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Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade

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Estrutura Conceitual Básica 
da Contabilidade
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.3
2/232
Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade
Autoria: Fabrício Aquino dos Santos
Como citar este documento: AQUINO, Fabricio. Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade. Valinhos: 
2016.
Sumário
Apresentação da Disciplina 04
Unidade 1: Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade 06
Assista a suas aulas 29
Unidade 2: Objetivos das demonstrações contábeis 38
Assista a suas aulas 57
Unidade 3: Usuário da informação contábil 69
Assista a suas aula 82
Unidade 4: Normas contábeis 92
Assista a suas aulas 123
2/232
3/2323
Unidade 5: Características qualitativas da informação e fundamentais 132
Assista a suas aulas 145
Unidade 6: Características qualitativas de melhoria 154
Assista a suas aulas 164
Unidade 7: Pressuposto básico: premissas subjacentes 172
Assista a suas aulas 186
Unidade 8: Elementos das demonstrações contábeis 195
Assista a suas aulas 221
Sumário
Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade
Autoria: Fabrício Aquino dos Santos
Como citar este documento: AQUINO, Fabricio. Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade. Valinhos: 
2016.
4/232
Apresentação da Disciplina
A contabilidade é uma poderosa ferramenta 
de gestão. Em qualquer momento de nossa 
economia, ela apresenta base para infor-
mações financeiras independentemente do 
tamanho da empresa, pois fornece dados 
que auxiliam os gestores nas suas tomadas 
de decisões e corrigem desvios no curso das 
operações das empresas, analisa vantagens 
e desvantagens em investimentos dos mais 
diversos, verifica a saúde financeira da em-
presa, ou seja, sua capacidade de gerar um 
fluxo de caixa positivo, entre outras infor-
mações à gestão.
Com o surgimento de grandes corporações 
e aberturas de economias, muitas empre-
sas expandiram suas fronteiras, integrando 
mercados em níveis globais. Assim, empre-
sas passaram a possuir filiais em diversos 
países. Em 1929, com a quebra da bolsa de 
Nova Iorque, a contabilidade passou a ter 
um novo olhar, visando a uma melhora em 
transparência e confiabilidade das infor-
mações contábeis, portanto, vários órgãos 
de controle e empresas de auditorias, pro-
duzindo, assim, um maior rigor na verifi-
cação e na apresentação das informações 
contábeis.
Mesmo que a contabilidade seja apresenta-
da em números, ela não é uma ciência exa-
ta, mas uma ciência social, interpretando a 
ação humana no patrimônio das empresas.
Todavia, como ela procura explicar a ação 
humana nas empresas, a contabilidade ba-
seia-se em princípios e normas para que as 
informações possam ser coletadas, compi-
ladas, analisadas e apresentadas de modo 
5/232
padronizado com seus princípios. Imagi-
nem uma empresa com diversas unidades 
em vários países, sendo que cada um deles 
possua sua norma e padrão específico de 
normas e princípios contábeis. Teríamos, 
desse modo, uma “torre de babel contábil”.
Esse cenário era realidade até alguns anos 
atrás; cada país adotava suas regras. A con-
tabilidade de uma empresa, por exemplo, 
cuja matriz estava nos EUA e possuía uma 
filial no Brasil, deveria ser feita respeitando 
as regras de cada país e, consequentemente, 
deveria ser convertida para o padrão, natu-
ralmente da matriz.
No ano de 2001, foi criado o IASB – Interna-
tional Accounting Standards Board –, que pu-
blica e atualiza as IFRS – International Finan-
cial Reporting Standards –, visando harmoni-
zar as normas contábeis em escala global e, 
assim, a padronização da contabilidade em 
todo o mundo.
Esta disciplina trata da definição dos prin-
cípios contábeis no Brasil e das normas in-
ternacionais, que aqui em nosso país são 
editadas pelo Comitê de Pronunciamentos 
Contábeis, das demonstrações contábeis 
e os usuários da informação contábil e das 
demonstrações contábeis e seus elemen-
tos, que são alicerces para a construção do 
entendimento da contabilidade.
6/232
Unidade 1
Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade
Objetivos
1. Apresentar os princípios contábeis;
2. Expor as Normas Internacionais de 
contabilidade – CPC;
3. Discorrer sobre os tipos dos órgãos re-
guladores no Brasil.
Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade7/232
Introdução 
No cotidiano, vivemos tomando decisões 
das mais variadas possíveis. São decisões 
que podem ser simples, como, por exemplo, 
tomar um banho ou vestir uma determinada 
roupa, ou podem ser mais complexas: qual 
curso escolher para o futuro, comprar uma 
casa, entre outras. Independentemente do 
tipo de decisão se ela poderá ser classifica-
da como simples ou complexa, ela deverá 
ser tomada baseada em determinadas va-
riáveis e elas devem estar à disposição de 
forma clara e objetiva. Há que se levar em 
consideração quem tomará a decisão; tam-
bém deverá saber ler e interpretar os dados 
disponíveis. 
A contabilidade é uma grande ferramen-
ta para que os gestores possam tomar de-
cisões. A Figura 1 apresenta, simplificada-
mente, a área de atuação de um contador. 
Ela é um grande banco de dados da empre-
sa1, de modo que ela coleta todos os atos e 
fatos administrados ocorridos diariamen-
te e processa estes dados de acordo com 
as suas normas e práticas. Na sequência, é 
possível extrair relatórios para que os usu-
ários das informações possam tomar deci-
sões.
1 Entende-se com o termo empresa todas as entidades de uma 
forma geral, que inclui as sociedades (companhias), socie-
dades limitadas (Ltda.), com fins ou sem fins lucrativos.
Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade8/232
Figura 1 – Área_de_atuação_do_contador
Fonte: Marion (2012), adaptado pelo autor.
A contabilidade traz a linguagem dos negó-
cios, medindo os resultados das empresas, o 
seu desempenho e mostrando as diretrizes 
para a tomada de decisão.
Observamos várias empresas, principal-
mente pequenas empresas e empreende-
dores, que não conseguem perpetuar seus 
negócios por não dar a devida importância 
ou desconhecer as informações geradas 
pela contabilidade, pois certamente pos-
suem recursos financeiros escassos. Portan-
to, a necessidade de informações e também 
a capacidade de as interpretar torna-se in-
dispensável.
A contabilidade é uma ciência social, pois 
ela estuda o comportamento do patrimônio 
das empresas. Mesmo utilizando métodos 
quantitativos, não podemos confundi-las 
com as ciências matemáticas (exata), pois 
ela tem o objeto de ações abstratas inde-
pendente das ações humanas. Na contabili-
dade, as quantidades são medidas dos fatos 
e atos administrativos ocorridos. Portanto, 
a contabilidade carrega em surgimento a 
necessidade de donos dos patrimônios de 
Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade9/232
mensurar e controlar as variações de suas 
riquezas. Assim, podemos confirmar que a 
contabilidade surgiu em função do homem 
que possui um patrimônio e com as infor-
mações contábeis pode conhecer melhor a 
“saúde” econômico-financeira do seu pa-
trimônio e tomar decisões baseadas nelas.
Com o avanço da escola americana e pro-
mulgação da Lei 6.404, de 15 de dezembro 
de 1976, a “Lei das S/A” trouxe para a con-
tabilidade uma primeira padronização das 
informações contábeis.
Porém, a contabilidade no Brasil possuía 
uma característica fortemente inclinada 
para atender as necessidades do governo 
com fins tributários. Inicialmente, os conta-
dores preocupavam em montar as informa-
ções contábeis de forma que fossem ade-
quadas a estas exigências, muitas vezes em 
detrimento às informações mais adequadas 
para a tomada de decisão.
Com o esforço de convergênciadas nor-
mas internacionais de contabilidade e com 
a criação do IASB, considerado o principal 
organismo que emite Normas Contábeis 
Internacionais, foi criado no ano de 2005 o 
Comitê de Pronunciamento Contábeis, com 
o objetivo de integrar o Brasil ao padrão 
contábil internacional, e em janeiro de 2008 
divulgou-se a aprovação da sua estrutura 
conceitual da Contabilidade, totalmente 
convergente com as Normas Internacionais 
do IASB.
Decorrente desse esforço, ocorreram im-
portantes alterações na regulamentação 
contábil no país, como, por exemplo, em 
Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade10/232
dezembro de 2007, a Lei nº 11.638/07, en-
trando em vigor logo em 1º de janeiro de 
2008.
Essa nova legislação trouxe grandes mu-
danças, gerando, assim, muitas dúvidas 
quanto aos novos formatos para o trata-
mento das informações contábeis com re-
lação às questões tributárias. Desse modo, 
em 3 de dezembro de 2008, o Presidente 
da República, com o pedido do Ministério 
da Fazenda, sancionou a Medida Provisória 
nº 449/08, com o objetivo de “neutralizar 
os impactos dos novos métodos e critérios 
contábeis introduzidos pela Lei 11.638/07, 
na apuração das bases de cálculos de tribu-
tos federais”, diminuindo, assim, as ques-
tões jurídicas dos contribuintes em função 
da publicação da nova norma.
Assim, a MP nº 449/08 criou o Regime Tran-
sitório de Tributação (RTT), em que as em-
presas tributadas, com base no Lucro Pre-
sumido ou no Lucro Real, poderiam escolher 
se desejam, ou não, optar pelo RTT nos anos 
de 2008 e 2009. Nesse passo, a referida MP, 
após análise pelo congresso, foi convertida 
na Lei nº 11.941/09, determinando no ano 
de 2010 que as empresas optantes pelo re-
gime tributário, chamado de Lucro Presu-
mido e Lucro Real, estão obrigadas a adotar 
o RTT, pois, a partir desse ano, a Comissão 
de Valores Mobiliários, o Banco Central do 
Brasil, a Receita Federal, além de outras en-
tidades, por força da lei, assumiriam a con-
vergência final para as Normas Internacio-
nais de Contabilidade.
Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade11/232
Portanto, todas as empresas deverão estar a 
partir de 2010 dentro dos critérios e regras 
estabelecidas pelas normas vigentes, além 
de acatarem as resoluções do Conselho Fe-
deral de Contabilidade. Assim, a contabili-
dade no Brasil deixou de ser elaborada com 
grande tendência tributarista, passando 
a traduzir o cenário de negócios, trazendo 
para as informações contábeis um caráter 
estratégico para as empresas na sua toma-
da de decisão.
Link
Lei nº 6.404/76. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404consol.
htm>. Acesso em: 10 dez. 2016. Lei nº 11.638/07. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.
htm>. Acesso em: 10 dez. 2016. Lei nº 11.941/09. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11941.
htm>. Acesso em: 10 dez. 2016.
Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade12/232
1. Os Princípios Fundamentais 
de Contabilidade - Conceito
A contabilidade, como ferramenta para 
decisão, requer que as informações sejam 
apresentadas com uniformidade e os Princí-
pios Fundamentais de Contabilidade são os 
conceitos básicos que compõem os alicer-
ces necessários para guiar a coleta e apre-
sentação das informações contábeis.
Convém, a partir deste momento, separar-
mos adequadamente os Princípios Funda-
mentais de Contabilidade com o Objetivo 
ou Objeto da Contabilidade:
• Objetivo da contabilidade é informar 
o usuário;
• Objeto da contabilidade é analisar e 
controlar o patrimônio das empresas.
Portanto, os princípios são a forma, o meio 
e a estrutura de que a Contabilidade se uti-
liza para atingir seus objetivos ou entender 
o que vem sendo praticado de forma har-
monizada e padronizada nas mais diversas 
empresas.
Os notáveis professores Sérgio de Iudíci-
bus, José Carlos Marion e Ana Cristina Faria 
(2009) nos apresenta de forma didática a 
diferença entre princípios versus objetivos:
Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade13/232
Os princípios são como as grandes placas de direção e atenção de uma ro-
dovia moderna. O objetivo é o lugar ou cidade onde pretendemos chegar. 
Eventualmente, mas com muito maior possibilidade de erro, poderíamos 
chegar quase sem sinalização. Os Princípios Fundamentes, na Contabilida-
de, exercem a mesma função. São “guias” de direção que, devidamente ob-
servados, vão nos levar aos objetivos desejados, sem grandes problemas, 
sem desvio de rota, sem entrar na variante ou rodovia errada e, às vezes, 
quando a cidade (objetivo) é grande demais (objetivos complexos) vão nos 
ajudar a acessar o lado certo da cidade: Cento, Zona Sul, Zona Norte, etc. 
(Iudícibus; Marion; FARIA, 2009, p. 150).
Os notáveis professores colocam também “que toda Contabilidade nada mais é do que um gigan-
tesco painel de indicadores [...]”. Essa afirmação é totalmente coerente, visto que a contabilidade 
coleta, registra, expõe em relatórios toda a movimentação dos atos e fatos administrativos da 
empresa. Assim, a contabilidade, apresentando todas as ocorrências da empresa, traz aos gesto-
res informações para uma tomada de decisão baseada em indicadores socioeconômicos.
Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade14/232
2. Órgãos Reguladores
O início da emissão de pronunciamen-
tos sobre Princípios de Contabilidade para 
orientação da prática dos contadores teve 
seu início nos EUA, na década de 1930, logo 
após a quebra da Bolsa de Nova Iorque. Fica-
ram conhecidos como Princípios Contábeis 
Geralmente Aceitos (PCGAS), mas, dentro 
das empresas multinacionais de capital ori-
ginal norte-americano, ficaram conhecidos 
como “GAAPs”. Podemos verificar que, a 
partir desse fato ocorrido, já havia a preo-
cupação de uma uniformização de princí-
pios para guiar a contabilidade.
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Contado-
res (IBRACON) teve uma participação fun-
damental no início da normatização dos 
princípios contábeis em nosso país. A con-
tribuição foi feita através da circular 179/72 
do Banco Central do Brasil e o IBRACON 
continuou com seus esforços emitindo pro-
nunciamentos, chegando até o ano de 1986 
com a publicação de um trabalho intitulado 
“Estrutura Conceitual Básica da Contabili-
dade”, baseado nos PCGAs.
No ano de 1981, o Conselho Federal de Con-
tabilidade, através da resolução nº 530, se 
pronunciou sobre os princípios contábeis. 
Na sequência, o CFC publicou a Resolução 
nº 750 de 29-12-93, que define os Princí-
pios Fundamentais de Contabilidade (PFC), 
sendo que a observação na prática contábil 
é obrigatória.
Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade15/232
3. Princípios, Postulados e Convenções
A compreensão dos princípios, postulados e convenções pode ser sintetizada a partir da ilustra-
ção “edifício contábil”, conforme mostra a figura a seguir:
Figura 2 – O edifício contábil
Fonte: Iudícibus e Marion (2009). Adaptado pelo autor.
Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade16/232
Com relação à entidade, esse postulado é 
uma das bases importantes dos Princípios 
da Contabilidade, determinando que a con-
tabilidade existe, é mantida e produz suas 
avaliações e demonstrações relativas às 
empresas de qualquer natureza e fim, desde 
que tenham exercida atividade econômica. 
Os sócios ou quotistas de uma determina-
da empresa podem ser considerados tam-
bém como uma empresa, possuindodistin-
tamente seus patrimônios. Dessa forma, o 
princípio da entidade determina que não 
devem ser confundidos os patrimônios de 
ambas as empresas; elas são entidades dis-
tintas e para cada uma deverá existir uma 
contabilidade.
Com relação à Continuidade, esse é um con-
ceito de ambiente, pois a empresa é criada 
para atuar nas formas usuais de comércio 
por um período relativamente longo. No fu-
turo da vida da empresa, somente é abolida 
a continuidade quando há um histórico de 
prejuízos persistentes, com uma perda de 
substância econômica e de competitivida-
de de mercado ou mesmo com o fim jurídico 
da empresa, em que a contabilidade sinali-
ze para que aquela empresa esteja prestes a 
uma descontinuidade.
O Custo Histórico, também conhecido por 
Custo Histórico com Base no Valor, determi-
na que os elementos que compõem um pa-
trimônio de uma empresa devem ser regis-
trados na data correta de aquisição, inde-
pendentemente da sua data de pagamen-
to, e pelo valor de aquisição ou fabricação, 
expresso em moedas nacionais. Além disso, 
Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade17/232
ele também determina que o valor do objeto 
em questão é o valor efetivamente pago por 
ele.
Nesse princípio, podem ocorrer algumas di-
ficuldades para a sua aplicação. Uma delas é 
a inflação, em que o preço do produto varia 
ao longo do tempo, inclusive entre a data de 
aquisição e o seu pagamento efetivo. Outro 
problema é em relação ao custo do produto, 
principalmente quando falamos de aquisi-
ção de Ativo Imobilizado, pois, quando se 
fala em valor pago por ele, há a inclusão de 
todos os gastos para colocar o bem em con-
dições de uso, como, por exemplo, seguros 
pagos, fretes de transporte incorridos, pre-
paração do local de instalação deste bem 
etc.
O Denominador Comum Monetário deter-
mina que a contabilidade seja processada 
na mesma moeda corrente do país. Portan-
to, quando tratamos de eventos como im-
portação ou exportações, os pagamentos 
ou recebimento, mesmo que operacionali-
zado em moeda diferente do país, devem ser 
convertidos e registrados na moeda nacio-
nal. Também quando consolidamos a con-
tabilidade de uma filial de outro país, há que 
se efetivar a conversão entre as moedas.
A receita é reconhecida no período contábil 
em que foi gerada, ou seja, quando os bens 
ou serviços são transferidos aos comprado-
res em troca de dinheiro, à vista ou a prazo, 
ou por permuta.
A empresa existe com um objetivo de obter 
lucro. Para tanto, é necessário que ela gere 
Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade18/232
receita. Porém, para que ela gere a receita, 
necessitará gerar gastos que consumirão 
seus ativos. A partir daí, temos o fato ge-
rador da despesa. Dessa forma, podemos 
consumir ativos pagos no mesmo período 
ou adquiridos em períodos anteriores, sen-
do que a contabilidade deverá registrar esse 
sacrifício juntamente com o período ocorri-
do com a receita. Vale destacar que existem 
despesas que ocorrem de forma recorrente 
independentemente da geração de receita, 
por exemplo, pagamento de aluguel. Mes-
mo não ocorrendo uma receita, a empresa 
deverá pagá-lo nos períodos contratuais.
Em termos do registro de uma transação 
comercial, a contabilidade deverá observar 
sua forma legal e também a sua essência 
econômica. Entretanto, quando a forma le-
gal não for clara, a essência econômica da 
transação deve prevalecer sobre a forma.
O contador deverá escolher, entre vários 
procedimentos existentes, o mais adequado 
e objetivo possível para descrever e registrar 
um evento contábil. Os registros contábeis 
deverão ter suporte, sempre que possível, 
em documentação gerada nas transações 
ou evidência que possibilite o registro, mas, 
principalmente, a avaliação. O contador po-
derá basear-se por meio de laudos elabora-
dos por peritos, documentos fiscais, extra-
tos bancários, contratos, entre outros.
A materialidade poderá ser analisada pelo 
viés “custo versus benefício”. Existem infor-
mações contábeis nas quais o custo para 
poder evidenciá-las, como tempo de tra-
balho do pessoal da contabilidade, material 
Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade19/232
etc., é superior ao benefício que a informa-
ção trará ao usuário da informação. Muitas 
vezes, os esforços para encontrar uma pe-
quena diferença, que não é recorrente nos 
relatórios contábeis, por exemplo, não trará 
benefício para entendimento de uma deter-
minada operação.
Na convenção Consistência ou Uniformida-
de, determina-se que, uma vez adotado um 
critério contábil, dentro dos mais variados e 
igualmente relevantes, esse não deverá so-
frer mudanças de um ano para outro, pois, 
desse modo, a informação contábil poderá 
ser comparada.
O contador deverá ser conservador (pru-
dente) em sempre antecipar prejuízo e nun-
ca antecipar lucro. Assim, ele garante para 
o gestor tomador de decisão que as infor-
mações não terão um excessivo otimismo. 
