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Sistemas da Informação
Prof. Dr. Wanderson Gomes De Souza
1ª Edição
 Gestão da Educação a Distância
Todos os direitos desta edição 
ficam reservados ao Unis - MG. 
 
É proibida a duplicação ou re-
produção deste volume (ou 
parte do mesmo), sob qualquer 
meio, sem autorização expressa 
da instituição.
Cidade Universitária - Bloco C
Avenida Alzira Barra Gazzola, 650, 
Bairro Aeroporto. Varginha /MG 
ead.unis.edu.br 
0800 283 5665
Autoria
Currículo Lattes:
Prof. Dr. 
Wanderson Gomes De Souza
Tecnólogo em Processamento de Dados, Bacharel em Ciência da Computação, Bacharel em Ad-
ministração, Pós-graduado em Gerência de Informática, Mestre em Administração (com ênfase em 
Sistemas de Informação) e Pós-graduando em Docência na Educação a Distância. Professor há 15 
anos entre cursos técnicos, superiores e de pós-graduação. Foi coordenador de cursos de Ciência 
da Computação e sistemas de Informação em outras instituições. Tem experiência de 14 anos como 
gestor de TI. Atualmente é professor de EaD e coordenador do curso de Sistemas de Informação 
a Distância do UNIS-MG.
5
Unis EaD
Cidade Universitária – Bloco C
Avenida Alzira Barra Gazzola, 650, 
Bairro Aeroporto. Varginha /MG 
ead.unis.edu.br
0800 283 5665
SOUZA, Wanderson Gomes. Guia de Estudo - Sistemas da Informação.
Varginha: GEaD-UNIS/MG, 2017.
65 p
1. Introdução Aos Sistemas De Informação. 2. Sistemas De Informa-
ção Para Operações Das Empresas. 3. Sistemas De Informação Para 
Apoio À Decisão Gerencial. 4. Sistemas De E-Business Interfuncionais. 
5. Sistemas De E-Business Funcionais. 6. Administração De Recursos 
De Informática. 7. Segurança E Ética Da Tecnologia Da Informação. 8. 
Sistemas De Informação Colaborativos. 9. Negócios Na Internet. 10. 
Novas Tecnologias. 11. Aplicações Empresariais: Análise De Problemas. 
Ementa
Orientações
Palavras-chave
O pensamento sistêmico. Definição de sistemas. Tipos de sistemas. Aplicações do pensamento sis-
têmico. Enfoque sistêmico: tempo, planejamento. O enfoque sistêmico e o ser humano. Sistemas de 
informação administrativos. Sistemas de informação e sistemas organizacionais. Níveis de sistemas: 
estratégico, tático e operacional. Componentes e relacionamentos do sistema. Aplicações empresa-
riais: utilizando o e-commerce, e-business, ERP, CRM, SCM. Obtendo Vantagem Competitiva com 
sistemas de informação. Implementação e avaliação de desempenho de sistemas.
Ver Plano de Estudos da disciplina, disponível no ambiente virtual.
Introdução Aos Sistemas De Informação. Sistemas De Informação Para Operações Das Empresas. 
Sistemas De Informação Para Apoio À Decisão Gerencial. Sistemas De E-Business Interfuncionais. 
Sistemas De E-Business Funcionais. Administração De Recursos De Informática. Segurança E Ética 
Da Tecnologia Da Informação. Sistemas De Informação Colaborativos. Negócios Na Internet. No-
vas Tecnologias e Aplicações Empresariais: Análise De Problemas.
Unidade I
1. Aspectos Introdutórios 11
1.1. Conceitos de sistemas 12
1.2. Características dos Sistemas 12
1.3. Tipos de Sistemas 14
1.4. Alguns conceitos importantes relativos à Teoria dos Sistemas 15
1.5 A Visão Sistêmica nas Organizações 17
1.6. Dados, Informações e Conhecimento 19
1.6.1. Dado 19
1.6.2. Informação 19
1.6.3. Dados versus Informação 19
1.6.4. Conhecimento 20
1.7. Sistemas de Informação 21
1.8. Sistemas de Informação baseado em computador 24
1.8.1. Hardware 24
1.8.2. Software 24
1.8.3. Usuários 25
1.8.4. Banco de dados 25
1.8.5. Redes de comunicação 26
1.8.6. Documentação 26
1.8.7. Políticas e procedimentos 27
Unidade II
2. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC) 29
2.1. Áreas de aplicação das TIC’s 33
2.1.1. Computação 33
2.1.2. Comunicação 33
2.1.3. Controle e Automação 34
2.2. As TIC’s e a dinâmica de negócios 34
2.3. Ferramentas de Produtividade 35
2.3.1. Editores de textos 35
2.3.2. Planilhas eletrônicas 36
2.3.3. Apresentação Multimídia 37
2.3.4. Serviços de armazenamento em nuvem 37
2.3.5. Calendários e agendas eletrônicas 38
2.3.6. Trello 39
2.3.7. Evernote 39
2.3.8. Rescue Time 40
2.3.9. Toggl 40
2.3.10. Wunderlist 41
Unidade III
3. Os Sistemas De Informações Nos Negócios 43
3.1. Vantagens competitivas dos sistemas de informação 43
3.2. A Informação vs Vantagem Competitiva 44
3.3. Os Sistemas de Informação nas organizações 45
3.4. Sistemas de informação operacionais, táticos e estratégicos 49
3.4.1. Apoio às Operações (Nível operacional) 49
3.4.1.1. Apoio ao processamento de transações 49
3.4.1.2. Controle de Processos 51
3.4.1.3. Sistemas Colaborativos 51
3.4.2. Sistemas de Apoio Gerencial (Nível Tático) 52
3.4.2.1. Sistemas de Informação Gerencial 52
3.4.2.2. Sistemas de Apoio à Decisão 53
3.5. Sistemas de armazenamento de dados 54
3.4.2.3. Sistemas de Informação Executiva (Nível estratégico) 54
3.5.1. Data Warehouse 55
3.5.2. Data Mart 56
3.5.3. Data Mining 57
3.6. Business Inteligence – BI 57
3.7. Aplicações Empresariais 60
3.7.1. E-Business 60
3.7.2. ERP 61
3.7.3. CRM 63
3.7.4. SCM 64
Objetivos da Unidade
I Unidade I - Visão Sistemática
- Introduzir a percepção das organizações a partir da visão sistêmica;
- Tratar conceitos relativos aos sistemas de informação baseados em computa-
dor.
Esperamos que, ao final desta unidade, você seja capaz de:
- Compreender os principais conceitos relativos à ideia de sistemas e à Teoria 
de Sistemas.
- Entender quais as características, tipos e particularidades dos sistemas.
- Aplicar estes conceitos à realidade organizacional.
- Avaliar a dinâmica da visão sistêmica aplicada às organizações.
- Entender o que são sistemas de informação baseados em computador, seus 
principais componentes e aplicações rotineiras.
12 
1. Aspectos Introdutórios
 Para iniciarmos é importante analisar alguns aspectos das teorias da administração, especial-
mente a partir da concepção estruturalista, para relembrarmos a ideia geral de que uma organização 
não é um elemento isolado em um ambiente qualquer. Esta concepção faz especial sentido se você 
é capaz de identificar que uma organização interage o tempo todo com outros elementos de seu 
meio, modificando-os e sendo modificada por eles. É a partir deste entendimento que a Administra-
ção estrutura sua concepção sistêmica organizacional, apoiada na analogia à teoria geral os sistemas 
da Biologia, desenvolvida pelo biólogo austríaco Ludwig von Bertalanffy (1901-1972). 
 A abordagem orgânica do cientista descreve que um organismo é uma unidade maior do 
que a soma de suas partes. Ora, uma floresta é um tipo de ecossistema terrestre que abriga uma 
fauna, com diversas espécies de animais que convivem interagindo com a flora, e suas diversas es-
pécies de vegetação. Todos são interdependentes de um clima, que pode variar no decorrer de um 
ano, alterando a umidade e temperatura do local. Numa ideia geral, podemos dizer que, neste caso, 
temos comunidades de organismos que interagem entre si e com o meio em que vivem, sofrendo 
influências biológicas deste meio, e também o influenciando. De forma mais ampla ainda, pode-se 
dizer que a floresta é um dos ecossistemas pertencentes a um bioma terrestre maior. Ou seja, de 
forma simplista, é possível resumir que qualquer ser vivo mantém uma constante troca de energia, 
matéria, trabalho e informação com o meio ambiente.
 A Teoria Geral de Sistemas trabalha com três princípios básicos que são os seguintes:
- Expansionismo: sustenta que todo fenômeno é parte de um fenômeno maior. O desempenho 
de um sistema depende de como ele se relaciona com o todo maior que o envolve e do qual 
faz parte.
- Pensamento Sintético: o fenômeno que se pretende explicar é visto como parte de um sistema 
maior e é explicado em termos do papel que desempenha neste sistema maior. 
- Teleologia: é o princípio segundo o qual a causa é uma condição necessária, mas nem sempre 
suficiente para que ocorra o efeito. Em outras palavras, a relação causa/efeito,não é determinís-
13
tica ou mecanicista, mas simplesmente probabilística. 
 Sistemas, em geral, são complexos e apresentam diversas variáveis: os universos biológico e 
físico representam a realidade aparente, que é descrita pelo universo exato, matemático e empirista, 
e neste meio vivem espécies distintas que estabelecem relações de convivência. Algumas destas 
espécies, entre elas a humana, de forma mais avançada, constrói, através dos conhecimentos das 
mais diversas áreas, subsistemas sociais, políticos, tecnológicos, organizacionais e outros tantos, para 
melhor se organizar e atender suas necessidades coletivas e particulares. 
