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DOC DO CURSO INOVA APROFUNDAMENTO PV

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1.1.1 Abertura do módulo 
Neste módulo, vamos retomar nossa discussão sobre Projeto de Vida e o propósito desse 
componente no âmbito do Programa Inova Educação, além de refletir sobre os desafios dos 
adolescentes e jovens e da escola no mundo contemporâneo. 
O trabalho com o Projeto de Vida atribui sentido e significado ao projeto escolar, em resposta 
aos desafios advindos do mundo contemporâneo sob o ponto de vista da formação dos 
jovens. Trabalhar com o Projeto de Vida contribui para transformações pretendidas nos 
planos social, político, econômico e cultural, porque aposta no sonho, cuida do presente e 
planeja o futuro. 
Organização e objetivos de aprendizagem 
Para desenvolver melhor esses conceitos e objetivos, o módulo 1 está organizado pelos 
temas: 
 Projeto de Vida como eixo central na escola. 
 Integração Projeto de Vida e outras áreas de conhecimento. 
 Como implementar o componente Projeto de Vida. 
 Definição de papéis e atribuições. 
 Acompanhamento e monitoramento de ações. 
O que esperamos que você alcance neste módulo 
 Reconhecer que a consolidação de uma nova cultura escolar tem o Projeto de Vida como 
eixo central da escola. 
 Entender a importância de articular o componente curricular Projeto de Vida com as 
outras áreas de conhecimento e vice-versa. 
 Reconhecer que a implementação bem-sucedida do componente Projeto de Vida 
depende de ações articuladas e alinhadas de toda a equipe da escola, e não apenas do 
professor de Projeto de Vida. 
 Entender a importância do acompanhamento e do monitoramento do desenvolvimento 
de competências a serem trabalhadas em toda a escola para a realização do projeto de 
vida dos estudantes. 
1.1.2. Nova cultura escolar 
O Projeto de Vida reside no coração do projeto escolar. Ele é a centralidade e sua razão de 
existir. É fruto do foco e da conjugação de todos os esforços da equipe escolar. É nele que o 
currículo e a prática pedagógica realizam seu sentido na vida do estudante ao longo e ao final 
da educação básica. Ele deve ser fruto dos diversos aprendizados nas mais distintas áreas de 
conhecimentos do currículo, que se processa nas várias práticas educativas (in)formais e nos 
mais variados espaços e tempos escolares. É fruto também da presença pedagógica generosa 
e afirmativa daqueles que apoiaram a trajetória do estudante nos diversos ambientes em que 
ele realizou sua passagem – colegas, educadores, familiares. 
A proposta de consolidação de uma nova cultura escolar, tendo o Projeto de Vida como eixo 
central da escola, é pautada em referências importantes para a concepção de educação 
integral: 
 Quatro pilares da educação (UNESCO, 1996). 
 Desenvolvimento socioemocional. 
 Pedagogia da presença. 
 Protagonismo do estudante. 
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10707&pageid=6500
Esses princípios foram abordados no curso de formação básica. 
 Princípios para a concepção de educação integral. 
Porém, esses princípios e eixos não serão mobilizados na escola ao acaso, sem planejamento 
e trabalho. Quebrar alguns ciclos já instituídos há séculos pode ser difícil, porém possível! 
Hora de refletir! 
Que tal iniciar uma chuva de ideias sobre práticas que você já desenvolve e outras que 
poderia introduzir que contribuam para mobilizar os princípios e eixos do Projeto de Vida na 
escola? 
Lembre-se de atividades em que você estimulou que os estudantes desenvolvessem 
determinação, uma habilidade socioemocional ou uma proposta em que os convidou para 
atuarem na resolução de problemas do bairro onde vivem. 
Lembre-se de organizar um registro das suas reflexões e considerações do curso no bloco de 
nota do seu computador. 
Compartilhe suas ideias com outros educadores na escola em que você atua e nas redes 
sociais usando a hashtag #inova_educacao. 
1.1.3. Os sonhos 
No trabalho com o Projeto de Vida, os estudantes são levados a refletir sobre seus sonhos, 
suas ambições e aquilo que desejam para as suas vidas e que pessoas pretendem ser. Mas 
para chegar lá, é fundamental agir sobre os sonhos, ou seja, identificar quais etapas deverão 
atravessar e o que é preciso mobilizar para alcançar seus objetivos. 