Quando o contador estiver em dúvida sobre 
um determinado valor de uma obrigação, 
ele deverá assumir a prudência de registrar 
sempre o maior valor para ela. Em contra-
partida a essa, ele também deverá registar o 
menor valor para os bens e direitos, no caso 
de incerteza de determinar os valores exa-
tos para estes .
Para saber mais
Alguns termos contábeis são corriqueiros numa 
empresa. Fica como sugestão a leitura de um 
glossário. Disponível em: <http://www.por-
taldecontabilidade.com.br/glossario.htm>. 
Acesso em: 10 dez. 2016.
Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade20/232
4. Normas Internacionais de 
Contabilidade
Com a globalização das economias mun-
diais, as fronteiras para empresas foram 
derrubadas. Investidores de qualquer parte 
do globo podem investir em uma empresa 
fora de seu local de origem. Desse modo, a 
contabilidade precisou adequar-se a esse 
novo cenário. Os esforços do IASB trazem 
para esses investidores segurança de análi-
se e interpretações da informação contábil. 
Com isso, um investidor da França poderá 
analisar as informações contábeis de uma 
empresa brasileira e seu entendimento da 
contabilidade será o mesmo praticado pe-
las empresas francesas.
No Brasil, o órgão responsável pela as con-
vergências das normas internacionais é o 
CPC, que foi concebido pela união das en-
tidades ABRASCA, APIMEC NACIONAL, BO-
VESPA, Conselho Federal de Contabilidade, 
FIPECAFI e IBRACON.
Para saber mais
A APIMEC é uma instituição que representa os 
profissionais do mercado de capitais e certifica 
os analistas de investimento. Outras informa-
ções podem ser obtidas no site. Disponível em: 
<http://www.apimec.com.br>. Acesso em: 10 
dez. 2016.
Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade21/232
Segundo as informações no site do CPC, a união desses órgãos foi em função das necessidades de:
• Convergência internacional das normas contábeis (redução de custo 
na elaboração de relatórios contábeis, redução de riscos e custo nas 
análises e decisões, redução de custo de capital);
• Centralização na emissão de normas dessa natureza (no Brasil, diversas 
entidades o fazem);
• Representação e processos democráticos na produção dessas infor-
mações (produtores da informação contábil, auditor, usuário, interme-
diário, academia, governo) (CPC, s.d).
Link
Os sites dessas entidades estão disponíveis em: CPC – <http://www.cpc.org.br/CPC/; ABRASCA – 
http://www.abrasca.org.br>; BOVESPA – <http://www.bmfbovespa.com.br>; CFC – <http://cfc.
org.br>; FIPECAFI – <http://www.fipecafi.org>; IBRACON – <http://www.ibracon.com.br>. Acesso 
em:10 dez. 2016.
Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade22/232
Criado pela Resolução CFC nº 1.055/05, o CPC tem como objetivo:
o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre pro-
cedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natu-
reza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasilei-
ra, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, 
levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos 
padrões internacionais (CPC, s.d.).
Atualmente, os principais países já estão convergidos para as normas internacionais IFRS, como 
demonstra a Figura 3.
Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade23/232
Figura 3 – Países que adotam o IFRS
Fonte: Pesquisa PricewatherhouseCoopers (2008).
Atualmente, o CPC já produziu e editou 46 pronunciamentos mais o CPC PME.
Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade24/232
Para saber mais
Os CPCs estão disponíveis para download. Dis-
ponível em: <http://www.cpc.org.br/CPC/
Documentos-Emitidos/Pronunciamentos>. 
Acesso em: 10 dez. 2016.
Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade25/232
Glossário
Contabilidade: ciência social que tem como o principal objetivo estudar o patrimônio de uma 
empresa, que é constituído por todos os seus bens, direitos e obrigações para com terceiros.
IFRS: as normas internacionais de contabilidade que em inglês International Accounting Stan-
dard, IAS, hoje conhecidas como International Financial Reporting Standards, IFRS, traduzidas 
para o português brasileiro como “Normas Internacionais de Relatório Financeiro”, são um con-
junto de normas internacionais publicado e revisado pelo International Accounting Standards 
Board (IASB). No Brasil, o responsável pelos os pronunciamentos contábeis harmonizados com 
as IFRS é o CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis.
CPC PME: o Pronunciamento Técnico PME Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas 
(Contabilidade para PMEs) é apresentado nas Seções de 1 a 35. Correlação às Normas Interna-
cionais de Contabilidade – The International Financial Reporting Standard for Small and Medium-
-sized Entities (IFRS for SMEs).
Questão
reflexão
?
para
26/232
A contabilidade é uma poderosa ferramenta para os 
gestores na tomada de decisões. Entretanto, é neces-
sário que o gestor utilize e compreenda as informações 
contábeis, a fim de evitar a mortalidade de empresas. 
Pesquise junto às associações comerciais, Sebrae ou na 
Federação Nacional das Indústrias, e informe-se sobre o 
índice de empresas que não sobrevivem após cinco anos 
da sua fundação.
27/232
Considerações Finais
• A contabilidade é uma ferramenta poderosa para tomada de decisão;
• Há uma necessidade de harmonização da informação contábil, a qual pode 
ser realizada pelos Princípios Fundamentais de Contabilidade;
• O objetivo da contabilidade é coletar as informações, registrá-las e apresen-
tá-las em relatório para o usuário da informação contábil utilizá-las no pro-
cesso de decisão;
• Os principais países do globo já adotam as normas internacionais de conta-
bilidade.
Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade28/232
Referências
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Estrutura do comitê. Disponível em: <http://www.
cpc.org.br/CPC/CPC/Conheca-CPC>. Acesso em: 16 out. 2016.
IUDÍCUBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos; FARIA, Ana Cristina de. Introdução à Teoria da Con-
tabilidade. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 16. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
29/232
Assista a suas aulas
Aula 1 - Tema: Definição dos Princípios Contá-
beis no Brasil e as Normas. Bloco I
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f-
1d/269bf1a1292398a5a4408202a6a00bce>.
Aula 1 - Tema: Definição dos Princípios Contá-
beis no Brasil e as Normas. Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f-
1d/466e63355e946d8e8ce5dd28f3d46ae9>.
30/232
1. A contabilidade é uma poderosa ferramenta para tomada de decisão, per-
mitindo que o gestor, ao aplicar a correta compreensão das informações 
contábeis, poderá administrar com grande chance de sucesso as empresas.
Com base nessa informação, assinale a alternativa INCORRETA.
a) O objetivo da contabilidade é coletar e registrar dados, bem como criar relatórios para os 
usuários com as informações contábeis a fim de que os mesmos possam tomar decisões.
b) A contabilidade é uma ciência social que procura estudar o patrimônio das empresas, ou 
seja, busca registrar e analisar a interferência humana nas transações comerciais das em-
presas.
c) A contabilidade traz informações econômicas e financeiras, mostrando o desempenho, per-
mitindo que os gestores possam tomar diretrizes, ou tomar suas decisões pautadas em da-
dos reais situacionais das empresas em determinado momento.
Questão 1
31/232
Questão 1
d) A partir da depressão econômica mundial ocorrida após a quebra da bolsa de Nova Iorque, a 
contabilidade vem sofrendo várias mudanças, com o objetivo sempre de melhoria na trans-
parência das informações contábeis.
e) No Brasil, mesmo com as grandes mudanças ocorridas com a Lei nº 11.638 de 2007 e com 
a criação do Comitê de Pronunciamento Contábil, ainda sim temos uma Contabilidade ba-
seada apenas para satisfazer às necessidades tributárias, em especial a Receita Federal do 
Brasil.
32/232
2. Assinale a alternativa que apresenta quais são os Postulados Contábeis.
a) Entidade e Descontinuidade.
b) IFRS e CPC.
c) Entidade, Continuidade.
d) Conservadorismo e Objetividade.
e) Custo Histórico e Entidade.
Questão 2
33/232
3. Assinale a opção que identifica quais são as Convenções Contábeis.
a) Objetividade, Consistência, Prudência e Materialidade.
b) Entidade Contábil, Descontinuidade e Princípios Contábeis.
c) Objetividade, Essência sobre a Forma e Consistência.
d) Objetividade, Materialidade, Consistência, Conservadorismo e Denominador Comum Mone-
tário.
e) Objetividade, Materialidade, Consistência, Conservadorismo e Relevância.
Questão 3
34/232
4. Assinale a alternativa que contempla quais são os princípios contábeis.
a) Entidade, Continuidade, Objetividade, CPC e IFRS.
b) Custo Histórico, Denominador Comum Monetário, Realização da Receita, Confrontação da 
Despesa e Essência sobre a Forma.
c) Custo Histórico, Denominador Comum Monetário, Realização da Receita, Confrontação da 
Despesa e Conservadorismo.
d) Custo Histórico, Denominador Comum Monetário, Realização da Receita, Confrontação da 
Despesa e Continuidade.
e) Custo Histórico, Materialismo, Realização da Receita, Confrontação da Despesa e Essência 
sobre a Forma.
Questão 4
35/232
5. Assinale a alternativa que menciona os principais órgãos internacional 
e nacional, respectivamente, que tratam de pronunciamentos contábeis.
a) IFRS, IAC.
b) IBRACON, CFC.
c) CFC, CVM.
d) IASB, IFRS.
e) IASB, CPC.
Questão 5
36/232
Gabarito
1. Resposta: E.
Após a criação de novas leis, em especial a 
Lei nº 11.638/07, e a criação do CPC, que é 
responsável por fazer os pronunciamentos 
das normas contábeis em harmonia com as 
IFRS, o Brasil permitiu que as empresas dei-
xassem de manter uma contabilidade volta-
da fortemente para fins tributários.
2. Resposta: C.
Os Postulados da Entidade e Continuidade 
são os “alicerces” dos Princípios Fundamen-
tais da Contabilidade.
3. Resposta: A.
AsConvenções contábeis são: Objetividade, 
Consistência, Prudência (ou Conservadoris-
mo) e Materialidade.
4. Resposta: B.
Os princípios contábeis são: Custo Históri-
co, Denominador Comum Monetário, Reali-
zação da Receita, Confrontação da Despesa 
e Essência sobre a Forma.
