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1 GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS SECRETARIA DE ESTADO DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA SUBSECRETARIA DE INTELIGÊNCIA E ATUAÇÃO INTEGRADA SUPERINTENDÊNCIA EDUCACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA DIRETORIA PEDAGÓGICA CADERNO EDUCACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA O PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR NO ÂMBITO DA EXECUÇÃO PENAL 2 Governador do Estado de Minas Gerais Romeu Zema Neto Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública Mario Lucio Alves de Araujo Subsecretário de Inteligência e Atuação Integrada Nilton José Batista Moreno Júnior Superintendente Educacional de Segurança Pública Roberta Corrêa Lima Ignácio da Silva Diretora Pedagógica Lilian Regina Gomes Guerra Lemos Conteudistas Beatriz Martins Ribeiro Daniel Mendonça da Rocha Katarina Kellen Prado Kevin Vinícios de Souza Yuri Ventrura Martins de Araújo. Atualização/Revisão Elizangela dos Santos Belo Horizonte, MG 2020 3 4 5 SUMÁRIO 1. NOÇÕES GERAIS DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR......5 1.1. Princípios Norteadores..............................................................................5 1.2. Finalidade do Procedimento Administrativo Disciplinar - PAD................6 2. INSTAURAÇÃO DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR- PAD...................................................................................................................8 3. PRAZOS DE CONCLUSÃO DO PAD...............................................................10 3.1. Prazo da extinção da punibilidade no âmbito administrativo...............10 4. JULGAMENTO DA FALTA DISCIPLINAR PELO CONSELHO...........................11 5.SANÇÕES CABÍVEIS......................................................................................13 5.1. Dosimetria da Sanção..............................................................................13 6. RECURSO DISCIPLINAR...............................................................................17 7. REFLEXOS DA PRÁTICA DE FALTA DISCIPLINAR.........................................19 8. MODELOS DOS DOCUMENTOS DO PAD....................................................21 9.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................50 6 1. NOÇÕES GERAIS DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR O Procedimento Administrativo Disciplinar no âmbito da execução penal é o meio pelo qual se realiza o procedimento de comunicação, apuração e aplicação de sanções disciplinares quando constatada a ocorrência de falta disciplinar por parte do custodiado. A Administração Pública, por meio de seus agentes, tem de sancionar custodiados com comportamentos desvirtuados da finalidade da pena, quais sejam: retribuição e ressocialização. Como retribuição entende-se a privação da liberdade do indivíduo na proporção determinada em sentença condenatória transitada em julgado. Em contrapartida, não faria sentido somente sancionar um indivíduo sem um planejamento de reinserção na sociedade, sob pena do mesmo voltar a cometer delitos, e quem sofre com esse fenômeno é a própria sociedade, sendo uma vítima direta. Neste sentido, a observância do tratamento humanitário e das políticas de ressocialização é crucial para se chegar à conclusão positiva do cumprimento de uma sentença penal, a retribuição e o retorno ao corpo social. A importância do Procedimento em âmbito administrativo é garantir ao custodiado, acusado de cometer algum desvio em sua execução penal de exercer o contraditório e a ampla defesa e garantir a adequada ação do Estado. Desta forma, veremos a seguir os princípios que norteiam o Procedimento Administrativo Disciplinar e a sua importância para a manutenção do Estado Democrático de Direito. 1.1. Princípios Norteadores A Legislação Federal que regula o Processo Administrativo Disciplinar é a Lei 9784/99, que em seu artigo 2º dispõe sobre os princípios que norteiam o Processo Administrativo Disciplinar, vejamos: Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. Para não estender e fugir do objetivo deste curso, nos limitaremos a 7 destrinchar os princípios dispostos na legislação estadual, no entanto a atuação da administração estadual também deve se pautar nos princípios acima citados. O Regulamento e Normas de Procedimentos do Sistema Prisional de Minas Gerais (ReNP), regula o tipo de procedimento e os princípios a ele inerentes em seu art. 673, vejamos: Art. 673. O procedimento administrativo disciplinar - PAD que trata este Regulamento segue o rito sumaríssimo, orientando-se pela oralidade, economia processual, celeridade e exercício da ampla defesa e contraditório (ReNP,2016). No que tange à oralidade, economia processual e celeridade, temos os princípios de natureza processual, visando um procedimento rápido, econômico e eficaz fazendo relação com o princípio geral da administração pública da efetividade. No entanto, essa celeridade não pode ser prejudicial aos princípios constitucionais do contraditório e à ampla defesa assegurados ao custodiado. Contraditório: O exercício do contraditório é a prerrogativa do custodiado a manifestação contrária as acusações feitas ou a provas apresentadas, garantindo assim que se forme um equilíbrio entre a pretensão de punir e a presunção de não culpabilidade, que somente será encerrada por decisão do julgador ao analisar as provas apresentadas no decorrer da instrução, aí que entra a ampla defesa. Ampla defesa: A ampla defesa é o direito do acusado de se defender amparado por todos os meios admitidos em direito a fim de produzir as provas contrárias às acusações e garantir o efetivo exercício do contraditório. Assim, além de serem princípios diretos da legislação estadual e federal, são, além de tudo, garantias constitucionais, que por nenhum argumento podem deixar de se fazer valer. Atenção! O servidor que participa dos atos que instruem o Processo Administrativo Disciplinar deve estar sempre em alerta para estas garantias, para assegurar que o processo esteja em conformidade legal, obedecendo assim ao princípio da legalidade e evitando que ocorram nulidades, pois a violação de quaisquer destes princípios violam a ordem constitucional e ocasionam em nulidade absoluta, anulando todos os atos posteriores a possível violação. 1.2. Finalidade do Procedimento Administrativo Disciplinar - PAD Inicialmente, para fins de situação do campo em comento, cumpre explicitar que no âmbito da execução de pena, objetiva-se o regular e bom cumprimento da sentença condenatória imposta, de forma que, desse modo, regras disciplinares de conduta foram normatizadas tanto no âmbito do poder legislativo (Lei de Execuções 8 Penais), quanto no âmbito do poder executivo (Regulamento e Normas de Procedimentos do Sistema Prisional), dando origemàs intituladas faltas disciplinares, que se dividem em: grave, média e leve. Praticada alguma conduta pelo reeducando que ofenda o regular cumprimento da pena, se amoldando a alguma modalidade de falta tipificada, entra em cena o responsável legal pela custódia do indivíduo privado de liberdade juntamente com o instrumento procedimental formulado para apurações de faltas disciplinares, quais sejam, o poder executivo valendo-se do processo administrativo disciplinar. O aludido procedimento disciplinar, constitui instrumento pelo qual a administração prisional exerce seu poder-dever de apurar as infrações disciplinares supostamente praticadas pelos custodiados e aplicar as sanções correspondentes, a fim de manter a disciplina carcerária e o regularcumprimento de pena, sendo que, para tanto, assegura-se ao reeducando as garantias constitucionais do contraditório e ampla defesa, as formalidades essenciais ao regular e constitucional processamento do PAD, além de seguir o rito sumaríssimo, se orientando pela economia processual, oralidade e celeridade. Nesse aspecto, vale destacar a importância da instrução regular do PAD, observando-se as garantias legais e constitucionais do indivíduo sujeito ao procedimento, além da observância das formalidades essenciais ao processo disciplinar, isso porque, os representantes do Estado responsáveis por fazer funcionar a “engrenagem” do procedimento não podem perder de vista o horizonte de compreensão fornecido pela Lei Fundamental da República de 1988 e pela legislação penal pertinente, sob pena de violação das garantias processuais asseguradas a todo ser humano processado em território brasileiro. Ademais, não podemos nos esquecer de que o procedimento instaurado passará primeiramente pelo crivo da própria administração prisional e após pelo crivo do poder judiciário, por meio do juiz responsável pela execução da pena, de forma que, sendo observada alguma inconstitucionalidade, ilegalidade ou ausência de forma essencial ao regular processamento do PAD, estará caracterizada a nulidade procedimental, implicando no refazimento total ou parcial do processo disciplinar, o que vai em sentido contrário ao princípio da eficiência positivado no Art.37 da CF/88. Por fim, como se percebe, o procedimento administrativo disciplinar constitui grande legado do Estado Constitucional de Direito, trazendo de um lado o asseguramento de uma apuração íntegra, com o respeito às garantias legais e constitucionais do indivíduo sujeito ao processo disciplinar, e de outro, quando realizado dentro dos trâmites legais, segurança e tranquilidade aos responsáveis pelo processamento do PAD, tendo em vista que a estrita observância das garantias processuais e das formalidades essenciais caracteriza-se como a melhor forma de 9 enfrentar o desvio disciplinar no curso da execução criminal de forma democrática, segura e idônea. 