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Inovações e Sistemas Tecnológicos de Apoio à Gestão Pública W BA 01 06 _v 1. 2 2/132 Inovações e Sistemas Tecnológicos de Apoio à Gestão Pública Autor: Tadeu Cruz Como citar este documento: CRUZ, Tadeu. Inovações e Sistemas Tecnológicos de Apoio à Gestão Pública. Valinhos, 2015. Sumário Apresentação da Disciplina 03 Unidade 1: Desorganização Informacional 04 Unidade 2: Tecnologias Emergentes 37 Unidade 3: Mapeamento, Análise, Modelagem de Processos de Negócio 67 Unidade 4: Sistemas Tecnológicos de Apoio à Gestão Pública 101 2/132 3/132 Apresentação da Disciplina A Sociedade da Informação e sua influência na administração das cidades. Tecnologia aplicada à gestão pública. A transversalidade dos sistemas tecnológicos nos serviços públicos municipais. Modelos, soluções e parâmetros de trabalho com o uso de tecnologia para as cidades brasileiras. As infovias municipais e a transformação do atendimento das demandas sociais mediadas por computador. E tudo isto suportado por mapeamento, análise, modelagem, implantação e gerenciamento de processos de negócio, indispensável para que qualquer tecnologia possa ser corretamente implantada. Nesta disciplina você verá: • Desorganização Informacional. • As ondas de TI. • Tecnologias Emergentes. • Sistemas de Informações. • Governo eletrônico. 4/132 Unidade 1 Desorganização Informacional Objetivos 1. Apresentar a doença organizacional denominada Desorganização Informacional e as Ondas e Ciclos de TI. Unidade 1 • Desorganização Informacional5/132 Introdução Os problemas provocados pelas constantes e aceleradas (r)evoluções nas e das Tecnologias da Informação e os provocados por estas na sociedade parecem ser maiores do que os benefícios que estas mesmas (r)evoluções trazem às organizações e à sociedade como um todo. Obviamente, para qual dos lados vão pender (para o lado do problema ou para o lado da solução) cada uma destas (r) evoluções dependerá da escolha e do uso que cada um fizer das tecnologias advindas com e destas (r)evoluções. Ou seja, a princípio não existe tecnologia boa, nem tecnologia má, mas uma ou outra pelo uso que se faz delas. O certo é que as (r)evoluções de TI sempre desencadeiam uma série de fenômenos que afetam tanto a vida profissional quanto a particular. Alguns destes fenômenos são causas, outros são efeitos, e há também aqueles que são causa e efeito ao mesmo tempo. Cada um destes tipos de fenômenos ligados às (r)evoluções das Tecnologias da Informação serão tratados por mim por meio de exemplos, casos, ideias, conceitos e conclusões com o precípuo objetivo de discutir o papel das tecnologias Groupware, e em especial a mais “nova” delas: o software chamado BPMS (Business Process Management System). Em decorrência das (r)evoluções de TI e a cada nova (r)evolução as pessoas são acometidas de uma doença ainda pouco conhecida como enfermidade, ainda Unidade 1 • Desorganização Informacional6/132 mal explorada, de nome Desorganização Informacional, cuja abreviatura é DoI. Seus sintomas vão da insegurança que provoca por ter que lidar com tantas e tão novas e diferentes tecnologias ao estresse físico- emocional (psicossomático) causado pela superexposição a elas. Vão da perda de controle sobre a capacidade de discernir sobre o que é bom para a organização e para os indivíduos ao desenvolvimento da infobia (medo da informação), talvez o mais (in)visível e perigoso de todos os sintomas denunciadores desta enfermidade. Os efeitos da Desorganização Informacional podem ser visíveis, invisíveis e até mesmo podem estar mascarados, resultantes de outras enfermidades organizacionais, mas são, a cada dia, mais devastadores. A Desorganização Informacional teve uma acentuada evolução ao longo das últimas quatro décadas ou, para ser mais preciso, a partir do início da computação comercial entre os anos 1950 e 1960. Embora afete principalmente a vida profissional, seus “tentáculos” também alcançam a vida particular, pois, salvo raras exceções, da hora que se acorda à hora que se vai dormir se está em permanente contato com as Tecnologias da Informação e, por conseguinte, sendo afetados por elas. As (r)evoluções das Tecnologias da Informação contribuíram para a Desorganização Informacional porque, como nenhuma outra tecnologia criada pelo homem até então, ela consegue operacionalizar uma espiral ascendente Unidade 1 • Desorganização Informacional7/132 e autorregenerativa cujo propósito, inconfessável, é o de criar mais e mais Desorganização Informacional; num movimento em que mais tecnologia gera mais Desorganização Informacional e mais Desorganização Informacional gera (a necessidade de) mais tecnologia (e vendas crescentes), que pretensamente foram criadas para ajudar a organizar a Desorganização Informacional. As (r)evoluções de TI são boas ou são ruins? Depende... Alguns vão dizer que são boas, maravilhosas, porque propiciaram e propiciam cada vez mais a disseminação do conhecimento e “popularizam” as Tecnologias da Informação, possibilitando a milhões de pessoas terem seu próprio computador e acesso instantâneo ao conhecimento gerado no mundo todo. Outros, entretanto, dirão que as (r) evoluções de TI são péssimas porque desorganizaram e desorganizam os meios produtivos tradicionais (descendentes diretos da Revolução Industrial) criando um novo tipo de trabalhador: o do conhecimento, em detrimento do trabalhador do chão de fábrica, além de ter possibilitado o surgimento de crimes antes inimagináveis até mesmo por grandes romancistas do gênero. Como em todas as questões colocadas à humanidade há os que vão defender as (r) evoluções de TI e há os que vão condená- las; o lado bom e o lado ruim; e há os Unidade 1 • Desorganização Informacional8/132 que são e serão contra (unabombers) e os que são e serão a favor, sem querer ser maniqueísta, ou reconhecendo que a matéria seja intrinsecamente má. 1. A Evolução de TI O vai e vem das ondas de TI Desde o início da sua vida nas organizações; computação comercial, as Tecnologias da Informação chegam em ondas; da mesma forma como as do mar! As Tecnologias da Informação chegam às vidas e às organizações em movimentos cíclicos e, na maioria das vezes, regulares. Basta que cada onda de TI se espraie sobre a “praia” para que logo haja um movimento de refluxo formando outra onda, que continuará a atingir de forma continuada, sem dar tempo de absorver e utilizar corretamente cada tecnologia. Exatamente como as ondas do mar! As ondas de TI têm nomes variados, vão de Mainframes a Grid Computing, de Office Automation a SOHO, de Groupware a Business Process Management Systems, mas seus movimentos são sempre iguais, pois surgem, suposta e pretensamente, para resolverem problemas, muitos dos quais criados por outras ondas de TI, além de outros que nem sequer se imaginava serem problemas. As ondas de TI arrebentam (muitas vezes literalmente) na praia e nas organizações (quando não arrebentam as próprias organizações) para logo em seguida refluírem a fim de formar novas ondas. Unidade 1 • Desorganização Informacional9/132 Assim como os surfistas das ondas do mar, a maioria dos profissionais da área de TI adora pegar estas ondas; adoram surfar nas buzzwords que batizam cada uma delas, da mesma forma como são batizados os furacões. Outros, mais desconfiados, preferem assistir da areia aos movimentos de altos e baixos que estas (r)evoluções provocam nas organizações antes de se decidirem se vão ou não surfá-las. No livro Sistemas, Organização & Métodos, de 1998 as ondas de TI são classificadas como Eras, aqui na Figura 1.1 para poder explicar o desenvolvimento dos movimentos das ondas de TI até os dias atuais e, consequentemente, explicar o pretendido papel com que foi criado o conceito que embasou o desenvolvimento das tecnologias Groupware. Foi a partir dos anos 1960 que TI efetivamente começou a ser usadapelas empresas. Antes dos anos 1960 somente os laboratórios de pesquisas, as instituições militares e as universidades (poucas) tinham acesso a computadores. Unidade 1 • Desorganização Informacional10/132 Absorção 1960 1970 1980 1990 2000 ... 0% n% G ra u de a bs or çã o de c on he ci m en to ANOS Era do Papel Era do Suporte Eletrônico Era do Ambiente Virtual Era da Globalização Tadeu Cruz, 2010 Figura 1.1 – Ciclos evolutivos de TI. A Figura 1.1 mostra que entre os anos 1960 e 1970 a ligação dos usuários com as Tecnologias Unidade 1 • Desorganização Informacional11/132 da Informação dava-se apenas por meio de suporte de papel. Os usuários levavam pilhas de formulários preenchidos até um local chamado de CPD, que eram digitados por um setor chamado digitação, e tempos depois voltavam para pegar os resultados que, invariavelmente, eram pilhas de listagens impressas em formulário contínuo. A partir dos anos 1970 começaram a surgir os primeiros terminais de computador. Na aparência eram semelhantes aos microcomputadores de hoje, só que não tinham capacidade de processamento local e por isso eram ligados a um mainframe central (eram chamados de terminais burros). Na década de 1980 surgiram os microcomputadores, que, embora fossem limitados, transferiram dos mainframes para o usuário final o poder de processamento dos seus dados, ainda que elementar. A partir da década de 1990 a globalização, baseada no avanço dos meios de comunicação e nas novas Tecnologias da Informação, transformaram completamente os usuários e eles passaram de passivos a ativos rapidamente; o que viria a exacerbar- se com a liberação da internet para a sociedade em geral, a partir do início dos anos 1990. Unidade 1 • Desorganização Informacional12/132 Muitas Tecnologias da Informação fracassaram ou fracassam antes de completarem um ano de vida. Algumas fracassam mais, outras menos, principalmente em