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SOCIALIZACAO_CONTROLE_SOCIAL

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Socialização e Controle Social
■Os indivíduos não conseguem viver isoladamente ou 
imunes a sociedade sem sofrer interferências na sua 
formação e na sua individualidade.
■A esse conceito chamamos de socialização.
⃗Socialização é o processo de transmissão dos códigos 
culturais de um grupo social aos indivíduos que deles 
fazem parte, integrando-os à medida que interiorizam 
as informações recebidas
Socialização e Instituição Social
■ Desde os primeiros contatos com o núcleo familiar, 
passando pela formação de relações de amizade, 
amorosas ou profissionais, os indivíduos são levados a 
estabelecer laços com o(s) outro(s).
Socialização e Instituição Social
■ Segundo o sociólogo Peter Berger, a socialização 
constitui a interiorização, por parte dos indivíduos, da 
realidade vivida, que é subjetiva, em um 
desenvolvimento que os integra em grupos sociais dos 
quais fazem parte desde a infância.
⃗Isso ocorre por meios de mecanismos de socialização no 
qual o mundo exterior molda o mundo interior do 
indivíduo.
⃗ Esses mecanismos são: Aprendizagem, imitação e 
identificação.
Socialização e Instituição Social
Os mecanismos de socialização acontecem em dois níveis, 
Socialização primária e socialização secundária.
■Socialização Primária: Caracterizada por alto grau de 
afetividade, que constituem relações primárias e de forte 
proximidade entre os integrantes, interação face a face.
É nessa fase que os indivíduos internalizam e estabelecem 
na maioria dos casos, relações sólidas e permanentes.
Ocorre principalmente na infância, a família é o melhor 
exemplo.
Socialização e Instituição Social
■Socialização Primária:
Socialização e Instituição Social
■Socialização Secundária pode ser entendida como a 
socialização que tem início no final da infância e que 
continua pelo resto da vida.
Diferentemente da socialização primária os agentes são 
mais diversificados, e sua atividade na adaptação do 
indivíduo ao grupo em questão está relacionado às 
escolhas e às situações sociais experimentadas pelos 
elementos envolvidos
Socialização e Instituição Social
■As instituições sociais determinam as diferentes 
maneiras pelas quais os indivíduos são moldados no 
decurso de sua socialização.
Família escola trabalho estado
Socialização e instituições sociais
Por instituições sociais entende-se o conjunto 
relativamente estável de padrões culturais sancionados 
coletivamente e que servem como modelo para a 
personalidade do indivíduo.
Dessa forma a instituição social seria o padrão 
amplamente aceito que tende a atender as 
necessidades criadas pelos agrupamentos humanos ao 
longo do tempo.
Socialização e instituições sociais
O casamento é um exemplo de instituição social pois é 
uma forma de relacionamento entre indivíduos 
socialmente reconhecida, que supre as necessidades 
sociais (reprodução e construção de um ambiente de 
socialização primária) e apresenta caráter normativo 
(regras como monogamia, idade mínima, proibição 
entre membros da família nuclear)
Instituições sociais
Grupos sociais se estabelecem por meio de interesses, 
práticas e valores compartilhados por um grupo de 
indivíduos, enquanto as instituições sociais se referem a 
padrões e normas que se aplicam aos diferentes grupos 
existentes em uma sociedade.
A família é a primeira instituição social a que temos 
contato.
Instituições sociais
Escola, responsável pela transmissão de padrões de 
relacionamento com grupos aos quais não pertencemos, 
do aprendizado de códigos de linguagens sociais e da 
prática de valores necessários para a vida em comum.
Grupos Sociais
Ao longo da vida, membros de uma sociedade se inserem 
em diferentes grupos sociais. 
■ Tribos Urbanas
Grupos Sociais
■ Família (como grupo de pessoas, diferente de 
instituição social)
Grupos Sociais
■ trabalhadores
Grupos Sociais
Existem também, grupos sociais intermediários, a exemplo 
de trabalhadores de uma categoria profissional ou de uma 
empresa que atuam por muito tempo nos mesmos locais 
de trabalho estabelecendo uma convivência prolongada e 
compartilhando experiências profissionais semelhantes e 
específicas em relação a outros grupos sociais , e podem 
desenvolver laços sociais similares aqueles encontrados 
nos grupos sociais primários.
Grupos Sociais
Grupos sociais intermediários: trabalhadores
Grupos Sociais
Até algumas décadas atrás, era comum a maior influência 
de instituições sociais como a igreja e categorias 
profissionais, porém conforme as transformações sociais, 
culturais e econômica das últimas décadas aconteceram, 
foram reduzindo o tamanho da abrangência desses 
grupos na sociedade.
