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Raiox, ultrassom, RM

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Laura Mendes Martins 
Diagnóstico por Imagem 
 
Raio X 
 
Introdução à Radiologia 
 A partir de Roentgen, outros métodos foram descobertos, como a tomografia computadorizada 
(1970), o ultrassom (II guerra mundial) e mais tarde a Ressonância Magnética 
 
Definições: 
 São uma forma de radiação eletromagnética parecida com a luz visível mas de menor 
comprimento de onda; 
 É uma gravação fotográfica visível, em filme, produzida pela passagem de raios X através de um 
objeto ou corpo; 
 Apresenta 2 aspectos de ser comportamento uma como onda e outra como partícula; 
 
A radiografia torna possível estudar as estruturas internas do corpo como auxiliar de diagnóstico 
 
 
 
Fundamentos da Radiologia 
 Produção de Raios X 
o A interceptação abrupta de elétrons animados com grande velocidade por um alvo 
metálico, transformam a sua energia cinética em calor (99%) e raios X; 
 Propriedades dos Raios X 
o São capazes de atravessar corpos opacos 
o Produzem radiações secundárias nos corpos atravessados; 
o Durante a travessia sofrem atenuação dependente da espessura e densidade do corpo 
considerado; 
 Formação dos Raios X 
o O tubo de raio X é a sua fonte geradora 
o O interior do tubo é um ambiente à vácuo e dois polos: o ânodo (+) e o cátodo (-) 
o Ao colidirem com o Ânodo (+), haverá geração de calor (99%) e de radiação X (1%); 
Laura Mendes Martins 
o O ânodo possui um sistema próprio de refrigeração (óleo especial) 
o O receptor de elétrons do ânodo é uma placa, giratória e aderida a uma base de cobre; 
o A ampola é envolvida por uma blindagem de chumbo, possuindo uma única abertura, 
por onde passará o feixe de raios X; 
o Os filmes de Raio X contêm uma película composta de haletos de prata (Ag) que, ao 
serem expostos à luz ou aos raios X, “queimam” (sensibilizados ), tornando o filme preto; 
o Os raios que são absorvidos pelo corpo não sensibilizam o filme, de modo que as áreas 
correspondentes ficarão brancas no filme; 
 Dependendo do peso atômico e espessura das estruturas atravessadas pelos raios X, a tonalidade 
irá variar do preto ao branco (densidade radiológica); 
 As imagens brancas são referidas como radiopacas (alta atenuação), enquanto as pretas são ditas 
radiotransparentes ou radiolucentes (baixa atenuação) 
 
 
 
Produtos: 
 O filme de raio X possui um revestimento para que não seja sensibilizado pela luz ambiente; 
 Chassi é o estojo metálico onde é colocado; 
 Ecrã é uma folha que fica em íntimo contato com o filme, possui material fluorescente que 
diminui o uso da radiação (tempo) e também melhora a imagem (efeito fotoquímico) 
 
Qualidade da Imagem: 
 Contraste: é dado pela dosagem equilibrada da quilovoltagem (kV) e da miliamperagem (mAs) 
 Nitidez: depende basicamente da imobilidade corporal, distância do tubo, tamanho do foco 
(sistema de diafragmas e colimadores), e grade antidifusora ou Bucky (absorve radiação 
secundaria) 
 
Incidências Básicas: 
 Póstero- Anterior (PA): raios X atravessam o corpo no sentido póstero-anterior. As estruturas 
mais anteriores do corpo serão melhor representadas no filme. 
 Perfil ou Latero-lateral: Os raios X atravessam o corpo no sentido látero-lateral. No tórax, 
colocamos o lado mais esquerdo mais próximo do filme, para que a imagem cardíaca seja mais 
representativa do real. 
 
Principais Utilidades: 
 Seios da face 
 Tórax 
 Abdome 
 Pelve 
 Ossos 
Laura Mendes Martins 
 Exames contrastados (ex.: esófago) 
 
Tomografia Computadorizada 
 Permite a aquisição de imagens através de cortes; 
 Possui três unidades básicas: 
o Unidade de varredura= ampola + detectores 
o Unidade de computação 
o Unidade de apresentação da imagem (monitor e câmeras multiformato) 
 Neste método, um feixe fino e altamente colimado de raio X, após atravessar o corpo, é captado 
por detectores de cintilação que se movem de 180-360 graus; 
 As imagens são obtidas isoladamente, e reconstruídas em grupo nos planos axial, sagital ou 
coronal; 
 O tomograma é gerado a partir de um feixe de raios X estreito e um detector montado no lado 
diametralmente oposto. Como o cabeçote e o detector estão conectados mecanicamente, eles se 
movem de forma síncrona 
 A imagem que vemos na tela do monitor (bidimensional, os pixels) é na verdade a representação 
de elementos com volume; 
 Quanto maior for a espessura da secção, maior será a sobreposição de elementos na imagem 
formada; 
 Na radiografia usamos os termos opacidade X transparência; na TC, utilizaremos densidade. Ela 
varia de valores positivos a negativos. 
 A unidade utilizada para medir a densidade chama-se unidade Hounsfield (criador do método); 
 A água é utilizada como referência (0 Hounsfield) 
 
 
 Vantagens: 
o Sem (ou pouca) superposição de imagens; 
o Capta diferenças mínimas de densidade tissular; 
o Processa imagens em diversos planos; 
o Rápido (usado em emergências) 
o Permite procedimentos concomitantes, como biópsias; 
o É um exame não-invasivo; 
o Permite o uso de substância de contraste. 
 Desvantagens: 
Laura Mendes Martins 
o Maior quantidade de radiação ionizante; 
o Maior número de artefatos na imagem (metais); 
o Método mais caro que radiografia e ultrassom; 
o Alguns pacientes não podem utilizar contraste 
 Pacientes alérgicos ao contraste iodado; 
 Pacientes com insuficiência renal 
 Pacientes em uso de metformina, inteferon e 
interleucina II 
 Pacientes com mieloma múltiplo. 
 
 
 
 
 Principais Utilidades: 
o Crânio e SNC (AVE e trauma) 
o Coluna (discopatias, trauma) 
o Tórax (doenças pulmonares, focais e/ou difusas) 
o Abdome (massas abdominais, trauma, entre outros) 
o Estadiamento de tumores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Laura Mendes Martins 
Ultra- Sonografia 
 
A ultra-sonografia, ou ecografia, é uma técnica de geração de imagens que usa ondas sonoras de alta 
freqüência (ultrasom) e seus ecos. 
 
