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Reflexos, Reações e Complicações quando há permanência patológica

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Alexandre Selistre Salata
	Reflexos, Reações e Complicações quando há permanência patológica
	Referência bibliográfica
Referência Bibliográfica: Tecklin, JS. Fisioterapia pediátrica. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.
	Respostas automáticas, desencadeadas 
 
 
Reflexos e reações primitivas 
Reflexos e reações são respostas automáticas desencadeadas por estímulos externos e internos que ativam diversos receptores (da pele, proprioceptores dos músculos, dos tendões e das articulações, olhos e o ouvido interno) necessários para a adequação e interação do indivíduo ao meio ambiente.
Alicerce do desenvolvimento motor e servem de base para que o circuito das interdependências do organismo possa se autogerenciar, promovendo a independência motora do bebê .
 Reflexo de Moro 
- Surge com 32 semanas e se evidencia até o 4º mês de idade corrigida; 
- Fraco e ocasional até o 6 mês de vida; 
- Inibido e integrado a partir do 6 mês de vida: garantir bom controle da cabeça e do tronco, apoio de MMSS, o sentar e o balbuciar;
O examinador coloca a criança sobre o antebraço e apoia-lhe a cabeça com a outra mão. A mão que segura a cabeça move-se, então, para baixo; a cabeça da criança cai na mão aberta.
Extensão, abdução e rotação externa dos MMSS, abertura das mãos (dedos em forma de leque) e abertura da boca (1ª fase). 
Flexão, adução dos MMSS, pronação dos antebraços, retorno à linha média e fechamento das mãos e da boca (2ª fase)
Quando persiste há dificuldade em fechar a boca, dificultando a deglutição de alimentos e saliva e pode ficar impedida de permanecer sentada. 
Importante: Colocar o bebê em prono (postura organizadora e participa da inibição do reflexo). Dá ao bebê a percepção espacial da sua dimensão corporal e promove o disparo para experimentação do padrão extensor
Reação de Galant 
 
Aplicação de estímulo unilateral na região paravertebral, no sentido cefalocaudal, como resposta ocorre encurvamento lateral ou lateroflexão do tronco do lado da pesquisa, a pélvis é puxada para cima e pode ocorrer flexão do membro inferior do mesmo lado.
Presente do nascimento e permanece até o 2º mês de vida. 
Paciente em prono e realizada em ambos os lados.
Se persistir, impede o bebê de se manter sentado frente a qualquer estímulo aplicado na parte lateral do tronco.
Ajuda no alinhamento do tronco, preparando o sentar e o ficar de pé promove o disparo do movimento de lateroflexão.
Marcha Automática 
 
Instala-se na 30ª semana de IG e estende-se até o 2º mês de vida. Persistência indica sinal de lesão do SNC. 
Mantendo-se o bebê pelo tronco, quando o seu antepé toca o solo e inclina-se o tronco para frente com uma ligeira transferência de peso para os lados: iniciam-se os movimentos de marcha espontaneamente. 
Reação positiva de suporte ou apoio plantar 
 
Instala-se com 30 semanas de IG e permanece até o 2º mês de vida. Em crianças normais ela é inibida quando o bebê começa a colocar o calcanhar no solo.
Quando colocado de pé, mantendo-o verticalmente com as mãos no tronco, embaixo das axilas: aumento do tônus extensor das pernas.
Uma lesão do SNC essa reação não desaparece e é reforçada pela interação com outros reflexos patológicos e espasticidade. Dificulta ou impossibilita o ficar de pé e o andar. 
Astasia 
 
Manifesta-se entre o 3º e o 4º mês. Bebê não sustenta nenhum peso corporal nos MMII quando colocado de pé. 
Volta a sustenta a partir do 5º mês (pouco tempo e parte do peso). No 8º mês, suporta todo peso nos MMII.
Pode persistir por falta de estimulação: atraso na marcha e no desenvolvimento motor. 
Pode não ser observada em bebês que recebem muita estimulação.
Reação de Colocação ou Placing-reaction 
 