Como fazer isso? Como potencializar o sonho dos estudantes na escola? 
Para aprofundar um pouco mais essa discussão, propomos um exercício. 
 1Leia e reflita sobre as questões apresentadas nos cards a seguir. 
 2Registre suas respostas. 
3Clique em cada card, leia os comentários e compare com as respostas dos seus registros. 
Só sonhar basta? 
Projetar a vida com base em uma visão que se constrói do próprio futuro é essencial para 
todo ser humano. As pessoas que constroem uma imagem afirmativa, ampliada e projetada 
no futuro e atuam sobre ela têm mais possibilidades de realizá-la do que aquelas que 
meramente sonham e não conseguem projetar de forma nítida o que pretendem fazer em 
suas vidas nos anos que virão. O que as diferencia é, sobretudo, que aquelas que têm uma 
visão estão comprometidas, direcionadas, fazendo algo de concreto para levá-las em direção 
a seus objetivos. 
Como ir além dos sonhos a partir das contribuições da escola? 
O Projeto de Vida se constrói a partir de alguém que sonha, que tem ambição e que quer 
realizá-lo. 
Para isso, a essa pessoa devem ser providas as condições de uma formação acadêmica de 
excelência, associada em uma mesma escala de importância a uma sólida formação em 
valores fundamentais para apoiá-la nas decisões que tomará ao longo da sua trajetória e, 
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/pluginfile.php/1750380/mod_lesson/page_contents/6500/inova_pv_aprofundamento_principios_v3.pdf
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10707&pageid=6501#collapseUm
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10707&pageid=6501#collapseDois
igualmente, no desenvolvimento de competências que permitirão a ela transitar e atuar 
diante dos imensos desafios da vida. 
Projeto de Vida é projeto profissional? 
Apoiar os estudantes na construção dos seus projetos de vida não significa ajudá-los na 
definição de uma carreira profissional, mas, antes, definir quem eles querem ser, que valores 
querem construir e instituir em sua vida como fundamentais, que conhecimentos esperam ter 
constituído de maneira a ter ampliado e diversificado o seu repertório e que, no conjunto, o 
apoiarão na tomada de decisões sobre os diversos domínios de suas vidas, ou seja, a vida 
pessoal, social e a profissional. 
Qual desenvolvimento a escola precisa promover? 
Desenvolvimento pleno dos estudantes. Para isso, um forte trabalho baseado no 
desenvolvimento de um conjunto amplo de habilidades, entre elas as de natureza 
socioemocional, se torna fundamental. A literatura tem mostrado e evidenciado que o que 
mais importa no desenvolvimento de uma pessoa desde os seus primeiros anos de vida é 
menos a quantidade de informações que chegam até ela e mais o desenvolvimento de um 
conjunto de habilidades como autoconhecimento, autocontrole, persistência, determinação, 
entre outras. Vale aqui não apenas o que se aprende, mas como se aplica o que foi aprendido 
e de que forma se usufrui. 
Que lugar o trabalho com o Projeto de Vida deve ocupar na escola? 
É importante pensar que a construção dos Projetos de Vida dos estudantes reside no coração 
do projeto escolar, na prática pedagógica de todos os educadores, nos processos de gestão e 
nas expectativas dos adolescentes e jovens estudantes. 
1.1.4. Escola como potencializadora de sonhos dos estudantes 
Para a construção do Projeto de Vida, o estudante precisa partir de uma situação real que o 
impulsione a uma participação ativa em sua própria vida. É importante lembrar que esta 
construção é uma tarefa para toda a vida. O processo de autoconhecimento e tomada de 
decisão se inicia quando o estudante é instigado a refletir sobre seus sonhos e, sobretudo, 
quando é levado a ter confiança em si, acreditando que é capaz. 
Ao construir seu projeto de vidaO estudante tem a oportunidade de encontrar um papel significativo na sociedade. Para isso, 
é preciso reafirmar sempre suas condutas positivas para que ele mesmo e os outros 
acreditem que ele pode e consegue alcançar seus sonhos. 