Interação Social
Por interação social entende-se o conjunto das influências 
recíprocas desenvolvidas entre o indivíduo e entre os 
grupos sociais a qual pertence.
Segundo o sociólogo Georg Simmel, a sociedade resulta 
das interações sociais estabelecidas entre os indivíduos.
Interação Social
As diferentes formas de interação social, como a 
cooperação, a competição e o conflito, são padrões 
estáveis, ainda que possam manifestar seu conteúdo, 
tanto no trabalho doméstico quanto nas atividades 
escolares (cooperação; nos espertes e nos concursos 
(competição), ou mesmo nas relações entre patrões e 
empregados ou fazendeiros e trabalhadores rurais sem 
terra (conflito)
Interação Social
Para o sociólogo Erving Goffman, a interação social é 
realizada segundo as posições e os papéis executados por 
atores e grupos sociais e ocorre nas chamadas situações 
sociais, em um ambiente histórico e socialmente definido.
Status e Papéis Sociais
Nas diversas esferas da sociedade e nos diferentes 
processos de interação, grupos e indivíduos ocupam 
posições sociais associadas a diferentes graus de 
prestígio, poder, direitos e deveres. Na sociologia essa 
condição é denominada de Status.
O status pode ser percebido de acordo com a posição 
ocupada na sociedade e na estrutura social por estruturas 
e grupos, podendo ser legal (leis e normas), social (não 
depende ou é estabelecido à margem da legislação), 
adquirido(quando a posição de Status está relacionada ao 
mérito pessoal) ou atribuído (quando a posição de status 
é atribuída por outrem)
Status e Papéis Sociais
Cada posição de status é atribuída uma 
maneira específica de agir e de se 
relacionar socialmente. Estamos diante do 
que a sociologia denomina papéis sociais 
(comportamentos socialmente esperados 
de indivíduos e grupos de uma 
determinada posição de status.
O exercício de papéis sociais não pode ser 
analisado separadamente das posições de 
status com as quais se relaciona.
Controle Social
Em qualquer sociedade a 
previsibilidade de comportamentos 
formais e informais é condição para 
que seja mantida a ordem social.
A socialização dos indivíduos 
permitem inseri-los em uma 
estrutura ou sistema preexistente 
orientando-os para o que 
denominamos conformidade, ou 
seja, a ação orientada por uma 
norma e seus limites de 
comportamento.
Controle Social
O controle social pode ser analisado sob duas 
perspectivas:
1º) Percebendo as relações sociais orientadas para uma 
harmonia funcional, visando o desenvolvimento coletivo.
Derivada da abordagem funcionalista de Durkheim onde 
a importância das regras e normas para a coesão social 
indica que esse controle deveria garantir a harmonia 
social. Assim o controle conformaria os indivíduos aos 
sistema social, e prevendo punições caso isso não 
ocorresse (anomia).
Controle Social
1º) Percebendo as relações sociais orientadas para uma 
harmonia funcional, visando o desenvolvimento coletivo.
Controle Social
2º) Essa segunda abordagem parte do princípio que as 
relações sociais e a realidade derivada dela são 
construídas por contradições que em vez de gerar um 
todo social harmônico, levam ao conflito.
Com base na tradição sociológica de Karl Marx e Max 
Weber , essa crítica faz crer que os mecanismos ou 
recursos que compõe o controle social estão relacionados 
à defesados interesses de grupos específicos, que detêm 
o controle econômico, cultural e político.
Controle Social
Nessa abordagem, o controle social está relacionado a 
ideologia e se dá em diferentes instituições sociais. 
Quando interpretadas como meios materiais do controle 
ideológico, as instituições sociais não só representam 
uma vontade coletiva construída nas interações sociais, 
mas também uma forma de transformar em 
comportamento padrão uma visão de mundo particular 
de determinado grupo que procura manter sua posição 
dominante.
Mecanismos de controle social
Para as ciências sociais, mecanismos são todos os 
elementos sociais (estruturas, padrões culturais, status, 
atos, instituições) que tem como objetivo conduzir o 
conjunto das ações individuais para limites relativamente 
previsíveis.
Mecanismos de controle social
Os mecanismos de controle social podem ser legais 
(quando são organizados em leis e normas e outras 
formas de expressão legal) ou sociais (quando existem 
apenas como norma social coletiva, sem previsão legal) 
Ex: uniformes.
Agentes de controle social
Os agentes de controle social são os mesmos que 
realizam o processo de socialização.
*Família
*Estado
*Religião
*Meios de comunicação de massa
São considerados os mais importantes agentes de 
controle social, já que eles que transmitem e fiscalizam a 
adequação dos indivíduos às normas e regras gerais.
Agentes de controle social
Maniqueísmo: a luta do bem contra o mal, para doutrinar as crianças a 
serem, boas, no caso dos desenhos animados.
Agentes de controle social
Louis Althusser dividiu os agentes de controle social em 
dois blocos:
•Os de aparelhos repressivos, que compreendem órgãos e 
instituições que estabelecem o controle social por meio 
da repressão ou da possibilidade de realizá-la, como as 
Forças Armadas, a polícia e o sistema judiciário.
Agentes de controle social
•Os de aparelhos ideológicos de Estado, que estabelecem 
controle pela difusão de determinadas ideologias e 
atendendo os interesses daqueles que detêm o poder.
⃗ Religião, escola, família, sindicatos e sistemas de 
informação e cultura.
Essas instituições são o veículo para que a ideologia 
dominante possa se difundir socialmente e possibilite o 
controle social pelas classes dominantes.
Agentes de controle social
A perspectiva 
desenvolvida por 
Althusser é pessimista 
em relação a capacidade 
de ação autônoma do 
indivíduo diante do 
controle exercido pelas 
classes dominantes. 
Agentes de controle social
Carlos Nelson Coutinho critica Althusser pelo 
esquecimento da história e pelo seu entendimento das 
estruturas como elemento absoluto da formação social.
Em sua crítica, Coutinho denuncia o abandono da 
discussão sobre o papel dos indivíduos na história e da 
capacidade destes de transformá-la.
Agentes de controle social
Agentes de controle social
Percebe-se paralelamente a influência dos meios de 
comunicação sobre as sociedades, surgem também novas 
formas de tecnologia de informação voltadas a produção 
de visões e comportamentos alternativos.
Aparelhos repressivos e ideológicos do Estado
O filósofo franco-argelino Louis 
Althusser dividiu os agentes de 
controle sociais em dois blocos: os 
de aparelhos repressivos de Estado e 
o de aparelhos ideológicos de 
Estado. De acordo com o estudioso, 
os primeiros compreendem o 
conjunto dos órgãos e instituições 
que estabelecem o controle social 
por meio da repressão ou da 
possibilidade de realizá-la, com as 
forças Armadas, a polícia e o sistema 
judiciário.
Os aparelhos ideológicos de Estado são as instituições que 
estabelecem o controle social pela difusão de determinadas 
ideologias e atendem aos interesses daqueles quem detêm o 
poder. Mais difundidos na sociedade contemporânea que os 
aparelhos repressivos, os aparelhos ideológicos de estado seriam 
representados entre outros, pelas religiões, pela escola, pela 
família, pelos sistemas de informação e pela cultura. Essas 
instituições são o veículo para que a ideologia dominante possa 
difundir socialmente e possibilitar o controle social pelas classes 
dominantes. cabe ressaltar, que para Althusser, nenhum aparelho é 
somente repressivo ou ideológico, pois as duas características 
estão presentes em todas as instituições, a classificação depende 
de sua principal forma de ação.
Aparelhos repressivos e ideológicos do Estado
Aparelhos repressivos e ideológicos do Estado
Quem escreveu sobre isso
Louis Althusser
Nascido na Argélia, Louis Althusser (1918-
1990) foi um pensador marxista que se 
dedicou ao estudo das ideologias. Em um de 
seus trabalhos mais conhecidos, Ideologia e 
aparelhos ideológicos do Estado, articulou 
marxismo e psicanálise para caracterizar a 
ideologia como uma relação imaginária que, 
convertida em práticas concretas, reproduz 
as relações de produção vigentes em dada 
sociedade. Para o autor, a escola é um 
aparelho ideológico do Estado que contribui 
para a sustentação da ordem social e 
política burguesa.
