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Super E-book de contabilidade - exame de suficiência do CFC 2020 - 30 questões comentadas

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A N Á L I S E D A S D E M O N S T R A Ç Õ E S
C O N T Á B E I S
Os seguintes valores foram divulgados por uma empresa
comercial em alguns de seus relatórios contábil-financeiros
encerrada em 31/12/20X1:
Em 20X1, as Contas a Receber de Clientes giraram, em média, seis
vezes, enquanto Fornecedores de Mercadorias a Pagar giraram, em
média, dez vezes;
No Balanço Patrimonial encerrado em 31/12/20X0, o saldo do
Estoque de Mercadorias foi de R$ 290.000,00.
Informações adicionais:
 
 
0 1
Considerando apenas as informações apresentadas e
adotando o ano comercial com 360 dias nos cálculos, pode-
se afirmar que em 20X1:
 
a) O Ciclo Operacional foi de 150 dias e o Ciclo Financeiro foi
de 114 dias.
b) O Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores foi de 90 dias
e o Ciclo Financeiro de 150 dias.
c) O Prazo Médio de Renovação de Estoque de Mercadorias foi
de 36 dias e o Ciclo Operacional de 150 dias.
d) O Prazo Médio de Recebimento de Clientes foi de 60 dias e o
Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores foi de 90 dias.
 
 
R E S P O S T A
Grau de dificuldade: difícil
Alternativa A: CORRETA. Para calcularmos o Ciclo Operacional e o
Ciclo Financeiro, precisamos fazer alguns cálculos.
 
Prazo Médio de Renovação de Estoque = 360 / {CMV / [(Estoque Inicial
+ Estoque Final)/2]}
Prazo Médio de Renovação de Estoque = 360 /
{[R$1.200.000/R$300.000]}
Prazo Médio de Renovação de Estoque = 360 / 4
Prazo Médio de Renovação de Estoque = 90 dias
 
O Ciclo Econômico é igual ao Prazo Médio de Renovação de Estoque.
Logo, o Ciclo Econômico é de 90 dias.
 
A questão informa que as Contas a Receber de Clientes giraram, em
média, seis vezes. Logo, o Prazo Médio de Contas a Receber é igual a
360/6. O prazo Médio de Contas a Receber é igual a 60 dias.
 
Ciclo Operacional = Ciclo Econômico + Prazo Médio de Contas a
Receber
Ciclo Operacional = 90 dias + 60 dias
Ciclo Operacional = 150 dias.
 
A questão informa que a conta de Fornecedores girou, em média, dez
vezes. Logo, o Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores é igual a
360/10. O Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores é igual a 36 dias.
 
Ciclo Financeiro = Ciclo Operacional – Prazo Médio de Pagamento a
Fornecedores
Ciclo Financeiro = 150 dias – 36 dias
Ciclo Financeiro = 114 dias
 
0 1
R E S P O S T A
Grau de dificuldade: Difícil
Alternativa B: INCORRETA. A questão informa que a conta de
Fornecedores girou, em média, dez vezes. Logo, o Prazo Médio de
Pagamento a Fornecedores é igual a 360/10. O Prazo Médio de
Pagamento a Fornecedores é igual a 36 dias. O Ciclo Financeiro,
conforma calculado na alternativa A, é de 114 dias.
 
Alternativa C: INCORRETA. O Ciclo Operacional, de fato, é de 150 dias.
Entretanto, o Prazo Médio de Renovação de Estoque de Mercadorias é
de 90 dias, vide os cálculos na alternativa A.
 
Alternativa D: INCORRETA. O Prazo Médio de Recebimento de Clientes
é de 60 dias. Entretanto, o Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores
é de 36 dias.
0 1
A N Á L I S E D A S D E M O N S T R A Ç Õ E S
C O N T Á B E I S
Uma empresa apresentou os seguintes Balanços Patrimoniais
encerrados em 31/12/20X0 e 31/12/20X1. Considerando apenas os
dados apresentados, assinale a alternativa correta.
a) O Capital de Giro Líquido diminuiu em R$ 332.000,00 de 20X0 para
20X1.
b) O Capital de Giro Líquido aumentou em R$ 108.000,00 de 20X0 para
20X1. 
c) A Necessidade de Capital de Giro aumentou em R$ 440.000,00 de
20X0 para 20X1. 
d) A Necessidade de Capital de Giro aumentou em R$ 1.200.000,00 de
20X0 para 20X1.
0 2
R E S P O S T A
Grau de dificuldade: Intermediário
Para resolvermos a questão, precisamos calcular o Capital de Giro
Líquido e a Necessidade de Capital de Giro em cada um dos anos.
 
Capital de Giro Líquido (CGL):
CGL = Ativos Circulantes – Passivos Circulantes
CGL 20X0 = R$1.515.000 – R$683.000
CGL 20X0 = R$832.000
CGL 20X1 = R$1.080.000 – R$580.000
CGL 20X1 = R$500.000
0 2
Necessidade de Capital de Giro (NCG):
 
A NCG pode ser calculada de algumas formas. Uma delas é:
 
NCG = Contas a Receber + Estoque – Contas a Pagar – Fornecedores a
Pagara
NCG 20X0 = R$370.000 + R$1.000.000 – R$ 30.000 – R$100.000
NCG 20X0 = R$1.240.000
NCG 20X1 = R$350.000 + R$600.000 – R$ 20.000 – R$120.000
NCG 20X1 = R$810.000
Após calcularmos esses valores, vamos observar as variações durantes
os dois anos:
 
CGL 20X1 – CGL 20X0 = R$500.000 – R$832.000
CGL 20X1 – CGL 20X0 = (R$332.000)
NCG 20X1 – NCG 20X0 = R$810.000 – R$1.240.000
NCG 20X1 – NCG 20X0 = (R$430.000)
 
Assim, podemos perceber que houve uma diminuição no CGL de
R$332.000,00 e uma redução na NCG de R$430.000,00.
Resposta: A.
T E O R I A D A C O N T A B I L I D A D E
As restrições aos princípios (conhecidas também como
convenções ou qualificações) representam o Complemento dos
Postulados e Princípios, no sentido de delimitar-lhes conceitos,
atribuições e direções para sedimentar toda a experiência e o bom
senso da profissão no trato de problemas contábeis. A qualidade
da informação contábil, que faz com que a informação represente
adequadamente as transações e outros eventos que ela se propõe
a representar, sendo necessário que essas transações e esses
eventos sejam contabilizados e apresentados de acordo com a
sua substância e realidade econômica, e não meramente sua
forma legal é denominada:
0 3
a) Integralidade. 
b)Confiabilidade. 
c) Tempestividade. 
d) Primazia da essência sobre a forma.
R E S P O S T A0 3
Grau de dificuldade: fácil
Dica do autor: A questão começa falando dos princípios de
contabilidade, nesse sentido é bom lembrar que tais princípios
foram revogados no Brasil pela NBC TSP – Estrutura Conceitual
Para Elaboração e Divulgação de Informação Contábil de
Propósito Geral Pelas Entidades do Setor Público, em 23 de
setembro de 2016. É interessante que o candidato leia e estude
esta NBC TSP aqui referida. Ainda assim, na sequência do
enunciado, somos direcionados para a questão da qualidade
da informação contábil, tema este encontrado no CPC – 00 –
(R1), divulgado em 15/12/2011 e também na NBC TSP/16. Para
o IASB, a questão da apresentação dos eventos contábeis
conforme a sua substância e realidade econômica, e não
meramente sua forma legal, está pacificada na primazia da
essência sobre a forma.
 
Alternativa A: INCORRETA. A Integralidade tem ligação com o
antigo Princípio Fundamental da Oportunidade, atualmente
revogado, juntamente com todos os outros princípios, como já
comentado acima, que dizia que a falta de integridade e
tempestividade na produção da informação contábil tiraria seu
caráter de relevância. Esta informação tem sua redação na
Resolução 1.282/10, que atualizava e consolidava dispositivos
da Resolução 750/93, a dos Princípios Fundamentais de
Contabilidade, ambas revogadas pela NBC TSP/16. A
Integralidade não abrangia essa questão da substância
econômica em detrimento de sua forma legal.
 
Alternativa B: INCORRETA. Está conectada como o Princípio
Fundamental da Prudência, Resolução 750/93, que trata da
questão da mensuração de ativos e receitas, passivos e
despesas, para que os primeiros não sejam superestimados e
os segundos não sejam subestimados, melhorando a
confiabilidade no processo de mensuração, porém os princípios
foram revogados.
R E S P O S T A0 3
Grau de dificuldade: fácil
Alternativa C: INCORRETA. Tempestividade pode ser
encontrada tanto no CPC 00 como na NBC TSP/16 e dizem a
mesma coisa. Significa disponibilizar a informação de forma
tempestiva para que ela seja útil para quem vai tomar decisões
com base em informação contábil. Não tem conexão com o que
se pede na questão.
 
Alternativa D: CORRETA. Esta é a base de sustentação das
normas internacionais emitidas pelo IASB – International
Accounting Standards Board, que são as IFRS – International
Financial Reporting Standards, adotadas no Brasil desde 2008.
A questão da apresentação dos eventos contábeis conforme a
sua substância e realidade econômica, e não meramente sua
forma legal, está pacificada na primazia da essência sobre a
forma.
T E O R I A D A C O N T A B I L I D A D E 
A informação estruturadanão significa que a Contabilidade
fornece as informações dispersas, e apenas seguindo as
solicitações imediatas dos interessados, mas que as fornece de
forma organizada (IUDÍCIBUS, MARION, 2017). É correto afirmar
que os fatos e registros das operações da entidade, na qual se
está aplicando a Contabilidade são estudadas e desenhadas
minuciosamente através dos:
0 4
a) Plano e Manual de Contas.
b) Relatórios Administrativos.
c) Relatórios Contábeis e Administrativos. 
d) Livros Contábeis e levantamento de extratos bancários.
R E S P O S T A0 4
Grau de dificuldade: fácil
Dica do autor: Quando se fala de informação estruturada, ou
seja, dentro de uma estrutura definida em que os fatos e
registros das operações de uma entidade são realizados pela
contabilidade, falamos de aspectos ligados à Lei 6.404/76, que
define, nos artigos 178 a 182, como devem ser apresentadas as
contas, com observação ao grau decrescente de liquidez para os
ativos e prioridade de pagamento para os passivos. Os usuários
precisam tomar decisões com base em demonstrações contábeis,
que respeitam um padrão de apresentação. A contabilidade de
qualquer empresa, entidade não governamental e órgãos do
governo, precisa de um plano de contas e um manual com sua
função e funcionamento, para que se possa atingir o objetivo de
fornecer informações confiáveis e organizadas aos usuários das
informações contábeis. Recomendamos o estudo do CPC – 00 e a
leitura do Manual de Contabilidade Societária da FIECAFI.
 