Ao refletir sobre seus objetivos de vida 
O estudante vai compreendendo a importância da escola para realizar seus planos. Essa 
constatação é o início de todo o processo, pois, ao perceber que é por meio de ações 
presentes que se concretizam os objetivos futuros, o estudante compreende que é possível 
sonhar, planejar seu futuro e que ele é o ator principal desse processo! 
E se tudo indicar que o estudante não tem sonhos? 
Então é trabalho da escola levar sonhos aos que não ousam sonhar... Romper o ciclo de que 
não existem possibilidades para uma parcela significativa da população brasileira não é tarefa 
fácil, mas possível. No material de apoio você encontrará dicas para trabalhar com estes 
estudantes. 
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10707&pageid=6501#collapseTres
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10707&pageid=6501#collapseQuatro
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10707&pageid=6501#collapseCinco
Como resultado de todo processo educativo, idealiza-se um jovem autônomo, solidário e 
competente (COSTA, 2001). Nesse sentido, o conjunto dos componentes curriculares e 
metodologias desenvolvidos na escola não atuam só para desenvolver a excelência 
acadêmica e, sim, para fortalecer o adolescente e o jovem para que acreditem que são 
capazes de elaborar e executar seu projeto de vida. 
Toda a lógica da escola tem que ser construída e baseada na convicção de que todo 
estudante é capaz de aprender, todo estudante tem um sonho e a escola tem um papel 
estruturante para que o sonho se torne realidade! Para tanto, é necessário fortalecer os 
estudantes na busca da realização de seus sonhos e na construção do seu Projeto de Vida. 
Hora de refletir! 
Assista ao vídeo Duas garotas, duas vidas. 
Esse filme foi exibido pela primeira vez no show de abertura da Copa do Mundo da FIFA em 
Joanesburgo, África do Sul, em 10 de junho de 2010. O roteiro narra a trajetória de vida de 
duas meninas, nascidas no mesmo dia, em Joanesburgo. Após assistir o vídeo, convidamos 
você a refletir sobre alguns dos questionamentos a seguir: 
 1 De que forma a equipe escolar pode contribuir para a construção do projeto de vida dos 
estudantes? 
 2 Como você imagina que as aulas de Projeto de Vida podem oportunizar e garantir a 
construção do projeto de vida dos estudantes? 
Comentário 
O Projeto de Vida é o eixo estruturante da escola e pressupõe um esforço concentrado da 
equipe escolar para assegurar seu pleno desenvolvimento. Esse esforço de desdobrar-se em 
diversas atividades presentes em todos os componentes curriculares pressupõe a definição 
de objetivos, de um plano para alcançá-los e das ações que deverão ser realizadas. 
Cada estudante precisa materializar seu Projeto de Vida em um documento escrito a ser 
constantemente revisado (diário de bordo), tendo um professor responsável pela tarefa de 
orientá-lo tanto na construção inicial quanto no seu constante aprimoramento. 
Para a construção do Projeto de Vida, o estudante precisa partir de uma situação real que o 
impulsione a uma participação ativa em sua própria vida. É importante lembrar que esta 
construção é uma tarefa para toda a vida. O processo de autoconhecimento e tomada de 
decisão se inicia quando o estudante é instigado a refletir sobre seus sonhos e, sobretudo, 
quando é levado a ter confiança em si, acreditando que é capaz. 
1.1.5. O papel do componente Projeto de Vida 
Um dos aspectos preocupantes da situação atual da educação está no nível de expectativa 
que os adolescentes e os jovens têm em relação a si mesmos. Muitos deles percebem que, 
para ter chances de realizar seus sonhos, precisam desenvolver habilidades e competências 
que dependem de uma formação adequada. Nesse sentido, a escola tem papel fundamental e 
o componente Projeto de Vida foi intencionalmente proposto para fazer frente a essa 
situação. 
O Projeto de Vida é um meio de motivar o estudante a fazer bom uso das oportunidades 
educativas. Aos educadores, cabe a tarefa de apoiar o projeto de vida de seus educandos e 
garantir a qualidade de suas ações. No entanto, cabe também aos estudantes a 
corresponsabilidade no seu desenvolvimento, já que são os interessados diretos. O projeto de 
vida é o foco para o qual devem convergir todas as ações educativas, sendo construído a 
partir do provimento da excelência acadêmica, da formação para valores e da formação para 
o mundo produtivo. 
