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resumo escolas literárias

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Escola Estadual Padre José de Anchieta
Objeto de conhecimento: Língua Portuguesa
Profª: Andréia Moura
Semana 5
Literatura no Enem: como estudar a disciplina para a prova
Apesar de não cobrar uma lista específica de livros, o foco do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de é abordar o conhecimento sobre as escolas literárias do Brasil. “Além de saber as obras clássicas de cada período, é importante que o candidato tenha um ponto de vista crítico sobre elas”, diz o professor de literatura Carlos Gontijo em entrevista à GALILEU.
Essa é a hora de unir o conhecimento adquirido com as obras literárias lidas no ensino médio com a análise crítica do período em que foram escritas. Para começar, Gontijo recomenda que os estudantes leiam pelo menos três resenhas de cada livro clássico, dando preferência para àquelas que discutem o contexto das narrativas e do Brasil no momento em que foram publicadas pela primeira vez.
Abaixo, separamos um resumo das principais características de cada escola literária. Vale prestar atenção no modernismo, período preferido dos avaliadores do Enem. E se surgir alguma questão na prova com autores contemporâneos, não se esquente. “Nesse caso é só interpretação do próprio trecho do texto apresentado na questão”, explica a professora Maria Catarina Borges, coordenadora de equipe de redação do Colégio Poliedro de São José dos Campos, em São Paulo.
Relembre as escolas literárias:
1 - Quinhentismo (Século XVI)
A produção do período quinhentista está voltada para a literatura informativa, principalmente por meio de relatos de viagens dos europeus encantados e assombrados diante de uma nova terra. O valor é mais histórico do que literário. Além disso, o período é marcado pela literatura jesuítica e materiais para a catequização.
Principais autores:
- Pero Vaz de Caminha:
Escreveu “Carta ao Rei Dom Manuel” em 1500 para relatar a chegada ao Brasil.
- Padre José de Anchieta:
Escreveu textos religiosos e para teatro com destaque para a moral cristã e clara divisão entre o bem o mal.
- Padre Manuel da Nóbrega:
Coordenou a primeira missão jesuítica ao Brasil e escreveu relatos aos superiores.
2 - Barroco (Século XVII)
A literatura barroca é marcada pelo conflito entre matéria e espírito, o apelo à religião, ao sobrenatural e ao misticismo, bem como o exagero e a extravagância. O contexto aborda a dominação espanhola no Brasil e a sombra da inquisição, que condenou o Padre Antônio Vieira por seus textos. A poesia satírica também é um dos elementos de destaque do período.
Principais autores:
- Bento Teixeira:
Autor de Prosopopéia, obra que é o marco da introdução do barro no Brasil.
- Gregório de Mattos:
As poesias do escritor baiano também conhecido como "Boca do Inferno" possuem diferentes facetas: lírica, satírica e religiosa – esta última em sua maturidade literária.
- Padre Antônio Vieira:
Talvez o mais polêmico dos autores, Vieira é autor do Sermão de Santo Antônio ou dos Peixes e foi preso pela inquisição de 1665 a 1667.
3 - Arcadismo (Século XVIII)
A produção desta escola literária tem como características o predomínio da razão, o objetivismo e o universalismo. A natureza é utilizada como constante plano de fundo e a imitação da cultura clássica greco-latina também. A linguagem é simples e majoritariamente descritiva, sem subjetivismo.
Principais autores:
- Cláudio Manuel da Costa – Obras Poéticas
- Santa Rita Durão – Caramuru
- Tomás Antônio Gonzaga – Marília de Dirceu
4 - Romantismo (Século XIX)
O romantismo pode ser dividido em três gerações: a primeira possui influências neoclássicas e aborda questões históricas e políticas. O subjetivismo é extremo, a produção é medievalista e nacionalista, com bastante idealização da mulher. A segunda fase é marcada pelo pessimismo, sentimentalismo exagerado e irracionalismo. Já a terceira inicia a transição para o realismo e há uma diluição das características românticas.