1.1. Conceitos de sistemas
 Há anos, as pessoas notaram que há assuntos que são comuns nas diferentes áreas do co-
nhecimento. E por isso, existem problemas comuns entre as áreas do conhecimento que podem ser 
resolvidos com soluções similares. Estas mesmas pessoas perceberam que algumas características e 
regras aconteciam em todas as áreas.
 Assim como afirma Audy (2005), através desta compreensão de que as diversas áreas do 
conhecimento têm assuntos que se conectam, surgiu a definição de Sistema, “que é um conjunto de 
elementos inter-relacionados com um objetivo comum. Isto quer dizer que todas as áreas do co-
nhecimento possuem sistemas. E que os sistemas possuem características e leis independentemente 
da área onde se encontram”.
 Na aplicação destes princípios da teoria de sistemas à Administração, de forma análoga, Ma-
ximiano (2008, p.308) afirma que “(...) um conjunto de partes que interagem e funcionam como um 
todo é um sistema”. Enfim, assim como acontece na natureza, as organizações são sistemas que se 
constituem de partes, internas e externas a ela, que se comunicam e trocam informações o tempo 
todo, formando um sistema harmônico maior.
 À luz das ideias da teoria dos sistemas, aprofundaremos nossos estudos acerca das organiza-
ções e seus ambientes, e da simbiose existente entre estas relações.
1.2. Características dos Sistemas
14 
 Todo sistema, em qualquer área do conhecimento, possui algumas características básicas, 
como os elementos que o constituem, as relações de interdependência entre estes elementos, ob-
jetivos a serem atingidos e o meio ambiente em que as influências acontecem. Nesse sentido e em 
uma ideia geral, podemos considerar como um sistema todo e qualquer elemento, objeto, estrutura, 
ou pessoas, que de certa forma estabelecem relações de dependência entre as partes que estão 
envolvidas. 
 Desta forma, todo item ao nosso redor terá uma meta/objetivo, entrada, mecanismo de 
processamento, saída e feedback, onde:
- Meta: o que será atingido;
- Entrada: itens necessários para o sistema “funcionar”;
- Mecanismo de processamento: o funcionamento do sistema, ou seja, os processos de transfor-
mação;
- Saída: o que o sistema produzir;
- Feedback: comparação da meta com a saída. Se houver diferenças, o sistema será alterado para 
melhorias.
 Para melhor compreensão destas características comuns a quaisquer sistemas, vamos tomar 
como exemplo um item bastante comum na nossa realidade: o computador. O computador é um 
sistema que possui diversos elementos tais como gabinete, CPU, placa mãe, memórias, discos rí-
gidos, placa de vídeo, outros periféricos etc. As relações entre estes elementos são estruturais (na 
montagem, pois as partes se acoplam) e virtuais (nas conexões, pois os elementos se comunicam 
através da programação). O objetivo em comum é fornecer configurações adequadas para este 
conjunto de componentes, através de uma tela, criar uma interface de trabalho para o usuário. Nesta 
interface, o usuário irá realizar suas atividades de forma independente e conectada. O meio am-
biente pode ser o sistema operacional, em que as configurações dos elementos físicos estabelecem 
conexão, ou a rede de internet, por exemplo. 
 Resumindo, temos a entrada que são os componentes do computador, o processamento 
15
que são as relações de funcionamento entre estas partes a saída que são os resultados desta proje-
ção, como a realização de tarefas em sua interface.
 Um outro exemplo que podemos utilizar é uma organização qualquer. Toda organização 
pode ser vista como um sistema, conforme mostrado na figura a seguir.
Figura 1 - A organização como sistema 
Fonte: Design Unis EaD
1.3. Tipos de Sistemas
 Os sistemas podem ser classificados a partir de várias abordagens. Eles podem ser simples ou 
complexos, abertos ou fechados, estáveis ou dinâmicos, adaptáveis ou não-adaptáveis, permanentes 
ou temporários. A tabela a seguir descreve isso de forma bem simples:
16 
Tabela 1 – Tipos de sistemas e suas características
Fonte: Adaptado do Autor por Design Unis EaD
1.4. Alguns conceitos importantes relativos à Teoria dos Sistemas
 Para compreendermos um pouco melhor a respeito da Teoria de Sistemas vamos conhecer 
mais alguns conceitos importantes que, quando aplicados à dinâmica organizacional, nos revelam 
questões importantes a serem analisadas. São eles:
- Morfose: ato de formar ou dar forma ao sistema.
17
- Gênese: formação dos seres desde sua origem. No caso, a formação de um sistema qualquer.
- Morfogênese: é a capacidade que tem os sistemas de se auto modificar. Podemos pensar aqui 
com as influências do ambiente onde este sistema estiver situado. Um sistema qualquer.
- Fronteira do Sistema: é a linha que serve para demarcar o que está dentro e o que está fora do 
sistema. Por exemplo, uma empresa verificando o ambiente onde está situada (da empresa para 
fora - ambiente externo; dentro da empresa - ambiente interno). A fronteira é o que delimita 
ambiente interno e externo. 
- Processo Entrópico: é uma lei universal da natureza, segundo a qual todas as formas de organi-
zação se movem para a desorganização ou morte. Todo sistema nasce, “amadurece”, entra em 
uma linha de maturidade e tende a morte. Pense no nascimento, vida e morte de todo sistema. 
Quando existe a tendência a morrer, chamamos de processo entrópico.
- Entropia Negativa ou Negentropia: para sobreviver, os sistemas abertos precisam adquirir en-
tropia negativa. Precisam mover-se para deter o processo entrópico. Os organismos biológicos 
desgastam e perecem. Entretanto as organizações se receberem mais energia de seu meio do 
que aquela que expendem, podem armazená-la e assim adquirir entropia negativa. Portanto, a 
entropia negativa (ou negentropia) são reações ao processo de entropia.
- Estado firme ou de homeostase dinâmica: os sistemas enviam energia para o ambiente exter-
no na mesma proporção que a recebem, caracterizando um estado homeostático (equilíbrio). 
Quando mudanças no seu exterior ocorrem, o sistema através de seu canal de feedback, procura 
voltar a seu ponto de equilíbrio ou se equilibrar em um novo ponto demonstrando seu dinamis-
mo em se adaptar as novas condições.
- Principio da Equifinalidade: o sistema pode alcançar o mesmo estado final partindo de diferentes 
condições iniciais e de meios diferentes.
- Homeostasia: a homeostasia é um equilíbrio dinâmico através da auto-regulação, ou seja, atra-
vés do autocontrole. Todo mecanismo homeostático é um dispositivo de controle para manter 
certas variáveis dentro dos limites desejáveis. Uma variação diacrônica da homeostase é chamada 
homeorese que ocorre quando o sistema busca o equilíbrio, em ocasiões de grandes desvios 
externos, através de nova sincronia, num outro plano ou com outros parâmetros que definem 
18 
outra homeostasia.
- Retro-informação negativa (negative feedback ou feedback negativo): permite ao sistema corri-
gir seus desvios e voltar ao curso normal.
 Este é um ponto importante que deve ser destacado na teoria dos sistemas. O feedback 
é talvez o elemento mais importante de um sistema e queo realmente caracteriza e o diferencia. 
Através do feedback o sistema efetua seus ajustes ao ambiente que o rodeia efetuando correções 
que o fazem retornar ao seu ponto de equilíbrio ou, o levam para um novo ponto de equilíbrio 
(homeostase dinâmica). Percebe-se, portanto que o equilíbrio dos sistemas é dinâmico, ou seja: o 
equilíbrio é a resultante de suas funções precípuas e das variáveis ambientais que afetam continua-
mente o sistema.
 O feedback faz uma amostra da saída do sistema (nível de produção, ou qualidade do pro-
duto acabado, ou lucro final atingido) devolvendo-a ao sistema que efetua a comparação com um 
padrão pré-estabelecido. Se houverem variações o sistema se autorregulará. Caso as variações da 
saída sejam significativamente grandes de modo a comprometer o pré- estabelecido, o sistema pro-
curará um novo ponto de equilíbrio, alterando o ritmo ou a configuração de funcionamento de uma 
ou mais de suas partes para a consecução de seus fins precípuos.
1.5 A Visão Sistêmica nas Organizações
 De acordo com a FNQ (Fundação Nacional da Qualidade), a visão sistêmica é a forma de 
entender a organização como um sistema integrado, inclusive em relação à sociedade. Justamente 
por ser um sistema integrado, o seu desempenho pode afetar não apenas a própria organização, mas 
todas as suas partes interessadas. 
 Se como vimos anteriormente qualquer item pode ser visto como um sistema, as Organi-
zações não fogem à regra. Dentro da mesma definição vista, temos que as organizações possuem 
metas, possuem um conjunto de elementos dinamicamente relacionados (máquinas, instalações e 
pessoas), formando uma atividade (que são as operações ou os processos da empresa), para atingir 
um objetivo (a entrega de um produto/serviço com a finalidade de obter lucro), operando sobre 
19
informações, matéria, energia (matérias-primas, pessoas e informações), para produzir informações, 
matéria, energia (o produto acabado sob uma dessas formas). Após isso, o que for produzido será́ 
comparado com a meta, gerando o feedback.
 Para aprofundar um pouco mais a respeito da visão sistêmica aplicada às organizações e suas 
partes interessadas, vamos ler o trecho abaixo extraído do artigo “Uma visão sistêmica da gestão 
organizacional”, publicado no site oficial da FNQ:
 
Para se ter uma visão sistêmica da organização deve-se levar em conta o modelo de ex-
celência da gestão, que envolve liderança, estratégias e planos, pessoas, processos, clientes 
e sociedade. Ou seja, o modelo de gestão alinha de forma harmônica e integrada, pessoas 
com processos voltados para a geração de resultados e conhecimento para a organiza-
ção. Esse modelo também envolve a liderança enquanto negócio ou marca, ou liderança 
enquanto gestor. Exige que a empresa seja capaz de atender as necessidades de seus 
clientes, bem como satisfazer as necessidades da sociedade e das comunidades com as 
quais interage, sempre agindo de forma ética na busca da sustentabilidade social, ambiental 
e econômica. (...) A visão sistêmica, enfim, é o olhar que permite enxergar de modo claro 
cada processo e cada negócio. É a visão do todo, buscando a excelência naquilo que diz 
respeito à organização, tanto no que se refere às coisas tangíveis (produtos, por exemplo) 
quanto intangíveis (marca, imagem, talentos), contemplando todas as partes interessadas.
