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Um Toque de Clássicos

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Um Toque de Clássicos
Resumo do texto pag.25 a pag.85
Em Um toque de clássicos, as autoras buscam simplificar a compreensão da Sociologia como saber científico, tratando das mudanças desinentes da industrialização nos âmbitos econômicos, políticos e sociais, bem como das correntes de pensamentos que antecederam a Sociologia e serviram como base para a modernidade europeia. Além do impacto das mudanças provocadas pela Revolução Industrial, Revolução Francesa e Reforma Protestante; nos apresentando as principais linhas de pensamento de Marx, Durkheim e Weber, desenvolvidas diante dos cenários históricos acima citados.
No livro Um toque de Clássicos é abordado como um de seus capítulos em tese os antecedentes intelectuais da sociologia, o que nada mais é do que a retratação de temas decorrentes da vida cotidiana no século XVIII que deu como início a sociologia. Houve diversos impactos que foram marcantes para se configurar as primeiras teorias sociais modernas, os processos se iniciaram de ordem socioeconômica e mudanças culturais que se substituiu por correntes de pensamento de base individualista. Mudanças no pensamento, no plano das ideias. Em meio a todas essas transformações e mudanças começa-se a tentar entender a sociedade, um meio de entender esse caos. A sociologia aprofunda-se integralmente na vida humana. Principalmente na vida religiosa, gerando com isso críticas sobre a educação tradicional nas universidades religiosas.
A Reforma Protestante foi um momento de muita importância ao contestar a autoridade e a intolerância da Igreja. A crença na razão, ou seja, acreditar no poder da razão, e na forma do pensar, trouxe a emancipação do indivíduo quanto à autoridade social e da igreja, trazendo a ele uma conquista de direitos e autonomia. Colocando o indivíduo como responsável de seu destino. Acredita-se que dessa forma a razão é capaz de mudar a lei natural das coisas, como os velhos princípios da igreja; além desse impacto provoca-se a Revolução Industrial e a Revolução Francesa levando a humanidade a um grau alto de progresso. O homem com mais liberdade passa a conquistar seus direitos, levando consigo a pessoa da mulher que até então era o ser fraco e submisso, passando então a ter sua própria força e conquistando aos pouco seu espaço na sociedade. O ser humano ficou submetido ao trabalho, a escravidão, a miséria e a todos os males imagináveis, o movimento Iluminista depositou no humano a capacidade da razão da fé, e assim progredir.
Os grandes percursores, pensadores e conservadores da sociologia consideram que o caos e a imoralidade, solidariedade e sociedade nascidas de grandes guerras, geraram o enfraquecimento das instituições protetoras, como a igreja e a associações de ofícios que haviam garantido a estabilidade social anteriores. Assim, a sociologia observa os fenômenos que se repetem nas relações sociais, bem como explica a importância que estes eventos têm na vida da sociedade e dos homens.
Karl Marx
Herdeiro do ideário iluminista, Marx acreditava que a razão era não só um instrumento de apreensão da realidade, mas, também, de construção de uma sociedade mais justa, capaz de possibilitar a realização de todo o potencial de perfectibilidade existente nos seres humanos.
Os principais tópicos estudados são: Materialismo- Marx busca analisar a sociedade capitalista do ponto de vista material e pela óptica do método dialético. Segundo essa perspectiva materialista todo fenômeno social ou cultural é efêmero e histórico, sendo o primeiro fato histórico a produção da vida material. Em sua obra, Karl Marx aponta como primeiro pressuposto da existência humana, a produção dos meios que permitem satisfazer as necessidades físicas fundamentais para que os mesmos vivam e façam história, trata-se, portanto, da produção e reprodução da própria vida material.
O sociólogo faz uma comparação entre os seres humanos e os animais, onde ressalta que ao contrário dos animais, que agem de forma inconsciente e produzem apenas para satisfazer suas necessidades físicas imediatas, o ser humano produz para além das necessidades imediatas da sua própria espécie. Para Marx a estrutura de uma sociedade depende do estado de desenvolvimento de suas forças produtivas e das relações sociais de produção que lhes são correspondentes. As formulações teóricas de Karl Marx acerca a vida social especialmente a análise que faz da sociedade capitalista e de sua superação provocaram desde o princípio tamanho impacto nos meios intelectuais que para alguns, grande parte da sociologia ocidental tem sido uma tentativa incessante comprovar ou de negar as questões por ele levadas. Herdeiro do ideário iluminista Marx acreditava que a razão era só um instrumento de apreensão da realidade, mas também a construção de uma sociedade mais justa, capaz de possibilitar a realização de todo o potencial de perfectibilidade existente nos seres humanos.