5. Resposta: E.
IASB International Accounting Standards Bo-
ard. No Brasil, o CPC Comitê de Pronuncia-
mentos Contábeis é o órgão responsável 
37/232
Gabarito
pelas normas brasileiras de forma harmoni-
zada com as IFRS.
38/232
Unidade 2
Objetivos das demonstrações contábeis
Objetivos
1. Apresentar as principais demonstra-
ções contábeis;
2. Discorrer sobre a obrigatoriedade de 
elaboração;
3. Aplicar as demonstrações contábeis.
Unidade 2 • Objetivos das demonstrações contábeis39/232
Introdução
As demonstrações contábeis ou demons-
trações financeiras são os produtos finais da 
contabilidade através das quais os gestores 
tomam as decisões. Portanto, é importan-
te que se entenda o que cada uma das de-
monstrações tem a mostrar para uma cor-
reta e eficiente leitura da informação conti-
da nos relatórios.
Através das demonstrações financeiras, 
podemos analisar a situação atual da em-
presa, comparar cenários passados com o 
momento atual e projetar o futuro. Desse 
modo, é importante que tenhamos como 
premissa a padronização e a harmonização 
dos padrões de contabilização dos eventos, 
para que nossos relatórios possam expres-
sar em qualquer época o mesmo padrão de 
informação, garantindo, assim, uma melhor 
leitura dos econômicos financeiros apre-
sentados.
A Lei nº 11.638/07, devido à sua relação 
com as Demonstrações Financeiras, intro-
duziu profundas mudanças na Lei das So-
ciedades das Ações e também sobre o mer-
cado de capitais.
O Professor Eliseu Martins, que é um dos 
membros do CPC e autor de várias obras 
ligadas ao estudo das Ciências Contábeis, 
trouxe em uma de suas entrevistas a se-
guinte mensagem:
Unidade 2 • Objetivos das demonstrações contábeis40/232
O principal objetivo da mudança é transformar a contabilidade usada no 
Brasil. Hoje, essa Contabilidade é registrada pelo Custo Histórico. Com a 
mudança, a Contabilidade vai priorizar o Valor Justo, ou seja, demonstrar 
a posição patrimonial da empresa a um valor mais próximo ao de mercado 
(FERREIRA; MEDEIROS, 2008 apud TIBÚRCIO, s.d.).
Com essa mudança, foram criadas novas demonstrações: Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) 
e a Demonstração do Valor Adicionado (DVA), e, ainda, eliminou a obrigatoriedade da apresen-
tação da Demonstração das Origens e Aplicações dos Recursos (DOAR). A seguir, é apresentado 
um quadro comparativo das demonstrações financeiras antes e após a Lei 11.638/07.
Unidade 2 • Objetivos das demonstrações contábeis41/232
Quadro 1 – Quadro comparativo das demonstrações financeiras antes e após a Lei 11.638/07
Fonte: Elaborado pelo autor.
O Balanço Patrimonial é um dos principais relatórios de posição, pois contempla os saldos das 
contas de uma empresa após todos os lançamentos realizados. Ele é como uma fotografia da 
posição econômica da empresa em um determinado momento do tempo.
Mesmo o Balanço Patrimonial sendo uma peça fundamental, devemos levar em consideração o 
fato de possuirmos uma hierarquia, que podemos explicar de uma forma resumida e apresenta-
da na Figura 4.
Unidade 2 • Objetivos das demonstrações contábeis42/232
Figura 4 – Hierarquia das demonstrações.
Fonte: IUDÍCIBUS et al. (2009, p. 85).
Nessa hierarquia, os Princípios e Fundamen-
tos são os que normatizam e padronizam a 
contabilidade para que o processamento 
contábil, que nada mais é do que os regis-
tros das informações das transações, seja 
feito de forma padronizada. Na apresenta-
ção dos relatórios, nós temos os Relatórios 
de Posição, em destaque o Balanço Patri-
monial, os Relatórios de Fluxos, nos quais 
teremos a Demonstração do Resultado do 
Exercício que demonstra as Receitas e Des-
pesas de um determinado período. Também 
podemos citar a Demonstração de Fluxo de 
Caixa, que, com a nova Lei nº 11.638/07, 
ganha cada vez mais evidência devido à sua 
grande utilização pelos organismos inter-
nacionais. Por fim, os Relatórios de Compa-
ração, conhecidos também como Situações 
Especiais, pertencem mais ao campo da 
contabilidade gerencial.
Os gestores também devem levar em con-
sideração, para análise das demonstrações 
Unidade 2 • Objetivos das demonstrações contábeis43/232
financeiras, um profundo conhecimento 
das operações da empresa. Conhecer mui-
to bem as atividades dela se faz necessá-
rio para a compreensão e julgamento das 
informações apresentadas nas demons-
trações. Eles também deverão conhecer o 
mercado na qual a empresa está inserida, 
se existem uma sazonalidade, crises, pro-
blemas logísticos, entre outros. Para melhor 
exemplificar, vamos imaginar uma empresa 
que produz sorvete. Obviamente que o perí-
odo maior de consumo do produto é o verão. 
Portanto, é normal, ao analisar as demons-
trações dos períodos anteriores da época de 
pico de venda, verificar uma movimentação 
diferente na apresentação dos saldos ou 
fluxos desse período. Consequentemente, 
teremos um outro cenário no momento de 
pico. Portanto, nesse exemplo o gestor po-
derá tomar uma série de decisões diferen-
tes conforme o período analisado, poden-
do prever demandas altas e gerando mais 
entrada de caixa, programar suas compras 
e, ainda, verificar a necessidade de caixa 
para a empresa passar o período de menor 
venda.
Link
Consulte o CPC 26 R1, que traz as informações 
quanto à apresentação das Demonstrações Con-
tábeis. Disponível em: <http://www.cpc.org.
br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronuncia-
mentos/Pronunciamento?Id=57>. Acesso em: 
10 dez. 2016.
Unidade 2 • Objetivos das demonstrações contábeis44/232
1. Balanço Patrimonial
A demonstração financeira Balanço Pa-
trimonial (BP), como já mencionado ante-
riormente, é um relatório extremante im-
portante. A partir dele, é possível extrair 
diversos indicadores e, inclusive, ele é base 
para a elaboração de outras demonstra-
ções financeiras, como a Demonstração de 
Fluxo de Caixa. Sua função é apresentar os 
saldos das contas contábeis de forma quali 
e quantitativa, ou seja, ele possui agrupa-
mentos de contas por natureza e estas con-
tas apresentam saldos monetários. A Figura 
5 apresenta a estrutura básica de um balan-
ço patrimonial.
Figura 5 – Estrutura básica do Balanço Patrimonial
Fonte: Elaborada pelo autor.
Na figura anterior, verificamos que o BP re-
gistra as contas por suas naturezas, tais 
como Bens, Diretos e Obrigações (exigíveis 
e não exigíveis). Mas o balanço é apresenta-
do dentro de uma estrutura mais detalhada, 
conforme mostra a Figura 6.
Unidade 2 • Objetivos das demonstrações contábeis45/232
Figura 6 – Estrutura do Balanço Patrimonial com grupo de contas.
Fonte: Elaborada pelo autor.
Unidade 2 • Objetivos das demonstrações contábeis46/232
2. Demonstração do Resultado 
do Exercício
A Demonstração do Resultado Exercício 
(DRE), juntamente com o Balanço, é um rela-
tório-chave para a contabilidade, que tam-
bém serve de base para outras Demonstra-
ções Financeiras.
A DRE é apresentada de forma dedutiva na 
vertical, ou seja, iniciamos inserindo as Re-
ceitas e subtraímos na sequência os Custos 
e as Despesas. A Figura 7 apresenta um mo-
delo resumido de DRE.
Figura 7 – Modelo resumido DRE.
Fonte: Elaborada pelo autor.
Unidade 2 • Objetivos das demonstrações contábeis47/232
3. Demonstração dos Fluxos de 
Caixa
A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) 
traz para os gestores a informação em ter-
mos da capacidade das empresas gerarem 
caixa ou equivalentes de caixa, mostrando 
também como foram utilizados estes fluxos 
de caixa dentro da empresa,demonstrando 
as entradas e saídas de recursos financeiros.
A DFC poderá ser apresentada pelo mét-
odo direto ou indireto. O segundo método 
é o mais utilizado, pois permite um mel-
hor detalhamento, sempre comparando a 
variação de um ano para outro. Ambos pos-
suem a mesma estrutura, porém o método 
direto divulga as principais classes dos re-
cebimentos de caixas brutos e também dos 
pagamentos de caixa brutos. Já o método 
indireto parte do Lucro Líquido ou Prejuízo, 
obtido na DRE, e trata todas as transações 
que afetam o caixa ou equivalentes de caixa.
Para visualizar a DFC, apresentamos, no 
Quadro 2, um modelo amplamente sugeri-
do pelo método indireto.
Unidade 2 • Objetivos das demonstrações contábeis48/232
Unidade 2 • Objetivos das demonstrações contábeis49/232
Quadro 2 – Modelo DFC indireta 
Fonte: Elaborado pelo autor.
Unidade 2 • Objetivos das demonstrações contábeis50/232
Para saber mais
Equivalentes de caixa, de acordo com o CPC 03: equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto 
prazo, de alta liquidez, prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e que estão sujeitos a 
um insignificante risco de mudança de valor.
Os equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade de atender a compromissos de caixa de curto 
prazo e não para investimento ou outros propósitos. Para que um investimento seja qualificado como 
equivalente de caixa, ele precisa ter conversibilidade imediata em montante conhecido de caixa e estar 
sujeito a um insignificante risco de mudança de valor. Portanto, um investimento normalmente qualifica-
-se como equivalente de caixa somente quando tem vencimento de curto prazo, por exemplo, três meses 
ou menos, a contar da data da aquisição. Os investimentos em instrumentos patrimoniais (de Patrimônio 
Líquido) não estão contemplados no conceito de equivalentes de caixa, a menos que eles sejam, subs-
tancialmente, equivalentes de caixa, como, por exemplo, no caso de ações preferenciais resgatáveis que 
tenham prazo definido de resgate e cujo prazo atenda à definição de curto prazo.