 O bom gestor precisa ser dotado da capacidade de visualizar o todo e não se concentrar 
apenas em uma das partes dele. Um sistema é um todo formado de uma grande quantidade de 
subsistemas e, por sua vez, cada subsistema é dotado de detalhes que são específicos em cada área. 
Detalhes estão presentes em diversos contextos e complexidades diferentes, seja em um depar-
tamento operacional, uma gerência ou uma diretoria. Estas particularidades podem também ser 
relativas às finanças, operação, qualidade, comunicação, entre outros. O aspecto mais importante 
a se considerar neste caso é que o gestor que possui visão sistêmica pode até trabalhar com estes 
detalhes, mas nunca poderá deixar de observar onde aquele detalhe está localizado dentro do todo, 
e o quanto ele é capaz de interferir na harmonia do negócio. 
 Dentro do contexto de sistemas de informação existem conceitos importantes para melhor 
definir estas variáveis e detalhes que o gestor irá trabalhar em seu dia a dia. Vamos melhor compre-
ender estas classificações a partir do próximo tópico.
20 
1.6. Dados, Informações e Conhecimento
1.6.1. Dado
 Em informática chamamos de dado os elementos (números, letras e caracteres especiais) 
que são a base para se fazer qualquer operação. O computador, previamente parametrizado através 
de cálculos, trata e manipula o dado até gerar um resultado para a operação. 
1.6.2. Informação
 Chamamos de Informação qualquer conjunto de dados que processados, organizados ou 
ordenados, tenham alguma representatividade. Ou seja, que apresentem algum significado, indepen-
dente da finalidade, podendo ser desde uma imagem, um livro digital, um relatório, ou até um gráfico 
que será usado na tomada de alguma decisão. De um modo geral, podemos dizer que informação 
é um conjunto de dados organizados e produzindo sentido.
1.6.3. Dados versus Informação
 Atualmente, a informação é encarada com um dos recursos mais importantes e necessários 
de uma organização. Todos querem agir e tomar decisões tendo algum respaldo obtido através das 
informações, e isto pode obviamente aumentar a sua competitividade frente à concorrência.
 Hoje e a cada dia mais, a tomada de decisão nas organizações é um processo complexo. O 
cenário onde a empresa atua se altera de forma constante, a concorrência busca alternativas para se 
diferenciar, a legislação pode sofrer mudanças, enfim, um grande conjunto de variáveis e possibilida-
des faz com que qualquer ação fique mais fácil de ser articulada e analisada se tivermos a informação 
necessária.
 O dado em sua forma bruta não tem nenhuma representatividade e em nada ajuda na so-
lução da situação descrita acima, precisamos sempre então manipular, lapidar os dados até que eles 
se tornem algo útil e representativo.
21
 Vamos tomar o exemplo abaixo para melhor compreender a relação destes conceitos.
Imagine que você tirou uma foto com a sua máquina digital e copiou o arqui-
vo para seu computador. Se você olhar o conteúdo daquele arquivo ele não 
será muito significativo, você verá várias letras e símbolos que não represen-
tarão muita coisa para nós humanos, mas, se o computador decodificar estes 
dados e mostrar a representação destes em formato de foto na tela do computador, aí sim 
passará a ter algum significado e passaremos a chamar isto de informação.
 Sem dúvidas, este é um exemplo bem superficial apenas para auxiliar no entendimento. 
Durante o conteúdo iremos tratar o conceito de forma mais aprofundada. 
 Para complementar e fazer o fechamento destes conceitos, vamos trabalhar mais um que é 
o de conhecimento.
1.6.4. Conhecimento
 Chamamos de conhecimento o fato de cada indivíduo analisar um conjunto de informações 
e dar a isto alguma finalidade ou utilidade. É aquilo que o usuário aprende com a informação obtida, 
é a interpretação das variáveis dentro de um contexto específico, ou seja, é o aprendizado que o 
indivíduo se apropria através da observação.
 Sendo assim, o conhecimento depende exclusivamente do usuário e, diferentemente da 
informação, trata-se de algo que não pode ser armazenado no computador através dos bancos de 
dados, pois o que vai transformar um no outro é a observação pessoal.
 Achou interessantes estes conceitos? Pode parecer bobagem, mas a clareza para identificar 
cada um dos conceitos apresentados é fundamental para saber o que já temos e onde ainda pode-
mos chegar.
 A partir da compreensão dos conceitos de sistemas, de visão sistêmica, dados, informações 
e conhecimentos, podemos compreender melhor como estesaspectos se aplicam no contexto da 
computação aplicada à tomada de decisões nas empresas. Para melhorar nosso repertório, vamos 
22 
nos familiarizar um pouco mais com os sistemas de informação, no tópico que segue.
1.7. Sistemas de Informação
 Sistemas de informação são conjuntos de elementos e também sistemas de computação que 
se inter-relacionam para coletar, processar, avaliar, analisar e armazenar dados, de modo a geren-
ciar informação organizada. Tais informações, uma vez organizadas por softwares computacionais, 
fornecem os subsídios necessários no apoio à tomada de decisões, à coordenação e o controle 
dentro das organizações. Ao mesmo tempo, os sistemas de informação auxiliam os trabalhadores e 
gerentes na análise e resolução de problemas, na interpretação de grandes quantidades de variáveis 
conectadas e na proposta de criação de novos produtos. 
 O principal elemento de um Sistema de Informação (SI) são as informações. Ele tem 
por objetivo gerenciá-las, através da coleta, organização, tratamento e análise dos dados de 
forma inteligente, automatizada e contextualizada à realidade do negócio.
 São diversos os tipos de sistemas de informação para cada aplicação e em diferentes áreas 
de operação, mas, de modo geral, estes softwares mantêm informações sobre produtos, clientes, 
finanças, locais, ações, pessoal, vendas, estoques – dependendo do tipo de empresa. Ou seja, em 
uma empresa qualquer podemos ter o sistema que gerencia as vendas que acontecem no balcão, o 
sistema financeiro que controla pagamentos, recebimentos e outras transações, podemos ter ainda 
o sistema contábil, de recursos humanos e entre outros. 
 Nas palavras de Matsuda, Sistemas de Informação são processos administrativos que envol-
vem processos menores que interagem entre si. Os sistemas geralmente são divididos em subsis-
temas que variam conforme o tipo de empresa. O departamento de informática da empresa cruza 
esses subsistemas, o que leva a uma abordagem sistemática integrativa, envolvendo questões de 
planejamento estratégico da empresa.
23
 Para compreender melhor esta dinâmica, imagine um caixa de banco, 
em que os atendentes trabalham todo o expediente em contato com os 
clientes, recebendo o pagamento de faturas, o depósito e transferência de 
dinheiro em contas, realizando cadastros de clientes etc. Pense como seria 
se a cada nova fatura que um cliente fosse pagar, o atendente precisasse consultar o código 
de barras número por número, verificar a empresa que deve receber o valor, calcular juros de 
atrasos e multas, processar a transferência do valor, realizar o abatimento do percentual do 
banco, e tantas outras tarefas. Conseguiu imaginar quanto tempo levaria cada atendimento se 
tudo isso acontecesse de forma manual? Com certeza os atendimentos seriam bem longos. 
Mas é nesse momento que entra o trabalho de um sistema de informação programado para, 
através de leitores automáticos, identificar o código de barras das faturas e instantaneamente 
organizar no sistema o valor a ser pago, calcular eventuais juros e multas, programar o pa-
gamento à empresa credora, associar o cliente à sua conta bancária e entre outras funções, 
como, por exemplo, organizar as senhas de atendimento por ordem de preferência e tempo 
de espera. Estas informações gerenciadas pelo sistema de atendimento mais tarde serão in-
corporadas a outros sistemas de Tecnologia da Informação para formar o banco de dados da 
empresa. As informações combinadas, de vários sistemas diferentes, serão responsáveis por 
auxiliar os administradores nas tomadas de decisão.
 Enfim, são inúmeras as atividades que sistemas de informação podem organizar. Este foi 
um exemplo bem simples com o intuito apenas de auxilia-lo na assimilação da ideia de operação 
de um sistema de informação, para que você consiga identificar estas situações em seu dia a dia. 
Neste momento, é importante que você compreenda que os diversos tipos de sistemas são sem-
pre programados e parametrizados para operar conforme uma utilidade específica, seja ela simples 
ou extremamente complexa. Mais a diante veremos mais aplicações específicas de outros tipos de 
sistemas mais complexos.
24 
 Neste momento, pare um pouco para pensar sobre outros tipos 
de sistemas de informação que você já viu, conheceu ou que até mesmo já 
tenha trabalhado. Descreva abaixo um pouco de como você percebe esse 
sistema agora, após conhecer um pouco mais a respeito da visão sistêmica 
nas organizações. 
 Pensou? Então, qual o objetivo deste sistema? Por que acredita que ele foi desenvol-
vido? Ele trabalha com dados ou informações? Que tipo? A atividade-fim desenvolvida seria 
possível sem esse sistema? Quais benefícios um sistema de informação pode trazer a uma 
organização?
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 Muito bem, agora que já entendemos os que são os SI´s você deve estar se perguntando, 
que vantagem eu tenho em usar um destes sistemas? Que diferença faz usar ou não?