2. INSTAURAÇÃO DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR - PAD Realizada essa apresentação à forma mais superficial e externa do processo administrativo disciplinar, passemos a analisar os aspectos concernentes às fases do aludido procedimento. Segundo a Súmula 533 do STJ - Superior Tribunal de Justiça para a imposição de qualquer sanção disciplinar é obrigatória a instauração de processo administrativo disciplinar (PAD) pelo diretor da unidade prisional. Súmula 533 STJ - Para o reconhecimento da prática de falta disciplinar no âmbito da execução penal, é imprescindível a instauração de procedimento administrativo pelo diretor do estabelecimento prisional, assegurado o direito de defesa, a ser realizado por advogado constituído ou defensor público nomeado (Súmula 520, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 10/06/2015, DJe 15/06/2015). Desta forma, presenciado o cometimento de falta disciplinar, ou pelo menos, havendo a ciência de indícios de seu cometimento, deverá ser confeccionado o que o Regulamento e Normas de Procedimentos do Sistema Prisional de Minas Gerais denomina de “comunicado interno”, que em essência, para além das nomenclaturas, trata-se da formalização do fato praticado para ciência e providência das autoridades competentes e com atribuições legais para tal. Sendo assim, tendo o comunicado interno a missão de trazer à baila, juridicamente falando, a apuração do cometimento de infração disciplinar, mostra-se de suma importância que a formalização dos fatos contenha descrição detalhada, individualização dos envolvidos e rol de testemunhas para sustentar a justa causa da instauração do PAD, além de fornecer perspectiva de produção probatória. Aqui, vale destacar a importância e o dever de uma descrição dos fatos desinteressada, escorreita, sem a emissão de juízo de valor depreciativo, quaisquer informações passionais, ou que possam induzir em opinião pessoal e pré julgamento, sob pena de inépcia do comunicado interno, destacando-se também, que mesmo no caso de concurso de custodiados deve ser lavrado apenas uma ocorrência interna contendo a identificação de todos os envolvidos. Confeccionado o comunicado interno, o próximo passo na cadeia de atos concatenados é a submissão da ocorrência interna ao Diretor Geral, que ao recebê-la proferirá despacho motivado no prazo de 24 horas, ou no primeiro dia útil subsequente em caso de feriado ou fim de semana, decidindo sobre o arquivamento 10 do comunicado quando a conduta for atípica ou não houver justa causa, assim como, pela instauração do procedimento, sendo que, neste caso deverá capitular a falta disciplinar, decidir sobre o isolamento preventivo (de maneira fundamentada), dar ciência ao juiz responsável pela execução e remeter o processo para o secretário do conselho disciplinar que dará andamento ao feito. Frisa-se, que quando a conduta praticada também caracterizar crime ou contravenção penal também deverá ser lavrado o REDS, que nesse caso, constitui elemento essencial ao julgamento da falta, ou seja, estando ausente, enseja nulidade. Destaca-se também, que em caso de agressão, a vítima e o autor deverão ser encaminhados à autoridade policial para expedição da guia de encaminhamento para exame de corpo de delito, tendo em vista sempre a inteligência do Art.158 do CPP que preceitua "Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado". Em sequência, submetido o procedimento ao secretário do conselho disciplinar, este deverá instruí-lo com: comunicado interno com despacho do diretor geral, REDS (se houver prática de infração criminal), cópia da guia de encaminhamento para corpo de delito se for o caso, termo de declaração dos envolvidos, sendo estes autores, vítimas e testemunhas, bem como cópia de ofício dando ciência à defensoria pública ou advogado constituído sobre a instauração do procedimento disciplinar e respectivos prazos, sendo importante ressaltar que a ausência de quaisquer dos documentos elencados acima gera nulidade por ausência de formalidade essencial. Outrossim, no que tange à oitiva dos envolvidos, principalmente a do autor, alguns cuidados devem ser tomados para que a instrução probatória sirva também como assecuratória das garantias processuais do reeducando, no exato limite da constitucionalidade e legalidade. De plano, levando-se em conta as bases principiológicas do contraditório e ampla defesa, faz-se de extrema importância que antes de se iniciar a oitiva formal do autor, seja dado a ele, primeiramente, o conhecimento de seus direitos constitucionais, formalizando tal ciência no termo de oitiva, e logo em seguida o reeducando deve ser indagado sobre a existência de advogado constituído, bem como o interesse de sua participação na oitiva, sendo que, em caso positivo, deverá ser o advogado intimado por todos os meios possíveis e certificado para comparecer ao procedimento em data marcada pela Unidade Prisional. Restando ausente o patrono por motivo não justificado, a Unidade deverá designar Analista Técnico Jurídico para acompanha-lo durante a oitiva. Já no que concerne as oitivas prestadas pelas testemunhas pertencentes aos quadros da Administração Prisional, faz-se necessário explicitar, que por mais que haja a presunção relativa de legalidade dos atos praticados por funcionário público, 11 isso não legitima a mera confirmação dos fatos narrados no comunicado interno no termo de oitiva, na verdade, deve haver uma descrição detalhada do testemunho prestado por tais testemunhas, a fim de otimizar e aperfeiçoar a produção de provas no PAD. 3. PRAZOS DE CONCLUSÃO DO PAD Os procedimentos administrativos disciplinares instaurados no âmbito da Administração Pública, possuemprazos para a conclusão do procedimento, aos quais, nem sempre são observados pelas comissões encarregadas de levar a cabo o procedimento. Entretanto, deve ser destacada a necessidade das Unidades Prisionais, como órgãos integrantes da estrutura da Administração Pública do Estado de Minas Gerais, devem respeitar aos princípios administrativos expressos no art. 37 da Constituição Federal e no art. 2º da Lei 9.784/99, em especial aos princípios da legalidade, da eficiência e da razoabilidade. Nesse sentido, o art. 674 do ReNP disciplina o prazo para conclusão do PAD, vejamos: Art. 674. O Procedimento Administrativo Disciplinar deverá ser concluído em 30 (trinta) dias, contados da data do fato. Contudo, o § 1º do referido artigo confere a prerrogativa ao Secretário para, em qualquer fase da instrução do procedimento, caso a unidade não consiga concluir o procedimento dentro do citado prazo, por meio de pedido FUNDAMENTADO, solicitar ao Diretor Geral a sua prorrogação. Ademais, o § 2º dispõe que quando o secretário do Conselho solicitar diligências, interrompe-se o prazo previsto no caput deste artigo, até a sua conclusão. Desta forma, os procedimentos cujo prazo de conclusão extrapole o previsto no art. 674, sem fundamentação que justifique a prorrogação, poderão ser anulados, bem como aqueles cujas decisões careçam de motivação. 3.1. Prazo da extinção da punibilidade no âmbito administrativo Prescrição é a perda do direito de punir. Pelo decurso de certo tempo, a inação do Estado em apurar e punir infrações penais lhe obsta o exercício do jus puniendi, impedindo então a efetiva aplicação da sanção. 12 O artigo 664 do ReNP determina de forma expressa que a punibilidade será extinta no âmbito administrativo após 12 (doze) meses do conhecimento do fato, vejamos: Art. 664. Extingue-se a punibilidade da sanção disciplinar, no âmbito administrativo, no prazo de 12 (doze) meses, a partir da data do conhecimento do fato (ReNP,2016). Acrescenta-se que, no caso de fuga os prazos para extinção da punibilidade serão suspensos, somente voltando a transcorrer com a ocorrência da recaptura como consequência lógica da impossibilidade de apuração enquanto não houver o retorno da pessoa foragida. Ipsis litteris: Art. 664. Extingue-se a punibilidade da sanção disciplinar, no âmbito administrativo, no prazo de 12 (doze) meses, a partir da data do conhecimento do fato. § 1º Nos casos de fuga interrompem-se os prazos da extinção da punibilidade na data de sua ocorrência, voltando a contar a partir da data da recaptura do preso (ReNP,2016). Desta forma, perfazendo o prazo de 12 (doze) meses de tramitação do procedimento administrativo disciplinar – PAD, sem a realização da Sessão de Julgamento, será extinta a punibilidade da sanção disciplinar, devendo o procedimento ser extinto sem qualquer consequência gravosa para o indivíduo privado de liberdade. O PAD deve ser concluído de forma célere, respeitando os princípios do contraditório e ampla defesa e do devido processo legal administrativo. 