se tratando de softwares. Cada tecnologia criada e colocada à disposição do mercado, em cada um dos ciclos evolutivos de TI, tem uma curva de vida como a que apresento na Figura 1.2. Ou seja, cada um dos ciclos representados na Figura 1.1 carrega dentro de si centenas, milhares de curvas iguais a da Figura 1.2. Ve nd as Nascimento da Tecnologia Tempo Variável M er ca do U su ár io (e sti m ad o) Massificação Mercado Usuário (não estimado) Estabilização das Vendas Revitalização da Tecnologia Curva das tecnologias que não foram “adotadas” pelo mercado Diferença entre vendas estimadas e vendas realizadas Curva das tecnologias que foram “adotadas” pelo mercado Abandono da Tecnologia Aumento das Vendas Diminuição das Vendas Curva estimativa de vendas Tadeu Cruz, 2010 Figura 1.2 – Curvas de introdução e aceitação de inovações tecnológicas. Unidade 1 • Desorganização Informacional13/132 As tecnologias compradas pelas organizações são representadas pela “curva das tecnologias que foram ’adotadas‘ pelo mercado”; e as que não foram compradas ou tiveram vida muito curta são representadas pela outra curva, a “curva das tecnologias que não foram ’adotadas’ pelo mercado”. A porcentagem de tecnologias hardware aceita pelo mercado é, pelas pesquisas, dois terços maior do que a porcentagem das tecnologias software aceitas. Entre outras causas, a explicação pode estar na palavra “amigável”. Inúmeras foram as tecnologias hardware que permaneceram iguais desde o nascimento enquanto os softwares que as fazem funcionar mudaram, às vezes radicalmente, a cada nova versão colocada no mercado. Exemplos? Quantos programas você usa para gravar CDs? Ao passo que os gravadores de CDs permaneceram os mesmos com pequenas melhorias, como o aumento da velocidade de gravação e leitura. Aliás, CD é uma mídia que está rapidamente caindo em desuso, o que se vai usar de agora em diante é o DVD, pelo menos enquanto as novas mídias não ganham espaço no mercado. Para saber mais Para saber mais sobre a história dos softwares e hardwares e seus modelos livres, acesse: <http:// ccsl.ime.usp.br/files/relatorio-licencas.pdf>. Acesso em: 21 nov. 2014. http://ccsl.ime.usp.br/files/relatorio-licencas.pdf http://ccsl.ime.usp.br/files/relatorio-licencas.pdf Unidade 1 • Desorganização Informacional14/132 Há um grande número de tecnologias que “as ondas de TI levaram embora” e que, de uma hora para outra, foram ou estão sendo trazidas de volta até as praias. Só para citar algumas: • EIS, Executive Information System. Este software, nos primórdios dos microcomputadores, por volta dos anos 1980 e 1990, prometia aos executivos possibilitar a criação de relatórios gerenciais que lhes permitissem tomar rápidas decisões. Como a organização informacional (bancos de dados, integração de sistemas) não era ainda suficientemente madura para permitir a geração das bases de dados necessárias ao seu perfeito funcionamento, o EIS não “vingou”. Hoje o EIS ressurgiu das cinzas e transformou-se. Agora ele atende pelo nome de BIS, Business Intelligence System, mais popularmente conhecido como BI. • DW, Data Warehouse. É outra tecnologia que veio, foi e voltou. Foi e voltou inúmeras vezes. Hoje ainda mantêm o mesmo nome de Data Warehouse e trabalha em conjunto com o Business Intelligence System. Enquanto os módulos de DW organizam e executam a estratificação e a extração dos dados existentes nos bancos de dados corporativos, o BI trabalha sobre os dados extraídos resultantes destas Unidade 1 • Desorganização Informacional15/132 rotinas, isto é, sobre os bancos de dados estratificados, para gerar os relatórios gerenciais. • MRP, Material Requirement Plan, já foi e voltou inúmeras vezes até os dias atuais, transformado agora em ERP, Enterprise Resource Planning. • CRM, Customer Relationship Management, cuja onda foi, literalmente, devastadora para algumas organizações e que volta agora com cuidados redobrados por parte de quem ainda tem algum interesse por ela. A mais nova destas ondas chama-se: • Business Process Management System. Este é o novo nome que deram para os sistemas de Workflow. Algumas destas tecnologias são tão novas quanto, por exemplo, um sanduíche, mas os fabricantes, (alguns) usuários, analistas de mercado, institutos de pesquisa, formadores de opinião e “expertos” em geral esforçam-se para fazer acreditar que são realmente novas, embora muitas sejam apenas tecnologias recicladas. Muitas vezes as ondas de TI aparecem trazendo não somente tecnologias, mas o modus operandi destas. É o caso do antigo bureaux (lê-se birô) de processamento de dados, desconhecido pelos que não viveram as ondas de TI dos anos 1960 e 1970. Os birôs eram centros de processamento de dados terceirizados, que trabalhavam para vários clientes que não tinham recursos para comprar ou Unidade 1 • Desorganização Informacional16/132 alugar um computador. Eles praticamente sumiram quando as máquinas baixaram de preço e se popularizaram, permitindo que um número cada vez maior de empresas pudesse adquirir seus próprios computadores. Pois bem, os birôs estão de volta e são chamados agora de centrais de operação, centrais de outsourcing e de data centers. Mesmo o outsourcing (terceirização) já passou por várias idas e vindas; foi operacionalizado “fora de casa”, “dentro de casa”, completo, seletivo, quarteirizado, em movimentos de fluxo e refluxo característicos do mundo de TI até chegar aos dias atuais com o nome de Business Process Management (BPO) e Knowledge Process Management (KPO). 2. A Desorganização Informa- cional Novas “patologias”, como ser dependente do e-mail, passar longas horas conversando nos programas de mensagens online em detrimento do contato físico pessoal, participar de centenas de comunidades (e receber Link Sobre o software público e o governo eletrônico, acesse: <https://www.governoeletronico. gov.br/eixos-de-atuacao/governo/ software-livre/portal-do-software-publico>. Acesso em: 21 nov. 2014. https://www.governoeletronico.gov.br/eixos-de-atuacao/governo/software-livre/portal-do-software-publico https://www.governoeletronico.gov.br/eixos-de-atuacao/governo/software-livre/portal-do-software-publico https://www.governoeletronico.gov.br/eixos-de-atuacao/governo/software-livre/portal-do-software-publico https://www.governoeletronico.gov.br/eixos-de-atuacao/governo/software-livre/portal-do-software-publico Unidade 1 • Desorganização Informacional17/132 toda a correspondência eletrônica gerada por elas), provocam nas pessoas comportamentos até então desconhecidos e de difícil tratamento. Em particular, a dependência do e-mail faz com que as pessoas consultem seu correio eletrônico de minuto em minuto ou o programem para de minuto a minuto haver uma atualização automática da correspondência na caixa de entrada. A indústria de TI apelou para uma revitalização da marca Workflow, batizando-o de BPMS por meio da adição de componentes que no Workflow eram vendidos separadamente. A Desorganização Informacional (DoI) pode ser descrita como a perda de controle, quer como indivíduos quer como coletividade (organizações), sobre os meios de geração, captura, guarda, recuperação e difusão de dados, informações e conhecimentos. Por isso a DoI se manifesta tanto na vida profissional quanto na vida particular. A Desorganização Informacional tem vários graus, pois ela acomete diferentemente pessoas e organizações. Além disso, dependendo do remédio que pessoas e organizações venham a tomar (e dependendo da posologia) poderá haver evolução da doença para fase terminal; ou a regressão da mesma a níveis de convivência aceitáveis (se é que é aceitável ser desorganizado). Entretanto, não existe cura, mas a possibilidade de controle da doença. Unidade 1 • Desorganização Informacional18/132 DoI é uma doença incurável! Embora a Desorganização Informacional seja por demais perturbadora é preciso reconhecer que as Tecnologias da Informação têm papel fundamental na sociedade. TI tem seu lado “bom” e seu lado “mau”. Entretanto, tanto um quanto o outro afloram e se confirmam pelo uso que dela se faz. Exemplos de Desorganização Informacional. 1. 85% de todos os dados armazenados estão em formato não estruturado, segundo o Butler Group. Em outras palavras, isto quer dizer que na hora que se precisar destes dados, provavelmente, se perderá um enorme tempo até encontrá-los, se e quando forem encontrados, pois na maioria das vezes não se sabe sequer por onde começar a procurá-los. 2. Os especialistas calculam que a quantidade de dados não estruturados duplica a cada três meses (e vem aumentando sem parar). O que significa dizer que a situação de Desorganização Informacional tende a se agravar. 3. A quantidade de documentos, de todos os tipos e formatos, não para de crescer nos computadores, assim como aumenta a quantidade dos que são perdidos todos os dias, quer eles estejam em computadores pessoais, quer estejam em computadores corporativos na empresa. Unidade 1 • Desorganização Informacional19/132 4. A quantidade crescente de senhas (e contrassenhas) para acessar contas correntes, cartões de crédito, cadastros de lojas eletrônicas, sites e mais sites, causa estresse contínuo e progressivo àqueles que tentam guardar todas elas na memória e grandes riscos aos que as transcrevem em qualquer suporte. 5. A cada dia mais e mais aparelhos e equipamentos são criados e vendidos prometendo fazer (e realmente fazem) mais do que sua função original exigiu um dia. Esta tendência aumenta a Desorganização Informacional. Por exemplo: os telefones celulares atuais tiram fotos, enviam e recebem documentos de todos os tipos, compram e pagam contas, armazenam centenas de músicas em formato mp3 ou wav, permitem que as pessoas sejam localizadas em qualquer lugar do mundo por meio do Global Positioning System (GPS), navegam na internet, fazem videoligações (3G) e... além de tudo isso, possibilitam fazer e receber ligações, como seus antepassados permitiam! 