 Como os Sistemas de Informação trabalham de forma integrada, interligada e compartilhan-
do dos mesmos dados, a ideia é que com isto você tenha informação de forma mais confiável, mais 
rápida, mais fácil de ser obtida.
 Qualquer empresa passa por processos de mudança, precisa de novas informações, de no-
vas visões sobre um mesmo conjunto de dados, de adaptar-se a uma nova realidade, e tudo isto fica 
mais fácil com sistemas de informação. Isto por si só já justificaria seu uso, mas aos poucos vamos 
25
entendo a sua real importância.
 Veremos mais adiante, no decorrer das próximas unidades, cada um destes sistemas da clas-
sificação de uma forma mais detalhada.
1.8. Sistemas de Informação baseado em computador
 Considerando os aspectos já estudados até aqui, conseguimos compreender melhor a res-
peito dos conceitos de sistema e suas aplicações nas mais variadas áreas do conhecimento. Também 
estudamos sobre os sistemas de informação e suas aplicações no contexto organizacional. De um 
modo geral, aprendemos que sistemas de informações gerenciam informações através da organi-
zação e interpretação de dados. Podemos encontrar tipos de sistemas em qualquer organização e 
estes não necessariamente estão relacionados à informática. 
 Agora, vamos nos aprofundar um pouco mais nos sistemas de informação baseados em 
computador, que são os principais responsáveis pela organização das informações em qualquer em-
presa. Para isso, vamos conhecer alguns conceitos importantes sobre os componentes dos sistemas 
baseados em computador.
1.8.1. Hardware
 Hardware é todo o componente físico de informática, ou seja, tudo aquilo que você pode 
tocar. O hardware é composto por um conjunto de equipamentos ou dispositivos, como CPU, 
monitor, memórias, disco rígido, placas de vídeo e rede, teclado, mouse, impressora, entre tantos 
outros. Estes dispositivos físicos são necessários para fornecer a entrada dos dados no sistema, que 
serão processados pelos softwares.
1.8.2. Software
 Software é todo componente virtual de informática, ou seja, tudo aquilo que você pode ver 
através da tela do computador, mas não pode tocar. Softwares são os sistemas e programas que 
26 
criam a interface de exibição para o usuário, através do gerenciamento da entrada dos dados do 
hardware. Podemos chamar de software o sistema operacionaldo computador, os programas ins-
talados, e todos os sistemas que utilizam as especificações do hardware para funcionar e exibir uma 
imagem destas operações.
 Em informática costumamos fazer a seguinte brincadeira para auxiliar 
no entendimento das diferenças entre hardware e software. Todos nós já 
passamos por uma situação em que o computador trava ou simplesmente 
não responde a nossos comandos. Esta é uma situação bastante comum no 
dia a dia, especialmente quando o computador está muito sobrecarregado, e casos assim dei-
xam o usuário bastante irritado. Por isso, para estes momentos de irritação, dizemos: “software 
é tudo aquilo que você xinga e hardware é tudo aquilo que você chuta”.
1.8.3. Usuários
 Usuários são os clientes de utilização de uma determinada máquina ou serviço. Ou seja, 
todos nós, quando estamos utilizando recursos de informática, somos considerados usuários. O 
usuário é um dos componentes mais importante de um sistema de informação, pois é ele quem 
vai analisar as informações fornecidas pelos sistemas e transformá-la em conhecimento. Para Costa 
(2016) “(...) não adianta uma empresa ter tecnologia avançada e programas de última geração se as 
pessoas não estiverem engajadas em todo o processo”. Uma informação passada de forma errada 
poderá resultar em decisões impróprias. É o usuário o grande responsável por interpretar as infor-
mações.
1.8.4. Banco de dados
 Banco de dados é o que torna possível o armazenamento dos dados, que serão organizados 
através dos softwares para gerar informação. Os bancos de dados além de armazenar também são 
27
responsáveis pela associação destes registros, auxiliando os administradores a fazer relações entre 
estas informações. Um banco de dados de uma organização pode manter registros sobre suas ven-
das, compras, clientes, fornecedores, finanças, pessoal e até informações estratégicas de mercado. 
Desta forma, sendo a informação tão importante para as empresas, os bancos de dados são essen-
ciais para qualquer tipo de empreendimento moderno.
1.8.5. Redes de comunicação 
 Redes de comunicação são elementos que permitem a conectividade responsável pelo com-
partilhamento de informações entre os usuários. No contexto organizacional, computadores preci-
sar trabalhar em redes para trocar informações. Estas redes permitem a conexão entre estes diver-
sos computadores e dispositivos que muitas vezes estão distantes fisicamente. O bom andamento 
dos sistemas de uma empresa passa, sem dúvidas, pelo bom funcionamento e conectividade de sua 
rede de computadores.
1.8.6. Documentação
 Documentação é uma parte integrante de qualquer sistema de informação, pois nela estão 
os parâmetros de funcionamento, operação e funcionalidades do sistema, que serão mantidos para 
conservar estes registros, para que não se percam com o tempo. A informação de um sistema pode 
ser tanto relativa ao seu desenvolvimento, quanto direcionado ao usuário final. É através da docu-
mentação que os desenvolvedores de um determinado sistema (pessoal de TI) farão os registros 
dos dicionários de símbolos, registros, modelos, dados, fluxogramas, gráficos, funções e comentários 
a respeito do código de desenvolvimento. Muitas destas informações são sigilosas, pois contêm os 
“segredos” dos cálculos e operações que o sistema é capaz de realizar. Já a documentação relativa 
ao usuário é aquela desenvolvida em formato de manual, ou seja, trata-se de um descritivo de fun-
cionalidades, como uma espécie de tutorial, para ensinar o novo usuário a operar o sistema e suas 
funções.
28 
1.8.7. Políticas e procedimentos
 As políticas e procedimentos, como o próprio nome sugere, são as regras e métodos para 
se utilizar o sistema de informação. Os objetivos desses procedimentos são a estruturação e a pa-
dronização das normas da empresa e o atendimento a elas. Estes aspectos são importantes para a 
segurança da informação em qualquer organização, pois estão relacionadas ao plano estratégico da 
empresa. Imagine que, hipoteticamente, na empresa Google, os sistemas de informações desenvolvi-
dos por eles não possuíssem regras de utilização interna. Nesse caso, qualquer usuário poderia utili-
zar as informações em benefício próprio, ou até mesmo vende-las a terceiros e, consequentemente, 
arruinar todo o plano estratégico que a empresa possui em relação as informações fornecidas por 
este sistema. As políticas e procedimentos são extremamente importantes para o estabelecimento 
de regras internas e para garantir os interesses de uma organização, pois seus sistemas são diferen-
ciais competitivos no mercado.
Objetivos da Unidade
II Unidade II - Tecnologia da Informação e 
Comunicação
- Introduzir os conceitos de tecnologia da informação e comunica-
ção, suas principais aplicações. 
- Apresentar as relações entre os diferentes tipos de tecnologias e 
a dinâmica de negócios
Esperamos que, ao final desta unidade, você seja capaz de:
- Compreender os principais conceitos relativos às TIC’s
- Entender quais as características, tipos e particularidades das TIC’s.
- Compreender como a tecnologia impulsiona os negócios
- Conhecer as principais ferramentas de produtividade utilizadas 
atualmente
30 
2. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC)
 Antes de aprofundarmos um pouco mais a respeito das tecnologias de informação vamos 
compreender mais do que se trata o conceito de tecnologia. A etimologia da palavra, que vem do 
grego, traz o seguinte significado: “téchne”, que pode ser definido como arte ou ofício e “logia”, 
que significa o estudo de algo. Ou seja, o estudo da arte em seu sentido amplo. Ao buscarmos no 
Dicionário da Língua Portuguesa, de Aurélio Buarque de Holanda, encontramos que tecnologia é 
“um conjunto de conhecimentos, especialmente princípios científicos, que se aplicam a um determi-
nado ramo de atividade.”. Complementando este significado, o Dicionário Houaiss (2012) classifica 
o termo como: “1. Tratado das artes em geral. 2. Conjunto dos processos especiais relativos a uma 
determinada arte ou indústria. 3. Linguagem peculiar a um ramo determinado do conhecimento, 
teórico ou prático (...)”. Estas definições já são suficientes para nos mostrar que a ideia de tecnologia 
está presente em tudo, no estado da arte de todas as ciências, e não necessariamente se trata de um 
termo específico das áreas de informática e engenharia, como comumente está associada. Com isto 
em mente, podemos agora aprofundar na ideia de tecnologia aplicada aos sistemas de informação e 
suas implicações nesta sociedade da informação.
 Dentro do contexto dos Sistemas de Informação, a evolução da tecnologia é elemento prin-
cipal para a promoção da inovação neste ramo, porque usar tecnologia se tornou parte da vida diária 
das pessoas. A utilização de aparelhos tecnológicos, como laptops, desktops, tablets, smartphones, 
tem modificado a vida das pessoas e, especialmente, a forma como elas se comunicam. Esta prática, 
consequentemente, tem mudado a forma de se relacionar das pessoas. Nunca em toda história da 
humanidade se produziu tanta informação ao mesmo tempo, e organizar esta informação, de modo 
a torna-la útil, tem sido o principal desfaio dos sistemas de informação. É neste cenário que podemos 
melhor compreender a ideia de Tecnologia da Informação.
De acordo com Rezende e Abreu (2000), a Tecnologia da Informação (TI) pode ser definida como 
o “conjunto de todas as atividades e soluções providas por recursos de computação que visam per-
mitir a produção, armazenamento, transmissão, acesso, segurança e o uso das informações”. A TI 
trata a informação em si, a sua organização e classificação de forma a permitir a tomada de decisão. 