Filósofo franco-argelino, Louis 
Althusser é referência nos estudos 
marxistas sobre ideologia. É 
considerado o pai da perspectiva 
crítico-reprodutivista, que 
influenciou intelectuais como Pierre 
Bourdieu e Jean-Claude Passeron
A perspectiva desenvolvida pelo autor é pessimista em relação à 
capacidade de ação autônoma do indivíduo diante do controle 
exercido pelas classes dominantes. A escola, por exemplo, é vista 
por Althusser como o aparelho ideológico de Estado mais 
significativo da sociedade contemporânea. Todas as
características da 
sociedade capitalista se 
reproduzem no espaço 
escolar, tanto do ponto de 
vista ideológico quanto do 
repressivo, nas diferentes 
relações sociais 
estabelecidas pelos atores 
sociais
Aparelhos repressivos e ideológicos do Estado
Essa posição, no entanto, é contestada pelo fato de pressupor um 
domínio completo das estruturas sobre os indivíduos. O cientista 
político Carlos Nelson Coutinho critica Althusser por seu 
esquecimento da história e por seu entendimento das estruturas 
como elemento absoluto da formação social. Em sua crítica, 
Coutinho denuncia o abandono da discussão sobre o papel dos 
indivíduos na história e a capacidade destes de transformá-la.
Aparelhos repressivos e ideológicos do Estado
Quem escreveu sobre isso
Carlos Nelson Coutinho
O filósofo, cientista político e crítico literário 
Carlos Nelson Coutinho (1943-2012) foi um 
intelectual marxista de grande influência no 
Brasil. Professor emérito da Universidade 
Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), teve papel importante na construção 
de uma teoria política no Brasil, em 
particular na crítica ao estruturalismo 
marxista e na defesa da democracia como 
valor universal.
O professor Carlos Nelson Coutinho, 
cientista político baiano reconhecido 
internacionalmente por sua análise 
da obra de Gramsci.
O filósofo francês Michel Foucault (1926-
1984) tornou-se célebre por seus estudos 
sobre a relação sociedade, poder e 
individuo. Suas críticas à Psiquiatria, 
prisional e a outras instituições sociais, 
como as escolas e os seus estudos sobre 
sexualidade e subjetividade, fizeram dele 
um dos mais prestigiados pensadores do 
século XX. Professor titular de História 
dos Sistemas de Pensamento disciplinares 
e hierárquicas, dotadas de uma 
tecnologia política que visa tornar os 
corpos disciplinados e controlar o espaço, 
o tempo e as informações. 
Sociedade disciplinar
Para o autor, sociedades disciplinares estruturam modelos 
de controle social que articulam diferentes técnicas de 
segregação, monitoramento e vigilância, as quais 
perpassam a vida social por meio de uma cadeia hierárquica 
desenvolveu estudos sobre a escola e as oriunda de um 
poder central. Foucault desenvolveu estudos sobre a escola 
e as ideias pedagógicas na Idade Moderna, identificando-as 
como instrumentos de controle e dominação que visam 
suprimir ou conformar os comportamentos divers gentes. 
Sua percepção das sociedades disciplinares foi diretamenteinfluenciada pela teoria do panoptismo, proposta no século 
XVIII pelo filósofo e jurista inglês Jeremy Bentham (1748-
1832).
Sociedade disciplinar
O termo "panóptico" foi utilizado por Jeremy Bentham para referir-se a 
uma unidade penitenciária idealizada por ele em 1791. Esse tipo de 
projeto arquitetônico permite que um vigia observe os prisioneiros sem 
que estes saibam se estão ou não sendo vistos. Também pode ser 
utilizado em manicômios, escolas, fábricas e hospitais. Imortalizada por 
Foucault em sua obra Vigiar e punir (1975), a teoria do panoptismo tem 
sido resgatada por teóricos das novas tecnologias, como Pierre Lévy,
para referir-se ao controle exercido pelos novos meios de comunicação 
sobre seus usuários.
Panoptismo
Quem escreveu sobre isso
Pierre Bourdieu (1930-2002) foi um sociólogo 
francês que construiu sua obra referenciado em 
autores clássicos como Max Weber e Karl Marx. 
Em seu "estruturalismo construtivista", Bourdieu 
argumentava que o mundo social é composto de 
estruturas objetivas que constrangem a atuação 
dos indivíduos, sendo incorporadas, legitimadas 
e reproduzidas por eles. Bourdieu buscou realizar 
uma "Sociologia da Sociologia”, ou seja, uma 
investigação sociológica sobre a formação e a 
atuação dos sociólogos.
O sociólogo francês Pierre Bourdieu 
foi o criador do "estruturalismo 
construtivista".
Percebe-se que, paralelamente à influência dos meios 
de comunicação sobre a sociedade, surgem também 
novos modos de utilização das tecnologias da 
informação, voltados para a produção de visões e 
comportamentos alternativos. Um exemplo são as 
rádios e as TVs comunitárias, que usam técnicas 
empregadas na produção de filmes e novelas para 
apresentar uma interpretação distinta das difundidas 
pela indústria cultural, ressignificando-as ao valorizar 
aspectos ignorados pelas grandes empresas de 
comunicação.