Dialética e materialismo
A tradição filosófica dominante na Europa até o início da modernidade que pressupunha a existência, além do mundo sensível e histórico de uma outra dimensão mais real e povoada substancias ou de essências imutáveis, que seriam objetos de conhecimento.
A filosofia idealista de Georg Wilheim Friedrich Hegel (1770-1831) é um ponto alto dessa trajetória. Para o pensador tudo o que é real é racional e tudo que é racional é real. Outro tópico recorrente no pensamento político e filosófico, refere-se a perda do autocontrole por parte dos seres humanos, subjugados pela sua própria criação a riqueza da vida material e seus refinamentos de fato para o filósofo idealista ser livre significa recuperar a autoconsciência. Na segunda passagem do idealismo para o materialismo dialético Ludwig Fedebach (1804-1872) sustentava que a alienação fundamental tem sua s raízes no fenômeno religioso fazendo que os homens se submetam as forças divinas, as quais embora criadas por eles mesmo como autônomas e superiores. Após a morte de Hegel, seu pensamento foi interpretado e até certo tempo instrumentalizado politicamente por seus seguidores o que deu origem as duas tendências: uma conservadora de direita e a outra de esquerda representada pelos jovens entre os quais estavam Marx e Engels.
Para Marx e Engels a alienação associa-se as condições materiais de vida e somente a transformação do processo de vida real por meio de ação política poderia extingui-la. 
Na busca de entender as suas carências, os seres humanos produzem seus meios de vida. É essa atividade que recriam a si próprios e reproduzem suas espécies num processo que é continuamente transformado. A primeira marxista da sociedade a existência dos seres humanos por meio de interação com a natureza e com outros indivíduos dão a vida material. Ao produzir para promover-se do que precisam os seres humanos procuram dominar as circunstâncias naturais e podem modificar a fauna e flora, para isso organizam-se estabelecem relações social, gerando novas necessidades naturais e físicas. Marx buscava analisar a sociedade capitalista do ponto de vista material e pelo método dialético. Segundo essa concepção materialista, todo fenômeno social ou cultural é momentâneo e histórico, sendo o primeiro fato histórico a produção da vida material. Na obra de Karl Marx, mostra como primeira sugestão da existência humana, a produção dos meios que concedem satisfazer as necessidades físicas principais para que os mesmos vivam e façam história, e isso significa isso se dá pela produção e reprodução da própria vida material. Nesse trecho, Marx faz uma comparação entre os seres humanos e os animais, ressaltando que ao contrário dos animais que agem inconscientemente para produzir apenas para satisfazer as necessidades físicas deles, e o ser humano usa da natureza de forma consciente, acumulando o que não é necessário. O ser humano ultrapassa as condições naturais, o que significa que ele não apenas determina o consumo, mas também como vai consumir, se tornando um consumidor.
 Apesar da sociedade ser produto da ação recíproca dos homens ela não é uma construçãorealizada de acordo com seus desejos particulares, para Marx, a estrutura da sociedade depende do desenvolvimento da produção e das relações sociais de produção. O conceito da relação social de produção se trata das formas estabelecidas de distribuição dos meios de produção e do produto, e o tipo de divisão do trabalho em uma sociedade em que o período histórico possa determinar, simplificando, é o modo de como os indivíduos contribuem entre si na produção. Mas mesmo que a cooperação seja uma relação social de produção, ela pode surgir a partir de interesses particulares, por exemplo, aumentando a quantidade de trabalho explorado ou a produtividade do trabalho. Na busca de controlar as condições naturais os homens criam novos objetos os quais não só se incorporam ao ambiente modificando e passando para as próximas gerações. O processo de produção e reprodução de vida através do trabalho é para Marx a atividade humana básica e para ele se volta o materialismo histórico, da análise da vida econômica, social, política e intelectual.
Marx nunca se refere a produção em geral, mas a produção num determinado desenvolvimento social vivendo em sociedade, embora essa sociedade seja o homem. A estrutura de uma sociedade depende do estado de desenvolvimento de suas forças produtivas e das relações sociais de produção que lhe são correspondentes. Em determinado momentos os bens que necessitam e para isso desenvolve sua tecnologia, processos de cooperação, a divisão, técnica do trabalho, habilidades e conhecimentos utilizados na produção. Ele expressa o modo como os homens se organizam entre si para produzir, todas as formas que os indivíduos produzem e reportem seus produtos.
Ainda que a cooperação seja uma relação social de produção porque ocorre entre os seres humanos, ela pode ser vista com interesses particulares, como de aumentar a produtividade do trabalho ou quantidade do trabalho explorado.
