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1 
 
 
 
 
 
 
 
CELESC 
Eletricista 
 
 
Grandezas Elétricas: tensão, corrente, potência (ativa, reativa, total), frequência, resistência 
de aterramento, isolação elétrica, qualidade de energia. ......................................................... 1 
Medição e instalação de equipamentos de medição. .......................................................... 4 
Componentes elétricos de baixa e média tensão: Disjuntores, transformadores, 
seccionadoras, transformador de corrente e de potencial de baixa e média. ........................... 6 
Inversores de frequência, chaves estáticas de partida suave, contadores, disjuntores-motor, 
multimedidores de grandezas elétricas, capacitores. ............................................................. 20 
Instalação, configuração e parametrização de componentes elétricos de baixa e média 
tensão de. Sistemas de proteção, comando, controle e aterramento. .................................... 23 
Análise e interpretação de projetos elétricos em redes/linhas de distribuição de energia. . 32 
Diagnósticos de defeito de redes de distribuição de alta, média e baixa tensão. .............. 41 
Dimensionamento de condutores e de dispositivos de proteção, comando e controle. ..... 42 
Conceitos de manutenção redes/linhas de distribuição de energia. Manutenção corretiva de 
redes de distribuição de alta, média e baixa tensão, preventiva e preditiva. .......................... 49 
Manuseio e aplicação de instrumentos de ensaios elétricos: Multímetro. ......................... 52 
Segurança e utilização de Equipamento de Proteção Individual e Coletivo - EPI / EPC e dos 
riscos inerentes à atividade incluindo choque elétrico e arco-voltaico. .................................. 57 
Questões ........................................................................................................................... 60 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1597503 E-book gerado especialmente para CRISTIANE SELL DOS SANTOS DE MORAES
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Olá Concurseiro, tudo bem? 
 
Sabemos que estudar para concurso público não é tarefa fácil, mas acreditamos na sua 
dedicação e por isso elaboramos nossa apostila com todo cuidado e nos exatos termos do 
edital, para que você não estude assuntos desnecessários e nem perca tempo buscando 
conteúdos faltantes. Somando sua dedicação aos nossos cuidados, esperamos que você 
tenha uma ótima experiência de estudo e que consiga a tão almejada aprovação. 
 
Pensando em auxiliar seus estudos e aprimorar nosso material, disponibilizamos o e-mail 
professores@maxieduca.com.br para que possa mandar suas dúvidas, sugestões ou 
questionamentos sobre o conteúdo da apostila. Todos e-mails que chegam até nós, passam 
por uma triagem e são direcionados aos tutores da matéria em questão. Para o maior 
aproveitamento do Sistema de Atendimento ao Concurseiro (SAC) liste os seguintes itens: 
 
01. Apostila (concurso e cargo); 
02. Disciplina (matéria); 
03. Número da página onde se encontra a dúvida; e 
04. Qual a dúvida. 
 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhar em e-mails separados, 
pois facilita e agiliza o processo de envio para o tutor responsável, lembrando que teremos até 
cinco dias úteis para respondê-lo (a). 
 
Não esqueça de mandar um feedback e nos contar quando for aprovado! 
 
Bons estudos e conte sempre conosco! 
1597503 E-book gerado especialmente para CRISTIANE SELL DOS SANTOS DE MORAES
 
1 
 
 
 
Grandezas Elétricas1 
 
Tensão elétrica (Diferença de Potencial – DDP) 
Tensão elétrica é a diferença de potencial entre dois pontos e é medida em Volts (V). Como exemplo, 
podemos medir 12V entre os polos de uma bateria, podemos também medir 220V entre os pinos de uma 
tomada. Enquanto a bateria apresenta uma tensão contínua, A tensão da tomada se inverte de polaridade 
60 vezes por segundo e é chamada, portanto, de tensão alternada de 60Hz. Como mostra a figura abaixo. 
 
 
 
Corrente 
Corrente elétrica é o fluxo de elétrons que percorre um circuito elétrico quando este é conectado a uma 
fonte de tensão elétrica. Sua unidade de medida é o ampère. Sua intensidade varia de acordo com a 
carga, ou seja, para uma mesma intensidade de tensão, quanto maior a carga, maior a corrente elétrica. 
Uma fonte de tensão contínua, como a bateria, provoca uma corrente contínua no circuito, enquanto 
que, uma fonte de tensão alternada, como a tomada, provoca no circuito uma corrente alternada. 
 
Potência 
Potência elétrica é a capacidade de produzir trabalho, em um circuito simples é calculada como sendo 
um produto da tensão pela corrente (Potência = Tensão x Corrente). 
Em um circuito de corrente alternada podemos encontrar 3 tipos de potência: ativa, reativa, total ou 
aparente. 
 
Potência Ativa 
Potência ativa é medida em kW (quilowatts) e é basicamente consumida na parte resistiva dos circuitos 
elétricos, incluindo-se as resistências naturais dos condutores elétricos. 
A potência ativa que é consumida em um determinado tempo nos leva a energia ativa, que é medida 
em kWh (quilowatts/ hora). 
 
Potência Reativa 
Potência reativa é medida em kVAr. É utilizada basicamente para carga nos capacitores e para 
produção de campos magnéticos nas bobinas dos motores e transformadores. 
Como não é propriamente consumida, mas temporariamente utilizada e depois devolvida, as 
concessionárias de energia elétrica impõem limites a sua utilização. Como capacitores e bobinas se 
utilizam da potência reativa em tempos inversos, usa-se acrescentar capacitores nas instalações elétricas 
onde há bobinas, para que troquem potência reativa entre si, melhorando assim o fator de potência e 
evitando-se multas por parte da concessionária. 
Potência Total ou Aparente 
Potência total ou aparente é medida em kVA (kilo Volt Ampére). É a soma vetorial das potências ativa 
(kW) e reativa (kVAr). Como mostra a figura abaixo. 
 
1http://www.eficien.com.br 
Grandezas Elétricas: tensão, corrente, potência (ativa, reativa, total), frequência, 
resistência de aterramento, isolação elétrica, qualidade de energia. 
 
1597503 E-book gerado especialmente para CRISTIANE SELL DOS SANTOS DE MORAES
 
2 
 
 
 
Tendo como analogia um copo de chopp podemos visualizar a potência total. O líquido do chopp é 
representado pela potência ativa e a espuma a potência reativa em kVAr, a soma dos dois representaria 
a potência total ou aparente. 
Seguindo a mesma lógica, é importante manter os níveis de circulação de potência reativa nas 
instalações o mais baixo possível, para que permaneça mais espaço para a circulação de potência ativa. 
Desta forma, quanto mais próximos os valores de potência ativa e da potência total, a instalação de 
apresentará mais eficiente e com menos perdas. 
 
Frequência 
 
Frequência é a repetição de determinados eventos em um intervalo de tempo. No caso da corrente 
elétrica, é a quantidade de vezes que a corrente completa um ciclo de alternância dos sentidos em um 
segundo (muda de polaridade do positivo para o negativo e vice-versa). Frequência é o Hertz (Hz). Um 
Hertz é igual a um ciclo por segundo (c/s). No caso do Brasil a corrente alternada que é distribuída possui 
a frequência de 60 Hz. 
Resistência Elétrica 
 
Ao aplicar-se uma tensão U, em um condutor qualquer se estabelece nele uma corrente elétrica de 
intensidade i. Para a maior parte dos condutores estas duas grandezas são diretamente proporcionais, 
ou seja, conforme uma aumenta o mesmo ocorre à outra. 
Desta forma: 
 
 
A esta constante chama-se resistência elétrica do condutor (R), que depende de fatores como a 
natureza do material. Quando esta proporcionalidade é mantida de forma linear, chamamos o condutor 
de ôhmico, tendo seu valor dado por: 
 
 
Sendo R constante, conforme enuncia a 1ª Lei de Ohm: Para condutores ôhmicos a intensidade da 
corrente elétrica é diretamente proporcional à tensão (ddp) aplicada em seus terminais. 
A resistência elétrica tambémpode ser caracterizada como a "dificuldade" encontrada para que haja 
passagem de corrente elétrica por um condutor submetido a uma determinada tensão. No SI a unidade 
adotada para esta grandeza é o ohm (Ω), em homenagem ao físico alemão Georg Simon Ohm 
 
Condutores e Isolantes 
Em alguns tipos de átomos, especialmente os que compõem os metais - ferro, ouro, platina, cobre, 
prata e outros -, a última órbita eletrônica perde um elétron com grande facilidade. Por isso seus elétrons 
recebem o nome de elétrons livres. 
Estes elétrons livres se desgarram das últimas órbitas eletrônicas e ficam vagando de átomo para 
átomo, sem direção definida. Mas os átomos que perdem elétrons também os readquirem com facilidade 
dos átomos vizinhos, para voltar a perdê-los momentos depois. No interior dos metais os elétrons livres 
vagueiam por entre os átomos, em todos os sentidos. 
 
1597503 E-book gerado especialmente para CRISTIANE SELL DOS SANTOS DE MORAES
 
3 
 
 
 
Devido à facilidade de fornecer elétrons livres, os metais são usados para fabricar os fios de cabos e 
aparelhos elétricos: eles são bons condutores do fluxo de elétrons livres. Já outras substâncias - como o 
vidro, a cerâmica, o plástico ou a borracha - não permitem a passagem do fluxo de elétrons ou deixam 
passar apenas um pequeno número deles. Seus átomos têm grande dificuldade em ceder ou receber os 
elétrons livres das últimas camadas eletrônicas. São os chamados materiais isolantes, usados para 
recobrir os fios, cabos e aparelhos elétricos. 
 