Alternativa A: CORRETA. O plano de contas e o manual de
contas são dois documentos fundamentais para o
desenvolvimento de uma contabilidade estruturada e organizada.
Os sistemas informatizados de escrituração contábil já são
licenciados com um plano de contas padrão interno e que será
adaptado conforme as atividades pertinentes a cada
organização. Com riqueza de detalhes, esses planos são
elaborados para abranger todas as operações de uma entidade.
Surgindo uma situação nova, o sistema permite a criação de
novas contas que possam refletir adequadamente esta nova
situação. Estes planos são codificados para ativos, passivos,
receitas e despesas.
 
Alternativa B: INCORRETA. Não vão definir quais as contas
serão utilizadas pela contabilidade. Tratam de questões
administrativas, que poderão ter repercussão na contabilidade,
como, por exemplo, o ato de contratar funcionários, ou um
prestador de serviços mediante critérios previamente definidos
pela entidade.
R E S P O S T A0 4
Grau de dificuldade: fácil
Alternativa C: INCORRETA. Voltamos aqui à mesma situação
da opção B, com acréscimo dos relatórios contábeis. No
entanto, os relatórios contábeis não fazem o desenho de como
os registros devem ser feitos pela contabilidade; eles
reportarão os resultados obtidos com estes registros e
apresentarão, por exemplo, a posição dos estoques da
entidade em determinado momento.
 
Alternativa D: INCORRETA. Os livros contábeis serão
escriturados dentro dos sistemas de contabilidade contratados
e terão registros efetuados de acordo com o plano de contas
elaborado para a entidade. Os extratos bancários são emitidos
pelas instituições financeiras e servem como um ponto de
apoio para os controles das disponibilidades. Não estudam e
nem desenham como os fatos e operações serão registrados.
A U D I T O R I A
A Cia Opção S/A não constitui Provisão para Créditos de
Liquidação Duvidosa. Ao realizar a auditoria da empresa,
verificou-se, a partir do aging list, que haviam 550 títulos em
atraso, conforme apresentado a seguir:
0 5
a) O ativo se encontra subavaliado em R$105.900,00. 
b) O ativo se apresenta subavaliado em R$68.600,00. 
c) O auditor deve recomendar a constituição de PCLD no valor
de R$52.100,00. 
d) O auditor deve recomendar a constituição de PCLD no valor
de R$50.400,00.
Considerando que, após as análises realizadas, o prazo médio de
recebimento de clientes é de 120 dias, pode-se afirmar que em
decorrência do não provisionamento para os créditos de
liquidação duvidosa:
R E S P O S T A0 5
Grau de dificuldade: intermediário
Dica do autor: A resposta que melhor corresponde a esta
questão, como quase tudo que acontece na atividade de
auditoria e no mundo da contabilidade, tem como base uma
regulação e, para o tema aqui abordado, uma regulação de
natureza fiscal. Observem que se trata da provisão para créditos
de liquidação duvidosa. No momento em que uma entidade vende
a prazo para alguém, existe um risco embutido ao ato de dar
crédito: o de não receber o valor pactuado no ato da negociação,
ou seja, a famosa falta de liquidez do cliente. É obrigatório uma
entidade calcular e registrar contabilmente o risco de não
receber parte de suas vendas a prazo? A resposta é não. Mas é
recomendável fazê-lo? Não só é recomendável como caracteriza
uma ação que fortalece o sistema de controles internos de uma
entidade. Com esta atitude passaremos a conhecer melhor os
nossos clientes e diferenciar os bons dos maus pagadores. Por
que existe uma legislação fiscal regulando essa matéria? Existe
um regulamento fiscal, pois, no ato de contabilizar uma possível
perda com créditos de liquidação duvidosa, que é uma estimativa
contábil de natureza credora, sua contrapartida a débito será
sempre uma conta de despesa. No caso dessa estimativa, uma
despesa com vendas; sua origem é a venda a prazo efetuada e
essa despesa diminuirá o resultado do exercício que será
tributado. O interesse do fisco nesse tipo de despesa é direto. É
uma despesa dedutível da base de cálculo do IRPJ (Imposto de
Renda da Pessoa Jurídica), se determinadas condições forem
encontradas em cada operação que envolve as estimativas
dessas perdas, condições estas impostas pela Lei 9.430/96 e
alterada pela Lei 13.097/15. Até o final do exercício de 1996,
vigorava o Artigo 43 da Lei 8.981/95, que concedia a
dedutibilidade da base de cálculo do chamado lucro real,
conforme regras estabelecidas naquele momento. 
R E S P O S T A0 5
Os limites alterados pela Lei 13.097/15, em seu Art. 9º, parágrafo
7º, para contratos inadimplentes a partir da publicação da
Medida Provisória nº 656/14, diz que podem ser provisionados
perdas com créditos de liquidação duvidosa:
 
“I – em relação aos quais tenha havido a declaração de
insolvência do devedor, em sentença emanada do Poder
Judiciário;
 
II – sem garantia, de valor:
 a) Até R$15.000,00, por operação, vencidos há mais de seis
meses, independente de iniciados os procedimentos judiciais
para o seu recebimento. O limite que vigorava anteriormente,
antes das alterações em 2015, era de R$5.000,00.
 b) Acima de R$15.000,00 até R$100.000,00, por operação,
vencidos há mais de um ano, independente de iniciados os
procedimentos judiciais para o seu recebimento, mantida a
cobrança administrativa. O limite que vigorava para este item
era: acima de R$5.000,00 até R$30.000,00. A Mudança, como já
foi dito, ocorreu em 2015.
 c) superior a R$100.000,00, vencidos há mais de um ano, desde
que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu
recebimento. O limite anteriormente em vigor para esta faixa era
de: superior a R$30.000,00. Modificação em 2015.
 
III – com garantia, vencidos há mais de dois anos, de valor:
 a) até 50.000,00, independente de iniciados os procedimentos
judiciais para o seu recebimento ou o arresto das garantias. Não
havia limite anteriormente em vigor para esta faixa; e
 b) superior a R$50.000,00, desde que iniciados e mantidos os
procedimentos judiciais para o seu recebimento ou o arresto das
garantias. Este item não existia na Lei 9.430/96; e
 
 
R E S P O S T A0 5
 c) superior a R$100.000,00, vencidos há mais de um ano, desde
que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu
recebimento. O limite anteriormente em vigor para esta faixa era
de: superior a R$30.000,00. Modificação em 2015.
 
IV – contra devedor declarado falido ou pessoa jurídica em
concordata ou recuperação judicial, relativamente à parcela que
exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar,
observado o disposto no § 5º, que diz o seguinte:A parcela do
crédito cujo compromisso de pagar não houver sido honrado pela
pessoa jurídica em concordata ou recuperação judicial poderá,
também, ser deduzida como perda, observadas as condições
previstas neste artigo. Estes quatro itens são uma transcrição
direta da Lei 13.097/15. Recomendamos fortemente que o
candidato estude as Leis aqui citadas e os seus respectivos
artigos aqui apresentados”.
 
Alternativa A: INCORRETA. A empresa não faz as provisões que
reduziriam o ativo. Esta estimativa de perdas é apresentada no
balanço, no grupo de contas a receber como retificadora, isto é,
com saldo credor, e a sua contrapartida será uma despesa com
vendas no resultado. Portanto, não caberia aqui falar de
subavaliação e sim de superavaliação, pois este ativo deve ser
apresentado pelo valor líquido esperado de realização.
 
Alternativa B: INCORRETA. Não se trata de subavaliação por
qualquer valor considerado. A empresa não contabiliza a
estimativa com créditos de liquidação duvidosa.
 
Alternativa C: CORRETA. Observe que a empresa não constitui a
provisão com estimativa de créditos de liquidação duvidosa e,
com base no aging list (relação de clientes) existiam 550 títulos
vencidos. 
 
R E S P O S T A0 5
Para que o auditor recomende o melhor procedimento ao
auditado, com relação aos títulos em atraso, a informação sobre
o prazo médio de recebimento ser de 120 dias é fundamental.
Isto significa que, na média, a empresa auditada concede a
alguns clientes este prazo tão elástico.
 
Dessa maneira, é recomendável provisionar todos os títulos com
atraso superior a 120 dias. Observando o quadro de títulos
vencidos acima de 120 dias, temos: 60 títulos vencidos até 180
dias, no total de R$18.600,00. São 65 títulos atrasados até 360
dias, no total de R$13.300,00. E 45 títulos com inadimplência
acima de 360 dias, no total de R$20.200,00. O total desses
títulos somados é de R$52.100,00.
 
Alternativa D: INCORRETA. Esses R$50.400,00 representam os
títulos que ainda estão dentro do vencimento. Como a empresa
não faz a provisão, o que seria a atitude mais recomendável,
estes valores são os que trazem menos preocupação. No entanto,
o procedimento mais adequado seria estimar a provisão para
créditos de liquidação duvidosa sobre todo o saldo de contas a
receber, ou seja, vencidos e a vencer. Nesta questão, diante do
procedimento inadequado da empresa auditada, que tem o
direito de não provisionar os créditos duvidosos, esta afirmativa
não tem cabimento.
 