4. JULGAMENTO DA FALTA DISCIPLINAR PELO CONSELHO Após a instrução do PAD, o Presidente do Conselho Disciplinar designará o dia e o horário da sessão de julgamento, da qual deverá ser informada a defesa do custodiado com a antecedência mínima de 5 (cinco) dias. O Conselho Disciplinar – CD, é um colegiado composto por servidores da própria unidade prisional, destinado ao processamento e julgamento das faltas disciplinares praticadas pelos indivíduos privados de liberdade e, se for o caso, cominação de sanções administrativas. Tem como objetivo garantir o cumprimento das normas básicas de conduta e disciplina dos custodiados, bem como zelar por seus direitos e garantias. De acordo com o artigo 99 do ReNP, o Conselho Disciplinar será composto por, no mínimo, 06 (seis) titulares, capazes e experientes, a saber: o Presidente (função exercida pelo Diretor Geral da unidade, que deverá presidir a sessão de 13 julgamento, atribuição esta que poderá ser delegada exclusivamente aos Diretores Setoriais); o Secretário; a Defesa; 1(um) Representante da equipe de segurança (membro votante); 2 (dois) técnicos ligados à Diretoria de Atendimento (membros votantes). A composição do conselho que não seja a forma pela qual disciplina o ReNP, gera nulidade ao julgamento. Os cargos ligados a diretoria de atendimento, podem ser representados pelo Psicólogo, Assistente Social, Enfermeiro ou Técnico/Auxiliar de Enfermagem, Médico, Dentista, Pedagogo. Consoante ao artigo 100 do ReNP são impedidos de participar como membros do Conselho Disciplinar o servidor que classificou a falta, o servidor que tenha presenciado os fatos, e o servidor que possua relação de parentesco, amizade ou desafeto com o preso ou funcionário envolvido na ocorrência. Aberta a sessão de julgamento, será lido o comunicado interno, a indicação das diligências e apurações feitas no procedimento administrativo prévio. Após essa etapa, a Defensoria Pública ou Advogado constituído ou, na ausência ou inexistência destes, o Analista Executivo de Defesa Social/Analista Técnico Jurídico – ANEDS/ATJ, realizará a defesa do custodiado, que poderá ser oral ou reduzida a termo, sendo a última obrigatória em casos de falta grave. Os membros votantes podem inquirir o acusado, visando esclarecer os fatos e circunstâncias das ocorrências, bem como solicitar diligências e informações aos diversos setores da Unidade Prisional a fim de buscar a verdade real dos fatos. Em seguida, o custodiado e a defesa deverão ser retirados da sala e os membros votantes do Conselho decidirão em votação reservada, por maioria simples, pela absolvição, desclassificação ou condenação. No caso de absolvição, deverá ser realizada a imediata baixa da anotação da alegada falta e o procedimento deverá ser arquivado. Art. 693. O Conselho Disciplinar absolverá o preso desde que reconheça: I - não existir prova do cometimento da infração; II - está provado que o preso não participou do fato, haver dúvida da sua participação ou o fato não está previsto como falta disciplinar; e III - prescrição da infração de acordo com o art. 664 deste Regulamento. Parágrafo único. Também será absolvido o preso que tenha praticado a falta: I - por legítima defesa própria ou de terceiros; II - em cumprimento de ordem não manifestamente ilegal; III - em situação de inexigibilidade de conduta diversa ou coação irresistível; e IV - em razão do estado de necessidade (ReNP,2016). Após a votação, o custodiado e a defesa deverão retornar a sessão de 14 julgamento, onde serão informados do resultado do Conselho. Caso ocorra a condenação, caberá ao Presidente do Conselho aplicar a sanção correspondente à natureza da falta, sanção esta que possui caráter preventivo e educativo visando a preservação da disciplina. 5. SANÇÕES CABÍVEIS As sanções serão aplicadas pelo Diretor da Unidade Prisional, havendo condenação pelo Conselho Disciplinar. A sanção disciplinar objetiva preservar a disciplina e tem caráter preventivo e educativo. Na aplicação das sanções disciplinares, levar-se-ão em conta a natureza, os motivos, as circunstâncias e as consequências do fato, bem como a pessoa do faltoso e seu tempo de prisão. Em caso de reconhecimento por falta leve será aplicado ao faltoso advertência verbal e repreensão. Art. 640. parágrafo único. Na reincidência, em 03 (três) ou mais faltas leves, o Conselho Disciplinar apreciará e julgará a possibilidade de aplicação de 01 (um) a 10 (dez) dias de isolamento, observado o prazo previsto no artigo 659 desteRegulamento (ReNP,2016). No caso de condenação por falta média será aplicada suspensão ou restrição de direitos e isolamento na própria cela ou local adequado por um período mínimo de 10 (dez) dias até 20 (vinte) dias, cumulado com a suspensão ou restrição de direitos por igualperíodo. Se o Conselho decidir pela aplicação da falta grave será aplicado o isolamento na própria cela, ou em local adequado por período mínimo de 21 (vinte e um) dias até 30 (trinta) dias, cumulado com a suspensão ou restrição de direitos por igual período e inclusão no Regime Disciplinar Diferenciado, condicionada à apreciação judicial. Vale ressaltar que, de acordo com artigo 45 da LEP, bem como o artigo 650 ReNP são proibidos, como sanções disciplinares, os castigos corporais, clausura em cela escura, sanções coletivas, bem como toda punição cruel, desumana, degradante e qualquer forma de tortura. Além disso, os custodiados em cumprimento de medida de segurança, bem como os que em razão de perturbação mental cometam faltas disciplinares, não deverão ser submetidos a julgamento pelo Conselho Disciplinar e, por consequência, às sanções disciplinares, considerando que tais indivíduos são incapazes de entender a gravidade de suas ações e orientar-se através desse entendimento. 5.1. Dosimetria da Sanção 15 Neste tópico iremos trabalhar a chamada dosimetria das sanções, que é aplicar a sanção nos termos expressos do ReNP, tendo em vista que o estabelecimento de patamar mínimo e máximo de acordo com a gravidade da conduta orientando-se por causas de aumento e diminuição do isolamento, pena base e outras regras procedimentais que trataremos a seguir: ISOLAMENTO PREVENTIVO E SANÇÃO DEFINITIVA Tratando-se de fatos que dizem respeito à aplicação de faltas disciplinares, temos duas hipóteses de decretação de isolamento. A primeira, após a abertura da instrução do procedimento administrativo, de forma preventiva e a segunda, como sanção definitiva, após decisão do Conselho na Sessão de Julgamento, ressalvado o direito de recorrer. No momento de determinar ou não o isolamento preventivo é dever do Diretor Geral (e somente do Diretor Geral, pois é dele a competência para proferir o despacho inicial), de verificar se há possibilidade de necessidade do isolamento preventivo, observando estritamente o disposto no art. 644, parágrafo único do ReNP, que traz a seguinte redação: Art. 644. O Diretor Geral da Unidade Prisional pode determinar, por ato motivado, o isolamento preventivo do preso, por período não superior a 10 (dez) dias. Parágrafo único. O isolamento preventivo só é possível quando houver indícios fundamentados da iminência ou do cometimento de infração disciplinar grave, bem como para assegurar a disciplina, a integridade física dos custodiados e a segurança da Unidade Prisional (ReNP,2016). Neste sentido, o Diretor Geral em seu despacho inicial que deverá ser fundamentado determinará o isolamento do custodiado se preenchido os requisitos do artigo acima por prazo não superior a 10 (dez) dias. Nessa situação, já que o prazo não pode ser superior a 10 dias, como ponderar quantos dias serão se o artigo 644 não me traz esse comando? Para responder esse questionamento podemos nos valer do art. 658 do ReNP, vejamos: Art. 658. Na aplicação das sanções disciplinares, levar-se-ão em conta a natureza, os motivos, as circunstâncias e as consequências do fato, bem como a pessoa do faltoso e seu tempo de prisão (ReNP,2016). O Diretor Geral deverá observar esse dispositivo para quantificar os dias de isolamento preventivo do custodiado, tendo em vista: A natureza da falta se foi leve, média ou grave; 16 Os motivos que possivelmente poderiam ter levado o custodiado a prática daquela falta, se existem indícios de coação, se teve fim de resguardar sua integridade física, etc.; As consequências do fato, entendendo-se como consequência tanto a natureza direta da falta quanto à ordem e a disciplina do estabelecimento prisional; A pessoa do faltoso, entendida aqui sob a ótica de sua conduta carcerária, devendo observar se é um custodiado que trabalha, mantém sempre a disciplina, é respeitoso com os servidores e em momento isolado cometeu a falta, ou, em contrapartida um custodiado que é reincidente em cometimento de faltas, causa com frequência desordem, incita violência, etc., bem como seu tempo de prisão. Cumpre ressaltar que em caso de determinação de