 
Essa distinção das substâncias em condutores e isolantes se aplica não apenas aos sólidos, mas 
também aos líquidos e aos gases. Dentre os líquidos, por exemplo, são bons condutores as soluções de 
ácidos, de bases e de sais; são isolantes muitos óleos minerais. Os gases podem se comportar como 
isolantes ou como condutores, dependendo das condições em que se encontrem. 
O que determina se um material será bom ou mau condutor térmico são as ligações em sua estrutura 
atômica ou molecular. Assim, os metais são excelentes condutores de calor devido ao fato de possuírem 
os elétrons mais externos "fracamente" ligados, tornando-se livres para transportar energia por meio de 
colisões através do metal. Por outro lado, temos que materiais como lã, madeira, vidro, papel e isopor 
são maus condutores de calor (isolantes térmicos), pois, os elétrons mais externos de seus átomos estão 
firmemente ligados. 
Os líquidos e gases, em geral, são maus condutores de calor. O ar, por exemplo, é um ótimo isolante 
térmico. Por este motivo quando você põe sua mão em um forno quente, não se queima. Entretanto, ao 
tocar numa forma de metal dentro dele você se queimaria, pois, a forma metálica conduz o calor 
rapidamente. A neve é outro exemplo de um bom isolante térmico. Isto acontece porque os flocos de neve 
são formados por cristais, que se acumulam formando camadas fofas aprisionando o ar e dessa forma 
dificultando a transmissão do calor da superfície da Terra para a atmosfera. 
 
Qualidade de Energia2 
 
O termo Qualidade da Energia Elétrica está relacionado a qualquer desvio que possa ocorrer na forma 
de onda. Dentre os fenômenos podemos citar: afundamentos, elevações e interrupções da tensão, 
distorções harmônicas, flutuação de tensão (Flicker), desequilíbrio de tensão, variações da frequência, 
sobretensões e subtensões. 
Na prática estes distúrbios podem ser causados por partida de motores, cargas não lineares, cargas 
especiais, má distribuições das cargas monofásicas, descargas atmosféricas entre outros. 
Deste modo, a Qualidade da Energia Elétrica é um fator de suma importância para todos os tipos de 
atividades, sejam estas industriais, comerciais ou de serviços. Portanto para manter o nível dos 
parâmetros de qualidade dentro de limites aceitáveis, é indispensável que haja um acompanhamento de 
forma permanente. 
 
 
 
 
 
2http://www.gestal.com/produtos/qualidade-de-energia-prodist 
1597503 E-book gerado especialmente para CRISTIANE SELL DOS SANTOS DE MORAES
 
4 
 
 
 
Instrumentos Elétricos Para Medições3, 4, 5, 6 
 
Voltímetro 
É o instrumento utilizado para medir a grandeza de uma tensão elétrica. 
 
Voltímetro 
 
Assim como uma tensão apresenta duas modalidades distintas, a contínua e a alternada, também um 
voltímetro apresentará terminais diferentes, devidamente identificados, para o emprego específico da 
medição em cada modalidade. 
Antes do seu emprego, deverá ser observada a capacidade máxima de leitura do instrumento tanto 
para a tensão contínua como para a tensão alternada, pois nessas duas modalidades podem haver limites 
distintos. 
Outro aspecto que também deve ser apreciado previamente ao uso, é a escala a ser utilizada em 
função da grandeza da tensão a ser medida. Na dúvida do valor a ser medido, a maior escala deverá ser 
utilizada, sendo empregada a escala subsequente inferior no caso de não sensibilidade à medição. 
A unidade padrão de representação da tensão é o Volt, podendo ainda o voltímetro, dependendo de 
suas especificações e devido emprego, apresentar escalas em múltiplos do Volt, como o quilovolt, “kV”, 
que representa 1000 V, e submúltiplos do Volt, como o milivolt, “mV”, que representa 0,001 V. 
Para se realizar a medição, sua ligação ao circuito é feita pelo contato de suas ponteiras com os 
terminais dos potenciais elétricos que geram a tensão, numa ligação chamada de paralela, que representa 
uma ligação por um caminho alternativo à corrente no circuito. 
 
Amperímetro 
É o instrumento utilizado para medir a grandeza de uma corrente elétrica. 
 
 
Amperímetro 
 
Assim como no caso do voltímetro, apresenta leitura para os dois tipos de corrente elétrica, a contínua 
e a alternada, com terminais específicos. 
Geralmente, seu campo de medição é restrito, devido principalmente aos fatores risco e robustez entre 
outros, sendo suas medições restritas à grandeza de 10 A ou mesmo em limite ainda menor. 
Como consequência da limitação de seu campo de medição, a unidade padrão de representação da 
corrente é o Ampère, “A”, não apresentando, geralmente, múltiplos dessa unidade mas sim submúltiplos 
como o miliampère, “mA”, que representa 0,001 A, e mesmo o microampère, “mA”, que representa 
0,000001 A. Para se realizar a medição, sua ligação ao circuito é feita pela inserção no circuito, ligação 
 
3FOWLER, Richard J. Eletricidade - Princípios e Aplicações. São Paulo: Makron Books do Brasil, 1992. 
4GUSSOW, Milton. Eletricidade básica. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1985. 
5U.S. NAVY, Bureau of Naval Personnel. Curso completo de eletricidade. São Paulo: Hemus, 1980. 
6MARINHA DO BRASIL - DIRETORIA DE PORTOS E COSTAS - ENSINO PROFISSIONAL MARÍTIMO - CURSO DE FORMAÇÃO DE AQUAVIÁRIOS - 
MÓDULO MARÍTIMO - CFAQ - III 
 
Medição e instalação de equipamentos de medição. 
 
1597503 E-book gerado especialmente para CRISTIANE SELL DOS SANTOS DE MORAES
 
5 
 
de suas ponteiras com terminais de um mesmo condutor, numa ligação chamada de série, que representa 
uma ligação onde a corrente circulante é a mesma do circuito. 
Alicate amperímetro 
É um tipo de amperímetro especial, aplicado à medição de maiores intensidades de correntes 
alternadas. 
 
Alicate amperímetro 
 
Seu princípio de funcionamento baseia-se no processo de indução eletromagnética, o que resolve os 
problemas de periculosidade e robustez, já que a corrente em medição não circula pelo interior do 
instrumento. Sua instalação no circuito a ter sua corrente medida é feita pela abertura de garras móveis 
possibilitando o envolvimento do condutor onde a medição será realizada. Em nenhum momento o alicate 
amperímetro é inserido no circuito, o que torna seu emprego seguro e ágil. Quanto aos cuidados na 
escolha de escala, devem ser seguidos os mesmos procedimentos do amperímetro. 
 
Ohmímetro 
É o instrumento utilizado para medir a grandeza de uma resistência elétrica. 
 
Ohmímetro 
 
Dos instrumentos de medição elétrica, é o único que, obrigatoriamente,deve ser utilizado com o circuito 
desenergizado, sua unidade básica de representação é o Ohm, “Ω“ havendo ainda escala em múltiplos, 
como o quilohm, “kΩ“, que representa 1000Ω, e em submúltiplos, como o miliohm, “mΩ “, que representa 
0,001Ω. Sua instalação para efetuar a medição é feita pelo contato de suas ponteiras com os terminais 
da resistência elétrica a ser medida, sempre com o circuito desenergizado. 
Outro emprego para o ohmímetro é a realização do “teste de continuidade”, que consiste de, pela 
medição da resistência elétrica, verificar se um condutor encontra-se íntegro ou rompido. Estando o 
condutor íntegro, a resistência elétrica será mínima, praticamente “zero”. Porém, estando o condutor 
rompido, o ohmímetro estará ligado como que a dois condutores distintos, compondo uma alta resistência 
elétrica pela falta de continuidade. 
 
Megohmetro 
É um tipo especial de ohmímetro utilizado para medições de grandes resistências elétricas. Para tanto, 
sua unidade básica de representação da resistência elétrica é o megaohm, “MW”, que representa 
1000000 W, daí vindo sua designação. 
1597503 E-book gerado especialmente para CRISTIANE SELL DOS SANTOS DE MORAES
 
6 
 
 
Megohmetro 
Seu princípio de funcionamento é, basicamente, idêntico ao do ohmímetro, assim como também seus 
cuidados operacionais. 
Em termos práticos, utiliza-se um ohmímetro para se realizar medições de resistências elétricas de um 
circuito, enquanto utiliza-se um megohmetro para medir resistências de isolamento elétrico. 
 
Wattímetro 
É o instrumento utilizado para se medir a grandeza da potência elétrica de um circuito. Por estar ligado 
à tensão e à corrente do circuito, ou seja, informações reais, sua indicação é de potência efetiva, portanto 
em Watt, “W”. 
 
Wattímetro 
 
Normalmente possui três terminais de ligações, sendo um comum, a ser ligado num terminal do 
condutor, um paralelo, ligado em relação ao comum, que medirá a intensidade da tensão no circuito, e 
um série, ligado em relação ao comum, que medirá a intensidade da corrente no circuito. 
No caso de um circuito de corrente contínua, sua indicação é basicamente o mesmo valor da 
multiplicação do valor demonstrado pelo voltímetro pelo valor demonstrado pelo amperímetro. 
Já no caso de um circuito de corrente alternada, onde a presença de um wattímetro torna-se essencial, 
o valor da leitura deste dividido pelo produto dos valores das leituras do voltímetro e do amperímetro, 
permitirão a determinação real do valor de grandeza do fator de potência, o “cos ϕ”, que, como já 
observado, tem valor real variável. Geralmente, sua unidade básica de representação potência elétrica é 
feita em quilowatt, “kW”, que representa 1000 W. 
 
 
 
Construção de Subestações e Linhas de Transmissão em Tensão de Transmissão e 
Distribuição. 
 
As subestações de distribuição são as unidades responsáveis pela recepção da energia elétrica 
derivada de redes de subtransmissão em alta tensão. 
Componentes elétricos de baixa e média tensão: Disjuntores, transformadores, 
seccionadoras, transformador de corrente e de potencial de baixa e média. 
 