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10707&pageid=6502
https://www.youtube.com/watch?v=7lzR1OAfeg8
Importante! 
É fundamental que a equipe escolar incentive o estudante a refletir sobre quem ele é, quem 
ele gostaria de ser e ajudá-lo a planejar o caminho que precisa seguir para alcançar o que 
pretende ser. Essa reflexão deve contemplar a articulação entre a singularidade do indivíduo 
e os diversos contextos em que está inserido, o que dará suporte a ele na realização de suas 
escolhas. 
A aquisição das aprendizagens oferecidas pela escola ao estudante é um elemento 
fundamental para a construção do projeto de vida, pois possibilita seu desenvolvimento 
acadêmico e pessoal. 
A construção do projeto de vida deve considerar a reflexão sobre sonhos e planos, que é um 
processo complexo e, por vezes, demorado, que pode ser alterado à medida que os 
estudantes amadurecem, sendo também um estímulo àqueles que nem ousam sonhar. 
A importância de ter um objetivo para realizar o sonho 
No contexto atual, constata-se que não basta à escola oferecer boas aulas; é igualmente 
necessário que haja interesse por parte dos estudantes de participar ativamente do processo 
de ensino e aprendizagem. Esse interesse recebe um importante reforço quando o 
adolescente ou o jovem tem um projeto, um objetivo, um desejo direcionado, bem como a 
consciência de que a realização de seus sonhos depende daquilo que ele pode aprimorar em 
si mesmo, com o apoio da equipe escolar. Assim, a equipe escolar deve oferecer recursos 
materiais e pedagógicos para que os estudantes consigam realizar seus projetos de vida, e 
esses, por sua vez, precisam aprender a buscar nas práticas escolares os meios para essa 
realização. 
A proposta de orientar o estudante no desenvolvimento de seu projeto de vida impacta o 
ambiente escolar no processo de ensino e aprendizagem que deverá traduzir uma postura 
inventiva e criativa, na capacidade de enfrentar e resolver problemas e na curiosidade face 
ao novo, em que é importante que o professor atue como mediador e moderador. 
 
1.1.6. Acolhimento e primeiro rascunho do projeto de vida do estudante 
No primeiro dia de aula, os estudantes participam de uma ação intitulada Acolhimento. Nesse 
momento, os estudantes vivenciam dinâmicas de grupo, nas quais são levados a refletir 
sobre suas aspirações. Ao final dessa atividade, cada estudante será capaz de escrever um 
primeiro rascunho do seu projeto de vida, isto é, colocar no papel quais são seus sonhos, 
bem como o que precisa fazer para que eles se tornem realidade. Isso marca o início de um 
processo colaborativo entre os educandos e os educadores. 
Assim, é fundamental que os educadores incentivem cada educando a sonhar e a fazer o 
esforço necessário para realizar seus sonhos, bem como apoiá-lo nesse processo. Iniciando o 
percurso da construção do projeto de vida, os estudantes percebem a relação que as 
atividades escolares têm com seus sonhos. Dessa forma, o Projeto de Vida sela uma parceria 
entre cada estudante e a escola, e a concretização de seus anseios passa a ser meta também 
da escola e de cada membro da equipe escolar. 
Para preparar os estudantes e a escola para o acolhimento, haverá formações específicas e 
aprofundadas no tema. Para começar a pensar mais sobreesse processo, veja como 
organizar este dia. 
Para concluir este tema, é importante destacar três pontos: 
1-A fim de projetar o futuro é importante estimular aqueles que não ousam sonhar. 
2-É preciso que se ensine a cuidar do sonho. Quando o estudante cria planos de 
ação para atingir seus sonhos e percebe que na escola ele encontra recursos que 
aumentam suas chances de chegar lá, o Projeto de Vida se fortalece. 
3-Não há como dizer para um estudante o que ele deve ser ou fazer. Mas há como 
incentivá-lo a refletir sobre “quem ele é” e “quem ele gostaria de ser” e ajudá-lo a 
planejar o caminho que ele precisa seguir para ser “quem ele pretende ser”. 