isolamento preventivo as motivações para a determinação, bem como a quantidade de dias aplicados devem ser motivadas e especificadamente apontadas pelo Diretor Geral quando do despacho inicial, além de ser obrigatória a comunicação ao Juízo de Execução competente para ciência, ocasionando a nulidade de todos os atos posteriores a não comunicação por abuso de poder punitivo e violação do princípio da presunção da não culpabilidade. Art. 660. Todo isolamento deverá ser sempre comunicado ao juiz competente. Depois de ocorrer toda a instrução, haverá a Sessão de Julgamento, sendo proferida decisão de condenação administrativa pelo reconhecimento da prática da falta disciplinar teremos o segundo momento de aplicação de sanção. Será aplicada sanção definitiva (contrapondo-se ao isolamento preventivo), que poderá ser modificada por decisão recursal. Assim como o isolamento preventivo, a sanção disciplinar também possui regras objetivas. O efetivo cumprimento do isolamento, quando houver recurso, dependerá dos efeitos com as quais a peça recursal for recebida na DAJ. Em caso de aplicação de efeito suspensivo, a sanção de isolamento somente acontecerá após a decisão pela Diretoria de Articulação e Atendimento Jurídico (DAJ), caso mantida a decisão original. Nas demais situações, os efeitos do reconhecimento em sede administrativa surtirão após o julgamento. A aplicação da sanção definitiva tem sua forma disciplinada no artigo 695 do ReNP, vejamos: Art. 695. O presidente do Conselho Disciplinar, nas sanções de isolamento e restrição de direitos obedecerá aos seguintes critérios: I – a dosimetria da sanção disciplinar partirá das punições mínimas previstas nos artigos 671 e 672, deste Regulamento; e II - aplicam-se as atenuantes e agravantes. § 1º As atenuantes e as agravantes possuem o mesmo valor, devendo a pena ser aumentada ou diminuída em 02 (dois) dias para cada atenuante 17 e agravante; e § 2º Na hipótese do concurso de infrações disciplinares, aplica-se a pena da mais grave, somando para a outra infração no caso de falta grave 05 (cinco) dias, falta média 03 (três) dias e para falta leve 02 (dois) dia, observando-se sempre o limite máximo de 30 dias de isolamento (ReNP,2016). Este comando orienta o ponto de partida das sanções, apontando o artigo 671 para falta média e artigo 672 para falta grave. Sendo o mínimo de 10 (dez) e máximo 20 (vinte) dias de isolamento na própria cela ou em local adequado cumulado ou não com suspensão ou restrição de direitos para faltas de natureza média e mínimo 21 (vinte e um) e máximo 30 (trinta) para falta de natureza grave. A diferença entre as duas modalidades é que no caso das faltas médias o isolamento pode ou não ser cumulado com a suspensão ou restrição de direitos, enquanto na falta grave a suspensão ou restrição de direitos cumulada com o isolamento é a regra, podendo ser excepcionalmente, incluído no RDD, que não é objeto deste tópico. Partindo-se da ideia que a dosimetria partirá das sanções mínimas, o que vai determinar o aumento do número de dias de isolamento será a presença de agravantes e/ou concurso de infrações. Por outro lado, poderá haver a diminuição, caso presentes as circunstâncias atenuantes, nos termos do artigo 695. As circunstâncias agravantes e atenuantes estão disciplinadas nos artigos 662 e 663 do ReNP, sendo imprescindível a sua incidência para a correta aplicação da sanção. Em fase recursal, a dosimetria também será objeto de análise, podendo ser revista pela Diretoria de Articulação e Atendimento Jurídico (DAJ). Todavia, essa reforma somente poderá ocorrer em favor do recorrente, tendo em vista previsão expressa do parágrafo único do artigo 698. OBSERVAÇÃO:No caso das penas de suspensão ou restrição de direitos, o artigo 627 do ReNP é impositivo ou limitar o período em até 30 (trinta) dias. Portanto, qualquer punição em período superior ao listado, configura abuso do poder disciplinar, sendo passível de apuração e responsabilização da autoridade coatora. COMPETÊNCIA Esclarecidos quais os critérios que devem ser utilizados para dosar a sanção, resta saber quem deve aplicar a sanção. O artigo 694 do ReNP nos dará a resposta, nos seguintes termos: Art. 694. No caso de condenação, caberá ao presidente aplicar a sanção. Portanto, assim como somente o Diretor Geral pode impulsionar o PAD pelo 18 despacho inicial, somente o próprio Diretor Geral ou algum Diretor Setorial (somente Diretor) delegado por ele poderá presidir o Conselho Disciplinar e, consequentemente, realizar a dosimetria e aplicação da sanção conforme lecionado neste tópico. Atenção! Diante da regra expressa de competência para o ato, qualquer inobservância é causa objetiva de nulidade. 6. RECURSO DISCIPLINAR O recurso contra decisão do Conselho Disciplinar, também chamado de pedido de reconsideração, é o meio pelo qual o custodiado condenado por uma falta disciplinar tem de se insurgir contra tal decisão, a fim de submetê-la à segunda apreciação e eventualmente ver reformada a decisão proferida em instância ordinária. O artigo 697 do ReNP dispõe sobre a tempestividade para apresentar o pedido de reconsideração, vejamos: Art. 697. A parte que insurgir quanto ao resultado do Conselho Disciplinar poderá solicitar a reconsideração, no prazo de 10 dias. Diante da omissão do artigo, firmou-se entendimento no sentido que o prazo se inicia a partir de decisão proferida em Sessão de Julgamento, uma vez que ali se toma conhecimento de tal condição, e estando presente o defensor, se for de vontade da parte se insurgir quanto à decisão, deverá fazer à partir daquele momento, utilizando a contagem de prazo nas regras do Código de Processo Penal, qual seja: contagem em dias corridos, excluindo o dia do início e contando o dia do término, postergando para o próximo dia útil subsequente quando o dia do término ocorrer no sábado, domingo ou feriado. A ATA é o documento que registra o ato e deve ser confeccionada, assinada e disponibilizada nos autos do procedimento no mesmo dia em que é procedida a Sessão, a fim de garantir a celeridade do ato e o acesso do defensor para que proceda da maneira que entender necessária à defesa de seu cliente/assistido. Entende-se que postergar a disponibilidade dos autos e da ATA ao interessado, é ato passível de apuração e responsabilização da unidade pois prejudica o direito de defesa. O recurso que não respeitar o prazo de 10 dias corridos não será conhecido e 19 será proferida decisão de intempestividade, mantendo a decisão nos termos proferidos pelo Conselho. Caso verificado que o fato ocorreu por desídia da unidade em disponibilizar a ATA, será a unidade responsabilizada pelo cerceamento à defesa. No tocante ao protocolo, a unidade que procedeu o julgamento da falta é responsável pelo recebimento e protocolo do recurso. Essa instrução deve inclusive ser dada aos advogados e defensores, a fim de que o procedimento siga o trâmite correto. A partir do Decreto 47.228/17 que instituiu a utilização do SEI como forma de tramitação dos documentos nos órgãos do executivo estadual, fica a unidade responsável pelo envio à DAJ por meio de processo SEI dos autos completos do procedimento juntamente com o recurso interposto. Uma vez enviado o recurso, caberá à Diretoria de Articulação e Atendimento Jurídico analisar primeiramente, se o presente recurso possui os requisitos necessários para a concessão do efeito suspensivo. Frisando que, automaticamente os recursos possuem o efeito devolutivo, ou seja, permite que a instância superior aprecie novamente toda a matéria arguida no recurso. Já o caráter suspensivo, quando deferido, paralisa os efeitos e execução da decisão guerreada. Para que haja a concessão do efeito suspensivo ao recurso, deve haver a plausibilidade do direito alegado, isto é, a existência de uma pretensão que é provável, sendo possível ser revista, o fumus boni iuris, bem como a possibilidade de ser ocasionado dano irreparável ou de dificílima reparação à parte, pela demora da prestação, o periculum in mora. Uma vez feita a análise do efeito suspensivo, a DAJ proferirá e enviará a unidade despacho por meio de processo SEI, sobre a concessão ou não do efeito suspensivo. Caso haja o deferimento do presente efeito, este irá suspender imediatamente os efeitos da decisão proferida na Sessão de Julgamento, ou seja, o custodiado não irá iniciar o cumprimento da sanção administrativa, devendo aguardar a análise do recurso, de forma que a sanção somente será cumprida após apreciação e confirmação da decisão ordinária. Todavia, em caso de indeferimento do efeito suspensivo deverá a decisão proferida na Sessão de Julgamento surtir imediatamente seus efeitos. À DAJ, terá o prazo de 10 (dez) dias úteis a contar da data do recebimento para decidir sobre o recurso, conforme artigo 698 do ReNP. Desta forma, dentro do referido prazo a Diretoria irá analisar e enviar a decisão recursal à unidade prisional por meio de processo SEI. Cabendo à unidade o recebimento e aplicação da decisão, devendo cientificar o custodiado por meio da certidão de conhecimento e em seguida remetê-la assinada pelo custodiado à DAJ. Além