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TEORIA DA LITERATURA II

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Disciplina: 100941 - TEORIA DA LITERATURA II
Abaixo estão as questões e as alternativas que você selecionou:
QUESTÃO 1
A respeito do processo de criação literária, tem-se que:
I.A sucessão de movimentos artísticos e literários opostos aos seus precedentes decorre do pensamento
crítico de seus agentes.
PORQUE
II.A literatura exerce um movimento dialético de respeito à tradição cultural de sua época ao mesmo tempo
em que busca trazer o novo.
Considerando as proposições acima, é possível concluir que:
a )
I é uma asserção falsa, porém II é verdadeira.
b )
I e II são asserções falsas.
c )
I e II são asserções verdadeiras, sendo II uma explicação viável para I.
d )
I é uma asserção verdadeira, porém II é falsa.
e )
I e II são asserções verdadeiras, porém II não se relaciona com I.
Ver justificativa da resposta
Justificativa
A criação literária reflete a ideologia, as necessidades de expressão de sua época, assim como se relaciona
com o pensamento crítico de seus produtores. Por exercer um movimento dialético com seu tempo -
respeitando suas características, mas também buscando inovar -, há como resultado fases da literatura
opondo-se à anterior com o objetivo de mostrar mais criatividade ou até mesmo saciar novos anseios das
novas características sociais que se apresentam. Dessa maneira, ambas as sentenças são verdadeiras, sendo II
uma explicação plausível para I.
QUESTÃO 2
Analise os trechos a seguir e classifique o tipo de narrador presente no texto a partir da perspectiva do
foco narrativo:
javascript:;
I."No melhor deles, ouvi passos precipitados na escada, a campainha soou, soaram palmas, golpes na
cancela, vozes, acudiram todos, acudi eu mesmo. Era um escravo da casa de Sancha que me chamava.
- Para ir lá... sinhô nadando, sinhô morrendo.
Não disse mais nada, ou eu não lhe ouvi o resto.
Vesti-me, deixei recado a Capitu e corri ao Flamengo. Em caminho, fui adivinhando a verdade. Escobar
meteu-se a nadar, como usava fazer, arriscou-se um pouco mais fora que de costume, apesar do mar bravio,
foi enrolado e morreu. As canoas que acudiram mal puderam trazer-lhe o cadáver."
ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. São Paulo: Lafonte, 2012.
II."Mas já são muitas ideias, - são ideias demais; em todo caso são ideias de cachorro, de ideias, - menos
ainda que poeira, explicará o leitor. Mas a verdade é que este olho que se abre de quando em quando para
fixar o espaço, tão expressivamente, parece traduzir alguma cousa, que brilha lá dentro, lá muito ao fundo de
outra cousa que não sei como diga, para exprimir uma parte canina, que não é a cauda nem as orelhas. Pobre
língua humana! Afinal adormece. Então as imagens da vida brincam nele, em sonho, vagas, recentes, farrapo
daqui remendo dali. Quando acorda, esqueceu o mal; tem em si uma expressão, que não digo seja
melancolia, para não agravar o leitor. Diz-se de uma paisagem que é melancólica, mas não se diz igual cousa
de um cão. A razão não pode ser outra senão que a melancolia da paisagem está em nós mesmos, enquanto
que atribuí-la ao cão é deixá-la fora de nós. Seja o que for é alguma cousa que não a alegria de há pouco; mas
venha um, assobio do cozinheiro, ou um gesto do senhor, e lá vai tudo embora, os olhos brilham, o prazer
arregaça-lhe o focinho, e as pernas voam que parecem asas."
ASSIS, Machado de. Quincas Borba. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2012
"Depois de casado viveu dois ou três anos da fortuna da mulher, comendo bem, levantando-se tarde,
fumando em grandes cachimbos de porcelana, só voltando para casa à noite, depois do espetáculo, e
frequentando os cafés. O sogro morreu e deixou pouca coisa; ele indignou-se com isso, montou uma fábrica,
perdeu nela algum dinheiro e retirou-se para o campo, onde pretendeu desforrar-se. Mas, como não entendia
mais de agricultura do que de chitas, e porque montava os cavalos em vez de os pôr a trabalhar, bebia sidra às
garrafas em vez de a vender em barris, comia as melhores aves da capoeira e engraxava as botas de caçar
com o toucinho dos porcos, não tardou a aperceber-se de que mais valia abandonar toda a especulação."
FLAUBERT, Gustave. Madame Bovary. São Paulo: Abril, 2010, p. 4.
a )
I. Narrador em terceira pessoa; II. Narrador neutro; III. Narrador em 3ª pessoa não onisciente.
b )
I. Narrador em 3ª pessoa com perspectiva restrita; II. Narrador onisciente; III. Narrador intruso.
c )
I. Narrador com perspectiva restrita; II. Narrador onisciente; III. Narrador em 3ª pessoa não onisciente.
d )
I. Narrador com perspectiva ilimitada; II. Narrador onisciente; III. Narrador em 3ª pessoa não onisciente.
e )
I. Narrador onisciente; II. Narrador não onisciente; III. Narrador em pessoa onisciente.
Ver justificativa da resposta
Justificativa
O narrador presente no primeiro trecho é exemplo do narrador com perspectiva restrita, uma vez que sua
visão é limitada e é a partir dela que o leitor conhece o enredo. O narrador onisciente está presente no trecho
javascript:;
de Quincas Borba, pois, apesar de ser narrado em primeira pessoa, o narrador conhece os pensamentos e
vontades das outras personagens. No último trecho há a presença do narrador em terceira pessoa não
onisciente, pois nela o narrador apenas relata fatos da obra, sem interferir com seus pensamentos ou
julgamentos nos acontecimentos relatados na obra.