6. Outro exemplo: a tecnologia de transmissão de dados WiFi possibilita que se esteja conectado a qualquer lugar do mundo, em qualquer lugar do mundo onde se esteja e o absurdo chega ao ponto de já haver tido prisão de ladrão de WiFi; por estar Unidade 1 • Desorganização Informacional20/132 “roubando” sinal emitido por redes da vizinhança. Também não quero me alongar neste momento analisando as inúmeras propagandas que têm sido veiculadas por empresas de todos os seguimentos de TI alertando para a DoI, mormente as que têm soluções de ou para integração de tecnologias. Repare que todas as empresas de TI vão começar a falar da Desorganização Informacional. Até porque, se a Big Blue está explicitamente afirmando que a anarquia informacional é real, as outras não poderiam ficar para trás. Efeitos da DoI Que efeitos a Desorganização Informacional ocasiona no cotidiano profissional e particular? É possível reverter este estado de coisas? Como será a vida profissional dentro desta situação caótica? Michael Dertouzos, que foi um dos criadores da internet e Diretor do Laboratório de Ciência da Computação do MIT, escreveu, pouco antes de falecer em 2001, um livro chamado A Revolução Inacabada, no qual faz uma crítica contundente ao atual estado de servilismo e de confusão do Homem frente às tecnologias, e apregoa uma nova postura. “[...] uma direção radicalmente nova para a tecnologia da informação e como será possível usá-la para fazer os sistemas de computação servirem às pessoas... em vez do contrário”. Unidade 1 • Desorganização Informacional21/132 E alerta que: À medida que pessoas e organizações, em todos os lugares, lutam para tirar vantagens da Web, da Internet e de miríades de novos dispositivos eletrônicos, elas querem saber o que devem fazer. A mídia, os fornecedores e as autoridades no assunto respondem com milhares de conselhos, tendências, possibilidades e opiniões. E, deixando transparecer um sentimento de frustração, conclui o parágrafo da seguinte forma: “Ainda assim, o resultado opressivo desse frenesi é um sentimento de profunda confusão não só para os usuários comuns, mas também para os especialistas”. Para saber mais Saiba mais sobre o tema e o autor acessando o link: <http://www.scielo.br/pdf/ci/v40n1/ a07v40n1.pdf>. Acesso em: 21 nov. 2014. http://www.scielo.br/pdf/ci/v40n1/a07v40n1.pdf http://www.scielo.br/pdf/ci/v40n1/a07v40n1.pdf Unidade 1 • Desorganização Informacional22/132 Os estragos que a DoI causa são de dois tipos: o profissional e o particular. Enganam-se os que pensam que a Desorganização Informacional só os afeta profissionalmente. Na vida pessoal, aqui estão alguns exemplos: • Fotografia digital. Antes do advento das câmeras digitais as pessoas tiravam fotografias que eram “feitas” e processadas por meio de processos químicos. Todas as fotos tiradas e reveladas eram guardadas em álbuns de fotografias que sempre estiveram nas estantes e armários, de onde podiam ser “recuperadas” e acessadas quando se quisesse. Com o advento da fotografia digital, a prática de “escrever com luz” popularizou-se, tornou-se muito mais barata e permitiu que milhões de fotos fossem tiradas a todo o momento, mas criou a necessidade de procedimentos antes inimagináveis para que se possa ver as fotografias tiradas e guardadas. Se quiser ter certeza de que se terá as fotos “para sempre” será necessário criar dispositivos de guarda que as dupliquem e até mesmo as tripliquem, a fim de garantir sua acessibilidade no presente e no futuro. Assim sendo, se as fotos forem guardadas apenas em um dispositivo corre-se o risco de perdê- las para sempre. No mínimo, será Unidade 1 • Desorganização Informacional23/132 necessário fazer cópias em um CD, ou melhor, pela capacidade, em um DVD. Logo existirão dezenas e dezenas de CDs ou DVDs sem qualquer controlesobre seus conteúdos. E quando for preciso acessar ou rever uma foto se perderá um tempo precioso para descobrir onde ela está guardada. Mesmo os mais organizados precisarão criar um sistema de indexação que permita a guarda e o acesso às fotos, coisa que ainda está longe do alcance do usuário dito normal, desorganizado, ou não especializado. • Música (gravada em formato) digital. Todas as observações e preocupações listadas com a fotografia digital se aplicam a este tipo de informação. • Documentos digitais. Textos diversos, e-mails, apresentações, planilhas eletrônicas e outros também correm os mesmos perigos listados com as fotos e as músicas digitais. Existe uma verdadeira mania, alimentada pela indústria de TI, de atribuir às Tecnologias da Informação poderes mágicos e/ou milagrosos. É uma característica desenvolvida a partir da década de 1990, quando os mainframes perderam o poder absoluto que tinham até então para a computação distribuída e para os microcomputadores e, em decorrência disso, os fabricantes de tecnologias tiveram que investir mais e mais, todo santo dia, em propaganda cujo objetivo, um entre tantos, é o de criar necessidades para que eles possam vender Unidade 1 • Desorganização Informacional24/132 facilidades, que irão gerar dificuldades, que serão “pretensamente” resolvidas por outras tecnologias, num círculo vicioso difícil de quebrar. Hoje muitos gurus (mormente os estrangeiros) aderem a esta perspectiva insustentável em termos filosóficos, mas que encontra calorosa acolhida na maioria das organizações, através dos seus gestores, que gostam de acreditar ser esta perspectiva verdadeira. Peter Drucker (1995), falecido em 11 de novembro de 2005, resumiu no parágrafo transcrito abaixo a inversão de valores que se pratica quando se atribui às Tecnologias da Informação capacidades que elas (ainda) não têm: Desde que surgiram as novas ferramentas de processamento de dados, há trinta ou quarenta anos, os homens de negócio têm exagerado e também subestimado a importância das informações na organização. Nós – eu inclusive – exageramos as possibilidades ao ponto de falar em “modelos de negócio”, gerados em computador, que poderiam tomar decisões e até mesmo dirigir grande parte da empresa. Mas também subestimamos grosseiramente as novas ferramentas, vimos nelas os meios para fazer melhor aquilo que os executivos já estavam fazendo para administrar suas organizações. Unidade 1 • Desorganização Informacional25/132 A DoI deverá fazer estragos muito maiores do que os que já causou até agora. Eu penso que não é preciso ser adivinho para fazer uma afirmação como esta, basta que se esteja atento às (r)evoluções de TI para sentir que as preocupações têm fundamentos. Como bem alertou Drucker, em 1995, “exageramos as possibilidades ao ponto de falar em ’modelos de negócio’, gerados em computador, que poderiam tomar decisões e até mesmo dirigir grande parte da empresa”. A capacidade do ser humano não deve ser relegada, nem subestimada em função de todas as tecnologias que já estão ao alcance e das que ainda vão aparecer. O ser humano é ainda, a despeito de tudo que a ciência já avançou em conhecimento, uma tecnologia desconhecida! Unidade 1 • Desorganização Informacional26/132 Glossário Groupware: Pode ser definido como um software de rede que foi projetado para ser utilizado por um coletivo de pessoas que trabalham em um projeto ou que compartilham a mesma base de dados. Este projeto pode ser único ou não. A ideia é de que uma rede esteja definindo o conceito. Infovia: Pode ser definido como um conjunto de linhas digitais, por onde, fisicamente, trafegam os dados das redes eletrônicas. Esta ideia procura definir uma rede sem centro e que, dessa forma, quebra o modelo tradicional de pirâmide, conectado a um computador central. Mainframe: A palavra mainframe designa um computador de grande porte, que se dedica basicamente ao processamento de um volume grande de informações. Este tipo de computador de grande porte tem a capacidade de oferecer serviços de processamento a mais de um usuário através de milhares de terminais conectados diretamente ou por meio de uma rede. Era o local “gabinete”, onde se alojava o local central de “fogo” nos primeiros computadores. Grid: A definição poderia ser considerada como uma grelha, pois tem a intenção de definir uma alta taxa de processamento de dados por meio do uso de diversas máquinas, que dividem as tarefas, de forma virtual. A execução deste processo pode ocorrer mesmo quando o usuário não está usando a máquina. http://pt.wikipedia.org/wiki/Dados http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_de_computadores http://pt.wikipedia.org/wiki/Pir%C3%A2mide http://pt.wikipedia.org/wiki/Servidor Questão reflexão ? para 27/132 Elabore um texto explicando a Desorganização Informacional. Elabore um texto falando das ondas de TI. 28/132 Considerações Finais Nesta aula você aprendeu sobre: • A Desorganização Informacional. • As Ondas de TI. • Os ciclos evolutivos de TI. • As curvas de aceitação de TI. Unidade 1 • Desorganização Informacional29/132 Referências Bibliografia Básica: ALBUQUERQUE, L. C.; ROCHA NETO, I., Ciência, Tecnologia e Regionalização. 1a Edição. Rio de Janeiro: Garamond. 2005. ISBN: 9788576170631. CASTELLS, M., A Sociedade em Rede. 10a Edição. São Paulo: Paz e Terra. 2007. ISBN: 9788577530366. CRUZ, T., Sistemas de Informações Gerenciais. 3ª edição, 20ª reimpressão. São Paulo: Atlas. 2011. ISBN 9788522435227. CRUZ, T. WORKFLOW II. A Tecnologia Que Revolucionou Processos. Rio de Janeiro: E-Papers, 2004. 9788576500192. Bibliografia Complementar CRUZ, T. Sistemas, Métodos & Processos. 2ª edição – 7ª reimpressão. São Paulo: Atlas, 2011. ISBN: 9788522441488 CRUZ, T. Sistemas, Organização e Métodos. 