envolvidos, as testemunhas, a conduta do infrator, as diligências da segurança 
diante da falta, quantas pessoas estavam no local, discorrer detalhadamente sobre 
materiais apreendidos, conforme o caso. 
34 
 
 Nada mais disse, nem lhe foi perguntado, lido e achado conforme, encerrou-se 
o presente, que vai devidamente assinado. 
Declarante: _____________________________________________________ 
 
 
Testemunha: ____________________________________________________ 
 
 
Secretário: ______________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
MODELO DE TERMO DE DECLARAÇÃO DE CUSTODIADO 
 
 
TERMO DE DECLARAÇÃO 
(acusado(a)) 
 
Nome: XxxxxxxxXxxxxxxXxxxxxx INFOPEN: xxxxxxx 
Nacionalidade: xxxxxxxEstado Civil: xxxxxxxxxx 
Naturalidade: Xxxxxx Data de Nascimento: xx/xx/xxxx 
Filiação: XxxxxxxXxxxxxxxx e XxxxxxxxXxxxxxxxxx 
 
 Aos xx (xxxxxxxx) dias do mês de xxxxxxxxxx do ano de 20xx, na sala do 
xxxxxxxxx do Xxxxxxxxx, eu, Xxxxxxxxxxxxxxxx, ouvinte, secretário(a), digitei o 
seguinte termo de declaração do indivíduo/mulher privado(a) de liberdade acima 
qualificado(a), sabendo ler e escrever, que compareceu nesta, devidamente 
escoltado(a), para prestar esclarecimentos em relação aos fatos narrados no 
comunicado interno nº xxx de xx/xx/xxxx. 
 
Foi relatado ao acusado(a) seu direito de permanecer calado(a) e de ser 
assistido(a) por seu advogado ou defensor público ou pelo Analista Executivo de 
Defesa Social/ATJ, conforme determinado pelos artigos nº 680 e artigo nº 681 do 
ReNP. 
De acordo com o artigo nº 680, durante a oitiva deve ser perguntado ao preso 
se o mesmo possui advogado constituído. Na existência de advogado constituído e 
sendo interesse do preso o acompanhamento na oitiva, deverá ser o advogado 
intimado por todos os meios possíveis e certificado para comparecer ao 
procedimento em data marcada pela Unidade Prisional. O não comparecimento 
implicará na designação do Analista Técnico Jurídico da Unidade Prisional para o 
acompanhamento e defesa do preso. 
36 
 
 
 O(a) declarante respondeu que: Caso seja de interesse do preso esclarecer os 
fatos, deve constar sua versão de forma detalhada, não somente que “Não confirma 
os fatos narrados”. Nesse momento, o secretário deve perguntar sobre o ocorrido e 
constar detalhadamente as declarações do acusado, quem presenciou os fatos, se há 
testemunhas. O secretário deve descrever a versão do declarante sem interferências. 
Se houver testemunhas, essas devem ser ouvidas. Reforçamos também que o termo 
de declaração do preso deve ser feito após a coleta da oitiva dos agentes que 
participaram dos fatos, para que, em caso de necessidade, ele esclareça sobre algum 
apontamento feito pelos agentes da segurança. 
 Nada mais disse, nem lhe foi perguntado, lido e achado conforme, encerrou-se 
o presente, que vai devidamente assinado. 
 
Declarante: _________________________________________________ 
 
Testemunha: _________________________________________________ 
 
Secretário: ___________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
MODELO DE OFÍCIO PARA PRORROGAÇÃO DO PRAZO 
 
Ofício n.º: . 
 
XXXXXXXX, XX de XXXXXXX de 20XX. 
 
 
Assunto: Solicitação 
 
Senhor(a) Diretor(a), 
 
Com meus cordiais cumprimentos, em observância ao disposto no artigo 674, 
§1º do ReNP, solicito a Vossa Senhoria prorrogação de 30 dias para conclusão do 
Procedimento Administrativo Disciplinar em face do reeducando XXXXXXXXXXX, 
INFOPEN XXXXX, referente ao Comunicado Interno nº XXXXX, datado de XX/XX/XXXX, 
pois não houve tempo hábil para concluí-lo. 
Aproveitamos o ensejo para consignar a Vossa Senhoria protestos de estima e 
apreço. 
Atenciosamente, 
 
 
XxxxxxXxxxxxXxxxxx 
Secretário(a)/Conselho Disciplinar 
MASP: 0000000 
 
 
Ilmo Sr.: 
Dr.XXXXXXXXX XXXX 
Diretor Geral do XXXXXXX 
Município/MG 
 
 
 
 
38 
 
MODELO DE CONVOCAÇÃO DE ADVOGADO – JULGAMENTO 
 
Ofício n.º: . 
 
