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Questão 1/10 - História da Literatura Leia os versos a seguir: “A glória de quem tudo o mais comove pelo universo penetra e resplende e mais, e menos, suas partes move. No alto céu onde mais a luz se incende eu fui, e vi tais coisas, que dizer não sabe ou pode quem de lá descende; porque apressurando-se ao querer sumo, o intelecto se aprofunda tanto que a memória não segue o seu correr”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALIGHIERI, Dante. Canto I. In: CAMPOS, Haroldo. Pedra e luz na poesia de Dante. Rio de Janeiro: Imago, 1998, p. 85 Os versos citados abrem a última parte da Divina Comédia, de Dante Alighieri. Esta obra é considerada como a síntese da mentalidade medieval ao mesmo tempo que já aponta para a visão do mundo renascentista, que valoriza o homem e a arte greco-romana da Antiguidade. Tendo como referência o texto e a leitura do livro base História da Literatura Universal sobre a Divina Comédia, assinale a única alternativa correta: Nota: 0.0 A A obra é dividida em três livros: Inferno, Purgatório e Paraíso. Comentário: a afirmativa está correta porque a Divina Comédia é dividida em três partes – Inferno, Purgatório e Paraíso. Virgílio conduz Dante pelo Inferno e pelo Purgatório e Beatriz, pelo Paraíso. Segundo a autora do livro-base, o Inferno é a parte mais envolvente: “o sofrimento dos penitentes é narrado em um contexto vibrante (daí o termo dantesco) e se tornou mais popular que os outros dois livros, o ‘Purgatório’ e o ‘Paraíso’, que contêm reflexões mais sofisticadas” (livro-base, p. 109). B A passagem de Dante pelo Inferno é conduzida por Beatriz, eterna amada e inspiração do poeta. C A divina comédia pode ser considerada a primeira obra cômica da História. D A descrição do Inferno é a menos envolvente, descrita com poucos detalhes pelo autor e, por isso, se tornou menos popular que os outros dois livros. E A passagem de Dante pelo Paraíso é conduzida por pelo poeta Virgílio. Questão 2/10 - História da Literatura Leia os versos a seguir: “- Ó filho de Peleo, coração flâmeo! Devo-te Pôr a par de um lutuoso evento (antes jamais tivesse acontecido!): Pátroclo está morto! Em torno ao corpo nu, que Héctor, elmo-faiscante, Espoliou, lutam". Disse. E a dor, nuvem escura, eclipsou o herói. [...]”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: HOMERO. Ilíada. Trad. Haroldo de Campos. São Paulo: Arx, 2002, p. 231. A passagem, citada de um dos poemas épicos escritos supostamente por Homero no século VIII a.C, narra a morte de Pátroclo, episódio decisivo dessa narrativa. Considerando esses versos e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal, assinale a alternativa que apresenta corretamente o título desse épico e a síntese de sua história: Nota: 0.0 A Trata-se da Odisseia, livro que narra as aventuras de Ulisses durante o retorno a sua casa, a ilha de Ítaca. B É a Eneida, epopeia que narra a fuga de Eneias, de Tróia, até a sua chegada à Itália, onde funda Roma. C Trata-se da Odisseia, narrativa que conta a ira de Aquiles e sua participação na guerra de Troia. D É a Ilíada, narrativa que conta a guerra de Troia – desencadeada pelo rapto de Helena – e a participação de Aquiles. Trata-se da Ilíada, que narra a Guerra de Troia, conflagrada depois do rapto de Helena pelo troiano Páris. Aquiles é o grande guerreiro grego, que, inicialmente, recusa-se a participar da guerra, mas acaba participando depois da morte de Pátroclo por Heitor, o grande guerreiro troiano. Ele entra na luta e mata Heitor (livro-base, p. 54, 55). E É a Ilíada, obra que conta o duelo entre Ulisses e Heitor durante a guerra de Troia. Questão 3/10 - História da Literatura Leia o fragmento de texto: “Em seu ensaio machadiano, quase todo voltado a ‘Brás Cubas’ – modelo que segue na maior parte do livro, o da escolha de um romance ou até um personagem de cada ‘gênio’ analisado –, ele reforça outra das ‘maestrias’ do escritor. ‘Divirto-me, e não me entedio, diante da constatação de que, muito em breve, hei de vivenciar o meu próprio esquecimento [...]