1597503 E-book gerado especialmente para CRISTIANE SELL DOS SANTOS DE MORAES
 
7 
 
São componentes de uma subestação de distribuição: 
 
- o transformador; 
- chaves; 
- seccionadores; 
- disjuntores e 
- equipamentos de mediação e proteção contra raios ou curto circuitos. 
 
Diferença entre subestações de distribuição e subestação de transmissão 
As subestações de distribuição estão localizadas nos centros urbanos, pois são elas que distribuem a 
energia para as redes de distribuição. Já as de transmissão, estas não se localizam em centros urbanos. 
A energia é gerada através de diversos tipos de usinas, como a hidráulica, eólica, térmica, fotovoltaica, 
entre outras e chega ao seu fim até que se converta na forma de eletricidade. Para que a energia seja 
conduzida, utilizam-se linhas de transmissão. 
Os componentes básicos do sistema elétrico servem para transportar a energia gerada em altas 
tensões, além de realizar a interligação de múltiplos sistemas de transmissão, o que permite o intercâmbio 
de energia, além de permitir a continuidade do fornecimento às cargas, ainda que seja em casos de 
emergência. 
As linhas aéreas, subterrâneas ou subaquáticas permitem a transmissão de energia. A condução 
convencional acontece por linhas aéreas, que se caracterizam por utilizarem condutos nus em sua 
extensão, que se conectam por isoladores. As linhas subterrâneas usam cabos isolados e instalados em 
redes de dutos, as subaquáticas possuem algumas limitações técnicas e econômicas, porém acabam 
tendo grande utilidade em projetos de travessias de rios e canais que contenham um grande vão, o que 
torna dificultoso a escolha de outra alternativa. 
As linhas de transmissão podem transportar energia em corrente alternada ou contínua. O sistema em 
corrente alternada usa redes trifásicas que contenham um ou mais subcondutores por fase, e acaba 
sendo utilizado devido a sua flexibilidade, já que permite gerar, transmitir e distribuir energia elétrica na 
tensão mais econômica e segura. 
Por sua vez, a transmissão em corrente contínua tem sido aproveitada para transportar grandes blocos 
de potência a elevadas distâncias, por um ou dois polos com diversos condutores por polo. 
No caso das hidroelétricas e termelétricas os geradores são do tipo síncrono operando na frequência 
nominal de 60 Hz, que é a frequência dos sistemas elétricos brasileiros. Observa-se que as máquinas da 
maior usina do Brasil, a Usina de Itaipu-Binacional, do lado paraguaio funcionam em 50 Hz, mas são 
interligadas por um sistema de corrente contínua com a região Sudeste do Brasil. Conversores 
retificadores são utilizados para produzir a corrente contínua em Foz do Iguaçu - PR, enquanto que em 
Ibiúna -SP há inversores para produzir a corrente alternada.7 
A tensão de saída dos geradores é ampliada a níveis mais altos por meio dos transformadores 
elevadores das usinas. Isto é feito para viabilizar as transmissões a média e longa distâncias, diminuindo-
se desta forma, a corrente elétrica e, portanto, possibilitando o uso de cabos condutores de bitolas 
razoáveis, com adequados níveis de perdas joule e de queda de tensão ao longo das linhas de 
transmissão. 
Com relação às fontes convencionais observa-se que as usinas térmicas apresentam, em geral como 
característica básica, um menor custo de construção, maior custo de operação e de manutenção, 
possibilidades de serem alocadas mais próximas do mercado consumidor e a possibilidade de operação 
a plena carga garantida (supondo-se não haver qualquer tipo de restrição à obtenção do combustível e 
excluindo os períodos de manutenção programada ou forçada). 
Em vista dos custos praticamente proibitivos do óleo combustível em países importadores de petróleo, 
as alternativas de geração térmica têm como principais opções as usinas nucleares, as térmicas a carvão 
e mais recentemente no Brasil as térmicas a gás natural. 
No caso de geração nuclear, as usinas normalmente são situadas o mais próximo possível dos locais 
de consumo com o objetivo de minimizar os custos da transmissão. Tais localizações dependem também 
dos aspectos de segurança e conservação ambiental. 
 
Como ocorre o transporte de energia elétrica 
O transporte de energia ocorre por variados segmentos da rede elétrica e são definidos com base na 
função que desempenham: 
- transmissão: são as redes que interligam a geração aos centros de carga. 
 
7 sistemas.eel.usp.br/docentes/arquivos/5840834/59/SistemaEletrico1.pdf 
1597503 E-book gerado especialmente para CRISTIANE SELL DOS SANTOS DE MORAES
 
8 
 
- interconexão: é a interligação entre sistemas independentes. 
 
O sistema elétrico8 
Subtransmissão: rede para casos onde a distribuição não se conecta a transmissão, havendo estágio 
intermediário de repartição da energia entre várias regiões. 
Distribuição: rede que interliga a transmissão (ou subtransmissão)aos pontos de consumo sendo 
subdividida em distribuição primária (nível de média tensão - MT) ou distribuição secundária (nível de uso 
residencial). 
As tensões usuais de transmissão adotadas no Brasil, em corrente alternada, podem variar de 138 kV 
até 765 kV incluindo neste intervalo as tensões de 230 kV, 345 kV, 440 kV e 500 kV. 
Os sistemas ditos de subtransmissão contam com níveis mais baixos de tensão, tais como 34,5 kV, 69 
kV ou 88 kV e 138 kV e alimentam subestações de distribuição, cujos alimentadores primários de saída 
operam usualmente em níveis de 13,8 kV. Junto aos pequenos consumidores existe uma outra redução 
do nível de tensão para valores entre 110 V e 440 V, na qual operam os alimentadores secundários. 
As redes com tensões nominais iguais ou superiores a 230 kV são denominadas de Redes em EHV - 
Extra Alta Tensão e no Brasil formam a chamada rede “Básica” de transmissão. As redes com tensões 
nominais iguais e entre 69 kV e 138 kV são denominadas Redes em AT –Alta Tensão. As redes com 
tensão nominal entre 1 kV e 69 kV são denominadas Redes em MT – Média Tensão (ou em Tensão 
Primária) e os sistemas com tensões abaixo de 1 kV formam as Redes em Baixa Tensão (ou em Tensão 
Secundária). 
No Brasil existe um sistema que opera em corrente contínua, o Sistema de Itaipu, com nível de tensão 
de ± 600 kVDC. 
Para se escolher transmissão entre sistemas de corrente alternada ou corrente contínua são feitos 
estudos técnicos e econômicos. Sistemas de corrente contínua começam a se mostrar viáveis para 
distâncias acima de 600 ~ 800 km. 
No caso de transmissão em corrente alternada, o sistema elétrico de potência é constituído 
basicamente pelos geradores, estações de elevação de tensão, linhas de transmissão, estações 
seccionadoras e estações transformadoras abaixadoras. 
Na transmissão em corrente contínua a estrutura é essencialmente a mesma, diferindo apenas pela 
presença das estações conversoras junto à subestação elevadora (para retificação da corrente) e junto à 
subestação abaixadora (para inversão da corrente) e ainda pela ausência de subestações intermediárias 
abaixadoras ou de seccionamento, 
As linhas de transmissão em corrente contínua apresentam custo inferior ao de linhas em corrente 
alternada enquanto que as estações conversoras ainda apresentam custo relativamente alto, portanto a 
transmissão em corrente contínua somente se mostra vantajosa em aplicações específicas como na 
interligação de sistemas com frequências diferentes ou para transmissão de energia a grandes distâncias. 
A necessidade de sistemas de transmissão em tensão superior à de geração e de distribuição se deve 
a impossibilidade de transmitir diretamente, mesmo em distâncias relativamente pequenas, a potência 
elétrica gerada nas usinas, pois as correntes seriam elevadas e as quedas de tensão e as perdas de 
potência na transmissão inviabilizariam técnica e economicamente as transmissões. Esse problema é 
tanto mais grave quanto maior for a distância de transmissão e quanto maior for a potência a ser 
transmitida. Com a elevação da tensão, a potência gerada nas usinas (que é função do produto da tensão 
pela corrente) pode ser transmitida com correntes inferiores às de geração, o que viabiliza a transmissão. 
Um fator importante na minimização dos custos de transmissão e de distribuição está ligado à escolha 
da seção dos cabos condutores das linhas, ou seja, de sua resistência ôhmica. Como o custo das linhas 
(e do sistema de transmissão) aumenta de forma linear com a seção condutora e as perdas ôhmicas (e, 
portanto, o seu custo) variam com o inverso da seção dos condutores, existe um ponto de mínimo custo, 
que corresponde a seção condutora ótima. 
Os consumidores, individualmente, requerem potências inferiores às transmitidas. Portanto, são 
previstas estações abaixadoras nas quais as tensões de transmissão são transformadas para níveis 
compatíveis com as cargas que vão alimentar regionalmente. Observa-se que as pequenas potências de 
distribuição transportadas por circuitos aéreos ou subterrâneos nas ruas ou avenidas são adequadas às 
baixas tensões, também por questões de segurança. 
Em resumo, sob o ponto de vista funcional e também operacional, a estrutura de um sistema elétrico 
pode ser dividida em várias subestruturas baseadas sobretudo nos seus diversos níveis de tensão: 
geração/ transmissão/ sub transmissão/ distribuição (primária e secundária). 
A energia tem tensão variável durante a geração, a transmissão e a distribuição: 
 
8 sistemas.eel.usp.br/docentes/arquivos/5840834/59/SistemaEletrico1.pdf 
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9 
 
Estação geradora A energia elétrica pode vir de diferentes fontes. Nas hidrelétricas, a queda-d'água 
movimenta um gerador, que cria um campo magnético, produzindo corrente elétrica. 
 