Esses são elementos importantes que intencionalmente devem movimentar o fazer cotidiano 
e contribuir com uma nova cultura escolar, na qual as práticas se organizam com base em 
seus estudantes e permitam ajudá-los a converter intenção em ação. 
Resumindo, as bases para a elaboração do projeto de vida são: 
 1Os sonhos como matéria-prima. 
 2A história de vida, as expectativas e as experiências de cada um. 
 3A construção de "quem eu sou" como ponto de partida. 
 4Ampliação de repertórios para a tomada de decisões. 
 Aquisição de competências e habilidades para: 
1. projetar uma visão de si próprio no futuro; 
2. definir metas de curto, médio e longo prazo; 
3. planejar e criar as condições para realizar a sua visão. 
 
1.1.7. Integração entre Projeto de Vida e outras áreas de conhecimento 
Na formação básica, foi iniciada a discussão sobre a importância de articular as áreas de 
conhecimento do Currículo Paulista com o componente curricular Projeto de Vida e vice-
versa. 
O convite feito aqui é para aprofundarmos a compreensão de que o trabalho com o Projeto 
de Vida é uma ação coletiva da escola com papéis bem definidos. 
Todas as ações da escola devem se dar, sempre de forma intencional, partindo e voltando 
para o projeto de vida de seus estudantes. Assim, cria-se uma rede de trocas de saberes e 
informações sobre quem são os estudantes e como respondem a essa imbricada rede de 
trabalho. 
1.1.8. A importância dos papéis da equipe para desenvolvimento integral de PV 
O trabalho com o Projeto de Vida confere e agrega sentido às aprendizagens relacionadas aos 
componentes das áreas de conhecimento do Currículo Paulista, às Eletivas, à Tecnologia e 
Inovação e aos produtos do Acolhimento. Há uma relação de complementaridade entre as 
aprendizagens e sentidos construídos desde o Acolhimento, as aulas de Projeto de Vida e os 
conhecimentos apreendidos nos demais componentes curriculares. Dessa forma, o 
desenvolvimento alcançado em cada um dos componentes é articulado e mobilizado de 
maneira integrada e indissociável em todas as aulas e na vida do estudante como um todo. 
Os impactos positivos e o sentido percebido nas aulas de Projeto de Vida não devem se 
restringir a esse componente, mas devem ser irradiados, recebendo insumos e contribuições 
de outros componentes. 
É importante que toda a equipe escolar reflita sobre a seguinte questão: 
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10707&pageid=6506
Com base no infográfico Projeto de Vida e o desenvolvimento pleno, reflita: o que o trabalho 
com o Projeto de Vida reverbera nos outros componentes do Currículo Paulista e/ou do 
Programa Inova? 
Para que esse movimento aconteça, é fundamental que a equipe tenha seus papéis definidos: 
 Quem faz o quê? 
 Com quem atuo ou para quem entrego os resultados da minha ação? 
 Acompanhamento e monitoramento dessa rede de ações pelos professores, 
coordenadores pedagógicos, gestores e os próprios estudantes. 
 Uso das ATPCs para trocas e construções coletivas. 
Assim, é preciso que o gestor escolar atue na perspectiva de acompanhar sua equipe para 
inspirar os estudantes. 
E o professor? 
Despertar: Os professores devem instigar o estudante a pensar nos seus sonhos de vida, 
quais percursos deve trilhar para alcançá-los e, com isso, como se tornará uma pessoa 
melhor. 
Exemplo: O professor pode pedir aos estudantes que identifiquem uma pessoa que admirem 
muito. Vale ser um profissional da escola, um membro da comunidade, um colega, um 
familiar ou uma personalidade famosa. Depois, em duplas, os estudantes dividem as razões 
pelas quais fizeram aquelas escolhas. Nessa conversa, a dupla deve falar de elementos que 
gostariam de desenvolver em suas vidas – sonhos – inspirados por aquelas figuras. 
Conduzir: Os professores devem conduzir os estudantes a refletirem sobre as ações, as 
etapas que deverão atravessar e sobre os mecanismos necessários para chegar aonde 
desejam. 
EXEMPLO: O professor pode sugerir aos estudantes que definam uma meta que gostariam de 
atingir em sua vida acadêmica e pessoal ao final de cada mês. Para chegar lá, os estudantes 
são convidados a listar três ações que devem tomar, com prazos. Ao longo do mês, cada 
estudante acompanha as ações de um colega e o ajuda a cumprir seus planos. 