A divisão social do trabalho expressa modos de segmentação da sociedade, ou seja, a desigualdade social, decorre da separação entre o trabalho manual e intelectual, o trabalho agrícola e o industrial com consequências a separação entre a cidade e o campo e a oposição dos interesses. A partir dessa divisão grupos que assumiram as ocupações religiosas, politicas, administrativas de controle e repressão financeira. Cada um desse grupos com porção maiores ou menores, que já ocupam posições sociais desiguais ao controle e propriedade dos meios de produção. Marx sugere que se imagine uma reunião de homens livres que trabalham com meios de produção comuns e que agrupem suas forças. Classe sociais e suas lutas o surgimento das classes sociais se dá ao excesso de produção e o surgimento da propriedade privada dos meios de produção, reforçando assim a exploração da classe proletária. Marx não deixou uma teoria sistematizada sobre as classes sociais, mas é possível compreender que para ele, a luta de classe é o que movimenta a história, já que as principais transformações sociais vieram por meio da luta de classes, tendo essencialmente a classe explorada como reformadora, e essa luta conduz a ditadura do proletariado, que consiste na transição para a abolição de todas as classes, para que tenha o fim dessas classes na sociedade.
Na produção da vida os homens geram também outra espécie de produto que não tem forma material, assim a explicação das formas jurídicas, politicas, espirituais e de consciência encontra-se na base econômica e material da sociedade, modo como os homens estão organizados no processo produtivo.
Marx não deixou uma teoria sobre as classes sociais embora este seja um tema obrigatório para que suas interpretações a respeito da desigualdade sociais e da exploração do Estado, a teoria é constituída a partir de elementos do trabalho e o ponto de partida é a produção, a atividade vital do trabalhador, através dela o homem se humaniza.
 Para Marx, as relações de produção capitalista acarretam na criação do mercado, onde o trabalho é negociado por um valor entre o trabalhador livre e o capital, sendo a única mercadoria que pode produzir mais riqueza do que seu próprio valor de troca. Mas apesar da sociedade capitalista se basear na ideologia da igualdade, o valor que o trabalhador produz no tempo em que trabalha para aquele que o contrata, é superior aquele pelo qual vende suas capacidades. Conforme as relações sociais de produção do capitalismo, o valor que é produzido durante o tempo de trabalho excessivo ou aquele que não é pago, é lucro da burguesia. E esse valor é chamado de mais-valia, e esse valor representa a exploração do trabalho do proletariado. Tendo também um papel revolucionário por modificar a organização do trabalho, a burguesia enfraqueceu as antigas classes dominantes, por exemplo a aristocracia feudal e clero. Marx e Engels ficaram atraídos pelo poder revolucionário dessa classe, atuando como a expressão da modernidade e do processo de racionalização. Entretanto, a nova sociedade que estava se formando não anulou a discrepância entre as classes antigas, apenas substituiu por outras duas classes: o proletariado e a burguesia. O proletariado é classificado por Marx e Engels por ter um papel transformados na sociedade capitalista, e segundo eles, somente o proletariado seria a classe de fato revolucionaria. A sociedade capitalista baseia-se na ideologia de igualdade cujo o parâmetro é o mercado.
Comunismo
Seria a nova forma de organização social que seria instalada pela revolução do proletariado, acreditava Karl Marx. A sociedade comunista seria um resultado de uma construção consciente da sociedade humana, colocando ao fim à pré-história da humanidade. Marx afirma ainda que comunismo é a forma necessária e o princípio dinâmico do futuro imediato, mas o comunismo em si, não é uma finalidade do desenvolvimento humano, a forma da sociedade humana. Ia garantir que apenas que a divisão do trabalho passasse a obedecer aos interesses de toda a sociedade, e não interesses particulares. O manifesto comunista iniciou-se com a afirmativa de que as classes sociais sempre se enfrentaram e mantiveram uma luta constante, uma vez ou outra, luta que sempre terminou com a transformação revolucionaria de toda a sociedade ou pelo colapso das classes em luta e que segundo Marx a luta de classe só acabara quando o sistema capitalista for banido e que a divisão de trabalho possa obedecer aos interesses de toda a sociedade. Garantir a apropriação social das condições da existência extingue o ser privado para o ser coletivo.
Conclusões
A complexidade do objeto que o marxismo procura analisar - a gênese das sociedades humanas, suas estruturas econômicas, sociais, políticas, ideológicas e os vínculos que mantém entre si, suas contradições internas e o que as sociedades contemporâneas podem anunciar - resultou num rico manancial tanto de ideias como de equívocos. É impossível catalogar todos os trabalhos que se propuseram a interpretá-lo, a condensá-lo e a rastrear conceitos que se disseminaram por toda a obra marxista em que tomaram formas distintas. O próprio pensamento marxiano evoluiu internamente, sendo aceita por alguns a divisão entre a produção da juventude e a da maturidade. Além disso, ainda que Marx fosse explicitamente contrário às subdivisões dentro das ciências humanas, posteriormente, distintas áreas do conhecimento - como a filosofia, a história, a economia, a antropologia, a linguística e a sociologia - apropriaram-se de certos temas e textos com vistas a aplicar o método histórico materialista à análise de questões contemporâneas, segundo a perspectiva particular de cada uma delas. Movimentos políticos e sociais - tais como grupos feministas, ambientalistas, partidos, sindicatos, movimentos libertários e estéticos vinculados ao teatro revolucionário e popular, ao cinema, às correntes psicanalíticas - encarregaram-se também de examinar as proposições marxianas. Da mesma forma, algumas correntes das ciências sociais retomaram o materialismo na interpretação de temas presentes na sociedade contemporânea, taiscomo as consequências da atuação direta do Estado sobre a economia ou a vida privada, o crescimento dos grupos médios ligados ao setor de serviços, a redução do setor produtivo, o acesso do proletariado aos bens da sociedade de consumo, a utilização eficiente dos recursos comunicação de massas por grupos que sustentam o status quo, as formas de organização econômica, política e militar das grandes potências imperialistas e dos setores em que se experimentam relações sociais livres de repressão. Estudam-se também as causas da miséria, da violência, da injustiça social, as novas instituições familiares e religiosas, o aparecimento de contradições sociais não-classistas, conflitos étnicos, a desintegração política e social do proletariado no sentido clássico e, finalmente, de que modo se pode contribuir na escolha dos caminhos mais compatíveis com os anseios de liberdade e de felicidade humana apontados desde a sociedade grega antiga.
Èmile Durkheim
Émile Durkheim foi um dos pensadores que mais contribuiu para a consolidação da Sociologia como ciência empírica e para sua instauração no meio acadêmico, tornando-se o primeiro professor universitário dessa disciplina. Pesquisador metódico e criativo, deixou um considerável número de herdeiros intelectuais. As referências 
Necessárias para situar seu pensamento são, por um lado, Revolução Francesa e a Revolução Industrial e, por outro, o manancial de ideias que, sobre esses mesmos acontecimentos, vinha sendo formado por autores como Saint-Simon e Comte.
Durkheim recebe também a influência da filosofia racionalista de Kant, do darwinismo, do organicismo alemão e do socialismo de cátedra. Mas seu pensamento não apenas faz eco às ideias recebidas, senão que as refunde num novo sistema, chegando com frequência a contestar tendências intelectuais dominantes de seu tempo. Um dos alvos da crítica durkheimiana, em tal sentido, foi ao que chamou de individualismo utilitarista representado por Herbert Spencer, para quem a cooperação é o resultado espontâneo das ações que os indivíduos executam visando atender a seus interesses particulares. Durkheim via na ciência social uma expressão da consciência racional das sociedades modernas, mas não excluía o diálogo com a História, a Economia e a Psicologia, embora apontasse os limites de cada uma dessas disciplinas na explicação dos fatos sociais. Para Durkheim, o fato social é tratado como objeto de estudo, como coisa. Esse tratamento permite que o fato social seja observado com neutralidade e objetividade, uma vez que valores e sentimentos próprios podem distorcer a realidade do fato. O conceito de solidariedade social, elaborado por Durkheim é conceituado como os “laços que unem os membros entre si e ao próprio grupo” é, portanto, utilizado como instrumento para estabelecer a coesão entre os membros que compõem os diversos grupos numa dada sociedade. Quanto maior a consciência coletiva, ou seja, semelhanças, maior será a coesão. Nessa dimensão consideram-se as características que são comuns ao grupo e outras que são intrínsecas ao indivíduo. Utiliza-se da dinâmica da interdependência e da individualização. A solidariedade pode ser orgânica ou mecânica de acordo com o tipo de sociedade existente. A solidariedade mecânica acontece quando há uma ligação direta estabelecida entre o indivíduo e a sociedade, é o que há de comum entre um e outro. Esta é gradualmente substituída pela solidariedade orgânica, responsável por gerar o processo de individualização devido o processo de divisão do trabalho, que gera uma relação de interdependência entre os indivíduos.
