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BNCC
Na etapa “Processo” refletiremos sobre as práticas docentes que possibilitam o desenvolvimento das seguintes habilidades especificadas na Base Nacional Comum Curricular.
 
 
BNCC – Educação Infantil – Poéticos e narrativos - Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento
 
(EI03EF07) Levantar hipóteses sobre os gêneros textuais veiculados em portadores conhecidos, recorrendo à estratégia de observação gráfica e/ou leitura.
 
 
BNCC – Ensino Fundamental - Habilidades possíveis de serem trabalhadas com os alunos
 
(EF15LP02) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.
 
(EF15LP10) Escutar, com atenção, falas de professores e colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre que necessário.
 
(EF15LP16) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor e, mais tarde, de maneira autônoma, textos narrativos de maior porte como contos (populares, de fadas, acumulativos, de assombração etc.) e crônicas.
 
(EF15LP18) Relacionar texto com ilustrações e outros recursos gráficos.
 
(EF02LP26) Ler e compreender, com certa autonomia, textos literários, de gêneros variados, desenvolvendo o gosto pela leitura.
 
(EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.
 
Você está na aula: Textos narrativos de diversos gêneros
 Fechar
1NARRATIVAS DE DIVERSOS GÊNEROS
Narrativas de diversos gêneros
Para escolher um livro a ser lido para as crianças podemos ter distintos critérios e um deles é o gênero. Para selecioná-los é necessário conhecê-los, saber suas principais características e o que cada um tem de melhor para discutir com as crianças. 
 
Podemos adiantar que existem diversos tipos de classificação para os textos narrativos. Neste módulo, seguiremos os gêneros adotados pelo Projeto TRILHAS. São eles:
 
· Histórias com engano
· Histórias com acumulação
· Histórias com repetição
· Histórias clássicas
· Histórias de animais
 
 
Essas classificações não esgotam todas as possibilidades de narrativas existentes e, por esse motivo, incluiremos mais uma: 
 
· Livros que apresentam apenas imagens para narrar ou que apresentam relação entre a imagem e o texto.
 
 
A partir da próxima atividade você entrará em contato com a definição de cada gênero, bem como as histórias para exemplificar cada um.
Histórias de animais
O que são histórias de animais?
 
Histórias de animais são narrativas cujos personagens são animais com características humanas. Trata-se de uma das mais antigas maneiras de contar uma história. Em sua maioria, são fábulas, cujo desfecho reflete uma lição ou mensagem com a intenção de mostrar o que é certo e o que é errado, propriedade essencial das fábulas. A moral é o aspecto mais visível das fábulas e nem sempre aparece destacada em uma frase no final do texto. Muitas vezes, encontra-se implícita na fala final de um dos personagens, por exemplo. As histórias de animais podem também aparecer sob a forma narrativa de contos curtos, sem uma moral explícita, cujos personagens, no entanto, apresentam características e ações muito semelhantes às dos personagens que compõem as fábulas: predomínio de um comportamento típico que, em confronto com outro, provoca determinadas consequências sobre as quais se pode extrair algum ensinamento. Poderíamos dizer que as histórias de animais comunicam-se fortemente com os pequenos leitores por seu caráter verossímil (que se assemelha ao real), pois tratam de temas da realidade humana por meio da ação de personagens alegóricos que se deparam com situações muito concretas. 
 
Caderno de orientações histórias de animais (p. 1)
Histórias de Animais: Amigos da onça
O livro Amigos da onça é uma antologia com vários contos com animais. A astúcia de alguns, atrelada à capacidade humana dos personagens em falar e pensar, torna essas histórias encantadoras. Leia a resenha e a versão digital do livro.
 
Resenha:
 
Amigos da onça
 
Desde o início dos tempos, os homens se reconhecem e perpetuam sua passagem pelo mundo por meio de histórias que são contadas de geração em geração. Em Amigos da onça, Ernani Ssó reúne onze histórias do folclore popular, nas quais a protagonista é a onça. As histórias são escritas numa cadência própria da oralidade, como se estivessem sendo contadas ao pé de uma fogueira, em noite de inverno, como ensina a tradição da bicharada. 
 
Nelas conhecemos a "burrice" da onça. Ela julga-se muito mais forte e poderosa do que a maioria dos animais - e é! Mas não é tão rápida no raciocínio. Pobre dela; a verdade é que, nas histórias, ela é malvada, traiçoeira... e burra, muito burra.
 