História do Ultra-som 
 A "Teoria do Som" foi publicada pela primeira vez em 1877, pelo cientista inglês Lorde Rayleigh. 
Este tratado praticamente inaugurou a física acústica moderna. 
 1881 - Jacques e Pierre Curie utilizaram um campo elétrico alternante sobre cristais de quartzo e 
turmalina, gerando ondas sonoras de altas freqüências – efeito piezoelétrico. 
 1883 – apito de Galton (cientista e inventor inglês); usado para controlar cães por meio de ultra-
sons (inaudíveis aos humanos). 
 
Utilização do Ultra-som 
 1912 – um mês após o naufrágio do Titanic, L. F. Richardson, sugeriu a utilização de ecos ultra-
sônicos para detectar objetos submersos. 
 Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) usou-se disso para a detecção de icebergs e 
submarinos inimigos 
 Esta técnica começou a ser usada também para fins não-militares, como na metalurgia, para 
detectar fendas em metais e para o estudo do fundo marinho. 
 Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o uso dos ultra-sons para fins militares foi 
aprimorado com o desenvolvimento do SONAR (Sound Navigation and Ranging). 
 
Utilização do Ultra-som na Medicina 
 Foi primeiramente usado no âmbito terapêutico, desde o tratamento de artrite reumatóide até 
da doença de Parkinson. 
 Em 1940, foi considerado uma verdadeira panacéia (o remédio para todos os males), mas não se 
fundamentava em comprovações científicas e foi abandonado por falta de resultados 
satisfatórios. 
 1942 – Karl Dussik, neuropsiquiatra da Universidade de Viena, pela 1ª vez usou o ultra-som na 
medicina diagnóstica. Na localização de tumores cerebrais e para verificar o tamanho dos 
ventrículos cerebrais, medindo a atenuação do ultra-som ao atravessar o crânio. 
 1947 – O médico americano Douglas Howry (também considerado um dos pais da ultra-
sonografia diagnóstica) detectou estruturas de tecidos moles. 
o Nesta época o paciente tinha que ficar submerso e imóvel dentro de uma banheira com 
água para a realização do exame. Um procedimento nada prático e que produzia 
imagens de baixa qualidade e resolução. 
 Década de 1950 - foidesenvolvido o método utilizado ainda hoje. A banheira de água foi 
substituída por uma pequena quantidade de gel, que serve para aumentar e melhorar a 
superfície de contato entre a pele e o "transdutor". 
 O transdutor é o nome dado a qualquer dispositivo que transforme um tipo de energia em outro. 
 
Principio 
 O princípio que rege a utilização de ultra-sons baseia-se na emissão de um pulso ultra-sônico 
que, chegando a um objeto, retorna como um eco, cujas características possibilitam determinar a 
localização, tamanho, velocidade e textura deste objeto. 
Laura Mendes Martins 
 Na realização do exame ultra-sonográfico, utiliza-se um aparelho que consegue transformar 
energia elétrica em energia acústica e vice-versa, e posteriormente, os sinais elétricos em 
imagens projetadas num monitor, onde são visualizados os órgãos do corpo humano 
 
Ecografia 
 1ª imagem ecográfica em 3D - 1986 - Kazunori Baba (Tóquio, Japão) 
 Fornece detalhes de imagens, que são importantes para um diagnóstico mais preciso. 
 Detecção precoce de tumores; 
 Visualização do feto, avaliar seu desenvolvimento, especialmente para a observação de 
desenvolvimento anormal da face e membros, que dificilmente são detalhados em exames 
ecográficos tradicionais 
 Alguns usos: 
o Obstetrícia e Ginecologia – tamanho, desenvolvimento, posição e sexo do feto; tumores 
de ovário e seios. 
o Cardiologia – visualizar o interior do coração, estruturas e funcionamento. 
o Urologia – visualização de pedras nos rins; câncer de próstata. 
 Método largamente difundido devido a sua simplicidade, baixo custo e por ser inócuo 
 
Definição: 
 Envolve o espectro de ondas acima da faixa de som audível (>20.000 ciclos/segundo); 
 Basicamente, o aparelho emite ondas de ultassom que interagem com corpos/ estruturas, 
gerando ecos, que são captados de volta e convertidos em imagens; 
 O aparelho possui um transdutor especial, com propriedades piezoelétricas que, quando 
submetidas a corrente elétrica alternada, vibram, produzindo o ultrassom; 
 Quando a onde é refletida, ocorre o inverso: o cristal deforma-se e gera energia elétrica, que será 
processada em imagem na tela 
 O transdutor varia sua frequência conforme a região a ser estudada; 
 Quanto mais profundo o órgão a ser analisado, menor deve ser a frequência, pois o comprimento 
de onda será maior; 
 
Tipos de transdutor 
 Convexo (3-6 MHz) 
 Linear (7-18 MHz) 
 Endocavitário (5-9 MHz) 
 Setorial (2-5 MHz) 
 
Materiais Piezoelétrico 
 Quartzo 
 Turmalina 
 Sulfeto de lítio 
 Titanato de bário 
 Cristais de sais da Rochelle 
o Tartarato de sódio e potássio 
o Paredes dos tonéis de vinho 
 Utilizados em ultrassonografia 
o Cerâmicas de titanato-zirconato de chumbo 
 
 
Laura Mendes Martins 
Interpretação de imagem 
 Anecoica: não emite eco, propagando a onda. Não havendo retorno, sua cor é preta. Exemplo: 
líquido, bile, urina, líquor. Gera esforço acústico posterior. 
 Hipoecóica: ocorre quando a onda atravessa tecidos com densidades de partes moles, como rim e 
pâncreas. Não gera reforço acústico posterior 
 
 
 
Cuidados que melhoram a qualidade do exame: 
 Gel aquoso: maior aderência transdutor x tecido 
 Transdutor adequado: transvaginal, transesofágico 
 Jejum e uso de laxativos para eliminar gases e fezes 
 Encher o estômago com líquido para facilitar acesso as pâncreas, também para bexiga e órgãos 
pélvicos 
 
Principais Utilidades: 
 SNC em crianças 
 Estudo da retina 
 Ecocardiografia (estrutura e função cardíaca) 
 Abdome (fígado, baço, pâncreas, rins, vasos) 
 Mama, tireóide, glândulas salivares, testículos 
 Sistema musculoesquelético 
 Pesquisa de líquido em cavidades 
 
Modo Doppler 
 Detecção de estruturas em movimento 
 Fluxo de sangue 
 Diferença entre a frequência emitida e frequência recebida pelo transdutor; 
 Modos de US doppler 
o Doppler continuo x pulsado 
o Doppler colorido x power doppler 
 Análise espectral 
 