C A S P 
As demonstrações contábeis no setor público possuem como
finalidade disponibilizar informação útil para subsidiar a tomada
de decisão e a prestação de contas e responsabilização da
entidade quanto aos recursos que lhe foram confiados. Sobre as
demonstrações contábeis aplicadas ao setor público, é
INCORRETO afirmar:
0 6
a) A Demonstração dos Fluxos de Caixa identificará as fontes
de geração dos fluxos de entrada de caixa; os itens de
consumo de caixa durante o período das demonstrações
contábeis; e o saldo do caixa na data das demonstrações
contábeis.
 
b) No Balanço Financeiro são demonstradas as receitas e
despesas orçamentárias, bem como os ingressos e dispêndios
extraorçamentários, conjugados com os saldos de caixa do
exercício anterior e os que se transferem para o início do
exercício seguinte.
 
c) No Balanço Orçamentário é demonstrada uma situação de
desequilíbrio entre a previsão atualizada da receita e a
dotação atualizada, em decorrência da utilização do superávit
financeiro de exercícios anteriores para abertura de créditos
adicionais.
 
d) A Demonstração da Variações Patrimoniais evidencia,
qualitativa e quantitativamente, a situação patrimonial da
entidade pública por meio de contas representativas do
patrimônio público, bem como os atos potenciais, que são
registrados em contas de compensação.
R E S P O S T A0 6
Grau de dificuldade: fácil
Alternativa A: CORRETA. Trata-se de um excerto da página 447
da 8ª edição do MCASP, que apresenta a Demonstração dos
Fluxos de Caixa.
 
Alternativa B: CORRETA. Trata-se de um excerto da página 424
da 8ª edição do MCASP, que apresenta o Balanço Financeiro.
 
Alternativa C: CORRETA. Trata-se de um excerto da página 411
da 8ª edição do MCASP, que apresenta o Balanço Orçamentário.
 
Alternativa D: INCORRETA. As características apresentadas por
esta alternativa na realidade tratam do Balanço Patrimonial e
foram retiradas da página 429 da 8ª edição do MCASP. Na
realidade, a Demonstração da Variações Patrimoniais evidencia
as variações patrimoniais aumentativas ou diminutivas, trazendo
luz à compreensão do resultado patrimonial.
 
Resposta: D
E S T A T Í S T I C A
Os seguintes dados amostrais foram obtidos de uma pesquisa que
buscou saber o comportamento de determinada ação cotada em
bolsa de valores no decorrer de nove pregões.
0 7
a) A mediana dos preços é igual a R$7,50. 
b) A variância dos preços é, aproximadamente, R$0,30. 
c) A média aritmética simples dos preços é igual a R$7,00. 
d) O desvio-padrão dos preços é, aproximadamente, R$0,09.
Considerando apenas os dados amostrais apresentados, correto
afirmar que:
Alternativa A: CORRETA. A mediana é encontrada quando
colocamos todos os valores em ordem crescente ou decrescente.
A mediana é o valor que separa as duas metades da amostra.
Colocando os valores da amostra em ordem crescente, temos:
 
 
 
 
 
 
 
Assim, a mediana é igual a 7,50.
 
 
Alternativa B: INCORRETA. A variância populacional é calculada
a partir da fórmula:
 
 
 
 
 
 
Onde:
 
σ2 = variância populacional
Xi = cada um dos valores da amostra
x = média dos valores
n = quantidade de valores da amostra
 
 
 
R E S P O S T A0 7
Grau de dificuldade: difícil
A média da amostra é 7,46 (vide explicação na Alternativa C
abaixo).
 
σ2 = 
7,00-7,462+7,40-7,462+7,50-7,462+7,60-7,462+7,70-
7,462+7,80-7,462+7,75-7,462+7,35-7,462+7,00-7,462  9
 
σ2 =
0,2075+0,0031+0,0020+0,0209+0,0598+0,1186+0,0867+0,0111+
0,2075  9
 
σ2 = 0,7172  9
 
σ2 = 0,0797
Alternativa C: INCORRETA. A média aritmética é encontrada a
partir da soma de todos os valores da amostra e da divisão
desse resultado pela quantidade de itens da amostra. Assim:
 
Média = (7,00 + 7,40 + 7,50 + 7,60 + 7,70 + 7,80 + 7,75 + 7,35 +
7,00) / 9
Média = 67,1 / 9
Média = 7,46
 
Alternativa D: INCORRETA. O desvio-padrão é encontrado a
partir da seguinte fórmula:
 
 
R E S P O S T A0 7
Onde:
Xi = cada um dos valores da amostra
MA= média dos valores
n = quantidade de valores da amostra
 
Na alternativa C, encontramos o valor da média da amostra, 7,46
 
R E S P O S T A0 7
L E G I S L A Ç Ã O T R I B U T Á R I A E C I V I L
“Conforme o art. 43 do Código Tributário Nacional, o(a)
_________________ do Imposto de Renda ocorre pela aquisição da
disponibilidade econômica ou jurídica de renda.” Assinale a
alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.
0 8
a) Anistia.
b) Isenção. 
c) Fato gerador.
d) Compensação
Alternativa A: INCORRETA. A anistia exclui o crédito tributário e
a questão não trata sobre exclusão de crédito tributário.
 
Alternativa B: INCORRETA. A isenção também exclui o crédito
tributário.
 
Alternativa C: CORRETA. O artigo 43 do Código Tributário
Nacional diz que “O imposto, de competência da União, sobre a
renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a
aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:
I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho
ou da combinação de ambos;
II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os
acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.”
Assim, fato gerador é termo que deve ser preenchido a fim de
que o enunciado reflita corretamente o Código Tributário
Nacional.
 
Alternativa D: INCORRETA. A compensação extingue o crédito
tributário e a questão também não trata sobre extinção de
crédito tributário.
 
 
 
 
 
 
 
 
R E S P O S T A0 8
Grau de dificuldade: fácil
L E G I S L A Ç Ã O T R I B U T Á R I A E C I V I L
A seguir são apresentados o preâmbulo de um hipotético
Contrato Social e os artigos do CódigoCivil referentes à
capacidade para exercício de atividade de empresário.
0 9
José XYZ, brasileiro, casado em regime de comunhão
parcial de bens, empresário, portador da cédula de
identidade nº. 011.022 SSP/EV, inscrito no CPF/MF sob
o nº 001.002.003-04, residente e domiciliado na Rua
das Flores, nº 19, Cidade do Bosque, no Estado do
Verde;
 
Joana XYZ, brasileira, casada em regime de comunhão
parcial de bens, empresária, portadora da cédula de
identidade nº 033.044 SSP/EV, inscrita no CPF/MF sob
o nº 004.003.004-05, residente e domiciliada na Rua
das Flores, nº 19, Cidade do Bosque, no Estado do
Verde;
 
José XYZ Júnior, brasileiro, solteiro, empresário,
portador da cédula de identidade nº 044.055 SSP/EV,
inscrito no CPF/MF sob o nº 006.007.008.-09, residente
e domiciliado na Rua das Flores, nº 19, Cidade do
Bosque, no Estado do Verde, nascido em 15/05/2002,
tendo dezessete anos nesta data, emancipado por
concessão dos pais, conforme escritura devidamente
averbada no Cartório de Registro Civil da Comarca da
Cidade do Bosque, resolvem constituir uma sociedade
limitada, o fazem sob as condições seguintes: [...]
 
Artigo 5º. A menoridade cessa aos dezoito anos
completos, quando a pessoa fica habilitada à prática
de todos os atos da vida civil.  Parágrafo único:
Cessará para os menores a incapacidade: [...]
 
L E G I S L A Ç Ã O T R I B U T Á R I A E C I V I L0 9
Artigo 972. Podem exercer atividade de empresário os
que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não
forem legalmente impedidos.
 
(BRASIL. Código Civil, 2002.)
Considerando o preâmbulo e as hipóteses de cessão da
menoridade previstas no Código Civil, pode-se afirmar que a
sociedade:
a) Poderá ser iniciada somente quando José XYZ Júnior se
casar..
b) Só poderá ser iniciada quando José XYZ Júnior completar 18
anos.
c) Poderá ser iniciada se José XYZ Júnior já houver concluído o
ensino médio.
d) Poderá ser iniciada, pois José XYZ Júnior foi emancipado por
concessão dos pais.
Dica do autor: Segundo o artigo 5º do Código Civil, “Art. 5º A
menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa
fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro,
mediante instrumento público, independentemente de
homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se
o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de
relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com
dezesseis anos completos tenha economia própria.”
 
Alternativa A: INCORRETA. O casamento é uma das condições
para que os menores de 18 anos sejam considerados capazes.
Entretanto, como José XYZ Júnior já tinha sido emancipado, a
sociedade poderá ser iniciada.
 
Alternativa B: INCORRETA. Caso José XYZ Júnior não tivesse sido
emancipado, ele precisaria completar 18 anos para ser
considerado capaz. Pelo fato de ter ocorrido a emancipação, ele
já poderá constituir a sociedade.
 
Alternativa C: INCORRETA. A colação de grau em curso de
ensino superior é uma das condições para considerar o menor de
18 anos capaz. O Código Civil não considera a conclusão do
ensino médio como uma das condições. Além disso, José XYZ
Júnior já tinha sido emancipado pelos pais, condição que permite
a constituição da sociedade.
 
Alternativa D: CORRETA. A emancipação extingue o poder
familiar, tornando José XYZ Júnior um indivíduo capaz. Dessa
forma, a sociedade poderá ser iniciada.
R E S P O S T A0 9
Grau de dificuldade: intermediário
L E G I S L A Ç Ã O T R A B A L H I S T A
Quando da suspensão ou da interrupção do contrato de trabalho,
não há a prestação de serviços para o empregador. Um contador
responsável pelas rotinas trabalhistas de determinada empresa
sabe que, em linhas gerais, na interrupção do contrato de
trabalho, o empregado continua recebendo sua remuneração e há
a contagem do tempo de serviço, o que não ocorre no caso de
suspensão do contrato. Neste contexto, as seguintes hipóteses
são de interrupção de contrato de trabalho para um empregado,
EXCETO:
1 0
a) Afastamento para exercício de cargo público.
b) Necessidade de o empregado comparecer a juízo.
c) Licença de três dias consecutivos, em virtude de casamento.
d) Doação voluntária de sangue devidamente comprovada, por
um dia, em cada doze meses de trabalho.
Alternativa A: INCORRETA. O artigo 472 da Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT) estabelece que “O afastamento do
empregado em virtude das exigências do serviço militar, ou de
outro encargo público, não constituirá motivo para alteração ou
rescisão do contrato de trabalho por parte do empregador”.
 
Alternativa B: CORRETA. Conforme o artigo 473 da Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT), “O empregado poderá deixar de
comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: VIII - pelo tempo
que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo”.
 
Alternativa C: CORRETA. Conforme o artigo 473 da Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT), “O empregado poderá deixar de
comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: II - até 3 (três)
dias consecutivos, em virtude de casamento”.
 