Histórias com engano
As histórias com engano
 
Narrativas com personagens bem caracterizados favorecem o desenvolvimento da capacidade de se colocar no lugar do outro para entender suas ideias, seus propósitos, desejos e pensamentos. No caso das histórias com engano, muitas vezes essa intenção só é percebida completamente pelo narrador, quando esse se apresenta no texto como narrador onisciente, ou seja, aquele que tem pleno conhecimento das situações narradas, dos sentimentos e objetivos de cada personagem. Os personagens não possuem o mesmo domínio da trama e, por isso, são “enganados” uns pelos outros nessas histórias. O leitor, por sua vez, tem à sua frente todas as informações necessárias para compreender a situação de engano. Ao ler esse tipo de história, as crianças interpretam que alguém está enganando quando diz uma coisa, mas pensa outra. À medida que lerem esse tipo de texto, elas serão capazes de entender a diferença entre ação e intenção. Portanto, quando temos a oportunidade de trabalhar textos com essas características, vale a pena dedicar especial atenção e incluir conversas que façam as crianças pensarem sobre a relação entre os personagens, suas ações, pensamentos e intenções ao longo da narrativa.
 
Caderno de orientações histórias com engano (p. 1)
Histórias com engano: Histórias à brasileira
Pedro Malasartes é um personagem da cultura popular de muitos povos pelo mundo. Sua característica principal é ser astuto e utilizar de artimanhas para vencer seus oponentes. Em Histórias à brasileira, Ana Maria Machado, reconta muitas histórias baseadas neste personagem. Leia a primeira, intitulada como Pedro Malasartes e o lamaçal colossal, na página 11, para apreciar uma história com engano.
 
Resenha:
 
Histórias à brasileira – Pedro Malasartes e outras (volume 2)
 
Este livro nasceu do desejo da autora de contar, com suas palavras, as histórias que havia escutado de seus pais e da avó, como ela explica na apresentação do livro: "Venho de uma família em que se contava muita história. Com livro ou sem livro. E os repertórios variavam muito, de acordo com o contador". Para criar a sua própria, a escritora leu obras de estudiosos da cultura popular e pesquisou coletâneas de contos de tradições variadas. De uma mistura entre pesquisa, cotejo das diversas versões, memória pessoal e tradição, nasceu então o primeiro volume de Histórias à brasileira. 
 
Neste segundo volume, Ana Maria Machado traz mais dez histórias: três episódios envolvendo o personagem Pedro Malasartes. Nos traços de Odilon Moraes, o ambiente brasileiro dos contos é recriado com liberdade, dando origem a uma nova versão ilustrada de cada história. 
Histórias com repetição
As histórias com repetição
 
As histórias com repetição oferecem às crianças a possibilidade de imaginar acontecimentos, que ocorrem de forma muito parecida, diversas vezes em uma mesma narrativa. Por meio desse movimento repetitivo da estrutura do texto, as criançastêm a oportunidade de compreender melhor a narrativa e de se apropriar de seu texto, chegando, muitas vezes, a realizar leituras autônomas dessas histórias. Portanto, deve haver lugar no dia a dia das crianças para que elas ouçam histórias com repetição. É um bom momento para fazê-las aprender mais sobre a nossa língua. 
 
Caderno de orientações histórias com repetição (p. 1)
 
Histórias com repetição: Marco queria dormir
Marco queria dormir é o título que usamos como referência para histórias com repetição. Você vai notar que as ações se repetem ao longo da narrativa: Marco não quer dormir porque tem medo e sua mãe sempre consegue resolver o problema, repetindo as mesmas palavras no diálogo com o filho. Leia essa linda história e sua resenha.
 
Resenha:
 
Marco queria dormir
 
À noite, parece que tudo se transforma: o que é pequeno fica grande, o que é concreto vira abstrato e as coisas são engolidas pela escuridão. Era por isso que Marco não conseguia dormir. Para ajudá-lo, sua mãe tenta de tudo: cria um traje antimosquitos, escreve uma carta à Lua, arranja um bastão de escalada para manter o filho firme na cama...  Mas será que Marco precisava mesmo de tudo isso? Às vezes, o que está faltando para uma noite tranquila é algo mais simples, que não tem forma nem cor, mas muda alguma coisa dentro da gente.
Histórias com acumulação
As histórias com acumulação
 
As histórias com acumulação lançam mão de um recurso muito interessante que favorece a compreensão e a memorização do texto pelas crianças, permitindo uma leitura autônoma. Por exemplo, as histórias com acumulação apresentam um evento desencadeador da narrativa, que a partir daí é contada de maneira repetitiva, ou seja, a mesma ação é realizada por diversos personagens e a repetição de um mesmo acontecimento se dá por acumulação: surge um personagem, que não consegue resolver a questão levantada pela história, aparece outro, que também não consegue, e assim sucessivamente. Esse tipo de estrutura facilita a antecipação do que virá por parte das crianças, tornando mais fáceis a leitura e a retenção da história.
 
Caderno de orientações histórias com acumulação (p. 1)
Acumulação: Muito cansado e bem acordado
O livro Muito cansado e bem acordado é o exemplo que utilizamos para histórias com acumulação. Você vai notar que os personagens estão cansados, mas um a um saem da cama para algo especial. A cadeia acumulativa acontece a partir da repetição das ações de cada personagem. Leia essa história e se surpreenda com o final. 
 