 
Subestações de transmissão A energia sai da usina direto para estações de transmissão, onde 
passa por transformadores que aumentam sua voltagem. Em seguida, segue pelas linhas de alta tensão. 
 Linhas de transmissão Torres de alta tensão levam a eletricidade por longas distâncias. Para reduzir 
as perdas energéticas durante a transmissão, ela é transportada em altíssima voltagem. 
Subestações de distribuição A eletricidade passa pelos transformadores de tensão nas 
subestações, que diminuem a voltagem dela. Só então segue pela rede de distribuição. 
 
 
Fiação dos postes A energia passa pelos transformadores de distribuição, que rebaixam a voltagem 
de novo. Depois, passa pela fiação - aérea ou subterrânea -, que a leva até as ruas. 
 
 Consumidor final Nas tomadas de nossa casa, a energia está disponível para utilização no mesmo 
momento em que é gerada, fazendo funcionar equipamentos eletrônicos e interruptores. 
 
Manutenção de subestações e linhas de transmissão energizadas e não energizadas em tensão 
de transmissão e distribuição. 
 
Uma subestação de energia elétrica é a responsável pela distribuição de energia elétrica das usinas 
às casas das pessoas. É na subestação que a energia chega das usinas, em um nível muito elevado e 
inadequado para distribuição, e na sequência é transformada e rebaixada até um padrão que possa ser 
utilizada pelo consumidor. 
Por ser um ambiente que envolve muita tensão elétrica e é essencial para o dia a dia de indústrias, 
comércios, escolas, hospitais, residências e estabelecimentos em geral, a manutenção de subestação de 
energia elétrica é um trabalho de grande responsabilidade e que deve ser executado perfeitamente, sem 
margem para equívocos. 
O grau de dificuldade também deve ser considerado sempre que uma empresa for realizar a 
manutenção de subestação de energia elétrica. Isso porque em muitos casos, os próprios equipamentos 
que compõem as subestações não indicam claramente que exista um problema. Nestes casos, a 
experiência dos profissionais envolvidos e o uso de modernas técnicas e ferramentas são fundamentais. 
Também é necessário realizar uma limpeza geral da subestação, observando a conservação geral dos 
equipamentos e a presença de poeira em conexões elétricas e contatos. Medidas simples como as citadas 
podem retardar o desgaste dos mesmos e ainda evitar problemas de isolamento, comuns quando não há 
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10 
 
uma manutenção eficaz. Outro ponto a ser analisado com atenção é o efeito causado pela umidade, 
poluentes urbanos e gases atmosféricos sobre a conexão elétrica, o que pode levar à deterioração com 
o tempo. 
Um bom trabalho de manutenção de subestação de energia elétrica deve medir periodicamente a 
temperatura dos equipamentos no local. Utilizando um termômetro de mira a laser, é possível identificar 
com precisão eventuais elevações, ou declínios, na temperatura da subestação. O procedimento é 
indicado para encontrar falhas elétricas e evitar paradas não planejadas, que sempre acabam gerando 
um alto valor à geradora de energia.Histórico 
As primeiras aplicações de caráter econômico de energia elétrica datam de 1870, aproximadamente, 
época em que as máquinas elétricas atingiram o estágio que permitiu seu uso na geração e na utilização 
de energia elétrica como força motriz em industrias e transportes. A iluminação pública, com lâmpadas 
de arco voltaico, apresentava-se como uma alternativa à iluminação a gás. Como energia primária, 
utilizava-se quase que exclusivamente máquinas a vapor estacionárias, ou locomoveis, queimando 
carvão ou lenha, em pontos próximos de sua utilização. 
Somente em 1882 é que foi constituída a primeira empresa destinada a gerar e vender energia elétrica, 
agora mais facilmente utilizável, em virtude da invenção da lâmpada incandescente por Thomas Edison. 
Foi o mesmo Edison o autor do projeto e o responsável pela instalação da usina da rua Pearl, em Nova 
Iorque, cujos dínamos eram acionados por máquinas a vapor. A rede de distribuição abrangia uma área 
de 1600m de raio em torno da usina. A energia fornecida, em 110 V de corrente contínua era para uso 
geral, abrangendo inicialmente a iluminação pública e residencial, além de umas poucas aplicações para 
força motriz. A aceitação foi imediata e o sistema exigiu novas adições. Isso só era possível com a 
construção de novas centrais, em virtude de limitações econômicas e técnicas impostas ao transporte de 
energia a distâncias maiores. Esse fato por si só, constituía-se em uma importante limitação ao uso de 
energia elétrica. 
O emprego da corrente alternada foi desenvolvido na França, com a invenção dos transformadores, 
permitindo o transporte econômico da energia elétrica, em potências maiores a distâncias maiores. Em 
maio de 1888, Nicola Tesla, na Europa, apresentou um artigo descrevendo motores de indução e motores 
síncronos bifásicos. O sistema trifásico seguiu-se logo com o desenvolvimento dos motores e geradores 
síncronos de indução. As vantagens sobre os sistemas de CC fizeram com que os sistemas de CA 
passassem a ter um desenvolvimento muito rápido. 
 A primeira linha de transmissão de que se tem registro no Brasil, foi construída por volta de 1883, na 
cidade de Diamantina, Minas Gerais. Tinha por fim transportar a energia produzida em uma usina 
hidrelétrica, construída por duas rodas d’água e dois dínamos Grame, a uma distância de 2km, 
aproximadamente. A energia transportada acionava bombas hidráulicas em uma mina de diamantes. 
Consta que era a LT mais longa do mundo na época. 
Em 1901, com a entrada em serviço da central hidrelétrica de Santana do Parnaíba, a então San Paulo 
Tramway Light and Power Co. Ltd. Construiu as primeiras linhas de seu sistema de 40kV. Em 1914, com 
a entrada em serviço da usina hidrelétrica de Itupararanga, a mesma empresa introduziu o padrão 88kV, 
que até hoje mantém e adotou também para subtransmissão. Esse padrão de tensão foi, em seguida, 
adotada pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro, Estrada de Ferro Sorocabana e, através desta, 
USELPA, hoje integrada ao sistema Cesp. Entre 1945 e 1947, foi construída a primeira linha de 230kV 
no Brasil, com um comprimento aproximado de 330km, destinada a interligar os sistemas Light Rio-São 
Paulo, operando inicialmente em 170kV e, passando, em 1950 a operar em 230kV. 
Foi também a primeira interligação em dois sistemas importantes no Brasil. Seguiram-se a partir daí, 
as linhas de 345kV da CEMIG e FURNAS, 460kV da CESP, as linhas de 500kV do sistema de FURNAS 
e 800kV do sistema ITAIPU. 
 
Manutenção Preventiva 
Diagnóstico completo da situação atual do sistema e seus equipamentos: Realizamos testes nos 
equipamentos da subestação (transformadores, disjuntores, painéis, chaves seccionadoras, etc) para 
verificar a condição de cada um deles, com o objetivo de determinar a necessidade de troca ou reforma. 
Também são realizados testes funcionais para checar a operação completa do sistema, detectando 
eventuais problemas de interfaces. Para estes testes, são utilizados os equipamentos de 
comissionamento. 
 
 
 
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Execução de limpeza, inspeção visual, reaperto de todas as conexões e interligações. 
Nossa recomendação é que a manutenção preventiva seja realizada anualmente, para prever 
potenciais falhas e tomar as ações necessárias para evitar desligamentos. Além disso, quando a 
manutenção é realizada a vida útil dos equipamentos da subestação é aumentada, pois o desgaste 
causado por pontos de aquecimento, deterioração do óleo isolante nos transformadores e nos disjuntores, 
reduz drasticamente a vida útil dos equipamentos da subestação. 
 
Manutenção Corretiva 
Geralmente quando a manutenção corretiva de linhas de transmissão aéreas é caracterizada pela 
substituição do item danificado. Por exemplo, as vibrações eólicas podem ocasionar a ruptura do cabo 
seja ela na parte de sustentação que é a mais frequente, ou em algum ponto do lance do cabo. Para se 
corrigir isso terá que substituir o cabo rompido entre as torres onde foi ocasionado o problema. O vento 
também pode ocasionar a derrubada de torres de transmissão, e isto se agrava porque a torre que cai 
pode puxar várias outras em cascata, e neste caso também há a necessidade de substituição de torres e 
cabos condutores. 
Em casos onde há corrosão de partes metálicas, se não for controlada também possivelmente 
acarretará na substituição das peças corroídas. Isso pode acontecer tanto em cabos condutores quanto 
em estruturas. 
Acidentes aéreos e automobilísticos também são fatores que podem acionar as equipes de 
manutenção corretiva, pois na maioria das vezes estruturas e equipamentos são danificados, acarretando 
no reparo ou até mesmo na substituição dos mesmos. 
No caso de isoladores, o problema crítico é o vandalismo que ocorre nestes equipamentos, e pelo fato 
de não haver uma manutenção preventiva para este problema que desencadeia a substituição dos 
isoladores danificados. 
Citado na manutenção preventiva, a manutenção da área de servidão deve ser bem realizada e com 
uma certa periodicidade, porque o não cumprimento disto pode levar a uma ação corretiva que 
possivelmente será mais cara e complicada. 
Na manutenção corretiva existe um método bastante difundido que é a manutenção em linha viva. 
Compreende na manutenção da linha sem a necessidade do desligamento da mesma. Existem dois 
métodos que podem ser utilizados na transmissão: 
a) à distância: utiliza-se bastões de fibra de vidro endurecidos com resina no interior com diâmetro de 
1 “. Pode ser considerada uma extensão do braço do operador. Existe uma distância de segurança entre 
o operador e o local da manutenção que varia de acordo com a classe de tensão porem limitada em 
230kV; 
b) ao potencial: o operador fica no mesmo potencial da linha. É obrigatório o uso de equipamentos 
especiais como roupas e andaimes de fibra de vidro para isolação. Este método pode ser utilizado em 
linhas de até 750kV. 
; 
Porém estes métodos são muito perigosos quando não utilizados com bastante responsabilidade por 
parte dos operadores. Resumindo quando se trata de manutenção corretiva em linhas de transmissão 
aéreas, os gastos despendidos e a complexibilidade da ação, torna a manutenção preventiva de vital 
importância para o sistema. 
 