Para tentar comprovar o caráter externo desses modos de agir, de pensar ou de sentir, Durkheim argumenta que eles têm que ser internalizados por meio de um processo educativo desde muito pequenas, lembra, as crianças são constrangidas (ou educadas) a seguir horários, a desenvolver certos comportamentos e maneiras de ser e, mais tarde, a trabalhar. Elas passam por uma socialização metódica e “é uma ilusão pensar que educamos nossos filhos como queremos. Somos forçados a seguir regras estabelecidas no meio social em que vivemos. As representações coletivas são uma das expressões do fato social. Elas compreendem os modos “como a sociedade vê a si mesma e ao mundo que a rodeia.
No estudo da vida social, uma das preocupações de Durkheim era avaliar qual método permitiria fazê-lo de maneira científica, superando as deficiências do senso comum. Para Durkheim, sociedades que aplicam sanções repressivas a seus indivíduos são unidas por laços de solidariedade mecânicos e sociedades que aplicam sanções restitutivas são unidas por laços orgânicos de solidariedade. As penalizações são também forma de coesão da sociedade, uma vez que tem o objetivo de influenciar pessoas honestas a manterem a boa conduta. Para Durkheim, não há força moral superior à força coletiva. Outro fato social apresentado por Durkhei é o suicídio. Para o sociólogo o suicídio é a consequência dos fatos sociais que agem sobre os indivíduos e destaca três tipos de suicídio: Suicídio Egoísta - é aquele em que o ego individual se afirmar demasiadamente face ao ego social, ou seja, há uma individualização desmesurada. As relações entre os indivíduos e a sociedade se afrouxam fazendo com que o indivíduo não veja mais sentido na vida, não tenha mais razão para viver; Suicídio Altruísta: é aquele no qual o indivíduo sente- se no dever de fazê-lo para se livrar de uma vida insuportável. É aquele em que o ego não o pertence, confunde -se com outra coisa que se situa fora de si mesmo, isto é, em um dos grupos a que o indivíduo pertence. Suicídio Anêmico: é aquele que ocorre em uma situação de anomia social, ou seja, quando há ausência de regras na sociedade, gerando o caos, fazendo com que a normalidade social não seja mantida. Este tipo de suicídio é comum a todas as classes sociais. Para Durkheim, os indivíduos imersos nas sociedades estão sujeitos a códigos morais, crenças e rituais religiosos e costumes característicos de cada sociedade e os novos indivíduos são educados para que mantenham vivas as “regras” da sociedade. Desde muito jovem já se é ensinado como se vestir, como falar, como se portar em diferentes ocasiões e, dessa forma os f atos sociais se consolidam. O conceito de f ato social permanece vivo na sociedade moderna. É possível notar de forma clara como os indivíduos seguem, inconscientemente, um manual de boa conduta. Em sua normalidade, os indivíduos saem às ruas vestidos, se organizam em filas e tem uma convivência respeitosa e civilizada. Qualquer ato que se diferencie deste manual é tratado como desrespeito à sociedade e o indivíduo é levado a responder pelo seus por meio de penalizações.
Os equívocos identificados por Durkheim nas interpretações utilitaristas a respeito das causas do estado doentio que se observava nas sociedades modernas levaram-no a enfatizar, em sua tese A divisão do trabalho social, a importância dos fatos morais integração dos homens à vida coletiva.
Conflitos e desordens seriam os sintomas da anomia jurídica e moral presentes na vida econômica, cujo progresso sem precedentes não tinha sido acompanhado pelo desenvolvimento de instituições dotadas de uma autoridade capacitada a regulamentar os interesses e estabelecer limites. A própria moral profissional encontrava-se ainda num nível rudimentar. Quando a sociedade é perturbada por uma crise, torna-se momentaneamente incapaz de exercer sobre seus membros o papel de freio moral, de uma consciência superior à dos indivíduos. Durkheim reconhece que a anarquia é dolorosa, os indivíduos sofrem com os conflitos e desordens, e com a sensação de hostilidade geral e de desconfiança mútua quando eles se tornam crônica.
Como o sociólogo francês o percebia, tal estado de anarquia não poderia ser atribuído somente a uma distribuição injusta da riqueza, mas, principalmente, à falta de regulamentação das atividades econômicas, cujo desenvolvimento havia sido tão extraordinário nos últimos dois séculos que elas acabaram pordeixar de ocupar seu antigo lugar secundário. Ao mesmo tempo, o autor conferiu às anormalidades provocadas por uma divisão anômica do trabalho uma parte da responsabilidade nas desigualdades e nas insatisfações presentes nas sociedades modernas.
Embora a atividade econômica venha acompanhando a civilização, esta não tem, por si só, nada de moralmente obrigatório nem tem servido ao progresso da moral. É justamente nos grandes centros industriais e comerciais onde se vê o crescimento do número de suicídios e da criminalidade, uma das medidas da imoralidade coletiva. Concretamente, o que Durkheim propõe é que, na medida em que o mercado amplia, passando do nível municipal ao internacional, caberia à corporação fazer o mesmo, independentemente de determinações territoriais, e consolidar-se num órgão autônomo, habilitado a estabelecer os princípios específicos dos distintos ramos industriais. Isto não significava fazer ressuscitar artificialmente as corporações medievais, mas reconhecer o papel que elas haviam cumprido enquanto instituições e seu “poder moral capaz de conter os egoísmos individuais, de manter no coração dos trabalhadores um sentimento mais vivo de sua solidariedade comum, de impedir que a lei do mais forte se aplique tão brutalmente às relações industriais e comerciais.
