atividade ead ciencias socias tres de abril

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FACULDADE MUNICIPAL DE PALHOÇA
CIENCIAS SOCIAS E EDUCAÇÃO
PROFESSOR: RANGEL
ALUNA: SHUELLEN DOS SANTOS RODRIGUES
PEDAGOGIA 1ª FASE
ATIVIDADE EAD DO DIA 03/04/2020
ANÁLISE DE MÚSICAS E TEORIA MARXISTA
ATÉ QUANDO ESPERAR – PLEBE RUDE
NÃO É NOSSA CULPA
NASCEMOS JÁ COM UMA BÊNÇÃO
MAS ISSO NÃO É DESCULPA
PELA MÁ DISTRIBUIÇÃO
COM TANTA RIQUEZA POR AÍ, ONDE É QUE ESTÁ
CADÊ SUA FRAÇÃO
COM TANTA RIQUEZA POR AÍ, ONDE É QUE ESTÁ
CADÊ SUA FRAÇÃO
ATÉ QUANDO ESPERAR
E CADÊ A ESMOLA QUE NÓS DAMOS
SEM PERCEBER QUE AQUELE ABENÇOADO
PODERIA TER SIDO VOCÊ
COM TANTA RIQUEZA POR AÍ, ONDE É QUE ESTÁ
CADÊ SUA FRAÇÃO
COM TANTA RIQUEZA POR AÍ, ONDE É QUE ESTÁ
CADÊ SUA FRAÇÃO
ATÉ QUANDO ESPERAR A PLEBE AJOELHAR
ESPERANDO A AJUDA DE DEUS
ATÉ QUANDO ESPERAR A PLEBE AJOELHAR
ESPERANDO A AJUDA DE DEUS
POSSO
VIGIAR TEU CARRO
TE PEDIR TROCADOS
ENGRAXAR SEUS SAPATOS
POSSO
VIGIAR TEU CARRO
TE PEDIR TROCADOS
ENGRAXAR SEUS SAPATOS
SEI
NÃO É NOSSA CULPA
NASCEMOS JÁ COM UMA BÊNÇÃO
MAS ISSO NÃO É DESCULPA
PELA MÁ DISTRIBUIÇÃO
COM TANTA RIQUEZA POR AÍ, ONDE É QUE ESTÁ
CADÊ SUA FRAÇÃO
ATÉ QUANDO ESPERAR
A PLEBE AJOELHAR
ESPERANDO A AJUDA DO DIVINO DEUS
A música inicia com a estrofe “Não é nossa culpa. Nascemos já com uma bênção. Mas isso não é desculpa. Pela má distribuição”, o que se entende é que o autor da musica é de realidade social favorecida e diz que embora ele tenha sido “abençoado” não é indiferente a DESIGUALDADE SOCIAL.
A seguir vem a estrofe “Com tanta riqueza por aí, onde é que está? Cadê sua fração?
Com tanta riqueza por aí, onde é que está? Cadê sua fração? Até quando esperar?”, nela fica evidente a DIVISÃO DE CLASSES. Onde poucos possuem em excesso e muitos possuem pouco ou quase nada. 
No trecho seguinte o autor da música fala sobre a esmola que damos sem perceber, pode se encaixar nesse sentido o conceito de MAIS-VALIA. No mesmo trecho ele diz sobre o abençoado, que nesse caso seria o PATRÃO, O BURGUÊS.
O refrão da música “Até quando esperar. A plebe ajoelhar. Esperando a ajuda do divino Deus?” seria uma crítica a religião que sempre foi usada de forma a acalmar os ânimos da população, aconselhando a seguir com conformismo e aceitação. E também conduzindo a um estado de ALIENAÇÃO.
PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES – GERALDO VANDRÉ
CAMINHANDO E CANTANDO
E SEGUINDO A CANÇÃO
SOMOS TODOS IGUAIS
BRAÇOS DADOS OU NÃO
NAS ESCOLAS, NAS RUAS
CAMPOS, CONSTRUÇÕES
CAMINHANDO E CANTANDO
E SEGUINDO A CANÇÃO
VEM, VAMOS EMBORA
QUE ESPERAR NÃO É SABER
QUEM SABE FAZ A HORA
NÃO ESPERA ACONTECER
VEM, VAMOS EMBORA
QUE ESPERAR NÃO É SABER
QUEM SABE FAZ A HORA
NÃO ESPERA ACONTECER
PELOS CAMPOS HÁ FOME
EM GRANDES PLANTAÇÕES
PELAS RUAS MARCHANDO
INDECISOS CORDÕES
AINDA FAZEM DA FLOR
SEU MAIS FORTE REFRÃO
E ACREDITAM NAS FLORES
VENCENDO O CANHÃO
VEM, VAMOS EMBORA
QUE ESPERAR NÃO É SABER
QUEM SABE FAZ A HORA
NÃO ESPERA ACONTECER
VEM, VAMOS EMBORA
QUE ESPERAR NÃO É SABER
QUEM SABE FAZ A HORA
NÃO ESPERA ACONTECER
HÁ SOLDADOS ARMADOS
AMADOS OU NÃO
QUASE TODOS PERDIDOS
DE ARMAS NA MÃO
NOS QUARTÉIS LHES ENSINAM
UMA ANTIGA LIÇÃO
DE MORRER PELA PÁTRIA
E VIVER SEM RAZÃO
VEM, VAMOS EMBORA
QUE ESPERAR NÃO É SABER
QUEM SABE FAZ A HORA
NÃO ESPERA ACONTECER
VEM, VAMOS EMBORA
QUE ESPERAR NÃO É SABER
QUEM SABE FAZ A HORA
NÃO ESPERA ACONTECER
NAS ESCOLAS, NAS RUAS
CAMPOS, CONSTRUÇÕES
SOMOS TODOS SOLDADOS
ARMADOS OU NÃO
CAMINHANDO E CANTANDO
E SEGUINDO A CANÇÃO
SOMOS TODOS IGUAIS
BRAÇOS DADOS OU NÃO
OS AMORES NA MENTE
AS FLORES NO CHÃO
A CERTEZA NA FRENTE
A HISTÓRIA NA MÃO
CAMINHANDO E CANTANDO
E SEGUINDO A CANÇÃO
APRENDENDO E ENSINANDO
UMA NOVA LIÇÃO
VEM, VAMOS EMBORA
QUE ESPERAR NÃO É SABER
QUEM SABE FAZ A HORA
NÃO ESPERA ACONTECER
VEM, VAMOS EMBORA
QUE ESPERAR NÃO É SABER
QUEM SABE FAZ A HORA
NÃO ESPERA ACONTECER
A música que foi inscrita na época da Ditadura Militar Brasileira, começa remetendo a uma passeata ou protesto. Onde todos que estão ali são iguais, mesmo podendo ser de CLASSES SOCIAS diferentes. 
No refrão da canção se diz “Vem, vamos embora. Que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora. Não espera acontecer”, o que se entende é que um apelo para o povo não ficar na ALIENAÇÃO. Que ficar esperando, não vai mudar nada. Que precisamos ir atrás do conhecimento, do saber. Para então podermos mudar nosso futuro.
A seguir no trecho “Pelos campos há fome. Em grandes plantações”, o autor ressalta a pobreza de grande parte da população. A grande DESIGUALDADE SOCIAL que há no Brasil e no mundo. 
LUTA DE CLASSES – CIDADE NEGRA
TUDO QUE EU POSSO VER É ESSA NEBLINA
COBRINDO O ENTARDECER EM CADA ESQUINA
TUDO QUE EU POSSO VER É ESSA FUMAÇA
COBRINDO O ENTARDECER EM CADA VIDRAÇA
MAS EU QUERO TE CONTAR OS FATOS
EU POSSO MOSTRAR FOTOS PRA VOCÊ
É SÓ TER UM POUCO MAIS DE TATO
QUE FICA CLARO PRA VOCÊ
DESDE A ANTIGUIDADE
AS COISAS ESTÃO ASSIM, ASSIM
OS HOMENS NÃO SÃO IGUAIS, NÃO SÃO
NÃO SÃO IGUAIS, ENFIM!
DAÍ TODA ESSA HISTÓRIA
DAÍ A HISTÓRIA SURGIU
ESCRAVOS NA BABILÔNIA
TRABALHADOR NO BRASIL
TUDO QUE EU POSSO VER É ESSA NEBLINA
COBRINDO O ENTARDECER EM CADA ESQUINA
TUDO QUE EU POSSO VER É ESSA FUMAÇA
COBRINDO O ENTARDECER EM CADA VIDRAÇA
MAS VEIO O IDEÁRIO
DA TAL REVOLUÇÃO BURGUESA
VEIO O IDEÁRIO, VEIO O SONHO SOCIALISTA
VEIO A PROMESSA DE IGUALDADE E LIBERDADE
COMETAS CINTILANTES QUE SE FORAM PELA NOITE
EXISTIRÃO ENQUANTO HOUVER UM MAIOR!