Unidade 2 • Objetivos das demonstrações contábeis51/232
4. Demonstração de Lucros ou 
Prejuízos Acumulados
A Demonstração de Lucros ou Prejuízos 
Acumulados (DLPA) traz como informação 
a conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados. 
Link
Sugerem-se o estudo de três vídeos a respeito da 
Demonstração de Fluxo de caixa elaborados pela 
Oficina técnica Conselho Regional de Contabi-
lidade-SP. Disponível em: <https://www.you-
tube.com/watch?v=GFttsOOd6v0>; <ht-
tps://www.youtube.com/watch?v=I8i1wA-
Qy_58>; <https://www.youtube.com/wat-
ch?v=Fcr3a-XcRaA>. Acesso em: 10 dez. 2016.
Portanto, o seu desdobramento fica restrito 
a uma única conta do Patrimônio Líquido.
Devido a esse fator, as Companhias elabo-
ram, em lugar da DLPA, a Demonstração das 
Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), 
que aborda todas as contas do PL, inclusive 
a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados. A 
DMPL, portanto, possui a DLPA “dentro dela”. 
Desse modo, torna uma demonstração com-
pleta e aceita pelas normas contábeis.
Para saber mais
A DMPL é uma demonstração contábil importan-
te, pois, além das finalidades inerentes, esta tam-
bém é utilizada para o entendimento e elabora-
ção da DFC pelo método indireto.
Unidade 2 • Objetivos das demonstrações contábeis52/232
A DMPL é apresentada trazendo os aumen-
tos e a diminuição (variação) das contas que 
compõem o PL, principalmente demon-
strando a utilização e a composição das 
reservas, inclusive do Lucro.
A DMPL demonstra o “estilo” da empre-
sa, pois, como ela traz as movimentações 
das contas PL, podemos, através desse 
relatório, entender como funcionam na em-
presa os aumentos de capital, pagamento 
de dividendos, constituição de reservas e a 
sua utilização. Nesse caso, por exemplo, um 
investidor, disposto a colocar seus recursos 
em uma determinada empresa, poderá en-
tender na DMPL alguns tipos de transação, 
observando o comportamento da empresa 
quanto ao tratamento dado ao Lucro.
Para saber mais
Além das Demonstrações Contábeis que estuda-
mos, as Notas Explicativas também fazem parte 
das informações contábeis obrigatórias para a 
divulgação das informações contábeis das em-
presas. Elas têm como objetivo complementar as 
informações contábeis, melhorando o entendi-
mento da situação patrimonial da empresa.
Unidade 2 • Objetivos das demonstrações contábeis53/232
Glossário
BP: Balanço Patrimonial (Demonstração Contábil).
DRE: Demonstração do Resultado do Exercício (Demonstração Contábil).
DFC: Demonstração de Fluxo de Caixa (Demonstração Contábil).
DLPA: Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados.
DMPL: Demonstração da Mutação do Patrimônio.
Questão
reflexão
?
para
54/232
As Demonstrações Contábeis são os relatórios finais 
da contabilidade com informações sobre as empresas. 
Acesse o site de grandes empresas e pesquise os relató-
rios disponíveis aos investidores e verifique as Demons-
trações Contábeis disponibilizadas gratuitamente.
55/232
Considerações Finais
• A hierarquia para as das Demonstrações Contábeis corresponde a: 
Princípios e Fundamentos  Processamento das Informações Contá-
beis  Apresentações dos Relatórios;
• Os tipos de Demonstrações Contábeis são divididos em Relatórios de 
Posição (BP), Relatórios de Fluxos (DRE e DFC) e Relatórios de Compa-
ração (contabilidade gerencial);
• O BP e a DRE são os relatórios-bases para a construção dos demais 
relatórios obrigatórios da contabilidade;
• As empresas de capital aberto são obrigadas a fazer a apresentação 
dos relatórios contábeis de forma trimestral e um relatório anual, 
consolidando todas as informações contábeis;
• As empresas de capital fechado também são obrigadas a elaborar as 
Demonstrações Contábeis, sendo consolidadas ao final de cada exer-
cício contábil.
Unidade 2 • Objetivos das demonstrações contábeis56/232
Referências 
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTABEIS. Estrutura do comitê. Disponível em: <http://www.
cpc.org.br/CPC/CPC/Conheca-CPC>. Acesso em: 16 out. 2016.
IUDÍCUBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos; FARIA, Ana Cristina de. Introdução à Teoria da Con-
tabilidade. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 16. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
TIBURCIO, C. Nova lei: Lei nº 11.638/07. Disponível em: <https://cesartiburcio.wordpress.com/
category/lei-11638/>. Acesso em: 10 dez. 2016.
57/232
Assista a suas aulas
Aula 2 - Tema: Objetivo das Demonstrações 
Contábeis. Bloco I
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f-
1d/8a528a8752d4312f7acb8d744cbca2e0>.
Aula 2 - Tema: Objetivo das Demonstrações 
Contábeis. Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
b6d0601325c8f36ca95eb3682b936b15>.
58/232
1. Analise os itens a seguir e identifique com V caso esteja correto ou F caso 
falso.
( ) O Balanço Patrimonial é um relatório de posição e de comparação.
( ) A Demonstração de Resultado de Exercício é um relatório de fluxo.
( ) O Balanço Patrimonial é um relatório de comparação.
( ) A Demonstração de Fluxo de Caixa é um relatório de fluxo e comparação.
( ) A Demonstração de Fluxo de Caixa é um relatório de fluxo.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
a) V, V, V, V, V.
b) V, V, V, V, F.
c) F, F, F, V, V.
d) F, V, F, F, V.
e) F, V, V, F, V.
Questão 1
59/232
2. Analise as alternativas a seguir e assinale a INCORRETA.
Questão 2
a) A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) traz para os gestores a informação da capacida-
de de as empresas gerarem caixa ou equivalentesde caixa, mostrando também como foram 
utilizados estes fluxos de caixas dentro da empresa, demonstrando as entradas e saídas de 
recursos financeiros.
b) Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são 
prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insig-
nificante risco de mudança de valor.
c) A Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) traz como informação a conta Lu-
cros ou Prejuízos Acumulados, portanto, o seu desdobramento fica restrito a uma única conta.
d) A DMPL demonstra o “estilo” da empresa, pois, como ela traz as movimentações das contas 
PL, podemos, através deste relatório, entender como funcionam na empresa os aumentos 
de capital, pagamento de dividendos, constituição de reservas e sua utilização. Nesse caso, 
por exemplo, um investidor disposto a colocar seus recursos em uma determinada empresa 
poderá entender na DMPL estes tipos de transação, observando o comportamento da em-
presa quanto ao tratamento dado ao Lucro.
60/232
Questão 2
e) Além das Demonstrações Contábeis que estudamos, as Notas Explicativas também fazem 
parte das informações contábeis não obrigatórias para divulgação das informações contá-
beis das empresas. Elas têm como objetivo complementar as informações contábeis e for-
necer dados sobre as Demonstrações, melhorando o entendimento da situação patrimonial 
da empresa.
61/232
3. Analise os itens a seguir e identifique com V caso esteja correto ou F caso 
falso.
Questão 3
( ) No Ativo Circulante, são registrados no BP todas as contas que são realizável a curto prazo, ou 
seja, contas que podem serem realizáveis dentro exercício social.
( ) No Passivo Circulante, são registrados no BP todas as contas que são exigíveis a curto prazo, 
ou seja, contas exigíveis dentro exercício social.
( ) No Ativo não Circulante, são registradas no BP todas as contas que são realizáveis após o 
exercício social; geralmente, encontramos as contas de investimentos e do Ativo Permanente 
registrados nesse grupo.
( ) Consideramos exigíveis a longo prazo todas as obrigações cujo vencimento seja superior a 
data de 31 de dezembro de cada ano, conforme determinam as regras legais aqui no Brasil.
( ) Um determinado direito que a entidade possa ter contra outra, cujo recebimento seja datado 
após 31 de dezembro, deve ser registrado em contas alocadas no BP no grupo de Ativo não Cir-
culante.
62/232
Questão 3
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
a) V, V, V, V, V.
b) V, V, V, V, F.
c) F, F, F, V, V.
d) F, V, F, F, V.
e) F, V, V, F, V.
63/232
4. Sabemos que no BP é um relatório de posição. Ele é dividido entre Ativo, 
Passivo e Patrimônio Líquido. No caso do Ativo, encontramos desse lado do BP 
todas as contas patrimoniais consideradas para entidade como bens (móveis e 
imóveis) e direitos (valores que a entidade tem “a receber” contra qualquer ou-
tra entidade). Analise os itens a seguir e identifique com V caso esteja correto ou 
F caso falso, referentes às contas geralmente utilizadas no BP, que representam 
um bem ou direito.
Questão 4
( ) Conta Corrente Banco X; Aplicação em Renda Fixa; Máquinas e Equipamentos; Estoque Produ-
tos Acabados; Adiantamento a Fornecedores.
( ) Fornecedores de Matéria-Prima; Outras Contas a Pagar; Salários a Pagar; Financiamentos a 
Pagar a Curto Prazo; Financiamentos a Pagar a Longo Prazo.
( ) Veículos; Investimentos em Coligadas; Máquinas e Equipamentos; Contas a Receber a Longo 
Prazo; Licenças de Sistemas de Gestão.
( ) Conta Corrente Banco X; Veículos; Investimento em Coligadas; Impostos a Pagar; Capital So-
cial.
64/232
Questão 4
( ) Salários a Pagar; Capital Social; Financiamentos Bancários; Investimento em Coligadas; Ou-
tras Contas a Pagar.
Assinale a alternativa que corresponde à sequência correta.
a) V, V, V, V, V.
b) V, F, V, F, V.
c) V, F, V, F, F.
d) F, F, F, V, V.
e) F, F, V, V, V.