Resenha:
 
Muito cansado e bem acordado
 
O porco-espinho, a raposa, o burrico, o pelicano e o jacaré estão todos dormindo, muito cansados… Mas a foca está bem acordada. E ela não quer saber de ficar na cama! E agora? O que os outros dorminhocos vão fazer?
 
Este livro, para leitores pequenos, torna a hora de dormir um momento mais divertido e gostoso para toda a família.
Livro-imagem: A árvore do Brasil
Livro-imagem
 
São as obras em que a narrativa é exclusivamente narrada pelas imagens ou espacialmente preponderante em relação ao texto.
Para ler o livro ilustrado, de Sophie Van der Linden (Cosac Naify, 2011)
 
 
A árvore do Brasil é uma ótima referência para o que chamamos de livro-imagem. Do renomado ilustrador Nelson Cruz, toda a narrativa é contada por meio de imagens belíssimas. Leia a resenha e o livro digital.
 
Resenha:
 
A árvore do Brasil
 
Neste belo livro de imagens, Nelson Cruz conta a história de uma árvore secular que sobrevive às mudanças impostas a seu entorno através dos tempos, como um testemunho da difícil relação entre a natureza e as construções humanas. A história surgiu de um insight que o autor teve quando fazia o trajeto entre Santa Luzia, onde mora, e Belo Horizonte. No caminho, o olhar do artista recortou, em uma área movimentada e poluída, uma árvore enorme e centenária. A esta imagem, Nelson relacionou um trabalho que ele conheceu na Feira de Bolonha de 1995: as ilustrações de quarteirões de uma grande cidade feitas por Jörg Muller. São duas ilustrações da mesma paisagem, separadas por um intervalo de tempo de 15 anos. A partir dessa inspiração, Nelson pôs mãos à obra e partiu para a pesquisa iconográfica que viria a alimentar a sequência de imagens de A árvore do Brasil.
Histórias clássicas
As histórias clássicas
 
As histórias clássicas permitem a construção de um repertório literário compartilhado, que ao longo da vida funciona como referência cultural. Oferecem vantagens interessantes, como a possibilidade de conhecer histórias que lidam com a totalidade de uma situação, em que há uma organização temporal e hierárquica entre os acontecimentos. Além do mais, essas histórias tradicionais exploram conteúdos de extremo interesse para as crianças, como medos, anseios, abandono, crescimento, engano, o bem e o mal etc. 
Em geral, as histórias clássicas já fazem parte do repertório de leitura para as crianças pequenas. Muito provavelmente elas até já conhecem algumas das histórias mais tradicionais. Excelente: quanto mais conhecida, melhor. A partir do que já sabem, torna-se possível promover atividades que permitam abordar diferentes aspectos presentes no texto, que ficam invisíveis para as crianças, se não são abordados intencionalmente.
 
Caderno de orientações histórias clássicas (p. 2)
Histórias Clássicas: Branca de Neve
Um ótimo exemplo de história clássica é Branca de Neve. Conheça a versão do conto conhecido mundialmente, um reconto da versão original dos Irmãos Grimm, que preserva a linguagem rica em detalhes e todos os episódios narrativos. Vamos ler? 
Leia a resenha e um trecho da história de Branca de Neve.
 
Resenha:
 
Branca de Neve
 
O clássico conto Branca de Neve, dos Irmãos Grimm, publicado em 1816, é resgatado integralmente nesse reconto. Um narrador se apresenta ao leitor logo na primeira página, anunciando que conduzirá a narrativa com humor e respeito à versão original, na qual a madrasta tenta eliminar a enteada por três vezes. O desfecho também não poupa o leitor da informação de que a rainha dança com sapatos em brasa até a morte, na festa de casamento da princesa. 
 
Um trecho da edição recontada por Gil Veloso
 
Era uma vez um inverno!
 
Num belo e imenso castelo, uma rainha bela, muito bela, costurava junto à janela. Encantada com os flocos de neve que flutuavam por entre o voo dos pássaros, distraiu-se, e a agulha espetou-lhe o dedo: três gotas de sangue pingaram na neve...
 
A rainha era muito elegante e tinha bom gosto, acho que o vermelho do sangue combinava muito bem com a brancura da neve e assim desejou ter uma filha tão branca quanto a neve, e ao mesmo tempo, corada como sangue e que tivesse cabelos negros como a plumagem daquelas aves.
 
Para ver mais do livro clique aqui.
Qual livro literário você escolheria?
Existem muitas possibilidades de livros para ler para as crianças, mas essa seleção nem sempre é simples de ser feita. Nessa escolha, é fundamental pensarmos na forma como atrelamos o livro ao propósito leitor, ao porquê lemos, mas sem deixar de considerar a qualidade literária. Isso significa pensar, por exemplo, no percurso leitor da turma, nos novos desafios para avançarem na compreensão leitora e no conhecimento sobre os autores, estilos e gêneros que queremos ampliar. A escolha costuma ser complexa diante de tantas variáveis.
 
Imagine que você fará uma leitura em voz alta para os seus alunos com o objetivo de apreciar a literatura. 
 