DAÍ É QUE VEIO A HISTÓRIA
DAÍ A HISTÓRIA SURGIU
ESCRAVOS NA BABILÔNIA
TRABALHADOR NO BRASIL
DO ANTIGO EGITO À GRÉCIA E ROMA
DA EUROPA FEUDAL
DO MUNDO COLONIAL
DO MUNDO INDUSTRIAL
NA RÚSSIA STANILISTA E WALL STREET
EM CUBA COMUNISTA
E NO BRASIL?
E NO BRASIL, HEIN?
DAÍ É QUE VEM A HISTÓRIA
DAÍ É QUE O HOMEM SERVIU
ESCRAVO, PÁRIA, SERVO
TRABALHADOR NO BRASIL
DAÍ É QUE VEIO A HISTÓRIA
DAÍ A HISTÓRIA SURGIU
ESCRAVO NA BABILÔNIA
TRABALHADOR NO BRASIL
BAIXADA!
(ESSA NEBLINA)
CHEGA JUNTO, BAIXADA!
(ESSA ESQUINA)
COBRINDO O ENTARDECER EM CADA ESQUINA
TUDO O QUE EU POSSO VER É ESSA FUMAÇA
COBRINDO O ENTARDECER EM CADA VIDRAÇA
O nome da música LUTA DE CLASSES, foi a nome dado por Karl Marx para intitular o confronto entre o que considerava os opressores (a burguesia) e os oprimidos (o proletariado), consideradas classes opostas e existentes no modo de produção capitalista. A luta de classes se expressa nos terrenos econômico, ideológico e político.
O trecho da música que fala “Desde a antiguidade. As coisas estão assim, assim. Os homens não são iguais”, ela descreve que a DESIGUALDADE SOCIAL e DIVISÃO DE CLASSES são coisas que acontecem desde os tempos primórdios. Não sendo um problema atual. No mesmo trecho podemos ver outra característica da teoria marxista, pois na frase “Desde a antiguidade” faz ilusão de MATERIALISMO HISTÓRICO. Onde desde o início da nossa história já era baseada em relações materiais e pobre sempre foi desfavorecido. 
CIDADÃO – ZÉ RAMALHO
TÁ VENDO AQUELE EDIFÍCIO, MOÇO?
AJUDEI A LEVANTAR
FOI UM TEMPO DE AFLIÇÃO
ERA QUATRO CONDUÇÃO
DUAS PRA IR, DUAS PRA VOLTAR
HOJE DEPOIS DELE PRONTO
OLHO PRA CIMA E FICO TONTO
MAS ME VEM UM CIDADÃO
E ME DIZ, DESCONFIADO
TU TÁ AÍ ADMIRADO
OU TÁ QUERENDO ROUBAR?
MEU DOMINGO TÁ PERDIDO
VOU PRA CASA ENTRISTECIDO
DÁ VONTADE DE BEBER
E PRA AUMENTAR O MEU TÉDIO
EU NEM POSSO OLHAR PRO PRÉDIO
QUE EU AJUDEI A FAZER
TÁ VENDO AQUELE COLÉGIO, MOÇO?
EU TAMBÉM TRABALHEI LÁ
LÁ EU QUASE ME ARREBENTO
FIZ A MASSA, PUS CIMENTO
AJUDEI A REBOCAR
MINHA FILHA INOCENTE
VEM PRA MIM TODA CONTENTE
PAI, VOU ME MATRICULAR
MAS ME DIZ UM CIDADÃO
CRIANÇA DE PÉ NO CHÃO
AQUI NÃO PODE ESTUDAR
ESSA DOR DOEU MAIS FORTE
POR QUE É QUE EU DEIXEI O NORTE?
EU ME PUS A ME DIZER
LÁ A SECA CASTIGAVA
MAS O POUCO QUE EU PLANTAVA
TINHA DIREITO A COMER
TÁ VENDO AQUELA IGREJA, MOÇO?