Efeitos Biológicos 
 Têm havido muitas preocupações a respeito da segurança do ultra-som. Houveram relatos de 
partos prematuros de mães que haviam feito exames freqüentes de ultra-som durante a 
gravidez. Mas nenhum efeito adverso foi confirmado e documentado como tendo sido causado 
pela realização de exames ultra-sonográficos. 
Laura Mendes Martins 
 Possíveis riscos do ultra-som: 
o Desenvolvimento de calor – os tecidos ou a água absorvem a energia do ultra-som, 
elevando sua temperatura. 
o Formação de bolhas – quando gases dissolvidos saem de uma solução em razão do calor 
local causado pelo ultra-som. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Laura Mendes Martins 
Ressonância Magnética 
 
Definição: 
 Baseia-se no comportamento dos prótons de hidrogênio, que é o mais abundante do corpo 
humano 
 Ao entrar em um campo magnético intenso, dentro da sala de exame, os spins dos íons se alinham 
 Ao receberam uma frequência de pulso, os pins deixam a posição inicial, havendo movimento; 
após a cessação do pulso, retornam o alinhamento de origem 
 A energia liberada desse processo é captada por antenas e transmitida ao computador, que 
formará a imagem; 
 Pulsos de radiofrequências e periodicidades diferentes formarão imagens (sequências) 
diferentes para uma mesma região 
 
Componentes: 
 Campo magnético principal 
 Sistema de estimulação-recepção 
 Sistema gradiente do campo magnético (pequenos ímas de campos e 
localizações variáveis que permitem as reconstruções tridimensionais das 
imagens) 
 Sistema de tratamento da imagem 
 Sistema de informatização 
 
Métodos: 
 Os pulsos são repetidos regularmente a intervalos chamados tempo de repetição (TR); 
 O tempo entre a emissão do FR e da chegada do sinal do detector é chamado tempo de eco (TE) 
 Estas duas variáveis permitem formar imagens em T1 e T2 (essas siglas são padrões tempo) 
 Na RM, utiliza-se o termo intensidade para caracterizar as imagens obtidas: 
o Hipointensidade: escura 
o Isointensidade: média 
o Hiperintensidade: clara (branco) 
 
 
Contraste: 
 O contraste utilizado nesse exame é o gadolíneo; 
 O uso é amplo (como na TC). 
Laura Mendes Martins 
 Situações Especiais: 
o Gravidez (utilizado) 
o Alergia conhecida ao iodo (TC) 
o Marca-passo cardíaco (contraindicado), e próteses metálicas de forma geral 
 
Vantagens: 
 Melhor detalhamento das estruturas 
 Imagens estáticas ou em movimento 
 Imagens em múltiplos planos 
 Baixo índice de reações adversas ao contraste 
 Não utiliza radiação ionizante 
 Ausência de riscos à saúde conhecida 
 Adequada para investigação de lesões de partes moles e das articulações 
 
Desvantagens: 
 Mais dispendiosa que a TC 
 Disponibilidade limitada 
 Exames demorados ( pouco útil nas emergências ) 
 Pode resultar em claustrofobia e artefatos de movimentos 
 Contra indicações absolutas e relativas 
 
Contra-Indicações para estudos de RM 
 Gravidez, exceto em casos de emergência 
 Aneurismas cerebrais tratados com clipes ferromagnéticos 
 Marcapassos cardíacos 
 Implantes na orelha interna 
 Corpos estranhos de metal 
 
Porque não é possível possuir nenhum metal na hora de um exame de RM? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Laura Mendes Martins 
 Princípios de Física Radiológica 
 
Raios X são a base de qualquer sistema de: 
 Radiografia 
 Mamografia 
 Fluoroscopia 
 Tomografia computadorizada 
 
Aparelho de Raios X 
 Tubo de raios X 
o Ânodo (alvo) 
o Filamentos 
 Tungstênio – fonte de eletrons 
 Foco fino/ foco grosso – 
definição de imagem 
 Blindagem 
o Uma camada significativa de chumbo 
reveste todo o tubo, exceto a saída do 
feixe “principal” 
 Colimador 
o Diafragma, que limitam as dimensões do feixe em X e Y 
 Mesa 
 Estativa 
 Detectores 
o Bucky + filme ou IP 
o CCD, DRd ou Dri 
 Transformadores/ retificadores 
 
Estrutura da Matéria 
 Tudo na natureza é feito de átomos que, com grande frequência se unem pra formar moléculas.A 
neutralidade elétrica que existe nos átomos é mantida na molécula, uma vez que o número de 
cargas positivas é o mesmo que cargas negativas (elétrons); 
 Toda matéria é constituída por átomos  Um núcleo circundado por elétrons 
 Energia de ligação: é o que mantém um elétron unido ao núcleo, e é maior nas camadas mais 
internas; 
 Transição: 
o Externa: elétron recebe energia 
o Interna: elétron cede energia 
 Elementos com o mesmo número atômico, mas diferentes núm. De massa  Isótopos 
 Se uma molécula perde um elétron, uma ligação química entre os átomos de uma molécula pode 
ser rompida e como consequência, haver a formação de íons. 
 
Radioatividade 
 Quando um arranjo nuclear possui desequilíbrio, o núcleo pode eliminar uma partícula e/ou 
energia para alcançar equilíbrio. Átomos com núcleos instáveis são denominados radioisótopos; 
 Radioatividade é a emissão de partículas e energia por um núcleo para que alcance 
estabilidade 
 Esta desintegração radioativa é um fenômeno aleatório, porém previsível 
Laura Mendes Martins 
 Cada radioisótopo possui uma meia vida média, o que determina o seu tempo de atividade 
 Os processos que o núcleo atinge a estabilidade são três: alfa , beta e gama 
 Mesmo após o decaimento radioativo alfa ou 
beta, os núcleos geralmente emitem energia sob 
forma de radiação eletromagnética (gama) e 
alcançar o seu equilibrio 
 
 
A medida que o numero atômico aumenta, a quantidade de isótopos e radioisótopos também aumenta. 
Exemplos: Estanho (Sn): 10 isótopos estáveis e 15 radioativos. Núcleos muito pesados tendem a ser estáveis 
 
