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Trabalho Livro Os Miseráveis

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Trabalho: Os miseráveis - Victor Hugo 
Aluno: Geraldo - Curso de Direito / Ano: 2016 
Visite o Site: www.geraldofadipa.comunidades.net 
 
 
1. Questão. 
 
Em 1848 foi publicado O manifesto comunista, de Karl Marx e 
Friedrich Engels. Uma de suas ideias é a de que a história é 
marcada pela luta de classes. Em O manifesto comunista, seus 
autores afirmam a existência do que eles chamaram de “classes 
fundamentais” em oposição: o proletariado explorado e a 
burguesia, classe dominante. 
 
a. Quando Victor Hugo escreveu Os miseráveis (publicado em 
1862), a obra de Marx e Engels já era conhecida. No romance 
há pontos em comum entre as duas obras? Explique. 
 
A obra Manifesta Comunista e Os Miseráveis foram 
publicados posteriormente à Revolução Francesa, 
movimento social que causou um “boom” nas estruturas 
sociais construídas até hoje. 
 
O Manifesto Comunista traz em voga a luta de classes, o 
capital versus o social, o proletariado contra a burguesia, ou 
seja, o nascimento da Sociologia com todas as implicações 
sociais sentidas. 
 
Os Miseráveis, por sua vez, conta a história de personagens 
que seriam considerados a escória social e estariam do lado 
do proletariado, o lado mais fraco. Com o desenvolvimento 
econômico social desigualdades nasceram e esse é o ponto 
em comum entre as obras (desigualdade social). A primeira 
traz a teoria, ao passo que a segunda destrincha situações 
vividas por pessoas que estariam à margem da sociedade, 
oprimidas pela burguesia. 
 
b. Qual papel o autor de Os miseráveis atribui ao destino? 
 
O melhor personagem para ilustrar a resposta, sem dúvidas, 
é Jean Valjean. O personagem, em estado de pobreza furta 
um alimento para dar a seu sobrinho que passava fome. Em 
decorrência disso é preso. Por não ser disciplinado na 
http://www.geraldofadipa.comunidades.net/
prisão e tentar diversas fugas, acaba por ver sua pena mais 
que triplicada. Ao sair em liberdade Jean reconhece-se um 
homem frio, sem a pureza que anteriormente possuía. 
 
O ápice acontece quando é abrigado pelo Bispo de Digne. 
No meio da noite volta a furtar, contudo dessa vez não por 
necessidade de subsistência, mas por mera malícia. O delito 
ocorre durante a noite. Ele furta talheres de prata e sai às 
escondidas, entretanto é pego por um policial que, ao 
identificar que é um ex-prisioneiro o leva de volta à casa do 
Bispo. Chegando lá ocorre a grande surpresa: ele afirma que 
Jean esquecera algumas peças e tudo se tratava de um 
presente. O sacerdote mexe com a consciência de Jean que 
visualiza o ato como tentativa de dr uma segunda chance a 
Jean. Posteriormente Jean percebe que pode sim ser uma 
pessoa boa, passar o bem para o próximo e isso faz dele um 
homem novo. 
 
Veja a ironia pregada pelo autor. Jean precisou ser preso por 
um crime de baixíssima ou nula lesividade à coletividade, 
voltou a cometer delitos e quando tudo apontava para o fim 
do poço a vida dá-lhe a oportunidade de recomeço, de ser 
um homem bom. 
 
Assim o destino pode ser mudado se uma chance for 
concedida e o indivíduo agarrar a ela com todas as forças de 
sua alma. 
 
2. Questão. 
 
Identifique “os miseráveis” do romance. Qual o principal fator da 
miséria de cada um? 
 
As prostitutas, que por falta de suporte financeiro, são obrigadas 
a viver uma vida degradada e são humilhadas cotidianamente. 
 
Crianças, como Gavroche, que vivem de pequenos furtos e outras 
atividades. 
 
Os Thénardiers, os miseráveis de espírito que se alimentam da 
desgraça alheia. 
https://www.sinonimos.com.br/sacerdote/
Javert, o policial, que tinha a convicção de que uma vez criminoso 
sempre criminoso. Sua “miséria” era a incapacidade em admitir 
a possibilidade de redenção de uma pessoa e a obseção de 
cumprir a lei cegamente. 
 
3. Questão. 
 
Pode-se dizer que o título da obra se refere à miséria moral e 
material? Por quê? 
 
Sim. O título esta associado a miséria material e moral da maioria 
dos cidadãos franceses excluídos economicamente dos 
benefícios oferecidos pela sociedade, que passava fome e eram 
obrigados a exercerem atividades vistas como marginais. Neste 
regime cruel homens como Valjean, ou mulheres como Fantine, 
são impedidos de viver com dignidade. 
 
A miséria corrói a alma e os costumes, aniquila os bons 
sentimentos. Valjean, quando rouba o Bispo, já tinha tido suas 
esperanças na humanidade destruídas. 
 
4. Questão. 
 
Baseando-se no livro, responda: “os miseráveis” são vítimas ou 
responsáveis por sua miséria? Por quê? 
 
