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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO DE PROJETOS Resenha Crítica de Caso Saulo Farias Santana Trabalho da disciplina: Gerenciamento de Integração e Escopo Tutor: Prof. Carlos Fernando da Rocha Santos Anchieta, ES 2020 2 MEDISYS CORP.: A EQUIPE DE DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO INTENSCARE Referências: DONNELLON, Anne et al. MediSys Corp.: a equipe de desenvolvimento do produto IntensCare. Harvard Business School, 30 out. 2009. O estudo foi constituído pela análise do comportamento da equipe de desenvolvimento do produto Intenscare da empresa MediSys. Eles começam relatando um breve histórico sobre a empresa americana MediSys, criada no ano de 2002, com objetivo de desenvolver, fabricar e vender sistemas de monitoramento médico para o segmento hospitalar, que atingiu, no ano 2008, ganhos de US$ 400 milhões, com apenas 1.750 funcionários. Visando em continuar seu crescimento e não desacelerar, ao mesmo tempo vendo que os dois principais concorrentes públicos da empresa, com os bolsos cheios e ótima reputação no setor, haviam anunciado que entrariam no mercado, a diretoria da MediSys se sentiu na obrigação de criar um projeto mais ambicioso. Com essa ambição, veio a necessidade de uma restruturação na alta gerência, na qual realizaram a contratação do presidente Art Beaumont, cujo o perfil era mais agressivo. Beaumont, logo procurou trabalhar na estrutura funcional da empresa existente, alterando seu foco para uma estratégica de crescimento, preservando sua cultura inovadora, e, assim, reestimulando o crescimento acelerado. Uma série de mudanças foram rapidamente adotadas, começando pela criação de um Comitê Executivo composto por cincos gerentes subordinados diretos: Os vice-presidentes de Vendas & Marketing, de Pesquisa & Desenvolvimento, de Design & Engenharia, de Produção e de Administração. Sua intenção era tornar essa equipe executiva uma máquina que criaria e implementaria de forma rápida uma estratégia para o crescimento do negócio. 3 Com esse objetivo de acelerar o negócio e consequentemente criar novos lançamentos para MediSys, o novo presidente, Beaumont, alterou o estilo do processo de desenvolvimento dos produtos, que antes era realizado de forma sequencial, para utilizar um modo paralelo, cuja “equipe central” era formada por pessoas de todas as funções críticas que trabalhavam em conjunto e continuamente para desenvolver desde a sua fase conceitual até a produção final. Para cada equipe central era nomeado um líder de projeto, que deveria ter experiência com equipes multifuncionais, garantir recursos e ser um representante junto a gestão sênior. O intuito de se trabalhar desta forma, multifuncional e com processos paralelos, era com a finalidade de a equipe ter uma visão mais completa do projeto, estimulando um conhecimento além da sua especialidade ou departamento. Beaumont notava que o estilo de gestão de todos executivos MediSys, mesmo com a cultura empreendedora, precisava mudar, pois muitos deles estavam presos em seus papéis funcionais. Conforme falado por Beaumont: “Sei que estou pedindo que abram mão do controle, o que será difícil para eles no contexto desse grande investimento. Mas como a empresa cresceu, o estilo de gestão que evolui aqui não reflete mais o espírito empreendedor do qual todos gostam de se gabar. Ele tornou-se muito mais uma cultura de comando-controle com ênfase em excelência técnica. “ Com essas modificações implementadas por Beaumont, uma nova meta para o projeto IntensCare foi apresentada: lançar um produto inovador até agosto de 2009. O IntensCare foi idealizado por Aaron Gerson, do grupo de P&D. Aaron teve a ideia de um sistema de monitoramento de pacientes que teria como função coletar dados dos pacientes em unidades de tratamento intensivo e todos estes dados seriam inseridos em um banco de dados eletrônico. Com todas essas informações, seria fácil traçar um perfil integrado da saúde do paciente e assim enviar e-mails para vários médicos e enfermeiros envolvidos no tratamento. 4 Para o andamento desse novo projeto, formada a tal “equipe central multifuncional”, sendo assim constituída: • O pesquisador Aaron Gerson; • O gerente de engenharia de produto Bret O´Brien; • Líder do projeto e o gerente de produção sênior, Jack Fogel; • Dipesh Mukerjee, para a supervisão de design e desenvolvimento de software; • Karen Baio, para representar os Assuntos Regulatórios do projeto e; • Varelie Merz, para o Marketing e supervisão de lançamento. Com a equipe agora formada, era necessário colocar o projeto em prática o mais rápido possível, pois a tal urgência era baseada na informação de que seus concorrentes lançariam seus sistemas de monitoramento naquele mesmo ano. Sem margem para erro e tempo escasso, Art teve que injetar US$ 20 milhões no projeto. Como em todo projeto, por mais bem planejado que sejam, imprevistos acontecem. Nesse caso, um dos gerentes envolvidos no projeto, Mukerjee, terceirizou o desenvolvimento do software e do design para uma empresa da Índia. O texto não fala qual foi a contratação e nem como foi feito a análise do fornecedor, mas foi possível perceber que integrantes das equipes achavam que a escolha não foi uma das melhores. Nessa corrida contra o prazo, pressão e entre outras coisas, o gerente Mukerjee sinalizou a todos que existiam problemas com as datas de entrega, o que consequentemente veio a acarretar problemas para o gerente de engenharia de produto, Bret, que dependia dessa entrega para completar seu pacote de serviços. Com efeito dominó transparecido no cronograma do projeto, toda equipe continuava trabalhando para cumprir os prazos estabelecidos, de forma a recuperar todo o tempo perdido. Mas, como nem tudo são flores, muitas confusões nos bastidores aconteciam. Gerentes só estavam preocupados com sua área de atuação e não pensavam no projeto como um todo, tudo que o Beaumont tentou mudar com a implementação da nova gestão. 5 O texto não fala qual foi o plano de ação para tentar recuperar esse tempo perdido e colocar o projeto no prumo novamente, nem como foi o desenrolar final desse projeto, mas mostra que a falta de comunicação entre os setores, a ausência de interatividade, a escolha de fornecedores desqualificados, a inexistência de confiança na equipe que se trabalhava, e a escassez de intervenção do Líder do projeto, pode ocasionar uma série de insucessos, podendo levar o projeto a ruínas.
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