XXXXXXXX, XX de XXXXXXX de 20XX. 
 
Assunto: Intimação 
 
Senhor(a) Advogado(a), 
Intimamos Vossa Senhoria a comparecer à reunião do Conselho Disciplinar que 
ocorrerá no dia XX/XX/20XX, às XX:XXhs, para realização da defesa técnica do 
custodiado XXXXXXXXXX – INFOPEN: XXXXX, que passará por julgamento perante os 
Membros do Conselho Disciplinar por supostamente infringir o disposto no artigo 
XXX, inciso XX, do ReNP – Regulamentos e Normas de Procedimento do Sistema 
Prisional de Minas Gerais. 
Informo que, em caso de não comparecimento na 1ª sessão de julgamento com a 
devida justificativa, será marcada uma nova sessão. (artigo 682, §1º, do ReNP). A 
ausência na 2ª sessão de julgamento enseja que a defesa do reeducando seja 
realizada pelo Analista Executivo de Defesa Social/ATJ desta Unidade Prisional, no 
caso de impossibilidade de realização pela Defensoria Pública, conforme o artigo 682, 
§2º, do ReNP. 
Aproveito o ensejo para consignar a Vossa Senhoria protestos de estima e apreço. 
Atenciosamente, 
 
XxxxxxXxxxxxXxxxxx 
Secretário(a)/Conselho Disciplinar 
MASP: 0000000 
Advogado(a): 
Dr.XXXXXXXXX XXXX 
OAB/MG – 000.000 
 
 
39 
 
MODELO DE CONVOCAÇÃO DE DEFENSOR – JULGAMENTO 
 
Ofício n.º: . 
 
XXXXXXXX, XX de XXXXXXX de 20xx. 
 
 
Assunto: Conselho Disciplinar 
 
Senhor(a) Defensor(a), 
 
Informamos que no dia XX/XX/20XX, às XX:XXhs, será realizada reunião do Conselho 
Disciplinar. 
Assim, cientificamos Vossa Senhoria para comparecer e realizar a defesa técnica do(a) 
indivíduo/mulher privado(a) de liberdade XXXXXXXXXX – INFOPEN: XXXXX, que 
passará por julgamento perante os Membros do Conselho Disciplinar por 
supostamente infringir o disposto no artigo XXX, inciso XX, do ReNP – Regulamento e 
Normas de Procedimento do Sistema Prisional de Minas Gerais. 
Aproveitamos o ensejo para consignar a Vossa Senhoria protestos de estima e apreço. 
 
Atenciosamente, 
 
 
XxxxxxXxxxxxXxxxxx 
Secretário(a) do Conselho Disciplinar 
MASP: 0000000 
 
 
Defensor(a) Público(a) ou Defensoria Pública da Comarca XXXX: 
Dr(a).XXXXXXXXX XXXX 
 
 
 
40 
 
MODELO DE CONVOCAÇÃO DE ATJ – JULGAMENTO 
 
Ofício n.º: . 
 
XXXXXXXX, XX de XXXXXXX de 20xx. 
 
 
Assunto: Conselho Disciplinar 
 
Senhor(a) Analista Técnico Jurídico, 
 
Informamos que no dia XX/XX/20XX, às XX:XXhs, será realizada reunião do 
Conselho Disciplinar. 
Assim, cientificamos Vossa Senhoria para comparecer e realizar a defesa 
técnica do(a) indivíduo/mulher privado(a) de liberdade XXXXXXXXXX – INFOPEN: 
XXXXX,que passará por julgamento perante os Membros do Conselho Disciplinar por 
supostamente infringir o disposto no artigo XXX, inciso XX, do ReNP – Regulamento e 
Normas de Procedimento do Sistema Prisional de Minas Gerais. 
Aproveitamos o ensejo para consignar a Vossa Senhoria protestos de estima e 
apreço. 
 