 
Na maioria das vezes são vitimas. Alias podemos dizer que a 
história é sempre a mesma. São pessoas que crescem sem 
oportunidades e ficam vivendo em abrigos e dormindo pelas ruas. 
Não tendo de comer pedem e não conseguindo partem para 
pequenos furtos. 
 
Então são presos e os corretivos disciplinares das prisões, junto 
com o aprendizado com os colegas de celas, retiram do seu 
espírito o gênero humano e liberta o seu lobo interior. Agora são 
feras que quando colocados nas ruas roubam e matam sem 
piedade, pois não tem mais nada a perder perante a “sociedade”. 
 
 
 
 
 
5. Questão. 
 
A miséria e as injustiças sociais também são temas de obras da 
literatura brasileira. Leia o texto compilado abaixo, da obra “Vidas 
secas”, de Graciliano Ramos, e responda o solicitado. 
 
Capitulo 3 – Cadeia 
 
Fabiano tinha ido à feira da cidade comprar mantimentos. Precisava sal, 
farinha, feijão e rapaduras. Sinhá Vitória pedira além disso uma garrafa de 
querosene e um corte de chita vermelha. Mas o querosene de seu Inácio 
estava misturado com água, e a chita da amostra era cara demais. Fabiano 
percorreu as lojas, escolhendo o pano regateando um tostão em côvado, 
receoso de ser enganado (---). 
 
Aí certificou-se novamente de que o querosene estava batizado e decidiu 
beber uma pinga, pois sentia calor. Seu Inácio trouxe a garrafa de 
aguardente. Fabiano virou o copo de um trago, cuspiu, limpou os beiços à 
manga, contraiu o rosto. Ia jurar que a cachaça tinha água. Por que seria que 
seu Inácio botava água em tudo? Perguntou mentalmente (...). 
 
 
Nesse ponto um soldado amarelo aproximou-se e bateu familiarmente no 
ombro de Fabiano: – Como é, camarada? Vamos jogar um trinta-e-um lá 
dentro? 
Fabiano atentou na farda com respeito e gaguejou, procurando as palavras 
de seu Tomás da bolandeira: – Isto é. Vamos e não vamos. Quer dizer. Enfim, 
contanto, etc. É conforme. Levantou-se e caminhou atrás do amarelo, que 
era autoridade e mandava. Fabiano sempre havia obedecido. Tinha muque e 
substância, mas pensava pouco, desejava pouco e obedecia. Atravessaram 
a bodega, a corredor, desembocaram numa sala onde vários tipos jogavam 
cartas em cima de uma esteira. – Desafasta, ordenou o polícia. Aqui tem 
gente. 
 
Os jogadores apertaram-se, os dois homens sentaram-se, o soldado amarelo 
pegou o baralho. Mas com tanta infelicidade que em pouco tempo se 
enrascou. Fabiano encalacrou-se também. Sinhá Vitória ia danar-se, e com 
razão. – Bem feito. Ergueu-se furioso, saiu da sala, trombudo. – Espera aí, 
paisano, gritou o amarelo. 
 
Fabiano, as orelhas ardendo, não se virou. Foi pedir a seu Inácio os troços 
que ele havia guardado, vestiu o gibão, passou as correias dos alforjes no 
ombro, ganhou a rua. Debaixo do jatobá do quadro taramelou com Sinhá 
Rita Louceira, sem se atrever a voltar para casa. Que desculpa iria apresentar 
a Sinhá Vitória? 
 
Forjava uma explicação difícil. Perdera o embrulho da fazenda, pagara na 
botica uma garrafada para Sinhá Rita Louceira. Atrapalhava-se tinha 
imaginação fraca e não sabia mentir (...). 
 
Fabiano estremeceu. Chegaria a fazenda noite fechada. Entretido com o 
diabo do jogo, tonto de aguardente, deixara o tempo correr. E não levava o 
querosene, ia-se alumiar durante a semana com pedaços de facheiro. 
Aprumou-se, disposto a viajar. Outro empurrão desequilibrou-o. Voltou-se e 
viu ali perto o soldado amarelo, que o desafiava, a cara enferrujada, uma ruga 
na testa.Mexeu-se para sacudir o chapéu de couro nas ventas do agressor. 
Com uma pancada certa do chapéu de couro, aquele tico de gente ia ao barro. 
Olhou as coisas e as pessoas em roda e moderou a indignação. Na catinga 
ele as vezes cantava de galo, mas na rua encolhia-se. – Vossemecê não tem 
direito de provocar os que estão quietos. – Desafasta, bradou o polícia. 
 
E insultou Fabiano, porque ele tinha deixado a bodega sem se despedir. 
– Lorota, gaguejou o matuto. Eu tenho culpa de vossemecê esbagaçar os 
seus possuídos no jogo? 
Engasgou-se. A autoridade rondou por ali um instante, desejosa de puxar 
questão. Não achando pretexto, avizinhou-se e plantou o salto da reiúna em 
cima da alpercata do vaqueiro. – Isso não se faz, moço, protestou Fabiano. 
Estou quieto. Veja que mole e quente é pé de gente. 
 
O outro continuou a pisar com força. Fabiano impacientou-se e xingou a mãe 
dele. Aí o amarelo apitou, e em poucos minutos o destacamento da cidade 
rodeava o jatobá. – Toca pra frente, berrou o cabo. 
 
Fabiano marchou desorientado, entrou na cadeia, ouviu sem compreender 
uma acusação medonha e não se defendeu. – Está certo, disse o cabo. Faça 
lombo, paisano. 
 
Fabiano caiu de joelhos, repetidamente uma lâmina de facão bateu-lhe no 
peito, outra nas costas. Em seguida abriram uma porta, deram-lhe um 
safanão que o arremessou para as trevas do cárcere. A chave tilintou na 
fechadura, e Fabiano ergueu-se atordoado, cambaleou, sentou-se num 
canto, rosnando. – Hum! hum! 
 
Porque tinham feito aquilo? Era o que não podia saber. Pessoa de bons 
costumes, sim senhor, nunca fora preso. De repente um fuzuê sem motivo. 
Achava-se tão perturbado que nem acreditava naquela desgraça. Tinham- lhe 
caído todos em cima, de supetão, como uns condenados. Assim um homem 
não podia resistir. – Bem, bem. 
 
Passou as mãos nas costas e no peito, sentiu-se moído, os olhos azulados 
brilharam como olhos de gato. Tinham-no realmente surrado e prendido. Mas 
era um caso tão esquisito que instantes depois balançava a cabeça, 
duvidando, apesar das machucaduras. Ora, o soldado amarelo... Sim, havia 
um amarelo, criatura desgraçada que ele, Fabiano, desmancharia com um 
tabefe. Não tinha desmanchado por causa dos homens que mandavam. 
Cuspiu, com desprezo: - Safado, mofino, escarro de gente. 
 
Por mor de uma peste daquela, maltratava-se um pai de família. Pensou na 
mulher, nos filhos e na cachorrinha. Engatinhando, procurou os alforjes, que 
haviam caído no chão, certificou-se de que os objetos comprados na feira 
estavam todos ali. Podia ter-se perdido alguma coisa na confusão. Lembrou-
se de uma fazenda vista na última das lojas que visitara. Bonita, encorpada, 
larga, vermelha e com ramagens, exatamente o que Sinhá Vitória desejava. 
Encolhendo um tostão em côvado, por sovinice, acabava o dia daquele 
jeito. Tornou a mexer nos alforjes. Sinhá Vitória devia estar desassossegada 
com a demora dele. A casa no escuro, os meninos em redor do fogo, a 
cachorra Baleia vigiando. Com certeza haviam fechado a porta da frente (...). 
 
 
 Nesse capítulo, evidencia-se o abuso de autoridade e a 
injustiça nas relações entre o Soldado Amarelo e Fabiano. 
Compare o texto acima com a relação de Jean Valjean e do 
inspetor Javert, e produza um texto reflexivo acerca dessa 
comparação. 
 
 
Fabiano luta com sua família pela sobrevivência no sertão. Ele se julga 
limitado pela dificuldade de pensar e se comunicar. Com relação aos 
homens limita-se a obedecer. Em determinado momento ele se envolve 
em uma confusão e acaba injustamente sendo espancado e preso por 
um “soldado amarelo”. 
 
Neste momento sua visão acanhada entra em crise ao se achar diante de 
um soldado amarelo, representante do governo, que o oprimia 
injustamente. Como conciliar a idealização de um governo justo com o 
homem que o representava de maneira tão falha e arbitrária? 
 
Valjean, passou 19 anos preso por ter roubado um pão para alimentar 
uma criança e teve sua pena acrescida pelas tentativas de fuga. Libertado 
sai marcado como prisioneiro perigoso, tendo o dever de se apresentar 
de tempos em tempos à justiça. Humilhado e sem esperança em relação 
aos seus semelhantes, ele acaba sendo resgatado pelo amor 
demonstrado pelo Bispo de Digne. Livre para recomeçar decide se tornar 
outra pessoa, só que isso o faz romper com a condicional. 
 
Então é perseguido pelo policial Javert, representante das forças 
coercitivas do governo, que em seu fanatismo não vê possibilidade de 
reabilitação do ser humano. 
Em comum temos a injustiça, agentes opressores do governo (Javert e 
soldado amarelo) e oprimidos (Fabiano e Valjean). 
 
 
6. Questão. 
 
Selecione um trecho do livro para ser adaptado em um vídeo. O 
vídeo deverá ter entre 5 e 10 minutos de duração. 
 
Veja o vídeo em: 
 
http://geraldofadipa.comunidades.net/videos 
Click em: Trabalho - Livro: Os Miseráveis 
 
Ou 
 
https://www.youtube.com/watch?v=EnZVnLBiqm0&t=51s 
 
 
 
http://geraldofadipa.comunidades.net/videos
https://www.youtube.com/watch?v=EnZVnLBiqm0&t=51s
https://www.youtube.com/watch?v=EnZVnLBiqm0&t=51s

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