Manutenção de linhas de transmissão 
 
No terreno: 
Evita a interferência da vegetação local na instalação de transmissão de energia e deixa os acessos à 
torre em condições para o trânsito de veículos. Essa manutenção segue normas da Associação Brasileira 
de Normas Técnicas (ABNT), com relação à altura máxima da vegetação abaixo das linhas. 
 
Na torre: 
Deve ser feita para conservar a estrutura, contemplando aperto ou troca de parafusos, troca de 
isoladores, substituição de peças corroídas e retencionamento dos tirantes de aço que sustentam torres 
estaiadas. 
 
Nos isoladores e cabos condutores: 
Contemplam-se os isoladores e seus acessórios, os cabos para-raios e o correto funcionamentodos 
cabos condutores. Assim, corrigem-se os defeitos nos isoladores, espaçadores-amortecedores, cabos 
condutores e demais componentes da linha. 
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As faixas de linhas de subtransmissão e transmissão caracterizam-se como locais com limitações no 
que se refere ao uso e ocupação. A ocupação adequada e a conservação das faixas de servidão e de 
segurança contribuem para garantir a plena operação, a execução dos serviços de manutenção, a maior 
rapidez na localização de anomalias nas linhas, bem como, a preservação do meio ambiente e a 
segurança de pessoas e bens em suas proximidades. 
O uso compartilhado desses locais depende de análises técnicas e de segurança estabelecidas nas 
normas técnicas brasileiras e especificações e procedimentos da concessionária de energia. 
A norma técnica NBR 5422 – Projeto de Linhas Aéreas de Transmissão de Energia Elétrica – 
Procedimento estabelece os critérios a serem observados para a convivência da linha de 
subtransmissão/transmissão com obstáculos e com a execução de atividades por terceiros na faixa de 
passagem e no seu entorno. 
No Brasil a GERAÇÃO de energia elétrica é 80% produzida a partir de hidrelétricas, 11% por 
termoelétricas e o restante por outros processos. A partir da usina a energia é transformada, em 
subestações elétricas, e elevada a níveis de tensão (69/88/138/240/440 kV) e transportada em corrente 
alternada (60 Hertz) através de cabos elétricos, até as subestações rebaixadoras, delimitando a fase de 
Transmissão. 
Já na fase de Distribuição (11,9 / 13,8 / 23 kV), nas proximidades dos centros de consumo, a energia 
elétrica é tratada nas subestações, com seu nível de tensão rebaixado e sua qualidade controlada, sendo 
transportada por redes elétricas aéreas ou subterrâneas, constituídas por estruturas (postes, torres, dutos 
subterrâneos e seus acessórios), cabos elétricos e transformadores para novos rebaixamentos (110 / 127 
/ 220 / 380 V), e finalmente entregue aos clientes industriais, comerciais, de serviços e residenciais em 
níveis de tensão variáveis, de acordo com a capacidade de consumo instalada de cada cliente. 
Quando falamos em setor elétrico, referimo-nos normalmente ao Sistema Elétrico de Potência (SEP), 
definido como o conjunto de todas as instalações e equipamentos destinados à geração, transmissão e 
distribuição de energia elétrica até a medição inclusive. 
Conforme definição dada pela ABNT através das NBR (Normas Brasileiras Regulamentadoras), 
considera-se “baixa tensão”, a tensão superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente 
contínua e igual ou inferior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente contínua, entre 
fases ou entre fase e terra. Da mesma forma considera-se “alta tensão”, a tensão superior a 1000 volts 
em corrente alternada ou 1500 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra. 
 
Transmissão de Energia Elétrica 
Basicamente está constituída por linhas de condutores destinados a transportar a energia elétrica 
desde a fase de geração até a fase de distribuição, abrangendo processos de elevação e rebaixamento 
de tensão elétrica, realizados em subestações próximas aos centros de consumo. Essa energia é 
transmitida em corrente alternada (60 Hz) em elevadas tensões (138 a 500 kV). Os elevados potenciais 
de transmissão se justificam para evitar as perdas por aquecimento e redução no custo de condutores e 
métodos de transmissão da energia, com o emprego de cabos com menor bitola ao longo das imensas 
extensões a serem transpostas, que ligam os geradores aos centros consumidores. 
 
Atividades características do setor de transmissão: 
Inspeção de Linhas de Transmissão 
Neste processo são verificados: o estado da estrutura e seus elementos, a altura dos cabos elétricos, 
condições da faixa de servidão e a área ao longo da extensão da linha de domínio. As inspeções são 
realizadas periodicamente por terra ou por helicóptero. 
 
Manutenção de Linhas de Transmissão 
• Substituição e manutenção de isoladores (dispositivo constituído de uma série de “discos”, cujo 
objetivo é isolar a energia elétrica da estrutura); 
• Limpeza de isoladores; 
• Substituição de elementos para-raios; 
• Substituição e manutenção de elementos das torres e estruturas; 
• Manutenção dos elementos sinalizadores dos cabos; 
• Desmatamento e limpeza de faixa de servidão, etc. 
 
Construção de Linhas de Transmissão 
• Desenvolvimento em campo de estudos de viabilidade, relatórios de impacto do meio ambiente e 
projetos; 
• Desmatamentos e desflorestamentos; 
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• Escavações e fundações civis; 
• Montagem das estruturas metálicas; 
• Distribuição e posicionamento de bobinas em campo; 
• Lançamento de cabos (condutores elétricos); 
• Instalação de acessórios (isoladores, para-raios); 
• Tensionamento e fixação de cabos; 
• Ensaios e testes elétricos. 
Salientamos que essas atividades de construção são sempre realizadas com os circuitos 
desenergizados, via de regra, destinadas à ampliação ou em substituição a linhas já existentes, que 
normalmente estão energizadas. Dessa forma é muito importante a adoção de procedimentos e medidas 
adequadas de segurança, tais como: seccionamento, aterramento elétrico, equipotencialização de todos 
os equipamentos e cabos, dentre outros que assegurem a execução do serviço com a linha 
desenergizada (energizada). 
 
Distribuição de Energia Elétrica 
É o segmento do setor elétrico que compreende os potenciais após a transmissão, indo das 
subestações de distribuição entregando energia elétrica aos clientes. 
A distribuição de energia elétrica aos clientes é realizada nos potenciais: 
• Médios clientes abastecidos por tensão de 11,9 kV / 13,8 kV / 23 kV; 
• Clientes residenciais, comerciais e industriais até a potência de 75 kVA (o abastecimento de energia 
é realizado no potencial de 110, 127, 220 e 380 Volts); 
• Distribuição subterrânea no potencial de 24 kV. 
Existem quatro tipos de redes de distribuição de energia elétrica. São eles: 
 • Rede de Distribuição Aérea Convencional: É o tipo de rede elétrica mais encontrado no Brasil, na 
qual os condutores são nus (sem isolamento). Exatamente por isso, essas redes são mais susceptíveis 
à ocorrência de defeitos (curto-circuitos), principalmente quando há contato de galhos de árvores com os 
condutores elétricos. 
 • Rede de Distribuição Aérea Compacta: Surgidas no Brasil na década de 1990, as redes compactas 
são muito mais protegidas que as redes convencionais, não somente porque os condutores tem uma 
camada de isolação, mas porque a rede em si ocupa bem menos espaço, resultando em menor número 
de perturbações. 
 • Rede de Distribuição Aérea Isolada: Esse tipo de rede é bastante protegida, pois os condutores 
são encapados com isolação suficiente para serem trançados. Geralmente mais cara, essa rede é 
utilizada em condições especiais. 
 • Rede de Distribuição Subterrânea: A rede subterrânea é aquela que proporciona o maior nível de 
confiabilidade e também o melhor resultado estético, dado que as redes ficam enterradas. No entanto, as 
redes subterrâneas são bem mais caras que as demais soluções, sendo comuns apenas em regiões 
muito densas ou onde há restrições para a instalação das redes aéreas. 
Com relação às redes de iluminação pública (IP), que também podem ser do tipo aéreo ou subterrâneo, 
são redes que derivam das redes de distribuição das concessionárias. Apesar disso, a operação e a 
manutenção das redes de IP são de responsabilidade das prefeituras municipais. 
 
 
 
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Manutenção com a linha desenergizada “linha morta” 
Todas as atividades envolvendo manutenção no setor elétrico devem priorizar os trabalhos com 
circuitos desenergizados. Apesar de desenergizadas devem obedecer a procedimentose medidas de 
segurança adequado. 
Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas para serviços 
mediante os procedimentos apropriados: seccionamento, impedimento de reenergização, constatação da 
ausência de tensão, instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos 
circuitos, proteção dos elementos energizados existentes, instalação da sinalização de impedimento de 
energização. 
 
Manutenção com a linha energizada “linha viva” 
A técnica de linha viva foi desenvolvida nos Estados Unidos, permitindo a realização de procedimentos 
em sistemas energizados por meio da utilização de equipamentos diferenciados e capazes de proteger o 
usuário contra descargas e choques elétricos. Em geral, os trabalhos com linha viva são divididos entre 
três categorias principais: método ao contato, método à distância e método ao potencial. 
 
Método ao contato 
O método ao contato consiste na realização de tarefas em que o eletricista entra em contato direto 
com o condutor energizado protegido através da utilização de cestos aéreos, andaimes, escadas e 
plataformas isoladas, além de coberturas isolantes, estando equipado com luvas e mangas de borracha. 
A aplicação desse método está baseada no princípio da dupla proteção, ou seja, se houver falha de uma 
proteção o eletricista poderá contar com uma segunda. 
Este método é utilizado para trabalhos em redes convencionais em tensões até 34,5 kV e para 
trabalhos em redes compactas em tensões de 13,8 kV. 
 