3. ed. 8ª reimpressão. São Paulo: Atlas, 2002. ISBN: 9788522431571 CRUZ, T. BPM & BPMS. 2ª edição. Rio de Janeiro: BRASPORT, 2010. ISBN 9788574524399. Unidade 1 • Desorganização Informacional30/132 CRUZ, T. Gerência do Conhecimento. Rio de Janeiro: E-Paper, 2007. ISBN 9788576501299. LAURINDO, J. Tecnologia da Informação: planejamento e Gestão de Estratégias. São Paulo: Atlas, 2008. ISBN 9788522451166. 31/132 1. A Desorganização Informacional é causada por: a) Uso inadequado de TI. b) Uso excessivo de TI. c) Não utilização de TI. d) Tecnologias da Informação. e) Falta de organização e métodos. Questão 1 32/132 2. Muitas vezes as ondas de TI aparecem trazendo não somente tecnolo- gias, mas: a) O&M também. b) Infraestrutura de operação. c) O modus operandi destas. d) Manuais de operação. e) Necessidades de adaptação. Questão 2 33/132 3. 85% de todos os dados armazenados estão em formato: a) Livre. b) Aglutinado. c) Desestruturado. d) Não estruturado e) Estruturado. Questão 3 34/132 4. Quais são os ciclos de TI? a) Era do papel / era do suporte eletrônico / era do ambiente virtual / era da globalização. b) Era do ambiente virtual / era da globalização. c) Era do ambiente virtual / era da globalização / internet. d) Era do papel / era da internet. e) Era dos documentos eletrônicos. Questão 4 35/132 5. Michael Dertouzos foi: a) Fundador do Google. b) Fundador do Facebook. c) Um dos criadores da internet e Diretor do Laboratório de Ciência da Computação do MIT. d) Inventor dos mainframes. e) Inventor dos bancos de dados. Questão 5 36/132 Gabarito 1. Resposta: A. 2. Resposta: C. 3. Resposta: D. 4. Resposta: A. 5. Resposta: C. 37/132 Unidade 2 Tecnologias Emergentes Objetivos 1. Apresentar as tecnologias emergentes ECM e BPMS e seus envolvimentos com o mundo real Unidade 2 • Tecnologias Emergentes38/132 1. Introdução Há várias tecnologias da informação consideradas de novíssima geração. Entre elas é possível citar como das mais importantes, pelo caráter integrador, o BPMS (Workflow) e os Enterprise Content Management, Supply-Chain Management, CustomerRelationship Management, Efficient Consumer Response, Business Process Management Systems. Dentre todas, duas se destacam por servirem de base para a utilização eficiente de todas as outras: BPMS (Workflow) e Enterprise Content Management (ECM). Será falado destas duas nesta aula. 2. Enterprise Content Manage- ment (ECM). A utilização das mesmas tecnologias da grande rede mundial de computadores dentro do universo das organizações está se expandindo rapidamente. Essas tecnologias atendem pelo nome genérico tecnologias Web, em outras palavras, são as mesmas ferramentas usadas na rede mundial que, agora implantadas e usadas dentro das organizações, permitem a todos que delas fazem parte (os funcionários, hoje em dia eufemisticamente chamados de colaboradores), se beneficiem de algumas vantagens que os funcionários do passado sequer imaginaram pudesse um dia vir a existir. Por exemplo: correio eletrônico, sistemas de mensagens instantâneas e voz sobre IP (VoIP). Unidade 2 • Tecnologias Emergentes39/132 Esta rápida expansão vem ocorrendo com as tecnologias voltadas à Gerência de Conhecimento, que como outras modas do passado, principalmente em se tratando de Tecnologias da Informação, as empresas têm orgulho de apresentar para quem as visita. Até um passado recente as organizações que as possuíam, é bom que se diga, tinham muito mais orgulho de tais tecnologias do que da efetiva utilização das mesmas. Genericamente, este universo de tecnologias usado pelas organizações é chamado de intranet. Algumas revistas de negócios, no afã de mostrarem-se sintonizadas com as novas tendências, apressaram-se a colocar em suas páginas exemplos mal acabados de intranets, em parte porque todas as organizações que as implantaram estão convencidas que fazem o melhor uso possível do conjunto de tecnologias que compõem o ambiente intranet. A meu ver, a maioria das instituições que já implantou uma intranet sequer entendeu o enorme potencial que tais tecnologias trazem. Para saber mais Para saber mais sobre gestão do conhecimento e comunicação na esfera pública, acesse: <http:// www.secom.gov.br/atuacao/comunicacao- digital/identidade-digital-1/documentacao- por-cms>. Acesso em: 21 nov. 2014. http://www.secom.gov.br/atuacao/comunicacao-digital/identidade-digital-1/documentacao-por-cms http://www.secom.gov.br/atuacao/comunicacao-digital/identidade-digital-1/documentacao-por-cms http://www.secom.gov.br/atuacao/comunicacao-digital/identidade-digital-1/documentacao-por-cms http://www.secom.gov.br/atuacao/comunicacao-digital/identidade-digital-1/documentacao-por-cms Unidade 2 • Tecnologias Emergentes40/132 A questão principal, de forma recorrente, continua sendo a mesma. As empresas esperam que Tecnologias da Informação resolvam todos os problemas existentes nas organizações. Principalmente os que dizem respeito à própria implantação e utilização dessas tecnologias, e, também de forma recorrente, fracassam nas tentativas e não aprendem com seus erros. Incipientes ou não na implantação e uso das suas intranets, todas as organizações apressam-se a desenvolver seu próprio sistema, mesmo que não tenham ainda definido “para que” e “por que” o querem. Como resultado, o uso que as empresas têm feito dessa nova classe de ferramenta restringe-se, muitas vezes (porque sempre existem exceções), à novidade em si mesma. Ainda hoje algumas intranets que conheço são mero arremedo dos quadros de aviso existentes nas empresas que ainda não têm intranet, mas muitas empresas ainda se encontram em estágios anteriores aos quadros de aviso e outras ainda emitem circulares em papel para comunicar- se com os funcionários. Tenho visto algumas coisas absurdas em matéria de comunicação organizacional. Conheço exemplos de empresas que mesmo já tendo implantado uma intranet permanecem com os quadros de avisos em vários andares e em vários locais e, o que é pior, eles não estão desativados, não. Continuam forrados de documentos de todos os tipos e para os mais variados propósitos. Unidade 2 • Tecnologias Emergentes41/132 Fundamentos da Gerência do Conhecimento. A nova Tecnologia da Informação que atende pelo nome genérico de Content Management (ou simplesmente CM), e sua variante mais sofisticada Enterprise Content Management, possibilitará o acesso sistemático, estruturado e rápido a todo o conteúdo existente em qualquer organização. Por conteúdo deve-se entender dados e informações, estruturados ou não, existentes em textos, desenhos, e-mails, manuais, homepages, planilhas eletrônicas, vídeos, músicas, sons, imagens de qualquer tipo ou qualquer outra representação de autoria interna ou externa. Mas, deve-se, sobretudo, pensar em conteúdo como algo que possibilitará gerar conhecimento, pois conteúdo sem conhecimento ou sem possibilidade de vir a gerá-lo é apenas uma coleção de elementos que não têm relacionamento entre si; e que, portanto, não terão outra serventia que não a de “entupir” os canais de busca, atrapalhar e consequentemente retardar o aprendizado. Em outras palavras, conteúdo não estruturado dificulta a busca, o acesso e o aprendizado. Conceito de Conhecimento. • O que é conhecimento? Existem várias conceituações para conhecimento. Unidade 2 • Tecnologias Emergentes42/132 Cruz, 2007, conceitua o conhecimento como: “O entendimento obtido através da inferência realizada no contato com dados e informações que traduzam a essência de qualquer elemento.”. A confusão sobre o quê é e o quê não é Enterprise Content Management ainda é grande, a começar pelo nome que vários fabricantes estão usando para designar seus produtos. Aqui vão alguns nomes que estão sendo usados por ferramentas diferentes que, entretanto, têm a mesma essência. • Enterprise Content Management. • Enterprise Content Integration. • Enterprise Information Portal. • Enterprise Application Integration. • Enterprise Information Management. E todos são: Content Management, ou simplesmente, CM, ou em português, Gerenciamento de Conteúdo. Para saber mais O governo federal disponibiliza um manual de orientação para administração de sítios (sites). Acesse: Guia de administração de sítios – Governo Eletrônico. Disponível em: <http:// epwg.governoeletronico.gov.br/guia- administracao>. Acesso em: 21 nov. 2014. http://www.governoeletronico.gov.br/biblioteca/arquivos/padroes-brasil-e-gov-guia-de-administracao/download http://www.governoeletronico.gov.br/biblioteca/arquivos/padroes-brasil-e-gov-guia-de-administracao/download http://epwg.governoeletronico.gov.br/guia-administracao http://epwg.governoeletronico.gov.br/guia-administracao http://epwg.governoeletronico.gov.br/guia-administracao Unidade 2 • Tecnologias Emergentes43/132 Todas essas denominações para uma mesma classe de ferramenta vão causar grande confusão na hora que for necessário escolher uma dentre tantas que, decerto, vão aparecer. A escolha será difícil e, certamente, custará muito dinheiro e causará muita frustração. O que a meu ver irá minimizar os benefícios que o Enterprise Content Management poderá trazer para organizações de qualquer tipo. Enterprise Content Manage- ment Um Modelo Possível Um modelo possível para Enterprise Content Management deveria conter elementos técnicos que permitam desenvolver e utilizar: • Objetos com amplo espectro de acesso e integração. • Funcionalidades pré-programadas para uso em larga escala. • Modelos dinâmicos para utilização via Web. • Objetos para: • Gerar e manter metadados. • Ler, atualizar, apagar e gravar dados e informações de qualquer tipo. • Automatizar fluxos de trabalho. • Gerenciar temporalidade. • Uso bibliotecário. Unidade 2 • Tecnologias Emergentes44/132 • Elementos que facilitem a utilização do conteúdo de conhecimento para a cadeia fornecedor-empresa-cliente. • Componentes