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Unidade IV - Economia Monetária - Revista bibliografia

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Curso Técnico em Secretariado 
 
 
 
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 ECONOMIA e MERCADO 
Unidade IV 
Sistema Financeiro Nacional 
 
 
 
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Unidade II – Sistema Financeiro Nacional 
Economia Monetária 
Moeda 
Sua história e suas modalidades 
Funções e tipos de moeda 
Sistema financeiro 
Inflação 
O setor externo 
Balanço de pagamentos 
Economia política 
Economia e história 
Economia e geografia 
 
 
 Bibliografia básica 
 A bibliografia complementar encontra-se na Unidade V, última desta disciplina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE IV – SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 
ECONOMIA MONETÁRIA 
MOEDA: SUA HISTÓRIA E SUAS MODALIDADES 
 
Em economia, moeda é o meio pelo qual são efetuadas as transações monetárias. Esse meio varia no 
tempo e entre as culturas. Vai desde a utilização de uma peça de metal cunhada pelo governo até as 
mais sofisticadas formas de transação. Monetária são coisas, ações relativas à moeda. O uso da 
moeda nas economias em que vivemos é de tal forma generalizado que setor na difícil imaginar o 
funcionamento de um sistema econômico em que não existam instrumentos monetários. 
 
Mas existiam grupos que não utilizavam moeda. Esses primeiros agrupamentos, em geral nômades, 
sobreviveram sob padrões bastante simples de atividade econômica. Eram grupos que não 
conheceram a moeda e, quando recorriam a atividades de troca, realizavam trocas em espécie, ou 
seja, trocavam mercadorias por mercadorias. 
 
A prática de troca de mercadorias ou serviços, sem fazer uso de moeda, denomina-se escambo. 
Antes da existência da moeda, o fluxo de trocas de bens e serviços na economia dava-se por meio do 
escambo, com trocas diretas de mercadoria por mercadoria. No entanto, vários eram os transtornos 
causados pela falta da moeda como, por exemplo, a questão da divisibilidade do bem para a troca por 
outro, ou seja, quando se tinha que dividir uma mercadoria para comprar uma unidade inteira de 
outra. 
À medida que a economia foi se desenvolvendo, aumentando as trocas, surgiu a necessidade do 
aperfeiçoamento dos instrumentos de troca. 
 
Com a evolução da sociedade, certas mercadorias passaram a ser aceitas por todos,por suas 
características peculiares ou pelo próprio fato de serem escassas. 
 
Por exemplo, o sal, que por ser escasso, era aceito na Roma Antiga como moeda. Em diversas épocas 
e locais diferentes, outros bens assumiram idêntica função. Portanto, a moeda mercadoria constitui a 
forma mais primitiva de moeda na economia. Com a evolução do comércio, os metais preciosos 
 
 
 
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passaram a assumir a função de moeda por diversas razões: são limitados na natureza, possuem 
durabilidade e resistência, são divisíveis em peso. Os metais preciosos tiveram o papel de moeda por 
muito tempo. 
 
Nosso atual papel-moeda teve origem na moeda-papel. As pessoas de posse de ouro, por questões de 
segurança, o guardavam em casas especializadas, onde os ourives – pessoas que trabalhavam com 
ouro e prata – emitiam certificados de depósitos dos metais. 
 
Ao adquirir bens e serviços, as pessoas podiam então fazer os pagamentos com esses certificados, já 
que, por serem transferíveis, o novo detentor do título poderia retirar o montante correspondente de 
metal junto ao ourives. 
Mais tarde, com a criação dos Estados nacionais aparece o papel-moeda. Cada Estado passou a emitir 
seu papel-moeda, sendo este lastreado (garantido) em ouro (padrão ouro). O ouro, contudo, era um 
metal com reservas limitadas na natureza, e como a capacidade de emitir moeda estava vinculada à 
quantidade de ouro existente, o padrão ouro assou a apresentar um obstáculo à expansão das 
economias nacionais e do comércio internacional, ao impor um limite à oferta monetária. 
 
A partir de 1920, o padrão ouro foi abandonado, e a emissão de moeda passou a ser livre, ou a 
critério das autoridades monetárias de cada país. Assim, a moeda passou a ser aceita por força de lei, 
denominando-se moeda de curso forçado ou moeda fiduciária (na qual se pode confiar). 
 