Método à distância 
O método à distância consiste em afastar os condutores de sua posição normal na estrutura, com o 
auxílio de bastões de elevação e executar as tarefas através de bastões manuais com ferramentas de 
encaixe universal instaladas em suas extremidades. 
Nota: Os métodos de trabalho ao contato e à distância têm como premissa básica que, ao se trabalhar 
em um condutor, as partes aterradas e os condutores com risco de contato com o condutor em que se 
está trabalhando devem estar adequadamente isolados, através de coberturas apropriadas. 
 
Método ao potencial 
Aplicado em altas tensões, em que o trabalhador precisa se manter mais afastado da superfície 
energizada. Para isso, são utilizadas vestimentas antichamas. 
 
Operação de disjuntores e seccionadores de tensão de transmissão e distribuição. 
Dia a dia cresce o número de aparelhos eletroeletrônicos instalados na rede elétrica. Já não há mais 
uma divisão nítida entre o que é de eletrônica e o que é de eletricidade doméstica. Conhecer o básico 
das instalações elétricas se tornou primordial para saber lidar com imprevistos que possam surgir. Na 
engenharia elétrica, a instalação elétrica é a matéria que lida com a transferência da energia elétrica 
proveniente de uma fonte geradora de energia (como um gerador ou uma usina hidrelétrica), sua 
transformação e seus pontos de utilização (como a tomada, um interruptor ou a lâmpada fluorescente). 
A instalação elétrica envolve as etapas do projeto e da implementação física das ligações elétricas, 
que garantirão o fornecimento de energia em determinado local. 
A energia elétrica que recebemos em nossa casa, numa linguagem simples, é transportada por 
ondulações da corrente elétrica que vai e vem pelos condutores, impulsionada pelo que denominamos 
de tensão elétrica. 
Isso quer dizer que a tensão varia continuamente, mudando de polaridade 120 vezes por segundo, de 
modo que, 60 vezes, a cada segundo, ela empurra a corrente num sentido e 60 vezes, no mesmo 
segundo, ela puxa a corrente no sentido oposto, alternadamente. Daí a denominação corrente alternada. 
Representando isso por um gráfico, teremos semiciclos positivos quando a corrente é empurrada e 
semiciclos negativos quando a corrente é puxada; algo como se ilustra a seguir. 
 
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Para que uma corrente elétrica possa circular por um aparelho que seja ligado a esses condutores de 
energia, ela precisa de um percurso completo (circuito fechado), ou seja, de ida e volta, o que significa 
que um só fio não pode alimentar nenhum aparelho. 
Temos de usar dois fios, entre os quais a tensão elétrica ou diferença de potencial muda 
alternadamente de polaridade. 
Um desses fios, por motivo de segurança, a própria Companhia Elétrica coloca em contato mais íntimo 
possível com o solo (chão, terra). Dos dois fios da rede elétrica, aquele que não apresenta nenhuma 
diferença de potencial com o solo (porque está intimamente ligado com ele) é denominado subjetivamente 
de retorno, neutro ou terra. O outro, para diferenciação, é denominado de fase ou vivo. 
Como aqueles que manuseiam os aparelhos estão permanentemente em contato com a terra (assim 
como um dos fios da rede), é prudente que as partes metálicas do aparelho que possam ser tocadas, 
sejam aquelas ligadas ao fio neutro ou terra. Desse modo, como não há diferença de potencial, não 
haverá riscos de choques elétricos (passagem de corrente elétrica pelo corpo e suas consequências). 
 
Curtos e fusíveis. 
Evidentemente, antes do primeiro acesso que temos a esses fios condutores de energia elétrica, a 
empresa coloca um medidor de energia elétrica ou de consumo de energia. O "relógio da luz", como é 
popularmente conhecido, mede os quilowatts-horas consumidos que correspondem à quantidade de 
energia fornecida. 
Em outra oportunidade abordaremos como calcular esses consumos domiciliares. 
O medidor só funciona quando a corrente circula, ou seja, quando algum aparelho é ligado e exige 
com isso, a circulação de uma corrente que lhe forneça energia. 
Observe que, se houver alguma deficiência na instalação de energia que provoque um "escape" de 
corrente, por exemplo, um fio desencapado encostado num ferro da estrutura da casa, conforme exemplo 
da figura a seguir, a corrente circulante acionará o medidor que registrará um consumo indevido. 
 
 
 
De uma maneira mais simples, podemos dizer que se trata de um "vazamento" de energia pelo qual o 
usuário paga sem saber, pois toda a corrente que passa pelo "relógio" é registrada, determinando o 
consumo de energia. Isso é algo análogo ao uso de uma mangueira d'água para regar uma planta, mas 
que apresenta algum furo em sua extensão. 
Após o relógio, encontramos um conjunto de dispositivos de proteção que podem ser fusíveis comuns 
ou disjuntores. 
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Os fusíveis comuns são ligas metálicas que "queimam" (fundem-se) quando a corrente ultrapassa um 
valor considerado perigoso para a instalação. 
A intensidade máxima da corrente que pode passar por um fio é determinada basicamente pelo 
material de que ele é feito e por sua espessura. 
Nas ligações com fios de cobre com determinada espessura, se a corrente ultrapassar um certo valor, 
a quantidade de calor produzida pode ser exagerada, a ponto de afetar a integridade da capa plástica do 
fio. Se essa capa derreter, com a perda do isolamento, o perigo se torna maior, pois pode ocorrer um 
curto-circuito. Assim, a função do fusível é queimar, interrompendo assim a circulação da corrente, caso 
sua intensidade se tome perigosa a ponto de colocar em risco a integridade da instalação. Se o fusível 
não queimar, por ocasião de um surto extra de corrente, a instalação e todos os aparelhos (em 
funcionamento) ligados a ela serão percorridos por esse surto de corrente. 
 
Disjuntores 
Os disjuntores têm a mesma finalidade que os fusíveis comuns, se bem que funcionem de modo um 
pouco diferente. 
Consistem, basicamente, numa chave que desliga automaticamente quando a intensidade da corrente 
alcança o valor para o qual é projetado. Vale a pena desmontar um deles para uma análise criteriosa de 
seu funcionamento. 
A vantagem do disjuntor em relação ao fusível é que o disjuntor simplesmente "desarma", 
interrompendo a corrente quando ela se torna perigosa, enquanto que o de fio fusível queima. Umavez 
que a causa do excesso de corrente tenha sido eliminada, o fusível precisa ser trocado por outro novo, 
enquanto o disjuntor é simplesmente rearmado. 
 
Fusíveis em d.c. 
Nos circuitos DC, alimentados por pilhas ou baterias os fusíveis também têm sua atuação como 
protetores. Nos automóveis, por exemplo, há um bom conjunto de fusíveis protegendo as mais variadas 
partes. Os rádios e toca-fitas também devem ser protegidos mediante fusíveis. Em muitos desses rádios, 
o circuito interno não tem qualquer contato com a carcaça do aparelho, por isso, além dos fios que vão 
aos alto-falantes, aparecem em destaque os fios de alimentação: vermelho (+) e preto (-). O vermelho 
deve ser ligado ao positivo da bateria (regra geral para os veículos modernos) e o preto ao chassis do 
veículo. 
Nas instalações que utilizam fusíveis existem também chaves que permitem desligar os diversos 
setores da instalação, para o caso de necessidade de manutenção, reparos ou alterações. Observe que 
é desse local que a distribuição de energia pela residência é feita. 
 
Distribuição da energia 
O normal numa residência é termos três circuitos de distribuição. 
Estes circuitos podem fornecer tensões de 110 V e 220 V ou somente uma delas, conforme a 
instalação. Partindo da chave principal aonde chegam os três fios, observamos que a partir deles 
podemos obter duas tensões. 
Cada fio vivo extremo está ao potencial elétrico de 110 V e têm como terra comum o fio do meio, ou 
seja, ele é o neutro para os dois fios vivos extremos. 
Interruptores 
Os interruptores são ligados em série com as lâmpadas, ou seja, a corrente que passa pelo interruptor 
é a mesma que passa pela lâmpada. 
Se o fio interrompido for o vivo, nas partes metálicas do soquete da lâmpada teremos apenas neutro, 
ou seja, elementos com o mesmo potencial de nosso corpo e que, portanto, não podem dar choque 
mesmo que toquemos neles. 
Evidentemente, isso não se aplica a uma lâmpada alimentada por 220 V, onde temos os dois fios vivos. 
Outros dispositivos são as tomadas de energia que alimentam diversos tipos de dispositivos. 
Essas são conectadas nos diversos pontos da instalação, conforme as necessidades. Podemos ter 
numa instalação tomadas especiais de 220 V conectadas aos pontos em que existe essa tensão. 
 