SOA (Service-Oriented Archtecture), visando permitir sua integração com todas as aplicaçõesexistentes na organização e, principalmente, aderência ao negócio em si mesmo. Graficamente o modelo seria o da Figura 2.1, mas como você pode ver a tarefa de definir um modelo para ECM é das mais difíceis. Entretanto, se tomar por base algumas definições de Enterprise Content Management, é possível fazê-lo. Unidade 2 • Tecnologias Emergentes45/132 APIs (para diversas funções)Linguagens de Acesso Dinâmico Serviços de Intercâmbio Serviços para Visualização Repositórios Repositórios Serviços de Acesso Núcleo do Software Enterprise Content Management Gerenciador de Conteúdos Controlador de Repositórios Usuários via Web Repositórios Ligações com Legacy Systems RepositóriosRepositórios Correio Eletrônico Workflow Tadeu Cruz, 2007 Figura 2.1 Modelo conceitual ECM. Unidade 2 • Tecnologias Emergentes46/132 Definição de ECM: Enterprise Content Management é o nome genérico de um grupo de ferramentas desenvolvido para possibilitar o acesso a múltiplos tipos de repositórios de conteúdo com a finalidade de compartilhar conhecimento independentemente de tempo e espaço (CRUZ, 2007). A realidade operacional do ECM é a de possibilitar a coleta, a criação, a editoração, a organização, a atualização, a publicação e o acesso a múltiplos tipos de repositórios de conteúdo com a finalidade de compartilhar conhecimento independentemente de tempo e espaço. Para isto, uma grande aliada tecnológica é o Business Process Management, por meio do seu principal componente: o Workflow. Unidade 2 • Tecnologias Emergentes47/132 3. Business Process Management Systems (BPMS). Definição de BPMS: Conjunto de softwares, aplicações e ferramentas de tecnologia da informação cujo objetivo é o de possibilitar a implantação do modus operandi Business Process Management, integrando em tempo real clientes, fornecedores, parceiros, influenciadores, empregados e todo e qualquer elemento que com eles possam, queiram ou tenham que interagir por meio da automatização dos processos de negócio (CRUZ, 2010). BPMS, assim como seu módulo Workflow, nasceu para ser uma ferramenta para automatizar processos de forma independente e com isso poder ser integrada a, sem exceções, todas as outras ferramentas, softwares e sistemas, quer sejam emergentes ou não. Esse tipo de atuação, entre outras vantagens, permite atualizar o processo que estiver sob o BPMS sem a necessidade de fazê-lo na outra ferramenta que estiver sendo usada de forma integrada e vice-versa. Alguns ERPs são muito complexos e a utilização de funcionalidades de Workflow existentes neles torna-se cara e demorada pelo volume de programação necessária para definir cada Unidade 2 • Tecnologias Emergentes48/132 um dos elementos de cada processo que se queira automatizar por meio destes produtos. Esse é outro importante ponto a se considerar. Existem alguns parâmetros pelos quais se pode analisar melhor a questão da independência versus integração a fim de decidir qual dos dois modelos se deve Para saber mais Saiba mais sobre a aplicação do Workflow na Administração Pública, bem como a diminuição dos processos em razão do uso deste método. Acesse: <http://www.ip.pbh.gov.br/ANO7_ N2_PDF/IP7N2_gomide.pdf>. Acesso em: 21 nov. 2014. adotar, se o embutido ou o autônomo. Esses parâmetros, entre outras funções, definem o grau de interação do software com outras Tecnologias da Informação. Por exemplo: disparar rotinas não caracteriza um ERP como Workflow, mesmo que este ERP possa ser programado com outras funcionalidades inerentes a softwares de Workflow. As classes, por meio das quais se pode analisar ferramentas (funções) de Workflow embutidas em outros softwares são: • Solução proprietária. São ferramentas com tamanho grau de integração que é impossível fazer- se uso independente e genérico das suas funcionalidades, sendo http://www.ip.pbh.gov.br/ANO7_N2_PDF/IP7N2_gomide.pdf http://www.ip.pbh.gov.br/ANO7_N2_PDF/IP7N2_gomide.pdf Unidade 2 • Tecnologias Emergentes49/132 obrigatória a utilização das mesmas através do sistema que as hospeda. • Soluções semiabertas. São ferramentas que possibilitam integração com outros sistemas que não aquele que as hospeda. Por exemplo: com aplicações client ou de automação de escritório (Office Automation). • Soluções abertas. Essas soluções podem ser integradas a qualquer sistema externo. Soluções abertas podem ser acessadas tanto no sentido in (entrada), como no sentido out (saída). São as ferramentas que mais se assemelham ao modelo WfMC, justamente por manterem a essência da expressão integração- independente. Convêm salientar que a incompatibilidade entre estas três classes exclui a possibilidade de existirem softwares que possam ter ao mesmo tempo características de cada uma delas combinadas entre si, por isso elas são mutuamente exclusivas. A Figura 2.2 mostra como um software de BPMS, por meio do módulo de Workflow, deve ser utilizado considerando-se o princípio da Integração-Independente. Note que a camada de Workflow está completamente separada dos outros softwares. É preciso ficar claro que se está discutindo aqui a característica de Integração- Independente que um software de BPMS (Workflow) deve ter para ser usado em Unidade 2 • Tecnologias Emergentes50/132 conjunto com outras tecnologias. Quando o BPMS (Workflow) trabalha com outro software qualquer, a automatização e a supervisão dos processos estarão garantidas quanto a tempos, regras de negócio, rotas, alçadas, gerenciamento das exceções, sem risco de solução de continuidade e com ambos mantendo suas características originais. Figura 2.2. Workflow Autônomo. Unidade 2 • Tecnologias Emergentes51/132 A Figura 2.3 mostra a utilização do Workflow embutido. Note que o Workflow está dentro de cada software impossibilitando, entre outras coisas, que ele seja utilizado para integrar outros softwares. Figura 2.3. Workflow Embutido. Unidade 2 • Tecnologias Emergentes52/132 Exemplo 1 O primeiro exemplo de integração entre um Workflow e um ERP diz respeito à colocação e tratamento de pedidos de clientes. Essa é uma ocorrência extremamente crítica, pois cada vez mais o que conta nessa relação são características como acessibilidade, tempo e confiabilidade. Além, é claro, do tratamento de cada pedido com qualidade 100% na primeira vez. Em qualquer sistema as ordens de clientes só começam a ser processadas quando o funcionário encarregado de fazê-lo entra no sistema ERP e aceita a ordem, conferindo-a e, se for o caso, corrigindo-a, para em seguida passá-la à próxima atividade. Ocorre que se o tal funcionário não entrar no sistema e/ou não tratar a ordem ela permanecerá ali, a espera que alguém o faça. Isso causa inúmeros problemas para a organização. Quando, entretanto, coloca-se uma camada de Workflow sobre o ERP o pedido do cliente passa a se beneficiar da automatização da ferramenta. Se o pedido do cliente não for tratado dentro das regras de negócio e do tempo estipulado para seu processamento, o Workflow tomará as providências de acordo com as regras de negócio que tenham sido parametrizadas no software. Exemplo 2 Quando o setor de compras tem que fazer cotações utilizando um ERP, geralmente o faz via papel ou, no máximo, via e-mails. A utilização de uma ferramenta Workflow pode automatizar o processo de compras Unidade 2 • Tecnologias Emergentes53/132 a ponto de enviar ocorrências de Workflow para cada fornecedor cadastrado no sistema. Isso faz com que todos trabalhem sob as mesmas regras de negócio e com o tratamento do tempo para a resposta controlado pela ferramenta. A Figura 2.4 mostra a ligação entre os processos de manufatura, primário, o de compras e o de recebimento, ambos secundários. O vendedor dispararia ocorrências para os fornecedores já cadastrados que, também via BPMS (Workflow), enviariam suas propostas de fornecimento. Os vendedores enviariam as mercadorias compradas que seriamrecebidas pelo processo de recebimento. Unidade 2 • Tecnologias Emergentes54/132 ... Processo de Compras ... Processo de Recebimento ... Processo de Manufatura Fornecedores Tadeu Cruz, 2010 Figura 2.4 – Integração entre os diversos processos. Além destas ligações entre processos primários e secundários por meio de ocorrências automaticamente geradas pelo BPMS (Workflow), há a funcionalidade que permite anexar Unidade 2 • Tecnologias Emergentes55/132 qualquer tipo de documento a um formulário eletrônico, o que garante o envio de plantas, esquemas ou instruções de manufatura atualizadas a qualquer atividade de qualquer processo. Será discutido mais sobre mapeamento, análise, modelagem, implantação e gerenciamento de processos de negócio na 3ª aula. Unidade 2 • Tecnologias Emergentes56/132 Glossário Intranet: A intranet é definida como uma rede de computadores privada que se ajusta sobre os protocolos da internet, porém, de uso exclusivo de um determinado local, ou seja, é a rede interna de uma determinada organização, que só pode ser acedida pelos seus utilizadores ou colaboradores internos. Parametrização: É o processo de tomada de decisão e definição de quais parâmetros serão necessários para uma especificação completa ou relevante de um modelo de conteúdo ou projeto. Metadados e/ou Metainformação: A ideia deste conceito é compreender o uso de dados sobre outros dados. Assim, um item de um metadado pode dizer do que se trata aquele dado, o que para um computador pode ser uma informação inteligível. Os metadados e/ou metainformação facilitam o entendimento dos relacionamentos e a utilidade das informações dos dados. http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_de_computadores http://pt.wikipedia.org/wiki/Internet http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Par%C3%A2metros&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Especifica%C3%A7%C3%A3o_(padr%C3%A3o_t%C3%A9cnico)&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Modelos_f%C3%ADsicos Questão reflexão ? para 57/132 Elabore um texto explicando integração independente Workflow-ERP. Elabore um texto explicando as vantagens do BPMS. 58/132 Considerações Finais Nesta aula você aprendeu sobre: • Desorganização Informacional. • ECM. • BPMS. • Workflow. Unidade 2 • Tecnologias Emergentes59/132 Referências Bibliografia Básica: ALBUQUERQUE, L. C.; ROCHA NETO, I., Ciência, Tecnologia e Regionalização. 