Pode-se conceituar moeda como um instrumento ou objeto que é aceito pela coletividade para 
intermediar as transações econômicas, para pagamento dos bens, serviços e fatores de produção. 
Essa aceitação é garantida por Lei, ou seja, a moeda tem “curso forçado”. Representa liquidez 
imediata para quem a possui, pois pode ser trocada por outras mercadorias e/ou serviços. É a única 
forma irrecusável para quitação de obrigações. 
 
 
 
 
 
 
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FUNÇÕES E TIPOS DE MOEDA 
 
As principais funções da moeda são: 
• Instrumento ou meio de troca – serve para intermediar a troca de bens, serviços e fatores de 
produção da economia; 
• Denominador comum monetário – possibilita que sejam expressos em unidades monetárias os 
valores de todos os bens e serviços produzidos pelo sistema econômico. É um padrão de medida; 
• Reserva de Valor – a moeda representa liquidez imediata. Pode ser acumulada para a aquisição 
de um bem ou serviço no futuro. Ou seja, pode ser guardada para render valor no futuro; 
• Padrão para pagamento diferido – a moeda pode ser utilizada para pagamentos de contas em 
períodos diferentes. 
 
Tipos de Moeda: 
 
• Moedas metálicas: são emitidas pelo Banco Central, constituem pequena parcela da 
oferta monetária e visam facilitar as operações de pequeno valor; 
• Papel-moeda: são emitidas pelo Banco Central e representam parcela significativa da 
quantidade de dinheiro em poder do público. Quando juntamos as moedas metálicas e o 
papel-moeda em poder do público denominamos de moeda manual. 
• Moeda escritural: é representada pelos depósitos à vista nos bancos comerciais. Pode ser 
representada por cheques, ordens de pagamento, letras ce câmbio, etc. 
• Moeda Fiduciária: Sua origem vem dos antigos Ourives (precursores dos bancos) que 
aceitavam depósitos em ouro. No início, os recibos dos depósitos correspondiam 
exatamente à quantidade de ouro mantida nos cofres. Mas, ao observarem que esses 
recibos passavam por várias mãos antes de serem descontados, os ourives e posteriormente 
os banqueiros passaram a emitir por sua conta recibos em maior quantidade que os 
depósitos de ouro recebidos em seus cofres; o valor desses recibos seria “Confiança” 
(Fidúcia em latim) do banco emissor. 
 
 
 
 
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SISTEMA FINANCEIRO. 
 
Sistema Financeiro Nacional é a estrutura institucional que regulamenta, supervisiona e opera as 
intermediações financeiras, incluídas as dos consórcios, os negócios com valores mobiliários, os 
seguros e a previdência complementar. 
 
Compõem o Sistema Financeiro Nacional: 
 
I - Órgãos Normativos: 
a) Conselho Monetário Nacional (CMN); 
b) Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP); 
c) Conselho de Gestão da Previdência Complementar (CGPC). 
 
II - Entidades Supervisoras: 
a) Banco Central do Brasil (Bacen); 
b) Comissão de Valores Mobiliários (CVM); 
c) Superintendência de Seguros Privados (Susep); 
d) Instituto de Resseguros do Brasil (IRB Brasil); 
e) Secretaria de Previdência Complementar (SPC). 
 
III - Agentes operadores do sistema: 
a) Bancos comerciais ou múltiplos, captadores de depósitos à vista; 
b) Bancos de investimentos e demais instituições financeiras operadoras depoupanças e 
empréstimos; 
c) Caixas Econômicas; 
d) Cooperativas de crédito; 
e) Intermediários financeiros e administradores de recursos de terceiros; 
f) Bolsa de mercadorias e de futuros; 
g) Bolsa de valores; 
h) Sociedades seguradoras; 
i) Sociedades de capitalização; 
 
 
 
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j) Entidades abertas de previdência complementar; 
k) Entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão). 
 
No âmbito do sistema financeiro, qualquer entidade pública tem o mesmo tratamento como se 
privada fosse, isto é, sem privilégio algum, como é o caso do Banco do Brasil. A lei é igual para todas. 
O Sistema financeirodispõe de diversas modalidades de créditos para investimentos que podem estar 
ligados aos seguintes mercados: 
 
Mercado monetário: neste são realizadas as operações de curtíssimo prazo com a finalidade de suprir 
as necessidades de caixa dos diversos agentes econômicos, como os empréstimos para as pessoas 
físicas; 
 
Mercado de crédito: neste são atendidas as necessidades de recursos de curto, médio e longo prazos, 
principalmente oriundas da demanda de crédito para aquisição de bens de consumo durável e da 
demanda de capital de giro das empresas. Ex.: crédito rápido, desconto de duplicatas, etc. Também 
engloba os financiamentos de longo prazo, como o Finame etc.As pessoas envolvidas no mercado de 
crédito são chamadas de credores e devedores. 
 