TERMOS MAIS UTILIZADOS: 
-TERRA, NEUTRO, MASSA E FASE: Em diversos pontos neste tópico, onde analisamos a estrutura 
básica de uma instalação elétrica, falamos nos quatro termos acima, mostrando aos leitores que existem 
"estados" ou níveis de potenciais elétricos que caracterizam de forma bem distinta os fios ou os pontos 
de uma instalação em que os dispositivos externos são ligados. 
As definições com as explicações mais detalhadas dos termos usados são dadas a seguir: 
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TERRA - O solo terrestre é um semicondutor de eletricidade. Em certas situações, qualquer corpo que 
esteja em conexão com a terra terá o potencial desta, ou seja, não haverá diferença de potencial entre 
eles (corpo e terra), de modo que, não haverá circulação de corrente de um para o outro. 
Se um corpo estiver carregado ou sob um potencial diferente da terra, ao ser colocado em contato com 
ela, ele se descarrega. Em outras palavras, adquire o mesmo potencial elétrico que a Terra que, por 
convenção é de 0 volts. Isso esclarece porque o usuário da rede elétrica, ao tocar pontos da rede que 
estão interligados com a terra, não toma choque. 
Isso significa que a ligação de um objeto à terra é a garantia de que ele não vai causar choque se for 
tocado. A barra de terra de uma instalação elétrica é para garantir que, em caso de interrupção dos fios 
ou problemas na instalação teremos um dos condutores ligado à terra. 
NEUTRO - Um dos condutores de energia da empresa distribuidora é ligado à terra. No local onde a 
energia elétrica é gerada, ao longo das torres de distribuição, nas subestações e nos transformadores de 
rua há uma ligação desse condutor até o solo. Esse condutor é denominado de neutro. 
Na maioria das instalações ele está no mesmo potencial da terra (caso em que ambos podem ser 
confundidos), mas existem casos em que um defeito na instalação, como por exemplo, uma interrupção 
de um fio, torna o potencial do neutro diferente do potencial do terra, caso em que choques podem ocorrer. 
Quando o neutro e o terra apresentam potenciais elétricos diferentes dissemos que houve um "mau 
aterramento". 
MASSA - Se o neutro ou o terra for ligado a um chassi de um aparelho de modo que esse chassi de 
metal sirva como um condutor de corrente, esse chassi será chamado de massa. Na maioria dos casos, 
a MASSA de um aparelho coincide com o terra e o neutro, o que significa que se for tocada nada acontece 
em termos de choque. No entanto, existem aparelhos em que a MASSA não é obrigatoriamente terra ou 
neutro. Existem televisores, por exemplo, em que um dos fios da rede de energia é ligado ao chassi e ele 
não é necessariamente o neutro. Desta forma, a MASSA desses televisores pode estar com um potencial 
de 110 V ou 220 V em relação à Terra, podendo assim causar choques em quem nele tocar. 
FASE - O condutor isolado da Terra e que apresenta potencial elétrico em relação a ela é denominado 
de fio fase. Evidentemente, se com os pés no chão, tocarmos nesse condutor, tomaremos choque. 
 
Seccionadores 
Permitem o ligamento o ligamento ou o desligamento de uma carga. Trata-se de um dispositivo de 
manobra mecânico, que assegura, na posição aberta, uma distância de isolamento que satisfaça 
requisitos de segurança específicos. 
 
Ele permite que se abra ou feche um circuito, em duas hipóteses de grande importância: 
1. Quando a corrente estabelecida ou interrompida for desprezível; 
2. Quando não puder se constatar a variação significativa na tensão entre terminais de cada um de 
seus polos. 
Outra importante função do seccionador é a condução de correntes em condições normais de circuito, 
podendo conduzir por tempo especificado, as correntes em condições anormais do circuito, além 
daquelas de curto-circuito. 
 
Inspeção em subestações e linhas de transmissão de tensão e Levantamentos de dados 
técnicos em subestações e linhas de transmissão em tensão de transmissão e distribuição. 
A atividade de manutenção em linhas de transmissão é regulamentada pelo ONS, que estabeleceu 
procedimentos de rede para padronizar a operação e oferecer serviço de fornecimento de energia elétrica 
nos níveis e padrões de qualidade e confiabilidade requeridos pelos consumidores. Segundo o órgão, o 
terreno onde está instalada a torre de transmissão, a torre de transmissão em si e os isoladores e cabos 
condutores são os três componentes principais a serem vistoriados em uma linha de transmissão. 
São inspecionadas as fundações das torres (corrosão e desbarramentos das fundações), peças 
faltantes na estrutura (vandalismo), situação da vegetação na faixa de servidão da linha (proximidade dos 
cabos), situação das cadeias de isoladores (isoladores quebrados) e integridade dos cabos. 
Há três formas básicas de se fazer a manutenção dos componentes principais indicados pelo ONS: a 
corretiva, a preventiva e a preditiva. Na corretiva, como o próprio nome já indica, a manutenção procura 
consertar algum componente da linha que sofreu algum dano. É o tipo de manutenção que deve ser 
evitado ao máximo, porque pode causar problemas de fornecimento de energia no centro consumidor. 
Acontece, em geral, devido a fenômenos naturais, como vendavais e tempestades. 
A manutenção preventiva prevê a substituição de componentes da linha que necessitam de troca em 
intervalos de tempo regulares e predeterminados. É mais utilizada para definir a manutenção anual que 
deve ocorrer nas linhas. 
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O terceiro tipo de manutenção, a preditiva, é o mais comum, consistindo na verificação visual ou por 
intermédio de equipamentosespeciais, da necessidade de manutenção em determinados componentes. 
Incluem-se nesses serviços: aperto, troca ou regulagem de parafusos, medições de ruído elétrico e de 
resistência do aterramento, bem como medições de campo elétrico que podem resultar na troca de 
diversos componentes como cabos para-raios, isoladores, conversores e outros. A manutenção da 
vegetação por meio da poda de árvores também se encaixa na manutenção preditiva. 
As inspeções periódicas são feitas de forma terrestre e aérea. Na terrestre, o inspetor da 
concessionária (ou da empresa contratada para tal fim) vai até a torre e verifica a situação, tanto da 
estrutura como também da cadeia de isoladores e dos cabos dos vãos (espaço entre duas torres) 
adjacentes. Na inspeção aérea, feita com helicóptero, verifica- se principalmente a situação dos cabos e 
da cadeia de isoladores. Em caso de constatação de algum problema, as equipes de manutenção são 
acionadas para a solução, antes que ocorra falha no sistema. 
Outro fator que deve ser levado em consideração em relação à manutenção de linhas de transmissão 
é a sua realização em linhas vivas (energizadas). Não é necessária a interrupção do fornecimento de 
energia elétrica, mas as equipes que fazem esse tipo de manutenção devem ser bem treinadas e seguir 
procedimentos de segurança rígidos. Alguns acessórios são fundamentais, como roupa metálica especial 
condutiva, bota condutiva, bastões e escadas feitos de fibra de vidro e resina epóxi. A roupa metálica do 
eletricista é equipotencializada com a tensão da linha e se transforma numa gaiola de Faraday, garantindo 
o campo elétrico zero em seu interior, onde se encontra o técnico. 
 
Linhas de Transmissão 
 Para que a energia chegue às residências, hospitais, escolas, comércios e indústrias, ela precisa ser 
transportada de sua fonte geradora por meio de linhas de transmissão. Passando de ponto em ponto, a 
energia elétrica percorre milhares de quilômetros em corrente alternada, até chegar a seu destino final. 
 
Funcionamento: 
A primeira etapa é a geração de energia: no Brasil, quase 70% da energia elétrica é produzida por 
hidrelétricas (como Itaipu) que a transmite por meio de cabos de alta resistência. Para tal, é preciso que 
uma altíssima tensão elétrica seja gerada, evitando desperdícios ao longo do caminho. 
Esta energia em alta voltagem viaja pelos fios da rede elétrica, passando por torres e subestações de 
energia que, por sua vez, adequam a voltagem para o consumidor final. As subestações enviam esta 
energia até as cidades, através da fiação elétrica que passa pelos postes que vemos nas ruas. 
Independente do processo utilizado pela usina para gerar energia elétrica, o processo sempre resultará 
na produção de corrente elétrica alternada. Contudo nem sempre a tensão gerada pela usina é suficiente 
para que essa energia seja transmitida até os centros de consumo, isso ocorre devido o fato de os fios 
por onde ela será conduzida possuírem resistência causando assim perdas durante a transmissão. Temos 
que a perda total de energia em um condutor elétrico é dada por: P = R.I², sendo P as perdas no condutor, 
R a resistência do condutor e I a corrente elétrica que passa pelo condutor. Note que a resistência do fio 
é constante, visto que a rede de distribuição não sofre alterações ou adaptações frequentemente, isso 
nos leva a afirmar que uma forma de se reduzir as perdas no condutor é reduzindo a corrente que passa 
por ele. 
A potência produzida por um gerador em uma central de geração de energia é dado por: Pot = V.I, 
sendo Pot a potência produzida pelo gerador elétrico, V a tensão produzida por ele e I a corrente elétrica 
produzida por ele. Já vimos que quanto menor for a corrente na linha de transmissão, menor é a perda. 
Agora temos que quanto maior a potência produzida pelo gerador maior é a disponibilidade de energia 
para consumo. Dessa forma temos que para que o gerador produza o máximo de energia e as perdas de 
energia durante a transmissão sejam mínimas a corrente elétrica deve ser mínima e a tensão elétrica 
deve ser máxima. 
Nem sempre um gerador atende a essas exigências, por esse motivo um transformador é inserido 
entre o gerador e a linha de transmissão. O gerador fornece a potência para o transformador que por sua 
vez vai elevar a tensão e abaixar a corrente, e só então liberar a energia para a linha de transmissão. Em 
geral a tensão em uma linha de transmissão de alta tensão está na faixa de 300.000V. 
Nessas estações a energia passa por transformadores que reduzem a tensão da linha de transmissão 
para uma mais baixa, porém ainda mais alta que utilizada em casa. 
É só quando a energia está nas linhas de transmissão do bairro que transformadores instalados nos 
postes reduzem a tensão da linha para a tensão 110V que sua TV utiliza ou o 220V que seu chuveiro 
necessita. 
 
