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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO DE PROJETOS Resenha Crítica de Caso Jussara Dayrell Rodrigues Mat.: 202005011921 Trabalho da disciplina Gerenciamento e integração do Escopo Tutor: Prof. Carlos Fernando da Rocha Santos Aripuanã - MT 2020 2 MEDISYS CORP.: A EQUIPE DE DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO INTENSCARE. Referências: Referências: DONNELLON A.; MARGOLIS D. J.. MediSys. Estudo de caso: A Equipe de desenvolvimento do produto IntensCare. Harvard Business School. Outubro de 2009 Estudo de case sobre a Medisys Corp., empresa norte-americana de capital fechado, que atuava no ramo de equipamentos médicos, desenvolvia, fabricava e vendia sistemas de monitoramento médico para o segmento hospitalar. Criada em 2002, o histórico financeiro da empresa era muito bom, pois a mesma, em 2008 fechou sua receita em US$ 400 milhões, e tinha o headcount de 1.750 colaboradores. O sucesso nos primeiros anos da empresa, foram provenientes de dois principais produtos: o sistema de monitoramento pulmonar e renal, que ao serem laçados foram bem-sucedidos. Com os resultados apresentados até 2008 a empresa era considerada, relativamente pequena, porém muito lucrativa. Com uma cultura organizacional empreendedora e inovadora, possuía várias iniciativas promissoras em andamento e em diversos estágios de desenvolvimento, no portfólio de desenvolvimento havia renovação de produtos já lançados e elaboração de novos produtos e tecnologias. Porém, a partir de 2008, a diretoria percebeu os primeiros sinais de desaceleração e o risco eminente de concorrência direta. Dois principais concorrentes da MidiSys, que possuíam bastante dinheiro e com ótima reputação no ramo, anunciaram que entrariam no principal mercado da MidiSys com produtos projetados para concorrer com o IntensCare, e para comprometer ainda mais a situação, os produtos seriam lançados em um ano, confirmando que a empresa teria concorrência acirrada a partir daquele momento. Diante da situação, algo precisava ser feito pela diretoria, foi então que em janeiro de 2008, para equilibrar a corrida pela liderança do mercado, a MidiSys contratou um novo CEO, Art Beaumont. A estratégia da empresa com a renovação da presidência, foi manter a mesma estrutura funcional, aperfeiçoando a para alcançar 3 uma estratégia de crescimento. Beaumont, estruturou a mudança de gestão, que deveria alcançar e disseminar resultados rápidos, criando um Comitê Executivo restrito a cinco integrantes, que seriam subordinados diretos ao mesmo, o comitê era formado pelos vice-presidentes das gerências de vendas e marketing, pesquisa e desenvolvimento, design e engenharia, produção e administração. Nos primeiros meses, Beaumont, percebeu que alguns líderes tinha a cultura hierárquica enraizada em seus papeis funcionais, e que isso atrasaria a necessidade da empresa de superar seus concorrentes em um menor tempo de produção de novos produtos. Historicamente a MidiSys, mantinha um processo de desenvolvimento sequencial de quatro etapas, ou seja, uma nova etapa só era iniciada após fechar a anterior. Etapas do formato sequencial da MidiSys: 1. Pesquisa e Desenvolvimento, com abertura para propor novos processos tecnológicos ou sistêmicos. 2. Aprovação da liderança, e desenvolvimento das descrições e necessidades do cliente pelo Marketing, encaminhamento para a área de Design e Engenharia de Software. 3. Design e Engenharia de Software, elaborava as especificações dos produtos e sequenciava para a equipe de Assuntos Regulatórios, que realizava aprovação de protótipos. 4. Equipe de produção, providenciava a fabricação e montagem do produto. O novo sistema proposto por Beaumont, possuía uma equipe multifuncional, com grande conhecimento e especialização, a equipe atuava desde a concepção da ideia até a entrega final, executando as etapas em sinergia e em paralelo, favorecendo a celeridade dos resultados, além de fomentar o trabalho em equipe, e a visão da importância de cada um no todo. Projeto IntensCare O projeto IntensCare, tinha sido desenvolvido a maneira tradicional da MidiSys. Em 2006, Aaron Gerson, do P&D, teve a ideia de um sistema de monitoramento de paciente que coletava os dados dos mesmos e armazenava em uma base de dados eletrônicos, fornecendo um banco integrado de saúde dos pacientes, além disso o sistema faria um follow-up através de e-mail com os médicos envolvidos no 4 tratamento. Junto com outros dois colegas, eles organizaram e evoluíram com a ideia informalmente, para vender a oportunidade. Em seguida levaram o projeto aos líderes da MidiSys, para patrocinarem o desenvolvimento, a empresa comprou a ideia e investiu US$ 500.000 para elaborarem o software e engenharia do produto. O