Radiação eletromagnética 
 Radiação é o transporte de energia que se propaga em todas as direções: Ex som 
 A radiação eletromagnética se propaga sem um meio de transporte 
 A onda eletromagnética é complexa pois tem um componente magnético e outro elétrico 
 Radiação eletrom. (fótons) possuem uma peculiaridade: 
o Quando se propagam, comportam-se como ondas; 
o Quando interagem, comportam-se como partículas. 
 Radioatividade natural: possui várias formas. As mais antigas surgiram com o Universo, como o 
urânio; outros mais comuns como o carbono são ativados por raios cósmicos diariamente 
o Não modificada pelo homem 
o É responsável por mais da metade da exposição a que uma pessoa está sujeita; 
o No Brasil, há cidades como Araxá, Guarapari e Poços de caldas que apresentam altos 
índice de radioatividade natural 
 Radioatividade artificial: equipamento de alta energia capaz de ativar um elemento, 
desestabilizando seu núcleo. Nenhum equip. radiológico tem essa propriedade. 
o Mesma natureza da radioatividade natural 
 
Radiações Naturais 
 Radiação cósmica 
o 28 mrem/ano 
o Composta: Particulas carregadas e radiação gama 
o Provenientes do espaço 
Laura Mendes Martins 
 Radiação terrestre 
o 200 mrem/ano 
o Composta de alfa, beta, gama, raios-x 
o Provenientes de urânio, rádio, tório, rádon (gás) 
 Radiação humana 
o 40 mrem/ano 
o Composta por beta 
o Proveniente de carbono 14, potássio 40 
 
Radiações Artificiais 
 Radiação Médica 
o 40 mrem/ano 
o 14 mrem/ano (medicina nuclear) 
o Composta por raios X, isotopos em medicina nuclear 
o Proveniente de radiografias e tratamento com radiação 
 Produtos de consumo 
o 10 mrem/ano 
o Composta por raios x e radiação alfa 
o Proveniente de televisão e detector de fumaça 
 Armas nucleares 
o 2 mrem/ano 
o Composta por radiação alfa, radiação beta, gama, raios x 
o Proveniente de teste nuclear (1950s e 60s) 
 
 
 
 Poder de penetração: é a distancia percorrida 
pelas radiações 
 Como as radiações corpusculares (alfa e beta) tem 
carga elétrica, elas perdem energia ao passar pelo 
meio material quando interagem com a matéria 
 A radiação gama não possui carga e sua 
penetração será maior 
 
 
Laura Mendes Martins 
Ionização 
 Se uma radiação qualquer carregar energia igual ou superior àquela de ligação do elétron com 
seu núcleo, poderá ionizar e será dita radiação ionizante; 
 Convencionou-se chamar de ionizantes aquelas que podem ionizar uma pequena amostra de ar 
atmosférico 
 Quando um átomo perde ou ganha elétron, diz-se que ele se transformou em um íon 
 
Radioatividade 
 Desequilíbrio nuclear: relação entre a quantidade de prótons e nêutrons  Nuclídeos 
 Eliminação de uma partícula e/ou energia em forma de radiação – desintegração radioativa 
 Átomo radioativo  Radioisótopo 
 Alcance do equilíbrio 
 A radioatividade pode ser definida como a emissão de partículas e energia por um núcleo para 
que ele alcance a estabilidade 
 
Radiação Eletromagnética 
 São originadas por cargas elétricas oscilantes. Propagam-se no vácuo. 
 Exemplos: 
o Ondas de rádio 
o Raios- X 
o Ondas luminosas 
 É classificada de acordo com a frequência da onda, 
que em ordem decrescente da duração da onda são: 
ondas de rádio, micro-ondas, R.infravermelha, luz visível, r. ultravioleta, raios X, raios gama 
 Quanto maior o comp. de onda, menor o poder de penetração 
 
Laura Mendes Martins 
Produção de raios- X 
 Resultado de conversão de energia cinética de 
elétrons desacelerados em radiação eletromagnética 
 Isso ocorre no tubo de raios X 
 1) aplicação de corrente no filamento 
o Emissão termoiônica 
 2) aplicação de voltagem entre catodo e anodo 
o 50.000 – 150.000 V 
 3) Elétrons interagem com alvo 
 4) energia cinética dos elétrons  fótons de raios X 
 Rotor – recebe indução magnética e gira o anodo a uma frequência aproximada de 3400 até 
10.000 rpm, podendo variar de acordo com a marca e o modelo 
 Os raios X tem origem no choque de elétrons acelerados, produzidos no catodo (polo -) , contra o 
alvo, anodo (polo +) em um local chamado ponto ou pista focal; 
 Produzindo 1% de radiação X e 99% de calor 
 Apenas 10% de toda radiação produzida é utilizada para o radiodiagnóstico 
 O filamento do catodo é aquecido a uma temperatura de aproximadamente 2000°C 
 
Atenuação do feixe de raio X 
 Fatores que afetam a atenuação do raio x 
o 1. Espessura: Quanto mais espesso for o objeto irradiado, maior será a atenuação do feixe 
de radiação 
o 2. Densidade: Quanto mais denso for o objeto irradiado, maior será a atenuação do feixe 
de radiação 
o 3. Número atômico: Quanto maior for o número atômico do objeto irradiado, maior será 
a atenuação do feixe de radiação 
 Contraste físico do objeto 
o Para ser visível, o objeto deve possuir contraste físico em relação ao meio, isso é, 
diferença de densidade ou composição química 
 
 
 
Laura Mendes Martins 
Radiologia Digital 
 Serviços de diagnóstico por imagem estão se tornando ambientes digitais 
 
 
Sistemas digitais 
 Indiretos 
o Digitalização de filme analógico 
o Digitalização de placa de imagem (CR) 
 Diretos (DR) 
o Conversão indireta 
o Conversão direta 
 
Radiologia computadorizada 
 É um termo comercial para detector de fósforo foto-estimulável 
 Neste caso, o termo “fósforo” refere-se ao material que emite luz quando atingido por um feixe 
de raios- X 
o Exemplos: Gd2 O2S 
 
PSP 
 Quando o feixe de raios x é absorvido 
o Parte é convertida em luz imediatamente 
o Parte é armazenada e pode ser “lida” posteriormente 
Laura Mendes Martins 
 Por este fato, PSP as vezes são referidas como: 
o Fósforos de armazenamento 
o Plaza de imagem – IP 
 
Leitura 
1: O cassete é inserido na unidade de leitura 
2: A placa é movimentada e “escaneada” por um sistema de laser 
 
Apagamento 
3: Sinal elétrico é digitalizado e armazenado - Computador  imagem final 
4: Placa é exposta a luz branca de alta intensidade – Apagamento 
5: Placa é devolvida para o cassete e está pronta para uso 
 