QUESTÃO 3
Relacione as formas de conto popular às suas principais características:
1.Fábula
2.Apólogo
3.Parábola
4.Conto de fadas
5.Contos maravilhosos
(_) Tem caráter moral, porém dá preferência ao uso de objetos inanimados como plantas, rios, relógios, como
personagens.
(_) Texto que apresenta seres humanos como protagonistas, sendo bastante complexo por seu aspecto
simbólico.
(_) De caráter utilitário, animais e seres alegóricos dialogam a fim de representar uma ideia moral.
(_) Narrativa que se desenvolve em uma realidade mágica, tendo como eixo principal a problemática social.
(_) Se apresenta num tempo e espaço fora da realidade conhecida, dispondo de elementos mágicos
fantásticos e focando na problemática existencial.
a )
2 - 1 - 4 - 3 - 5
b )
5 - 3 - 2 - 1 - 4
c )
2 - 1 - 3 - 4 - 5
d )
2 - 3 - 1 - 5 - 4
e )
4 - 3 - 2 - 5 - 1
Ver justificativa da resposta
Justificativa
A fábula constitui uma narrativa muito curta em que animais e personagens alegóricos dialogam com o
objetivo de representar uma ideia moral, o que dá o caráter utilitário do texto; o apólogo se assemelha à
fabula por seu caráter moral, porém dá preferência à utilização de objetos inanimados como personagens; a
javascript:;
parábola apresenta seres humanos como protagonistas, porém, de seu caráter simbólico decorre a
complexidade que lhe é característica; os contos de fada se passam em uma realidade que não se identifica
com o tempo ou espaço real, apresentando elementos mágicos e fantásticos e tendo como eixo gerador uma
problemática existencial; por fim, os contos maravilhosos se desenvolvem no cotidiano mágico, porém
apresentam como eixo gerador uma problemática social.
QUESTÃO 4
Com os estudos e peças do dramaturgo alemão Bertolt Brecht, uma nova proposta de fazer teatro ganhou
forma, reunindo no mesmo texto os gêneros dramático e épico, o que foi denominado de teatro épico.
Em relação ao teatro épico de Brecht, julgue as proposições a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F):
(_) A peça é narrada de forma distanciada.
(_) Não há encadeamento linear na sucessão de eventos e acontecimentos.
(_) A catarse é o objetivo único da peça.
(_) O ator não se identifica completamente com o papel representado, aparecendo fortemente a presença do
narrador.
(_) A peça retrata acontecimentos que se passam no presente. 
A sequência correta encontra-se em:
a )
F - F - V - F - V
b )
V - F - F - V - F
c )
V - V - F - V - F
d )
V - V - V - F - F
e )
F - V - V - F - V
Ver justificativa da resposta
Justificativa
No teatro épico, um acontecimento passado é narrado de forma distanciada, e por se tratar de um evento no
passado, não há um encadeamento linear nem a sucessão rigorosa de acontecimentos;a emoção é utilizada
nas peças, entretanto não é o objetivo principal levar o expectador à catarse para não prejudicar a observação
e o raciocínio; o efeito de distanciamento é criado pelo fato de o ator não se identificar completamente com o
papel que representa, utilizando grandemente elementos de narração; a peça retrata sempre acontecimentos
javascript:;
que se passam séculos antes do período em que são retratados. Portanto, a sequência correta consiste em: V -
V - F - V - F.
QUESTÃO 5
Caminho da Glória
Este caminho é cor-de-rosa e é de ouro,
Estranhos roseirais nele florescem,
Folhas augustas, nobres reverdecem
De acanto, mirto e sempiterno louro.
Neste caminho encontra-se o tesouro
Pelo qual tantas almas estremecem;
É por aqui que tantas almas descem
Ao divino e fremente sorvedouro.
É por aqui que passam meditando,
Que cruzam, descem, trêmulos, sonhando,
Neste celeste, límpido caminho.
Os seres virginais que vêm da Terra,
Ensanguentados da tremenda guerra,
Embebedados do sinistro vinho.
SOUSA, João da Cruz e. Últimos sonetos. Rio de Janeiro:
Editora da UFSC/Fundação Casa de Rui Barbosa/FCC,
1984, p. 3.