. ‘Memórias Póstumas', escritas do túmulo, tornam o esquecimento singularmente divertido’[...]”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FOLHA DE S. PAULO. Para Harold Bloom, Machado de Assis é um milagre. Ilustrada, Folha de S. Paulo (versão on-line), 03/05/2003. <http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u32616.shtml>. Acesso em 07 out. 2017. Depois que suas obras começaram a ser traduzidas para o inglês, Machado de Assis começou a ser conhecido pela crítica literária europeia e norte-americana. Assim como Susan Sontag, Julian Barnes, Woody Allen, o crítico britânico Harold Bloom manifestou a admiração pelo escritor brasileiro, que, pouco a pouco, vem sendo lido e colocado lado a lado dos grandes escritores do século XIX. A partir do trecho citado e das informações contidas no livro-base História da Literatura Universal sobre a obra de Machado de Assis, analise as afirmativas: I. Ambivalência, humor e ironia são artifícios recorrentes na obra de Machado, como formas de exercício crítico da sociedade. II. Seu estilo sóbrio e convencional o fez ser admirado por seus contemporâneos, que ocuparam as ruas do Rio de Janeiro para acompanhar seu funeral. III. O romance Memórias Póstumas de Brás Cubas representa a virada em sua obra, pois, nele, deixa para trás as obras ligadas à formação do “eu”. São corretas apenas as afirmativas: Nota: 0.0 A I B I e II C II e III D III E I e III As afirmativas I e III estão corretas, porque Machado de Assis “Tentou não ser convencional, encarou as dificuldades de ser mulato, gago, epilético e tímido e teve como armas o humor, as ambivalências, a oculta sensualidade e a ironia. Memórias póstumas de Brás Cubas é o marco divisor de sua obra. O defunto-autor Brás Cubas exibe peças de cinismo e indiferença com que via montada a história dos homens” (livro-base, p. 247). A afirmativa II está errada por essas mesmas razões, uma vez que a obra de Machado – sobretudo a da chamada segunda fase – fugiu absolutamente do convencional em relação ao contexto de sua época (p. 247). Questão 4/10 - História da Literatura Leia a passagem de texto: “Reunindo condições pessoais e históricas propiciadoras do trabalho intelectual, Eça de Queirós tornou-se dos maiores prosadores em Língua Portuguesa, alcançando ser, na esteira de Garret, uma espécie de divisor de águas linguístico entre a tradição e a modernidade”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MOISÉS, Massaud. A Literatura Portuguesa. São Paulo: Cultrix, 1965, p. 279. Considerando a passagem citada e os conteúdos o livro-base História da Literatura Universal, no que diz respeito às características da obra de Eça de Queirós, marque (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) para as falsas: I. ( ) Eça de Queiróz escreveu romances históricos que resgataram o período medieval português. II. ( ) Na perspectiva temática, Eça de Queiróz faz críticas à monarquia, à Igreja e à classe burguesa. III. ( ) A linguagem utilizada por Eça de Queiróz busca naturalidade e precisão, evitando o rebuscamento desnecessário. IV. ( ) Em O primo Basílio, Eça de Queiróz demonstra um clara influência romântica, ao retratar uma história de amor entre dois primos. Agora, marque a sequência correta: Nota: 0.0 A V – V – F – F B V – F – V – V C F – F – V – F D F – V – V – F As afirmativas II e III são verdadeiras porque “Eça aderiu aos ideais realistas, passando a escrever contra a monarquia, a Igreja e a burguesia. Com linguagem original, rigorosa precisão e naturalidade, expôs o quadro político dos anos 1870” (livro-base, p. 242). As afirmativas I e IV são falsas, porque Eça não escreveu romances históricos assentados no período medieval, quem fez isso foi Alexandre Herculano; e, em O primo Basílio, inspirado em Madame Bovary, narra-se umatrama realista – não romântica – centrada no adultério de Luísa com seu primo Basílio, um ex-namorado de juventude (p. 242). E V – V – V – F Questão 5/10 - História da Literatura Leia a passagem de texto: “Reunindo condições pessoais e históricas propiciadoras do trabalho intelectual, Eça de Queirós tornou-se dos maiores prosadores em Língua Portuguesa, alcançando ser, na esteira de Garret, uma espécie de divisor de águas linguístico entre a tradição e a modernidade”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MOISÉS, Massaud. A Literatura Portuguesa. São Paulo: Cultrix, 1965, p. 279. Considerando a passagem citada e os conteúdos o livro-base História da Literatura Universal, no que diz respeito às características da obra de Eça de Queirós, assinale a única alternativa correta: Nota: 0.0 A Eça de Queiróz escreveu romances históricos que resgataram o período medieval português. B Na perspectiva temática, Eça de Queiróz faz críticas à monarquia, à Igreja e à classe burguesa. Comentário: A afirmativa é verdadeira porque “Eça aderiu aos ideais realistas, passando a escrever contra a monarquia, a Igreja e a burguesia. Com linguagem original, rigorosa precisão e naturalidade, expôs o quadro político dos anos 1870” (livro-base, p. 240). C A linguagem utilizada por Eça de Queiróz faz uso de uma linguagem rebuscada, semelhante à estética barroca. D Em O primo Basílio, Eça de Queiróz demonstra um clara influência romântica, ao retratar uma história de amor entre dois primos. E Eça de Queiróz foi um dos principais nomes do Romantismo brasileiro. Questão 6/10 - História da Literatura Leia o fragmento de texto a seguir: “Ainda que Plauto tenha sido muito lido e encenado ao longo dos séculos, ele ainda não é muito conhecido entre nós. No entanto, seus admiradores, reescritores, adaptadores, encenadores e tradutores não analisados neste livro incluem Shakespeare [cuja Comédia dos Erros é uma ampliação multicômica dos Menecmos, de Plauto), Descartes [...], Hobbes [‘o homem é o lobo do homem’ é citação de Plauto [...]), Lessing [...], Ariano Suassuna [cuja magnífica peça O santo e a porca é uma adaptação-reescrita da Aulularia, de Plauto), entre tantos outros”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GONÇALVES, Rodrigo T. Prefácio. In: _______ (org.) A comédia e seus duplos: o Anfitrião, de Plauto. Curitiba: Kötter Editorial; Cotia: Ateliê, 2017, p. 8. Plauto teve muitos admiradores entre os escritores de tradição ocidental. Várias de suas peças foram adaptadas e reescritas. Isso se deve a algumas características importantes de sua obra. Considerando o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal sobre as características da obra de Plauto, assinale a alternativa correta. Nota: 0.0 A Plauto produziu uma obra muito original, representando uma verdadeira ruptura com os grandes autores gregos. B O dramaturgo empregou uma linguagem rebuscada, voltada para os literatos e a elite romana. C Grande encenador, Plauto criou intrigas e complicações tão bem urdidas que renderam inúmeras adaptações. Comentário: A alternativa está correta porque Plauto de fato produziu uma obra popular que atingiu um grande e variado público. Uma das razões disso estava no seu talento de criador de boas intrigas: “[...] O seu teatro ‘é popular; quer fazer rir as massas, e consegue o seu fim, porque Plauto é um sabidíssimo profissional da cena, o criador de todas as intrigas e complicações burlescas para todos os tempos: um gênio do palco’” (livro-base, p. 84, 85) e “A obra de Plauto inspirou muitos outros escritores, entre eles os prestigiados dramaturgos Shakespeare [...] e Molière [...]” (p. 85). D Suas peças enalteciam os feitos dos deuses e ridicularizavam os homens, meros escravos da vontade divina. E Em suas obras, Plauto apresenta personagens de origem humilde (como escravos, por exemplo) apenas com funções figurativas e humorísticas, tendo pouca importância no desenvolvimento da trama. Questão 7/10 - História da Literatura