Nascimento até o 2º mês de vida. Tem objetivo de testar o sistema proprioceptivo. Quando há lesão do SNC, a reação de colocação mostra-se ausente.
Segura o bebê pelo tronco, logo abaixo das axilas, e passa-se o dorso do seu pé na borda da mesa: espera-se uma flexão de membro inferior, seguida de uma extensão, fazendo com que toque a mesa com a sola do pé, podendo sustentar seu peso nessa perna.
Pode ser feita com os MMSS, estimulando-se o dorso da mão: eleva o braço e coloca a palma da mão na mesa, ocorrendo extensão do cotovelo. Pode permanecer até o 4º mês de vida.
Reflexo Tônico Cervical Assimétrico (RTCA) 
2º mês de vida (fase de assimetria corporal) 
Virando isoladamente a cabeça para um dos lados, as extremidades do lado facial estendem-se, e as do lado occipital fletem-se. 
Se persistente: interfere na alimentação, acompanhamento visual, uso bi manual, o Rolar e o engatinhar (impede uma coordenação olhos-mãos). Predispõe a deformidades como escoliose, luxação e subluxação do quadril.
Esse reflexo é encontrado em crianças com lesão cerebral. Pela posição tonicamente fixada, impede-se qualquer movimento contrário à gravidade.
Reflexo de preensão palmar 
 
Presente desde a 26º semana de IG e permanece até aproximadamente o 4º mês de vida. 
Ao tocar a superfície interna da mão, esta se fecha. Enquanto dura o estímulo, a mão permanece fechada.
É reforçada durante a sucção e é o alicerce da preensão voluntária.
Pesquisa clássica: colocação do polegar do pesquisador na mão do bebê, este aperta o polegar com força, podendo até ser levado a ficar de pé (1ºmês). No 4º mês tem inicio do uso da preensão voluntária. 
Quando persiste, impede ou dificulta a preensão voluntária e o apoio dos braços com as mãos abertas.
Reflexo de preensão plantar 
 
Presente desde o nascimento, podendo permanecer até o 8º mês de vida. 
Faz-se ligeira pressão no ante pé, na região metatarsofalangeana: espera-se flexão dos dedos do pé.
É inibido quando o bebê começa a ficar de pé e também quando permanece descalço 
Persistindo esse reflexo dificulta o ficar de pé e a marcha espontânea.
Reflexo de sucção 
 
Surge com 28 semanas de IG e a partir da 35ª semana, deverá ser eficaz para a mamada. Permanece até o 4º mês de vida e prepara a criança para a sucção voluntária. A partir do 5º mês, o bebê passa a usar a sucção voluntária.
Reação de Landau 
 
Ao se segurar com firmeza o lactente horizontalmente, por baixo do tronco, e se o mantiver no ar: espera-se extensão do corpo no sentido cefalocaudal. Três fases: extensão do pescoço, tronco e quadril e por fim, dos membros.
Inicia-se por volta do 4º ou 5º mês e deve estar completa no 12º mês. 
6º mês – cabeça 
8º mês – tronco e quadril 
12º mês – cabeça, tronco e membros.
Prepara o tônus extensor para que a criança possa manter-se de pé, vencendo a gravidade. 
Reação de extensão protetora 
 
Reação de paraquedas. Manifesta-se para frente, para os lados e para trás. 
6º mês: extensão dos braços para frente (sagital- flexão e extensão) 
8º mês: apoio de braço na lateral (frontal – lateroflexão) 
10º mês: roda o tronco e apoia o braço para o lado da rotação, atrás (transverso - rotação).
Reação Labiríntica de retificação (RLR) 
 
O bebê na posição prona, eleva ativamente a cabeça, vencendo a gravidade. 
Depende da maturação do SNC e da estimulação do bebê.
No RN é fraca (reação de defesa). 
Serve para liberar as vias respiratórias
No 1º mês eleva e mantém momentaneamente e vira-a para um dos lados;
No 2º mês eleva e mantém por um tempo maior em um ângulo de 45°;
No 3º mês eleva e sustenta por mais tempo e vira para os lados. Já apoia nos cotovelos;
Suspensão vertical: segura pelo tórax abaixo das axilas. 
1- Inclina-o para trás: flexão da cabeça. 
2- Inclinação para frente: extensão do pescoço. 
3- Inclinação lateral: flexão lateral para o lado oposto.
Reação cervical de retificação (RCR)
Presente no nascimento é desencadeado quando se gira a cabeça passivamente para um dos lados: o corpo alinha-se com a cabeça, virando-se como um todo para o mesmo lado (lado facial). “Rolar em bloco”.
Enfraquece por volta do 4º ou 5º mês quando começa a dissociação da cintura pélvica e escapular (Reação corporal de retificação). A persistência dessa reação impede uma rotação entre cabeça e tronco, tornando impossível, através do movimento giratório, erguer-se a partirda posição dorsal para sentar-se. Não adquire a reação corporal de 
retificação.
A importância da manifestação dos reflexos e das reações normais e suas integrações é que possibilitam a instalação das etapas do desenvolvimento motor normal, sequencial e harmonizado sendo a base da motricidade humana.

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