1a Edição. Rio de Janeiro: Garamond. 2005. ISBN: 9788576170631. CASTELLS, M., A Sociedade em Rede. 10a Edição. São Paulo: Paz e Terra. 2007. ISBN: 9788577530366. CRUZ, T., Sistemas de Informações Gerenciais. 3ª edição, 20ª reimpressão. São Paulo: Atlas. 2011. ISBN 9788522435227. CRUZ, T. WORKFLOW II. A Tecnologia Que Revolucionou Processos. Rio de Janeiro: E-Papers, 2004. 9788576500192. Bibliografia Complementar CRUZ, T. Sistemas, Métodos & Processos. 2ª edição – 7ª reimpressão. São Paulo: Atlas, 2011. ISBN: 9788522441488 CRUZ, T. Sistemas, Organização e Métodos. 3. ed. 8ª reimpressão. São Paulo: Atlas, 2002. ISBN: 9788522431571 CRUZ, T. BPM & BPMS. 2ª edição. Rio de Janeiro: BRASPORT, 2010. ISBN 9788574524399. Unidade 2 • Tecnologias Emergentes60/132 CRUZ, T. Gerência do Conhecimento. Rio de Janeiro: E-Paper, 2007. ISBN 9788576501299. LAURINDO, J. Tecnologia da Informação: planejamento e Gestão de Estratégias. São Paulo: Atlas, 2008. ISBN 9788522451166. 61/132 1. Gerência de Conhecimento é composta de: a) Metodologias para organizar processos. b) Tecnologias para gerenciar documentos. c) Estruturas e índices para documentos. d) Metodologias e tecnologias. e) Sistemas de informações. Questão 1 62/132 2. Gerência de Conhecimento tem por finalidade: a) Criar documentos. b) Criar índices de guarda e recuperação de documentos. c) Criar condições para Identificar, Capturar, Integrar, Guardar, Recuperar e Compartilhar conhecimento. d) Criar estruturas de direitos de acesso a informações. e) Criar as tabelas de temporalidade. Questão 2 63/132 3. Workflow tem por finalidade: a) Organizar processos. b) Automatizar processos. c) Resolver conflitos organizacionais. d) Gerar informações. e) Tratar dados e documentos. Questão 3 64/132 4. Workflow pode ser usado de forma: a) Autônoma. b) Independente. c) Embutida. d) Automática. e) Autônoma e embutida. Questão 4 65/132 5. Complete o início da frase: “[...] é o nome genérico de um grupo de ferra- mentas desenvolvido para possibilitar o acesso a múltiplos tipos de reposi- tórios de conteúdo com a finalidade de compartilhar conhecimento inde- pendentemente de tempo e espaço.” a) Workflow. a) BPMS. b) BPM. c) ECM. d) GED. Questão 5 66/132 Gabarito 1. Resposta: D. 2. Resposta: C. 3. Resposta: B. 4. Resposta: E. 5. Resposta: D. 67/132 Unidade 3 Mapeamento, Análise, Modelagem de Processos de Negócio Objetivos 1. Apresentar mapeamento, análise, modelagem, implantação e gerenciamento de processos de negócio. Unidade 3 • Mapeamento, Análise, Modelagem de Processos de Negócio68/132 Introdução Nenhuma tecnologia deveria ser implantada sem que antes se fizesse mapeamento, análise, modelagem de processos de negócio. Entretanto, a grande maioria das organizações, tanto públicas quanto privadas, ainda crê que tecnologias vão organizar o caos em que elas vivem. Bobagem! Nenhuma tecnologia tem este poder. 1. Mapeamento, Análise, Mode- lagem, Implantação E Gerencia- mento de Processos de Negócio Para fazer qualquer coisa que se tenha que fazer, como produzir um bem ou um serviço, (e a rigor até na vida pessoal), necessita-se construir um processo. Isto é, precisa-se de um conjunto de elementos que podem guiar com certeza entre o início do trabalho até o seu final, de forma a começar e terminar sem desvios, alcançando a meta. Muitos autores, principalmente os que se dedicam a explicar normas da qualidade, não se interessam em explicar os elementos e os mecanismos que os fazem interagir quando discorrem sobre essas normas. Daí porque fica difícil para quem está começando a trabalhar com processos, e até mesmo para quem já tem mais experiência, responder à seguinte pergunta: Unidade 3 • Mapeamento, Análise, Modelagem de Processos de Negócio69/132 • Por onde eu começo? Por isso se começará explicando cada um dos elementos e os mecanismos que os permeiam, fazendo-os existirem como elementos e se relacionarem com todos os outros dentro do processo de negócio. Genericamente um processo de negócio é um conjunto de três ações: • Introduzir. • Processar. • Enviar. Graficamente esse conjunto é representado pela Figura 3.1. Unidade 3 • Mapeamento, Análise, Modelagem de Processos de Negócio70/132 Ação de Introduzir Ação de Enviar Processo de Negócio Ação de Processar Tadeu Cruz, 2011 Figura 3.1 Um processo, Ações de Introduzir, Processar e Enviar. A ação de Introduzir fornece o que se chama de Insumos. A ação de Processar fornece o que se chama de Resultado. A ação de Enviar fornece o que se chama de Produto. Unidade 3 • Mapeamento, Análise, Modelagem de Processos de Negócio71/132 Muitos preferem exemplificar processos pelo que os compõem, da forma a seguir. Prefiro exemplificá-los pelos verbos que dão forma às suas existências, afinal o verbo é provido de ação e processos de negócio são essencialmente ações. De qualquer forma, e para estar mais em consonância com a regra geral eu diria: Resumindo Processos quanto à existência são a introdução de insumos (entradas) num ambiente, formado por procedimentos, normas e regras, que ao processarem os insumos, os transformam em resultados que serão enviados (saídas) aos clientes do processo. Para saber mais Saiba mais sobre modelos de processos de negócio na Gestão Pública acessando o link e lendo o artigo: <http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rap/article/viewArticle/6284>. Acesso em: 21 nov. 2014. http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rap/article/viewArticle/6284Unidade 3 • Mapeamento, Análise, Modelagem de Processos de Negócio72/132 Definição Clássica de Processo: Processo de Negócio é o conjunto de atividades que tem por objetivo transformar entradas, adicionando-lhes valor através de procedimentos, em saídas (Bens ou Serviços) que devem atender às expectativas dos clientes externos. Basicamente, existem dois tipos de processos: • Primários. Os processos primários são todos que estão diretamente ligados à produção do produto que a organização tem por objetivo disponibilizar para seus clientes. Está conceituação vale para todos os primários, em qualquer tipo de organização, pública, privada, ONG, Igreja, Militar. • Secundários. Os processos secundários, também chamados de processos de suporte, são todos que, como o próprio nome diz, suportam tanto os processos primários quantos os secundários, dando-lhes apoio para que possam existir. Quanto à natureza, os processos de negócio podem ser: Unidade 3 • Mapeamento, Análise, Modelagem de Processos de Negócio73/132 CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS Natureza dos Processos de Negócio • Industriais • Manufatura • Discreta - Projetos - Jobbing - (em) Massa - (em) Lotes • Contínua (de transformação) • Serviços - Projetos - Exclusivos. - de Massa • Administrativos Tipos de Processos de Negócio • Primário • Secundário • Processos Industriais Os processos industriais, como já dito, são os que produzem o bem ou serviço comercializado pela empresa. Eles podem ser divididos em dois tipos: Unidade 3 • Mapeamento, Análise, Modelagem de Processos de Negócio74/132 • Processos Industriais de Manufatura. • Processos Industriais de Serviços. É comum pensar em processos industriais apenas na área de manufatura, talvez porque a manufatura produza bens palpáveis, entretanto a “indústria” de serviços também tem seus processos industriais, que são todos aqueles ligados à produção do serviço, ou serviços, que a empresa vende. Exemplo típico de indústria de serviços são os parques temáticos da Flórida, ou do Brasil agora. Ali o mais desatento dos turistas pode perceber que há um conjunto de processos administrativos, que dão apoio, suportam o negócio, e um conjunto de processos industriais, que fazem cada um daqueles brinquedos funcionar exatamente da mesma forma dia após dia. A atividade “bilheteria principal” está inserida num processo administrativo de contas a receber, por exemplo. Já o operador de cada brinquedo, ou seja, a atividade “operador de equipamento”, está inserida num processo industrial de serviços. Outro exemplo de processos da indústria de serviços são os que produzem e suportam as operações de empresas de consultoria e treinamento. As atividades “Inscrições” e “Contas a Receber”, por exemplo, são atividades pertencentes a processos administrativos; enquanto que a atividade “Ensinar” está inserida no processo industrial de treinamento. Unidade 3 • Mapeamento, Análise, Modelagem de Processos de Negócio75/132 Já os processos industriais de manufatura têm todos a mesma essência, que é a de produzir bens concretos, embora os que suportem a manufatura discreta, que é a que produz bens que podem ser contados (1, 2, 3...n) tenham o detalhamento diferente, devido a uma série de elementos, como por exemplo quanto às tecnologias usadas, dos que suportam a manufatura contínua, também chamada manufatura de transformação, que produz bens que podem ser medidos (uma tonelada; 1 milhão de litros). Os processos de manufatura sempre foram, de uma forma ou de outra, os mais organizados. Embora essa organização fosse muitas vezes empírica, os profissionais envolvidos diretamente com a produção cedo descobriram que sem processos dificilmente alguma coisa poderia ser produzida. Mesmo no início da revolução