31
Trazendo esta reflexão para o contexto das organizações, este papel das TI’s pode ser evidenciado 
em várias áreas, como finanças, design,marketing, contabilidade, RH, industrial, entre outras, e em 
empresas dos mais variados ramos. 
 Ampliando a ideia de TI para o contexto das comunicações, temos o conhecido termo TIC 
– Tecnologia da Informação e Comunicação, que diz respeito a toda e qualquer tecnologia que faz 
o intermédio dos processos comunicativos dos seres humanos. Ou ainda, segundo Lévy (1999), 
também 
“podem ser entendidas como um conjunto de recursos tecnológicos integrados entre si, 
que proporcionam, por meio das funções de hardware, software e telecomunicações, a 
automação e comunicação dos processos de negócios, da pesquisa científica e de ensino e 
aprendizagem”. (LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34 Ltda, 1999).
 As TIC’s surgiram no decorrer do último século, mais especificamente a partir da década de 
1970, período da Terceira Revolução Industrial, porém começaram a se popularizar mundialmente 
na década de 1990. Algumas das maiores características das TICs são a agilidade, a horizontalidade e 
a possibilidade de manipulação do conteúdo da comunicação e informação mediante a digitalização 
e comunicação em redes. Essa nova dinâmica das relações entre as pessoas foi desenhando o que 
hoje se conhece conceitualmente como a Sociedade da Informação e do Conhecimento alicerçada 
sobretudo por redes de comunicação telefônica e virtual.
 Nesse contexto, a internet e suas ferramentas ampliaram as possibilidades de as pessoas 
compartilharem suas opiniões e experiências com pessoas de outras cidades, regiões ou países. Essa 
nova dinâmica de comunicação contribuiu para o inter-relacionamento e a interconectividade das 
pessoas, o que ao mesmo tempo que alterou drasticamente a estrutura das empresas e a forma com 
que elas fazem negócios. Especialmente a partir do início dos anos 2000, com a velocidade no avan-
ço de elementos como o comércio eletrônico, as mensagens instantâneas, a conectividade entre 
dispositivos, a disponibilidade das redes, o aumento do número de usuários ativos; as organizações 
perceberam que devem reformular seus propósitos estratégicos constantemente, pois o mercado 
tem mostrado que aquelas empresas que não acompanham a inovação estão fadadas ao fracasso.
32 
Leia o trecho abaixo extraído do portal de notícias da TotLab, que comple-
menta nossa discussão e traz alguns outros aspectos a respeito das TIC’s e dos 
SI’s no contexto das organizações.
“(...)
A Era da Informação e do Conhecimento que vivemos nos mostra um mundo novo, na qual o tra-
balho humano é feito pelas máquinas, cabendo ao homem a tarefa para a qual é insubstituível: ser 
criativo, ter boas ideias. Há algumas décadas, a era da informação vem sendo superada pela onda 
do conhecimento. Já que o aumento de informação disponibilizada pelos meios informatizados vem 
crescendo bastante, a questão agora está centrada em como gerir esse mundo de informações e 
retirar dele o subsídio para a tomada de decisão.
Desenvolver competências e habilidades na busca, tratamento e armazenamento da informação 
transforma-se num diferencial competitivo dos indivíduos.
Não somente ter uma grande quantidade de informação, mas sim que essa informação seja tratada, 
analisada e armazenada de forma que todas as pessoas envolvidas tenham acesso sem restrição de 
tempo e localização geográfica e que essa informação agregue valor às tomadas de decisão.
É importante que o desenvolvimento de um determinado projeto seja organizado e disponibilizado 
para uma posterior consulta e fonte de pesquisa para projetos futuros, ou seja, é necessário criar um 
meio que resgate. A memória é o bem maior de qualquer organização, é o conhecimento gerado 
pelas pessoas que fazem parte desta.
A Tecnologia da Informação (TI) tem um papel significativo na criação desse ambiente colaborativo 
e, posteriormente, em uma Gestão do Conhecimento. No entanto, é importante ressaltar que a 
tecnologia da informação desempenha seu papel apenas promovendo a infraestrutura, pois o traba-
lho colaborativo e a gestão do conhecimento envolvem também aspectos humanos, culturais e de 
gestão (Silva, 2003).
Os avanços da tecnologia da informação têm contribuído para projetar a civilização em direção a 
uma sociedade do conhecimento. A análise da evolução da tecnologia da informação, de acordo 
33
com Silva (2003), é da seguinte maneira:
“Por cinquenta anos, a TI tem se concentrado em dados – coleta, armazenamento, transmissão, 
apresentação – e focalizado apenas o T da TI. As novas revoluções da informação focalizam o I, ao 
questionar o significado e a finalidade da informação. Isso está conduzindo rapidamente à redefinição 
das tarefas a serem executadas com o auxílio da informação, e com ela, à redefinição das instituições 
que as executam”.
Hoje, o foco da Tecnologia da Informação mudou, tanto que o termo TI passou a ser utilizado 
como TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação. E, dentro desse universo, novas ideias como 
colaboração e gestão do conhecimento poderão ser edificadas, porém, mais uma vez é importante 
enfatizar que nenhuma infraestrutura por si só promoverá a colaboração entre as pessoas, essa ati-
tude faz parte de uma cultura que deverá ser disseminada por toda a organização; é necessária uma 
grande mudança de paradigma. 
(...)”.
Matéria completa pode ser acessada no link 
http://totlab.com.br/noticias/o-que-e-tic-tecnologias-da-informacao-e-comu-
nicacao/
 Como pode ser observado no texto, as Tecnologias de Informação e Comunicação têm 
contribuído para mudar nossa sociedade, tornando-a cada vez mais uma sociedade pertencente a 
uma nova Era, chamada de Era da Informação. É importante notar também que as TIC’s são apenas 
as ferramentas dessa evolução, pois o que garante esta mudança de paradigma é o trabalho humano 
desenvolvido através da colaboração. 
 Aprofundaremos agora em algumas aplicações e exemplos da utilização das TIC’s com siste-
mas de informações.
34 
2.1. Áreas de aplicação das TIC’s
 Com a revolução das comunicações nas últimas décadas, a utilização das TIC’s aplicadas aos 
sistemas de informação são unanimidade. Normalmente encontramos tais aplicações especialmente 
nas áreas de computação, comunicação, controle e automação e negócios.
2.1.1. Computação
 Nas áreas de computação, as TIC’s são aplicadas especialmente em duas em grandes verten-
tes. São elas:
- Informática: este tipo de aplicação é a mais utilizada neste contexto. São os processamentos e 
tratamentos de dados, através de sistemas robustos, que realizam as operações automaticamen-
te, assistidas por computador. Sistemas como ERP, SAP, SCM, CRM são exemplos de sistemas 
que operam com esta lógica. Veremos mais adiante estes sistemas de forma mais detalhada.
- Burótica: este tipo de aplicação é comum na rotina dos escritórios. Esta forma de TIC é res-
ponsável pela colaboração entre os usuários, pois utiliza as redes de informática para realizar a 
circulação das informações entres os usuários e setores. Esta realidade é bastante comum em 
escritórios e departamentos administrativos, onde a informação instantânea precisa ser compar-
tilhada com segurança, através das redes internas.
2.1.2. Comunicação
 Nas áreas de comunicação, as TIC’s são também aplicadas especialmente em duas em gran-
des vertentes. São elas:
- Telecomunicações: em geral, consiste nos sistemas de transmissão das informações e dos sinais 
que serão responsáveis por transmitir os textos, imagens, sons; e também, os equipamentos res-
ponsáveis por esta transmissão, como os fios, as redes, as fibras ópticas e ondas eletromagnéticas.
- Telemática: trata-se de uma junção das palavras telecomunicações e informática. Consiste na 
35
conjugação dos meios de comunicação à distância (modens, antenas, linhas telefônicas, fibras, 
satélites etc) com meios informáticos.
2.1.3. Controle e AutomaçãoSão áreas de aplicação das TIC’s que englobam o controle de sistemas e processos indus-
triais. Nas áreas de controle e automação, as TIC’s são também aplicadas especialmente em duas 
em grandes vertentes. São elas:
- Robótica: é a conjugação da informática com a automação, sendo a ciência responsável pelo 
projeto e construção de robôs. Estas especialidades são muito presentes hoje nas indústrias me-
cânicas e eletrônicas, como na automobilística, por exemplo.
- CAD/CAM: a sigla em inglês é Computer Aided Design / Computer Aided Manufactering, é tra-
ta-se do desenho para fabricação de peças e objetos assistidos por computador, como o CNC, 
por exemplo.
2.2. As TIC’s e a dinâmica de negócios
 Segundo Cezar Taurion (2005), gerente de novas tecnologias aplicadas da IBM no Brasil, 
“negócios e tecnologias não percorrem trilhas paralelas, mas se interligam em uma relação circular e 
intensa”.
Figura 2 – TICs e a dinâmica de negócios
Fonte: Adaptado de Taurion, Cezar. Sucesu: IBM, 2005. por Design Unis EaD
36 
 Segundo a concepção de Taurion, a medida que a dinâmica de negócios evolui, traz novi-
dades relacionadas a produtos e serviços, e abre novos caminhos no mercado, as tecnologias da 
informação e comunicação são impulsionadas à inovação. Novos modelos de negócios, destinados a 
novos produtos e serviços, consequentemente, requerem sistemas de informações mais completos 
e eficientes. Esta relação circular e intensa entre tecnologia e negócios faz com que, por outro lado, 
as TIC’s também sejam responsáveis por transformar a dinâmica de negócios, através da criação 
de maiores possibilidades para análise de informações, fornecendo maior segurança na tomada de 
decisão e gerando maior vantagem competitiva para as organizações.