ONDE O PADRE DIZ AMÉM
PUS O SINO E O BADALO
ENCHI MINHA MÃO DE CALO
LÁ EU TRABALHEI TAMBÉM
LÁ FOI QUE VALEU A PENA
TEM QUERMESSE, TEM NOVENA
E O PADRE ME DEIXA ENTRAR
FOI LÁ QUE CRISTO ME DISSE
RAPAZ DEIXE DE TOLICE
NÃO SE DEIXE AMEDRONTAR
FUI EU QUEM CRIOU A TERRA
ENCHI O RIO, FIZ A SERRA
NÃO DEIXEI NADA FALTAR
HOJE O HOMEM CRIOU ASA
E NA MAIORIA DAS CASAS
EU TAMBÉM NÃO POSSO ENTRAR
FUI EU QUEM CRIOU A TERRA
ENCHI O RIO, FIZ A SERRA
NÃO DEIXEINADA FALTAR
HOJE O HOMEM CRIOU ASAS
E NA MAIORIA DAS CASAS
EU TAMBÉM NÃO POSSO ENTRAR
A música fala sobre um operário de condição humilde, que não pode frequentar nenhuma das obras que foi por ele construídas. A música aborda o preconceito e a discriminação que as pessoas de classes baixa sofrem nas grandes cidades e faz referência a alguns problemas sociais, tais como a DESIGUALDADE SOCIAL.
A música faz uma crítica a BURGUESIA que por se achar superior ao pobre operário não o deixa usufruir das coisas que ele mesmo ajudou a construir. O título da canção também faz essa crítica, pois para a sociedade BURGUESA, quando não considera as pessoas pobres como “cidadãs”.
A letra fala da injustiça e o desnível da sociedade e sobre uma classe de pessoas que nunca vão participar de certos lugares ou ambientes. Pois o mundo sempre será dividido por CLASSES SOCIAIS. 
ZÉ RAMALHO - ADMIRÁVEL GADO NOVO
VOCÊS QUE FAZEM PARTE DESSA MASSA
QUE PASSA NOS PROJETOS DO FUTURO
É DURO TANTO TER QUE CAMINHAR
E DAR MUITO MAIS DO QUE RECEBER
E TER QUE DEMONSTRAR SUA CORAGEM
À MARGEM DO QUE POSSA PARECER
E VER QUE TODA ESSA ENGRENAGEM
JÁ SENTE A FERRUGEM LHE COMER
Ê, Ô, Ô, VIDA DE GADO
POVO MARCADO, Ê!
POVO FELIZ!
Ê, Ô, Ô, VIDA DE GADO
POVO MARCADO, Ê!
POVO FELIZ!
LÁ FORA FAZ UM TEMPO CONFORTÁVEL
A VIGILÂNCIA CUIDA DO NORMAL
OS AUTOMÓVEIS OUVEM A NOTÍCIA
OS HOMENS A PUBLICAM NO JORNAL
E CORREM ATRAVÉS DA MADRUGADA
A ÚNICA VELHICE QUE CHEGOU
DEMORAM-SE NA BEIRA DA ESTRADA
E PASSAM A CONTAR O QUE SOBROU!
Ê, Ô, Ô, VIDA DE GADO
POVO MARCADO, Ê!
POVO FELIZ!
Ê, Ô, Ô, VIDA DE GADO
POVO MARCADO, Ê!
POVO FELIZ!
ÔÔÔ, BOI
O POVO FOGE DA IGNORÂNCIA
APESAR DE VIVER TÃO PERTO DELA
E SONHAM COM MELHORES TEMPOS IDOS
CONTEMPLAM ESSA VIDA NUMA CELA
ESPERAM NOVA POSSIBILIDADE
DE VEREM ESSE MUNDO SE ACABAR
A ARCA DE NOÉ, O DIRIGÍVEL
NÃO VOAM, NEM SE PODE FLUTUAR
NÃO VOAM, NEM SE PODE FLUTUAR
NÃO VOAM, NEM SE PODE FLUTUAR
Ê, Ô, Ô, VIDA DE GADO
POVO MARCADO, Ê!
POVO FELIZ!
Ê, Ô, Ô, VIDA DE GADO
POVO MARCADO, Ê!
POVO FELIZ!
ÔÔÔ, BOI
A música é faz uma crítica à exploração do trabalho e também à manipulação psicológica/intelectual do povo. o uso da palavra gado, faz uma referência a ALIENAÇÃO da classe trabalhadora, afinal, é isso que o gado faz no campo: apenas obedece, ainda que inconscientemente.  
Na primeira estrofe, a música fala sobre a árdua realidade do trabalhador, que sempre ganha menos do que produz. O que é uma referência ao conceito de MAIS-VALIA, de Karl Marx. 
No trecho “E ter que demonstrar sua coragem. À margem do que possa parecer
E ver que toda essa engrenagem. Já sente a ferrugem lhe comer” podemos entender o trecho como uma crítica ao CAPITALISMO e à EXPLORAÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO.