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Metodologia de Auditoria com Foco em Riscos e Processos

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO 1 
Secretaria-Geral de Controle Externo 
Secretaria de Controle Externo do Desenvolvimento Econômico 
 
TC 025.642/2014-6 
Tipo: Administrativo (Produção de 
Conhecimento) 
Interessados: Secretaria de Métodos 
Aplicados e Suporte à Auditoria e 
Secretaria-Geral de Controle-Externo 
(Segecex) 
 
ROTEIRO DE METODOLOGIA DE 
AUDITORIA COM FOCO EM RISCOS E PROCESSOS 
 
 
INTRODUÇÃO 
O presente roteiro objetiva registrar e disponibilizar para uso interno do TCU metodologia de 
auditoria com foco em riscos e processos, aplicada pela equipe de fiscalização do 
TC 015.436/2013-6 - Levantamento de Auditoria realizado em quatro unidades dos Ministérios 
da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio 
Exterior (MDIC), para verificar a qualidade da gestão por elas exercida sobre as políticas 
públicas industriais e setoriais baseadas em mecanismos de renúncias tributárias federais. 
Na oportunidade, a equipe aplicou metodologia para avaliação de riscos operacionais e de 
gestão, e para isso elegeu os processos administrativos executados pelas UJs como a ferramenta 
de gestão objeto de estudo para compreensão e análise desses riscos. Em outras palavras, trata-se 
da aplicação de procedimentos de forma sistemática e disciplinada visando mapear processos de 
trabalho, objetivos, riscos e controles associados. 
O método possui ampla flexibilidade para aplicação em fiscalizações do controle interno ou 
externo e serve como parâmetro de aferição objetiva do nível de governança e maturidade da 
gestão de riscos de um ou mais macroprocessos de gestão. 
O trabalho culminou no Acórdão 3.695/2013-TCU-Plenário, em cuja proposta de deliberação o 
Ministro Relator consignou: 
Não posso prosseguir sem deixar registrado meu louvor a este trabalho metodológico, que 
trará contribuição significativa não apenas para este Levantamento de Auditoria, mas 
também, e principalmente, para futuras fiscalizações. Por isso proporei recomendação à 
Segecex para divulgação deste excelente trabalho da SecexDesenvolvimento no âmbito de 
outras secretarias técnicas, a fim de que possa vir a subsidiar e apoiar futuros trabalhos desta 
Corte. 
Diante disso, o Tribunal deliberou: 
9.17. recomendar à Segecex a divulgação deste trabalho metodológico da 
SecexDesenvolvimento no âmbito de outras secretarias técnicas, a fim de que possa vir a 
subsidiar e apoiar futuros trabalhos desta Corte. 
O Levantamento de riscos em renúncias tributárias sob responsabilidade do MCTI e do MDIC 
também foi considerado um dos trabalhos inovadores desenvolvidos pelo TCU em 2013, 
conforme noticiado no União nº 207, de 13/11/2013. 
Em 2014, o mesmo trabalho possibilitou a personalização das contas das unidades 
jurisdicionadas (UJs) envolvidas, as quais, considerando respectivos níveis de gestão de riscos, 
passarão a elaborar seus relatórios de gestão com informações detalhadas e selecionadas sobre a 
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operacionalização de políticas financiadas com recursos extraorçamentários (renúncias de 
receitas tributárias). 
CONTEXTUALIZAÇÃO 
O conceito de governança no setor público compreende essencialmente os mecanismos de 
liderança, estratégia e controle postos em prática para avaliar, direcionar e monitorar a atuação 
da gestão, com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse da 
sociedade (BRASIL, 2014). 
Os mecanismos de liderança, estratégia e controle se subdividem em componentes que, em 
conjunto, contribuem para o alcance dos objetivos dos órgãos e entidades. Um dos componentes 
do mecanismo de controle é a gestão de riscos e controles internos (BRASIL, 2014). 
A gestão de riscos traduz um processo contínuo conduzido pela alta administração, diretoria e 
demais empregados, aplicado no estabelecimento de estratégias, formuladas para identificar em 
toda a organização eventos em potencial capazes de afetá-la, e administrar os riscos de modo a 
mantê- los compatíveis com o apetite a risco da instituição e possibilitar garantia razoável do 
cumprimento dos seus objetivos (COSO, 2004). 
O risco é o efeito da incerteza sobre os objetivos da organização (ABNT, 2009). Abrange 
eventos positivos, com o potencial de agregar valor, e negativos, com a capacidade de destruir 
valor. O desafio da governança nas organizações do setor público é determinar quanto risco 
aceitar na busca do melhor valor para os cidadãos e demais partes interessadas, o que significa 
prestar serviço de interesse público da melhor maneira possível (BRASIL, 2014). Os controles 
internos, por sua vez, são os instrumentos de operacionalização da política de gestão de riscos da 
organização e dão resposta aos eventos indesejáveis. 
É nesse contexto que, para avaliar a governança de órgãos e entidades sob o prisma da gestão de 
riscos e controles internos, este Roteiro propõe metodologia objetiva aplicável a trabalhos de 
fiscalização do controle externo e interno da Administração Pública. 
O método pressupõe a construção de matrizes de risco para avaliação de probabilidades e 
impactos em relação às etapas de operacionalização de quaisquer macroprocessos de gestão, os 
quais podem ser compreendidos como agrupamentos de processos necessários para a produção 
de uma ação ou desempenho de uma atribuição da organização, ou, ainda, como grandes 
conjuntos de atividades por meio dos quais a organização cumpre sua missão (BRASIL, 2013). 
Os macroprocessos finalísticos são de grande interesse para os controles externo e interno, pois 
se referem à essência da organização, caracterizam sua atuação, estão diretamente relacionados 
aos seus objetivos estratégicos e recebem apoio de outros processos internos, gerando produtos e 
serviços para seus clientes interno e externo (BRASIL, 2013). 
Como resultado da aplicação dos procedimentos, obtém-se uma avaliação qualitativa e 
quantitativa da gestão de riscos de uma organização ou política pública. O diferencial da 
metodologia é a capacidade de objetivação dos resultados, como se verá adiante. 
No Brasil, são poucos os órgãos e entidades públicas que possuem política ou práticas de gestão 
de riscos formalmente estabelecida. Essa lacuna torna a aplicação da metodologia ainda mais 
profícua e pedagógica, pois possibilita evidenciar práticas inconscientes ou informais de 
administração do risco. Ainda que as instituições não possuam políticas de gestão de riscos 
instituídas, informalmente dispõem de elementos incipientes de resposta a risco (controles 
internos) que, captados pela metodologia, possibilitam mensurar o nível de governança em 
relação ao componente de gestão de riscos e controles internos. 
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NORMAS GERAIS APLICÁVEIS 
As Normas de Auditoria do Tribunal de Contas da União – NAT (BRASIL, 2010) e as Normas 
Internacionais para a Prática Profissional de Auditoria Interna (IIA, 2012) prescrevem o 
estabelecimento de objetivos para cada trabalho de auditoria. 
Segundo essas diretrizes, é preciso realizar uma avaliação preliminar de objetivos e riscos 
relevantes relacionados ao objeto da auditoria, cujos resultados deverão estar refletidos nos 
objetivos estabelecidos para a fiscalização. No desenvolvimento dos objetivos deve-se 
considerar, além das exposições significativas a riscos,a probabilidade de erros, irregularidades 
e descumprimentos a princípios, normas legais e regulamentações aplicáveis. 
Na fase de planejamento, para determinar a extensão e o alcance da auditoria, o auditor ou 
unidade de auditoria deve dispor de informações sobre os objetivos relacionados ao objeto que 
será auditado e aos riscos relevantes associados a esses objetivos, bem como à confiabilidade dos 
controles adotados para tratar os eventos indesejáveis. 
Quando na auditoria a ser proposta as informações relativas aos objetivos, riscos e controles do 
objeto auditado não estiverem disponíveis, tais informações deverão ser obtidas na fase de 
planejamento do trabalho. A necessidade e a profundidade dos procedimentos para a obtenção 
desses dados variarão de acordo com os objetivos e o escopo da auditoria em questão. 
Caso o objeto e o escopo do trabalho sejam amplos, deve ser avaliada a conveniência de se 
realizar ação de controle prévia e específica para se obter conhecimento sobre o objeto auditado 
(Levantamento), devendo-se considerar seus resultados no planejamento de auditorias com foco 
em riscos. 
Portanto, a metodologia pode ser aplicada tanto em Levantamentos quanto em Auditorias, 
respeitadas as peculiaridades de cada instrumento, conforme se explicará ao final. 
CONCEITOS APLICADOS 
No que tange aos conceitos aplicados à metodologia, têm-se os seguintes: 
Risco: possibilidade de algo acontecer e ter um impacto nos objetivos de organizações, 
programas ou atividades governamentais, sendo medido em termos de consequências e 
probabilidades (BRASIL, 2012a). 
O evento de risco, portanto, materializa o risco, consequência negativa para o alcance dos 
objetivos institucionais. Na prática, os termos “evento de risco” e “risco” podem ser tratados 
como sinônimos. 
Objetivo: ‘algo’ que se estabeleceu para ser alcançado, de caráter quantitativo ou qualitativo 
(BRASIL, 2012b); 
Controle Interno: processo efetuado pela administração e por todo o corpo funcional, integrado 
ao processo de gestão em todas as áreas e todos os níveis de órgãos e entidades públicos, 
estruturado para enfrentar riscos e fornecer razoável segurança de que, na consecução da missão, 
dos objetivos e das metas institucionais, os princípios constitucionais da administração pública e 
os objetivos gerais de controle serão atendidos (BRASIL, 2012a). Em síntese, os controles 
internos representam as atividades para tratar (responder aos) riscos, assegurando, assim, com 
certa razoabilidade, que os objetivos sejam alcançados. 
Os controles internos representam, portanto, instrumentos de governança à disposição dos 
gestores, pois convergem para a consecução dos objetivos das instituições e seus programas. 
Fonte de risco: é o elemento que, individualmente ou combinado, tem potencial intrínseco para 
dar origem ao risco, podendo ser tangível ou intangível (ABNT, 2009). 
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Em outras palavras, as fontes de risco são todos os sujeitos, objetos ou situações que podem 
originar um evento negativo. São classificadas em seis categorias: pessoas, processos, sistemas, 
infraestrutura (física ou organizacional), tecnologia ou ainda eventos externos à organização. 
De forma geral, os riscos podem ser divididos em duas espécies (BRASIL, 2009): 
Risco inerente: é o risco do negócio, do processo ou da atividade, independente dos controles 
internos administrativos adotados; 
Risco residual: é o risco que remanesce após a mitigação por controles internos. 
Portanto, o risco residual é a parcela do risco inerente que permanece após a implementação de 
atividades administrativas que permitam reduzir a probabilidade e/ou impacto do evento, de 
modo a evitar, reduzir, compartilhar ou, ainda, aceitar o risco (hipótese em que riscos residual e 
inerente terão a mesma valoração). 
METODOLOGIA 
Tendo por base as normas e conceitos acima, passa-se à exposição da metodologia de 
levantamento de riscos por processos, que consiste na aplicação de procedimentos de forma 
sistemática e disciplinada visando mapear processos de trabalho, seus objetivos, riscos e 
controles associados. 
Em linhas gerais, a metodologia se propõe a identificar e registrar a existência de diretrizes, 
normas, procedimentos, práticas informais, controles internos e outros elementos que permitam 
visualizar, de forma objetiva, a política de gestão de risco das unidades, mesmo que esses não 
estejam formalizados. 
Utiliza-se como referência o modelo de avaliação de controles internos denominado COSO 
ERM (Enterprise Risk Management), do Committee of Sponsoring Organizations of the 
Treadway Commission (COSO), organização privada criada nos EUA em 1985 para prevenir e 
evitar fraudes nas demonstrações contábeis das empresas. O modelo considera que a gestão de 
riscos das instituições deve ser avaliada segundo oito componentes (dimensões) que lhe são 
intrínsecos (COSO, 2004). 
Nessa linha, a presente metodologia se propõe a avaliar os cinco elementos centrais do modelo, 
os quais podem ser traduzidos em perguntas que, didaticamente, facilitam o entendimento dos 
pontos: 
a) Fixação de Objetivos : a unidade fixou objetivos para a política pública? 
b) Identificação de Eventos : quais eventos podem oferecer risco à gestão? 
c) Avaliação de Riscos: como se configuram os riscos identificados em termos de probabilidade 
e impacto de ocorrência? 
d) Resposta a Riscos: a unidade implementou controles para responder aos riscos? 
e) Atividades de Controle: qual é a qualidade dos controles internos estabelecidos? De que 
forma os controles internos respondem aos riscos relacionados? 
A opção por apenas cinco elementos do COSO ERM não retira a importância atr ibuída aos 
demais (ambiente de controle, informação e comunicação, monitoramento). Eventual 
prolongamento da metodologia permite que o auditor facilmente avalie os demais componentes 
do modelo. 
Nesse contexto, devem ser aplicados procedimentos e técnicas na construção do cenário sobre a 
gestão de risco das unidades, a seguir detalhados por fases. 
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Etapa 1 – Conhecimento prévio do objeto a ser fiscalizado 
Nesta etapa, realizada ainda na fase de planejamento da fiscalização, a equipe deve delimitar o 
objeto da fiscalização, que pode ser uma política pública ou um recorte dessa (ex. Programa 
Mais Médicos), um processo de gestão (ex. processo de gestão de licitações e contratos no 
Ministério da Educação), ou uma atividade estatal (ex. supervisão bancária pelo Banco Central 
do Brasil). 
Uma vez delimitado o objeto, a equipe deve levantar e estudar a legislação aplicável, 
o regimento interno do órgão/entidade gestor (para identificação de competências e 
responsabilidades de unidades e autoridades), trabalhos anteriores dos órgãos de controle interno 
e externo sobre o assunto, bem como as informações disponibilizadas na internet e em outros 
meios de comunicação (estudos, artigos, reportagens etc.). Essa etapa é realizada internamente e 
tem cunho teórico. 
Principalmente a partir da leitura da legislação, a equipe deve identificar como o objeto da 
fiscalização é operacionalizado sob a forma de processos ou macroprocessos de gestão, ou seja, 
agrupamentos de processos necessários para a produção de uma ação ou dese mpenho de uma 
atribuição da organização (BRASIL, 2013). Em geral, as leis ou regulamentos internos já 
preveemsubdivisões das atividades, o que possibilita a identificação. 
Por exemplo, no caso de transferências voluntárias (convênios), podemos identificar os seguintes 
macroprocessos: levantamento de necessidades para conveniamento, concessão, execução e 
prestação de contas. Nesse momento inicial, os macroprocessos podem ser agrupados ou 
divididos conforme conveniência da equipe e tendo em vista o objetivo da fiscalização. Também 
podem ser escolhidos para análise apenas os macroprocessos considerados mais relevantes. 
No segundo momento, a equipe deve requerer à UJ, por meio de Ofícios de Requisição: 
a) documento formalizado contendo planejamento estratégico (ou assemelhado) do objeto da 
fiscalização, ou como esse se insere no planejamento estratégico da UJ, para identificação de 
objetivos, indicadores e metas associadas; 
b) fluxogramas gráficos (em formato de diagramas de blocos) e narrativos (descrição textual 
sucinta) dos macroprocessos – mapas de processos; 
c) normativos internos eventualmente aplicáveis à gestão dos macroprocessos e as unidades 
internas responsáveis pela gestão do objeto, de modo a ampliar e aprofundar o conhecimento 
sobre o assunto. 
Referida solicitação objetiva aprofundar o entendimento sobre o funcionamento dos 
macroprocessos sob a ótica da UJ, seu nível de maturidade na organização e formalização das 
atividades e a legislação infrarregulamentar ou complementar aplicável, nem sempre disponível 
ou identificável pela equipe ao buscar as informações remotamente. 
Essa etapa geralmente tem grande efeito pedagógico para a UJ, pois na maioria das vezes não há 
mapa de processos, tampouco planejamento estratégico instituído. Assim, a demanda do TCU 
gera a obrigação de criação dos documentos, o que por si só já é positivo para a gestão. 
Provavelmente, a equipe perceberá a necessidade de complementação ou ajustes dos 
fluxogramas e fluxos narrativos, caso não atendam às necessidades da fiscalização. É comum 
estarem excessivamente sucintos (apresentados apenas para cumprir formalidade/demanda do 
TCU) ou excessivamente detalhados (em muito nível operacional). As etapas subsequentes 
apresentam os procedimentos necessários para solução dessa dificuldade. 
Após recebimento das informações, a equipe deve avaliar a conveniência e oportunidade de nova 
definição de macroprocessos. Em face da realidade da UJ, deve-se tentar retratar os 
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macroprocessos na forma como são separados na própria unidade gestora. Para isso, é possível 
redefinir as divisões teóricas inicialmente previstas, aglutinando, separando ou redividindo os 
macroprocessos objeto do ofício de requisição. 
As respostas apresentadas devem propiciar o aprofundamento da visão geral do objeto por parte 
da equipe, com destaque para as normas internas aplicáveis e à visão apresentada pela UJ sobre 
seus macroprocessos. 
Etapa 2 - Entrevistas com gestores e operadores do processo: 
Nesse momento, a equipe deve ir a campo e reunir-se com os gestores da UJ para aprofundar o 
conhecimento e afastar eventuais dúvidas acerca dos objetivos e operacionalização dos 
macroprocessos. As reuniões devem ser executadas essencialmente mediante a aplicação de 
técnicas de entrevista e, em alguns casos, de exame documental de processos e atos 
administrativos relativos à gestão dos macroprocessos para confirmação de informações. 
A equipe deve realizar reuniões com os titulares ou responsáveis pelas 
unidades/subunidades/áreas técnicas responsáveis pela execução dos macroprocessos (nível 
operacional). Sempre que possível, convém realizar uma reunião sobre cada macroprocesso, ou 
por unidade operacional, de modo a envolver um gestor de cada vez. As reuniões têm o seguinte 
objetivo: 
a) conhecer a operacionalização de macroprocessos em nível adequado de detalhe, conforme 
objetivos da fiscalização, em especial e por exemplo: estudar o perfil dos operadores dos 
macroprocessos (servidores efetivos, temporários ou terceirizados? Qual é área de formação? 
Qual é a experiência?), os sistemas utilizados para operacionalização e controle de dados (qual é 
a interface do cliente? Qual é a interface do usuário interno? Quais são seus campos? Quais são 
seus defeitos, vantagens e desvantagens? Qual é o nível de segurança da informação? É amigável 
ou não? É meramente declaratório? Pode-se anexar documentos? O sistema realiza crítica sobre 
os dados? O sistema é mero repositório de dados ou oferece apoio à análise? Qual é o nível de 
informatização do trabalho? Como é realizado o trabalho fora do sistema de informática? 
Existem processos administrativos? Como é o seu trâmite? Quais análises são efetuadas? Quem 
decide o mérito? Existem instâncias de revisão técnica? Existem instâncias de revisão jurídica? 
Existem instâncias de revisão meramente hierárquica ou política? Qual é o nível de interferência 
política e/ou dos clientes nas decisões? Qual é o produto de saída (output) do macroprocesso? 
Como o produto é encaminhado às demais áreas envolvidas? Como a unidade se comunica com 
as demais áreas envolvidas? Qual é o nível de gestão e governança das autoridades sobre o 
macroprocesso? Ele está realmente estruturado e formalizado ou é informal? 
b) confirmar se as informações apresentadas em tese na resposta ao ofício de requisição 
(idealização ou formalização do macroprocesso) correspondem ao que é executado na realidade. 
Notar que geralmente não ocorre correspondência entre teoria e realidade, e essas diferenças são 
percebidas apenas nas reuniões de detalhamento dos macroprocessos. 
c) caso a equipe não tenha segurança suficiente nas informações coletadas nas reuniões e deseje 
confirmar o modus operandi do macroprocesso, deverá promover exame documental de 
atos/processos/sistemas envolvidos, com o único propósito de verificar como ocorre na prática 
(não tem objetivo de buscar irregularidades ou criticar a não correspondência do processo com a 
teoria prevista nas normas ou mapas de processo). 
Como já ressaltado, convém realizar uma reunião sobre cada macroprocesso, ou por unidade 
operacional, de modo a envolver um gestor de cada vez. Dessa maneira, eventuais deficiências 
de comunicação entre as unidades envolvidas surgem mais claramente para a equipe. Não há 
necessidade de entrevistas estruturadas, pois a equipe conhecerá melhor o macroprocesso no 
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momento da reunião. Portanto, eventual “engessamento” da reunião na forma de roteiro não é 
aconselhável. 
Ao final dessas reuniões, a equipe deve produzir os seguintes documentos, para cada 
macroprocesso: 
a) Fluxograma do macroprocesso: documento que fornece uma representação gráfica do 
processo de trabalho, evidenciando a sequência das atividades, os prazos e o fluxo de 
documentos entre as áreas envolvidas. Destaca-se que os fluxogramas devem ser 
desenvolvidos/ajustados em conjunto com as unidades fiscalizadas e objeto de validação, ou 
seja, aposição de assinatura e data do gestor responsável, para evitar questionamentos futuros e 
dar segurança a equipe de que eventual modificação dos macroprocessos não impacte a validade 
das conclusões das etapas posteriores da fiscalização. Para confecção desses documentos, o TCU 
dispõe dos softwares Bizagi e Dia. Exemplos desenvolvidos no TC 015.436/2013-6 constam da 
peça 2; 
b) Fluxo narrativo: documento que descreve, de forma textual e com maiorriqueza de detalhes, 
a sequência das atividades dos processos de trabalho, a legislação relacionada a cada etapa, os 
sistemas informatizados envolvidos e os mecanismos de controle adotados, sejam esses 
normatizados ou apenas práticas de trabalho executadas pelos setores. Esse documento é 
importante como repositório de informações sobre detalhes dos macroprocessos, tanto para 
reforço das conclusões da fiscalização quanto para trabalhos futuros. Exemplos constam da peça 
3; 
Tais documentos, quando estudados em conjunto, mesmo após a fiscalização ou por quem dela 
não participou, proporcionam a obtenção de amplo entendimento acerca da operacionalização 
dos macroprocessos de gestão e permitem identificar mais facilmente os riscos envolvidos, etapa 
subsequente que passa a ser objeto de comentários. 
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Etapa 3 - Identificação e avaliação de riscos: 
Uma vez conhecidos os objetivos do objeto de auditoria, seus macroprocessos e a sequência de 
atividades desenvolvidas em cada etapa (informações constantes do fluxo narrativo e dos 
fluxogramas), deve-se iniciar a identificação e avaliação de riscos. 
Essa parte do trabalho deve ser desenvolvida internamente e de forma exploratória. 
Individualmente, cada membro da equipe de fiscalização deve elaborar rol de possíveis eventos 
que possam impactar negativamente na consecução dos objetivos do objeto da fiscalização, 
tomando por base os dados colhidos nas etapas anteriores. 
Findada a etapa individual de trabalho, a equipe deve reunir, discutir e consolidar, em matriz 
única, os riscos individualmente identificados, passando assim para a avaliação do impacto 
(magnitude de um efeito negativo) e probabilidade (estimada) de ocorrência de cada risco 
segundo as variáveis da matriz abaixo: 
Figura 1 – Mapa de Riscos (probabilidade vs. impacto):
 
A matriz acima é adaptável às conveniências da equipe de auditoria, até porque não existe um 
padrão normatizado no TCU para níveis e escalas. Optou-se no TC 015.436/2013-6 por escalas 
de cinco níveis de probabilidade e cinco de impacto, para enriquecer a avaliação e tornar a 
planilha simétrica. Ademais, a classificação de riscos em altos ou baixos, simplesmente, poderia 
perder sutilezas de detalhamento necessárias às avaliações seguintes. 
Como se trata de trabalho exploratório e de conhecimento amplo do objeto, realizado em 
Levantamento para fins de conhecimento do objeto e dos riscos, ou em fase de planejamento de 
Auditoria, para determinação de escopo, realizou-se mensuração de probabilidade e impacto de 
forma qualitativa, e não quantitativa (estatística), segundos os critérios abaixo. 
A mensuração quantitativa poderá ocorrer na fase de execução de auditoria, ou em trabalho 
fiscalizatório com escopo reduzido derivado do Levantamento de gestão de riscos. Os critérios 
foram adaptados a partir dos conceitos constantes do Curso de Controles Internos do TCU 
(BRASIL, 2012), de forma a abranger maior leque de avaliações de natureza operacional ou de 
conformidade. 
Os conceitos são, na medida do possível, auto excludentes, de modo a reduzir a subjetividade das 
avaliações da equipe. 
Tabela 1 - Escala de Impactos (consequências) 
Impacto Significado 
Muito Baixo 
Degradação das operações ou atividades, porém causando impactos mínimos para a 
instituição (em termos financeiros, danos à imagem, afetação da qualidade de produtos e 
serviços, prejuízo às finalidades da política pública). 
Baixo Degradação das operações ou atividades, causando pequenos impactos para a instituição. 
Inclui impropriedades formais e prejuízos menores às finalidades da política pública. 
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Médio 
Interrupção das operações ou atividades, causando impactos significativos para a instituição, 
porém passíveis de recuperação. Inclui ilegalidades, dano ao erário passível de recuperação e 
danos aos fins da política pública. 
Alto 
Interrupção das operações ou atividades, causando impactos de reversão muito difícil para a 
instituição e/ou para a política pública. Inclu i ilegalidades, dano ao erário passível de 
recuperação por processos complexos, demorados e/ou custosos, e danos relevantes aos fins 
da política pública. 
 Muito Alto 
Interrupção das operações ou atividades, causando impactos irreversíveis para a instituição e 
para a política pública. Inclui ilegalidades e infringência a mandamentos constitucionais, 
dano ao erário irreversível e danos relevantes aos fins da política pública. 
Tabela 2 - Escala de Probabilidades* 
Frequência Significado 
Muito Baixa 
Evento extraord inário para os padrões conhecidos da gestão e operação do processo. Embora 
possa assumir dimensão estratégica para a manutenção do processo, não há histórico disponível 
de sua ocorrência. 
Baixa Evento casual, inesperado. Muito embora raro, há histórico de ocorrência conhecido pelos 
principais gestores e operadores do processo. 
Média Evento esperado, porque se reproduz com frequência reduzida, porém constante. Seu histórico 
de ocorrência é de conhecimento da maioria dos gestores e operadores do processo. 
Alta 
Evento usual, corriqueiro. Devido à sua ocorrência habitual ou conhecida em uma dezena ou 
mais de casos, aproximadamente, seu histórico é amplamente conhecido por parte de gestores e 
operadores do processo. 
Muito Alta 
Evento se reproduz muitas vezes, se repete seguidamente, de maneira assídua, numerosa e não 
raro de modo acelerado. Interfere de modo claro no ritmo das atividades, sendo evidenciável 
para os que conhecem o processo. 
*Caso seja inviável verificar histórico de ocorrência do evento, esse deve ser estimado conforme o julgamento profissional da 
equipe, considerando a tendência de comportamento dos agentes envolvidos (stakeholders), inclusive a possibilidade de risco 
moral (moral hazard) diante, tão somente, da existência dos controles regulamentares e normativos. 
Durante a avaliação de riscos, a equipe deve buscar o consenso sobre a existência ou não dos 
riscos. Deve ainda dimensionar o grau de rigor nas avaliações, buscando, sempre que possível, a 
obtenção de número razoável de eventos de risco, evitando ater-se a riscos menores ou 
insignificantes, concentrando-se em riscos com potencial para afetar os objetivos, o desempenho, 
a conformidade e a reputação do objeto fiscalizado. 
A intelecção e discussão da equipe sobre os eventos de risco contribui para consolidar o 
entendimento sobre a visão geral do objeto e seu funcionamento, na forma de macroprocessos. O 
inventário de riscos construído pela equipe deve ser registrado em planilha cujo formato será 
exposto adiante. 
Etapa 4 - Realização de workshops de riscos com operadores do processo 
Finalizada a etapa de levantamento e avaliação de riscos por parte da equipe, devem ser 
realizados workshops (oficinas de debate) com os operadores dos macroprocessos 
(servidores/empregados/colaboradores lotados nas unidades que lidam diariamente com os 
macroprocessos e são responsáveis por executá- los), para aperfeiçoar o inventário de eventos de 
risco. 
Caso o grupo participante seja pequeno, a equipe deverá reunir-se com todos simultaneamente. 
Na hipótese de equipes grandes, a equipe deverá escolher participantes (de cinco a dez) 
conforme perfil profissional e pessoal, bem como capacidade e interesse de colaborar com a 
fiscalização. 
Na oportunidade, a equipedeve esclarecer aos presentes a desnecessidade de identificação e 
registro das informações prestadas como pessoais, a impossibilidade de responsabilização 
perante o TCU em face das declarações prestadas e a vertente operacional e colaborativa da 
fiscalização, cujo objetivo é contribuir para a melhoria da gestão. Em outras palavras, deve-se 
afastar dos presentes o receio ou constrangimento natural decorrente de uma reunião com equipe 
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do TCU, o qual é esperado e natural de pessoas que não têm costume de lidar com órgãos de 
controle. Diferente é a situação do gestor, acostumado ao fato. Importante ainda impedir a 
presença do gestor (respectivo chefe dos presentes) na reunião, para evitar eventual timidez ou 
coação sobre os entrevistados, conferindo maior liberdade de expressão. Deve-se dar preferência 
a realizar uma reunião por equipe da UJ, o que é mais produtivo. 
Na oportunidade, a equipe deve perquirir dos operadores dos macroprocessos, isto é, aqueles que 
melhor conhecem seu funcionamento, os riscos envolvidos na gestão. Ao notar o interesse 
colaborativo da equipe de fiscalização, não é difícil ganhar a confiança dos entrevistados nesse 
sentido. Caso as pessoas não compreendam os conceitos de gestão de risco, o que é muito 
provável de ocorrer, deve-se utilizar de linguagem menos técnica, no sentido de indagá- los sobre 
todos os possíveis fatos “que podem levar a algo dar errado” na gestão. A equipe deve anotar 
todas as considerações e/ou solicitar que os presentes preencham fichas com essas informações 
(sem identificação). 
Após as reuniões, a equipe de fiscalização deve debater as informações colhidas, identificando 
dentre essas quais são fontes de riscos, eventos de risco ou efeitos de eventos de risco. Do 
debate, a equipe deverá complementar e/ou revisar seu inventário de riscos com os eventos de 
riscos aventados pelos operadores dos processos. 
Etapa 5 - Realização de workshops de riscos com gestores dos macroprocessos 
Encerrada a etapa de validação/contribuição dos operadores dos processos, a equipe deve 
consolidar todos os eventos de risco em planilha específica. Em face disso, deverá solicitar 
reunião com os gestores de nível operacional (em geral, gerentes), de preferência um de cada 
vez, com os seguintes objetivos: 
a) confirmação dos eventos de riscos inventariados, por meio da ratificação, pelo gestor, da 
possibilidade de materialização/ocorrência do evento negativo; 
b) verificação da existência e conformação dos controles internos existentes como resposta aos 
eventos de risco, ou ainda a inexistência desses e identificação de novos riscos não detectados 
pela equipe de fiscalização. 
Na prática, a equipe deverá indagar o gestor sobre todos os riscos inventariados, ouvindo sua 
opinião sobre a pertinência e viabilidade das situações levantadas, sua probabilidade e impacto 
estimados. Em cada caso, a equipe deve indagar sobre quais controles internos existem para 
evitar ou impedir a ocorrência do evento de risco. Caso o gestor não tenha consciência do que 
represente um controle interno, a equipe deverá indagar sobre os procedimentos administrativos 
incidentes sobre os possíveis riscos apresentados. A equipe deverá avaliar a qualidade e 
suficiência dos controles internos apresentados conforme tabela abaixo, registrando essa 
informação na matriz, que será exposta adiante. 
Tabela 3 - Escala de Avaliação do Controle 
Avaliação Significado 
Inexistente Inexistente ou não funcional/implementado. 
Fraco 
Controle não institucionalizado, depositado na esfera de conhecimento pessoal dos 
operadores do processo, em geral realizado de maneira manual. Suficiente para mitigar 
a minoria dos eventos de risco. 
Mediano 
Controle razoavelmente institucionalizado e operante, em geral realizado de maneira 
manual ou automática como parte do quotidiano da gestão. Suficiente para mitigar 
eventos de risco comuns e rotineiros. 
Satisfatório 
Controle institucionalizado, normatizado, operante e atualizado, realizado de maneira 
eletrônica (exceto se inviável) e suficiente para mitigar a maioria dos eventos de risco, 
salvo nos casos demasiadamente fora dos padrões conhecidos de ocorrência. 
Forte Controle institucionalizado e normatizado, realizado de maneira eletrônica (exceto se 
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inviável) e suficiente para mitigar todos os eventos de risco, salvo nos casos 
demasiadamente fora dos padrões conhecidos de ocorrência. 
Como resultado, a equipe terá a visão estruturada do objeto da fiscalização, com informações 
sobre seus objetivos, macroprocessos e atividades desenvolvidas para atingir os objetivos, os 
riscos inerentes a cada etapa, controles internos adotados e sua qualidade, bem como o risco 
residual estimado, cujo cálculo é exposto adiante. 
Essas avaliações permitirão o direcionamento e otimização dos esforços dos controles interno e 
externo, em razão do conhecimento obtido acerca do funcionamento e das fragilidades de cada 
macroprocesso do objeto. 
Etapa 6 – Registro, revisão e finalização das matrizes de riscos 
Para registro de todas as avalições, sugere-se modelo de matriz de risco em planilha formato MS 
Excel, denominada Matriz de Riscos por Processos (MRP), cujo formato básico é exposto na 
peça 4). É documento metodologicamente estruturado para permitir a visualização integrada e 
resumida dos seguintes elementos da gestão de riscos (da primeira à última coluna): 
a) objetivo da política pública; 
b) macroprocesso de gestão; 
c) riscos inerentes por macroprocesso, caracterizados por: evento de risco, categoria 
(operacional, conformidade ou de imagem), classificação da probabilidade, classificação do 
impacto, avaliação da probabilidade e avaliação do impacto; 
d) resultado numérico do risco inerente (multiplicação da probabilidade pelo impacto, em uma 
escala de 0 a 100), conforme Figura 1 (acima); 
e) descrição dos controles internos associados a cada risco, classificação do controle interno e 
avaliação do controle interno; 
d) resultado do risco residual estimado, ou seja, o risco mitigado após a aplicação dos controles 
internos, conforme o diagrama abaixo: 
 
e) resultado numérico do risco residual estimado, ou seja, o risco mitigado após a aplicação dos 
controles internos. Para essa finalidade, considerou-se a Figura 3 (abaixo), por aproximação 
(estimativa metodológica): 
Em relação ao último ponto, quando se executa levantamento ou na fase de planejamento de 
auditoria, trata-se de risco residual estimado, e não efetivo, uma vez que não foram aplicados 
testes de auditoria para mensuração do nível de eficácia dos controles internos. A avaliação dos 
controles internos se dá apenas em tese, sem exame de casos concretos, com base nos conceitos 
das tabelas de escalas qualitativas para classificação de riscos e controles. Informações 
detalhadas sobre a mensuração dos riscos inerentes e residuais constam de tópico específico 
adiante. 
Considerando os dados acima, a MRP deverá apresentar a seguinte estrutura: 
Figura 2 – Estrutura de Matriz de Riscos por Processos (MRP) 
Risco Inerente Aplicação de Controles Internos Risco Residual 
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Fonte: TC 015.436/2013-6 (Levantamento sobre gestão de riscos em políticas de renúncia de receitas dos 
Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior). 
Na peça 5, é apresentado um exemplo da MRP preenchida conforme um caso real 
(TC 015.436/2013-6). As informações da última coluna se aplicam somente à modalidade de 
fiscalização auditoria, conforme tópico específico adiante. 
A MRP é o produto mais importante do trabalho de investigação e registro de riscos associados 
ao objeto de auditoria, pois consolida todo o levantamento de informações relacionadas aos 
objetivos, riscos e controles associados ao objeto de auditoria, servindo como parâmetro de 
aferição objetiva da maturidade da governança pública no que tange à gestão de riscos de um ou 
mais macroprocessos de gestão. 
Além disso, é uma fonte importante de comunicação, pois as colunas de riscos inerente e residual 
são apresentadas em esquema de cores em verde, amarelo, laranja e vermelho, o que reflete, 
respectivamente, eventos de riscos baixos, médios, elevados e extremamente elevados. Portanto, 
colunas predominantemente verdes ou amarelas indicam gestão com níveis baixos ou 
intermediários de risco. Já colunas excessivamente avermelhadas traduzem elevado nível de 
risco associado à gestão como um todo. 
Ademais, a confrontação entre as cores predominantes das colunas dos riscos inerente e residual 
permite visualizar o efeito dos controles internos na mitigação do risco inerente. Ou seja, uma 
maior redução dos tons de cores entre essas duas colunas (de vermelho para laranja, ou de laranja 
para amarelo) representa a dimensão do efeito dos controles internos na mitigação dos riscos. 
No caso prático do TC 015.436/2013-6, a equipe submeteu as MRPs produzidas para 
comentários e críticas dos técnicos da Controladoria-Geral da União vinculados às unidades 
responsáveis por também fiscalizar as UJs envolvidas. A contribuição do controle interno ajudou 
a aperfeiçoar as conclusões obtidas. 
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 
Cálculo dos valores numéricos associados aos eventos de risco 
Viu-se que no TC 015.436/2013 foi utilizada matriz de riscos com o seguinte formato de 
avaliação de riscos inerentes, em termos de probabilidades e impactos: 
Figura 3 – Mapa de Riscos (probabilidade vs. impacto): 
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Na prática, a multiplicação dos percentuais de probabilidade pelos índices de impacto gera um 
número de resultado, que representa a magnitude do risco. Em qualquer dos dois eixos, utiliza-se 
a seguinte escala: 
a) muito baixo: 20; 
b) baixo: 40; 
c) médio: 60; 
d) alto: 80; 
e) muito alto: 100. 
Por exemplo, um evento de probabilidade baixa (40%) com impacto alto (80%) representará um 
risco inerente de valor 32, correspondente à multiplicação entre os dois fatores (0,4 por 0,8). A 
mesma regra se aplica a todas as demais classificações da Figura 3. 
Já o cálculo do risco residual envolve a avaliação do controle interno associado, que, caso 
existente, tende a mitigar o risco envolvido, ou seja, reduzir sua valoração. A mitigação será 
determinada pela avaliação do controle interno realizada conforme Tabela 3, cujos efeitos 
estimados (em tese e por simplificação metodológica) são os seguintes: 
Tabela 4 – Efeitos da mitigação do risco inerente pelos controles internos 
Avaliação 
do Controle 
Mitigação 
Obtenção do valor numérico do 
risco residual estimado 
Inexistente Capaz de mitigar 0% dos eventos de risco Multiplicar risco inerente por 1,0 
Fraco Capaz de mitigar 20% dos eventos de risco Multiplicar risco inerente por 0,8 
Mediano Capaz de mitigar 40% dos eventos de risco Multiplicar risco inerente por 0,6 
Satisfatório Capaz de mitigar 60% dos eventos de risco Multiplicar risco inerente por 0,4 
Forte Capaz de mitigar 80% dos eventos de risco Multiplicar risco inerente por 0,2 
Em relação ao controle forte não ser capaz de mitigar 100% dos eventos de risco, cabe registrar 
que tal avaliação decorre do fato de que nenhum controle interno é capaz de responder a todos os 
riscos, ou seja, nenhum controle é infalível, especialmente porque são concebidos ou operados 
por seres humanos, sujeitando-os a burlas de variados tipos. 
Assim, por exemplo, um risco inerente de valor 100 (extremamente elevado), se mitigado por um 
controle forte, conduzirá a um risco residual de valor 20 (médio), devido à multiplicação de 100 
por 0,2. Se esse mesmo risco inerente estiver sujeito a um controle interno fraco, o risco residual 
associado será de valor 80 (100 x 0,8), ainda assim extremamente elevado. Se não houver 
controle interno, riscos inerente e residual terão a mesma valoração. 
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A partir da aplicação dos quocientes previstos na terceira coluna da Tabela 4 sobre os valores 
numéricos dos riscos da Figura 3, é possível, por simples cálculos matemáticos, obter um 
parâmetro numérico de risco residual estimado associado a cada risco inerente: 
Figura 2 – Tabela de Hiato de Controle (risco inerente vs. eficácia do controle): 
 
Esses cálculos tencionam reproduzir, por estimativa, o efeito dos controles internos na mitigação 
dos riscos inerentes, conforme exemplo esquemático abaixo: 
 
Figura 4 – Exemplo de cálculo do efeito estimado da mitigação do risco inerente por controles internos 
 
 
 
 
O risco residual estimado também pode ser denominado hiato de controle, por representar o 
resíduo de risco inerente que permanece após aplicação dos controles, ou ainda a parcela do risco 
residual carente de controles internos para que seja mitigado adequadamente. 
Aplicação da metodologia em trabalhos de Levantamento ou Auditoria 
No início deste roteiro, salientou-se que a metodologia pode ser aplicada tanto em 
Levantamentos quanto em Auditorias, respeitadas as peculiaridades de cada instrumento. 
Se aplicada em Levantamento, a Etapa 1 (conhecimento prévio do objeto a ser fiscalizado) deve 
ser executada na fase de planejamento, enquanto as demais, a iniciar com as reuniões com os 
gestores das unidades operacionais envolvidas, devem ocorrer na fase de execução, inclusive a 
finalização do inventário de riscos nas MRPs. Ao designar um trabalho de fiscalização específico 
para levantamento de riscos, a unidade técnica poderá dedicar-se especificamente a esse fim, sem 
o encargo de coletar evidências como ocorre em auditoria, possibilitando aumento de escopo e 
maior detalhamento. 
Se a metodologia for aplicada em auditorias, no entanto, todo o inventariamento de riscos (etapas 
1 a 6, expostas acima) deve ser realizado na fase de planejamento. Nesse caso, o trabalho não 
poderá envolver escopo demasiadamente amplo, sob pena de inviabilização de prazos. De posse 
do levantamento de riscos do objeto, nessa situação com escopo limitado, a equipe poderá 
determinar o escopo da execução de auditoria, priorizando áreas de riscos mais elevados. 
Rememore-se que, conforme abordado no tópico sobre normas gerais de auditoria aplicáveis, em 
toda auditoria é preciso realizar uma avaliação preliminar de objetivos e riscos relevantes 
relacionados ao objeto. No desenvolvimento dos objetivos da auditoria, deve-se considerar, além 
das exposições significativas a riscos, a probabilidade de erros, irregularidades e 
Risco InerenteExt. Elevado 
80 
Controle Satisfatório 
Risco Residual Elevado 32 
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descumprimentos a princípios, normas legais e regulamentações aplicáveis. A metodologia ora 
proposta satisfaz esses requisitos normativos. 
Em face dos riscos identificados no planejamento, a equipe deverá definir procedimentos de 
auditoria para teste dos controles internos, isto é, para verificação da qualidade e suficiência dos 
controles administrativos face a eventuais casos concretos de materialização dos eventos de 
risco. Esse trabalho demanda a realização de auditoria de conformidade, na qual poderão ser 
identificadas irregularidades ou deficiências de controle, a depender do objetivo auditorial. Na 
execução, a equipe poderá ainda confirmar se a avaliação qualitativa de riscos e controles 
internos realizada com base na metodologia se confirma do ponto de vista quantitativo. 
Para manter a vinculação entre riscos e procedimentos de auditoria (testes de controles internos), 
sugere-se que a MRP seja complementada com coluna específica, retratada na Figura 2 (última 
coluna) sob o título “Referência – Teste de CI”. Para cada evento de risco a ser abordado na 
auditoria, deve haver um procedimento de auditoria (PA) referenciado, de modo a manter a 
consistência entre os papeis de trabalho do planejamento (MRP) e os da execução 
(procedimentos de auditoria). 
RELATÓRIO DA FISCALIZAÇÃO 
No caso de Levantamento, devem-se observar no que for cabível os Padrões de Levantamento do 
Tribunal (Portaria-Segecex 15/2011), assim como, em auditorias, a norma aplicável, conforme a 
modalidade seja conformidade ou operacional. 
No entanto, por se tratar de técnica de fiscalização inovadora no TCU, não há norma tivos que 
prevejam o formato de relatório. Na inexistência de diretrizes de relatório para trabalho 
especificamente voltado para gestão de riscos, a SecexDesenvolvimento, após entendimentos 
prévios com o Ministro Relator do TC 015.436/2013-6, optou por destacar, no corpo do 
relatório, os seguintes grupos de riscos: 
a) riscos estruturais gerais: decorrentes de deficiências na governança dos ministérios, os quais, 
por serem gerais e menos objetiváveis, não puderam ser abordadas nas respectivas MRPs. São 
riscos ou fontes de riscos estruturais do Poder Executivo Federal, sobretudo em relação à 
estruturação normativa, gerencial e de competências. São situações que escapam à gestão dos 
ministérios e deveriam ser tratadas por órgão superior com poderes normativos e de gestão; 
b) riscos de caráter transversal: conjunto de eventos que perpassam a gestão de mais de uma 
política pública e unidade gestora das políticas objeto do TC 015.436/2013-6, com variações 
decorrentes da legislação e dos procedimentos de controle administrativo específicos; 
c) riscos específicos de cada política pública: eventos associados apenas a gestão de uma política 
pública e não das demais integrantes do escopo da fiscalização. 
No caso prático, foram eleitos os riscos inventariados na MRP cuja avaliação quantitativa 
resultou em níveis “elevado” ou “extremamente elevado”. No relatório, os eventos foram 
esmiuçados em termos de causa e efeitos de conformidade ou operacional. 
Tendo em vista que o cerne da metodologia e o produto esperado são a identificação e avaliação 
de riscos do objeto fiscalizado, o relatório deve destacá- los, remetendo a anexos a parte 
preliminar, qual seja, o detalhamento de processos de trabalho (macroprocessos) das UJs. A 
eleição dos riscos a serem destacados e da profundidade da abordagem em relatório dependem 
de julgamento profissional da equipe conforme o objetivo do trabalho, nível de governança da 
entidade e complexidade do objeto. Riscos não abordados em relatório devem estar registrados 
na MRP de forma resumida e autoexplicativa. 
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DIFERENCIAIS DA METODOLOGIA 
Esta metodologia apresentou as seguintes vantagens ou utilidades no caso prático 
(TC 015.436/2013-6): 
a) Conhecimento aprofundado do objeto; 
b) Customização dos Relatórios de Gestão e dos Processos Anuais de Contas; 
c) Interlocução com a CGU durante o processo; 
d) Estreitamento da relação com a UJ; 
e) Planejamento da unidade técnica e direcionamento da atuação futura. 
Como resultado do inventário de riscos do TC 015.436/2013-6, as UJs envolvidas pactuaram 
planos de ação com a SecexDesenvolvimento, para, no médio prazo, implementarem medidas 
para aprimoramento de controles internos para tratamento dos riscos identificados pelo TCU. 
Referida medida se mostrou de grande repercussão para aprimoramento da gestão das UJs. 
LIMITAÇÕES DA METODOLOGIA 
Como limitações à metodologia, tem-se: 
a) Caráter exploratório do levantamento de riscos : o trabalho de identificação de riscos tem 
cunho exploratório e envolve a identificação, reconhecimento e/ou intelecção sobre possíveis 
eventos que possam afetar os objetivos das políticas. Apesar da construção coletiva em 
equipe, respaldada pelas contribuições de gestores e operadores dos processos e corroborada 
pelo Controle Interno, é possível que algum evento de risco não tenha sido identificado, mas 
venha a ocorrer. Existe ainda a possibilidade de ocorrência de fraudes imprevisíveis, não 
detectadas neste trabalho; 
b) Ausência de testes de controles internos : se aplicada em Levantamento, os controles 
internos administrativos são avaliados conforme seu desenho e funcionamento (em tese), sem 
que sobre eles sejam aplicados testes de auditoria. Nesse caso, a avaliação dos controles 
internos representa uma estimativa de eficácia, sendo passível de testes apenas em trabalhos 
de Auditoria. 
CONCLUSÃO 
Pelo presente roteiro, a SecexDesenvolvimento disponibiliza à Secretaria de Métodos Aplicados 
e Suporte à Auditoria (Seaud) este guia metodológico prático de avaliação e identificação de 
riscos e controles, também denominada metodologia de auditoria (em sentido amplo) com foco 
em processos e riscos, a qual pode ser incorporada aos materiais de uso interno para divulgação 
de boas práticas e metodologias do controle externo (ref. Acórdão 3.695/2013-TCU-Plenário, 
subitem 9.17). 
Importante ressaltar que se trata de metodologia de auditoria com foco em risco, a qual não se 
confunde com o objeto da Nota Técnica-Seaud 3/2014, que trata de seleção, pelo TCU, de 
objetos de auditoria com foco em risco. 
A equipe do TC 015.435/2013-6 se coloca à disposição da Seaud para difusão de boas práticas 
por meio de reuniões, participação na confecção de materiais de apoio ou em cursos internos 
com o objetivo de difundir a metodologia para aplicação em outros trabalhos do Tribunal. 
 
SecexDesenvolvimento, 1ª DT, em 26/9/2014. 
 
 
Antonio José Saraiva de Oliveira Júnior 
AUFC – Matrícula 8127-2 
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Brasília: TCU, Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão, 2014. 
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Segecex/Adsup/Adplan. Brasília: TCU, setembro de 2012a. 
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_____. Tribunal de Contas da União. Anexo à Portaria-TCU nº 280/2010. Normas de Auditoria 
do Tribunal de Contas da União. Brasília, 8 de dezembro de 2010. 
_____. Tribunal de Contas da União. Critérios gerais de controle interno na Administração 
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Disponível em: <http://portal2.tcu.gov.br/portal/pls/portal/docs/2056688.PDF>. Acesso em: 25 
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COSO. Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission. Gerenciamento 
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– Integrated Framework: Application Techniques, 2004. Versão em português disponível em: 
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IIA, The Institute of Internal Auditor. Normas Internacionais para a Prática Profissional de 
Auditoria Interna. São Paulo, 2012. Versão em português disponível em: 
< http://www.iiabrasil.org.br/new/2013/downs/IPPF/standards2013_portuguese.pdf>. Acesso 
em: 25 de junho de 2014. 
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