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FICHAMENTO DE CITAÇÃO: LUNGUINHO, PÁGINAS 119- 135

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
DEPARTAMENTO DE LETRAS DO CERES - DLC
CAMPUS DE CURRAIS NOVOS
DISCIPLINA: HISTÓRIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
DOCENTE: GERALDO TACIDALIO FERNANDES
DISCENTE: JOSIANY ROSENDO DE FREITAS
FICHAMENTO DE CITAÇÃO: LONGUINGO, PÁGINAS 119- 135
“A teoria gerativa trata a capacidade para a linguagem como uma característica dos seres humanos, parte integrante da sua biologia”. (P. 120)
Ex: A fala de uma criança, não é mera repetição de algo que já foi dito, a criança é capaz de criar sentenças inéditas. Isso é uma capacidade inata dos seres humanos.
“[...]a linguagem é parte da genética humana...[...] apesar de haver inúmeras línguas, superficialmente diferentes entre si, todas devem ser, em um nível mais profundo de análise, bastante aparentadas, pois surgiram a partir da mesma base biológica”. (P.121)
“[...]a Faculdade da Linguagem é entendida como um órgão que se desenvolve a partir de um estágio inicial, comum a espécie humana e invariante”. (P.121)
Ex: O ser humano possui características biológicas funcionalmente bem adaptadas para a produção e desenvolvimento da linguagem bem como, para a sua percepção, ou seja todo ser humano independente da língua materna possui uma Gramática Universal.
“ A única maneira de explicar satisfatoriamente a aquisição da língua pela criança é supor que já existia algo na sua mente, a Faculdade da Linguagem, uma espécie de árvore arquitetônica biológica que opera sobre dados primários limitados e constrói um sistema de conhecimento linguístico altamente organizado e distinto desses dados iniciais, tanto em quantidade quanto em qualidade (Chomsky 1986) ” (P.122)
“ Entender e explicar como certa combinação de sons em palavras, e de palavras em sentenças, é capas de gerar sentidos, foi sempre uma questão central para os estudos linguísticos. Para a Teoria Gerativista, a mente humana é modular, ou seja, diferentes componentes são responsáveis por diferentes capacidades cognitivas. (P. 123)
Ex: Cada módulo da mente responde pela estrutura e desenvolvimento de uma atividade cognitiva. Ex.: coordenação motora, memória, linguagem.
“[...]os falantes têm um conhecimento inconsciente sobre o que gramatical ou não em sua língua (independentemente de instrução ou escolaridade). Esse saber é o que chamamos de competência linguística. ” (P.124)
Ex: Assim julgamos que “O menino comeu a maçã” é uma frase da língua portuguesa, gramatical, isto é, produzida de acordo com a gramática da língua, as regras ou normas internalizadas. Por outro lado, uma frase como “Menino o comeu maçã a” é considerada como agramatical, ou seja, como uma frase estranha, portanto, não pertencente à língua, porque há uma regra da língua que não permite colocar o artigo depois do substantivo. E essa competência é inerente a todo falante da língua.
“ A teoria de Princípios e Parâmetros surge no começo dos anos 80 com uma visão totalmente nova para a arquitetura da gramática, que é encarada como a combinação de uma conjunto modular e finito de princípios e parâmetros. Os princípios são tratados como leis gerais a que toda língua deve obedecer. [...] Os parâmetros, por sua vez, são entendidos como opções restritas que são adicionadas com base na interação da criança com os dados linguísticos primários presentes no seu ambiente linguístico ”. (P.127)
“Entre os princípios propostos, existe uma denominação Princípio de Projeção Estendido segundo “todas as sentenças das línguas têm uma posição de sujeito”. (P. 127)
“[...] Essa diferença superficial entre as línguas motivou a formulação de um conjunto de propriedades que ficou conhecido como um parâmetro: o Parâmetro do Sujeito Nulo”. (P. 128)
 “[...] a noção de parâmetro trouxe uma nova forma de explicar a variação entre as línguas (variação translinguística). Ao considerar como foco de interesse a descrição de propriedades mais abstratas que se manifestam na superfície, os parâmetros, abriu-se um novo campo de pesquisa dentro da sintaxe Gerativa: o da linguística comparativa/tipológica”. (P. 128)
“ Essa perspectiva comparativa é chamada de perspectiva macroparamétrica do estudo da sintaxe. Dela deriva uma nova subárea de pesquisa, que Kayne (1996) denominou de perspectiva microparamétrica. Enquanto a abordagem macroparamétrica se volta para discutir semelhanças e diferenças entre as línguas geneticamente relacionadas ou não, a abordagem microparamétrica se volta para discutir semelhanças e diferenças entre línguas próxima e geneticamente relacionadas”. (P. 129)
“ A perspectiva paramétrica não só possibilitou que propriedade nunca antes percebidas tenham agora reconhecido seu papel fundamental na sintaxe das línguas naturais, como também que a correlação de feixes de propriedades nunca antes caracterizadas como interdependentes seja agora estabelecida”. (P.130)
“ O estudo da sintaxe nos permite entender as línguas naturais estruturam/organizam suas sentenças, visando, com isso, a descrever e explicar o conhecimento linguístico inato de todo falante, bem como dar conta das gramáticas das línguas particulares”. (P. 131)
Ex: Não é qualquer sequência de itens lexicais que pode formar uma sentença.
“João gosta de maçã comer" - agramatical
"João gosta de comer maçã" – gramatical
“ Para dar conta do modelo, em um modelo formal, do fato que as sentenças das línguas são compostas por constituintes relacionados segundo certa hierarquia e de que esses mesmos constituintes têm uma estrutura interna própria, a Teoria Gerativa propôs um arcabouço geral abstrato que explicita tal organização, denominado esquema X barra”. (P. 133)
“Os objetivos da Teoria X- barra são explicitar a natureza e a estrutura interna dos constituintes, as relações que eles podem estabelecer uns com os outros e a organização hierárquica que há entre eles[...]” (P. 133)
“ De acordo com a Teoria X- barra, todo constituinte tem uma estrutura interna comum, independentemente de sua natureza categorial, o que implica que qualquer núcleo pode projetar e formar um constituinte com a mesma estruturação[...]”. (P. 134)

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