disso, a unidade deverá registrar no prontuário do custodiado a referida decisão, bem como proceder com a comunicação ao juiz da execução em caso de reconhecimento de faltas disciplinares 20 de natureza grave. OBSERVAÇÃO: O Secretário deve orientar o defensor quanto à necessidade de cumprimento das formalidades essenciais na confecção da peça recursal. Não raro são enviados recursos sem assinatura, que acabam sendo inadmitidos por ausência de requisito formal tornando a peça apócrifa. REGISTRO NO PRONTUÁRIO O registro da sanção, somente deverá ocorrer com decisão administrativa definitiva. Antes, o registro será tão somente acerca da ocorrência da falta, indicando sempre que a mesma está em apuração, conforme disciplina o artigo 699 do ReNP, vejamos: Art. 699. Somente após tornar-se definitiva, será a punição registrada no prontuário do preso. LINHA DO TEMPO PROCEDIMENTAL 7. REFLEXOS DA PRÁTICA DE FALTA DISCIPLINAR O reconhecimento administrativo de faltas disciplinares além de gerar sanção administrativa também poderá refletir nos benefícios da execução da pena após • Manifestação de interesse Recursal • Aguardar decurso de prazo do Advogado Prolação da decisão pelo Conselho Disciplinar • Envio por processo SEI! • Aguardar decurso de prazo da DAJ Protocolo na unidade • Juízo de admissibilidade e decisão de mérito. • Comunicação à unidade para ciência do custodiado e anotação ou não no prontuário. Recebimento do Recurso na DAJ 21 apreciação do juiz da execução. Para que o custodiado tenha a concessão de benefícios durante o curso de execução de sua pena, este deverá preencher os requisitos exigidos pela LEP, notadamente requisito objetivo, que remete ao aspecto temporal, e o requisito subjetivo, que é relacionado ao bom comportamento carcerário. Dessa forma, o reconhecimento da falta disciplinar poderá interferir no momento de avaliação da progressão de regime. O parágrafo único do artigo 48 da LEP indica que, no caso das faltas graves, a autoridade administrativa deverá comunicar ao Juiz da execução penal, encaminhando os autos do PAD. O Juiz então dará os consectários legais acerca do reconhecimento administrativo da falta. Em termos práticos, com a notícia da falta grave, será designada audiência de justificação, momento em que o faltoso dará sua versão dos fatos ao magistrado, havendo também manifestaçãopor parte de representante do Ministério Público e da Defensoria Pública ou advogado particular. Caso reconhecida a absolvição, essa decisão terá prevalência sobre a decisão administrativa, devendo haver a retirada do registro da falta do prontuário do indivíduo. Por outro lado, caso ocorra o reconhecimento judicial, em se tratando de falta grave, pode haver a regressão do regime carcerário (art. 118, I, da LEP), a revogação do benefício da saída temporária (art. 125 da LEP), a perda de dias remidos pelo trabalho (art. 127 da LEP) e, conforme jurisprudências do STJ e do STF, interrupção do lapso para obtenção de benefícios, o que acarretará o reinício, por exemplo, da contagem do prazo da progressão de regime. Alterando assim, a data base para a data do cometimento da infração disciplinar. O reconhecimento da falta grave também pode impedir a concessão do indulto ou comutação da pena, quando a falta tiver sido cometida nos 12 (doze) meses que antecedem a publicação do Decreto. 22 Fonte: DAJ/DEPEN-MG 8. MODELOS DOS DOCUMENTOS DO PAD Por fim, com o intuito de orientar e padronizar os atos de instrução do trâmite administrativo, seguem abaixo os modelos de documentos que instruem o PAD para adequação e implementação. ORGANOGRAMA DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR 23 MODELO DO COMUNICADO INTERNO Comunicado Interno nº __________/______ Unidade Prisional: Núcleo De Origem: Destinatário: Funcionário(a)Responsável: – MASP: Data da Ocorrência: Horário: Folha: Importante numerar as folhas do PAD PESSOA(S) ENVOLVIDA(S) NA OCORRÊNCIA Preso(a):– INFOPEN Preso(a): – INFOPEN: Testemunha:– MASP: Testemunha: – MASP: HISTÓRICO DA OCORRÊNCIA Comunico a V.Sa., para os devidos fins, que na data e horário acima ocorreu o seguinte fato: De acordo com o art 675, do ReNP, o servidor que presenciar ou tiver ciência do cometimento de qualquer infração disciplinar deverá providenciar a formalização do comunicado com a descrição detalhada dos fatos, individualização dos envolvidos e rol de testemunhas. Havendo concorrência de dois ou mais presos deverá ser lavrada apenas uma ocorrência interna, contendo a identificação de todos os possíveis envolvidos. O comunicante deve se ater a relatar os fatos ocorridos, abstendo-se de fazer juízo sobre a falta. Não deve haver a descrição do tipo, como, por exemplo, dispor que o custodiado “desrespeitou”, que “incitou movimento de subversão à ordem”. Não deve haver uma tipificação prévia da falta, citando artigos do RENP, mas tão somente a descrição do que aconteceu, acrescentando, por exemplo, aqueles que presenciaram os fatos, quantas pessoas se encontravam na cela no momento da ocorrência, entre outros detalhes que podem ser importantes para as pessoas que irão julgar a falta. Conforme o disposto no art 675, parágrafo único, a emissão de juízo de valor depreciativo ou quaisquer informações passionais torna inepto o comunicado. A unidade, sempre que possível deve optar por preencher o comunicado interno e os atos subsequentes de forma digitada e não manuscrita, e se assim o fizer, que seja de forma LEGÍVEL. 24 Local: , de de 20XX. Assinatura do(a) Funcionário(a): Assinatura do(a) Coordenador(a): Visto do(a) Diretor(a) de Segurança: Despacho/Diretor: O Diretor Geral, ao receber o comunicado interno, proferirá despacho motivado no prazo de 24 (vinte e quatro) horas ou no máximo no primeiro dia útil subsequente em caso de feriado e/ou final de semana, determinando: I – O arquivamento, quando a conduta não estiver prevista como falta disciplinar ou quando não existir indícios suficientes de sua autoria. II – A instauração do procedimento disciplinar, decidindo sobre: a) capitulação da falta disciplinar; b) isolamento preventivo do infrator, devendo ser comunicado ao Juízo competente. O isolamento preventivo só é possível quando houver indícios fundamentados da iminência ou do cometimento de infração disciplinar grave, bem como para assegurar a disciplina, a integridade física dos custodiados e a segurança da Unidade Prisional. c) remeter o Procedimento Administrativo Disciplinar para o secretário do Conselho Disciplinar que dará sequência ao processo. O Diretor deve sempre dar o despacho MOTIVADO, ainda que de forma sucinta, sendo uma obrigação legal. Além disso, deve decidir pelo arquivamento ou pela abertura do procedimento. Também pode determinar diligências complementares, caso em que o Diretor Geral encaminhará imediatamente a documentação de que já dispõe ao secretário do Conselho Disciplinar, para providências decorrentes do fato.É nesse momento que haverá a decisão pelo isolamento preventivo, devidamente motivado. ________________________________, _______ de ___________________de 20XX Fonte: DAJ/DEPEN-MG 25 MODELO DO DESPACHO DO DIRETOR DESPACHO DIRETOR(A) GERAL: 1- PRESO: xxxxxxxx INFOPEN: xxxx DATA DO FATO: xxxxxxxx Nº xxxxx 2- PROVIDÊNCIA: ( ) Arquivamento ( ) Instauração de Procedimento Administrativo – Art. 677, inc. II – ReNP 3- MOTIVAÇÃO: _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ ____________________________ 4- CAPITULAÇÃO DA FALTA DISCIPLINAR A SER APURADA: ARTIGO Nº 640 – ReNP FALTAS LEVES ARTIGO Nº 641 – ReNP FALTAS MÉDIAS ARTIGO Nº 642 – ReNP FALTAS GRAVES ( ) I- utilizar bem material, ferramenta ou utensílio da Unidade Prisional sem a devida autorização; ( ) I- praticar ato constitutivo de crime culposo ou contravenção penal; ( ) I- praticar ato constitutivo de crime doloso; ( ) II- transitar pelas dependências da Unidade Prisional desobedecendo às normas estabelecidas; ( ) II- descumprir as normas do Sistema Prisional ou as normas internas da Unidade Prisional, devidamente homologadas pela Subsecretaria de Administração Prisional, desde que tenha sido dado prévio conhecimento ao preso; ( ) II- incitar movimento de subversão da ordem ou da disciplina, ou dele participar; 26 ( ) III- retirar a atenção de outros presos, propositadamente, durante estudo ou quaisquer outras atividades; ( ) III- impedir, retardar, deixar de praticar ou praticar indevidamente qualquer procedimento; ( ) III- fugir; ( ) IV- possuir indevidamente instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem; ( ) IV- descuidar da higiene pessoal; ( ) IV- receber, confeccionar, portar, ter ou concorrer para que haja, em qualquer local da Unidade Prisional, objetos ou instrumentos que, embora inofensivos, assemelhem-se em aparência a objetos ou instrumentos que possam ofender a integridade física de outrem ou atentar contra a Segurança da Unidade Prisional; ( ) V- provocar acidente de trabalho; ( ) V- estar indevidamente trajado; ( ) VI- descumprir em regime aberto, as condições prescritas e as normas impostas; ( ) VI- estender, lavar ou secar roupa em local não permitido. ( ) VII- desobedecer ao servidor e