Ele via naquele socialismo apenas indicadores de um mal-estar social expresso em símbolos, pela “maneira como certas camadas da sociedade, particularmente atingidas pelos sofrimentos coletivos, os representam. Vê-se, assim que, sob certas circunstâncias, a divisão do trabalho pode agir de maneira dissolvente, deixando de cumprir seu papel moral: o de tornar solidárias as funções divididas. A ausência de normas - que em situação normal se desprendem por si mesmas como prolongações da divisão do trabalho - impossibilita que a competição presente na vida social seja moderada e que se promova a harmonia das funções. São três os casos em que isto se dá: nas crises industriais e comerciais que denotam que as funções sociais não estão bem adaptadas entre si; nas lutas entre o trabalho e o capital que mostram a falta de unidade e a desarmonia entre os trabalhadores e os patrões; e na divisão extrema de especialidades no interior da ciência.
A moral e a vida social
A moral consiste em “um sistema de normas de conduta que prescrevem como o sujeito deve conduzir-se em determinadas circunstâncias. ” As normas morais têm uma finalidade desejável e desejada para aqueles a quem se destinam. Mas é a sociedade a autoridade moral, é ela que confere às normas morais seu caráter obrigatório. Além dessa moral comum, existe uma diversidade indefinida de outras moralidades, expressas pelas distintas consciências particulares. O valor moral dos atos deve-se a que visam um propósito superior aos indivíduos, sua fonte é mais elevada e seu fim é a sociedade.
A religião e a moral
É como parte dessa preocupação com o estudo da moralidade que a religião ocupa um espaço importante na obra de Durkheim. As religiões primitivas são o ponto de partida de seu estudo por considerar que, em sua clareza e simplicidade, evidenciam o essencial, mais tarde oculto pelo secundário e o acessório. Nas comunidades mais simples, onde é menor o desenvolvimento das individualidades e das diferenças, “o fato religioso ainda traz visível o sinal de suas origens”, mostrando também mais facilmente elementos comuns a todas as sociedades. As religiões são constituídas por “um sistema solidário de crenças e de práticas relativas às coisas sagradas.
 Os fenômenos religiosos são de duas espécies: as crenças, que são estados de opinião, representações, e os ritos, que exprimem modos de conduta. Ambos organizam e classificam o universo das coisas em duas classes ou domínios radicalmente excludentes: o profano e o sagrado.
A religião representa a própria sociedade idealizada, reflete as aspirações “para o bem, o belo, o ideal”, e também incorpora o mal, a morte, e mesmo os aspectos mais repugnantes e vulgares da vida social. As religiões são também os primeiros sistemas coletivos de representação do mundo se isto se dá é porque “a ideia de sociedade é a alma da religião. É, portanto, um fato social. Mas a representação coletiva contém também elementos subjetivos dos quais o pensamento necessita desembaraçar-se para organizar-se cientificamente, logicamente. Em suma, a ciência, a moral e a religião originam-se de uma mesma fonte: a sociedade.
Conclusões 
Embora o método positivista - abraçado pelo autor em seu esforço de constituir uma Sociologia dotada de sólidas bases empíricas - tenha por vezes confundido analistas mais apressados que o identificaram com as tendências conservadoras do pensamento político e social da época, Durkheim esteve atento para o surgimento de novas crenças, ideais e representações, gerados em períodos revolucionários ou de grande intensidade da vida social, capazes de extinguir o “frio moral” pelo qual passavam as sociedades industriais. Seria precisamente esses os momentos de exaltação da vida moral, quando forças psíquicas recém-nascidas permitem aos homens recuperar o vigor de sua fé no caráter sagrado de suas sociedades e transformar seu meio, atribuindo-lhe a dignidade de um mundo ideal. Por outro lado, a profunda fé mantida por Durkheim na capacidade de convivência entre indivíduos idiossincráticos, sem que se pusesse em risco a existência da vida social, atesta sua sensibilidade para as tendências de mudança, embora de caráter pacífico e mesmo reformista, assim como sua esperança no exercício da liberdade responsável num quadro de justiça social e de ideais cosmopolitas que se estenderia a toda a humanidade. s. Suas ideias inspiraram também estudos recentes sobre a desintegração de padrões tradicionais de interação devidos aos processos de urbanização, além de pesquisas sobre a família, a profissão e a socialização.
 