A interpretação do gênero lírico está diretamente relacionada com o momento histórico em que se encontra e
o entendimento da terminologia e da teoria a respeito da literatura predominante. Entretanto, esse gênero
literário pressupõe um componente que pode ser visto claramente no poema de Cruz e Sousa por meio do
ritmo e da sonoridade das palavras. Tal componente é: 
a )
A utilização exclusiva de rimas preciosas.
b )
A objetividade do tema.
c )
O uso de versos brancos.
d )
A musicalidade.
e )
A escrita em prosa.
Ver justificativa da resposta
Justificativa
Costa (2018) revela que o termo lírica já está atrelado à musicalidade por sua origem no grego, assim
pressupondo um componente musical à poesia, expresso pelo ritmo e pela sonoridade das palavras. Cruz e
Sousa foi o maior representante do Simbolismo no Brasil, conhecido pela musicalidade de seus poemas e
pelo uso de rimas, aliterações e assonâncias.
QUESTÃO 6
Em relação às rimas, sabe-se que podem ser classificadas de acordo com sua distribuição ao longo do poema.
Analise os quatro poemas a seguir e classifique-os a partir dos seguintes tipos de rimas:
1.Cruzadas ou alternadas
2.Emparelhadas ou geminadas
3.Interpoladas ou intercaladas
4.Misturadas
( ) "O meu amor não tem
importância nenhuma.
Não tem o peso nem
de uma rosa de espuma!"
MEIRELES, Cecília. Obra poética, Volume 4, Biblioteca luso-brasileira: Série brasileira. São Paulo:
Companhia J. Aguilar Editora, p. 10.
( ) "Vagueio campos noturnos
Muros soturnos
Paredes de solidão
Sufocam minha canção."
GULLAR, Ferreira. A luta corporal. São Paulo: Companhia das Letras, 2017, p. 37.
javascript:;
( ) "Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconsequente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive."
BANDEIRA apud MOISÉS. A Literatura Brasileira através dos textos. São Paulo: Cultrix, 2015, p. 444-445.
( ) "De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento."
MORAES, Vinicius de. Soneto de fidelidade. In: Antologia poética. São Paulo: Companhia das Letras, 2009,
p. 116.
a )
4 - 3 - 2 - 1
b )
2 - 4 - 3 - 1
c )
3 - 2 - 4 - 1
d )
1 - 2 - 4 - 3
e )
1 - 2 - 3 - 4
Ver justificativa da resposta
Justificativa
O primeiro poema apresenta esquema ABAB, sendo, portanto, classificado como tendo rimas cruzadas ou
alternadas; o segundo tem esquema AA BB, assim sendo, tem rimas emparelhadas ou geminadas; o terceiro
poema tem rimas misturadas, pois não apresenta um esquema específico; e o último poema segue o esquema
ABBA, então, tem rimas interpoladas ou intercaladas.
javascript:;
QUESTÃO 7
"Além da configuração popular adquirida pela novela, lembre-se que mesmo os românticos mais exigentes e
talentosos não ficaram infensos ao fascínio exercido pela novela, como meio de comunicação com o leitor
comum. Por isso é que se encontram ressonâncias novelescas na generalidade dos prosadores do tempo."
MOISÉS, Massaud. A Criação Literária: Prosa I. São Paulo: Cultrix, 2006, p. 108-109.
O termo novela é rapidamente assimilado, no imaginário cultural brasileiro, às produções televisivas.
Entretanto, ao abordar o termo como gênero textual, é possível admitir que:
a )
As novelas se apresentam como gêneros literários de processo estritamente narrativo, dispondo de pouco
espaço para o diálogo entre as personagens.
b )
A novela se diferencia do conto por sua pluralidade de células narrativas, cada uma delas apresentando
independência de temporalidade.
c )
A ação da novela tem ritmo lento, pois o foco está em aprofundar as personagens, enfatizando a descrição de
suas personalidades.
d )
A novela tende a transcorrer em apenas um espaço, apresentando um pequeno número de personagens e
ações.
e )
O número de personagens nas novelas é grande, de forma que não se faz necessária a utilização de
coadjuvantes, o que abre espaço para que as personagens sejam densas.
Ver justificativa da resposta
Justificativa
Diferentemente do conto, que apresenta apenas uma linha de ação, a novela apresenta várias células
narrativas que se entrelaçam; entretanto, cada uma delas se apresenta com independência de temporalidade.
javascript:;
QUESTÃO 8
A Poética de Aristóteles é de grande importância para a teorização do gênero dramático. A respeito de seus
itens constituintes, assimile as informações a seguir:
1.O conflito
2.Os protagonistas
3.O destino
4.A falha trágica
5.A catarse
(_) Instância superior que reduz a ação do homem a nada.
(_) Sentimento exercido pela tragédia no público.
(_) Nasce da própria natureza humana, fadada ao trágico.
(_) Ação cometida que dá o desenlace do castigo imposto ao herói.
(_) São fracos e submissos a um destino.
A sequência correta dos elementos é:
a )
5 - 2 - 3 - 1 - 4
b )
2 - 4 - 3 - 1 - 5
c )
3 - 4 - 1 - 5 - 2
d )
2 - 1 - 5 - 4 - 3
e )
3 - 5 - 1 - 4 - 2

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