desrespeitar a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se; ( ) V-utilizar meios escusos para envio de correspondências; ( ) VIII- recusar a execução de trabalho, das tarefas e das ordens recebidas; ( ) VI- manter comunicação proibida quando no cumprimento da sançãodisciplinar; ( ) IX- ter consigo, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar que permita a comunicação com outros presos ou com ambiente externo; ( ) VII- fabricar, portar, possuir, ingerir ou fornecer bebida alcoólica ou qualquer tipo de substâncias entorpecentes que não configure drogas ilícitas; ( ) VIII- utilizar medicamento 27 não prescrito ou, quando prescrito, de forma indevida; ( ) IX- ter consigo, guardar ou entregar qualquer quantia em dinheiro; ( ) X- comercializar, dentro da Unidade Prisional, qualquer tipo de material ou objeto; ( ) XI- entregar ou receber objeto de qualquer natureza sem a devida autorização; ( ) XII- trocar, entrar ou permanecer em outra cela sem autorização; ( ) XIII- simular doença ou estado de precariedade física para obter algum tipo de vantagem; ( ) XIV- reter ou permitir a permanência de visita além do horário fixado; ( ) XV- descuidar da higiene das dependências da Unidade Prisional, ou jogar no pátio, no corredor, na cela ou no alojamento objetos ou substâncias de qualquer natureza; ( ) XVI- descumprir em regime semiaberto, bem como no gozo de benefícios de trabalho externo e saída temporária, as condições prescritas e as normas impostas; ( ) XVII- desobedecer a prescrição médica ou recusar o tratamento necessário quando houver risco de morte, perigo de contágio ou qualquer risco à saúde dos demais presos e servidores da Unidade Prisional, desde que não constitua crime doloso; ( ) XVIII- deixar de usar o 28 uniforme; ( ) XIX- nos casos de monitoração eletrônica, descumprir as instruções contidas no documento de acolhida no ato da admissão. 5- ISOLAMENTO PREVENTIVO – ARTIGO 644 DO ReNP/ARTIGO 60 DA LEP. ( ) SIM – Pelo prazo de: ________________________. MOTIVO: ( ) Indícios suficientes de cometimento de infração disciplinar grave ou sua iminência; ( ) Assegurar a disciplina; ( ) Assegurar a integridade física dos custodiados; ( ) Assegurar a segurança da Unidade Prisional. ( ) NÃO. Município, _____/_____/______. __________________________________________ xxxxxxxxxxxxxxxxx Diretor(a) Geral xxxxx 29 MODELO DE OFÍCIO COMUNICANDO ISOLAMENTO PREVENTIVO Ofício n.º: XXXXXXX, XX de XXXXXX de 20XX. Assunto: Comunicação Isolamento Preventivo. Excelentíssimo(a) Juiz(a) Comunicamos a Vossa Excelência que foi instaurado procedimento administrativo disciplinar em face do custodiado XXXXXXX XXXXXX – INFOPEN: XXXXX, referente ao comunicado interno nº XXX datado de XX/XX/XXXX, pela suposta prática da falta prevista no art 642, XXX, do ReNP. A fim de assegurar a ordem e a disciplina, o custodiado foi encaminhado ao isolamento preventivo pelo prazo de 10 dias. Sendo o que se apresenta, encerramos o presente e na oportunidade consignamos protestos de estima e apreço. Respeitosamente, XxxxxxXxxxxxXxxxxx Diretor(a) Geral Masp: XXXXXXX Exmo(a). Sr(a). Dr(a). XXXXXX XXXXX XXXX MM. Juiz(a) de Direito da Comarca de XXXXXXXX XXXXXXXX – XXXX XXXXXX - MG 30 MODELO DE CONVOCAÇÃO DE ADVOGADO – OITIVA Ofício n.º: . XXXXXXXX, XX de XXXXXXX de 20XX. Assunto: Intimação Senhor(a) Advogado(a), Intimamos Vossa Senhoria a comparecer à coleta do termo de declaração de XXXXXXXXXX – INFOPEN: XXXXX, que ocorrerá no dia XX/XX/20XX, às XX:XXhs, referente ao Procedimento Administrativo Disciplinar que apura os fatos ocorridos em XX/XX/XXXX por suposta infração ao(s) artigo(s)XX inciso(s) XX, do ReNP – Regulamento e Normas de Procedimento do Sistema Prisional de Minas Gerais, nos termos do artigo 680 §1º do RENP. Informamos que em caso de não comparecimento à intimação para acompanhar a coleta do termo de declaração, e sendo interesse do representado, será designado o Analista Técnico Jurídico para acompanhamento do ato. (art. 680 §2º do RENP) Aproveitamos o ensejo para consignar a Vossa Senhoria protestos de estima e apreço. Atenciosamente, XxxxxxXxxxxxXxxxxx Secretário(a)/Conselho Disciplinar MASP: 0000000 Advogado(a): Dr.XXXXXXXXX XXXX OAB/MG – 000.000 31 MODELO DE CONVOCAÇÃO DE DEFENSOR - OITIVA XXXXXXXX, XX de XXXXXXX de 20XX. Assunto: Intimação Senhor(a) Defensor(a), Intimamos Vossa Senhoria a comparecer à coleta do termo de declaração de XXXXXXXXXX – INFOPEN: XXXXX, que ocorrerá no dia XX/XX/20XX, às XX:XXhs, referente ao Procedimento Administrativo Disciplinar que apura os fatos ocorridos em XX/XX/XXXX por suposta infração ao(s) artigo(s)XX inciso(s) XX, do ReNP – Regulamento e Normas de Procedimento do Sistema Prisional de Minas Gerais, nos termos do artigo 680 §1º do RENP. Aproveitamos o ensejo para consignar a Vossa Senhoria protestos de estima e apreço. Atenciosamente, XxxxxxXxxxxxXxxxxx Secretário(a)/Conselho Disciplinar MASP: 0000000 Defensor(a) Público(a): Dr.XXXXXXXXX XXXX 32 MODELO DE CONVOCAÇÃO DE ATJ - OITIVA Ofício n.º: . XXXXXXXX, XX de XXXXXXX de 20XX. Assunto: Intimação Senhor(a) Analista Técnico Jurídico, Intimamos Vossa Senhoria a comparecer à coleta do termo de declaração de XXXXXXXXXX – INFOPEN: XXXXX, que ocorrerá no dia XX/XX/20XX, às XX:XXhs, referente ao Procedimento Administrativo Disciplinar que apura os fatos ocorridos em XX/XX/XXXX por suposta infração ao(s) artigo(s)XX inciso(s) XX, do ReNP – Regulamento e Normas de Procedimento do Sistema Prisional de Minas Gerais, nos termos do artigo 680 §1º do RENP. Aproveitamos o ensejo para consignar a Vossa Senhoria protestos de estima e apreço. Atenciosamente, XxxxxxXxxxxxXxxxxx Secretário(a)/Conselho Disciplinar MASP: 0000000 Analista Técnico Jurídico: Dr.XXXXXXXXX XXXX 33 MODELO DE TERMO DE DECLARAÇÃO DE TESTEMUNHAS TERMO DE DECLARAÇÃO (comunicante) Nome: XXXXX XXXX XXXXX MASP: xxxxxxxxxxxxx Nacionalidade: Xxxxxxxx Estado Civil: xxxxxxxxx Naturalidade: Xxxxxxxxx Data de Nascimento: xx/xx/xxxx Filiação: xxxxxxxxxx e xxxxxxxxxxx Aos xx (xxxxxxxxxxxx) dias do mês de xxxxxxxxxxx do ano de 20xx, na sala XXXXXX do Xxxxxxxx, eu, XXXXXXXX, ouvinte, secretário(a), digitei o seguinte termo de declaração do Agente da segurança/servidor(a) acima qualificado, em relação aos fatos narrados no comunicado interno nº xxxxx, de xx/xx/20xx. FOI COMUNICADO AO DECLARANTE O DEVER DE DIZER SOMENTE A VERDADE DAQUILO QUE SOUBER O(a) declarante respondeu que: Nesse momento, o Secretário do Conselho deve colher o depoimento detalhado dos fatos ocorridos. O depoimento não pode ficar adstrito a dizer que “confirma os fatos narrados no Comunicado Interno”. O sentido e o objetivo de interrogar outras pessoas que participaram é colher o maior número possível de informações, com detalhes suficientes a atestar o que de fato aconteceu. Deve ser perguntado sobre o que aconteceu, o que presenciou, o nome dos envolvidos, as testemunhas, a conduta do infrator, as diligências da segurança diante da falta, quantas pessoas estavam no local, discorrer detalhadamente sobre materiais apreendidos, conforme o caso. 34 Nada mais disse, nem lhe foi perguntado, lido e achado conforme, encerrou-se o presente, que vai devidamente assinado. Declarante: _____________________________________________________ Testemunha: ____________________________________________________ Secretário: ______________________________________________________ 35 MODELO DE TERMO DE DECLARAÇÃO DE CUSTODIADO TERMO DE DECLARAÇÃO (acusado(a)) Nome: XxxxxxxxXxxxxxxXxxxxxx INFOPEN: xxxxxxx Nacionalidade: xxxxxxxEstado Civil: xxxxxxxxxx Naturalidade: Xxxxxx Data de Nascimento: xx/xx/xxxx Filiação: XxxxxxxXxxxxxxxx e XxxxxxxxXxxxxxxxxx Aos xx (xxxxxxxx) dias do mês de xxxxxxxxxx do ano de 20xx, na sala do xxxxxxxxx do Xxxxxxxxx, eu, Xxxxxxxxxxxxxxxx, ouvinte, secretário(a), digitei o seguinte termo de declaração do indivíduo/mulher privado(a) de liberdade acima qualificado(a), sabendo ler e escrever, que compareceu nesta, devidamente escoltado(a), para prestar esclarecimentos em relação aos fatos narrados no comunicado interno nº xxx de xx/xx/xxxx. Foi relatado ao acusado(a) seu direito de permanecer calado(a) e de ser assistido(a) por seu advogado ou defensor público ou pelo Analista Executivo de Defesa Social/ATJ, conforme determinado pelos artigos nº 680 e artigo nº 681 do ReNP. De acordo com o artigo nº 680, durante a oitiva deve ser perguntado ao preso se o mesmo possui advogado constituído. Na existência de advogado constituído e sendo interesse do preso o acompanhamento na oitiva, deverá ser o advogado intimado por todos os meios possíveis e certificado para comparecer ao procedimento em data marcada pela Unidade Prisional. O não comparecimento implicará na designação do Analista Técnico Jurídico da Unidade Prisional para o acompanhamento e defesa do preso. 