 
CCD 
 Charge coupled devicers 
 Mesmo sistema empregado em câmeras digitais 
 PSPs recebem uma imagem analógica que é digitalizada na leitora 
 CCDs já discretizam a imagem em coordenadas espaciais 
o O outro processo de discretização (digitalização) é realizado na intensidade 
 
Desvantagens de imagensdigitais 
 Ocupam muito espaço para armazenamento 
 Requerem grande largura de banda para transmissão em um sistema PACS 
 Requerem monitores de alta luminosidade e resolução 
o 2000x2500 
o Elevado custo: em torno de 25000 dólares 
Laura Mendes Martins 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Laura Mendes Martins 
Princípios Físicos da Ultrassonografia 
 
Conceitos Gerais 
 Exame altamente interativo 
 Interpretação 
 Anatomia normal x alterada 
 Momento do exame 
 
Introdução: 
 Fornece informações sobre as estruturas do corpo 
 É uma técnica não invasiva 
 A imagem desse-se aos ecos que são produzidos 
 Os ultrassons são sons com frequência acima de 20kHz 
 Na ultrassonografia usam-se ultrassons na faixa de 2 a 10 MHz 
 Podem ser obtidas informações quanto à distância, à velocidade e à densidade do objeto 
 
Geração de onda Ultrasônica 
 Através de cristais piezoelétricos 
o Oscila com a presença de uma carga elétrica gerando pressão mecânica (ultra som) – 
gera corrente elétrica sob a uma pressão mecânica (eco) 
o Portanto é capaz de transformar a energia elétrica em mecânica 
 O oposto também é verdade, ou seja: 
o Ao receber um estímulo mecânico sua contração gera uma diferença de potencial 
elétrico em sua superfície, formando um sinal elétrico que é lido pelo aparelho. 
o Desse modo, o mesmo transdutor é capaz de emitir e receber os sinais 
o Transformar energia elétrica em mecânica. 
 Os cristais piezoelétricos podem ser feitos de vários materiais: 
o O mais usado é o zirconato titanato de chumbo 
o Podem ser também: cerâmica, quartzo, titanato de bário e difluoreto de polyvinylidine 
(PVDF) 
o Cristais são colados entre dois eletrodos que aplicam uma corrente elétrica que faz com 
que o cristal se expanda e contraia produzindo ondas sonoras nas frequências desejadas 
 
Recepção de onda ultrasônica 
 Um pulso (onda ultra som) é emitido e viaja pelos tecidos internos. 
 Quando o pulso encontra uma mudança de tecido ( mudança de meio) aproximadamente 1% da 
onda é refletiva e o restante é refratada. 
 A porção refletida (eco) é percebida pelo transdutor (mesmo que emitiu) que calcula a 
profundidade 
 A velocidade é conhecida: 1540 m/s 
 As lentes acústicas percebem o eco e passam a pressão de onda (força mecânica) para o cristal 
piezoelétrico. 
 O cristal converte o som do eco em energia elétrica que é passada para os eletrodos 
 Com base no pulso elétrico a imagem é gerada 
 Esse processo é muito rápido pois depois de “ouvir” o eco por um certo tempo, o cristal emite novo 
pulso 
Laura Mendes Martins 
 Quanto maior a demora pelo eco, mais distante está a parede do tecido 
Definição: 
 O ultrassom é emitido intermitentemente, com duração de um microssegundo a cada 
milissegundo, captando as ondas refletidas no período de repouso (período em que não está 
emitindo pulsos) 
 Como toda onda mecânica, o ultrassom necessita de um meio físico para se propagar. 
 Ao longo de seu caminho, ao entrar em contato com a superfície entre dois meios de impedâncias 
acústicas distintas, a onda é refletida e retorna ao transdutor 
 Impedância acústica 
o é a resistência do tecido ao movimento das partículas causado pelo ultrassom e é igual 
ao produto da densidade pela velocidade de propagação do ultrassom no meio; 
o sendo assim, cada meio possuirá sua própria impedância(água, gases, partes moles etc). 
o facilidade de propagação do som no meio 
o Depende da velocidade e da densidade do som no meio 
o Quanto > a diferença de impedância entre dois meios, maior a reflexão 
o 
 A ultrassonografia, portanto, é o resultado da leitura dos ecos gerados pelas reflexões do 
ultrassom nos diversos meios ao longo de seu caminho 
 O equipamento de ultrassonografia realiza essa leitura e produz uma imagem no monitor 
 
A intensidade do brilho 
 No monitor é proporcional à intensidade do eco, sendo que este depende da diferença entre as 
impedâncias de dois meios. 
 Quanto maior o eco, mais branca aparecerá a imagem. 
 Assim, quando o ultrassom estiver na transição entre dois meios com impedências muito distintas 
uma da outra, o eco gerado será bem intenso e a imagem produzida será intensa também (branca, 
portanto). 
 
Escala de Cinza 
 Preto: Ecos de baixa intensidade 
 Nuanças de cinza: Ecos média intensidade 
 Branco: Ecos de alta intensidade 
 
Tecidos que criam ecos mais brilhantes do que os tecidos adjacentes (osso, gordura, parede vesicular) são 
classificados como hiperecóicos 
 Tecidos que criam ecos menos brilhantes do que os tecidos adjacentes (linfonodos, líquidos, músculos) são 
classificados como hipoecóicos 
Uma estrutura anecoica é aquela que é livre de ecos, ou seja, não possui nenhuma diferença de meio 
dentro si (vasos sanguíneos, urina normal, bile) 
 
Laura Mendes Martins 
 
 
 
 
Ecografia ou Ultrassonografia 
 Outra característica de estruturas anecóicas é o reforço acústico posterior, que é decorrente da 
baixa atenuação dessas estruturas ao feixe sonoro. 
 As estruturas posteriores à imagem cística terão seu ecos “reforçados”, pois as ondas sonoras 
passam praticamente sem sofrer perdas de absorção, refração ou reflexão pela imagem cística. 
 Isto provoca um reforço dos ecos das estruturas posteriores que é vista como uma “mancha 
branca” posterior à estrutura anecóica. 
 A localização de cada ponto corresponde à localização anatômica da estrutura que gerou o eco: 
a direção em que ela se encontra é a do feixe de ultrassom gerado pelo transdutor e sua 
profundidade é calculada por meio do tempo decorrido entre a emissão do pulso e a leitura de 
seu eco (consideramos a velocidade de propagação da onda de ultrassom nos tecidos como 
constante, com valor de 1540m/s 
 
 
 