Os livros disponíveis para sua escolha são os três livros que apresentaremos a seguir: 
- Histórias à brasileira 2;
- A árvore do Brasil;
- Vizinho, vizinha.
 
Quais critérios você utiliza?
Em uma reunião de trabalho, os professores alfabetizadores de uma escola pública foram convidados pela coordenadora a selecionarem livros para ler em voz alta a seus alunos e socializarem os critérios que os motivaram nas escolhas. A orientação foi de que cada escolha estivesse atrelada a algum aspecto literário que eles gostariam de abordar com os alunos.
 
 
Leia os depoimentos abaixo e reflita sobre o(s) que maisse aproxima(m) de seus critérios na hora de escolher um livro, para ler em voz alta, com o objetivo de abordar aspectos literários por meio da conversa literária.
 
· Professora 1 – Busquei um livro que tivesse ilustrações que dialogassem com os textos, ou seja, que complementassem o sentido da história. Então, podemos dizer que o critério utilizado foi a relação entre texto e imagem.
 
· Professora 2 – Eu queria um livro que tivesse um texto bem escrito, com boas descrições e uma linguagem literária que enriquecesse o repertório dos alunos. Por isso, escolhi um conto de fadas. Então, o critério utilizado foi a qualidade do texto literário.
 
· Professora 3 – Escolhi um livro cujo tema me ajudasse a trabalhar um projeto sobre cidadania desenvolvido na escola. Então, o critério foi o tema.
 
· Professora 4 – Para aumentar a frequência de leitura de contos, escolhi um livro que trouxesse uma coletânea com textos diversos. Então, o critério utilizado foi o gênero.
 
· Professora 5 – Gosto de escolher livros considerando as preferências das crianças, de modo que eu possa ampliar o repertório literário delas. Então, o critério utilizado foi o interesse dos alunos. 
 
· Professora 6 – Eu gosto de escolher livros diversos que tenham uma temática leve, que sejam próximos ao universo infantil e que não assustem as crianças. Por isso, não leio os que têm como tema a morte, a solidão ou qualquer outro assunto que considero difícil para elas. Então, meus critérios foram a diversidade e a temática.
Critérios segundo Marina Colasanti
Marina Colasanti, escritora renomada, em uma entrevista concedida ao jornal Folha de S. Paulo defende duas posições importantes quando se refere à literatura infantil. A primeira delas é de que a literatura não está a serviço de outros conteúdos do currículo ou de princípios morais. Na segunda, ela afirma que o adulto não deve subestimar a inteligência infantil, já que as crianças são capazes de ler todos os tipos de textos, até os mais difíceis, seja pela linguagem complexa como também pelo tema abordado.
 
Pensando nestes dois pressupostos, retome os comentários das professoras com os critérios utilizados por cada uma e associe:
 
(A) Critérios utilizados que consideram a capacidade infantil de compreender e estabelecer múltiplas relações com o texto lido.
(B) Critérios que subestimam a capacidade infantil de compreensão a respeito do texto lido e/ou fazem uso utilitário da literatura, isto é, quando usam a leitura literária para ensino de conteúdos de outras áreas.
Professora 1 – Busquei um livro que tivesse ilustrações que dialogassem com os textos, ou seja, que complementassem o sentido da história. Então, podemos dizer que o critério utilizado foi a relação entre o texto e a imagem.
A
 
B
Você acertou!
Professora 2 – Eu queria um livro que tivesse um texto bem escrito, com boas descrições e com uma linguagem literária que enriquecesse o repertório dos alunos, por isso escolhi um conto de fadas. Então, o critério utilizado foi a qualidade do texto literário.
A
 
B
Você acertou!
Professora 3 – Escolhi um livro que tivesse um tema me ajudasse a trabalhar um projeto sobre cidadania desenvolvido na escola. Então o critério foi o tema.
A
 
B
Você acertou!
Professora 4 – Para aumentar a frequência de leitura de contos, escolhi um livro que trouxesse uma coletânea com textos diversos. Então o critério utilizado foi o gênero.
A
 
B
Você acertou!
Professora 5 – Gosto de escolher livros considerando as preferências das crianças de modo que eu possa ampliar o repertório literário delas. Então o critério utilizado foi o interesse dos alunos.
A
 
B
Você acertou!
Professora 6 – Eu gosto de escolher livros diversos que tenham uma temática leve, que sejam próximos ao universo infantil e que não assustem as crianças. Por isso não leio aqueles que têm como tema a morte, a solidão ou qualquer outro assunto que considero difícil para elas. Então meu critério também foi a diversidade e a temática.
A
 
B
Você acertou!
Trecho do livro Branca de Neve
Pensando ainda nos livros que apostam na capacidade infantil de compreender e estabelecer múltiplas relações com as histórias, retome a leitura do trecho do livro Branca de Neve:
 
"Era uma vez um inverno!
 