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Transformador responsável por baixar a tensão da linha de distribuição.É na saída de desse transformador que encontrasse a tensão 110V que utilizamos para 
ligar nossos aparelhos eletrônicos em casa (tensão 220V é uma combinação de dois cabos com 110V 
 
As redes de distribuição 
As redes de distribuição são compostas por linhas de alta, média e baixa tensão. Como vimos acima, 
as linhas de transmissão com tensão igual ou superior a 230 kV constituem a chamada rede básica. 
Apesar de algumas transmissoras também possuírem linhas com tensão abaixo de 230 kV, as chamadas 
Demais Instalações da Transmissão (DIT), grande parte das linhas de transmissão com tensão entre 69 
kV e 138 kV são de responsabilidade das empresas distribuidoras. Essas linhas são também conhecidas 
no setor como linhas de subtransmissão. 
Além das redes de subtransmissão, as distribuidoras operam linhas de média e baixa tensão, também 
chamadas de redes primária e secundária, respectivamente. As linhas de média tensão são aquelas com 
tensão elétrica entre 2,3 kV e 44 kV, e são muito fáceis de serem vistas em ruas e avenidas das grandes 
cidades, frequentemente compostas por três fios condutores aéreos sustentados por cruzetas de madeira 
em postes de concreto. 
As redes de baixa tensão, com tensão elétrica que pode variar entre 110 e 440 V, são aquelas que, 
também afixadas nos mesmos postes de concreto que sustentam as redes de média tensão, localizam-
se a uma altura inferior. As redes de baixa tensão levam energia elétrica até as residências e pequenos 
comércios/indústrias por meio dos chamados ramais de ligação. Os supermercados, comércios e 
indústrias de médio porte adquirem energia elétrica diretamente das redes de média tensão, devendo 
transformá-la internamente para níveis de tensão menores, sob sua responsabilidade. 
 O transporte é realizado por linhas de transmissão até uma subestação que fica geralmente na 
periferia dos centros urbanos e finalmente a energia é distribuída na cidade ou região com uma tensão 
um pouco elevada até o ponto de consumo. A energia elétrica durante todo este percurso passa por vários 
transformadores que elevam e abaixam a tensão até chegar ao ponto de consumo. 
Eventualmente há, empresas que possuem e precisam um consumo maior de energia podem possuir 
uma pequena subastação. 
 
 
 
Levantamento de Dados 
A função básica do levantamento de dados é a coleta de informações, que é indispensável para a 
caracterização das linhas de transmissão, para fins orçamentários. 
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Os dados coletados, por intermédio dos meios magnéticos apropriados, devem espalhar cada tipo de 
levantamento de dados com o melhor grau de precisão possível, de modo que possa abranger esses 
grupos de informações: 
 
Levantamento de dados – quantidades 
Levantamento de custos – materiais 
Levantamento de custos – construção e gerais. 
As medições deverão ser entregues pelos Agentes nos pontos indicados pelo ONS, por meio de rede 
de telecomunicaçõesestabelecida especificamente para este fim. (b) Deverá ser mantido o índice de SLA 
(Service Level Agreement) em 99,98%, de modo a garantir a máxima disponibilidade e qualidade de 
entrega do dado aos concentradores no ONS. 
É interessante observar como se dá o impacto das perdas para o projeto executivo da transmissão e as 
formas de se minimizar esse problema com o objetivo de equacionar o projeto técnico com a análise 
econômica de vida ´útil da linha de transmissão. 
As empresas responsáveis pela execução dos serviços emergenciais em redes de distribuição de 
energia elétrica devem admitir que a realidade do serviço contém particularidades que o diferem das 
outras atividades industriais, e até mesmo das outras atividades em redes de distribuição. Qualquer 
sistema de prevenção que busque, efetivamente, a redução dos acidentes nessas empresas deve partir 
do reconhecimento da realidade das condições ambientais de insegurança, para então procurar combater 
as variáveis dos fatores ambientais de maior contribuição para o acidente. Apesar da crescente 
participação de outras fontes de geração de energia elétrica, a matriz hidráulica ainda compõe significativa 
parcela dos projetos de expansão. O Brasil possui no total 4.648 empreendimentos em operação, 
totalizando 150.616.021 kW de potência instalada. Está prevista para os próximos anos uma adição de 
25.129.641 kW na capacidade de geração do País, proveniente dos 212 empreendimentos atualmente 
em construção e mais 631 em Empreendimentos com Construção não iniciada. 
 
 
 
Conversores de Frequência 
 
Conversores de frequência ou inversores de frequência nada mais são que dispositivos elétricos que 
convertem a potência da rede alternada senoidal, em potência contínua e por fim convertem esta última 
em uma tensão de amplitude e período variáveis. 
Na entrada de um conversor de frequência encontramos o bloco retificador, o circuito intermediário 
que é composto de um banco de capacitores eletrolíticos e circuitos de filtragem de alta frequência e o 
bloco inversor. 
Os conversores de frequência são utilizados em motores elétricos de indução trifásicos. Eles têm a 
finalidade de substituir os rústicos sistemas de variação de velocidades mecânicos e os motores de 
corrente contínua. Costumam também atuar como dispositivos de proteção para os mais variados 
problemas de rede elétrica que se pode ocorrer, como desbalanceamento entre fases, sobrecarga, queda 
de tensão, etc. 
Usualmente, os conversores são montados em painéis elétricos. Podem trabalhar em interfaces com 
computadores, centrais de comando, e conduzir, simultaneamente, dezenas de motores, dependendo do 
porte e tecnologia do dispositivo. A corrente do motor é que dimensionará os conversores. O 
dimensionamento pela potência do motor pode também ser feita, entretanto, a corrente é a principal 
grandeza elétrica limitante no dimensionamento. 
Devemos ter atenção a outros aspectos da aplicação, durante o dimensionamento, como por exemplo, 
demanda de torque (constante ou quadrático), precisão de controle, partidas e frenagens bruscas ou em 
intervalos curtos ou muito longos, regime de trabalho, e outros aspectos particulares de cada aplicação. 
Quando o acionamento elétrico não exige variação da velocidade do motor, querendo-se apenas uma 
partida mais suave, de forma que limite-se a corrente de partida evitando assim quedas de tensão da 
rede de alimentação, costuma-se utilizar soft-starters. Falaremos mais sobre os soft-startes nos tópicos 
seguintes. 
Os conversores de frequência têm uma vasta aplicação na indústria de máquinas e processos em 
geral. Com a capacidade inerente de variar a velocidade de motores elétricos trifásicos de Corrente 
Alternada, permitem aos projetistas, desenvolver máquinas que sem os mesmos, seriam praticamente 
Inversores de frequência, chaves estáticas de partida suave, contadores, 
disjuntores-motor, multimedidores de grandezas elétricas, capacitores. 
 
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impossíveis de serem fabricadas. Os conversores de frequência de última geração, não somente 
controlam a velocidade do eixo de motores elétricos trifásicos de corrente alternada, como também, 
controlam outros parâmetros inerentes ao motor elétrico, sendo que um deles, é o controle de Torque. 
Atualmente, os conversores de frequência são dotados de poderosas CPUs ou placas de controle 
microprocessadas, que possibilitam uma infindável variedade de métodos de controle, expandindo e 
flexibilizando o uso dos mesmos. 
Modernas técnicas de chaveamento da forma de onda de tensão e também da frequência aplicada 
sobre o estator do motor elétrico, permitem o controle com excelente precisão, sobre o eixo do motor. 
Uma das técnicas mais conhecidas é o PWM ou "Pulse Width Modulation". Tais técnicas são sempre 
aliadas ao modelamento matemático preciso do motor elétrico. Os conversores de última geração, fazem 
medições precisas e estimativas dos parâmetros elétricos do motor, de modo a obter os dados 
necessários para o modelamento e consequente controle preciso do motor. 
 
Os Conversores de Frequência são dispositivos dotados comumente de uma ponte retificadora trifásica 
a diodos. 
 
Fonte: www.rtechequipamentos.com.br 
CLP 
 
CLP é a sigla para Controlador Lógico Programável e nada mais é do que um equipamento digital 
com hardware e software compatíveis com aplicações industriais. 
 
O NEMA (National Eletrical Manufacturers Associatian) o define como: aparelho eletrônico digital que 
utiliza uma memória programável para armazenamento interno de instruções para implementações 
específicas, tais como lógica, sequenciamento, temporização, contagem aritmética, através de módulos 
de entrada e saída, vários tipos de máquinas ou processos. 
 
Um CLP é o controlador indicado para lidar com sistemas caracterizados por eventos discretos (SEDs), 
ou seja, com processos em que as variáveis assumem valores zero ou um (ou variáveis ditas digitais, ou 
seja, que só assumem valores dentro de um conjunto finito). Podem ainda lidar com variáveis analógicas 
definidas por intervalos de valores de corrente ou tensão elétrica. As entradas e/ou saídas digitais são os 
elementos discretos, as entradas e/ou saídas analógicas são os elementos variáveis entre valores 
conhecidos de tensão ou corrente. 
Num sistema típico, toda a informação dos sensores é concentrada no controlador (CLP) que de acordo 
com o programa em memória define o estado dos pontos de saída conectados a atuadores. A capacidade 
de comunicação dos CLPs se dá pelos canais seriais. Isso permite que sejam supervisionados por 
computadores formando sistemas de controle integrados. Softwares de supervisão controlam redes 
de Controladores Lógicos Programáveis. 
É através dos canais de comunicação que a conexão a interface de operação (IHM) é permitida. 
Caberá a cada fabricante estabelecer um protocolo para fazer com que seus equipamentos troquem 
informações entre si. Os protocolos mais comuns são Modbus (Modicon - Schneider Eletric), EtherCAT 
(Beckhoff), Profibus (Siemens), Unitelway (Telemecanique - Schneider Eletric) e DeviceNet (Allen 
Bradley), entre muitos outros. 
Redes de campo abertas como MODBUS-RTU são de uso muito comum com CLPs permitindo 
aplicações complexas na indústria automobilística, siderúrgica, de papel e celulose, e outras. 
 
 
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A história do CLP 
Ele foi idealizado pela necessidade de poder se alterar uma linha de montagem sem que tenha de 
fazer grandes modificações mecânicas e elétricas. Seu surgimento está ligado à indústria automobilística. 
 
Inicialmente o CLP era visto como um equipamento que reunia as seguintes características: 
 
1. Facilidade de programação; 
2. Facilidade de manutenção com conceito plug-in; 
3. Alta confiabilidade; 
4. Dimensões menores que painéis de Relés, para redução de custo 
5. Preço competitivo;

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