Alternativa D: CORRETA. Conforme o artigo 473 da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), “O empregado poderá
deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: IV - por
um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de
doação voluntária de sangue devidamente comprovada”.
 
Resposta: A
 
 
 
 
 
 
 
 
R E S P O S T A1 0
Grau de dificuldade: fácil
P E R Í C I A
A NBC PP 01 estabelece critérios inerentes à atuação do contador
na condição de perito. São considerados casos de suspeição a que
está sujeito o perito do juízo segundo a referida norma, EXCETO:
1 1
a) Ser amigo distante de qualquer uma das partes.
b) Ser parceiro, empregador ou empregado de alguma das
partes.
c) Ser herdeiro presuntivo ou donatário de alguma das partes
ou dos seus cônjuges.
d) Ser devedor ou credor em mora de qualquer das partes, dos
seus cônjuges, de parentes destes em linha reta ou em linha
colateral até o terceiro grau.
Alternativa A: CORRETA. De acordo com a NBC PP 01, “Os casos
de suspeição aos quais estão sujeitos o perito-contador são os
seguintes: (a) ser amigo íntimo de qualquer das partes”. A
afirmativa trata sobre ser amigo distante, logo, está incorreta.
 
Alternativa B: INCORRETA. De acordo com a NBC PP 01, “Os
casos de suspeição aos quais estão sujeitos o perito-contador
são os seguintes: (e) ser parceiro, empregador ou empregado de
alguma das partes”.
 
Alternativa C: INCORRETA. De acordo com a NBC PP 01, “Os
casos de suspeição aos quais estão sujeitos o perito-contador
são os seguintes: (d) ser herdeiro presuntivo ou donatário de
alguma das partes ou dos seus cônjuges”.
 
Alternativa D: INCORRETA. De acordo com a NBC PP 01, “Os
casos de suspeição aos quais estão sujeitos o perito-contador
são os seguintes: (c) ser devedor ou credor em mora de qualquer
das partes, dos seus cônjuges, de parentes destes em linha reta
ou em linha colateral até o terceiro grau ou entidades das quais
esses façam parte de seu quadro societário ou de direção”.
 
Resposta: A
 
 
 
 
 
 
 
 
R E S P O S T A1 1
Grau de dificuldade: fácil
P E R Í C I A
Uma sociedade empresária apresentava o seguinte quadro de
participação societária: sócios Alfa – 25%; sócio Beta – 25%; sócio
Delta – 40%; sócio Gama – 10%. Em setembro de 2019, os sócios
Alfa, Beta e Delta decidiram excluir o sócio Gama da sociedade e,
para demonstrar ao mesmo sua parte nos haveres, os demais
sócios solicitaram ao contador que elaborasse o Balanço
Patrimonial em 30 de setembro de 2019, que apresentou o
Patrimônio Líquido com a seguinte composição: Capital Social –
R$300.000,00; Reservas de Lucros – R$50.000,00; Prejuízos
Acumulados – R$60.000,00. O sócio Gama questionou
judicialmente os valores e, para tanto, foi nomeado um peritocontador pelo juiz para a elaboração do Balanço Especial.
Examinando a documentação contábil, o perito constatou que: (a)
em 31/12/2018 haviam obrigações e contingências que não
haviam sido contabilizadas e geraram uma redução de
R$12.000,00 no Patrimônio Líquido; (b) até a data de
levantamento do Balanço Especial havia um lucro apurado de
R$20.000,00.
 
Considerando as informações, os haveres do Gama em 30/09/2019
correspondem a:
1 2
a) R$29.000,00.
b) R$29.800,00.
c) R$32.200,00.
d) R$41.800,00.
Para encontrarmos os haveres do Gama, precisamos encontrar o
Patrimônio Líquido da sociedade em 30/09/2019. Após
encontrarmos esse valor, aplicamos o percentual referente à
participação do sócio Gama na companhia e encontramos os
haveres do Gama em 30/09/2019. Vide composição abaixo:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resposta: B
R E S P O S T A1 2
Grau de dificuldade: fácil
N O R M A S D E C O N T A B I L I D A D E ( R N B )
A empresa A adquiriu um terreno com a finalidade de mantê-lo
em seu patrimônio para fins de valorização de capital a longo
prazo, não pretendendo vendê-lo a curto prazo no curso ordinário
dos negócios da entidade. A empresa A sabe que no longo prazo é
provável que os benefícios econômicos futuros associados a esse
terreno fluirão para a entidade e o seu custo pode ser mensurado
confiavelmente. Ainda, a empresa A não almeja utilizá-lo na
produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades
administrativas. Com base nas informações apresentadas e
considerando a Norma Brasileira de Contabilidade NBC TG 28
(R4), este terreno deverá ser reconhecido no patrimônio da
empresa A como:
1 3
a) Imobilizado.
b) Propriedade para Investimento.
c) Investimento Temporário a Longo Prazo.
d) Ativo Não Circulante Mantido para Venda.
Alternativa A: INCORRETA. O terreno deve ser reconhecido como
propriedade para investimento. Para que fosse reconhecido no
imobilizado, o ativo em questão precisaria ser mantido com a
finalidade de uso na produção, fornecimento de mercadorias ou
serviços ou para fins administrativos.
 
Alternativa B: CORRETA. O terreno deve ser reconhecido como
propriedade para investimento, visto que a finalidade de manter
o terreno é a valorização de capital. De acordo com a NBC TG 28
(R4), propriedade para investimento é a propriedade (terreno ou
edifício, parte de edifício ou ambos) mantida para auferir aluguel
ou para valorização do capital ou para ambas, e não para: (a)
uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para
finalidades administrativas; ou (b) venda no curso ordinário do
negócio.
 
Alternativa C: INCORRETA. O terreno deve ser reconhecido como
propriedade para investimento. Quando um terreno ou edifício é
adquirido com a finalidade de investimento (para auferir aluguel
ou para valorização do capital ou para ambas), deve ser
reconhecido como propriedade para investimento.
 
Alternativa D: INCORRETA. O terreno deve ser reconhecido como
propriedade para investimento. Para que fosse reconhecido como
ativo não circulante mantido para venda, o terreno deveria estar
disponível para venda imediata em suas condições atuais, sujeito
apenas aos termos que sejam habituais e costumeiros para
venda desse ativo. Esse não é o caso do terreno adquirido pela
empresa A, considerando que a empresa não pretende vendê-lo
no curto prazo.
 
Resposta: B
 
R E S P O S T A1 3
Grau de dificuldade: fácil
N O R M A S D E C O N T A B I L I D A D E ( R N B )
Analise as afirmativas a seguir.
1 4
No exercício social de 20X3, a Companhia Beta S.A.
apresentou lucro líquido de R$280.000,00. Parte desse lucro
líquido, ou seja, 37,5%, foi obtido por meio de uma operação
de venda de mercadorias para a Companhia Alfa S.A. No
encerramento do exercício social de 20X3, todas as
mercadorias adquiridas nessa operação de venda ainda
constavam no estoque da Companhia Alfa S.A.
A Companhia Alfa S.A. detém 25% de participação no
capital social da Companhia Beta S.A., sendo este o único
investimento da Companhia Alfa S.A. em outras sociedades.
Com essa participação, a Companhia Alfa S.A. exerce
influência significativa sobre a Companhia Beta S.A., mesmo
sem controlá-la.
A Companhia Alfa S.A. não é controlada (individualmente ou
em conjunto) e não sofre influência significativa de outras
companhias.
 
 
Considerando as informações apresentadas e o que dispõe a
Norma Brasileira de Contabilidade ITG 09 (R1) – Demonstrações
contábeis individuais, demonstrações separadas, demonstrações
consolidadas e aplicação do método da equivalência patrimonial,
no encerramento de 20X3, pode-se afirmar que:
a) O Lucro Líquido Ajustado para fins de equivalência
patrimonial é R$210.000,00 e o Resultado da Equivalência
Patrimonial é R$78.750,00.
b) O Lucro Líquido Ajustado para fins de equivalência
patrimonial é R$175.000,00 e o Resultado da Equivalência
Patrimonial é R$70.000,00.
c) O Lucro Líquido Ajustado para fins de equivalência
patrimonial é R$210.000,00 e o Resultado da Equivalência
Patrimonial é R$52.500,00.
d) O Lucro Líquido Ajustado para fins de equivalência
patrimonial é R$175.000,00 e o Resultado da Equivalência
Patrimonial é R$43.750,00.
Resolução: Para identificar o lucro líquido ajustado para fins de
equivalência patrimonial, é necessário calcular primeiro o lucro
não realizado dessa operação, ou seja, o lucro obtido na venda
das mercadorias que ainda permanecem na adquirente na data
das demonstrações contábeis. Dado que, no encerramento do
exercício social de 20X3, todas as mercadorias adquiridas nessa
operação ainda constavam no estoque da Companhia Alfa S.A., o
lucro não realizado é todo o lucro dessa operação: R$105.000
(R$280.000 x 37,5%). Portanto, o lucro líquido ajustado para fins
de equivalência patrimonial é R$175.000 (R$280.000 –
R$105.000). Para identificar o resultado da equivalência
patrimonial, deve-se aplicar o percentual de participação da
Companhia Alfa S.A. no capital social da Companhia Beta S.A.
sobre o lucro líquido ajustado. Assim, o resultado da equivalência
patrimonial é R$43.750 (25% x R$175.000).
 
Resposta: D
R E S P O S T A1 4
Grau de dificuldade: intermediário
N O R M A S D E C O N T A B I L I D A D E ( R N B )
Atente-se às informações seguintes:
1 5
A Companhia A controla 100% das Companhias B e D:
A Companhia A tem participação acionária na Companhia C,
mas sem exercer qualquer tipo de controle (individual ou em
conjunto) ou influência significativa. A Companhia A mantém
essa participação com o objetivo de receber dividendos e a
venda futura das ações com valorização.
A Companhia A está obrigada a apresentar demonstrações
consolidadas em conformidade com a NBC TG 36 (R3).
 