Num belo e imenso castelo, uma rainha bela, muito bela, costurava junto à janela. Encantada com os flocos de neve que flutuavam por entre o voo dos pássaros, distraiu-se, e a agulha espetou-lhe o dedo: três gotas de sangue pingaram na neve...
 
A rainha era muito elegante e tinha bom gosto, acho que o vermelho do sangue combinava muito bem com a brancura da neve e assim desejou ter uma filha tão branca quanto a neve, e ao mesmo tempo, corada como sangue e que tivesse cabelos negros
Valorização do pensamento infantil
Após a leitura do trecho do livro Branca de Neve, leia as afirmações e coloque V para as verdadeiras e F para as falsas.
O livro utiliza uma linguagem literária densa e complexa, mas compreensível ao universo infantil. Parte-se da premissa de que é lendo textos difíceis e conversando sobre eles que as crianças aprendem a ler textos difíceis.
V
 
F
Você acertou!
O livro apresenta uma linguagem complexa, o que pode dificultar a compreensão leitora e por esse motivo não é indicado para leitura com crianças em fase de alfabetização.
V
 
F
Você acertou!
O livro apresenta uma versão do conto clássico sem simplificar o enredo para facilitar o entendimento.
V
 
F
Você acertou!
O livro, por ser um reconto da versão original, não é adequado para alunos da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, pois pode trazer complexidades na trama, que são inadequadas para o público infantil.
V
 
F
Você acertou!
Uso utilitário da literatura
Outro pressuposto mencionado por Marina Colasanti consiste em não ler um livro para trabalhar conteúdos alheios à literatura quando se tem como intencionalidade a formação do leitor literário. Podemos identificar logo na capa e na resenha que um livro foi produzido com o objetivo de utilizar a literatura para aprender conteúdos de outras áreas.
 
Selecione, entre as resenhas abaixo, aquelas que melhor representam esse caso.
 
Ovos com pernas - Os ovos criaram pernas e resolveram dar uma voltinha, assustando a senhora Galinha. Contando as perninhas, de dois em dois, o leitor poderá se aproximar da tabuada do dois e dos números pares de 2 a 20.
 
Você acertou!
Tanto, tanto! - Nessa história de repetição, cada retomada do texto aparece acrescida de novos sentidos. Com linguagem acessível e um colorido inspirado nas raízes étnicas da autora afro-caribenha, esse livro agrada aos leitores porque consegue, por meio da palavra e da imagem, recriar uma atmosfera de alegria, carinho e muita intimidade, convidando o pequeno leitor a também ser parte dessa afetuosa família.
Riki aprende boas maneiras - O livro visa contribuir com pais e professores no reforço de ensinamentos do que sejam boas maneiras, buscando questionamentos e argumentações do comportamento infantil para, enfim, introduzir a criança no convívio social. Com exemplos claros em que se confronta com seus próprios atos, no seu dia a dia, ela vai "aprender a dividir" e entender a necessidade do uso das palavras "obrigado", "por favor" e "desculpe".
 
Você acertou!
Contos de fadas - Esse volume encadernado reúne as mais famosas histórias infantis de Grimm, Perrault e Andersen, entre outros autores, em suas versões originais, sem adaptações. Nesses contos de fadas, há bruxas, princesas, encantamentos e finais felizes! O livro inclui cerca de 90 pinturas e desenhos, muitos deles raros, de ilustradores célebres como Gustave Doré.
Contos de enganar a morte - Era uma vez a Morte. Ninguém queria saber dela e todo mundo só pensava em passar-lhe a perna e mandá-la para bem longe de suas vidas tão preciosas. É o que mostram essas quatro narrativas populares recolhidas e recontadas por Ricardo Azevedo. Cheias de humor e astúcia, estas histórias tratam a morte com naturalidade e são uma declaração apaixonada de amor à vida.
 
Para Refletir...
O TRILHAS entende queesse é um bom livro para ser lido quando se tem como intencionalidade a formação do leitor literário.
Yolanda Reyes
Yolanda Reyes, especialista da área, afirma:
 
“A literatura não pretende explicar valores, letras do alfabeto, regras de polidez ou mensagens ambientais. Leia nas entrelinhas e não escolha um livro só pelo seu tema, mas pela sua forma e pela maneira como um autor constrói uma voz e um mundo próprios.”
 
[FONTE: Yolanda Reyes em Como escolher boa literatura para crianças. www.revistaemilia.com.br. Set./2011]
 
 
O que de fato interfere na formação do leitor literário é o contato com obras autênticas, ou seja, que não foram escritas com a intenção de ensinar algo.
Livros e encaminhamentos de leitura
Como vimos anteriormente, existem livros produzidos para trabalhar com conteúdos específicos, e esses devem ser evitados quando temos como propósito a leitura literária. Os outros são considerados de boa qualidade literária, mas a depender do encaminhamento utilizado também pode haver um uso utilitário da literatura, ou seja, o livro sendo usado como pretexto para ensinar algo não relacionado ao literário.
 