2.3. Ferramentas de Produtividade 
 Assim como nós aprendemos a ler e a nos comunicar com os outros, a aplicação do co-
nhecimento e habilidades com o computador abrange diferentes linhas ocupacionais. Pessoas de 
todas as ocupações, profissões e ramos de diversas atividade já perceberam que os computadores 
aumentam diretamente sua eficiência e produtividade. E o modo como eles são utilizados em em-
presas e organizações variam desde os sistemas pessoais com pacotes básicos de produtividade, até 
os grandes sistemas integrados que as organizações usam para gerenciar suas operações.
 Veremos como as pessoas usam o conhecimento e as habilidades básicas que têm com 
computadores, independentemente de sua ocupação. Compradores, corretores de seguros, vende-
dores, despachantes e executivos, todos podem beneficiar-se da familiaridade com computadores 
ou smartphones.
2.3.1. Editores de textos
 O software de processamento de texto é o mais utilizado. Nas empresas, os funcionários 
utilizam esse processador para redigir memorandos, relatórios, correspondências, minutas de reu-
nião e qualquer outro material que alguém imagine digitar. Em casa, digitamos documentos, cartas, 
periódicos, resenhas de filmes e muito mais. Com os editores de texto podemos criar, editar, for-
matar, armazenar e imprimir textos ou gráficos em um documento. 
37
 Uma vez que é possível armazenar em disco o memorando ou documento que digitamos, 
podemos recuperá-lo em outro momento, modificá-lo, reimprimi-lo ou fazer qualquer coisa com 
ele. As partes não modificadas não precisam ser novamente digitadas; o documento revisado pode 
ser reimpresso como se fosse novo.
 Como o número de recursos aumentou, o processamento de texto entrou no território 
da editoração eletrônica (desktop publishing). Para satisfazer as necessidades de editoração de alto 
nível, os pacotes de editoração eletrônica geralmente são melhores do que os pacotes de proces-
sadores de texto, especialmente quando tratamos de layout de página e reprodução em cores. 
Normalmente, as empresas utilizam para produzir boletins, comunicados e prospectos profissionais 
– tanto para melhorar a comunicação interna quanto para causar uma melhor impressão no mundo 
lá fora.
2.3.2. Planilhas eletrônicas
 As planilhas, compostas de colunas e linhas, há séculos têm sido utilizadas como uma ferra-
menta de negócio. Preparar uma planilha manual pode ser uma tarefa tediosa e, quando há altera-
ções, muitos cálculos em geral precisam ser refeitos. 
 A planilha eletrônica continua sendo uma planilha, mas o computador é que trabalha. Espe-
cificamente, o software de planilha eletrônica recalcula de maneira automática os resultados quando 
um número é alterado. Por exemplo, se uma planilha calcular a distância baseando na velocidade e 
no tempo, uma mudança na velocidade acionará um novo cálculo a fim de que a distância também 
seja alterada. Esse recurso nos permite que experimentemos diferentes combinações de números 
e obtenhamos os resultados rapidamente. A capacidade de perguntar “O que aconteceria se...?” e 
depois obter imediatamente os resultados no computador, antes de realmente comprometermos 
recursos, ajuda-nos a tomar uma decisão mais acertada e mais rápida.
 E o software de planilha eletrônica para nós, em nossa casa? O recurso para introduzirmos 
combinações de números de maneira significativa, como diferentes combinações de entradas e taxas 
de juros para comprarmos uma casa, oferece-nos uma visão financeira que não conseguiríamos pro-
38 
duzir prontamente por conta própria. Utilizamos as planilhas eletrônicas para tudo – para preparar-
mos orçamentos, decidirmos se assumiremos um novo emprego, controlarmos nosso desempenho 
na academia de ginástica e inúmeras outras coisas.
2.3.3. Apresentação Multimídia
 A computação multimídia avança principalmente no sentido de enriquecer a comunicação, 
portanto sua matéria-prima é a informação sob várias formas e a maneira como estas interagem. 
Sob esta perspectiva, é possível identificar dois aspectos da informação que são: formas de mídia e 
a habilidade para comunicação usando estas mídias. 
 As aplicações multimídia têm evoluído e expandido sua área de aplicabilidade. Têm-se de-
senvolvido aplicações multimídia para as áreas de medicina, educação, comércio, indústria, etc. Al-
guns exemplos de aplicações multimídia são: automação de escritórios, trabalho cooperativo supor-
tado por computador, aplicações de videodisco interativas, visualizadoras hipermídias, sistemas de 
videoconferência, vídeo sob demanda etc.
 Uma apresentação multimídia profissional pode passar a mensagem da sua empresa ou de 
um produto de maneira mais eficiente do que dezenas de páginas impressas ou de um site da inter-
net.
 Até o momento, as ferramentas apresentadas provavelmente não lhe despertaram nenhum 
senso de novidade, afinal, os recursos citados são muito conhecidos e utilizados por nós o tempo 
todo. Porém, não poderiam deixar de constar em nossa lista, pois, além de muito utilizadas, são 
essenciais para qualquer tipo de trabalho nas organizações.
 Vamos agora ver algumas outras ferramentas menos conhecidas, para diferentes tipos de 
uso, mas que também podem contribuir com a produtividade no dia a dia.
2.3.4. Serviços de armazenamento em nuvem
 Atualmente, manter diversos arquivos armazenados em um mesmo computador ou mesmo 
em um HD externo pode ser algo bastante complicado, porque cada vez mais as pessoas estão co-
39
nectadas com diversos dispositivos e, também, trabalhando em diversos lugares. Alguma vez você já 
precisou acessar, através de seu smartphone ou outro computador diferente do seu, algum arquivo 
importante que somente estava armazenado em seu computador? Pois é, foi com esse objetivo, a 
mobilidade, que surgiram os serviços de computação em nuvem. Através das diversas plataformas 
disponíveis no mercado, o usuário cria uma conta e pode armazenar qualquer tipo de arquivo ou 
formato numa espécie de HD online, que fica armazenado em um servidor da empresa. Desta 
forma, vocêpode acessar qualquer um dos seus arquivos apenas acessando sua conta (usuário e 
senha), através de qualquer dispositivo. Em seguida, você pode visualizar, editar ou baixar o arquivo 
de onde estiver.
 Existem diversos serviços de armazenamento em nuvem disponíveis no mercado. Todos 
eles oferecem uma conta gratuita com algum espaço já incluído (normalmente algo entre 5GB e 
15GB gratuitos), porém, caso precise, você pode optar por um plano com mais armazenamento e 
pagar por isso. Alguns exemplos são: Google Drive, OneDrive, iCloud, Dropbox, Mega, Box, entre 
outros. 
 Estes serviços permitem que você crie uma pasta específica em seu computador para salvar 
os arquivos que desejar, e o próprio aplicativo instalado (para computadores ou smartphones) já 
faz o trabalho de sincronizar o arquivo com a nuvem. Ou seja, em alguns casos, você sequer tem o 
trabalho de abrir o site da aplicação. 
 Outro ponto importante destes serviços são as opções de trabalho colaborativo, pois você 
pode adicionar outros usuários em pastas específicas e compartilhar documentos para que todos 
acessem, ou até mesmo editem, conforme sua preferência. Criar comentários e notas nos arquivos 
também é possível. Desta forma, além de organizar seus arquivos pessoais, as ferramentas de com-
putação em nuvem auxiliam no trabalho em equipe e na produtividade dos projetos compartilhados.
 
2.3.5. Calendários e agendas eletrônicas
 O calendário e a agenda são ferramentas muito antigas e muito conhecidas em qualquer lu-
gar. Dessa forma, é normal que versões eletrônicas deles estejam presentes em qualquer dispositivo. 
40 
Diversos tipos de calendário que funcionam como agenda estão disponíveis para acesso na internet 
como, por exemplo, o Google Calendar, Google Agenda, DigiCal, aCalendar, Boxer, entre outras. 
Além destas aplicações específicas para esta utilização, diversos gerenciadores de e-mail, como o 
outlook, apresentam versões de calendário e agenda para acompanhamento de compromissos. 
 Estas aplicações permitem que você gerencie seus compromissos, visualize suas tarefas di-
árias, semanais, mensais, de forma fácil, organizada e rápida. Além disso, todas têm opção de criar 
lembretes e avisos para alertá-lo em determinadas datas e horários. 
2.3.6. Trello 
 Trello é uma ferramenta bastante conhecida para o gerenciamento de projetos em listas. 
Apresenta uma interface bastante simples de se acessar, extremamente versátil e com possibilidades 
de personalização pelo usuário. A aplicação pode ser acessada através do navegador pelo computa-
dor ou laptop, e também através do aplicativo pelo smartphone.
 O usuário cria suas listas conforme a necessidade e, a partir disto, vai adicionando novas sub 
tarefas e itens que se enquadrem na lista, criando a gestão visual de um projeto dividido em etapas. 
A função visual do software é bastante elegante e intuitiva, de modo que qualquer usuário compre-
ende rapidamente a dinâmica de funcionamento. Esta funcionalidade personalizável serve para o uso 
pessoal, como a organização de eventos e viagens, e uso profissional, como o acompanhamento de 
projetos e distribuição de tarefas entre outros membros. 
 Talvez, o mais interessante seja o compartilhamento do projeto ou tarefa com outros usuá-
rios, de modo que todos os envolvidos possam registrar e acompanhar o progresso da atividade. Ou 
seja, trata-se de uma gratuita e excelente ferramenta para trabalho em equipe. Assim como outras 
aplicações, possui uma versão paga que oferece recursos adicionais.
2.3.7. Evernote
 Este é uma das principais ferramentas para gestão de produtividade, principalmente para 
quem costuma viajar ou realiza trabalhos home office. O Evernote é uma espécie de bloco de notas 
41
que fica armazenado na nuvem, ou seja, os dados não estão sujeitos a perdas devido a problemas 
com uma máquina específica. Porém, melhor do que um simples bloco de notas, ele permite que 
você possa dividir as anotações por assuntos, anexar fotos, clipes de vídeo, anotações de áudio, 
podendo ser acessado em qualquer computador, tablet ou smartphone através da sua conta.