 A ultrassonografia convencial, portanto, é bidimensional e representa a visão frontal da 
superfície de corte do organismo, no plano determinado pela posição e inclinação do transdutor 
 Aparelhos modernos permitem a formação de 10 a 60 imagens por segundo, possibilitando a 
visualização dos movimentos dos orgãos 
 A energia do ultrassom é modificada constantemente ao longo de seu trajeto. 
 Chamados de atenuação a diminuição da intensidade do ultrassom por vários mecanismos,como 
absorção, dispersão, reflexão e divergência do feixe. 
Hiperecoica Hipoecoica Anecoica 
Laura Mendes Martins 
 A absorção é o mecanismo mais importante e trata-se da transferência de energia do ultrassom 
para o tecido (resultando na produção de calor); como veremos adiante, é maior quanto maior for 
a frequência da onda 
 
 
 
Atenuação dos ultrassons 
 À medida que percorre as estruturas do corpo, a onda sofre absorção, 
reflexão especular e espalhamento 
 Quando uma estrutura absorve mais intensidade do que o tecido 
circunjacente, a porção distal da imagem aparece mais escura 
(porque sobrou menos intensidade para a formação de ecos), 
fenômeno chamado sombra acústica. 
 Se, por outro lado, uma estrutura absorve menos do que os outros 
tecidos, ocorre o efeito inverso chamado de reforço acústico 
 Como a impedância do ar é extremamente menor do que a dos 
tecidos, ao colocarmos o transdutor diretamente na pele do paciente não observamos a formação 
de imagens no monitor, apenas uma tela negra; isso ocorre pois na interface pele-ar há reflexão 
quase total do ultrassom. Assim, aplicamos o gel de contato sobre o transdutor, que permite a 
passagem do ultrassom. 
 Esse mesmo conceito se aplica ao conteúdo gasoso das vísceras intestinais, que impede a 
progressão do ultrassom e forma as chamadas “sombras sujas”(justificando a necessidade de 
repleção vesical antes do exame). 
 A alta impedância do osso, juntamente com sua alta absorção, é responsável pelo fenômeno da 
sombra acústica 
 A resolução da imagem é diretamente proporcional à frequência; desse modo, altas frequências 
geram imagens com alta definição. 
 No entanto, aoaumentarmos a frequência também aumentamos a atenuação do ultrassom pelos 
tecidos, ou seja, o campo de visibilização fica limitado a alguns centímetros de profundidade 
Laura Mendes Martins 
 
 
 Portanto, a frequência ideal depende da estrutura avaliada: em um exame de abdome total, por 
exemplo, onde as estruturas se encontram mais profundas, usamos frequências baixas (2 a 5 MHz) 
para aumentar o campo devisão; 
 Em um exame de cabeça e pescoço (tireoide), no entanto, onde a estrutura é mais superficial, 
podemos ter imagens bemdefinidas usando frequências altas, já que o campo de visibilizaçãonão 
precisa ser tão grande 
 
Amplificação: 
 Os ecos que retornam de estruturas profundas não têm a mesma força que aqueles que chegam 
de tecidos vizinhos à superfície; eles devem, portando, ser amplificados na ultrassonografia pelo 
amplificador de compensação ganho-tempo (TGC). 
 Em todos os aparelhos é possível variar o grau de amplificação para compensar a atenuação do 
ultrassom e melhorar a qualidade da imagem final. 
 
Artefatos: 
 Interação do som com os tecidos 
o 1. Resolução axial e lateral 
o 2. Interferência 
o 3. Espessura do feixe 
o 4. Reflexão 
 Reverberação 
 Trajetória múltipla 
 Imagem em espelho 
o 5. Refração 
o 6. Lobos laterais 
o 7. Atenuação 
 Sombra 
 Reforço 
 Interferência 
o A textura homogênea nas zonas próximas ao transdutor é irreal; 
o A textura na zona focal é a mais próxima da verdadeira; 
 
 
Laura Mendes Martins 
 
Resolução dos Artefatos 
 É a capacidade que o equipamento possui de distinguir duas interfaces refletoras situadas 
muito próximas 
 É medida em unidades de distância 
 Resolução Axial 
o Capacidade de distinguir 2 pontos na direção do feixe 
sonoro 
o Depende da frequência do transdutor 
 Resolução lateral 
o Capacidade de distinguir 2 pontos, no plano 
perpendicular a direção do feixe sonoro 
o Depende da frequência do transdutor, do número de elem. Piezelétricos e do foco 
(região mais estreita do feixe sonoro) 
 A axial é sempre melhor que a lateral 
 Lateral depende da espessura do feixe. Melhor na zona focal. 
 
Reflexão dos Artefatos 
 Reverberação 
o Cauda de cometa: reverbera onde existe grande diferença de impedância acústica; 
o Distais a estrutura cuja reflexão é intensa (tecido-alca, diafragma-pulmão, objetos 
metálicos, colesterolose) 
 Imagem em espelho 
o Em superfícies grandes, onde o feixe incide obliquamente (diafragma e pulmão 
adjacente) 
 
 
 
 
 
 
 
Refração dos Artefatos 
 Mudança de direção do feixe ao atravessar uma interface entre dois meios, cujas 
velocidades são diferentes; 
 Exemplos: reto abdominal e gordura de linha média, fantasma ou imagem dupla 
 
 
Efeito Doppler 
 As imagens das partículas em movimento são obtidas pela emissão de pulsos de 
ultrassom e os ecos são transformados em cores que dependem do sentido do fluxo 
traduzido pelo aumento ou queda da frequência refletida (efeito Doppler) 
 Convenciona-se representar em vermelho o movimento que se aproxima e em azul o movimento 
que se afasta, sendo a velocidade traduzida por diferentes tonalidades de cor (mais intensas 
quanto mais rápido for o movimento). Com isso, temos uma noção do mapa de fluxo sanguíneo 
em determinada estrutura, permitindo uma avaliação vascular e facilitando a localização de 
vasos. 
 Como há um limite de velocidade abaixo do qual o método não é capaz de detectar movimento, 
a não visibilização não significa ausência de fluxo 
Laura Mendes Martins 
Princípios Físicos da Ressonância Magnética 
 