Meios de comunicação e tecnologias da informação
Outro exemplo atual são as redes sociais. Ainda que 
com alcance limitado e, por vezes, marcadas pelo 
consumismo e pelo individualismo, essas redes se 
tornaram instrumentos importantes na produção de 
novos significados e novas formas de comportamento, 
que se diferenciam dos padrões estabelecidos pelas 
classes sociais
dominantes.
Meios de comunicação e tecnologias da informação
Um bom exemplo disso foi a utilização das redes sociais nos eventos da 
chamada Primavera Árabe, pois elas permitiram aos que lutavam contra 
governos autoritários (que por décadas exerceram controle sobre a 
população e reprimiram a oposição) transmitir e divulgar ideias e 
eventos, superando o bloqueio das mídias oficiais. Assim, conseguiram 
obter apoio para sua luta política em várias partes do mundo.
Meios de comunicação e tecnologias da informação
Saiba mais : 
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/primavera-Arabe.htm
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/primavera-Arabe.htm
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/primavera-Arabe.htm
Escola: um lugar de controle ou de 
aquisição de conhecimento?
A escola foi sempre um dos temas mais polêmicos na Sociologia, justamente por ter 
se tornado, ao longo do século XX, uma das instituições centrais no processo de 
socialização dos indivíduos. A Sociologia contemporânea, porém, observará outras 
conexões entre escola, educação e sociedade. Uma das teorias mais importantes do 
século XX, a de Pierre Bourdieu, aponta a escola como um espaço que reproduz as 
desigualdades sociais, culturais e econômicas. No livro A reprodução, Bourdieu e 
Passeron apontam que, em uma sociedade de classes, as distinções não são apenas 
econômicas, mas também culturais. Assim, as classes dominantes possuem 
determinadas características culturais que se distinguem das classes trabalhadoras 
pelos gostos, modos de se vestir e de falar, entre outros aspectos. Para os autores, a 
escola seleciona os conhecimentos e valores das classes dominantes como os de 
maior valor, frequentemente menosprezando os elementos culturais das classes 
trabalhadoras e auxiliando na reprodução das desigualdades sociais. Dessa forma, 
os filhos das classes dominantes, já possuindo o patrimônio cultural considerado 
mais importante" pelas escolas, tendem a ter maior sucesso escolar do que os das 
classes trabalhadoras, reproduzindo as respectivas posições sociais das famílias de 
origem e mantendo a mesma configuração das classes sociais por muitas gerações.
Escola: um lugar de controle ou de 
aquisição de conhecimento?
Essa teoria teve amplo impacto na Sociologia, pois enfatiza os aspectos 
de reprodução das desigualdades e de controle social com base em uma 
instituição fundamental das sociedades que se intitulam democráticas. 
Uma vez que a escola é apontada como o espaço de socialização e de 
manutenção da ordem sem recurso à violência, a teoria de Bourdieu e 
Passeron leva a refletir sobre o papel da escola e da "violência simbólica" 
promovida por ela no contexto das sociedades ocidentais.
Diversos sociólogos passaram a repensar a escola com base nas questões 
levantadas por Bourdieu e Passeron. Alguns criticaram severamente essa 
visão, pois apontaram que nas instituições existem movimentos 
contrários que podem mudá-las “por dentro". O sociólogo brasileiro 
Décio Saes, por exemplo, aponta que no Brasil as classes dominantes 
também temem que os trabalhadores adquiram “educação demais", 
pelos possíveis efeitos politizadores a que isso pode levar.
Escola: um lugar de controle ou de 
aquisição de conhecimento?
Para os jovens brasileiros, a escola representa uma trajetória obrigatória 
para realizar algum tipo de mobilidade social. O "diploma" é 
reconhecidamente importante para todas as famílias de classes 
populares e médias, pois confere aos indivíduos a possibilidade de 
receber um salário mais alto e, assim, ter maior mobilidade e 
reconhecimento sociais. Assim, os jovens procuram, de diversos modos, 
estar na escola, mesmo tendo de conciliá-la com atividades de trabalho e 
de ajuda em casa. mentos teóricos considerados relevante e as 
necessidades práticas diárias de sua vida. Isso cria neles uma grande 
frustração em relação à escola e a uma atitude pragmática que se 
distancia do potencial de reflexão que ela poderia promover: 0 mais 
importante para esses estudantes- trabalhadores é o diploma, que terá 
para eles algum uso prático na vida social.
Prof.ª Loredana C. Ruffo

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