Leia as alternativas abaixo e assinale somente aquelas em que a leitura está vinculada a um propósito literário. 
 
Ler Tanto, tanto! para apreciar as belas ilustrações abrindo espaço para as crianças comentarem o que mais chamou atenção.
 
Você acertou!
Ler Tanto, tanto! para fazer um desenho da própria família.
Ler Contos de fadas para conversar sobre os principais ensinamentos dos contos e assim ajudar na formação moral das crianças.
Ler Contos de enganar a morte para conversar sobre a astúcia utilizada pelos personagens nas sucessivas tentativas de enganar a morte.
 
Você acertou!
Ler Contos de enganar a morte para encenar as histórias a fim das crianças se apresentarem às famílias.
14A LINGUAGEM DOS CONTOS
A linguagem dos contos
Leia dois trechos do conto Os três porquinhos e compare o uso da linguagem e a forma como os acontecimentos da história são narrados.
 
Trecho A
 
O lobo resolveu descer pela chaminé, mas a lareira estava acesa e ele saiu pegando fogo. O lobo foi embora e os porquinhos ficaram muito felizes.
 
Os três porquinhos, Clássicos Todolivro
 
 
Trecho B
 
O lobo subiu no telhado da casa da porquinha e se espremeu chaminé adentro. Rápida como um raio, a porquinha foi buscar sua maior panela, encheu-a de água e pôs a panela no fogo. O fogo estava bem forte. A água ferveu. O lobo desceu pela chaminé e SPLASH!: caiu de ponta-cabeça na panela da porquinha. E aqui acaba a história daquele lobo grande e malvado.
 
Livro de histórias, Cia das Letrinhas
 
 
Associe as afirmações ao trecho da história correspondente:
Trecho que apresenta uma qualidade na linguagem literária, com construções que utilizam recursos linguísticos tal como metáforas e comparações, e não infantiliza nem facilita o enredo para a compreensão das crianças.
Trecho A
 
Trecho B
Para Refletir...
Consideramos o trecho B o mais completo e de maior qualidade na linguagem literária porque é possível notar mais detalhes nos acontecimentos narrados, além de recursos mais sofisticados da linguagem como o uso da onomatopeia “SPLASH” e da expressão “Rápida como um raio”, por exemplo, que conferem maior beleza ao texto e é típico da linguagem literária.
Trecho que simplifica as ações dos personagens com o intuito de facilitar a linguagem e a compreensão infantil.
Trecho A
 
Trecho B
Você acertou!
Trecho em que há maior descrição dos personagens e suas ações, oferecendo ao leitor mais elementos para instigar a imaginação e a fantasia.
Trecho A
 
Trecho B
Você acertou!
Trecho que considera o conteúdo e também a forma como ele é narrado, ou seja, há uma preocupação com o aspecto estético.
Trecho A
 
Trecho B
Você acertou!
Livros literários indicados
Você vai assistir agora a um vídeo do canal A cigarra e a formiga, em que Daisy Carias indica livros. Assista-o na íntegra e observe o que ela destaca em cada título, selecionando critérios que conferem qualidade literária às obras. 
Para o livro Não derrame leite, Daisy ressalta alguns critérios que podemos considerar, tais como:
 
· O texto apresenta uma repetição que convida à leitura em voz alta.
· As ilustrações são bonitas com cores vibrantes.
· A personagem é valente por sua determinação e coragem.
· O final é surpreendente.
· Histórias divertidas.
· Possibilidades de fazer relações intertextuais, por exemplo, com a história da Chapeuzinho Vermelho.
· Final surpreendente e superdivertido.
· Estilo do autor ao criar histórias “malucas”.
· Ilustrações com muitos detalhes.
· Protagonistas que fazem coisas incríveis e são amigas de gigantes e anões.
 
Critério utilizado na seleção de livros
Os critérios que Daisy considerou para fazer a seleção dos livros para o vídeo foram as características das protagonistas: mulheres, corajosas e valentes.
 
O que esses critérios revelam? Você pode marcar mais de uma alternativa.
 
A busca por livros que não reforçam estereótipos, aqueles que não cristalizam algo, o jeito de ser da mulher, por exemplo, oferecendo ao leitor possibilidades de considerar as múltiplas facetas das meninas.
 
Você acertou!
Uma escolha audaciosa, já que as crianças pequenas podem ficar assustadas com essas personagens e se influenciar por elas.
Uma escolha com foco em crianças mais velhas, já que elas apresentam maior capacidade de compreensão e podem opinar melhor a respeito dos assuntos tratados.
A credibilidade na capacidade infantil de ler livros irreverentes e, às vezes, transgressores, por ressaltarem aspectos das personagens que enaltecem suas características autênticas.
 
Você acertou!
Formas de organizar as crianças no espaço
A forma como organizamos a sala para ler histórias para as crianças comunica a elas nossas intenções e o cuidado que temos para que todos possam apreciar a leitura de uma maneira convidativa. Reforçamos a ideia de que não existe um único jeito de organizar as crianças para ouvir histórias, por isso a organização dependerá do espaço da sala, dos livros disponíveis e do propósito que queremos alcançar.
 