Leia a passagem de texto: “A escola romântica em Portugal comumente é dividida em três momentos que representam a evolução e o amadurecimento deste movimento artístico em terras lusitanas. Moisés afirma que, no primeiro momento, pode-se perceber ainda a influência neoclássica, transcorrendo entre os anos de 1825 e 1838. O segundo momento é marcado pelo chamado ultrarromantismo, em que características como o pessimismo, a melancolia e a temática da morte surgem com mais intensidade, vigorando entre os anos de 1838 e 1860. A terceira fase é representada pela transição para o Realismo e vigorou durante a década de 60”. Após esta avaliação, caso queira ler integralmente o texto, ele está disponível em: MOISÉS, Massaud. A Literatura Portuguesa através dos textos. São Paulo: Cultrix, 2010. p. 251. Considerando a passagem citada e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal sobre o romantismo em Portugal, associe, enumerando, as fases do romantismo português às suas respectivas características (autores, obras ou descrições): 1. Primeira fase do Romantismo português 2. Segunda fase do Romantismo português 3. Terceira fase do Romantismo português ( ) João de Deus resgata o lirismo trovadoresco sem submeter-se às obrigações estéticas românticas. ( ) Almeida Garret escreve a obra Viagens na minha terra, que mistura uma série de gêneros: jornalismo, literatura de viagens, crítica social e história de amor. ( ) O escritor Alexandre Herculano, estudioso da História de Portugal, produz uma obra poética contida em relação ao sentimentalismo e seus romances são escritos sob uma moldura histórica, como Eurico, o Presbítero. ( ) O romance as As pupilas do senhor reitor é a representação do amor vivido sem sofrimento, de forma tranquila e equilibrada, privilegiando o modelo de heroína representado pela “mulher anjo”. ( ) Os romances Amor de Perdição e Amor de Salvação tematizam o confronto entre os desejos sentimentais e as exigências sociais. Agora, marque a alternativa que corresponde à sequência correta: Nota: 0.0 A 1 – 3 – 2 – 1 – 3 B 3 – 3 – 1 – 2 – 1 C 2 – 1 – 3 – 1 – 2 D 1 – 2 – 2 – 3 – 1 E 3 – 1 – 1 – 3 – 2 Esta é a sequência correta, pois João de Deus e Júlio Diniz pertencem à terceira geração romântica [3]: “Quase no final da segunda metade do século XIX, surgiram novas correntes ideológicas de origem francesa que se fundiram com os remanescentes do ultrarromantismo. João de Deus [...] e Júlio Dinis [...] são as maiores figuras desse momento” (livro-base, p. 208); já Almeida Garret e Alexandre Herculano pertencem à primeira geração romântica [1]: “Garret, Herculano e Castilho [...] representam o primeiro momento: ‘românticos em espírito, ideal e ação política e literária, mas ainda clássicos em muitos aspectos [...]’ (p. 201, 202); na segunda geração [2], destaca-se Camilo Castelo Branco, autor de Amor de Perdição e Amor de Salvação (p. 207). Questão 8/10 - História da Literatura Leia o fragmento de texto: “Em seu ensaio machadiano, quase todo voltado a ‘Brás Cubas’ – modelo que segue na maior parte do livro, o da escolha de um romance ou até um personagem de cada ‘gênio’ analisado –, ele reforça outra das ‘maestrias’ do escritor. ‘Divirto-me, e não me entedio, diante da constatação de que, muito em breve, hei de vivenciar o meu próprio esquecimento [...]. ‘Memórias Póstumas', escritas do túmulo, tornam o esquecimento singularmente divertido’[...]”