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Em Um toque de clássicos, as autoras buscam simplificar a compreensão da Sociologia como 
saber científico, tratando das mudanças desinentes da industrialização nos âmbitos 
econômicos, políticos e s
ociais, bem como das correntes de pensamentos que antecederam a 
Sociologia e serviram como base para a modernidade europeia. Além do impacto das 
mudanças provocadas pela Revolução Industrial, Revolução Francesa e Reforma Protestante; 
nos apresentando as pr
incipais linhas de pensamento de Marx, Durkheim e Weber, 
desenvolvidas diante dos cenários históricos acima citados.
 
No livro Um toque de Clássicos é abordado como um de seus capítulos em tese os 
antecedentes intelectuais da sociologia, o que nada mais é do que a retratação de temas 
decorrentes da vida cotidiana no século XVIII que deu como 
início
 
a sociologia. Houve 
diversos impactos que foram marcantes para se configurar as primeiras teorias sociais 
modernas, os processos se iniciaram de ordem socioeconômica e mudanças culturais que se 
substituiu por correntes de pensamento de base individua
lista. Mudanças no pensamento, no 
plano das ideias. Em meio a todas essas transformações e mudanças começa
-
se a tentar 
entender a sociedade, um meio de entender esse caos.
 
A sociologia aprofunda
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se 
integralmente na vida humana. Principalmente na vida religi
osa, gerando com isso críticas 
sobre a educação tradicional nas universidades religiosas.
 