Atenciosamente, 
 
 
XxxxxxXxxxxxXxxxxx 
Secretário(a) do Conselho Disciplinar 
MASP: 0000000 
 
 
Analista Técnico Jurídico: 
Dr(a).XXXXXXXXX XXXX 
 
 
41 
 
MODELO DE SESSÃO DE JULGAMENTO 
 
ATA DA SESSÃO DE JULGAMENTO 
 
 Aos xxx de xxx de 20xx, às xx:xx horas, na sala xxxx do Presídio xxxxxxx, reuniu-
se o Conselho Disciplinar sob a presidência do(a) Diretor(a) (Geral ou Diretor setorial) 
xxxxx, estando presentes o(a) Secretário(a) do Conselho X.X.X., o ATJ da Unidade 
X.X.X./Defensor Público/Advogado, e os três Membros votantes X.X.X.X, (setor. Ex: 
Enfermeira), X.X..X, (setor. Ex: Pedagoga), X.X.X, Agente de Segurança, para 
julgamento da suposta prática da infração prevista no art xxxx, do ReNP, pelo(a) 
indivíduo/mulher privado(a) de liberdade oportunidade em que foi lido o comunicado 
interno, as diligências e apurações feitas no procedimento administrativo prévio. 
Obs: O presidente do Conselho Disciplinar obrigatoriamente informará ao preso e 
aos membros do conselho a situação pregressa na Unidade Prisional, momento em 
que será dada ao preso a oportunidade de fazer suas considerações. 
 
 Dado a palavra ao custodiado(a) XXXXX, manifestou: “QUE...” 
 
 O(a) custodiado(a) XXXXX, assim respondeu às perguntas formuladas pelos 
membros do Conselho Disciplinar: “que…” 
 
O(a) custodiado(a) XXXXX, assim respondeu às perguntas formuladas pela 
defesa: “que…” 
É necessário colocar a termo aquilo que o(a) preso(a) disser na audiência, visto que 
pode vir a acrescentar fatos que irão colaborar para formação da convicção do 
julgador que vier a apreciar os autos, seja na esfera judicial, seja na fase recursal. 
A defesa do(a) custodiado(a) XXXXX, assim se manifestou: “ ...” 
ou 
42 
 
 (exemplo) A defesa do(a) custodiado(a), representada pelo DefensorPúblico/Advogado/ATJ Dr. XXXXX, requereu a absolvição nos termos do Art 693, XXXX, 
do ReNP, ao argumento de que não há provas suficientes, devendo ser observado o 
princípio in dubio pro reo. Requereu que, em caso de condenação, seja 
desclassificada para a falta média prevista no art 641, XXXX, do ReNP. 
Obs: No caso de falta grave, a defesa deve ser reduzida a termo obrigatoriamente 
ou apresentada por escrito ao Conselho. 
Após ouvir a descrição dos fatos, o preso e a defesa serão retirados da sala, e os 
membros votantes do Conselho decidirão em votação RESERVADA por maioria 
simples pela absolvição ou condenação do acusado. Ou seja, a decisão do Conselho 
será obtida pela íntima convicção individual das partes e não pelo consenso entre 
elas. 
 
 Diante do conjunto probatório produzido no procedimento e das alegações da 
defesa, os Membros do Conselho Disciplinar decidiram, por maioria dos votos/por 
votação unânime, CONDENAR o(a) custodiado(a)XXXX pela prática de falta LEVE / 
MÉDIA / GRAVE prevista no artigo XXX, inciso XXXX (descrição), do ReNP. 
 
DA SANÇÃO APLICADA 
 
 O Presidente do Conselho aplicou a sanção disciplinar observando o disposto 
nos artigos 695, 670 a 672, 662 e 663, do ReNP. Considerando que a falta média / 
grave que prevê a punição mínima de 10 / 21 dias, e diante da incidência das 
atenuantes da ausência de falta anterior / a pouca importância da participação do 
preso na falta / confissão espontânea / colaboração para a elucidação da falta / ter 
cometido a falta por motivo de relevante valor social ou moral, subtraiu-se XX dias. 
Ao presente caso aplica-se a agravante da reincidência / a coação ou indução de 
outros presos à prática da falta / a prática de falta pelo preso em virtude de confiança 
43 
 
nele depositada / a ação em concurso com outro preso / a prática da falta em local 
público exasperando em XX dias, totalizando XX dias de isolamento. 
 