Mercado de Capitais: procura suprir as exigências de recursos de médio e de longo prazos, 
principalmente com vistas à realização de investimentos em capital. Ex.: compra e venda de ações, 
debêntures, etc. 
 
Mercado Cambial: nele são realizadas a compra e a venda de moeda estrangeira, para atender a 
diversas finalidades, como a compra de câmbio, para importação; a venda por parte dos 
exportadores; e venda/compra, para viagens de turismo. 
 
Mercados Primários e Secundários: Os primários são aqueles em que se realiza a primeira 
compra/venda de algum ativo recém emitido; os secundários caracterizam-se por negociarem ativos 
financeiros já negociados anteriormente. 
 
 
 
 
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Mercados à vista, futuros e opções: Os mercados à vista negociam apenas ativos com preços à vista; 
os mercados futuros negociamos preços esperados de certos ativos e de mercadorias para 
determinada data futura e os mercados de opções negociam opções de compra/venda de 
determinados ativos em data futura. 
 
INFLAÇÃO 
 
A Definição e Medida da Inflação. 
A inflação ou instabilidade de preços é definida como um aumento persistente e generalizado no 
índice de preços, ou seja, são aumentos contínuos de preços. 
As fontes de inflação diferem em função das condições de cada país, em virtude de alguns aspectos, 
como: 
a) Tipo de estrutura de mercado – se concorrencial, monopolista ou oligopolista, dependendo do 
mercado há um condicionamento da capacidade dos vários setores repassarem aumentos de 
custos aos preços dos produtos; 
b) Grau de abertura da economia ao exterior – quanto mais aberta a economia à competição 
externa, maior a concorrência interna entre fabricantes, e menores os preços dos produtos; e 
c) Estrutura das organizações trabalhistas – onde quanto maior o poder de barganha dos 
sindicatos, maior a capacidade de obter reajustes de salários acima dos índices de produtividade e 
maior a pressão sobre os preços. 
 
As Consequências da Inflação: 
 
As conseqüências da inflação variam com a intensidade e com a velocidade do processo de alta dos 
preços. Uma baixa variação de preços, dita discreta, produz efeitos econômicos assimiláveis, em 
alguns casos até despercebidos pelos consumidores. O quadro de relativo conforto começa a alterar-
se à medida que o processo de alta de preços se torna mais intenso atingindo os fatores de produção, 
os produtos, as categorias de renda e os estratos socioeconômicos. A inflação corrói o poder de 
compra do salário nominal recebido pelo trabalhador, pela população. 
 
 
 
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As inflações intensas podem produzir graves efeitos redistributivos sobre a renda agregada e as 
riquezas acumuladas. Esses efeitos dependem da intensidade do processo e dos mecanismos de 
defesa acionados. No limite, podem destruir as bases do ordenamento econômico, ao atingirem as 
funções monetárias ou a confiança do público em quaisquer formas de haveres financeiros (moeda, 
títulos,cadernetas de poupança, etc.). 
 
Algumas das suas consequências podem ser: 
 
• Destruição da moeda, com sua capacidade de reserva de valor e de sua utilidade como meio de 
pagamento; 
• Destruição da estrutura e da logicidade do sistema de trocas; 
• Desarticulação de suprimentos nas cadeias produtivas; 
• Regressão das atividades produtivas à linha de subsistência; 
• Queda vertiginosa do nível de emprego; 
• Ruptura do tecido social; 
• Ruptura político-institucional, onde o governo perde o controle da situação. 
 
Não há uma única teoria que seja capaz de explicar todos os tipos de inflação. Eles são muitos e, 
geralmente, são diferenciados por qualificativos que remetem às causas, às magnitudes dos processos 
de alta e suas características visíveis. 
Os principais troncos teóricos que procuram explicar a inflação podem ser agrupados em: inflação de 
demanda, inflação de custos e inflação inercial. 
 
Inflação de Demanda e Inflação de Custo 
 
Uma das principais explicações teóricas da inflação sustenta que as altas generalizadas de preços 
resultam de uma procura ou demanda agregada excessiva em relação à capacidade de oferta da 
economia, ou seja, refere-se ao excesso de demanda agregada em relação à produção disponível de 
bens e serviços. 
Neste caso, a procura exacerbada empurra os preços para cima, dando origem a uma espiral de alta, 
tanto mais intensa quanto menor for a capacidade ociosa da economia. 
 