 O Evernote permite também a criação de tarefas colaborativas para trabalho em equipe, em 
que cada usuário pode criar suas próprias notas e acompanhar o andamento das atividades. Por ser 
uma aplicação bastante versátil é comum ser utilizada como uma agenda pessoal que pode auxiliar 
o usuário a melhorar sua produtividade.
2.3.8. Rescue Time
 O Rescue Time é uma ótima ferramenta para controlar o seu tempo de trabalho e estipular 
metas para aprimorar sua produtividade. Ele também consegue analisar quanto tempo você pro-
crastinou entre e-mails, Facebook, Twitter, entrando em sites etc. Assim, você poderá ter noção do 
quanto, no final do dia, perdeu de tempo indo dar aquela olhadinha de 5 minutos no que estava 
acontecendo na sua timeline.
 Ele possui um dashboard bem intuitivo e explicativo, com gráficos mostrando sua produti-
vidade e com a possibilidade de você cadastrar metas para cumprir a partir daquele dia. O sistema 
irá te avisar acerca delas nos horários pré-estabelecidos, para te a lembrar de realizar determinada 
tarefa.
 Para aqueles “enroladores crônicos”, que ficam navegando pelos sites durante o trabalho, 
ainda há a opção de ativar o modo “focado”, em que você cadastra todos os sites improdutivos e, 
durante determinado tempo, não poderá acessá-los. Esta ferramenta está disponível para desktop, 
em versões free e pagas.
2.3.9. Toggl
 Quer saber quanto tempo você tem demorado em cada tarefa a fim de programar seu dia? 
Ou então verificar se você está realmente se dedicando 100% a ela, sem escapulir para aquela pro-
42 
crastinada básica? O Toggl te ajuda nisso. Vinculado à sua conta do Google, ele registra o tempo de 
duração de cada tarefa realizada durante o dia. Assim, você visualiza um gráfico no final do dia para 
que possa analisar o que ocupa mais o seu tempo, as proporções de cada tarefa etc. Caso queira, 
pode ainda comparar o tempo com o de seus colegas de trabalho, para saber se está dentro do 
padrão médio esperado pela empresa, ou não. Ele pode ser instalado em Android, iOS e também 
no desktop.
2.3.10. Wunderlist
 Para os viciados em listas, essa é uma ótima ferramenta. O Wunderlist permite que você faça 
listas dentro de qualquer tema, como o que fazer, o que deve ser dito na reunião, quais produtos 
devem ser orçados etc. Também pode encontrar listas feitas por outros usuários que podem ser 
úteis para seu trabalho. Você pode personalizar sua lista com marcadores, calendários e notificações. 
Tal como o Evernote, você pode acessar sua lista através de qualquer dispositivo, pois ela fica arma-
zenada na nuvem.
Objetivos da Unidade
III
Unidade III - 
Os Sistemas De 
Informação Nos 
Negócios
 o Introduzir os principais aspectos da utilização de sistemas de informação para geração de 
diferencial competitivo nas organizações. 
 o Apresentar os diferentes tipos de sistemas aplicados aos níveis organizacionais.
Esperamos que, ao final desta unidade, você seja capaz de:
 o Compreender a dinâmica de negócios embasada pelos sistemas de informação.
 o Entender que as informações, quando bem manipuladas, auxiliam os gestores modernos 
nas tomadas de decisões e geram vantagem competitiva às empresas.
 o Identificar os principais tipos de sistemas aplicáveis aos níveis operacionais, táticos e estra-
tégicos em uma organização.
 o Conhecer as modernas aplicações empresariais de gerenciamento de dados.
44 
3. Os Sistemas De Informações Nos Negócios
 O constante crescimento das empresas, ao mesmo tempo e na mesma proporção em que 
afasta os administradores de alto nível da supervisão mais direta das operações, tende a tornar cada 
vez mais crítico o recurso informação.O crescimento da empresa produz impactos nas necessidades 
de informação que se somam negativamente; as decisões tornam-se mais complexas e delicadas, os 
volumes de dados crescem e os administradores afastam-se do ponto em que os acontecimentos 
ocorrem dentro da estrutura da organização. Num primeiro estágio, algumas pessoas (que dispõem 
das informações a partir da própria observação dos fatos) intervêm na tomada de decisões mais 
importantes. À medida que a empresa cresce, essas pessoas vão sendo “estruturalmente afastadas” 
das operações.
 Na maioria dos casos em que tal processo ocorre, as pessoas envolvidas por milhares de 
questões do dia-a-dia não têm tempo ou sequer se conscientizam do processo que estão vivendo. 
O fato é que a falta total de informações, ou a inadequação delas, acaba sendo reconhecida por 
força de “crises administrativas”, pela necessidade urgente de adotar determinadas medidas para a 
resolução deste ou daquele problema.
 Outro aspecto curioso é que certos empresários e administradores tendem a imaginar que 
seus problemas são aqueles da “área de negócios”. Assim, voltam suas atenções para a área externa 
à empresa (o que nada tem de errado), mas estabelecem uma absoluta separação dos problemas 
internos de organização, sistemas etc., interessando-se muito pouco por esses tipos de questões. Tal 
enfoque é inconsistente, visto que, em larga escala, a eficácia da empresa depende da sua capacidade 
de resposta às pressões do ambiente externo; por sua vez, a capacidade de resposta é limitada pelas 
condições internas: organizacionais, de sistemas de informação, etc.
3.1. Vantagens competitivas dos sistemas de informação
 O objetivo de se adotar um Sistema de Informação é geralmente ligado a maior controle, 
obtenção de informações de forma mais rápida e para oferecer suporte a tomada de decisão.
45
 Com o uso da tecnologia o trabalho de coordenação tende a tornar-se mais efetivo, em 
razão do aumento da capacidade em coletar, estocar, processar e transferir informações, isto torna 
possível conseguir maior velocidade de comunicação entre as empresas, reduzir o prazo de resposta 
às variações nos ambientes interno e externo e expandir o estoque de conhecimento da empresa. 
 Quando combinadas, todas essas características que são resultado da adoção da tecnologia 
da informação podem ser traduzidas em economia e ganhos de produtividade, isto pode ocorrer 
através da eliminação de etapas administrativas e de controle que não agregam valor.
 Podem ainda propiciar a intensificação da comunicação, facilitar o monitoramento de pro-
cessos e a integração com as atividades dos fornecedores por meio de um fluxo de informações 
permanente e atualizado.
 O uso dos SI´s não é uma tarefa corriqueira, o uso de qualquer tecnologia de forma com-
petitiva é difícil se a empresa não tiver direcionamento estratégico, ou seja, a empresa precisa ter 
rumos definidos para que possa realmente ter algum benefício.
 É importante então o alinhamento estratégico dos SI´s com a empresa e um planejamento 
e determinação de resultados que se quer alcançar com a nova tecnologia.
3.2. A Informação vs Vantagem Competitiva
 Administradores, gerentes, executivos e qualquer outra pessoa envolvida com a gestão de 
uma empresa, seja ela de qualquer porte, conhecem a necessidade e o valor da informação. 
Imagine ter em mãos qual a cotação do dólar daqui a dois dias que seja, identificar qual produto 
possui maior rentabilidade dentro de sua organização, qual custo desnecessário está prejudicando 
a saúde financeira de sua organização, são todas informações possíveis de serem obtidas. É inegável 
que a informação correta permite a otimização do funcionamento de uma empresa.
 Neste sentido, os Sistemas de Informação seriam então uma ferramenta que praticamente 
garantiriam o sucesso empresarial e trariam vantagem competitiva certo? Calma, na prática não é 
bem assim, se fosse tão fácil nenhuma empresa estaria em dificuldades no mercado. Sabemos que 
tudo depende do capital humano para funcionar, os sistemas apresentados no tópico anterior lhe 
46 
trazem informação, a interpretação destas continua a ser feita por um gerente ou executivo.
 Outro fato importante é que nem sempre as informações geradas são confiáveis como 
deveriam, nem todos os processos alimentam os SI´s como precisariam, enfim, existe uma série de 
complicações, portanto, a informação por si só não é uma vantagem competitiva, consideraremos 
que o bom uso dela é que fará a diferença.
 Irei então focar na vantagem competitiva que as ferramentas tecnológicas como os SI´s po-
dem gerar e não na forma como será usada a informação gerada.
3.3. Os Sistemas de Informação nas organizações
 Vamos entender agora um pouco sobre como os SI´s trabalham dentro das organizações, 
para isto podemos visualizar as organizações como sistemas onde são dadas entradas, geralmente 
em forma de matéria-prima, produtos para uso e consumo ou para comercialização. Estas entradas 
são processadas, mesmo no caso da prestação de serviço, já que sempre terá uma entrada, pode ser 
a especificação do que vai ser feito, a documentação do projeto que será desenvolvido ou qualquer 
outra especificação. 
 Após a entrada e o processamento são geradas as saídas que podem ser em forma de pro-
duto acabado, prestação de serviço, revenda de produtos, ou qualquer outro tipo de saída. 
Percebeu que o processo administrativo é composto de pequenos processos que interagem entre 
si? 
 Um processo gera a saída que será entrada de outro processo e assim sucessivamente até 
o término de todo o ciclo. Durante estes processos a empresa utiliza vários tipos de recursos, ma-
teriais, humanos e tecnológicos, cujo processamento irá gerar bens ou serviços que serão ofertados 
no mercado.
 Com o aumento da abrangência dos SI no decorrer dos anos, eles têm evoluído em impor-
tância em relação ao papel que ocupam nas organizações. Os sistemas de hoje afetam diretamente 
o planejamento e as decisões dos gerentes e, em muitos casos, como e quais produtos e serviços 
serão produzidos.