Introdução 
 Relembrando: 
o Os átomos são compostos pelo núcleo, pelos prótons, nêutrons e elétrons, que ficam 
orbitando o núcleo 
o Número atômico- soma dos prótons 
o Número de massa- prótons + nêutrons 
o Átomo estável- número elétrons = prótons 
o Átomo instável- número elétrons diferente prótons – ÍONS 
 A imagem de RM é o resultado da interação de um forte campo magnético com os prótons de H 
do tecido > criando uma condição para enviar pulso de radiofrequência e após coletar a RF 
modificada por bobina/ antena > o sinal é processado > imagem 
 RM- átomos devem ter: 
o Corrente elétrica 
o Número ímpar de prótons 
 Cada átomo possui movimentos característicos, sendo que os elétrons giram nos seus próprios 
eixos e ao redor do núcleo, além do núcleo girar constantemente ao redor do próprio eixo, sendo 
que este último é o conhecido spin 
 O próton tem uma carga positiva, portanto como o próton possui o movimento de spin a carga 
elétrica roda também, e uma carga elétrica em movimento é uma corrente elétrica, e uma 
corrente elétrica induz a formação de um campo magnético, como se fosse um imã, com polo 
positivo e polo negativo 
 Os prótons normalmente, sem efeito de campo magnético externo, estão alinhados de forma 
aleatória. Entretanto, se são expostos a um campo magnético externo, no caso da RM o Bo, estes 
tendem a se alinhar com este campo, como se fossem imãs de bússola. Mas nem todos os prótons se 
alinham da mesma forma, acompanhando o campo magnético. 
 
 
 Podem se alinhar de duas formas: no sentido paralelo e antiparalelo 
o Paralelo 
 Baixa energia térmica – à favor de Bo 
o Antiparalelo 
 Alta energia térmica – vence Bo 
 Estes alinhamentos estão em níveis diferentes de energia. Para que se alinhe no sentido 
antiparalelo, ele precisa ter energia térmica maior que o restante dos prótons, a fim de vencer o 
campo magnético 
 Sempre haverá mais prótons alinhados no sentido paralelo, de mais baixa energia – produção de 
um vetor de magnetização efetivo (VME) 
Laura Mendes Martins 
 O campo magnético induz a formação de um movimento 
oscilatório dos prótons ao redor do eixo do campo 
magnético, é o chamado movimento de precessão 
o A RM é um fenômeno em que partículas 
contendo momento magnético exibem 
movimento de precessão quando estão sob a 
ação de um forte campo magnético 
 Ressonância 
o Objeto é exposto a uma perturbação oscilatória 
com frequência próxima a sua natural; 
o Ganha energia externa- entra em ressonância 
 Pulso de RF deve ser igual à de Larmor – excitação 
 Pulso de RF – pulso de onda que irá perturbar os prótons. Esse pulso deve ter uma frequência 
igual à frequência de precessão porá poder trocar energia de forma correta 
 A frequência, portanto, deve ser igual àquela dada pela equação de Larmor; 
 Quando isso ocorre, há a possibilidade dos prótons pegarem energia, originando o fenômeno 
chamado de ressonância. 
 Quando o próton ganha energia muda seu alinhamento – nesse caso antiparalelo 
 
Magnetização de Tecido 
 Quando o próton realizar o movimento de precessão surgirá um vetor em torno do eixo Z 
 O eixo Z longitudinal representa a direção de aplicação do campo 
magnético principal (Bo) 
 O plano XY é chamado de transversal; 
 Vetor de magnetização efetivo (VME): os vetores dos prótons estão 
em precessão, alguns alinhados na forma paralela e outros 
alinhados na forma antiparalela. 
 Deste modo, em um certo momento, quando há um vetor apontando para uma direção, há um 
outro de mesma intensidade, mas com direção oposta, que terminam por se cancelar. 
o Tem + alinhado paralelo = sobrará prótons nessa direção 
 Entretanto, ao dividir os vetores nos eixos Z e Y, pode haver cancelamento do componente Y, 
sobrando somente o Z, o vetor de magnetização longitudinal. Age como se o paciente fosse um 
imã, com o polo superior e inferior 
 
 Mesmo com o cancelamento mútuo, ainda sobram 4 spins  componente de magnetização 
resultante Mo irá surgir alinhando-se ao eixo longitudinal 
 
Decaimento por livre indução 
 Após o pulso de RF, os hidrogênios desviam da magnetização longitudinal para a magnetização 
transversal 
 DLI indica que o sinal vai diminuir de intensidade em função do tempo, pois os átomos vão 
liberar a energia absorvida e voltar o estado de magnetização longitudinal 
Laura Mendes Martins 
Relaxamento T1 
 Tempo necessário para a recuperação de aproximadamente63% da magnetização longitudinal 
dos prótons 
 Moléculas pequenas se reorientam mais rapidamente em relação as maiores. Lipídios (molécula 
média) relaxa mais rapidamente que as ligadas à proteína 
 
Relaxamento T2 
 Proporção da perda da magnetização transversa; 
 Tempo necessário para que o vetor de magnetização transversa decaia a aproximadamente 
37% do valor original; 
 Moléculas grandes se orientam mais lentamente que moléculas pequenas 
 
Tempo de Repetição (TR) e Tempo de Eco (TE) 
 TR- é o tempo medido entre um pulso de 90° até ser dado outro pulso de 90° 
 TE- é o tempo medido entre aplicação de um pulso de RF 90° e a amplitude máxima do sinal de 
RM 
 
 
 
Sequências de pulso 
 A forma que os pulsos de RF são aplicados e a obtenção dos sinais de RM influenciam o contraste 
das imagens. 
 É possível, a partir da aplicação de pulsos de diferentes ângulos, obter diferentes contrastes entre 
tecidos. 
Laura Mendes Martins 
 
 
 
FOV (field of view) campo de visão 
 Quando se aumenta o campo de exploração, obtém- se uma quantidade maior de prótons no 
processo de formação imagem, consequentemente há um aumento de sinal, desde que os demais 
parâmetros não sofram alterações; 
 FOV: é a sua área de visão (moldura). O FOV pode ser regular ou irregular 
 
 
 
 
Laura Mendes Martins 
Espessura de Corte (Thickness) 
 A espessura de corte também tem relação com a qualidade de prótons que contribuem com o 
sinal. 
 Quanto maior a espessura do corte, maior será o sinal de ressonância; 
 Espessura de corte  em estruturas pequenas usamos cortes finos e em estruturas maiores 
usamos cortes mais grosseiros. 
 
 
Plano de corte 
 Axial  longo do eixo Z 
 Coronal  longo do eixo Y 
 Sagital  longo do eixo X 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Laura Mendes Martins 
Proteção Radiológica 
 
O termo radioproteção é universalmente utilizado para definir a proteção contra radiação ionizante. 
 