 Houve o isolamento preventivo cumulado com restrição de direito por um 
período de 10 (dez) dias, logo, esse período será computado à sanção disciplinar 
aplicada, restando a cumprir XX dias. 
 
 Nada mais havendo a tratar, o (a) Presidente deu por encerrada a reunião, cuja 
ata, depois de lida, vai assinada por todos os presentes. 
OBS: Havendo interesse em recorrer da presente decisão, a DEFESA terá 10 (dez) 
dias, a contar da data do julgamento, para interpor recurso, conforme o artigo 697 
do ReNP. Deve o Secretário do Conselho orientar o advogado a interpor o recurso na 
unidade prisional e esta posteriormente remeterá todo o procedimento à DAJ via 
SEI!. 
 
________________________ _____________________ 
________________________ 
Presidente (nome) Defesa (nome) Secretário (nome) 
 
 
________________________ _____________________ 
________________________ 
 Membro (nome) Membro (nome) Membro (nome) 
 
 
________________________________________________________ 
..………………………………………. – INFOPEN: ….……….. 
 
 
Município, dia de mês de 20XX 
 
 
 
 
 
44 
 
MODELO DE DEFESA DO ATJ NO CONSELHO DISCIPLINAR 
 
EXMO(A). SR(A). PRESIDENTE(A). DO CONSELHO DISCIPLINAR DO PRESÍDIO 
________________________________________________________________/MG. 
Procedimento administrativo nº____________________________ 
 
Data do fato: _____/______/_________ 
 
 
___________________________________________________, 
infopen:___________, vem, respeitosamente perante Vossa Senhoria, através do(a) 
analista técnico jurídico desta Unidade Prisional, nos autos do procedimento 
administrativo com fundamento nos artigos 81-A e 81-B, III, IV, V e VI, da Lei de 
Execução Penal, apresentar: 
 
DEFESA ADMINISTRATIVA, pelo(s) fundamento(s) a seguir exposto(s): 
 
( ) absolvição: 
( ) por atipicidade da conduta, violação à taxatividade do art. 50 da LEP; 
( ) por atipicidade da conduta, pois o fato não está previsto como falta 
disciplinar. Art. 693, II, ReNP; 
( ) por não existir prova do cometimento da infração. Art. 693, I, ReNP. 
( ) por haver prova que o custodiado não participou do fato ou por haver 
dúvida da sua participação. Art. 693, II, ReNP; 
( ) por prescrição da infração de acordo com o art. 664 do ReNP. 
 
( )art. 693, Parágrafo Único ReNP – Absolvição: 
 ( )I. por legítima defesa própria ou de terceiros; 
 ( )II. por cumprimento de ordem não manifestamente ilegal; 
 ( )III. por inexigibilidade de conduta diversa ou coação irresistível; 
 ( )IV. em razão do estado de necessidade. 
 
( ) outro: 
______________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
 
( ) Isenção de sanção disciplinar em consequência de alteração comprovada 
de sua saúde mental. Art. 667 ReNP. 
 
( ) desclassificação da falta/aplicação de falta média: 
45 
 
 
( ) art.641 _____ do ReNP. 
 
Justificativa.:______________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
 
( ) art.641, I, pelo ato constituir apenas crime culposo ou contravenção penal; 
 
( ) desclassificação/aplicação de falta leve: 
 
( ) art. 640, _____ReNP. 
 
Justificativa:______________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
 
( ) Desclassificação ou aplicação de sanção mínima em virtude de o fato ser 
justificado pela natureza, os motivos, as circunstâncias e as consequências do fato, 
bem como a pessoa do faltoso e seu tempo de prisão. (Art. 658 ReNP) 
 
( ) aplicação de art. 670 do ReNP: 
( ) I. advertência verbal; 
( ) II. repreensão escrita. 
 