progresso foi lento, pois não tinham uma equipe dedica para trabalhar com exclusividade, os membros continuaram com suas atividades de rotina. A equipe escolhida por Beaumont e por Aaron Gerson, se reunia em sextas alternadas, por cerca de uma hora. Quando Jack Fogel, assumiu a liderança do projeto, ele manteve essa rotina, acrescentando encontros individuais ou específicos quando necessário para solucionar possíveis problemas, buscando sempre as soluções e a hegemonia do grupo. A estrutura da equipe funcionava da seguinte forma: supervisão de design e desenvolvimento de software, foi escolhido Dipesh Mukerjee. Karen Baio representava os Assuntos Regulatórios do projeto e para o Marketing, supervisão de lançamento e gerência do Profit & Loss Statement foi contratada Varelie Merz. Com essa equipe montada, Beaumont, projetou o lançamento “de um produto inovador, até agosto de 2009”, tempo curto, porém necessário para manter a competitividade da organização. Em fevereiro, a empresa comunicou a todos por e-mail que existia problemas relacionados as entregas de software e engenharia com a colocações de visores de dados e baterias, gerando impacto nas etapas desenvolvidas pela equipe de O´Brien, que precisava da finalização do software em três meses. E a partir desse momento, houve a manifestação em cadeia dos gerentes que dependiam das entregas para finalizar suas etapas: o gerente de engenharia sênior, manifestou para o líder do projeto a suas preocupações e solicitou uma reunião prévia com Fogel e Aaron, que antecederia a reunião da equipe, a pauta seria buscar soluções e mostrar insatisfação com as reclamações de Merz. A gerente de marketing, Merz, por sua vez, não tinha confiança nas entregas da equipe, e colocava em cheque a possibilidade de desenvolver a tempo o produto prometido para o mercado e para Beaumont. Merz, estava desapontada com o seu líder, percebia muitos questionamentos em relação ao desempenho de cada um. Outros membros, como a Advogada do Regulatório, karen Baio, via a equipe como imatura, e via competição e vaidade desnecessária entre os membros do grupo. Acreditava que eles não percebiam a importância do que estavam 5 fazendo, o produto poderia salvar muitas vidas, e claramente precisava ser desenvolvido obedecendo todas as normas exigidas na lei. Baio, não tinha em particular paciência para trabalhar com Merz e Mukerjee. Via Merz, como arrogante e Mukerjee, não dava atenção aos seus alertas. Merz, por sua vez, mantinha sua defesa de não atender as necessidades dos clientes, e mesmo confirmando as exigências dos clientes através de entrevista, que queriam um design modular no sistema IntensCare, que possibilitaria “configurá-lo para uma variedade de situações clínicas e ter mais flexibilidade”, defendia que essa configuração deveria ser adotada somente na segunda versão do produto. Ainda em fevereiro, o design confirmou o atraso em relação cronograma dos testes clínicos e a produção do IntensCare.A equipe estava trabalhando firme para introduzir o produto no mercado em agosto, mas a questão da modularidade estava sendo negligenciada e não havia sido levada ao conhecimento da equipe. Beaumont, sabia da criticidade dos problemas, mas acreditava no potencial da equipe para resolvê-los, entendia que sua função era fundamental para fazer as coisas acontecerem, para isso deveria apoiá-los e não os pressionar. Ao sair para almoçar, antes da reunião, Merz, ouviu O´Brien reclamar dela para Beaumont e Fogel, sobre a as cobranças da mesma a respeito da modularidade, e que se ela o fizesse novamente ele sairia do projeto e para intensificar os problemas, externou que não teria como cumprir os prazos planejados para entrega do design e atrasos com desenvolvimento de software da índia, e finalizou solicitando que a reunião como a equipe fosse cancelada, e ao invés disso sugeriu uma reunião especifica com o chefe dele (Len Broman) e a do Fogel (Martha Hill). Concluímos com o case que a equipe da MidiSys, não estava integrada, apesar de uma tentativa do CEO para fazê-lo, tanto a equipe quantos as etapas, trabalhavam por si e sem integração. Em nossos estudos, vimos que é essencial consolidar a integração do projeto, comtemplando os processos em níveis coordenados, bem detalhados e com constância. O líder tem papel fundamental, para garantir a sinergia das etapas, dos processos e da equipe. Garantindo, menor custo e maior qualidade dos resultados do mesmo. A integração abrange, tomada de decisão, no case vimos a questão da modularidade, a informação não era compartilhada e consequentemente 6 as decisões não foram tomadas no tempo certo, colocando em risco a organização, as etapas correlacionadas e o resultado final do projeto.
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