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DIREITO PUBLICO - RESENHA

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Aline Sthéfani de Melo
Pós Graduação em Contabilidade, Direito e Economia com ênfase na Gestão Pública
Disciplina: Direito Público
Exerção do Direito Público
1. DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO
O Direito Público é formado pelo paradoxo ao Direito Privado, pois um só existe com a presença do outro, ou melhor naquilo que o Direito Público não remota seus estudos cabe ao direito privado. Desse modo, para se obter o conceito de um é necessário se estabelecer a definição de seu contradito.
O professor Celso Antonio Bandeira de Mello define Direito Público,
Inversamente, o Direito Público se ocupa de interesses da Sociedade como um todo, interesses públicos, cujo atendimento não é um problema pessoal de quem os esteja a curar, mas um dever jurídico inescusável. Assim não há espaço para a autonomia da vontade, que é substituída pela ideia de função, de dever de atendimento do interesse público.[footnoteRef:2] [2: MELLO, 2012, p.28.] 
Com a mesma propriedade, o autor define Direito Privado,
É, então, governado pela autonomia da vontade, de tal sorte que nele vige o princípio fundamental de que as partes elegem as finalidades que desejam alcançar, prepõem-se (ou não) a isto conforme desejem e servem-se para tanto dos meios que elejam a seu alvedrio, contanto que tais finalidades ou meios não sejam proibidos pelo Direito.[footnoteRef:3] [3: MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 29ª ed. rev. e atua. Malheiros: São Paulo, 2012, p.27] 
Como bem enumera o renomado autor, o Direito Privado pauta-se pela autonomia de vontade, ou seja, a liberdade que as pessoas têm de praticar tudo aquilo que não é defeso em lei. Já o Direito Público se vincula ao interesse público, ao atendimento das necessidades da Sociedade e não apenas aos problemas pessoais. Investe-se, então, de uma função, que, no entendimento do autor, é o atendimento aos interesses públicos.
Ressalta-se o entendimento do clássico doutrinador de Direito Administrativo, Hely Lopes Meirelles, o qual também traz a diferenciação de Direito Público e Direito Privado, fazendo a divisão daquele em interno e externo. No entendimento do autor, “O Direito Público Interno visa a regular, precipuamente, os interesses estatais e sociais, cuidando só reflexamente da conduta individual”.[footnoteRef:4] Hely Lopes ainda indica algumas matérias inerentes ao Direito Público Interno, como Direito Constitucional, Direito Tributário, Direito Penal, e nesse ramo que insere o Direito Administrativo. O Direito Público Externo, no conceito do autor, “destina-se a reger as relações entre os Estados Soberanos e as atividades no plano internacional.”[footnoteRef:5] [4: MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 27ª ed. São Paulo: Malheiros, 2000, p. 36.] [5: MEIRELLES. 2000, p. 36.] 
Já o Direito Privado, na visão de Hely Lopes Meirelles,
[...] tutela predominantemente os interesses individuais, de modo a assegurar a coexistência das pessoas em sociedade e a fruição de seus bens, quer nas relações de indivíduo a indivíduo, quer nas relações do indivíduo com o Estado. Biparte-se o Direito Privado em Direito Civil e Direito Comercial.[footnoteRef:6] [6: MEIRELLES. 2000, p. 36.] 
Edmir Netto de Araújo, em sua obra Curso de Direito Administrativo, também conceitua e diferencia Direito Público de Direito Privado, vejamos,
Direito privado, que tutela predominantemente as relações jurídicas entre particulares, pessoas físicas (indivíduos) ou jurídicas (empresas, fundações, sociedades), sejam essas relações de ordem patrimonial ou pessoal. Aqui encontramos, principalmente, disciplinas mais antigas, como Direito Civil e o Direito Comercial, além do Direito do Trabalho, que alguns colocam na esfera do direito público e outros, como um tertium genus, entre os dois.[footnoteRef:7] [7: ARAÚJO. Edmir Netto de. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 2.] 
E,
Direito público refere-se às relações em que predominam os interesses de ordem pública, das quais o Estado participa usando de suas prerrogativas de autoridade e soberania. As regras, nesse campo, disciplinam a vida da comunidade como tal considerada, o relacionamento dos particulares com a entidade que os congrega em coletividade (‘Estado’), ou mesmo entre esta e os indivíduos que para ela trabalham, ou ainda as relações entre Estados distintos, regulando, portanto, os interesses estatais e sociais, mas só reflexamente os individuais.[footnoteRef:8] [8: ARAÚJO, 2005, p. 3.] 
O autor também divide Direito Público em externo e interno, sendo aquele quando disciplina relações entre Estados soberanos e atividades no plano internacional, e interno quando disciplina atividades dentro dos limites em que cada Estado exerce sua soberania, tutelando então os interesses sociais e estatais, e disciplinando suas estruturas políticas, jurídicas e administrativas.[footnoteRef:9] [9: ARAÚJO, 2005, p. 3.] 
Conclui-se então que o Direito divide-se em duas grandes áreas, Direito Privado e Direito Público, onde aquele disciplina as relações particulares, tanto de cunho pessoal como patrimonial entre pessoas e suas instituições, como empresas, fundações, associações, família, entre outras; e o Direito Público se divide em outras duas subáreas: Direito Público Externo que regula as relações diplomáticas do seu Estado com outros Estados ou com Instituições Internacionais; e Direito Público Interno que organiza e disciplina a própria estrutura e funcionamento do Estado, assim como, a relação do Estado com seus administrados.
2. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO
O Direito Internacional Público atua sobre a interação entre as nações, como os acordos e tratados entre países. Organismos como a ONU (Organização das Nações Unidas) e a OMC (Organização Mundial do Comércio) seguem as normas do Direito Internacional Público.
O Direito Internacional Privado também é uma forma de Direito Público, isto porque disciplina leis e normas públicas acerca de relações privadas entre pessoas jurídicas ou físicas em diferentes países, já que há divergências entre as leis de país para país. Com uma lei internacional pública a regulamentar uma situação privada, protege-se os interesses e relações de ambos os lados.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Do exposto, podemos concluir que o direito público é formado por normas que possuem um grande foco social e organizacional do Estado. Nesse ramo do direito existe uma relação vertical entre o Estado e o indivíduo, ou seja há uma hierarquia na qual o Estado é superior ao indivíduo porque representa os interesses da coletividade contra interesses individuais. O Estado possui esse status superior em razão da guarda do direito coletivo que exerce, garantindo a seus particulares os direitos de liberdade, segurança e também oferece a eles serviços sociais.
As leis dentro do direito público são imperativas, ou seja, não existe opção de escolha: todos estamos sujeitados a elas, pois assinamos um contrato social, conforme entendem os contratualistas Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau, quando nos sujeitamos a uma constituição a nos garante direitos, também nos impões limitações. Se todos escolhêssemos quais direitos públicos seguir ou não, a vida em sociedade se tornaria um caos. Por isso são normas obrigatórias que todos devemos seguir já que a lei não poderia ser personalizada de acordo com a vontade de cada um.

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