( ) art. 671.do ReNP, aplicação de: 
( ) I. suspensão ou restrição de direitos; 
( ) II. isolamento na própria cela ou local adequado por ____ dias ( de 10 (dez) 
dias até 20 (vinte) dias) 
 
( ) Aplicação de atenuante prevista no Art. 662 em virtude de: 
( ) I- ausência de falta anterior; 
( ) II - a pouca importância da participação do preso na falta; 
( ) III - a confissão espontânea; 
( ) IV - colaboração para a elucidação da falta; e 
( ) V – ter cometido a falta por motivo de relevante valor social ou 
moral. 
 
( ) Absorção da falta menos grave pela mais grave. (Art. 643 ReNP) 
 
( ) Subsidiariamente caso não acolhida tese de absolvição/desclassificação, 
aplicação da pena mais grave, somando para a outra infração no caso de falta grave 
05 (cinco) dias, falta média 03 (três) dias e para falta leve 02 (dois) dias, 
46 
 
observando-se sempre o limite máximo de 30 dias de isolamento, por haver 
concurso de infrações. (Art. 695. § 2º, ReNP). 
 
( ) Detração do tempo de isolamento preventivo do faltoso (Art. 647 ReNP). 
 
( ) Conversão em diligência para 
____________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________ 
( )Observações/complemento____________________________________________
______________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
( ) Requer-se, ainda,____________________________________________________ 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
___________________________________________________________________________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
 
 
 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Cidade, _____ de ________________________ de 20__. 
 
 
_____________________________________ 
Assinatura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
 
MODELO DE OFÍCIO ENCAMINHANDO O PAD COM JULGAMENTO 
 
Ofício n.º: 
 
 
 
XXXXXXX, XX de XXXXXX de 20XX. 
 
Assunto: Encaminhamento PAD 
 
Excelentíssimo (a) Juiz (a): 
 
 
 Encaminhamos a Vossa Excelência, para conhecimento e possíveis 
providências judiciais, o procedimento administrativo disciplinar em face do 
reeducandoXXXXXXX XXXXXX – INFOPEN: XXXXX, referente ao comunicado interno 
nº XXX datado de XX/XX/XXXX, no qual foi punido com falta GRAVE por infringir o 
disposto no artigo 642, inciso XX, do ReNP – Regulamento e Normas de Procedimento 
do Sistema Prisional de Minas Gerais, ficando sancionado a xxx dias de isolamento. 
 Valemo-nos deste ensejo para consignar a Vossa Excelência protestos de 
estima e apreço. 
 Respeitosamente, 
 
 
 
XxxxxxXxxxxxXxxxxx 
Diretor(a) Geral 
Masp: XXXXXXX 
 
 
 
Exmo(a). Sr(a). 
Dr(a). XXXXXX XXXXX XXXX 
MM. Juiz(a) de Direito da Comarca de XXXXXXXX 
XXXXXXXX – XXXX 
XXXXXX - MG 
 
48 
 
MODELO DE OFÍCIO ENCAMINHANDO O PAD SEM JULGAMENTO 
 
Ofício n.º: XXXXXX 
 
 
 
XXXXXXX, XX de XXXXXX de 20XX. 
 
Assunto: Encaminhamento. 
 
Excelentíssimo(a) Juiz(a) 
 
 
 Encaminhamos a Vossa Excelência, para conhecimento e possíveis 
providências judiciais, cópia dos autos da instrução do procedimento administrativo 
disciplinar instaurado em face do(a) custodiado(a)XXXXXXX XXXXXX – INFOPEN: 
XXXXX, referente ao comunicado interno nº XXX datado de XX/XX/XXXX, cujo 
julgamento não foi realizado por ausência de defesa técnica, já que mesmo 
intimados, não compareceu membro da defensoria pública e tampouco advogado 
particular. 
 Valemo-nos deste ensejo para consignar a Vossa Excelência, protestos 
de estima e apreço. 
 Atenciosamente, 
 
 
 
 
XxxxxxXxxxxxXxxxxx 
Diretor(a) Geral 
Masp: XXXXXXX 
 
 
Exmo(a). Sr(a). 
Dr. XXXXXX XXXXX XXXX 
MM. Juiz(a) de Direito da Comarca de XXXXXXXX 
XXXXXXXX – XXXX 
XXXXXX – MG 
 