 
 
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Nesta situação, aumentos da demanda agregada de bens e serviços conduzem a elevações de preços. 
As inflações resultantes de gastos excessivos por parte dos consumidores podem originar-se tanto do 
setor real (do próprio consumo da população), quanto no setor monetário da economia (onde o 
governo estimula o consumo colocando mais dinheiro no mercado, via taxas de juros baixas e com 
maior crediário). 
 
Tal fato pode resultar do receio de falta de produtos, por parte dos produtores, ou pode originar-se 
da inadequada condução da política monetária, levando à maior oferta de moeda e à multiplicação 
dos meios de pagamento em escalas mais que proporcionais à capacidade efetiva de geração de bens 
e serviços. 
 
Neste caso, uma solução para combater este tipo de inflação poderia ser o arrocho salarial, 
impedindo, assim, que as pessoas demandem bens e serviços, resultando em baixa pressão sobre os 
preços ou outras medidas que impeçam as pessoas de adquirir bens e serviços, reduzindo a pressão 
sobre os níveis de preços. 
 
A inflação de custos caracteriza-se por movimentos de alta de preços originários da expansão dos 
custos dos fatores (terra, capital e trabalho) mobilizados no processamento da produção de bens e 
serviços. Este tipo de inflação pode ser associado a uma inflação de oferta. O nível de demanda 
permanece o mesmo, mas os custos de certos fatores importantes aumentam. 
Esse tipo de inflação pode originar-se: 
 
• da expansão de tributos indiretos cobrados pelo governo, que desencadeia um processo de alta 
que se auto alimentará em espiral; 
• da expansão dos custos do fator trabalho que pode dar origem a altas generalizadas; 
• da ampliação das margens de lucro, ainda que setorialmente localizadas, podendo propagar-se 
ao longo da cadeia de produção, elevando os preços. 
 
Em síntese, os aumentos de salários e dos preços das matérias-primas representam um causador da 
inflação de custos. Os efeitos desse processo inflacionário podem influenciar no perfil da distribuição 
 
 
 
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da renda, no balanço de pagamentos, nas finanças públicas e, até mesmo, nas expectativas das 
empresas. 
 
A inflação inercial ou inércia inflacionária fundamenta-se na capacidade de autopropagação da 
inflação e na prática generalizada da indexação – na correção dos custos dos fatores e dos preços dos 
produtos - indefinidamente, pelos índices da inflação passada, para que se mantenha a estrutura dos 
preços relativos e se recomponha a capacidade de compra das remunerações pagas. 
 
A concepção da inflação inercial pressupõe expectativas compulsivas que levam à remarcação 
contínua de preços, à indexação de contratos e a um tipo de convivência com o processo de alta 
aceito e praticado por todos os agentes econômicos.Existe, ainda, a inflação administrada, onde as empresas monopolistas ou oligopolistas aumentam 
seus preços com objetivo de lucrarem mais. Nesse caso, os consumidores não têm alternativa senão 
deixar de consumir os produtos fabricados por tais empresas se não quiserem pagar mais por eles. 
 
O SETOR EXTERNO 
 
Comércio externo é o conjunto de atividades mercantis (comerciais), realizadas entre países 
diferentes. Muitas explicações podem ser levantadas para explicar por que os países comercializam 
entre si. Dentre essas, destacam-se a diversificação de condições de produção e a possibilidade de 
redução de custos na produção de determinado bem vendido para um mercado global. 
 
Os economistas clássicos forneceram a explicação teórica básica para o comércio internacional 
através do chamado Princípio das Vantagens Comparativas. 
 
Esse princípio sugere que cada país deva se especializar na produção daquela mercadoria em que é 
relativamente mais eficiente (ou que tenha um custo relativamente menor). Essa será, portanto, a 
mercadoria a ser exportada. 
 
 
 
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Por outro lado, esse mesmo país deverá importar aqueles bens cuja produção implicar um custo 
relativamente maior (cuja produção é relativamente menos eficiente). Desse modo, explica-se a 
especialização dos países na produção de bens diferentes, a partir da qual concretiza-se o processo de 
troca entre eles. 
 
A Teoria das Vantagens Comparativas foi formulada por David Ricardo em 1817. 
 
A teoria desenvolvida por Ricardo fornece uma explicação para os movimentos de mercadorias no 
comércio internacional, a partir da oferta ou dos custos de produção existentes nesses países. Logo, 
os países exportarão e se especializarão na produção dos bens cujo custo for comparativamente 
menor em relação àqueles existentes, para os mesmos bens, nos demais países exportadores. 
 