Jamais desconsiderar: Os professores jamais desconsideram que o FOCO é o estudante, 
independentemente de suas circunstâncias, tal como ele é, como vive e como se constituiu 
ao longo de sua vida. 
EXEMPLO:O professor pode pedir para que os estudantes tragam fotos de pessoas 
importantes nas suas vidas e contem um pedaço da sua história em que aquela figura foi 
relevante e por quê. Dessa forma, professor e colegas ficam conhecendo mais da trajetória 
de cada um. 
 
O trabalho com o Projeto de Vida existe para apoiar o estudante: 
 no reconhecimento da importância da educação ao longo de todas as etapas da vida; 
 na tomada de decisões pautadas por valores que promovam atitudes de não indiferença 
em relação a si próprio, ao outro e ao seu entorno social; 
 na organização daquilo que aprende, para que se torne parte do seu repertório. 
1.1.9. Como implementar o componente Projeto de Vida 
Veja algumas ações que devem ser feitas na escola para que a implementação do 
componente curricular Projeto de Vida seja bem-sucedida. 
Decisões pedagógicas 
É importante ter ciência de que o trabalho com Projeto de Vida deve ser uma ação da escola, 
e não apenas do professor de Projeto de Vida. 
O centro das decisões pedagógicas da escola precisa ser o estudante e seu projeto de vida. 
Um movimento essencial nessa direção é saber quem são os estudantes da escola. 
Os registros da secretaria escolar têm muitas informações sobre seus estudantes, que 
permitem à equipe escolar começar a conhecê-los melhor: 
 De quais escolas vieram? 
 Quais são seus resultados acadêmicos: são estáveis ou instáveis? Já reprovaram? 
Quantas vezes? 
 Moram longe ou perto da escola? 
Importante! 
Esses levantamentos jamais devem ser usados para criar "rótulos" sobre os estudantes. São 
apenas uma forma de entender mais sobre o perfil daqueles que estudam na unidade escolar 
e, assim, pautar as suas ações. 
Acolhimento 
O trabalho com o Projeto de Vida nasce nas oficinas do Acolhimento, em que há momentos 
de revelação de sonhos, desejos e expectativas (ou de sua ausência). 
As oficinas conduzem os estudantes à reflexão sobre seus objetivos e à sistematização de 
suas metas, cuja continuidade se dará ao longo de sua jornada escolar. 
Todo o material do Acolhimento deve ser estudado pela equipe escolar, liderada pela 
Coordenação Pedagógica. Primordialmente, o trabalho com o varal dos sonhos merece um 
olhar destacado: 
 Quantos sonham? 
 Quantos não sonham? 
 Com o que sonham? 
 Vale lembrar que estes são elementos que dão subsídios para a criação das Eletivas. 
DICA! 
O coordenador pedagógico deve recolher e organizar todo o material produzido no 
Acolhimento em pastas, envelopes e saquinhos. Cada estudante deve ter um envelope, por 
exemplo, e estes devem ser agrupados e organizados por turma. Esse material traz 
informações preciosas sobre os estudantes de sua escola e será de fundamental importância 
para a elaboração do perfil deles. 
É importante que o estudantesaiba que professores e gestores lerão aquilo que ele escreveu. 
Não se esqueça de deixar esse combinado claro desde o começo das atividades. Caso haja 
algum estudante que não se sinta confortável ainda para compartilhar seus sonhos, a equipe 
escolar deve respeitar seu desejo e trabalhar, ao longo do ano, para que ele se sinta seguro 
para isso. Esse é um sinal, até mesmo, de que o estudante deve ser cuidadosamente 
acompanhado. 
Perfil do estudante 
O perfil do estudante une as informações sobre seus sonhos às levantadas pela secretaria 
escolar. Esse perfil não deve ser visto ou tratado como algo determinante sobre a forma de 
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10707&pageid=6507#collapse1
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10707&pageid=6507#collapse2
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10707&pageid=6507#collapse3
ser do estudante ou para estigmatizá-lo, mas como ponto de partida para a construção de 
seu projeto de vida. 