49 
 
 
MODELO DE RECURSO ADMINISTRATIVO 
 
EXMO(A). SR(A). DIRETOR(A). DE ARTICULAÇÃO E ATENDIMENTO 
JURÍDICO______________________________________________________________
__/MG. 
Procedimento administrativo nº____________________________ 
 
Data do fato: _____/______/_________ 
 
 
___________________________________________________, 
infopen:___________, vem, respeitosamente perante Vossa Senhoria, através do(a) 
Analista Técnico Jurídico desta Unidade Prisional, nos autos do procedimento 
administrativo com fundamento nos artigos 81-A e 81-B, III, IV, V e VI, da Lei de 
Execução Penal, apresentar: 
 
RECURSO ADMINISTRATIVO, pelo(s) fundamento(s) a seguir exposto(s): 
 
( ) absolvição: 
( ) por atipicidade da conduta, violação à taxatividade do art. 50 da LEP; 
( ) por atipicidade da conduta, pois o fato não está previsto como falta 
disciplinar. Art. 693, II, ReNP; 
( ) por não existir prova do cometimento da infração. Art. 693, I, ReNP. 
( ) por haver prova que o custodiado não participou do fato ou por haver 
dúvida da sua participação. Art. 693, II, ReNP; 
( ) por prescrição da infração de acordo com o art. 664 do ReNP. 
 
( )art. 693, Parágrafo Único ReNP – Absolvição: 
 ( ) I. por legítima defesa própria ou de terceiros; 
 ( ) II. por cumprimento de ordem não manifestamente ilegal; 
 ( ) III. por inexigibilidade de conduta diversa ou coação 
irresistível; 
 ( ) IV. em razão do estado de necessidade. 
 
( )outro:______________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
 
( ) Isenção de sanção disciplinar em consequência de alteração comprovada de sua 
saúde mental. Art. 667 ReNP. 
50 
 
 
( )desclassificação da falta/aplicação de falta média: 
 
( ) art.641 _____ do ReNP. 
 
Justificativa.:___________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
 
( ) art.641, I, pelo ato constituir apenas crime culposo ou contravenção penal; 
 
( ) desclassificação/aplicação de falta leve: 
 
( ) art. 640, _____ReNP. 
 
Justificativa:____________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
 
( ) Desclassificação ou aplicação de sanção mínima em virtude de o fato ser 
justificado pela natureza, os motivos, as circunstâncias e as consequências do fato, 
bem como a pessoa do faltoso e seu tempo de prisão. (Art. 658 ReNP) 
 
( ) aplicação de art. 670 do ReNP: 
( ) I. advertência verbal; 
( ) II. repreensão escrita. 
 
( ) art. 671.do ReNP, aplicação de: 
( ) I. suspensão ou restrição de direitos; 
( ) II. isolamento na própria cela ou local adequado por ____ dias ( de 10 (dez) 
dias até 20 (vinte) dias) 
 
( ) Aplicação de atenuante prevista no Art. 662 em virtude de: 
( ) I- ausência de falta anterior; 
( ) II - a pouca importância da participação do preso na falta; 
( ) III - a confissão espontânea; 
( ) IV - colaboração para a elucidação da falta; e 
( ) V – ter cometido a falta por motivo de relevante valor social ou 
moral. 
 
( ) Absorção da falta menos grave pela mais grave. (Art. 643 ReNP) 
 
( ) Subsidiariamente caso não acolhida tese de absolvição/desclassificação, 
aplicação da pena mais grave, somando para a outra infração no caso de falta grave 
05 (cinco) dias, falta média 03 (três) dias e para falta leve 02 (dois) dias, 
51 
 
observando-se sempre o limite máximo de 30 dias de isolamento, por haver 
concurso de infrações. (Art. 695. § 2º, ReNP). 
 
( ) Detração do tempo de isolamento preventivo do faltoso (Art. 647 ReNP). 
 
( ) Conversão em diligência para 
_____________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________ 
( )Observações/complemento____________________________________________
______________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
( ) Requer-se, ainda,____________________________________________________ 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
 
 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Cidade, _____ de ________________________ de 20__. 
 
 
_____________________________________ 
Assinatura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
 
 
 
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
BRASIL.Código de Processo Penal.Decreto-Lei Nº 3.689, de 3 de outubro de 
1941.Disponível em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-
lei/del3689compilado.htm.Acesso

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