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1 Internal Use UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS Resenha Crítica de Caso Luiz Paulo Oliveira Branco Gazola Trabalho da disciplina Gestão de Projetos – Visão PMI Tutor: Prof. Carlos Fernando da Rocha Santos Brasília - DF 2019 http://portal.estacio.br/ 2 Internal Use MEDISYS CORP.: A EQUIPE DE DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO INTENSCARE Referência: DONNELLON, Anne, MARGOLIS Joshua D., MediSys Corp.: a equipe de desenvolvimento do produto IntensCare. Harvard Business School, Outubro 2009. O caso estudado pelos autores Anne Donnellon e Joshua D. Margolis trata do Projeto IntensCare, um novo sistema de monitoramento remoto da empresa MediSys, utilizado em unidades de tratamento intensivo de hospitais. A MediSys Corp é uma empresa norte-americana fundada em 2002, especializada em desenvolvimento, fabricação e venda de sistemas de monitoramento médico para hospitais. Os dois primeiros produtos da MediSys foram bem-sucedidos, e ainda que pequena a empresa era bastante lucrativa. Apesar do pensamento inovador em toda a empresa e várias iniciativas promissoras em diferentes estágios. Havia dois famosos concorrentes da empresa que anunciaram produtos para concorrer com o IntensCare. O desenvolvimento de produtos na MediSys era, anteriormente, sequencial: a concepção do produto vinha do pessoal de Pesquisa e Desenvolvimento, passando pelo Marketing e encaminhada para o Design e Engenharia de Software, que desenvolviam as especificações do produto e prosseguia para o grupo de Assuntos Regulatórios. Por fim, era encaminhado ao departamento de produção p ara fabricação e montagem do produto. Porém, em janeiro de 2008, Art Beaumont foi contratado como novo presidente, a fim de aperfeiçoar o foco estratégico, reestimulando o crescimento acelerado. Beaumont criou um Comitê Executivo, englobando seus cinco subordinados diretos para, conjuntamente, criarem e implementarem uma estratégia para que o negócio crescesse rapidamente. Beaumont. 3 Internal Use O estudo de caso relata que o IntensCare foi idealizado em setembro de 2006 por Aaron Gerson, e se tratava de um sistema de monitoramento de pacientes que coletaria dados de pacientes em UTIs e os colocaria num banco de dados eletrônico que forneceria um perfil integrado da saúde do paciente, enviando e-mails para os vários médicos e enfermeiros envolvidos no tratamento. O produto começou a se desenvolver informalmente dentro da empresa com alguns colegas e de forma lenta e gradual, devido à equipe estar envolvida em outros projetos. Em agosto de 2008, Beaumont introduziu um novo sistema paralelo para o desenvolvimento de produto onde uma equipe central, formada por pessoas de todas essas áreas, trabalhava em conjunto desde a fase conceitual até a produção final. Em cada equipe era nomeado um líder de projeto para coordenar todo o trabalho. Desta forma, os integrantes da equipe eram forçados a analisarem sempre o cenário completo e não apenas sua própria área funcional. Beaumont também acreditava em um modelo de gestão onde os gestores confiariam mais em suas equipes multifuncionais sem necessidade de intervir. Porem o desenvolvimento paralelo não alterava a forma de subordinação e avaliação, assim os membros da equipe continuavam respondendo ao seu gerente funcional. A equipe era formada por Gerson, de P& D; Bret O'Brien, gerente de engenharia de produto; Jack Fogel, gerente de produção sênior e nomeado líder de projeto; Dipesh Mukerjee, design e desenvolvimento de software; Karen Baio, Assuntos Regulatórios e Valerie Merz, encarregada de supervisionar o lançamento e gerenciar o P&L do novo produto. Beaumont tratava o projeto do IntensCar e com senso de urgência, pois dois concorrentes anunciaram que lançariam sistemas semelhantes no mesmo ano. A equipe passou por diversos problemas, o prazo era curto e houve alguns impasses durante o desenvolvimento. O estudo descreve diversos problemas de entendimento do grupo e gerenciamento do projeto. Mukerjee resolveu terceirizar o design e desenvolvimento de software para um a empresa na Índia, e em 2 de fevereiro de 2009 o software ainda não estava pronto. Bret também enfrentou problemas com a engenharia e ambos evitavam mencionar tais assuntos com Valerie para não haver discussão sobre os prazos. Enquanto Merz, responsável final pelo lucro e prejuízo do IntensCare, não tinha autoridade para cobrar que os outros cumprissem com seus compromissos. 4 Internal Use Karen também sabia que era vista como um empecilho pelos outros por cuidar das especificações técnicas e legais e reclamava da infantilidade de alguns. Houve também um impasse quanto ao design modular do produto. Ao criar um design modular no sistema, o cliente conseguiria configurá-lo por uma variedade de situações clínicas e Merz acreditava fortemente que os clientes exigiam esse design modular. Porém O 'Brien reconhecia que a Engenharia não tinha nenhuma intenção de desenvolver esses módulos, não para essa versão do sistema. E isso poderia acarretar em ainda mais atrasos no desenvolvimento do produto, que deveria ser lançado em agosto de 2009. Beaumont sabia das dificuldades que a equipe enfrentava, porém sabia que a equipe estava trabalhando duro para resolver os problemas e tinha total confiança nas pessoas que escolheu para comporem aquele grupo. Porém, no dia 13 de fevereiro de 2009, Merz, passando por uma sala de reuniões ouviu uma conversa de Bret reclamando com Jack, onde ele gritava para que ele tirasse Valerie de cima dele com a questão do design modular, dizendo que pediria para sair da equipe. Com a compreensão do artigo, nota-se a real necessidade da integração e escopo, pois no estudo de caso apresentado, foi verificada a falta de integração que levou a atrasos e deixou o cronograma comprometido, faltou uma maior união da equipe de trabalho visando o objetivo final e muitas pessoas tinham ideias que não convergiam para o sucesso do projeto. A ideia de Beaumont de delegar uma equipe de trabalho para acompanhar o projeto do Inicio ao Fim foi justamente lançada para todos terem seus interesses comuns ao sucesso do projeto, porem a falta de gestão e coordenação de Jack Fogel. Inicialmente, os problemas de comunicação causaram conflitos na equipe de projeto notórios e essa dificuldade de comunicação na cadeia de comando (vertical) e entre os pares do time de projeto, entre os membros da equipe, a falta de confiança entre si de forma desconfortável. Entre o líder do projeto e o time não havia linhas abertas de comunicação além de problemas que incluem liderança disfuncional, a organização da equipe. A importância do perfil do Gerente do Projeto nas organizações que necessitam montar equipes multidisciplinares é muito claro no 5 Internal Use texto onde CEO Beamount acreditava que o líder de projeto deve ter uma visão multifuncional e holística, ora, toda e qualquer função estratégica possui um peso em habilidades técnicas, humanas e de gestão diferentes de funções operacionais. O PMBOK traz os seguintes comentários sobre o Gerente de Projetos: “O Gerente de projetos é a pessoa designada pela organização executora para atingir os objetivos do projeto”. É nítido que havia uma dissonância de escopo e de alinhamento do projeto e como a equipe estava desalinhada. Com isso tudo exposto é crítico ver a falta de uma metodologia nas fases de inicialização e planejamento que impactam na execução e controle, é um caso em que a aplicação do PMBOK mitigaria boa parte de problemas técnicos e de relação entre a equipe.
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