industrial é possível ver a preocupação da área de produção com a forma e com o conteúdo do processo fabril, afinal não haveria como tingir o tecido sem antes tecê-lo. Pegue o exemplo de Henri Ford e sua linha de produção de automóveis, os famosos Ford T. Sem organização não haveria como produzi-los exatamente iguais ao final da linha de montagem. Aliás, tão iguais que a célebre frase “todo americano pode ter o carro na cor que quiser contanto que seja preto” permanece até hoje como símbolo dessa preocupação do Ford por processos. Unidade 3 • Mapeamento, Análise, Modelagem de Processos de Negócio76/132 • Processos Administrativos São processos que dão apoio às áreas de produção e, também, às áreas administrativas de qualquer organização. Por isso são também conhecidos como processos de suporte. As atividades que compõe esse tipo de processo são atividades de suporte, também conhecidas academicamente como atividades meio, que tanto podem ser permanentes como temporárias. Entretanto, é importante lembrar, constantemente, que não existem processos administrativos inteiramente desligados dos processos industriais, quer sejam da área de serviço ou manufatura, assim como não existem processos industriais inteiramente desligados dos processos administrativos. Os pontos de apoio, ou de ligação entre os diversos tipos de processos de uma empresa, sempre existirão. Quando, mais para a frente, se estiver definindo atividades, você conhecerá seus tipos detalhadamente. É justamente o conjunto de todos os processos, conhecido como macro processo, que vai propiciar à empresa a unicidade necessária ao desempenho seu core competence ou core business. Como qualquer outro tipo de processo, os administrativos são compostos de atividades que têm por objetivo processar entradas lógicas e físicas para entregar ao cliente o resultado esperado por ele. Embora os processos administrativos sejam invariavelmente tratados como Unidade 3 • Mapeamento, Análise, Modelagem de Processos de Negócio77/132 processos de segunda classe (é como se as pessoas pensassem que, por não estarem diretamente envolvidos com o produto final, os processos administrativos “roubam” recursos dos processos industriais), essa é uma forma errada de tratá-los. Esse tipo de comportamento acaba por comprometer a empresa como um todo. Priorizar processos industriais em detrimento dos administrativos, entre outros efeitos (e defeitos), aumenta a falta de intimidade que todos os empregados têm com os processos existentes na organização, industriais e administrativos. Em outras palavras, não existem processos de segunda classe. Quando, nas décadas de 1960, 1970 e até meados da de 1980, ainda existia o setor de O&M (Organização & Métodos) dentro das empresas, havia uma preocupação latente com os fluxos administrativos e todos os seus acessórios como formulários, documentos, layout. Embora essa preocupação, via de regra, não resolvesse muita coisa, era uma situação melhor que a de hoje, quando já não existe, na grande maioria das empresas, qualquer órgão que possa fazer esse trabalho. Somente agora as organizações começaram a se dar conta do desastre e passaram a criar os departamentos de processos e os cargos de analistas de processos. Cada vez mais os processos administrativos têm assumido a importância que por direito lhes cabe. Unidade 3 • Mapeamento, Análise, Modelagem de Processos de Negócio78/132 Pense em como a seguinte situação, que eu conheci pessoalmente, pode comprometer o desempenho geral de uma empresa, podendo atingir até o cliente. Numa empresa da área de papel e celulose o processamento das notas fiscais de saída de mercadorias depende da boa vontade e do estado de espírito do pessoal da expedição. Um dia os despachantes passam os documentos que vão gerar as notas fiscais à medida que os pedidos vão sendo atendidos na expedição; noutros diaseles simplesmente juntam todo o movimento do período e, às vezes de mais de um período, lá pelas 22hs mandam todo o lote de uma só vez para que as notas fiscais possam ser emitidas. Ninguém nesta empresa, do mais simples trabalhador a qualquer um no alto escalão, faz a mínima ideia da importância que esse processo administrativo tem no contexto das operações da empresa, pois se fizessem ideia das perdas e danos que esse tipo de atitude pode causar a todos e até ao cliente final já teriam se preocupado em fazer um trabalho de organização e melhoria de processos. No mínimo! Com este pequeno case é possível encontrar um número absurdo de erros de administração (além de o exemplo servir para corroborar o que eu digo a respeito da falta de organização na maioria das empresas) frequentes até nas organizações que implantaram sistemas de gestão empresarial sem qualquer preocupação Unidade 3 • Mapeamento, Análise, Modelagem de Processos de Negócio79/132 com a melhoria dos processos suportados por estes sistemas. Na empresa em questão foi implantado um sistema ERP para pequenas e médias empresas, que, quero deixar claro, não é o culpado direto pela desorganização que impera nela. Jamais um processo administrativo deve prevalecer sobre um processo industrial, isto seria uma inversão de valores. Entretanto, conheço muitos processos administrativos que erroneamente superam os industriais em importância, número de atividades e em prioridade. Quando isto acontece toda a operação está, obviamente, desvirtuada e os resultados seriamente comprometidos. 5. Elementos do Processo de Negócio Mapeamento, Análise, Modelagem e Implantação dos Processos de Negócio de qualquer organização devem ser feitos obedecendo-se determinados padrões metodológicos, sem os quais nenhum projeto terá sucesso. A Figura 3.2 mostra as principais fases que uma metodologia para documentar, organizar, analisar e melhorar processos deve ter. • Documentação e análise do processo atual, também conhecida como documentação As Is. Quando se documenta o processo que já existe, da forma como ele está sendo executado, a fim de produzir dois planos: Unidade 3 • Mapeamento, Análise, Modelagem de Processos de Negócio80/132 • O de soluções para os problemas encontrados. • O de melhoria de desempenho. • Análise e criação do novo processo, também conhecida como documentação Will Be. Quando se desenha, modela, o novo processo com base nos planos de soluções de problemas e de melhoria de desempenho sobre os existentes ou cria-se um processo totalmente novo. • Implantação do novo processo. Quando se implanta o novo processo, recriado ou criado, treinando e acompanhando as pessoas para garantir que tudo o que foi projetado e criado seja efetivamente operacionalizado e executado. Serve também para fazer ajustes finos nos primeiros dias de implantação do novo processo. • Gerenciamento do processo. Implanta-se a melhoria contínua dos processos quando todos os envolvidos deverão buscar melhorar continuamente o que fazem por meio de controle estatístico de processos (CEP). Unidade 3 • Mapeamento, Análise, Modelagem de Processos de Negócio81/132 Tadeu CruzProcessos, Pessoas e Tecnologias Análise Inicial Análise do Processo Atual “As Is” Modelagem do Novo Processo “Will Be” Implantação do Novo Processo METODOLOGIA PARA DOCUMENTAÇÃO, ORGANIZAÇÃO E MELHORIA DE PROCESSOS Ponto de Controle Ponto de Controle Ponto de Controle “t” Variável Ponto de Controle ... Gerenciamentodo Processo “t” Cíclico Figura 3.2. Fases do projeto de mapeamento, análise, modelagem, implantação e gerenciamento de processos de negócio. Unidade 3 • Mapeamento, Análise, Modelagem de Processos de Negócio82/132 Existem três níveis de documentação de processos: O 1º Nível, Básico, serve para documentar e fazer os processos serem conhecidos por toda a Organização. Serve também como base para desenvolver sistemas aderentes ao espírito dos negócios e para controlar atividades. O 2º Nível, Intermediário, serve para implantar políticas da qualidade ou outra certificação qualquer. O 3º Nível, Avançado, serve para implantar Tecnologias da Informação Emergentes, como Workflow, GED, KM e outras. A metodologia DOMP©, da TRCR KNOWLEDGE, é exclusivamente voltada a documentar processos nos três níveis de detalhamento, dependendo das necessidades da organização e do escopo do projeto. Unidade 3 • Mapeamento, Análise, Modelagem de Processos de Negócio83/132 CLIENTE(S) FINAL(IS) DO PROCESSO •Clientes Externos •Clientes Internos •Fornecedores Externos •Fornecedores Internos •Atividades •Eventos •Papéis Funcionais •Procedimentos •Tarefas •Metas • Indicadores de Desempenho •Regras de Negócio •Exceções •Anomalias •Tempos •Rotas ATIVIDADE Evento ATIVIDADEATIVIDADE ATIVIDADEATIVIDADE Evento Evento Evento Micro-Evento Micro-Evento Micro-Evento Micro-Evento ATIVIDADE Evento Processo de Negócio SUBPROCESSO (Conjunto de Atividades) EVENTO (pode ser uma Cadeia de Micro-Eventos) ATIVIDADE (Cadeia de Eventos) PROCESSO (Conjunto de Atividades) SUBPROCESSO (Conjunto de Atividades) PROCESSO (Conjunto de subprocessos) Tadeu Cruz, 2011 Figura 3.3. Processos e seus elementos. Unidade 3 • Mapeamento, Análise, Modelagem de Processos de Negócio84/132 A seguir, a descrição de cada um destes elementos, extraído do livro Sistemas, Métodos & Processos, Tadeu Cruz – Ed. Atlas. • Clientes Externos. Elementos imprescindíveis a qualquer Organização, os clientes externos são a razão delas existirem. Do ponto de vista de processos de negócio, os clientes externos são de dois tipos: • Clientes externos de processos primários. • Clientes externos de processos secundários. • Clientes Internos. Todos os participantes de todos os processos de negócio. • Fornecedores Externos. Todos que “entregam” entradas lógicas ou físicas e que sejam de fora da empresa. • Fornecedores Internos. Todos que “entregam” entradas lógicas ou físicas e que sejam de dentro da empresa. • Ocorrências. Elas são o que se pode chamar de “embalagens para processamento”. A ocorrência é o conjunto de elementos que dá forma ao trabalho a ser processado por cada uma das atividades que compõem um processo de negócio. A ideia de “pacote” é a que melhor define uma ocorrência porque todas, sem exceção, são compostas de instruções, dados, informações. Esse pacote é chamado de OCORRÊNCIA. Unidade 3 • Mapeamento, Análise, Modelagem de Processos de Negócio85/132 • Estrutura Organizacional. Conjunto de elementos que suportam os processos de negócio. • Atividades. Conjunto de instruções (conhecidas como procedimentos, normas e regras), mão de obra e tecnologias cujo objetivo é o de processar as entradas para produzir parte do produto de um processo, a fim atender aos objetivos da sua função dentro da Organização. • eventOgramas. Técnica para decompor um processo de negócio em eventos, a fim de estudar suas causas e condições, nas atividades geradoras, e suas abrangências e seus efeitos, nas atividades receptoras. • Papéis funcionais. Toda atividade só deve existir baseada numa função, isto é, sua existência deve estar baseada em função do esforço para produzir o produto que ela, atividade, deve produzir. O papel funcional é justamente a representação dessa função em termos operacionais. • Procedimentos. Os procedimentos especificam o que as atividades têm por responsabilidade fazer, como, quando, usando quais recursos e de que forma. Unidade 3 • Mapeamento, Análise, Modelagem de Processos de Negócio86/132 Segundo a norma ISO 84021 Um procedimento escrito ou documentado inclui normalmente o escopo da atividade, o que deve ser feito e por qual papel funcional, onde e como deve ser feito; quais materiais, equipamentos e documentos devem ser usados e como a atividade deve ser registrada, controlada e medida. • Tarefas. Elas são o detalhamento de cada procedimento.Se qualquer atividade tiver só o procedimento, escrito claro, vai ser quase impossível executá-la. Perguntas como: • O que é que eu faço primeiro? • Como é que eu faço o que eu tenho que fazer? • Como é que eu me comporto nas situações “A”, “B” e “C”? 1 A norma ISO 8402 é a que define a terminologia utilizada nas demais normas ISO. Unidade 3 • Mapeamento, Análise, Modelagem de Processos de Negócio87/132 • Regras de Negócio. Elas servem para orientar a execução de uma ou de várias tarefas. As regras de negócio são geralmente extraídas das políticas da empresa e dos manuais de procedimentos e normas para garantir a correta execução das tarefas. • Tempos. Existem, no mínimo, três tipos de tempos no ambiente dos processos de negócio. São eles: 1. Tempo de ciclo. 2. Tempo de processamento. 3. Tempo de retardo. • Metas. É o que se espera atingir como resultado da execução do processo. As metas de um processo estão diretamente ligadas aos objetivos da empresa como um todo; ao que o cliente espera receber do processo em particular e às melhorias advindas dos programas da qualidade. • Exceções. Muitos profissionais e autores desta área encaram a exceção como sendo o erro. Exceções sempre existem em qualquer atividade e processo. Às vezes elas não são tão críticas para merecerem um Plano de Contingência, outras exceções, no entanto, são de tal forma críticas que jamais se poderá ignorá-las. Exceção não é o erro, Unidade 3 • Mapeamento, Análise, Modelagem de Processos de Negócio88/132 mas a falta de conhecimento delas e de um plano de contingência certamente ocasionarão o ERRO. • Rotas. Não se esqueça que o trabalho num projeto de análise & modelagem de processos de negócio será o de documentar, nos processos existentes, ou criar, no caso de novos processos, todas as informações a respeito de cada um dos elementos listados acima. Somente através destas informações um processo terá suas rotas, ou fluxos (workflow), construídos com segurança e pode ser operacionalizado e gerenciado. • Entradas e saídas lógicas. É toda manifestação eletrônica, qualquer que seja sua configuração, que tenha por função “suportar” dados ou informações. • Entradas e saídas físicas. Elas podem ser de dois tipos: insumos e mídias. Insumos é tudo que se introduz num processo para ser modificado, montado, transformado, misturado, cortado, colado por ele. O outro tipo de entrada física são as mídias, papel, formulários impressos, disquetes, CDs, DVDs, que têm a função de introduzir dados e ou informações no processo, geralmente, para que as entradas físicas e ou lógicas possam ser processadas. Unidade 3 • Mapeamento, Análise, Modelagem de Processos de Negócio89/132 • Formulários. • Físicos. • Lógicos. • Estrutura de Dados - Metadados e Dados. O Metadado é a identidade do dado, isto é, especifica, define, descreve, nomeia e faz com que qualquer dado tenha um significado que possa ser reconhecido por todos exatamente da mesma forma. O Dado é a menor parte do conhecimento. • Ligação com Legacy Systems. Através desta informação se estará descobrindo e documentando também a ligação com Legacy Systems ou outros quaisquer sistemas. Estes elementos são fundamentais para que os sistemas de informações possam ser ajustados aos processos, tornando-os aderentes ao negócio. Unidade 3 • Mapeamento, Análise, Modelagem de Processos de Negócio90/132 Glossário Legacy Systems: Podemos definir o como um computador, software, rede ou outro equipamento que continua a ser utilizado, mesmo após a organização instalar novos sistemas, ou seja, em uma tradução livre, é o sistema legado. Assim há a compatibilidade com sistemas legados, pois deve ser um aspecto importante na instalação de uma nova versão. Questão reflexão ? para 91/132 Elabore um texto explicando a importância de fazer mapeamento, análise, modelagem, implantação e gerenciamento de processos de negócio como pré- requisito para implantar qualquer tecnologia da informação. 92/132 Considerações Finais Nesta aula você aprendeu sobre: • Mapeamento, análise, modelagem, implantação e gerenciamento de processos de negócio. Unidade 3 • Mapeamento, Análise, Modelagem de Processos de Negócio93/132 Referências Bibliografia Básica: ALBUQUERQUE, L. C.; ROCHA NETO, I., Ciência, Tecnologia e Regionalização. 1a Edição. Rio de Janeiro: Garamond. 2005. ISBN: 9788576170631. CASTELLS, M., A Sociedade em Rede. 10a Edição. São Paulo: Paz e Terra. 2007. ISBN: 9788577530366. CRUZ, T., Sistemas de Informações Gerenciais. 3ª edição, 20ª reimpressão. São Paulo: Atlas. 2011. ISBN 9788522435227. CRUZ, T. WORKFLOW II. A Tecnologia Que Revolucionou Processos. Rio de Janeiro: E-Papers, 2004. 9788576500192. Bibliografia Complementar CRUZ, T. Sistemas, Métodos & Processos. 2ª edição – 7ª reimpressão. São Paulo: Atlas, 2011. ISBN: 9788522441488 CRUZ, T. Sistemas, Organização e Métodos. 3. ed. 8ª reimpressão. São Paulo: Atlas, 2002. ISBN: 9788522431571 CRUZ, T. BPM & BPMS. 2ª edição. Rio de Janeiro: BRASPORT, 2010. ISBN 9788574524399. Unidade 3 • Mapeamento, Análise, Modelagem de Processos de Negócio94/132 CRUZ, T. Gerência do Conhecimento. Rio de Janeiro: E-Papers, 2007. ISBN 9788576501299. LAURINDO, J. Tecnologia da Informação: planejamento e Gestão de Estratégias. São Paulo: Atlas, 2008. ISBN 9788522451166. 95/132 1. Genericamente um processo de negócio é um conjunto das seguintes ações: a) Introduzir / Processar / Estocar. b) Enviar / Processar / Reenviar. c) Introduzir / Processar / Enviar. d) Processar / Enviar. e) Introduzir / Processar / Reprocessar. Questão 1 96/132 2. Complete o início da frase: “[...] são elementos imprescindíveis a qual- quer Organização, pois são a razão delas existirem”, a) Processos de negócio. b) Clientes externos. c) Fornecedores. d) Produtos. e) Construções. Questão 2 97/132 3. Complete o início da frase: “[...] servem para orientar a execução de uma ou de várias tarefas. São geralmente extraídas das políticas da empresa e dos manuais de procedimentos e normas para garantir a correta execução das tarefas”. a) Regras de negócio. b) Tarefas. c) Dados. d) Procedimentos. e) Tempos. Questão 3 98/132 4. As principais fases que uma metodologia deve ter para documentar, or- ganizar, analisar e melhorar processos: a) Documentação e análise do processo atual / Análise e criação do novo processo. b) Documentação e análise do processo atual / Análise e criação do novo processo. c) Documentação e análise do processo atual / Análise e criação do novo processo / Implantação do novo processo / Gerenciamento do processo. d) Documentação e análise do processo atual / Implantação do novo processo / Gerenciamento do processo. e) Documentação e análise do processo atual / Análise e criação do novo processo / Implantação do novo processo. Questão 4 99/132 5. Existem, no mínimo, três tipos de tempos no ambiente dos processos de negócio. São eles: a) Tempo total, tempo de espera, tempo de retardo. b) Tempo de ciclo e tempo total. c) Tempo de processamento, tempo de espera e tempo médio. d) Tempo de ciclo, tempo de processamento e tempo de retardo. e) Tempo padrão, tempo mínimo e tempo máximo. Questão 5 100/132 Gabarito 1. Resposta: C. 2. Resposta: B. 3. Resposta: A. 4. Resposta: C. 5. Resposta: D. 101/132 Unidade 4 Sistemas Tecnológicos de Apoio à Gestão Pública Objetivos 1. Apresentar as tecnologias que estão sendo empregadas pelos governos para melhorar a vida do cidadão. Unidade 4 • Sistemas Tecnológicos de Apoio à Gestão Pública102/132 Introdução Governos têm nas novas tecnologias da informação importantes aliadas. Com o uso delas a participação dos cidadãos aumentou consideravelmente e permitiu a implantação da transparência nas administrações municipais, estaduais e federal. 1. TI e os Governos Municipais, Estaduais e Federal. Definição de TI. Tecnologia de Informação é todo e qualquer
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