 
Com base nas informações apresentadas e no que dispõe a
Norma Brasileira de Contabilidade NBC TG 36 (R3) –
Demonstrações Consolidadas, é correto afirmar que as
demonstrações consolidadas apresentadas pela Companhia A:
a) Evidenciarão a posição financeira e os resultados das
operações das Companhias A, B, C e D como se fossem uma
única entidade.
b) Combinarão itens similares de ativos, passivos, patrimônio
líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa com os de suas
investidas B e D:
c) Eliminarão integralmente ativos e passivos, patrimônio
líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa intragrupo
relacionados a transações entre as Companhias A, B, C e D:
d) No que tange a transações similares e outros eventos em
circunstâncias similares, serão elaboradas utilizando políticas
contábeis uniformes àquelas utilizadas pelas Companhias B, C
e D:
Alternativa A: INCORRETA. A Companhia A não controla a
Companhia C, logo a Companhia A não deve consolidar as
demonstrações da Companhias C.
 
Alternativa B: CORRETA. Nas demonstrações consolidadas, os
ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos
de caixa da controladora e de suas controladas são
apresentados como se fossem uma única entidade econômica.
Dado que a Companhia A controla apenas as Companhias B e D,
a Companhia A deve consolidar apenas as demonstrações das
Companhias B e D.Alternativa C: INCORRETA. A Companhia A não controla a
Companhia C, logo a Companhia C não faz parte do grupo
econômico, portanto transações entre as Companhias A e C não
são consideradas transações intragrupo.
 
Alternativa D: INCORRETA. A Companhia A não controla a
Companhia C, logo a Companhia A não deve consolidar as
demonstrações da Companhias C.
 
Resposta: B
 
R E S P O S T A1 5
Grau de dificuldade: intermediário
É T I C A E L E G I S L A Ç Ã O P R O F I S S I O N A L
O contador Y foi contratado por uma empresa que realiza
práticas ilícitas, especialmente lavagem de dinheiro, estando,
inclusive, envolvida em esquema nacional de desvio de dinheiro.
Ao perceber a conduta da empresa, é correto afirmar que o
contador Y deverá:
1 6
a) Solicitar à empresa vantagens para auxiliar nas operações
fraudulentas e ilícitas.
b) Denunciar às autoridades competentes, por ser um ato ilícito
especialmente grave.
c) Orientar a empresa contra as disposições legais e as normas
brasileiras de contabilidade.
d) Continuar prestando serviços à empresa,
independentemente da realização de atos ilícitos.
Dica do autor: O Código de Ética do Contador foi recentemente
alterado pela NBC PG 01/19, e revogou todas as Resoluções que
regulavam a conduta ética dos contadores, desde a Resolução
803/96 até a Resolução 1.307/10. A relação completa pode ser
encontrada ao final da NBC PG 01/19. Este novo código de ética
passou a vigorar a partir de 01/06/2019. Portanto, esta prova do
exame de suficiência, realizada após esta data, já deve obedecer
ao novo regulamento de conduta ética do contador.
 
Alternativa A: INCORRETA. O contador está impedido de
participar de qualquer prática ilícita; item 5 da NBC PG 01/19,
subitem B, página 2 da norma. Considerando-se as normas do
COAF, os contadores devem estar atentos a práticas desonestas
para lavagem de dinheiro e têm obrigação legal de denunciar tais
crimes para as autoridades competentes.
 
Alternativa B: CORRETA. Os contadores estão obrigados a
denunciar práticas ilícitas para lavagem de dinheiro.
 
Alternativa C: INCORRETA. Está vedado pelo Item 5 e subitem M
da NBC PG 01/19.
 
Alternativa D: INCORRETA. É vedado ao contador ligar o seu
nome a atividades consideradas ilícitas, conforme item 5 e
subitem N, da NBC PG 01/19.
 
Resposta: B
 
R E S P O S T A1 6
Grau de dificuldade: fácil
É T I C A E L E G I S L A Ç Ã O P R O F I S S I O N A L
Capacitadora é a entidade credenciada em Conselho Regional de
Contabilidade que promove atividades de Educação Profissional
Continuada consoante as diretivas desta norma (NBC PG 12 (R3),
33.).  Em conformidade com a referida norma, constituem-se em
possíveis capacitadoras, EXCETO:
1 7
a) Tribunal de Contas da União (TCU).
b) Conselho Federal de Farmácia (CFF).
c) Fundação Brasileira de Contabilidade (FBC).
d) Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Dica do autor: A NBC PG 12 (R3)/17 estabelece que os
organismos de especialização ou desenvolvimento profissional
que podem obter o credenciamento para capacitação de
membros da profissão de contador precisam ter expertise em
cursos que envolvam contabilidade e atividades correlatas, tais
como: economia, administração, tributos ou finanças. Sabendo-
se disto, fica mais fácil identificar dos organismos apresentados
nas opções, qual deles não tem competência para capacitar
contadores.
 
Alternativa A: CORRETA. O TCU tem larga competência para
ministrar treinamentos na área contábil, embora o faça com
objetivos de treinar seu pessoal para fiscalizar o que se faz com
os recursos repassados pela União.
 
Alternativa B: INCORRETA. O CFF atua na área de farmácia e
tem competência para regular esta atividade; o Conselho de
Farmácia não tem relação com contabilidade.
 
Alternativa C: CORRETA. A FBC é altamente capacitada para
treinamentos na área contábil.
 
Alternativa D: CORRETA. As universidades, de forma
generalizada, estão aptas, pelas suas respectivas unidades de
contabilidade a ministrarem capacitação na área contábil.
 
Resposta: B
 
R E S P O S T A1 7
Grau de dificuldade: fácil
C O N T A B I L I D A D E A P L I C A D A A O S E T O R
P Ú B L I C O
A normatização dos procedimentos contábeis relativos a
provisões, passivos contingentes e ativos contingentes foi
elaborada com base na Norma Brasileira de Contabilidade
Aplicada ao Setor Público, NBC TSP 03, de 21 de outubro de 2016,
aprovada pelo Conselho Federal de Contabilidade e utilizada no
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP) 8ª
edição para colaborar com o processo de elaboração e execução
do orçamento. Segundo a NBC TPS 03 e o MCASP 8ª edição, o
Passivo Contingente NÃO pode ser definido como um(a)
1 8
a) Obrigação presente que decorre de eventos passados, mas
não é reconhecida porque não é possível fazer uma estimativa
confiável do valor da obrigação.
b) Obrigação possível que resulta de eventos passados, e cuja
existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de
um ou mais eventos futuros incertos, não completamente sob o
controle da entidade.
c) Obrigação presente que decorre de eventos passados, mas
não é reconhecida porque é improvável que a saída de recursos
que incorporam benefícios econômicos ou potencial de serviços
seja exigida para liquidar a obrigação.
d) Evento não planejado ou não esperado que não esteja
totalmente sob o controle da entidade e que acarreta a
possibilidade de um ingresso de recursos sob a forma de
benefícios econômicos ou potencial prestação de serviços à
entidade.
Um passivo não pode ser definido como um evento ou um
acontecimento, mas como uma obrigação assumida em
decorrência de eventos.
Um passivo não acarreta o ingresso de recursos, mas a saída.
Esta alternativa apresenta na realidade características de
Ativo Contingente, compatíveis com o item 40 da NBC TPS 03:
“Ativos contingentes usualmente decorrem de eventos não
planejados ou inesperados que (a) não estejam totalmente sob
controle da entidade e (b) que dão origem a possibilidade da
entrada de recursos econômicos ou potencial de serviços para
a entidade”.
Alternativa A: CORRETA. Em conformidade com a definição dada
pela NBC TPS 03 a Passivo Contingente no item 18 (a, ii).
 
Alternativa B: CORRETA. Esta alternativa descreve exatamente a
definição dada pela NBC TPS 03 a Passivo Contingente no item
18 (a).
 
Alternativa C: CORRETA. Esta alternativa descreve exatamente a
definição dada pela NBC TPS 03 a Passivo Contingente no item
18 (a, i).
 
Alternativa D: INCORRETA. Esta alternativa evidencia os
seguintes erros:
 
 
 
 
Resposta: D
 
R E S P O S T A1 8
Grau de dificuldade: intermediário
C O N T A B I L I D A D E A P L I C A D A A O S E T O R
P Ú B L I C O
“Os Princípios Orçamentários visam estabelecer diretrizes
norteadoras básicas, a fim de conferir racionalidade, eficiência e
transparência para os processos de elaboração, execução e
controle do orçamento público. Válidos para os Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário de todos os entes federativos –
União, Estados, Distrito Federal e Municípios – são estabelecidos e
disciplinados por normas constitucionais, infraconstitucionais e
pela doutrina” (MCASP, 2019, p. 28). Considerando o seguinte
enunciado “[...] cabe ao Poder Público fazer ou deixar de fazer
somente aquilo que a lei expressamente autorizar, ou seja,
subordina-se aos ditames da Lei”. Para o cumprimento desse
princípio, o Poder Executivo deverá estabelecer o plano plurianual,
as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais. O enunciado
refere-se ao Princípio
1 9
a) da Unidade.
b) da Legalidade.
c) da Exclusividade.
d) da Universalidade
Alternativa A: INCORRETA. Segundo o MCASP, o princípio da
Unidade, na realidade “determina existência de orçamento único
para cada um dos entes federados – União, estados, Distrito
Federal e municípios – com a finalidade de se evitarem múltiplos
orçamentos paralelos dentro da mesma pessoa política”.
 
Alternativa B: CORRETA. A questão cita excerto do MCASP, que
define o princípio da Legalidade.
 
Alternativa C: INCORRETA. Segundoo MCASP, o princípio da
Exclusividade, na realidade “estabelece que a LOA não conterá
dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa”.
 
Alternativa D: INCORRETA. Segundo o MCASP, o princípio da
Universalidade, na realidade “determina que a LOA de cada ente
federado deverá conter todas as receitas e despesas de todos os
poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público”.
 
Resposta: B
 
R E S P O S T A1 9
Grau de dificuldade: fácil
C O N T A B I L I D A D E F I N A N C E I R A
Em 20X1 a Sociedade Empresária “A” adquiriu, por
R$1.000.000,00, o direito de explorar a marca comercial
(registrada) ABC. O direito de exploração dessa marca foi
estipulado em contrato e tem vigência de 10 anos. A Sociedade
Empresária “A” não pretende renovar o contrato e julga que o
método de amortização linear reflete o padrão de consumo pela
entidade dos benefícios econômicos futuros esperados com a
exploração da marca. Com base somente nessas informações e,
considerando-se a NBC TG 04 (R4) – Ativo intangível, assinale a
seguir a alternativa que evidencia o valor contábil de amortização
acumulada da marca comercial ABC que estará reconhecido no
Balanço Patrimonial da Sociedade Empresária “A” ao encerrar o
exercício social de 20X1. Admita que não há valor residual e que a
marca estava disponível para uso em 01/01/20X1, momento em
que a Sociedade Empresária “A” iniciou a exploração.
2 0
a) R$ 8.300,00
b) R$ 100.000,00
c) R$ 200.000,00
d) R$ 1.000.000,00
Dica do autor: São necessários conhecimentos sobre o método
de amortização linear, semelhante ao método de depreciação.
 