65/232
5. Sabemos que o BP é um relatório de classificado como de posição. Ele é di-
vidido entre Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. No caso do Passivo Circulan-
te e Não Circulante, encontramos deste lado do BP todas as contas patrimo-
niais consideradas para entidade como obrigações exigível. Analise os itens 
a seguir e identifique com V caso esteja correto ou F caso falso, referentes às 
contas geralmente utilizadas no BP que representam uma obrigação.
Questão 5
( ) Fornecedores; Contas a Pagar; Impostos a Pagar.
( ) Salários a Pagar; Outras Contas a Pagar; Aluguéis a Pagar.
( ) Financiamentos Longo Prazo; Financiamentos; Empréstimos Bancários a Longo Prazo.
( ) Fornecedores; Contas a Pagar; Capital Social.
( ) Fornecedores; Salários a Pagar; Lucros Acumulados.
66/232
Questão 5
Assinale a alternativa que corresponde à sequência correta.
a) V, V, V, F, F.
b) F, F, F, V, V.
c) V, V, F, V, V.
d) F, V, V, F, V.
e) F, F, F, F, F.
67/232
Gabarito
1. Resposta: D.
O Balanço Patrimonial é um relatório ape-
nas de posição e a Demonstração de Fluxo 
de Caixa é um relatório de fluxo.
2. Resposta: E.
As notas explicativas fazem parte das de-
monstrações e ela é obrigatória.
3. Resposta: A.
Todas as afirmações contidas nesta questão 
são verdadeiras.
4. Resposta: C.
Todas as contas que finalizam com os ter-
mos “a pagar” são contas exigíveis classifi-
cadas no passivo. A conta Investimento em 
Coligadas é uma conta em que é registrada 
no BP toda participação que a entidade pos-
sui em outra entidade, ou seja, a entidade é 
sócia de outra. A conta Adiantamento a For-
necedores é uma conta na qual a entidade 
realiza um adiantamento a algum fornece-
dor, portanto, a entidade passa a ter um di-
reito contra outra entidade, que irá fornecer 
algum produto a ela.
68/232
Gabarito
5. Resposta: A.
As contas Capital Social e Lucros Acumu-
lados são contas que compõem o grupo do 
Patrimônio Líquido.
69/232
Unidade 3
Usuário da informação contábil
Objetivos
1. Apresentar a informação contábil e 
seus usuários internos e externos;
2. Discorrer sobre a contabilidade como 
provedora de informações.
Unidade 3 • Usuário da informação contábil70/232
Introdução
Uma empresa não é um “corpo isolado”, ou seja, ela sempre estará inserida em uma sociedade, 
com participação de várias entidades, outras empresas, órgãos reguladores etc., conforme mos-
tra a Figura 8. Ela precisa constantemente conquistar mercado, gerar lucros, entre outros atribu-
tos, pois é desta forma que o negócio da empresa se perpetuará. A informação contábil deverá 
apoiar a empresa nos cenários na qual ela está inserida.
Figura 8 – Empresa e a sociedade.
Fonte: MARION (2010, p.105).
Unidade 3 • Usuário da informação contábil71/232
Como já falamos anteriormente, a contabi-
lidade é um grande painel de informações 
para os usuários que analisam, estudam e 
elaboram cenários (principalmente de for-
ma preditiva) para uma eficaz tomada de 
decisão.
A informação contábil atende aos diversos 
usuários, os quais podemos dividir em usu-
ários externos e internos. Esses, por sua vez 
são os stakeholders da contabilidade.
1. Usuários Internos
O usuário interno da informação contábil 
geralmente é a alta administração da em-
presa, sendo essa constituída pelas pessoas 
que tomam decisões com relação aos cami-
nhos dela. Utiliza-se da informação contábil 
para uma radiografia da “saúde financeira”, 
podendo tomar decisões com relação a in-
vestimentos dos mais variados ou até mes-
mo antever cenários ruins, buscando meios 
para superá-los.
Link
Explanação sobre os usuários da informação con-
tábil. Disponível em: <revista.unicuritiba.edu.
br/index.php/admrevista/article/downlo-
ad/1031/718>. Acesso em: 10 dez. 2016.
Link
Conceitosfundamentais sobre stakeholding. Dis-
ponível em: <https://www.youtube.com/wat-
ch?v=Jc66oDD5ySs>. Acesso em: 10 dez. 2016.
Unidade 3 • Usuário da informação contábil72/232
Entretanto, a informação contábil não fica 
restrita apenas a alta administração; muitos 
gestores podem e devem utilizar-se da in-
formação contábil. É muito comum gestores 
da área de suprimentos ou da área comer-
cial buscarem as informações, por exemplo, 
o Balanço Patrimonial e a Demonstração do 
Resultado do Exercício, como instrumento 
de processos de negociação junto a Forne-
cedores e Clientes. Imaginem se uma de-
terminada empresa pretende realizar uma 
grande compra de um fornecedor especí-
fico. Esse, por sua vez, poderá solicitar as 
demonstrações contábeis para analisar se a 
empresa possui capacidade de pagamento 
ou até mesmo analisar o nível de endivida-
mento. Também é comum, quando grandes 
empresas contratam serviços de empresas 
menores, ocorrer a solicitação das demons-
trações para verificar se a empresa é devi-
damente estabelecida ou se possui capa-
cidade de fornecer aquilo que esteja sendo 
contratado.
Na figura a seguir, destacaremos os princi-
pais usuários internos da informação con-
tábil.
Unidade 3 • Usuário da informação contábil73/232
Figura 9 – Usuários internos da informação contábil.
Fonte: Elaborada pelo autor.
Unidade 3 • Usuário da informação contábil74/232
2. Usuários Externos
Os usuários externos da informação contá-
bil são todos aqueles que, de uma maneira 
ou outra, possuem um relacionamento dire-
ta ou indiretamente com uma determinada 
empresa. Através do acesso às informações 
contábeis, outras entidades poderão co-
nhecer com exatidão a situação econômica 
e financeira da empresa.
As finalidades de acesso a tais informações 
são diversas, como, por exemplo, institui-
ções bancárias para liberação de limites de 
créditos, fornecedores para verificar a ca-
pacidade de pagamento etc.
Órgãos reguladores e de pesquisas, como 
IBGE, utilizam-se das informações contá-
beis para medir estatisticamente como está 
a economia ou a situação de um determina-
do setor da economia.
Na figura a seguir, destacaremos os princi-
pais usuários externos da informação con-
tábil.
Unidade 3 • Usuário da informação contábil75/232
Figura 10 – Usuários externos da informação contábil.
Fonte: Elaborada pelo autor.
Unidade 3 • Usuário da informação contábil76/232
3. A Contabilidade como Provedora de Informações
Uma empresa não é um “corpo isolado”, ou seja, ela está inserida numa sociedade e possui relacio-
namento com diversos usuários. O Professor Marion, no seu livro Contabilidade Comercial (2012, p. 
97), traz-nos uma ilustração que reproduzimos a seguir, na qual temos as três informações (de forma 
macro) que a contabilidade deve nos trazer para que os usuários possam tomar decisões adequadas.
Figura 11 – Tripé da Informação contábil.
Fonte: MARION (2012). Adaptado pelo autor.
Unidade 3 • Usuário da informação contábil77/232
Cada “pé” da informação contábil identifi-
ca:
1º Pé – Situação Financeira: comparar o Ati-
vo Circulante com o Passivo Circulante;
2º Pé – Endividamento: comprar o capital 
de terceiros com o capital próprio;
3º Pé – Situação Econômica: apurar o lucro 
da empresa e quanto deste lucro permane-
ceu capitalizado na empresa.
Para saber mais
As empresas requerem controles eficientes a fim 
de conquistar o retorno desejado. Nesse sentido, 
a contabilidade apresenta importância na organi-
zação de documentos e registros dos fatos ocor-
ridos durante as negociações.
Unidade 3 • Usuário da informação contábil78/232
Glossário
Stakeholder: patrocinador, parte interessada.
IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia a Estatística.
Questão
reflexão
?
para
79/232
O IBGE é um renomado instituto de pesquisa. Acesse o 
site do instituto http://www.ibge.gov.br/home/ e explo-
re as pesquisas de mercados e suas tabelas de informa-
ções de um determinado ramo de atuação de uma em-
presa de sua escolha.
80/232
Considerações Finais
• A empresa está inserida numa sociedade;
• A informação contábil é compartilhada com os seus usuários, portanto, ela 
possui patrocinadores das informações contábeis;
• Usuários internos e externos são os patrocinadores da informação contábil.
Unidade 3 • Usuário da informação contábil81/232
Referências 
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 16 ed. São Paulo: Atlas, 2012.
_______. Contabilidade Básica. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2010.
82/232
Assista a suas aulas
Aula 3 - Tema: Os Usuários da Informação Con-
tábil. Bloco I
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
ae746822e615f4387c8c8edec25b203d>.
Aula 3 - Tema: Os Usuários da Informação Con-
tábil. Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f-
1d/92a6b021599ddb24038444d96b126b29>.
83/232
1. Analise os itens a seguir.
I – A empresa não é um corpo isolado. Ela possui um único direcionamento: ganhar dinheiro, 
conquistar mercado, exercer seu papel social e integração entre as funções.
II – Os usuários internos da informação contábil geralmente são a alta administração da empre-
sa, as pessoas que tomam decisões com relação aos caminhos da empresa. Utiliza-se da infor-
mação contábil para uma radiografia da sua “saúde financeira”, podendo tomar decisões com 
relação a investimentos dos mais variados ou até mesmo antever cenários ruins, buscando meios 
para superá-los.
III – Os usuários externos da informação contábil são todos aqueles que, de uma maneira ou de 
outra, possuem um relacionamento direto ou indiretamente com uma determinada empresa. 
Através do acesso às informações contábeis, outras entidades poderão conhecer com exatidão a 
situação econômica e financeira da empresa;
IV – Órgãos reguladores e de pesquisas, como IBGE, utilizam-se das informações contábeis para 
medir estatisticamente como está a economia ou a situação de um determinado setor da eco-
nomia.
Questão 1
84/232
Questão 1
V – O Professor Marion menciona a necessidade de três informações que a Contabilidade deve 
nos trazer para que os usuários possam tomar decisões adequadas. 