Objetivo: 
 Prevenir ou reduzir ao máximo, os danos causados pela radiação, sem limitar seus benefícios na 
aplicação da medicina diagnóstica 
 
Efeitos Biológicos 
 As células quando expostas à radiação sofrem ação de fenômenos físicos, químicos e biológicos. 
 A ionização dos átomos poderá afetar células tecidos e órgãos 
 
Efeitos Físicos 
 Consiste na ionização e excitação dos átomos, ocorre uma troca de energia entre a radiação e a 
matéria 
 
Efeitos Químicos 
 Consiste na ruptura de ligações químicas nas moléculas e formação de 
radicais livres 
 
Fases: 
 Fase Inicial: 
o Onde os efeitos físicos provocados pela exposição se processam; 
 Período de Latência 
o Onde as reações químicas provocadas pela exposição se processam; 
 Fase tardia: 
o O indivíduo apresenta a sintomatologia dos efeitos da exposição; 
 
Efeitos Biológicos 
 Somáticos 
o Ocorre devido ao efeito da radiação nas células somáticas, podem ser imediatos ou 
tardios 
 Genéticos 
o Ocorre devido a irradiação das gônadas (testículos e ovários) alterando o material 
genético dos gametas 
 Determinísticos 
o Aquele que é possível determinar o limite da dose, ou seja, a gravidade do efeito 
aumenta a dose 
 Estocásticos 
o Exposição a doses baixas e frequentes, o dano é proporcional a dose; 
Laura Mendes Martins 
 
 
Sensibilidade das células 
 
 
Efeitos a longo prazo 
 Indivíduos são expostos a doses baixas por longo período de exposição, manifestando-se dados 
anos mais tarde 
 
 
 
Como evitar: 
 Local de trabalho 
o Argamassa blindante 
o Lençol Plumbífero 
o Portas 
o Visor Plumbífero 
o Salas de comando 
o Biombios 
Laura Mendes Martins 
o Colimador 
 Pacientes e profissionais da saúde 
o Equipamentos de proteção, como aventais, óculos, luvas, ... 
 Profissionais gestantes 
o Dose da superfície do abdome não exceda 02 mSv durante todo o restante do período 
de gravidez 
o Afastamento 
 
Dosímetros 
 Dosimetria pessoal 
o é um procedimento de proteção radiológica que visa preservar a saúde de 
trabalhadores e minimizar os riscos derivados do uso de radiações ionizantes; 
o Processo de monitorização individual externa de dose de radiação absorvida por um 
indivíduo ocupacionalmente exposto durante sua jornada de trabalho, geralmente em 
hospitais, clínicas, indústrias e locais de ensino e pesquisa. 
o Devem utilizar, em sua jornada de trabalho, um monitor de tórax, para estimar a dose 
efetiva de corpo inteiro, e, de acordo com a atividade exercida, também um monitor de 
extremidade, em forma de anel ou pulseira. 
o São utilizados, como sensores, dois cristais termoluminescentes, sendo um de LiF 
(fluoreto de lítio) e outro de CaSO4 (sulfato de cálcio) 
 
Distância 
 A intensidade de radiação emitida por raio x, diminui à medida que nos afastamos da mesma. 
 A exposição radiológica e a dose de radiação diminuem na mesma proporção 
 Lei do inverso do quadrado da distância 
o Pequenos afastamentos de uma fonte de radiação, pode causar grande redução na 
intensidade da radiação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Laura Mendes Martins 
Tomografia 
 
Radiação ionizante para fins diagnósticos; 
 
Aprimorou o diagnóstico médico 
 72.000.000 de exames/ano nos USA 
 300.000.000 exames/ano no mundo 
 7.000.000 de exames em pacientes pediátricos/ano nos USA 
 30.000.000 de exames em pacientes pediátricos/ano no mundo 
 
Exames de Imagem 
 48% do total de exposição à radiação na população 
 Tomografia e responsável por 24% da exposição total a radiação 
 
Preocupação Especial 
 Crianças 
 Gestantes 
 Repetição de exposição em pacientes crônicos (jovens); 
 
Riscos Potenciais 
 Indução de malignidade 
 Mutação Genética 
 Malformação congênita 
 
Riscos de Exposição a baixas doses de radiação ionizante 
 Derivam de estudos de pacientes que tiveram exposição a baixas doses de radiação em 
Hiroshima e Nagasaki (1945), e Chernobyl (1986) – Nessa última cidade a dose é considerada 
37.000 vezes a dose de um RX de tórax 
 Não há evidencias diretas, baseiam-se em estimativas de risco 
 Risco adicional estimado de uma criança de 01 ano: 
o TC ABDOMINAL 0,18% 
o TC CRANIANA 0,07% 
o 23% de risco individual de desenvolvimento de câncer no período da vida. 
 
 Benefício Imediato supera o risco reduzido 
 
 
 
Laura Mendes Martins 
Gravidez e Radiação 
 Morte pré natal 
 Retardo de crescimento 
 Mal formações 
 Desenvolver Câncer na infância 
 Riscos dependem: 
o Idade gestacional (1° trimestre +) 
o Dose total de exposição durante toda a gestação 
o Se o útero estiver fora do campo (radiação dispersa) 
o Espessura da parede 
 Dose Fetal acumulativa máxima 
o Aceitável 50 mGy 
o Risco significativo 100 mGy 
 
 
DOSE DE RADIAÇÃO 
 Princípio ¨ Tão baixa quanto possível ¨. 
 Risco da radiação x Benefício esperado 
 Eliminar todas as formas de radiação desnecessárias 
 Diretriz no emprego do exame de imagem 
 Métodos alternativos US e RM 
 Até o presente não foi comprovado nenhum efeito danoso a RM de 1,5T 
 Evitar expor o embrião a radiação 
 Limitar campo de visão da radiação 
 Pelve protegida por Chumbo (quando outros exames) 
 Evitar meios de contrastes em gestantes. 
 
Agentes de Contraste 
 Nefropatia crônica 
 Diabéticos e 
 m uso de metformina 
 Mieloma múltiplo 
 Gestantes 
 Pacientes pediátricos 
 Asma ou alergias 
 Histórico de reações adversas 
 
Recomendações nesses Agentes de Contraste 
 Administração é necessária? 
 Usar dose mínima efetiva 
Laura Mendes Martins 
 Pré medicação se necessário 
 Dosagem de creatinina sérica e taxa de filtração glomerular 
 Pacientes com diálise crônica – efeito adverso da carga osmótica do contraste 
 Metformina (RISCO DE NEFROPATIA CRÔNICA) 
 Pacientes pediátricos 
 Gestantes