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FOLHA DE S. PAULO. Para Harold Bloom, Machado de Assis é um milagre. Ilustrada, Folha de S. Paulo (versão on-line), 03/05/2003. <http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u32616.shtml>. Acesso em 30 set. 2019. Depois que suas obras começaram a ser traduzidas para o inglês, Machado de Assis começou a ser conhecido pela crítica literária europeia e norte-americana.Assim como Susan Sontag, Julian Barnes, Woody Allen, o crítico britânico Harold Bloom manifestou a admiração pelo escritor brasileiro, que, pouco a pouco, vem sendo lido e colocado lado a lado dos grandes escritores do século XIX. A partir do trecho citado e das informações contidas no livro-base História da Literatura Universal sobre a obra de Machado de Assis, assinale a única alternativa correta: Nota: 0.0 A Ambivalência, humor e ironia são artifícios recorrentes na obra de Machado, como formas de exercício crítico da sociedade. Comentário: A afirmativa está correta, porque Machado de Assis “Tentou não ser convencional, encarou as dificuldades de ser mulato, gago, epilético e tímido e teve como armas o humor, as ambivalências, a oculta sensualidade e a ironia. Memórias póstumas de Brás Cubas é o marco divisor de sua obra. O defunto-autor Brás Cubas exibe peças de cinismo e indiferença com que via montada a história dos homens” (livro-base, p. 245). B Seu estilo sóbrio e convencional o fez ser admirado por seus contemporâneos, que ocuparam as ruas do Rio de Janeiro para acompanhar seu funeral. C O romance Memórias Póstumas de Brás Cubas representa a virada em sua obra, pois, nele, Machado de Assis inaugura sua fase romântica. D Machado de Assis foi um dos grandes representantes da poesia modernista. E Uma marca das obras de Machado de Assis foi a idealização e a nostalgia com que retratou a sociedade do Rio de Janeiro do final do século XIX. Questão 9/10 - História da Literatura Leia o fragmento de texto: “Apesar de não estarem sempre presentes ao mesmo tempo, as características principais mais ou menos comuns a todas as obras da nova narrativa são de natureza linguística, estrutural e temática: linguisticamente, há uma clara e forte presença, ainda que às vezes residual, da variante caboclo-sertaneja da língua portuguesa; estruturalmente, a verossimilhança, típica do romance tradicional, não é respeitada [...]; tematicamente, todas as obras possuem um traço comum: a ação se desenvolve, preponderantemente, no interior, no sertão, em regiões de pequena propriedade ou de criação de gado [...]”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GONZAGA, Sergius. Manual de Literatura Brasileira. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1997, p. 246, 247. O fragmento trata das narrativas nacionais dos anos 1950 e 1960. A essa tendência está ligada a obra de Guimarães Rosa, talvez o romancista brasileiro mais importante do século XX, junto com Clarice Lispector. Baseando-se no trecho acima e na abordagem do livro-base História da Literatura Universal sobre a obra de Guimarães Rosa, é correto afirmar que: Nota: 0.0 A Embora esteja inserido no contexto da nova narrativa agrária, já que o cenário predominante de suas obras é o sertão, a linguagem empregada em sua obra é bastante tradicional, mais ao gosto do romance realista. B Em Grande Sertão: Veredas, sua a obra mais conhecida, é narrada a saga de uma família de retirantes que deixa a fazenda onde vivem e saem em busca de melhores condições de vida, sonhando com um futuro melhor. C Uma das principais características da obra de Guimarães Rosa é a reinvenção de recursos linguísticos, a partir dos quais ele busca reelaborar a expressão oral do homem do sertão. Esta é a alternativa correta, pois, em suas obras, Guimarães Rosa revitaliza “‘[...] recursos da expressão poética: cédulas rítmicas, aliterações, onomatopeias, rimas internas, ousadias mórficas, elipses, cortes e deslocamento de sintaxe, vocabulário insólito, arcaico ou de todo neológico, associações raras, metáforas, anáforas, metonímias, fusão de estilos e oralidade’. [...] recria a linguagem oral com uma musicalidade pontuada de neologismos e poesia ao recontar os mitos do interior do país [...]” (livro-base, p. 302). As demais alternativas estão erradas, pois sua linguagem não é nada tradicional, como se viu; a trama de Grande Sertão não trata da saída de retirantes do sertão fugindo de uma situação de miséria; e é narrado em primeira pessoa por seu protagonista, o jagunço