Resolução: Para resolver com objetividade a questão, sabendo
que a empresa adota o método de amortização linear, para
calcular o valor da amortização anual referente ao ano de 20X1,
basta dividir o valor de custo pelo prazo de exploração da marca,
conforme planilha detalhada abaixo:
 
 
 
 
 
 
 
 
Abaixo, encontra-se o raciocínio desenvolvido para definir cada
alternativa de resposta:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desta forma, o valor da amortização é durante um ano é
R$100.000,00.
 
Resposta: B
 
R E S P O S T A2 0
Grau de dificuldade: fácil
C O N T A B I L I D A D E F I N A N C E I R A
A Lei nº 6.404/76, apresenta a ordem de classificação das contas
do ativo:
2 1
a) Contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor
nominal será classificada como Reserva de Capital.
 
b) Contas de Ativo Circulante serem apresentadas antes das
contas que informam o Ativo Não Circulante – Imobilizado
pertencente à companhia.
 
c) Participações Permanentes em outras sociedades e os
Direitos de qualquer natureza serem classificados no Ativo Não
Circulante – Ativo Intangível.
 
d) Ações em Tesouraria deverão ser destacadas no Balanço
Patrimonial como dedução da conta do patrimônio líquido que
registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.
“Art. 178 [...]
§ 1º “no ativo, as contas serão classificadas em ordem
decrescente de grau de liquidez”.
Essa afirmativa acarreta no fato da(s):
Dica do autor: São necessários conhecimentos básicos sobre as
contas patrimoniais.
 
Alternativa A: INCORRETA. A contribuição do subscritor de
ações que ultrapassar o valor nominal será classificada como
Reserva de Capital. A conta em análise não é de ativo.
 
Alternativa B: CORRETA. A disposição das contas de ativo
circulante, apresentadas antes das contas de ativo não
circulante, caracteriza a disposição em ordem do grau de
liquidez, tendo em vista que as mesmas se convertem em
dinheiro mais rapidamente que as contas de ativo não circulante.
 
Alternativa C: INCORRETA. As participações permanentes em
outras sociedades e os direitos de qualquer natureza não fazem
parte do ativo intangível.
 
Alternativa D: INCORRETA. As ações em tesouraria não são
contas de ativo, mas redutora do patrimônio líquido.
R E S P O S T A2 1
Grau de dificuldade: fácil
C O N T A B I L I D A D E F I N A N C E I R A
De acordo com a NBC TG 01 (R4), a Companhia G & F S.A. possui
em seu ativo imobilizado uma máquina que, com o passar do
tempo, verificou-se perda do valor de mercado e também de
desempenho econômico. Diante disso, decidiu-se calcular o valor
da possível redução ao valor recuperável desse ativo, de acordo
com os dados a seguir:
2 2
a) R$ 10.000,00.
b) R$ 10.200,00.
c) R$ 45.000,00.
d) R$ 45.200,00.
Valor Contábil da Máquina – R$425.000,00; 
Valor em Uso da Máquina – R$414.800,00; 
Valor Justo da Máquina – R$415.000,00; e, 
Gastos para colocar a Máquina à Venda – R$35.000,00.
Nesse contexto, a perda por desvalorização a ser reconhecida é
de:
Dica do autor: São necessários conhecimentos sobre
determinação do valor recuperável de ativos, em conformidade
com a Norma Técnica CPC 01.
 
Resolução: De acordo com a norma técnica NBC TG 01, nenhum
ativo pode estar registrado por um valor superior ao que se pode
recuperar pela venda ou pelo uso. O Valor recuperável é o maior
entre o valor em uso e o valor de venda líquido das despesas com
vendas. Para resolver com objetividade a questão, compara-se o
valor contábil da máquina com o seu valor recuperável e apura-
se o valor da perda por desvalorização, conforme planilha
detalhada abaixo:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Abaixo, encontra-se o raciocínio desenvolvido para definir cada
alternativa de resposta:
R E S P O S T A2 2
Grau de dificuldade: intermediário
Alternativa A: INCORRETA. Foi considerado incorretamente o
valor recuperável como sendo o valor justo da máquina de
R$415.000,00, para fins de apuração da perda por
desvalorização.
 
Alternativa B: CORRETA. Foi considerado corretamente o valor
recuperável como sendo o valor em uso da máquina de
R$414.800,00, depois de comparado com preço líquido de venda,
para fins de apuração da perda por desvalorização.
 
Alternativa C: INCORRETA. Foi considerado incorretamente o
valor recuperável como sendo o preço líquido de venda de
R$380.000,00, para fins de apuração da perda por
desvalorização.
 
Alternativa D: INCORRETA. Foi considerado incorretamente o
valor recuperável como sendo o valor em uso da máquina
deduzido dos gastos com a venda da máquina, obtendo um valor
líquido de R$379.800,00, para fins de apuração da perda por
desvalorização.
R E S P O S T A2 2
C U S T O , G E R E N C I A L E C O N T R O L A D O R I A
A Companhia BETA fabrica um único tipo de produto e
apresentou as seguintes informações em determinado período:
2 3
a) R$165.000,00; R$27.500,00.
b) R$165.000,00; R$65.000,00.
c) R$177.500,00; R$27.500,00.
d) R$177.500,00; R$65.000,00.
Quantidade Produzida: 16.000 unidades; 
Custos Variáveis: R$200.000,00; 
Custos Fixos: R$120.000,00; 
Despesas Variáveis: R$70.000,00; 
Despesas Fixas: R$30.000,00; 
Quantidade Vendida: 11.000 unidades; e, 
Preço de Venda Unitário: R$35,00.
De acordo com as informações anteriores e considerando o
custeio por absorção, assinale a alternativa correspondente ao
Resultado Bruto e ao Resultado Líquido do Período,
respectivamente.
CPP=Custos variáveis+Custos fixos
Custo unitário de produção=CPP ÷Volume de produção
CPV=Custo unitário de produção ∙quantidade vendida
Resolução: A questão trata do cálculo do resultado da empresa
quando se adota o método de custeio por absorção. Note que o
enunciado não informa sobre a existência de estoques finais e
iniciais de produtos em elaboração e produtos acabados.  Com
isso, para resolver a questão, inicialmente precisamos apurar o
Custo de Produção do Período (CPP), o custo unitário de
Produção e o Custo da Produção Vendida (CPV). Para tanto,
vamos utilizar as seguintes fórmulas:
 
 
Onde,
EIPA = Estoque Inicial de Produtos Acabados 
CPA = Custo da Produção Acabada no período 
EFPA = Estoque Final de Produtos Acabados
 
Logo,
CPP= R$ 200.000 + R$120.000 = R$320.00
Custo unitário = R$320.000 ÷ 16.000 = R$20
CPV= R$20 ∙11.000 = R$220.000
 
Em seguida, pode-se apurar o Resultado Bruto (RB) e o
Resultado Líquido do Período (RLP) da seguinte forma:
 
RB = Receita Total - CPV = R$35 ∙11.000 - R$220.000 =
R$165.000
RLP = RB - Despesas Variáveis- Despesas Fixas R$165.000 -
R$70.000 - R$30.000 = R$65.000
 
Resposta: B
R E S P O S T A2 3
Grau de dificuldade: intermediário
C U S T O , G E R E N C I A L E C O N T R O L A D O R I A
Uma determinada fábrica de produção não deu prioridade às
medidas de segurança contra incêndio exigidas pelo Corpo de
Bombeiros. Assim, houve um incêndio e o fogo destruiu parte da
fábrica. Porém, certos registros contábeis, mantidos em outra
repartição, revelaram o período de 1º de janeiro a 26 de fevereiro
de 2019:
2 4
a) R$10.000,00.
b) R$18.000,00.
c) R$28.000,00.
d) R$33.000,00.
Para saber o custo histórico dos estoques para a estimativa de
financiamento, considerando os dados fornecidos anteriormente,
é correto afirmar que o valor do estoque de materiais diretos em
26/02/2019 é de:
Dica do autor: Custos de Transformação são o mesmo que Custo
de Conversão
 
Resolução:
 
Nesta questão, devemos lembrar que:
 
Custos Primários = MD + MOD
CC = MOD + CIF
 
Onde,
MOD = Mão de Obra Direta
MD = Materiais Diretos
CC = Custo de Conversão
 
Dado que a questão informa o valor do CIF, logo:
 
CC = MOD + CIF
CC = 0,4CC + CIF
CC = 0,4CC + R$ 27.000
CC = R$45.000
 
Se a MOD representa 40% do custo de conversão (CC), então:
MOD = 0,4 × R$45.000 = R$ 18.000
 
Com isso,
Custos Primários = MD + MOD
R$ 50.000 = MD + R$ 18.000
MD = R$ 32.000
 
R E S P O S T A2 4
Grau de dificuldade: intermediário
Note que os R$32.000 se referem ao valor dos Materiais Diretos
consumidos no período.  Para calcular o valor do estoque de
materiais diretos em 26/02/2019, basta aplicar a seguinte
fórmula:
 
MDc = EIMD + Compras – EFMD
 
Onde,
MDc = Materiais Diretos consumidos no período
EIMD = Estoque inicial de Materiais Diretos
EFMD = Estoque Final de Materiais Diretos
 