São corretos os itens:
a) I, II, III.
b) I, II, IV.
c) II, V.
d) I, II, III, IV, V.
e) II, IV.
85/232
2. A empresa Flores Transportes e Logísticas S.A. possui sua matriz na cida-
de de Campinas/SP e uma filial em todas as capitais do Brasil. A alta admi-
nistração da empresa elabora orçamentos anuais para determinadas metas 
de faturamento e controle de gastos para cada filial. Consequentemente, os 
parâmetros orçados são controlados mensalmente pela alta administração 
e os gestores das filiais precisam responder a vários quesitos feitos pela alta 
administração em conferências mensais. Baseado nisso, analise os itens a 
seguir que contemplam com o que a contabilidade poderá ajudar os gesto-
res de filiais.
I – Analisando o BP e DRE, os gestores poderão analisar qual a posição financeira e gastos reali-
zados mês a mês;
II – O orçamento anual também será realizado considerando o BP e DRE, portanto, a todo orça-
mento deverá ser apresentado um “novo BP e DRE”, refletindo o orçamento;
III – Com o BP e DRE orçado e o que foi fechado mês a mês, torna-se possível acompanhar os des-
vios para mais ou menos, sempre tomando como base a posição orçada. Na sequência, torna-se 
necessário analisar os desvios;
Questão 2
86/232
Questão 2
IV – Os gestores basicamente devem controlar o dia-a-dia de cada unidade, acompanhando o 
fluxo financeiro dos relatórios administrativos;
V – Os gestores só poderão utilizar-se do BP e da DRE uma única vez no ano, quandoeles são fe-
chados e assinados ao final de cada exercício social.
São corretos os itens:
a) I, II, III.
b) I, III, IV.
c) II, IV, V.
d) II, III, IV.
e) I, III, V.
87/232
3. Na relação apresentada a seguir representam usuários da informação 
contábil. Assine com a letra V se eles representam usuários Internos e F para 
usuários externos. Qual a sequência correta está representada?
( ) Diretor financeiro.
( ) Presidente.
( ) Sócios quotistas.
( ) Sócios acionistas.
( ) Diretor de operações.
A sequência correta corresponde a:
a) V, F, F, F, V.
b) F, F, F, V, V.
c) V, V, V, V, V.
d) F, V, V, F, V.
e) V, V, F, V, F.
Questão 3
88/232
4. Na relação apresentada a seguir representam usuários das informação 
contábil. Assine com a letra F se eles representam usuários Internos e V para 
usuários externos. Qual a sequência correta está representada? 
( ) ONU – Organização das Nações Unidas.
( ) IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
( ) Bancos Privados e Públicos.
( ) Governo.
( ) Sindicatos de Categorias Patronais.
A sequência correta corresponde a:
a) V, V, V, V, V.
b) V, F, F, F, V.
c) F, F, F, V, V.
d) F, V, V, F, V.
e) V, V, F, V, F.
Questão 4
89/232
5. A informação contábil para os usuários internos e externos deve apresen-
tar, resumidamente, três informações básicas. Assinale a alternativa que as 
contempla.
a) Financeira, Endividamento e Econômica.
b) Fluxo de Caixa, Endividamento e Pagamentos.
c) Gastos, Custos e Receitas.
d) Financeira, Endividamento e Gastos.
e) Fluxo de Caixa, Endividamento Gastos.
Questão 5
90/232
Gabarito
1. Resposta: D.
A informação contábil pode ser útil para 
uma infinidade de usuários que necessitam 
das informações para análise de algum ce-
nário econômico e comportamento de se-
tores específicos da nossa economia, na 
qual as demonstrações contábeis poderiam 
mostrar tendências e instituições financei-
ras analisam os relatórios para analisar qual 
a saúde financeira de uma determinada en-
tidade que possa estar solicitando recursos 
financeiros.
2. Resposta: A. 
Quando tratamos de tomada de decisão, as 
demonstrações financeiras apresentam in-
formações para tal. O BP é um relatório de 
posição e nele é possível verificar a posição 
financeira e medir o tamanho do patrimônio 
da entidade. A DRE é um relatório de fluxo 
que analisa o desempenho das entidades. 
Quando falamos em orçamento anual nas 
entidades, é obrigatório que o BP e a DRE 
sejam analisados e também sejam feitas si-
mulações com eles baseando-se nos novos 
números orçados.
3. Resposta: C.
Qualquer usuário interno ou colaborador 
poderá utilizar informações contábeis para 
tomada de decisão de suas atividades. Ob-
viamente, devemos levar em consideração 
que os usuários devem ser capazes de inter-
pretar as informações.
91/232
Gabarito
4. Resposta: A.
Qualquer usuário externo poderá utilizar 
informações contábeis das entidades para 
acompanhar as tendências de mercado na 
qual as entidades estão inseridas, entre 
outras informações para planejamento de 
ações econômicas nos mais diversos níveis.
5. Resposta: A.
Posição Financeira, Endividamento e Eco-
nômica são considerados o tripé da infor-
mação contábil.
92/232
Unidade 4
Normas contábeis
Objetivos
1. Apresentar a criação das normas;
2. Identificar os tipos de normas e sua 
classificação;
3. Apresentar os órgãos criadores e que 
exercem a manutenção das normas;
4. Diferenciar as Normas internacionais 
e as normas brasileiras.
Unidade 4 • Normas contábeis93/232
Introdução
Todas as ciências possuem normas e na ci-
ência contábil não poderia ser diferente, já 
que ela produz as informações necessárias 
para a tomada de decisão, fazendo-se ne-
cessárias a padronização e a normatização. 
Também temos de levar em consideração 
que nosso país possui um emaranhado de 
leis e normas das mais variadas áreas: tri-
butária, cível, societária, penal entre outras 
diversas.
Para a contabilidade, temos as normas que 
determinam as diretrizes de condução dos 
trabalhos desde o momento da coleta de 
dados até a divulgação da informação. Es-
sas normas respaldam as mais diversas 
operações, porém não interferem na ação 
humana de quem interpreta os dados para 
registrá-los de uma forma ou outra.
Portanto, as normas são balizadoras para os 
registros das informações, mas é totalmen-
te necessária a interpretação do homem 
sobre ela, neste caso, do contador que irá 
analisar a informação recebida, atentando 
para os vários desdobramentos que esta in-
formação possa trazer em resposta. Assim, 
o contador toma a decisão da melhor forma 
de registro da informação, pensando sem-
pre na forma de divulgação dela, ou seja, 
sabendo como esta informação deverá ser 
divulgada, o contador irá embasar-se nas 
normas vigentes e aplicará sobre o registro 
da informação.
Unidade 4 • Normas contábeis94/232
1. Origem da criação das normas
A Resolução do CFC nº 750 de 1993 define os princípios contábeis. Já as Normas Brasileiras de 
Contabilidade (NBC) estão regulamentadas pela Resolução do CFC nº 1.328/11.
Essas resoluções determinam a criação dos princípios contábeis e definem as normas contábeis, 
separando-as em Normas Profissionais e Normas Técnicas.
1.1 Normas Profissionais
Essas normas ditam as regras para os profissionais da contabilidade, ou seja, elas atuam nas pos-
síveis profissões de atuação do contador, sendo que as NBC determinam as regras de atuação.
a) NBC PG Geral: a Norma Brasileira de PG Geral trata, em linhas gerais, do profissional contábil 
e está dividida em quatro normas gerais, conforme pode ser visto na Figura 12.
Figura 12 – Quadro NBC PG GERAL
Fonte: Conselho Federal de Contabilidade (s.d.).
Unidade 4 • Normas contábeis95/232
b) NBC PA Auditor Independente: trata das normas de atuação dos auditores independentes no 
exercício profissional, conforme apresentado na Figura 13 .
Fonte: O autor
Nome do arquivo: Figura 13 - Quadro da NCB PA Auditor Independente
Unidade 4 • Normas contábeis96/232
c) NBC PP Perito Contábil: como o próprio nome diz, essas normas tratam da atuação do perito 
contábil, como mostra a Figura 14.
Figura 13 – Quadro NBC PP Perito Contábil.
Fonte: Conselho Federal de Contabilidade (s.d.).
1.2. Normas Técnicas
As normas técnicas trazem conteúdos doutrinários, procedimentos e regras que devem ser apli-
cados pela contabilidade. As normas técnicas possuem divisões, como mostra a Figura 14.
Unidade 4 • Normas contábeis97/232
Figura 14 – Fluxo Divisão das NBC Técnicas
Fonte: Elaborada pelo autor.
1.3 Norma Técnica Geral Completas
A NBC TG traz as normas no âmbito geral de todas as atividades da contabilidade. A Resolução 
CFC 1.374/2011 – Estrutura Conceitual para a Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-
Unidade 4 • Normas contábeis98/232
-Financeiro – é o ponto de partida das normas para as demais normas, a qual é enunciada por:
RESOLUÇÃO CFC N.º 1.374/11:
“O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atri-
buições legais e regimentais e com fundamento no disposto na alínea “f” 
do art. 6º do Decreto-Lei n.º 9.295/46, alterado pela Lei n.º 12.249/10,
Para saber mais
AS NBC Setores tratam de normas de cada setor. Para o acesso completo de cada uma dessas normas ou 
de qualquer outra, o site do CFC disponibiliza todas as normas em ordem de publicação, sempre com as 
versões atualizadas. O link para acesso ao site do CFC com acesso às normas estará ao final deste módulo.
Unidade 4 • Normas contábeis99/232
RESOLVE: 
Art. 1º Dar nova redação à NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura 
Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro,tendo em vista a edição do Pronunciamento Conceitual Básico (R1) pelo 
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) que tem por base The Con-
ceptual Framework for Financial Reporting (IASB – BV 2011 Blue Book). 
Art. 2º Revogar a Resolução CFC nº 1.121/08, publicada no D.O.U., Seção I, 
de 1/4/08.
Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, aplican-
do-se aos exercícios iniciados a partir de 1º de janeiro de 2011”.
Com a harmonização ocorrida nas Normas Internacionais de Contabilidade, a resolução CFC nº 
1.374/11 configura o alinhamento entre as normas internacionais e as brasileiras. Portanto, to-
das as NBC possuem um CPC relacionado.