Considerando todas essas premissas, assinale qual delas você acredita que representa uma boa forma de organizar as crianças para ouvir as histórias dos livros selecionados pelo professor, de acordo com o propósito da leitura.
 
Associe:
( 1 ) Crianças organizadas próximas ao livro, possibilitando que o enxerguem.
( 2 ) Crianças organizadas de forma que consigam ouvir a leitura.
 
Quais das organizações propostas são mais indicadas para a realização de cada tipo de leitura? 
Para ler um livro no qual os alunos precisam acompanhar a leitura das imagens para compreender a história.
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Você acertou!
Para ler um livro-imagem, ou seja, uma obra que tem apenas ilustrações, sem palavra escrita.
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Para ler um conto clássico ou um livro com repetições nos quais as ilustrações não interferem na compreensão.
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Você acertou!
Para ler um livro em um contexto no qual a proposta seja apresentar um autor e, na sequência, disponibilizar vários livros do mesmo autor para apreciação.
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A leitura em voz alta deve ser permanente?
A constância no trabalho com a leitura literária é decisiva quando temos como objetivo a formação do leitor. Por isso, sua organização no tempo didático precisa ser planejada. Para a autora argentina Delia Lerner1, os conteúdos precisam ser divididos de acordo com suas características, em modalidades organizativas do tempo, que são: projetos didáticos, atividades sequenciadas, atividades habituais e independentes. 
 
1 LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. São Paulo, ArtMed, 2002.
 
 
O trabalho de leitura pode encaixar-se em todas elas, mas quando temos como propósito a formação do leitor literário é necessário vivenciar inúmeras e diversificadas experiências estéticas leitoras, com várias referências e fazendo conexões entre elas.
 
Partindo dessa premissa, leia as alternativas e marque em qual modalidade melhor se encaixa o trabalhode leitura em voz alta feita pelo professor:
 
Atividades sequenciadas: situações didáticas articuladas, que possuem uma sequência de realização cujo principal critério é o nível de dificuldade – há uma progressão de desafios a serem enfrentados pelos alunos para que construam um determinado conhecimento. Tempo de duração: variável.
Atividades habituais: situações didáticas propostas com regularidade, cujo objetivo é constituir atitudes, desenvolver hábitos etc. Por exemplo: para promover o gosto de ler e escrever e desenvolver atitudes e procedimentos que leitores e escritores desenvolvem a partir da prática de leitura e escrita. Tempo de duração: repetem-se de forma sistemática e previsível – semanal, quinzenal ou mensal.
A leitura em voz alta feita pelo professor pode se encaixar em qualquer modalidade organizativa. Porém, pensando na formação do leitor literário, é necessário que ele tenha um contato frequente com situações de leitura. Por isso, neste curso, tratamos a leitura em voz alta como uma atividade habitual, e recomendamos que ela aconteça diariamente.
Projetos didáticos: situações didáticas que se articulam em função de um objetivo (situação-problema) e de um produto final. Contextualizam as atividades de linguagem oral e escrita (ler, escrever, estudar, pesquisar) e podem ser interdisciplinares. Tempo de duração: depende dos objetivos propostos – podem ser dias ou meses. Quando de longa duração, os projetos permitem o planejamento de suas etapas e a distribuição do tempo com os alunos.
Atividades independentes: são situações ocasionais nas quais algum conteúdo significativo é trabalhado sem que ele tenha relação direta com o que está sendo desenvolvido nas outras atividades ou projetos, ou situações de sistematização de algum conhecimento estudado em outras atividades ou projetos. Tempo de duração: variável, mas normalmente trata-se de uma atividade única.
 
Para Refletir...
A leitura em voz alta feita pelo professor pode se encaixar em qualquer modalidade organizativa. Porém, pensando na formação do leitor literário, é necessário que ele tenha um contato frequente com situações de leitura. Por isso, neste curso, tratamos a leitura em voz alta como uma atividade habitual, e recomendamos que ela aconteça diariamente.
Roteiro de trabalho
Introdução: O professor apresenta o livro Cabrito, cabritões às crianças, convidando-as a fazer antecipações a partir das ilustrações e do título. Antes da leitura, faz uma pergunta para a turma e, depois de ler, conversa com as crianças sobre a personificação dos personagens na história.
 
Preparação: Ler o livro preparando sua leitura em voz alta.
 
Organização do espaço e das crianças: Organizar o grupo de forma que as crianças estejam bem acomodadas e à vontade para ver as ilustrações.
 