Logo:
R$32.000 = R$ 20.000 + R$40.000 – EFMD
EFMD = R$ 28.000
 
Resposta: C
R E S P O S T A2 4
M A T E M Á T I C A F I N A N C E I R A
Determinado cliente captou um empréstimo de R$20.000,00 para
ser liquidado em 4 prestações mensais, periódicas, iguais e
postecipadas, à taxa de juros compostos de 2% a.m. Assim que
efetuou o pagamento da 2ª prestação, o cliente informou que
poderia pagar, naquela mesma data, as duas prestações que
ainda restavam, mas se o banco concedesse algum desconto. O
banco informou que poderia conceder 1% a.m. de desconto
comercial simples sobre o valor de cada uma das duas prestações
que ainda restavam. Considerando somente as informações
apresentadas, assinale, entre as alternativas a seguir, o valor
total mais próximo que o cliente desembolsaria para quitar, com
desconto, as duas prestações que ainda restavam. Admita o mês
comercial de 30 dias em todas as situações apresentadas e que os
juros mensais estão embutidos no valor das prestações.
2 5
a) R$5.252,48
b) R$10.347,39
c) R$15.599,87
d) R$20.000,00
Resolução: Utilizando a calculadora financeira (HP12C) para
encontrar o valor da prestação:
 
20.000 PV
4 n
2 i
PMT
 
PMT = R$5.252,48
 
Utilizando a fórmula do desconto comercial simples:
 
D=N ∙i∙n
 
Onde,
N = valor nominal do título
i = taxa de desconto
n = tempo
 
D1 = R$5.252,48 0,01 1 = R$52,5248
D2 = R$5.252,48 0,01 1 = R$105,0496
D = R$5.252,48 0,01 1
 
A partir dessas informações, vamos encontrar o valor a ser pago.
Para isso, devemos subtrair cada um dos descontos do valor da
prestação. Assim:
 
R$5.252,48 – R$52,5248 + R$5.252,48 – R$105,0496
R$5.199,9552 + R$5.147,4304
R$10.347,3856
 
Resposta: B
R E S P O S T A2 5
Grau de dificuldade: intermediário
M A T E M Á T I C A F I N A N C E I R A
Uma pessoa contraiu um financiamento no valor de R$20.000,00
para pagamento em 6 prestações bimestrais, iguais e sucessivas,
devendo a primeira prestação ser paga 60 dias após contrair o
financiamento. A taxa de juros compostos contratada para esta
dívida foi de 3% ao bimestre e os juros bimestrais estão
embutidos no valor das prestações. Considerando somente as
informações apresentadas e desconsiderando a incidência de
impostos e taxas, assinale o valor mais próximo de cada
prestação a pagar. Caso necessário, admita o ano comercial com
360 dias.
2 6
a) R$3.333,33
b) R$3.433,33.
c) R$3.510,50.
d) R$3.691,95.
Resolução: Utilizando a calculadora financeira (HP12C):
 
20.000 PV
6 n
3 i
PMT
 
PMT = R$3.691,95
 
Resposta: D
R E S P O S T A2 6
Grau de dificuldade: fácil
A U D I T O R I A
Segundo a NBC TA 620 – Utilização do Trabalho de Especialistas,
o especialista do auditor é uma pessoa ou organização com
especialização em área que não contabilidade ou auditoria,
contratado pelo auditor, cujo trabalho nessa área é utilizado pelo
auditor para ajudá-lo a obter evidência de auditoria suficiente e
apropriada. O especialista do auditor pode ser interno (um sócio,
ou equivalente no setor público quando relevante, ou uma pessoa
que faz parte da equipe, incluindo equipe temporária, da firma do
auditor ou de firma da rede), ou externo. 
 
Um especialista do auditor pode ser necessário para ajudar o
auditor em um ou mais dos seguintes assuntos, EXCETO:
2 7
a) Entendimento da entidade e de seu ambiente, incluindo seus
controles internos.
 
b) Determinação e implementação de respostas gerais aos
riscos avaliados no nível de demonstrações contábeis.
 
c) Avaliação da suficiência e adequação da evidência de
auditoria obtida na formação de opinião sobre as
demonstrações contábeis.
 
d) Execução de procedimentos adicionais de auditoria para
responder aos riscos avaliados no nível de afirmação,
compreendendo a indagação e os procedimentos analíticos.
Dica do autor: A resposta que compõe melhor esta questão,
como tudo que acontece na atividade de auditoria, é com base
em regulação. Neste caso, a própria questão faz referência à
NBC TA 620, norma esta emitida em 2009 e que, até este
momento (novembro de 2019), ainda não sofreu alteração. A
NBC TA 620 equivale à ISA 620, emitida pela IFAC e regulamenta
a utilização do trabalho de especialistas por parte do auditor.
Observe que o especialista deve ser utilizado para assuntos não
ligados a contabilidade ou auditoria. A norma relaciona alguns
exemplos de temas que podem demandar os conhecimentos de
um especialista. Está no item A1, página 7 da norma, e
apresenta assuntos que podem envolver desde a avaliação de
instrumentos financeiros complexos até a análise de assuntos
complexos de natureza fiscal. São seis itens destacados pela
norma. Vamos examinar cada uma das alternativas, lembrando
que procuramos a exceção, ou seja, o que não está de acordo
com a norma 620. Mais uma vez, é preciso chamar a atenção do
candidato sobre a necessidade de ler estudando as normas
técnicas de auditoria.
 
Alternativa A: CORRETA. O entendimento da entidade e de seu
ambiente, incluindo seus controles, é uma das possibilidades que
permitem ao auditor buscar o auxílio de um especialista. É a
primeira opção do item A4, página 8 da norma 620. Esse
entendimento por parte do especialista é fundamental para que o
auxílio desejado pelo auditor seja efetivo. Cada entidade tem
peculiaridades específicas, como bancos, companhias de
seguros, indústrias, casas comerciais, prestadores de serviços
como companhias aéreas, com seus ambientes operacionais
característicos e controles estabelecidos pela administração da
organização auditada.
R E S P O S T A2 7
Grau de dificuldade: fácil
Alternativa B: CORRETA. Também faz parte do item A4, sendo a
terceira opção da relação. Mas, o que seriam procedimentos para
determinar e implementar respostas gerais aos riscos avaliados
no nível de demonstrações contábeis? Isto nos remete a uma
outra regulação. A NBC TA 330 (R1) – Resposta do Auditor aos
Riscos Avaliados é uma norma publicada em 03/12/2009 e
revisada em 05/09/2016, por isso o (R1). Este regulamento
responsabiliza o auditor pelo planejamento e respostas aos
riscos de distorção relevante identificados e avaliados pelo
auditor com base na NBC TA 315 (R1), que trata da avaliação
dos riscos de distorção relevante por meio do entendimento da
entidade, assunto da opção A desta mesma questão.
 
Por esta razão, conhecera entidade auditada é fundamental
para medição dos possíveis riscos no nível de demonstrações
contábeis. Esses riscos a serem avaliados estão no nível de
afirmação: quem afirma alguma coisa é a administração da
entidade auditada. Temos, então, dois tipos de riscos no nível de
afirmação: o risco inerente e o risco de controle. Risco inerente
refere-se à possibilidade de distorções em transações, saldos de
contas e divulgações, realizadas pela administração da entidade
auditada. O risco de controle está ligado ao sistema de controles
internos implantado pela administração da entidade auditada,
cabendo ao auditor certificar-se de que estes controles estão
operando adequadamente e isto é feito com base na obtenção de
evidências através de testes. O especialista que auxilia o auditor
também deve estar apto a avaliar tais riscos de distorção.
 
Alternativa C: CORRETA. Esta alternativa nos coloca diante de
uma outra regulação, pois, como dito no enunciado da questão, a
norma que regula as evidências de auditoria é a NBCTA 500
(R1). Originalmente essa norma foi emitida em 2009 e revisada
em 2016. As evidências de auditoria são obtidas através de
procedimentos e fundamentarão a emissão de opinião por parte 
R E S P O S T A2 7
da auditoria pela obtenção de conclusões sobre as áreas
auditadas. As evidências são informações originadas da
contabilidade da entidade auditada, que darão a base de
sustentação para elaboração das demonstrações contábeis e
também são obtidas de outras fontes além da contabilidade,
como através da circularização de clientes, fornecedores, bancos,
outras fontes e também da última auditoria realizada. O auditor
precisa obter evidências que sejam consideradas apropriadas e
suficientes para embasamento da sua opinião; a etapa do
trabalho para obtenção dessas evidências ocupa a maior parte
de tempo de trabalho dos auditores. Um especialista também
deve estar apto a avaliar se as evidências são adequadas e
suficientes e possa, desse modo, auxiliar com segurança o
trabalho de auditoria.
 
Alternativa D: INCORRETA. Na NBC TA 330 (R1), item 27, página
6, afirma-se que é função e obrigação do auditor decidir se é
preciso executar procedimentos adicionais de auditoria, caso não
tenha obtido evidência apropriada e suficiente para embasar a
sua opinião. A NBC TA 200 (R1)-16, norma base para a execução
de trabalhos de auditoria independente de demonstrações
contábeis, trata do ceticismo profissional, que obriga o auditor a
estar alerta a casos em que sejam necessários aplicar
procedimentos adicionais de auditoria, incluindo outros
procedimentos, mesmo que não estejam contemplados nas NBC
TA. Sendo assim, caberá apenas ao auditor responsável pelos
trabalhos a decisão pela execução de procedimentos adicionais;
e não aos especialistas que ajudam na obtenção de evidências e
esclarecimentos vinculados às suas respectivas áreas de
atuação, vinculados, sempre, à responsabilidade do auditor que
executa e responde pelos trabalhos. Observem o item A 20 da
NBC TA 200 (R1) sobre o ceticismo profissional, bem como o item
A1 da NBC TA 330 (R1), página 7, e o item 27, na página 6,
dessa mesma norma.
 
R E S P O S T A2 7
A U D I T O R I A
A NBC TA 500 (R1) – Evidência de Auditoria descreve os
procedimentos de auditoria que podem ser utilizados como
procedimentos de avaliação de riscos, testes de controles ou
procedimentos substantivos, dependendo do contexto em que
sejam aplicados pelo auditor. Diante do exposto, analise as
afirmativas, marque V para as verdadeiras e F para as falsas.
2 8
I. (    ) Inspeção: envolve o exame de registros ou
documentos, internos ou externos, em forma de papel,
em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame
físico de um ativo. A inspeção de registros e documentos
fornece evidência de auditoria com graus variáveis de
confiabilidade, dependendo de sua natureza e fonte e,
no caso de registros internos e documentos, da eficácia
dos controles sobre a sua produção. Um exemplo de
inspeção utilizada como teste é a inspeção de registros
em busca de evidência de autorização.
 