Unidade 4 • Normas contábeis100/232
Para saber mais
As PMEs, muitas vezes, produzem demonstrações contábeis apenas para o uso de proprietários-adminis-
tradores ou apenas para o uso de autoridades fiscais ou outras autoridades governamentais. Demons-
trações contábeis produzidas apenas para esses propósitos não são, necessariamente, demonstrações 
contábeis para fins gerais. As leis fiscais são específicas e os objetivos das demonstrações contábeis para 
fins gerais diferem dos objetivos das demonstrações contábeis destinados a apurar lucros tributáveis. 
Assim, não se pode esperar que demonstrações contábeis elaboradas de acordo com esta Norma para 
PMEs sejam totalmente compatíveis com as exigências legais para fins fiscais ou outros fins específicos. 
Uma forma de compatibilizar ambos os requisitos é a estruturação de controles fiscais com conciliações 
dos resultados apurados de acordo com esta Norma e por outros meios.
1.4 Quadro correlação entre as Normas Brasileiras de Contabilidade emi-
tidas pelo CFC e suas resoluções (NBC), Pronunciamentos do Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis (CPC) e as Normas Internacionais de Contabi-
lidade (IASB):
O quadro a seguir mostra o relacionamento entre as normas emitidas pelo CFC, CPC e IASB.
Unidade 4 • Normas contábeis101/232
Quadro 3 – Quadro correlação NBC_CPC_IASB
Nova Numeração Resolução CFC Nome da Norma CPC IASB
NBC TG ESTRUTU-
RA CONCEITUAL 
1.374/11 Estrutura Conceitu-
al para a Elaboração 
e Divulgação de Re-
latório Contábil-Fi-
nanceiro 
CPC 00R1 Framework 
NBC TG 01 (R3) DOU 06/11/15 Redução ao Valor 
Recuperável de Ati-
vos 
CPC 01R1 IAS 36 
NBC TG 02 (R1) DOU 20/12/13 Efeitos das Mudan-
ças nas Taxas de 
Câmbio e Conver-
são de Demonstra-
ções Contábeis 
CPC 02R2 IAS 21 
NBC TG 03 (R2) DOU 17/04/14 Demonstração dos 
Fluxos de Caixa 
CPC 03R2 IAS 7 
NBC TG 04 (R3) DOU 06/11/15 Ativo Intangível CPC 04R1 IAS 38 
Unidade 4 • Normas contábeis102/232
NBC TG 05 (R3) DOU 01/12/14 Divulgação sobre 
Partes Relacionadas 
CPC 05R1 IAS 24 
NBC TG 06 (R2) DOU 06/11/15 Operações de Ar-
rendamento Mer-
cantil 
CPC 06R1 IAS 17 
NBC TG 07 (R1) DOU 20/12/13 Subvenção e As-
sistência Governa-
mentais 
CPC 07R1 IAS 20 
NBC TG 08 1.313/10 Custos de Transa-
ção e Prêmios na 
Emissão de Títulos e 
Valores Mobiliários 
CPC 08R1 IAS 39(part) 
NBC TG 09 1.138/08 Demonstração do 
Valor Adicionado 
(DVA) 
CPC 09 Não há 
NBC TG 10 (R2) DOU 01/12/14 Pagamento Basea-
do em Ações 
CPC 10R1 IFRS 2 
Unidade 4 • Normas contábeis103/232
NBC TG 11 (R1) DOU 20/12/13 Contratos de Segu-
ro 
CPC 11 IFRS 4 
NBC TG 12 1.151/09 Ajuste a Valor Pre-
sente 
CPC 12 Não há 
NBC TG 13 1.152/09 Adoção Inicial da 
Lei nº. 11.638/07 e 
da Medida Provisó-
ria nº 449/08 
CPC 13 Não há 
NBC TG 15 (R3) DOU 01/12/14 Combinação de Ne-
gócios 
CPC 15 R1 IFRS 3 
NBC TG 16 (R1) DOU 20/12/13 Estoques CPC 16R1 IAS 2 
NBC TG 17 1.411/12 Contratos de Cons-
trução 
CPC 17R1 IAS 11 
Unidade 4 • Normas contábeis104/232
NBC TG 18 (R2) DOU 06/11/15 Investimento em 
Coligada, em Con-
trolada e em Em-
preendimento Con-
trolado em Conjun-
to 
CPC 18R2 IAS 28 
NBC TG 19 (R2) DOU 06/11/15 Negócios em Con-
junto 
CPC 19R2 IAS 31 
NBC TG 20 (R1) DOU 06/11/15 Custos de Emprésti-
mos 
CPC 20 IAS 23 
NBC TG 21 (R3) DOU 06/11/15 Demonstração In-
termediária 
CPC 21 IAS 34 
NBC TG 22 (R2) DOU 06/11/15 Informações por 
Segmento 
CPC 22 IFRS 8 
NBC TG 23 (R1) DOU 20/12/13 Políticas Contábeis, 
Mudança de Esti-
mativa e Retificação 
de Erro 
CPC 23 IAS 8 
Unidade 4 • Normas contábeis105/232
NBC TG 24 (R1) DOU 20/12/13 Evento Subsequen-
te 
CPC 24 IAS 10 
NBC TG 25 (R1) DOU 01/12/14 Provisões, Passivos 
Contingentes e Ati-
vos Contingentes 
CPC 25 IAS 37 
NBC TG 26 (R3) DOU 06/11/15 Apresentação das 
D e m o n s t r a ç õ e s 
Contábeis 
CPC 26R1 IAS 1 
NBC TG 27 (R3) DOU 06/11/15 Ativo Imobilizado CPC 27 IAS 16 
NBC TG 28 (R3) DOU 06/11/15 Propriedade para 
Investimento 
CPC 28 IAS 40 
NBC TG 29 (R2) DOU 06/11/15 Ativo Biológico e 
Produto Agrícola 
CPC 29 IAS 41 
NBC TG 30 1.412/12 Receitas CPC 30R1 IAS 18 
Unidade 4 • Normas contábeis106/232
NBC TG 31 (R3) DOU 06/11/15 Ativo não Circu-
lante Mantido para 
Venda e Operação 
Descontinuada 
CPC 31 IFRS 5 
NBC TG 32 (R2) DOU 17/04/14 Tributos sobre o Lu-
cro 
CPC 32 IAS 12 
NBC TG 33 (R2) DOU 06/11/15 Benefícios a Empre-
gados 
CPC 33R1 IFRS 19 
NBC TG 35 (R2) DOU 26/12/14 Demonstrações Se-
paradas 
CPC 35 R2 IAS 27 
NBC TG 36 (R3) DOU 06/11/15 D e m o n s t r a ç õ e s 
Consolidadas 
CPC 36 R3 IAS 27 
NBC TG 37 (R4) DOU 06/11/15 Adoção Inicial das 
Normas Internacio-
nais de Contabili-
dade 
CPC 37R1 IFRS 1 
Unidade 4 • Normas contábeis107/232
NBC TG 38 (R3) DOU 01/12/14 Instrumentos Fi-
nanceiros: Reco-
nhecimento e Men-
suração 
CPC 38 IAS 39 
NBC TG 39 (R3) DOU 01/12/14 Instrumentos Fi-
nanceiros: Apresen-
tação 
CPC 39 IAS 
NBC TG 40 (R2) DOU 06/11/15 Instrumentos Fi-
nanceiros: Eviden-
ciação 
CPC 40 IFRS 7 
NBC TG 41 (R1) DOU 17/04/14 Resultado por Ação CPC 41 IAS 33 
NBC TG 43 1.315/10 Adoção Inicial das 
NBC Ts Convergidas 
em 2009 
CPC 43R1 Não há 
NBC TG 44 DOU 26/06/13 D e m o n s t r a ç õ e s 
Combinadas 
CPC 44 Não há 
Unidade 4 • Normas contábeis108/232
NBC TG 45 (R2) DOU 06/11/15 Divulgação de Par-
ticipações em Ou-
tras Entidades 
CPC 45 IFRS 12 
NBC TG 46 (R1) DOU 01/12/14 Mensuração do Va-
lor Justo 
CPC 46 IFRS 13 
ITG 01 1.261/09 Contratos de Con-
cessão 
ICPC 01R1 IAS 12 
ITG 02 1.266/09 Contrato de Cons-
trução do Setor 
Imobiliário 
ICPC 02 IAS 15 
ITG 03 (R1) DOU 20/12/13 Aspectos Comple-
mentares das Ope-
rações de Arrenda-
mento Mercantil 
ICPC 03 IAS 4 e 
SIC 15 e 27 
ITG 06 1.259/09 Hedge de Investi-
mento Líquido em 
Operação no Exte-
rior 
ICPC 06 IAS 16 
Unidade 4 • Normas contábeis109/232
ITG 07 (R1) DOU 20/12/13 Distribuição de Lu-
cros in Natura 
ICPC 07 IAS 17 
ITG 08 1.398/12 Contabilização da 
Proposta de Paga-
mento de Dividen-
dos 
ICPC 08 R1 Não há 
ITG 09 DOU 28/11/14 D e m o n s t r a ç õ e s 
Contábeis Individu-
ais, Demonstrações 
Separadas, De-
monstrações Con-
solidadas e Aplica-
ção do Método de 
Equivalência Patri-
monial 
ICPC 09 Não há 
Unidade 4 • Normas contábeis110/232
ITG 10 1.263/09 Interpretação sobre 
a Aplicação Inicial 
ao Ativo Imobiliza-
do e à Propriedade 
para Investimento 
ICPC 10 Não há 
ITG 11 1.264/09 Recebimento em 
Transferência de 
Ativos dos Clientes 
ICPC 11 IAS 18 
ITG 12 1.265/09 Mudanças em Pas-
sivos por Desativa-
ção, Restauração e 
Outros Passivos Si-
milares 
ICPC 12 IAS 1 
Unidade 4 • Normas contábeis111/232
ITG 13 (R1) DOU 20/12/13 Direitos a Partici-
pações Decorrentes 
de

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