Orientações para o professor: 
- Apresentar o livro, mas, antes de ler o título, folheá-lo, mostrando as ilustrações às crianças até o fim.
- Voltar à capa e questionar sobre o que elas acham que o livro trata. Você pode dizer: “Hoje vocês vão conhecer uma nova história. Antes vou mostrar as ilustrações do livro para que depois me digam o que acham que será contado”.
- Ler o título e perguntar se elas conhecem alguma história parecida. Deixar que falem livremente.
- Apresentar um resumo da história e fazer uma pergunta sobre o desfecho: “Será que os cabritos vão conseguir atravessar a ponte e chegar até o campo com capim verde?”.
- Ler a história e mostrar as ilustrações a cada página.
- Fazer outra pergunta, após ler a parte em que o Ogro aparece, para orientar a escuta até o fim da leitura do conto: “Será que o plano dos cabritos dará certo?”. Ouvir as crianças e comentar que você continuará lendo para que elas possam saber o que vai acontecer.
- Retomar, no fim do conto, a pergunta inicial. Falar sobre o plano dos cabritos e comentar sobre os motivos que levaram o plano dar certo.
- Perguntar às crianças quem são os personagens da história. Conversar com elas mostrando que são todos animais, mas agem como se fossem pessoas, e questionar se conhecem outras histórias em que isso acontece. Deixar que as crianças falem, destacando as ações dos animais que são características humanas como, por exemplo, o plano desenhado no papel e a ação de descer a escada.
 
O que as crianças podem aprender:
- Ao apresentar o livro “por fora”, explorando capa, contracapa, título e ilustrações, as crianças aprendem sobre o livro como objeto e observam suas características.
- Ao realizar perguntas antes e durante a leitura, as crianças podem aprender a conversar sobre os personagens, suas ações e características, além de se manterem ativas na escuta da história.
 
O que mais é possível fazer: Para dar continuidade a essa atividade, você pode fazer uma lista de histórias conhecidas em que há personificação.
 
O que é possível fazer em casa: Você pode sugerir que as crianças falem aos seus pais, colegas e vizinhos sobre o conto que escutaram e que perguntem se eles conhecem outras histórias em que os animais fazem coisas iguais às pessoas.
 
Conclusão: Professor, você já construiu muito conhecimento no percurso do módulo, agora poderá colocá-lo em prática!
 
Você poderá imprimir esta sequência didática e levar para a sala para conduzir as aulas, se for necessário.
Clique na imagem abaixo para fazer o download do documento em PDF.
O que as crianças aprendem ao ouvir histórias
Todo encaminhamento de leitura em voz alta abordado até o momento tem como pressuposto que, neste processo, as crianças aprendem certos conteúdos considerados fundamentais na formação do leitor literário. Leia o trecho do livro Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário, e grife os principais comportamentos leitores apontados por Delia Lerner como conteúdos do trabalho de leitura.
 
O que as crianças aprendem ao ouvir histórias
Todo encaminhamento de leitura em voz alta abordado até o momento tem como pressuposto que, neste processo, as crianças aprendem certos conteúdos considerados fundamentais na formação do leitor literário. Leia o trecho do livro Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário, e grife os principais comportamentos leitores apontados por Delia Lerner como conteúdos do trabalho de leitura.
O TRILHAS entende que os trechos grifados em azul são os que melhor representam o enunciado.
Delia Lerner
“Para que a instituição escolar cumpra com sua missão de comunicar a leitura como prática social, parece imprescindível uma vez mais atenuar a linha divisória que separa as funções dos participantes na situação didática. Realmente, para comunicar às crianças os comportamentos que são típicos do leitor, é necessário que o professor os encarne na sala de aula, que proporcione a oportunidade a seus alunos de participar em atos de leitura que ele mesmo está realizando, que trave com eles uma relação de “leitor para leitor”. (…) Ao ler para as crianças, o professor “ensina” como se faz para ler. A leitura pelo professor é de particular importância na primeira etapa da escolaridade, quando as crianças ainda não leem eficazmente por si mesmas. Durante esse período, o professor cria muitas e variadas situações nas quais lê diferentes tipos de texto. Quando se trata de uma história, por exemplo, cria um clima propício para desfrutar dela: propõe às crianças que se sentem a seu redor para que todos possam ver as imagens e o texto se assim o desejam; lê tentando criar emoção, intriga, suspense ou diversão (conforme o tipo de história escolhida); evita as interrupções que poderiam cortar o fio da história e, portanto, não faz perguntas para verificar se as crianças entendem, nem explica palavras supostamente difíceis; incentiva as crianças a seguir o fio do relato (sem se deter no significado particular de certos termos) e a apreciar a beleza daquelas passagens cuja forma foi especialmente cuidada pelo autor.”
[Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário, Delia Lerner, Artmed Editora, p.95-96]
O que você aprendeu?
Ao longo deste módulo, muitas foram as discussões a respeitode:
· Critérios de seleção de livros.
· Chaves de leitura para apreciação.
· Apresentação de uma obra literária para a criança.
· Conversas literárias como uma proposta de mediação a ser desenvolvida quando se lê em voz alta para as crianças. 
 
Nas atividades a seguir vamos retomar o que você aprendeu?

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