II. (    ) Indagação: consiste na busca de informações
junto a pessoas com conhecimento, financeiro e não
financeiro, dentro ou fora da entidade. A indagação é
utilizada extensamente em toda a auditoria, além de
outros procedimentos de auditoria. As indagações
podem incluir desde indagações escritas formais até
indagações orais informais. A avaliação das respostas
às indagações é parte integral do processo de
indagação.
 
III.  (   ) Observação: consiste no exame de processo ou
procedimento executado por outros, por exemplo, a
execução independente pelo auditor de procedimentos
ou controles que foram originalmente realizados como
parte do controle interno da entidade.
A U D I T O R I A2 8
A observação fornece evidência de auditoria a respeito
da execução de processo ou procedimento, mas é
limitada ao ponto no tempo em que a observação ocorre
e pelo fato de que o ato de ser observado pode afetar a
maneira como o processo ou procedimento é executado.
 
IV. (    ) Procedimentos analíticos: consistem em
avaliação das informações feitas por meio de estudo das
relações plausíveis entre dados financeiros e não
financeiros. Os procedimentos analíticos incluem
também a investigação de flutuações e relações
identificadas que sejam inconsistentes com outras
informações relevantes ou que se desviem
significativamente dos valores previstos.
A sequência está correta em:
a) V, V, F, V.
b) V, F, V, V.
c) F, V, F, V.
d) V, F, V, F.
Dica do autor: Como dito no enunciado da questão, a norma que
regula as evidências de auditoria é a NBCTA 500 (R1)-16.
Originalmente, essa norma foi emitida em 2009 e revisada pela
primeira vez em 2016, e trata de regulamentar a obtenção de
evidências em auditoria. As evidências de auditoria são obtidas
através de procedimentos e fundamentarão a emissão de opinião
por parte da auditoria, pela obtenção de conclusões sobre as
áreas auditadas. As evidências são informações originadas da
contabilidade da entidade auditada que darão a base de
sustentação para elaboração das demonstrações contábeis e
também são obtidas de outras fontes além da contabilidade,
como através de confirmações externas de clientes,
fornecedores, bancos e também da última auditoria realizada. O
auditor precisa recolher evidências que sejam consideradas
apropriadas e suficientes para embasamento da sua opinião e a
etapa do trabalho para obtenção dessas evidências ocupa o
maior tempo dos auditores. Conforme citado no item A2 da
NBCTA 500 (R1), os procedimentos de auditoria utilizados na
obtenção de evidências podem ser a inspeção, observação,
confirmação, recálculo, reexecução, procedimentos analíticos e a
indagação. Geralmente esses procedimentos são utilizados de
forma combinada e a indagação é um procedimento
complementar, isoladamente e de pouca eficácia para obtenção
de evidências no nível de afirmação e da eficácia do sistema de
controles internos. Dito isto, vamos analisar cada uma das
alternativas e identificar aquela que estiver com a sequência
correta.
 
Assertiva I: VERDADEIRA. A inspeção é retratada nesta prova
como uma cópia fiel, letra por letra, do conteúdo a respeito deste
procedimento, em seu item A 14, página 6, da NBC TA 500
(R1)-16, que regula as evidências de auditoria.
R E S P O S T A2 8
Grau de dificuldade: difícil
O que pode ser passível de inspeção? Em geral, documentos, tais
como contratos, registros contábeis, propriedade de bens pela
inspeção de escrituras, documento de registro de veículo,
contratos de arrendamento e até mesmo a inspeção de ativos
intangíveis. Como dito na norma, chamando a atenção, no caso
dos intangíveis, a inspeção colabora para se atestar a existência
do bem, mas não fornece base adequada para medir o nível das
obrigações, os direitos da entidade auditada sobre este
intangível e o valor de registro na contabilidade.
 
Assertiva II: VERDADEIRA. Trata-se de uma transcrição literal do
item A 22, página 7 da NBC TA 500 (R1). É bom salientar que as
indagaçõespodem ser formais ou verbais. No caso de alguma
indagação verbal, por critério do auditor, aplicando o chamado
julgamento profissional, pode ser necessário pedir confirmação
formal de uma determinada indagação verbal. Isto nos remete a
uma outra norma, a NBC TA 580 (R1)-16, que trata das
representações formais (outra norma que deve ser estudada pelo
candidato).
 
Assertiva III: FALSA. Vejam que o procedimento é o de
observação e não de execução. O elaborador da questão
transcreve, com poucas modificações, o item A 17, página 7 da
NBC TA 500 (R1)-16, só que altera a palavra observação, como
está na normativa do CFC, pela palavra execução, alterando o
procedimento que assim não se limitaria a uma simples
observação. Primeiro, apresentamos o trecho contido na questão
elaborada e aplicada nesta prova: “consiste no exame de
processo ou procedimento executado por outros, por exemplo, a
execução independente pelo auditor de procedimentos ou
controles que foram originalmente realizados como parte do
controle interno da entidade”.
 
R E S P O S T A2 8
Agora, observem como está na NBC TA 500 (R1)-16 – “consiste
no exame de processo ou procedimento executado por outros,
por exemplo, a observação pelo auditor da contagem do estoque
pelos empregados da entidade ou da execução de atividades de
controle.” Uma questão assim dificulta bastante, pois altera
apenas uma palavra e, basicamente, muda o sentido da
regulação. Visto que usam este artifício, é necessário ter muita
atenção ao significado das palavras. Chamamos novamente a
sua atenção para o nome do procedimento (observação). Quem
observa, observa alguém ou alguma coisa e, por isto, não pode
ser quem executa um procedimento ou tarefa. Observamos
também que a NBC TA 500 faz referência, neste procedimento da
observação, para uma outra normativa relacionada, que é a NBC
TA 501-09 – que trata de Evidência de Auditoria – Considerações
Específicas para Itens Selecionados. Esta norma está vinculada a
questões envolvendo estoques e litígios e também deve ser
estudada pelo candidato.
 
Assertiva IV: VERDADEIRA. Apresenta-se a transcrição literal do
item A 21, página 7 da NBC TA 500 (R1)-16. É, portanto,
verdadeira esta afirmativa sobre os Procedimentos analíticos.
Contudo, vale observar que a NBC TA 500, item A 21, remete à
NBC TA 520-09, que trata especificamente dos Procedimentos
Analíticos, sendo importante que o candidato estude esta
regulação de forma complementar.
 
Resposta: A
R E S P O S T A2 8
P E R Í C I A
De acordo com a NBC TP 01 – Perícia Contábil “os procedimentos
periciais contábeis visam fundamentar o laudo pericial contábil e
o parecer técnico-contábil e abrangem, total ou parcialmente,
segundo a natureza e a complexidade da matéria, exame, vistoria,
indagação, investigação, arbitramento, mensuração, avaliação e
certificação”. De acordo com a referida norma, marque a
alternativa que apresenta um significado correto.
2 9
a) Arbitramento: é a especulação de valores, quantidades ou a
solução de controvérsia por critério técnico-científico.
 
b) Vistoria: é a diligência que objetiva a verificação e a
constatação de situação, coisa ou fato, de forma circunstancial.
 
c) Investigação: é a busca de informações mediante entrevista
com conhecedores do objeto ou de fato relacionado à perícia.
 
d) Indagação: é a pesquisa que busca trazer ao laudo pericial
contábil ou parecer técnico-contábil o que está oculto por
quaisquer circunstâncias.
Alternativa A: INCORRETA. De acordo com a NBC TP 01, “O
arbitramento é a determinação de valores ou a solução de
controvérsia por critério técnico.” A norma fala sobre
determinação de valores, enquanto a alternativa aborda a
especulação de valores.
 
Alternativa B: CORRETA. Conforme a NBC TP 01, “A vistoria é a
diligência que objetiva a verificação e a constatação de situação,
coisa ou fato, de forma circunstancial.”
 
Alternativa C: INCORRETA. Conforme a NBC TP 01, “A
investigação é a pesquisa que busca trazer ao laudo pericial
contábil ou parecer pericial contábil o que está oculto por
quaisquer circunstâncias.”
 
Alternativa D: INCORRETA. De acordo com a NBC TP 01, “A
indagação é a busca de informações mediante entrevista com
conhecedores do objeto ou fato relacionado à perícia.”
 
Resposta: B
R E S P O S T A2 9
Grau de dificuldade: intermediário
P E R Í C I A
A NBC PP 01 – Perito Contábil apresenta diversos termos e os
conceitos atribuídos a cada um. À luz da referida norma, e
marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
3 0
I. (    ) Perito oficial: é nomeado pelo juiz, árbitro, autoridade
pública ou privada para exercício da perícia contábil.
 
II. (    ) Perito-assistente: é o contador, regularmente registrado
em Conselho Regional de Contabilidade, que exerce a
atividade pericial de forma pessoal, devendo ser profundo
conhecedor, por suas qualidades e experiências, da matéria
periciada.
 
III.  (    ) Perito do juízo: é o investido na função por lei e
pertencente a órgão especial do Estado destinado,
exclusivamente, a produzir perícias e que exerce a atividade
por profissão.
 
IV. (    ) Perito: é o contratado e indicado pela parte em perícias
contábeis.
A sequência está correta em:
a) F, F, F, F.
b) V, F, V, F.
c) F, V, F, V.
d) F, V, V, V.
Assertiva I: FALSA. A descrição da afirmativa refere-se a perito-
contador nomeado: “Perito-contador nomeado é o designado
pelo juiz em perícia contábil judicial; contratado é o que atua em
perícia contábil extrajudicial; e escolhido é o que exerce sua
função em perícia contábil arbitral” (NBC PP 01).
 
Assertiva II: FALSA. A afirmativa refere-se ao cargo de Perito:
“Perito é o Contador regularmente registrado em Conselho
Regional de Contabilidade, que exerce a atividade pericial de
forma pessoal, devendo ser profundo conhecedor, por suas
qualidades e experiências, da matéria periciada” (NBC PP 01).
 
Assertiva III: FALSA. A norma não trata de perito do juízo. Existe,
sim, o perito-contador, que é nomeado em juízo para exercer as
atividades de perícia.
 
Assertiva IV: FALSA. A afirmativa refere-se a Perito-contador
assistente: “Perito-contador assistente é o contratado e indicado
pela parte em perícias contábeis, em processos judiciais e
extrajudiciais, inclusive arbitral” (NBC PP 01).
 
Resposta: A
R E S P O S T A3 0
Grau de dificuldade: intermediário
E A Í , G O S T O U D O E - B O O K ?
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