A Reforma Protestante foi um momento de muita importância ao contestar a autoridade e a 
intolerância da Igreja. A crença na razão, ou seja, acreditar no poder da razão
, e na forma do 
pensar, trouxe a emancipação do indivíduo quanto à autoridade social e da igreja, trazendo a 
ele uma conquista de direitos e autonomia. Colocando o 
indivíduo
 
como responsável de seu 
destino. Acredita
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se que dessa forma a razão é capaz de mu
dar a lei natural das coisas, como 
os velhos princípios da igreja; 
além
 
desse impacto provoca
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se a Revolução Industrial e a 
Revolução Francesa levando ahumanidade a um grau alto de progresso. O homem com mais 
liberdade passa a conquistar seus direitos, le
vando consigo a pessoa da mulher que até então 
era o 
ser
 
fraco e submisso, passando então a ter sua própria força e conquistando aos 
pouco 
seu espaço
 
na sociedade.
 
O ser humano ficou submetido ao trabalho, a escravidão, a miséria e 
a todos os males imaginá
veis
,
 
o 
movimento Iluminista depositou no humano a capacidade da 
razão da fé, e assim progredir.
 
Os grandes percursores, pensadores e conservadores da sociologia consideram que o caos e a 
imoralidade, solidariedade e sociedade nascidas de grandes guerras, 
geraram o 
enfraquecimento das instituições protetoras, como a igreja e a associações de ofícios que 
haviam garantido a estabilidade social anteriores.
 
Assim, a sociologia observa os fenômenos 
Um Toque de Clássicos 
Resumo do texto pag.25 a pag.85 
Em Um toque de clássicos, as autoras buscam simplificar a compreensão da Sociologia como 
saber científico, tratando das mudanças desinentes da industrialização nos âmbitos 
econômicos, políticos e sociais, bem como das correntes de pensamentos que antecederam a 
Sociologia e serviram como base para a modernidade europeia. Além do impacto das 
mudanças provocadas pela Revolução Industrial, Revolução Francesa e Reforma Protestante; 
nos apresentando as principais linhas de pensamento de Marx, Durkheim e Weber, 
desenvolvidas diante dos cenários históricos acima citados. 
No livro Um toque de Clássicos é abordado como um de seus capítulos em tese os 
antecedentes intelectuais da sociologia, o que nada mais é do que a retratação de temas 
decorrentes da vida cotidiana no século XVIII que deu como início a sociologia. Houve 
diversos impactos que foram marcantes para se configurar as primeiras teorias sociais 
modernas, os processos se iniciaram de ordem socioeconômica e mudanças culturais que se 
substituiu por correntes de pensamento de base individualista. Mudanças no pensamento, no 
plano das ideias. Em meio a todas essas transformações e mudanças começa-se a tentar 
entender a sociedade, um meio de entender esse caos. A sociologia aprofunda-se 
integralmente na vida humana. Principalmente na vida religiosa, gerando com isso críticas 
sobre a educação tradicional nas universidades religiosas. 
A Reforma Protestante foi um momento de muita importância ao contestar a autoridade e a 
intolerância da Igreja. A crença na razão, ou seja, acreditar no poder da razão, e na forma do 
pensar, trouxe a emancipação do indivíduo quanto à autoridade social e da igreja, trazendo a 
ele uma conquista de direitos e autonomia. Colocando o indivíduo como responsável de seu 
destino. Acredita-se que dessa forma a razão é capaz de mudar a lei natural das coisas, como 
os velhos princípios da igreja; além desse impacto provoca-se a Revolução Industrial e a 
Revolução Francesa levando a humanidade a um grau alto de progresso. O homem com mais 
liberdade passa a conquistar seus direitos, levando consigo a pessoa da mulher que até então 
era o ser fraco e submisso, passando então a ter sua própria força e conquistando aos pouco 
seu espaço na sociedade. O ser humano ficou submetido ao trabalho, a escravidão, a miséria e 
a todos os males imagináveis, o movimento Iluminista depositou no humano a capacidade da 
razão da fé, e assim progredir. 
Os grandes percursores, pensadores e conservadores da sociologia consideram que o caos e a 
imoralidade, solidariedade e sociedade nascidas de grandes guerras, geraram o 
enfraquecimento das instituições protetoras, como a igreja e a associações de ofícios que 
haviam garantido a estabilidade social anteriores. Assim, a sociologia observa os fenômenos

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