36 O(a) declarante respondeu que: Caso seja de interesse do preso esclarecer os fatos, deve constar sua versão de forma detalhada, não somente que “Não confirma os fatos narrados”. Nesse momento, o secretário deve perguntar sobre o ocorrido e constar detalhadamente as declarações do acusado, quem presenciou os fatos, se há testemunhas. O secretário deve descrever a versão do declarante sem interferências. Se houver testemunhas, essas devem ser ouvidas. Reforçamos também que o termo de declaração do preso deve ser feito após a coleta da oitiva dos agentes que participaram dos fatos, para que, em caso de necessidade, ele esclareça sobre algum apontamento feito pelos agentes da segurança. Nada mais disse, nem lhe foi perguntado, lido e achado conforme, encerrou-se o presente, que vai devidamente assinado. Declarante: _________________________________________________ Testemunha: _________________________________________________ Secretário: ___________________________________________________ 37 MODELO DE OFÍCIO PARA PRORROGAÇÃO DO PRAZO Ofício n.º: . XXXXXXXX, XX de XXXXXXX de 20XX. Assunto: Solicitação Senhor(a) Diretor(a), Com meus cordiais cumprimentos, em observância ao disposto no artigo 674, §1º do ReNP, solicito a Vossa Senhoria prorrogação de 30 dias para conclusão do Procedimento Administrativo Disciplinar em face do reeducando XXXXXXXXXXX, INFOPEN XXXXX, referente ao Comunicado Interno nº XXXXX, datado de XX/XX/XXXX, pois não houve tempo hábil para concluí-lo. Aproveitamos o ensejo para consignar a Vossa Senhoria protestos de estima e apreço. Atenciosamente, XxxxxxXxxxxxXxxxxx Secretário(a)/Conselho Disciplinar MASP: 0000000 Ilmo Sr.: Dr.XXXXXXXXX XXXX Diretor Geral do XXXXXXX Município/MG 38 MODELO DE CONVOCAÇÃO DE ADVOGADO – JULGAMENTO Ofício n.º: . XXXXXXXX, XX de XXXXXXX de 20XX. Assunto: Intimação Senhor(a) Advogado(a), Intimamos Vossa Senhoria a comparecer à reunião do Conselho Disciplinar que ocorrerá no dia XX/XX/20XX, às XX:XXhs, para realização da defesa técnica do custodiado XXXXXXXXXX – INFOPEN: XXXXX, que passará por julgamento perante os Membros do Conselho Disciplinar por supostamente infringir o disposto no artigo XXX, inciso XX, do ReNP – Regulamentos e Normas de Procedimento do Sistema Prisional de Minas Gerais. Informo que, em caso de não comparecimento na 1ª sessão de julgamento com a devida justificativa, será marcada uma nova sessão. (artigo 682, §1º, do ReNP). A ausência na 2ª sessão de julgamento enseja que a defesa do reeducando seja realizada pelo Analista Executivo de Defesa Social/ATJ desta Unidade Prisional, no caso de impossibilidade de realização pela Defensoria Pública, conforme o artigo 682, §2º, do ReNP. Aproveito o ensejo para consignar a Vossa Senhoria protestos de estima e apreço. Atenciosamente, XxxxxxXxxxxxXxxxxx Secretário(a)/Conselho Disciplinar MASP: 0000000 Advogado(a): Dr.XXXXXXXXX XXXX OAB/MG – 000.000 39 MODELO DE CONVOCAÇÃO DE DEFENSOR – JULGAMENTO Ofício n.º: . XXXXXXXX, XX de XXXXXXX de 20xx. Assunto: Conselho Disciplinar Senhor(a) Defensor(a), Informamos que no dia XX/XX/20XX, às XX:XXhs, será realizada reunião do Conselho Disciplinar. Assim, cientificamos Vossa Senhoria para comparecer e realizar a defesa técnica do(a) indivíduo/mulher privado(a) de liberdade XXXXXXXXXX – INFOPEN: XXXXX, que passará por julgamento perante os Membros do Conselho Disciplinar por supostamente infringir o disposto no artigo XXX, inciso XX, do ReNP – Regulamento e Normas de Procedimento do Sistema Prisional de Minas Gerais. Aproveitamos o ensejo para consignar a Vossa Senhoria protestos de estima e apreço. Atenciosamente, XxxxxxXxxxxxXxxxxx Secretário(a) do Conselho Disciplinar MASP: 0000000 Defensor(a) Público(a) ou Defensoria Pública da Comarca XXXX: Dr(a).XXXXXXXXX XXXX 40 MODELO DE CONVOCAÇÃO DE ATJ – JULGAMENTO Ofício n.º: . XXXXXXXX, XX de XXXXXXX de 20xx. Assunto: Conselho Disciplinar Senhor(a) Analista Técnico Jurídico, Informamos que no dia XX/XX/20XX, às XX:XXhs, será realizada reunião do Conselho Disciplinar. Assim, cientificamos Vossa Senhoria para comparecer e realizar a defesa técnica do(a) indivíduo/mulher privado(a) de liberdade XXXXXXXXXX – INFOPEN: XXXXX,que passará por julgamento perante os Membros do Conselho Disciplinar por supostamente infringir o disposto no artigo XXX, inciso XX, do ReNP – Regulamento e Normas de Procedimento do Sistema Prisional de Minas Gerais. Aproveitamos o ensejo para consignar a Vossa Senhoria protestos de estima e apreço. Atenciosamente, XxxxxxXxxxxxXxxxxx Secretário(a) do Conselho Disciplinar MASP: 0000000 Analista Técnico Jurídico: Dr(a).XXXXXXXXX XXXX 41 MODELO DE SESSÃO DE JULGAMENTO ATA DA SESSÃO DE JULGAMENTO Aos xxx de xxx de 20xx, às xx:xx horas, na sala xxxx do Presídio xxxxxxx, reuniu- se o Conselho Disciplinar sob a presidência do(a) Diretor(a) (Geral ou Diretor setorial) xxxxx, estando presentes o(a) Secretário(a) do Conselho X.X.X., o ATJ da Unidade X.X.X./Defensor Público/Advogado, e os três Membros votantes X.X.X.X, (setor. Ex: Enfermeira), X.X..X, (setor. Ex: Pedagoga), X.X.X, Agente de Segurança, para julgamento da suposta prática da infração prevista no art xxxx, do ReNP, pelo(a) indivíduo/mulher privado(a) de liberdade oportunidade em que foi lido o comunicado interno, as diligências e apurações feitas no procedimento administrativo prévio. Obs: O presidente do Conselho Disciplinar obrigatoriamente informará ao preso e aos membros do conselho a situação pregressa na Unidade Prisional, momento em que será dada ao preso a oportunidade de fazer suas considerações. Dado a palavra ao custodiado(a) XXXXX, manifestou: “QUE...” O(a) custodiado(a) XXXXX, assim respondeu às perguntas formuladas pelos membros do Conselho Disciplinar: “que…” O(a) custodiado(a) XXXXX, assim respondeu às perguntas formuladas pela defesa: “que…” É necessário colocar a termo aquilo que o(a) preso(a) disser na audiência, visto que pode vir a acrescentar fatos que irão colaborar para formação da convicção do julgador que vier a apreciar os autos, seja na esfera judicial, seja na fase recursal. A defesa do(a) custodiado(a) XXXXX, assim se manifestou: “ ...” ou 42 (exemplo) A defesa do(a) custodiado(a), representada pelo DefensorPúblico/Advogado/ATJ Dr. XXXXX, requereu a absolvição nos termos do Art 693, XXXX, do ReNP, ao argumento de que não há provas suficientes, devendo ser observado o princípio in dubio pro reo. Requereu que, em caso de condenação, seja desclassificada para a falta média prevista no art 641, XXXX, do ReNP. Obs: No caso de falta grave, a defesa deve ser reduzida a termo obrigatoriamente ou apresentada por escrito ao Conselho. Após ouvir a descrição dos fatos, o preso e a defesa serão retirados da sala, e os membros votantes do Conselho decidirão em votação RESERVADA por maioria simples pela absolvição ou condenação do acusado. Ou seja, a decisão do Conselho será obtida pela íntima convicção individual das partes e não pelo consenso entre elas. Diante do conjunto probatório produzido no procedimento e das alegações da defesa, os Membros do Conselho Disciplinar decidiram, por maioria dos votos/por votação unânime, CONDENAR o(a) custodiado(a)XXXX pela prática de falta LEVE / MÉDIA / GRAVE prevista no artigo XXX, inciso XXXX (descrição), do ReNP. DA SANÇÃO APLICADA O Presidente do Conselho aplicou a sanção disciplinar observando o disposto nos artigos 695, 670 a 672, 662 e 663, do ReNP. Considerando que a falta média / grave que prevê a punição mínima de 10 / 21 dias, e diante da incidência das atenuantes da ausência de falta anterior / a pouca importância da participação do preso na falta / confissão espontânea / colaboração para a elucidação da falta / ter cometido a falta por motivo de relevante valor social ou moral, subtraiu-se XX dias. Ao presente caso aplica-se a agravante da reincidência / a coação ou indução de outros presos à prática da falta / a prática de falta pelo preso em virtude de confiança 43 nele depositada / a ação em concurso com outro preso / a prática da falta em local público exasperando em XX dias, totalizando XX dias de isolamento. Houve o isolamento preventivo cumulado com restrição de direito por um período de 10 (dez) dias, logo, esse período será computado à sanção disciplinar aplicada, restando a cumprir XX dias. Nada mais havendo a tratar, o (a) Presidente deu por encerrada a reunião, cuja ata, depois de lida, vai assinada por todos os presentes. OBS: Havendo interesse em recorrer da presente decisão, a DEFESA terá 10 (dez) dias, a contar da data do julgamento, para interpor recurso, conforme o artigo 697 do ReNP. Deve o Secretário do Conselho orientar o advogado a interpor o recurso na unidade prisional e esta posteriormente remeterá todo o procedimento à DAJ via SEI!. ________________________ _____________________ ________________________ Presidente (nome) Defesa (nome) Secretário (nome) ________________________ _____________________ ________________________ Membro (nome) Membro (nome) Membro (nome) ________________________________________________________ ..………………………………………. – INFOPEN: ….