BALANÇO DE PAGAMENTOS 
 
Balanço de Pagamentos é o registro estatístico-contábil de todas as transações econômicas realizadas 
entre os residentes do país com os residentes dos demais países. Desse modo, estão registrados no 
balanço de pagamentos, por exemplo, todas as exportações e importações de mercadorias do 
período considerado: os fretes, os seguros, os empréstimos obtidos no exterior, ou seja, todas as 
transações com mercadorias, serviços e capitais físicos e financeiros entre o país e o resto do mundo. 
O balanço de pagamentos apresenta as seguintes subdivisões: 
 
Balança Comercial – Essa conta compreende, basicamente, o comércio de mercadorias (Importações 
e Exportações). 
 
Balanço de Serviços – Registram-se todos os serviços pagos e/ou recebidos pelo Brasil, tais como: 
fretes, seguros, lucros, juros, royalties e assistência técnica, viagens internacionais. 
 
Transferências unilaterais – registram-se as doações financeiras ou não interpaíses. 
 
 
 
 
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Balanço de Transações Correntes – representa o somatório dos balanços - comercial, de serviços e de 
transferências unilaterais, resultando no saldo em conta corrente e/ou 
balanço de transações correntes. 
 
Movimento de Capitais ou Balanço de Capitais – Na conta de capital aparecem as transações que 
produzem variações no ativo e no passivo externos do país. Elas caracterizam a posição de devedora 
ou credora, perante o resto do mundo. As contrapartidas financeiras das exportações e importações 
de mercadorias e serviços e as transações financeiras puras, como ações e quota-parte do capital das 
empresas, títulos de outros países, empréstimos em moeda,investimentos e amortizações são 
registradas nesta conta. 
 
ECONOMIA E POLÍTICA 
 
A economia e a política são áreas bastante interligadas. A política fixa as instituições sobre as quais se 
desenvolverão as atividades econômicas. Nesse sentido, a atividade econômica se subordina à 
estrutura e ao regime político do país. As prioridades de política econômica (crescimento, distribuição 
de renda, estabilização) são determinadas pelo poder político. No regime democrático, as diretrizes 
de política econômica são dadas pelo povo, que elege o partido político escolhido pela população. 
Num regime autoritário, as prioridades são estabelecidas pela vontade dos detentores do poder. 
 
Por outro lado, a estrutura política se encontra muitas vezes subordinada ao poder econômico. 
Citemos apenas alguns exemplos: 
Política do “café com leite” antes de 1930, quando Minas Gerais e São Paulo dominavam o cenário 
político do país. 
• Poder econômico dos latifundiários; 
• Pode dos oligopólios e monopólios; 
• Poder das corporações estatais; 
• Poder do sistema financeiro; 
• Poder sindical. 
 
 
 
 
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ECONOMIA E HISTÓRIA 
A pesquisa histórica é extremamente útil e necessária para a Economia, pois facilita a compreensão 
do presente e ajuda nas previsões. As guerras e revoluções, por exemplo, alteraram o 
comportamento e a evolução da Economia. 
 
Por outro lado, também os fatos econômicos afetam o desenrolar da história. Alguns importantes 
períodos históricos são associados a fatores econômicos, como os ciclos do ouro e da cana-de-açúcar 
no Brasil, e a Revolução Industrial, a quebra da Bolsa de Nova York (1929), a crise do petróleo, que 
alteraram profundamente a história mundial. Em última análise, as próprias guerras e revoluções são 
permeadas por motivações econômicas. 
 
ECONOMIA E GEOGRAFIA 
 
A geografia não é mais é o mais simples registro de acidentes geográficos e climáticos. Ela nos 
permite avaliar fatores muito úteis à análise econômica, como as condições geoeconômicas dos 
mercados, a concentração espacial dos fatores produtivos, a localização de empresas e a composição 
setorial da atividade econômica. 
 
Atualmente, algumas áreas de estudo econômico, estão relacionadas diretamente com a geografia, 
como a economia regional, a economia urbana, as teorias de localização industrial e a demografia 
econômica. 
 
...ooo0ooo... 
Encerramos nossos estudos da Unidade IV. A próxima será nossa última nesta disciplina. 
É importante que você faça os exercícios postados na sala de aula e que participe das discussões no 
fórum com o professor/tutor e a turma. 
 
 
 
 
 
 
 
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Bibliografia básica: 
MANKIW, N. Gregory, Introdução à Economia, 2019. 
ROSSETTI, José Paschoal, Introdução à Economia , 2016.

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