47
 Os SI podem ajudar as companhias a ampliar em alcance de mercados distantes; a ofere-
cerem novos produtos e serviços; reformarem tarefas e fluxos de trabalho e até mesmo mudarem 
profundamente a maneira de conduzir negócios.
 Já a alguns anos a TI vem causando mudanças radicais nas organizações, substituindo regras 
antigas por regras novas através de tecnologias disruptivas. Veja alguns exemplos de regra nova e 
regra antiga:
 
Regra Antiga Regra Nova 
A informação só pode figurar em um 
local de cada vez. 
Com os bancos de dados compartilhados, 
esta regra muda, uma vez que a 
informação pode figurar simultaneamente 
em tantos locais quanto necessários. 
As empresas precisam optar entre a 
centralização e a descentralização. 
Com as redes de comunicação, as 
empresas podem, simultaneamente, 
auferir os benefícios da centralização e da 
descentralização. 
Os gerentes tomam todas as decisões. 
As ferramentas de apoio à decisão (SAD, 
SIG) permitem que a tomada de decisões 
faça parte das tarefas de todos. 
O pessoal de campo precisa de 
escritórios onde possam receber, 
armazenar, consultar e transmitir 
informações. 
Com os computadores portáteis e a 
comunicação de dados sem fio, o pessoal 
de campo pode transmitir e receber 
informações onde quer que esteja. 
Os planos são revistos periodicamente. Com a computação de alto desempenho, os planos são revisados instantaneamente. 
 Os SI junto com as TI podem ter um papel mais ou menos importante para a empresa de 
acordo com o grau de dependência que ela tem com relação à tecnologia. Com base nesta depen-
dência podemos identificar dentro das organizações diversos papéis que ela pode ocupar dentro da 
empresa:
48 
Papel de apoio 
A estratégia empresarialnão é dependente do bom 
funcionamento dos sistemas existentes, enquanto os 
sistemas em desenvolvimento não são críticos para os 
objetivos da empresa. 
Papel de mudanças 
A estratégia empresarial não é dependente do bom 
funcionamento dos sistemas em operação. Entretanto, os 
sistemas em desenvolvimento são vitais para os objetivos 
estratégicos da companhia. 
Papel de manutenção de 
crescimento 
A estratégia empresarial depende, criticamente, do bom 
funcionamento dos sistemas em operação. Entretanto, os 
sistemas em desenvolvimento não são fundamentais para 
a competitividade da empresa. 
Papel estratégico 
A estratégia empresarial depende do bom 
funcionamento tanto dos sistemas em operação como 
dos em desenvolvimento. 
 
Qual o papel você acha que a TI e os SI devem ocupar? 
Uma coisa é fato, se eles forem usados simplesmente para acelerar o modo 
como as coisas são feitas, ou seja, de agilizar a execução das tarefas, mas não 
gerar nenhuma informação adicional que permita ações gerenciais, provavel-
mente as vantagens financeiras serão muito pequenas.
 Pensando então que ela deve fazer mais que isto, ou seja, deve proporcionar mais do que o 
simples fato de automatizar tarefas, veja as principais mudanças que se bem usada a tecnologia deve 
permitir:
 o Eliminar ou amenizar as dificuldades para se entrar em um novo mercado;
 o Dificultar a entrada de novos concorrentes; 
 o Mudar o relacionamento com os fornecedores/compradores;
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 o Reduzir custos;
 o Gerar ou possibilitar a criação de diferencial competitivo;
 o Transformar a cadeia de valor;
 o Criar novas oportunidades de negócios;
 o Embutir informação nos produtos;
 o Adicionar valor, continuamente, aos produtos e serviços da empresa.
 A definição de objetivos, do que se espera alcançar, de como será implementado, o levan-
tamento da estrutura existente e seus pontos falhos, tudo isto é importante para que a tecnologia 
seja usada com sucesso. 
 Os SI´s podem proporcionar mudanças diversas, desde a simples automatização de pro-
cessos até uma profunda alteração na maneira de conduzir os negócios. Cabe à empresa avaliar e 
planejar suas necessidades e expectativas perante o mercado, qual a estratégia a ser adotada e o seu 
papel frente aos objetivos empresariais.
Agora que você conhece mais a respeito das tecnologias aplicadas às organi-
zações e também sobre as vantagens competitivas de se utilizar tais recursos, 
assista o vídeo abaixo, do consultor André Faria, da BlueSoft Labs, falando 
um pouco a respeito da nova dinâmica de negócios através de tecnologias 
disruptivas. Entenda que disruptivo é tudo aquilo que rompe com padrões já 
estabelecidos, trazendo um novo paradigma.
Link para o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=DHYwaKGR9WM
50 
3.4. Sistemas de informação operacionais, táticos e estratégicos
 Vamos retomar agora alguns conceitos vistos na Unidade 1, a respeito da classificação dos 
sistemas de informação. Vimos brevemente alguns exemplos de sistemas utilizados nas empresas e 
em seus vários níveis organizacionais. Neste momento, vamos aprofundar um pouco mais em cada 
um destes tipos de sistemas e suas principais transações.
Si’s
Apoio às 
operações
Processamento 
de transações
Processamento 
de transações 
Controle de 
processos
Controle de 
processos 
industriais
Sistemas 
colaborativos 
Interação entre 
equipes 
Apoio gerencial
Informação 
gerencial
Relatórios 
gerenciais 
Apoio a decisão
Sistemas 
interativos de 
apoio
Informação 
executiva
Informação 
personalizada 
para executiva
3.4.1. Apoio às Operações (Nível operacional)
 Sempre que se fala de Sistemas de Informação se pensa em controle de operações, suporte 
a comunicação em rede pelos equipamentos envolvidos, organização destas transações que são 
registradas nos subsistemas e garantia do funcionamento de todo este conjunto. 
 Os subsistemas de apoio às operações de forma geral têm como função registrar e controlar 
tudo o que acontece na empresa, perceba que não estamos falando aqui de geração de informa-
ção estratégica ou gerencial, mas somente da geração e do armazenamento destas. Geralmente a 
geração de informação estratégica exige processamento adicional e sistemas específicos para esta 
finalidade.
 Vamos agora detalhar cada um dos subsistemas de apoio às operações:
3.4.1.1. Apoio ao processamento de transações
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 Este tipo de sistema é bem básico e trabalha no nível operacional da organização, estes são 
responsáveis pela gravação de todas as transações rotineiras da empresa em um banco de dados.
 o Matrícula de aluno; 
 o Venda de produto;
 o Cadastro de clientes;
 o Ponto dos funcionários; 
 o Cadastro de funcionários.
 Para que este sistema funcione bem, todas as rotinas que serão executadas, como serão 
executadas e o que acontecerá com cada uma das transações, devem ser bem definidas. O geren-
ciamento e acompanhamento de todos estes processos é extremamente importante para garantir 
que tudo esteja correndo bem.
 Dentro deste subsistema existem basicamente 5 categorias funcionais:
 o Vendas/marketing
 o Fabricação/produção
 o Finanças/contabilidade
 o Recursos humanos
 o Outros tipos específicos.
 Qualquer organização, seja ela uma microempresa ou uma grande multinacional, possui 
estes 5 tipos de sistemas de apoio as transações, eles podem ser feitos usando-se o computador 
ou não, mas, de uma forma ou outra, sempre vão existir, o que muda é a forma como é feito e o 
quanto estruturado ele é.
52 
3.4.1.2. Controle de Processos
 Este tipo de sistema não está presente em todas as empresas, mas em quase todas as indús-
trias ele é responsável pelo controle de máquinas e equipamentos industriais ou quaisquer outros 
possíveis.
 Você já deve ter visto indústrias, mesmo que pela TV, em que tudo é feito de forma auto-
matizada, ou até mesmo a produção de algumas peças totalmente através de robôs. Pois bem, estes 
são os sistemas de Controle de Processos.
 Em uma fábrica de vasilhas plásticas, por exemplo, são usadas várias matérias-primas para 
processamento do produto e todas elas são misturadas e dosadas de forma automática na maioria 
dos casos.
Como isto acontece? 
Sensores detectam a quantidade necessária, o quanto misturar, se a tempera-
tura está abaixo do desejado ou não e, automaticamente, vai ajustando o que 
for necessário para que tudo sai conforme a “receita”. Tudo isto está ligado a 
um computador que coordena todas estas atividades já previamente parame-
trizadas por comandos de sistema.
3.4.1.3. Sistemas Colaborativos
 O telefone celular, os ramais e até mesmo o fato de se trabalhar na mesma sala com alguém 
permite a comunicação fácil e rápida, mas, nem sempre ela é a melhor forma.
 Em alguns casos precisamos passar um recado a alguém, comunicar ou agendar uma reunião, 
marcar um compromisso, trocar informações com uma equipe de trabalho e nem sempre isto é 
possível de ser feito naquele momento. 
 Tendo esta necessidade em mente foram criados os sistemas colaborativos. Eles permitem 
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a comunicação online, o agendamento de tarefas, envio de mensagens e outras operações, usando 
apenas o computador e, na maioria dos casos, a internet.
 Todos vocês já usaram alguma destas ferramentas: os softwares de mensagem instantânea, 
e-mail, gerenciadores de tarefas, ambientes virtuais de aprendizagem – como o que usamos aqui em 
nosso curso –, e todos estes são exemplos deste tipo de sistema.
3.4.2. Sistemas de Apoio Gerencial (Nível Tático)
 Os Sistemas de Apoio Gerencial têm como principal intuito gerar informações para os 
gerentes. Ele permite isto gerando informações que auxiliam na tomada de decisões, informações 
estratégicas e qualquer outro tipo de informação que auxilie o trabalho dos gerentes, diretores e a 
qualquer outro interessado. Vejamos os principais:
3.4.2.1. Sistemas

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