Principais autores:
1.ª fase: Gonçalves Dias – Canção do Exílio
2.ª fase: Álvares de Azevedo – Lira dos Vinte Anos
3.ª fase: Castro Alves – O Navio Negreiro
5 - Naturalismo (Segunda metade do século XIX)
No contexto do naturalismo é necessário observar os pensadores contemporâneos daquela época: August Conte com o positivismo, o evolucionismo de Charles Darwin, o surgimento da psicanálise com Sigmund Freud, o determinismo do meio com Hippolyte Taine e a luta pela emancipação do proletariado com Karl Marx. Isso significa uma preocupação com uma descrição objetiva da realidade e a busca pela verdade, marcada pelo determinismo biológico.
Principais autores:
- Aluísio de Azevedo – O Cortiço
6 - Realismo (Segunda metade do século XIX)
Esta escola literária é marcada pela objetividade, a descrição da realidade, a narrativa de ação e aventura. A mulher é vista com seus defeitos e qualidades, já a linguagem, é culta e direta.
Principais autores:
- Machado de Assis – Memórias Póstumas de Brás Cubas, Dom Casmurro, O Alienista.
7 - Simbolismo  (Fim do século XIX)
Escola pautada pelo subjetivismo, pessimismo e a dor de existir. A linguagem é vaga, fluida e busca sugerir em vez de nomear. O uso de figuras de linguagem como metáforas, comparações, aliterações (repetições de sons iguais ou semelhantes) e assonâncias (repetir sons de vogais em verso ou frase) e sinestesias (mistura de diferentes sensações) é frequente.
Principais autores:
- Cruz e Souza – Tropos e Fantasias
- Alphonsus de Guimarães – Setenário das Dores de Nossa Senhora
8 - Parnasianismo (Final do século XIX e início do XX)
O gosto pela descrição nítida, as concepções tradicionais sobre ritmo e rima, além do ideal da impessoalidade são as características principais das obras parnasianas. O culto à forma é fundamental: os autores desta escola estão preocupados em fazer a arte pela arte, sem discutir questões sociais.
Principais autores:
- Olavo Bilac – Tratado de Versificação
9 - Pré-modernismo (Até a semana de 1922)
No começo do século a literatura passa por um momento de transição em que as escolas mais recentes convivem por igual importância, ao mesmo tempo em que os autores buscam apresentar coisas novas. É um período eclético: há a ascensão da burguesia urbana e diversas agitações de operários imigrantes no começo da industrialização do país, que aos poucos substituia o foco na produção de café para uma diversificação econômica.
Principais autores:
- Euclides da Cunha – Os Sertões
- Monteiro Lobato – Reinações de Narizinho
- Lima Barreto – Triste Fim de Policarpo Quaresma
- Augusto dos Anjos – Eu
- Graça Aranha – Canaã
10 - Modernismo
O período modernista é dividido em três etapas: na primeira, chamada de fase heroica, existe a busca por uma ruptura com a preocupação das estruturas clássicas no parnasianismo e o simbolismo. Há grande influência de movimentos de vanguarda como o dadaísmo, cubismo e surrealismo.
Na segunda fase, há uma consolidação de estruturas e um forte caráter regionalista na produção. Já na terceira, a literatura está mais próxima das questões existenciais e ainda que fale do regionalismo, como Guimarães Rosa em Sagarana, a intenção é partir do regional para falar do universal.
Principais autores:
Primeira fase
- Manuel Bandeira – Libertinagem; Lira dos Cinquent'anos, Estrela da Vida Inteira (poesia), Crônicas da Província do Brasil.
- Mário de Andrade – Lira Paulistana (poesia), Macunaíma (rapsódia), Amar, verbo intransitivo (romance).
- Oswald de Andrade – O Rei da Vela.
Segunda fase:
- Carlos Drummond de Andrade – Claro Enigma.
- Cecília Meirelles – Espectros.
- Érico Veríssimo – O Tempo e o Vento, Incidente em Antares.
- Graciliano Ramos – São Bernardo, Vidas Secas.
- Jorge Amado – Capitães de Areia, O Cavaleiro da Esperança, Gabriela, cravo e canela.
- Rachel de Queiróz –  Quinze.
Terceira fase:
- Guimarães Rosa – Sagarana.
- Clarisse Lispector – A Hora da Estrela.

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