Riobaldo. D Em Grande Sertão: Veredas, a saga de um jagunço no sertão de Minas, narrada em terceira pessoa e amparada na norma padrão, reflete a tensão entre o mundo agrário e a civilização urbana. E O jagunço Diadorim, em Grande Sertão: Veredas, narra, em sua linguagem de sertanejo, as suas peripécias pelo sertão, num tom bem-humorado, no qual se constrói uma paródia do Romance de 30. Questão 10/10 - História da Literatura Leia o fragmento de texto: “Desencadeado como uma reação contra o Classicismo racionalista que constituíra o dogma literário reinante desde o Renascimento – caracterizou-se o movimento romântico por um conjunto de novas ideias, temas literários e tipo de sensibilidade, resultantes de correntes que convergiram paralelamente da Alemanha e da Inglaterra, no curso do século XVIII, durante o período hoje definido como Pré-romantismo”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: COUTINHO, Afrânio; COUTINHO, Eduardo de Faria. A literatura no Brasil – Era romântica. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, Niterói: Universidade Federal Fluminense-UFF, 1986. s. p. O Romantismo teve seu início na Europa, no decorrer do século XVIII, desenvolvendo-se ao mesmo tempo em países diferentes. Entre os autores românticos, havia características estilísticas e temáticas que os associavam, mas, ao mesmo tempo, os diferenciavam. Tendo como referência essas informações e a leitura do livro-base História da Literatura Universal, quanto aos autores representativos do Romantismo, analise as sentenças e, em seguida, assinale (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) para as falsas: I. ( ) A obra de Lord Byron influenciou diversos escritores não só pela Europa, mas também por outros continentes. Na obra desse autor, podem-se perceber características tais como: uma grande ênfase nos sentimentos em desarmonia, os quais são revelados na relação de tensão com o ambiente social. II. ( ) John Keats, poeta inglês, revela em seus poemas a tensão entre a morte e a vida, sendo que o prazer de viver, em alguns poemas, se constitui sobre o sentimento de sensualidade, contrastando com o sentimentalismo romântico. III. ( ) Johann Christoph Friedrich von Schiller, escritor alemão, ficou conhecido por desenvolver uma obra centrada sobre o sentimento de descrença em relação ao homem e à sociedade, caracterizando o pessimismo e o estado de melancolia tão comum nos escritores românticos. IV. ( ) Stendhal, romancista francês, desenvolveu em sua obra uma análise da sociedade francesa, contrastando um estilo objetivo de narrar com o aprofundamento na construção da interioridade e da subjetividade das personagens. Essa característica narrativa do autor resultou na construção do típico herói em conflito, na qual a ênfase na sua individualidade desencadeia o sentimento de desajuste em relação aos valores sociais. Nota: 0.0 A V – F – F – V B F – V – V – V C V – V – F – V As afirmativas I, II e IV são verdadeiras porque a obra de Byron é “[...] permeada de enorme agitação e emoção, que exprime o pessimismo romântico e a tendência a se voltar contra a sociedade e seus pares [...] o byronismo se espalhou pela Europa até as últimas décadas do século XIX [...]” (livro-base, p. 188); a obra de John Keats “transita entre recorrência constante à morte e um apego prazeroso à vida” (p.189); Stendhal “[...] representou as ambições e as contradições da emergente sociedade de classes, destacando sobretudo a análise psicológica das personagens e o estilo direto e objetivo da narração calcada em um novo tipo de herói, tipicamente moderno, caracterizado pelo seu isolamento da sociedade e o seu confronto com as suas convenções e ideais [...]” (p. 192). A afirmativa III é falsa, pois Schiller defendeu os valores humanistas, expressando a crença nos homens e nos bons sentimentos que deveriam uni-los (p. 190, 191). D F – F – V – V E V– V – V – F
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