……….. Município, dia de mês de 20XX 44 MODELO DE DEFESA DO ATJ NO CONSELHO DISCIPLINAR EXMO(A). SR(A). PRESIDENTE(A). DO CONSELHO DISCIPLINAR DO PRESÍDIO ________________________________________________________________/MG. Procedimento administrativo nº____________________________ Data do fato: _____/______/_________ ___________________________________________________, infopen:___________, vem, respeitosamente perante Vossa Senhoria, através do(a) analista técnico jurídico desta Unidade Prisional, nos autos do procedimento administrativo com fundamento nos artigos 81-A e 81-B, III, IV, V e VI, da Lei de Execução Penal, apresentar: DEFESA ADMINISTRATIVA, pelo(s) fundamento(s) a seguir exposto(s): ( ) absolvição: ( ) por atipicidade da conduta, violação à taxatividade do art. 50 da LEP; ( ) por atipicidade da conduta, pois o fato não está previsto como falta disciplinar. Art. 693, II, ReNP; ( ) por não existir prova do cometimento da infração. Art. 693, I, ReNP. ( ) por haver prova que o custodiado não participou do fato ou por haver dúvida da sua participação. Art. 693, II, ReNP; ( ) por prescrição da infração de acordo com o art. 664 do ReNP. ( )art. 693, Parágrafo Único ReNP – Absolvição: ( )I. por legítima defesa própria ou de terceiros; ( )II. por cumprimento de ordem não manifestamente ilegal; ( )III. por inexigibilidade de conduta diversa ou coação irresistível; ( )IV. em razão do estado de necessidade. ( ) outro: ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ( ) Isenção de sanção disciplinar em consequência de alteração comprovada de sua saúde mental. Art. 667 ReNP. ( ) desclassificação da falta/aplicação de falta média: 45 ( ) art.641 _____ do ReNP. Justificativa.:______________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ( ) art.641, I, pelo ato constituir apenas crime culposo ou contravenção penal; ( ) desclassificação/aplicação de falta leve: ( ) art. 640, _____ReNP. Justificativa:______________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ( ) Desclassificação ou aplicação de sanção mínima em virtude de o fato ser justificado pela natureza, os motivos, as circunstâncias e as consequências do fato, bem como a pessoa do faltoso e seu tempo de prisão. (Art. 658 ReNP) ( ) aplicação de art. 670 do ReNP: ( ) I. advertência verbal; ( ) II. repreensão escrita. ( ) art. 671.do ReNP, aplicação de: ( ) I. suspensão ou restrição de direitos; ( ) II. isolamento na própria cela ou local adequado por ____ dias ( de 10 (dez) dias até 20 (vinte) dias) ( ) Aplicação de atenuante prevista no Art. 662 em virtude de: ( ) I- ausência de falta anterior; ( ) II - a pouca importância da participação do preso na falta; ( ) III - a confissão espontânea; ( ) IV - colaboração para a elucidação da falta; e ( ) V – ter cometido a falta por motivo de relevante valor social ou moral. ( ) Absorção da falta menos grave pela mais grave. (Art. 643 ReNP) ( ) Subsidiariamente caso não acolhida tese de absolvição/desclassificação, aplicação da pena mais grave, somando para a outra infração no caso de falta grave 05 (cinco) dias, falta média 03 (três) dias e para falta leve 02 (dois) dias, 46 observando-se sempre o limite máximo de 30 dias de isolamento, por haver concurso de infrações. (Art. 695. § 2º, ReNP). ( ) Detração do tempo de isolamento preventivo do faltoso (Art. 647 ReNP). ( ) Conversão em diligência para ____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ ( )Observações/complemento____________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ( ) Requer-se, ainda,____________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ Nestes termos, pede deferimento. Cidade, _____ de ________________________ de 20__. _____________________________________ Assinatura 47 MODELO DE OFÍCIO ENCAMINHANDO O PAD COM JULGAMENTO Ofício n.º: XXXXXXX, XX de XXXXXX de 20XX. Assunto: Encaminhamento PAD Excelentíssimo (a) Juiz (a): Encaminhamos a Vossa Excelência, para conhecimento e possíveis providências judiciais, o procedimento administrativo disciplinar em face do reeducandoXXXXXXX XXXXXX – INFOPEN: XXXXX, referente ao comunicado interno nº XXX datado de XX/XX/XXXX, no qual foi punido com falta GRAVE por infringir o disposto no artigo 642, inciso XX, do ReNP – Regulamento e Normas de Procedimento do Sistema Prisional de Minas Gerais, ficando sancionado a xxx dias de isolamento. Valemo-nos deste ensejo para consignar a Vossa Excelência protestos de estima e apreço. Respeitosamente, XxxxxxXxxxxxXxxxxx Diretor(a) Geral Masp: XXXXXXX Exmo(a). Sr(a). Dr(a). XXXXXX XXXXX XXXX MM. Juiz(a) de Direito da Comarca de XXXXXXXX XXXXXXXX – XXXX XXXXXX - MG 48 MODELO DE OFÍCIO ENCAMINHANDO O PAD SEM JULGAMENTO Ofício n.º: XXXXXX XXXXXXX, XX de XXXXXX de 20XX. Assunto: Encaminhamento. Excelentíssimo(a) Juiz(a) Encaminhamos a Vossa Excelência, para conhecimento e possíveis providências judiciais, cópia dos autos da instrução do procedimento administrativo disciplinar instaurado em face do(a) custodiado(a)XXXXXXX XXXXXX – INFOPEN: XXXXX, referente ao comunicado interno nº XXX datado de XX/XX/XXXX, cujo julgamento não foi realizado por ausência de defesa técnica, já que mesmo intimados, não compareceu membro da defensoria pública e tampouco advogado particular. Valemo-nos deste ensejo para consignar a Vossa Excelência, protestos de estima e apreço. Atenciosamente, XxxxxxXxxxxxXxxxxx Diretor(a) Geral Masp: XXXXXXX Exmo(a). Sr(a). Dr. XXXXXX XXXXX XXXX MM. Juiz(a) de Direito da Comarca de XXXXXXXX XXXXXXXX – XXXX XXXXXX – MG 49 MODELO DE RECURSO ADMINISTRATIVO EXMO(A). SR(A). DIRETOR(A). DE ARTICULAÇÃO E ATENDIMENTO JURÍDICO______________________________________________________________ __/MG. Procedimento administrativo nº____________________________ Data do fato: _____/______/_________ ___________________________________________________, infopen:___________, vem, respeitosamente perante Vossa Senhoria, através do(a) Analista Técnico Jurídico desta Unidade Prisional, nos autos do procedimento administrativo com fundamento nos artigos 81-A e 81-B, III, IV, V e VI, da Lei de Execução Penal, apresentar: RECURSO ADMINISTRATIVO, pelo(s) fundamento(s) a seguir exposto(s): ( ) absolvição: ( ) por atipicidade da conduta, violação à taxatividade do art. 50 da LEP; ( ) por atipicidade da conduta, pois o fato não está previsto como falta disciplinar. Art. 693, II, ReNP; ( ) por não existir prova do cometimento da infração. Art. 693, I, ReNP. ( ) por haver prova que o custodiado não participou do fato ou por haver dúvida da sua participação. Art. 693, II, ReNP; ( ) por prescrição da infração de acordo com o art. 664 do ReNP. ( )art. 693, Parágrafo Único ReNP – Absolvição: ( ) I. por legítima defesa própria ou de terceiros; ( ) II. por cumprimento de ordem não manifestamente ilegal; ( ) III. por inexigibilidade de conduta diversa ou coação irresistível; ( ) IV. em razão do estado de necessidade. ( )outro:______________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ( ) Isenção de sanção disciplinar em consequência de alteração comprovada de sua saúde mental. Art. 667 ReNP. 50 ( )desclassificação da falta/aplicação de falta média: ( ) art.641 _____ do ReNP. Justificativa.:___________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ( ) art.641, I, pelo ato constituir apenas crime culposo ou contravenção penal; ( ) desclassificação/aplicação de falta leve: ( ) art. 640, _____ReNP. Justificativa:____________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ( ) Desclassificação ou aplicação de sanção mínima em virtude de o fato ser justificado pela natureza, os motivos, as circunstâncias e as consequências do fato, bem como a pessoa do faltoso e seu tempo de prisão. (Art. 658 ReNP) ( ) aplicação de art. 670 do ReNP: ( ) I. advertência verbal; ( ) II. repreensão escrita. ( ) art. 671.do ReNP, aplicação de: ( ) I. suspensão ou restrição de direitos; ( ) II. isolamento na própria cela ou local adequado por ____ dias ( de 10 (dez) dias até 20 (vinte) dias) ( ) Aplicação de atenuante prevista no Art. 662 em virtude de: ( ) I- ausência de falta anterior; ( ) II - a pouca importância da participação do preso na falta; ( ) III - a confissão espontânea; ( ) IV - colaboração para a elucidação da falta; e ( ) V – ter cometido a falta por motivo de relevante valor social ou moral. ( ) Absorção da falta menos grave pela mais grave. (Art. 643 ReNP) ( ) Subsidiariamente caso não acolhida tese de absolvição/desclassificação, aplicação da pena mais grave, somando para a outra infração no caso de falta grave 05 (cinco) dias, falta média 03 (três) dias e para falta leve 02 (dois) dias, 51 observando-se sempre o limite máximo de 30 dias de isolamento, por haver concurso de infrações. (Art. 695. § 2º, ReNP). ( ) Detração do tempo de isolamento preventivo do faltoso (Art. 647 ReNP). ( ) Conversão em diligência para _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ ( )Observações/complemento____________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ( ) Requer-se, ainda,____________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ Nestes termos, pede deferimento. Cidade, _____ de ________________________ de 20__. _____________________________________ Assinatura 52 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL.Código de Processo Penal.Decreto-Lei Nº 3.689, de 3 de outubro de 1941.Disponível em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto- lei/del3689compilado.htm.Acesso
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