O professor de Projeto de Vida deve: 
 Alimentar constantemente esse perfil com informações advindas de suas aulas, em 
diálogo com os estudantes; 
 Acompanhar quais competências socioemocionais estão sendo mais mobilizadas e 
desenvolvidas em cada estudante e quais precisam ser prioritariamente fortalecidas, de 
modo que todos os professores – orientados pela coordenação pedagógica – possam 
acompanhar e contribuir no desenvolvimento do estudante; 
 Compartilhar em ATPCs e em outras oportunidades informações relevantes do perfil do 
estudante com outros professores da escola. 
DICA! 
No Módulo 4 deste curso, você conhecerá um instrumento muito útil que vai apoiar sua 
prática pedagógica no sentido de acompanhamento e desenvolvimento socioemocional dos 
estudantes. 
Montar o perfil do estudante é uma atividade fundamental para o trabalho com o Projeto de 
Vida. Ainda que seja um documento em constante elaboração, auxilia os professores do 
componente em suas atividades específicas e os demais profissionais da escola num 
movimento de conhecimento e aproximação dos estudantes, possibilitando foco dedicado 
nesse trabalho. Por isso, o perfil deve ser de conhecimento de todos os profissionais da 
escola e usado para alinhar os educadores (todos os que têm interface com o estudante) 
sobre como agir e atuar com o perfil nos diversos espaços da escola. 
Cultura escolar 
A cultura escolar deve ser centrada no estudante e ter como objetivo fortalecê-lo em todas 
as suas dimensões na busca por seu projeto de vida. Assim, a escola provê as condições de 
uma formação acadêmica de excelência associada a uma sólida formação para a 
vida e a um conjunto de competências socioemocionais fundamentais para viver neste 
século. 
Para isso, um ambiente em que o estudante se sinta seguro e saiba que pode contar com os 
profissionais e estudantes ao seu redor se faz essencial. Os grupos de apoio entre pares, em 
que estudantes se apoiam quando percebem que estão em situações de bullying, por 
exemplo, podem contribuir para a criação de uma cultura escolar de paz. A clareza de quais 
membros da equipe gestora podem dar suporte em cada situação de conflito também se faz 
essencial. 
Você viu que é fundamental que todo o trabalho da escola articule todos os fazeres escolares 
e envolva todos os seus atores, como estudantes, professores, coordenação pedagógica e 
gestão. Lembre-se de que a família não pode ficar de fora também! 
Hora de criar! 
Agora, a ideia é que você olhe para suas classes e crie um protótipo para conhecer o perfil 
dos estudantes e identificar caminhos que a escola pode seguir para contribuir com a 
realização dos sonhos deles. Lembre-se de que o perfil é um documento sigiloso e deve ser 
pautado nas reuniões de trabalho para alinhamento de ações e atitudes para com os 
estudantes. 
Vamos aos passos! 
 1Mapeie alguns estudantes para ter uma amostra representativa. Levante informações sobre 
eles: de que escolas vieram? Quais são seus resultados acadêmicos – sãos estáveis ou 
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10707&pageid=6507#collapse4
instáveis? Já reprovaram? Quantas vezes? Nunca reprovaram? Moram longe ou perto da 
escola? 
 2Com base na relação entre o perfil dos estudantes da sua amostra e os princípios do Inova 
Educação (por exemplo, protagonismo, presença pedagógica), indique caminhos que a escola 
pode trilhar para contribuir para a realização dos sonhos desses estudantes. 
 3Consolide o mapeamento como um protótipo que poderá ser aplicado em escala pela escola 
em outro momento. 
 4Compartilhe o protótipo com outros educadores na escola em que você atua. 
 
1.1.10. Alinhamentos da estrutura escolar 
Para que efetivamente o trabalho com o Projeto de Vida aconteça na escola, é necessário que 
as ações de todos se deem de forma alinhada, horizontal e vertical. Isso significa que, 
considerando o Projeto de Vida, todos da escola combinam sobre “o quê”, “quando”, “por 
quê” e “como” fazer uma ação ou tomar uma atitude. 
Veja que o professor de Projeto de Vida está alinhado com os demais professores da escola: 
ele não é mais nem menos que nenhum dos outros professores. Todos devem trocar entre si, 
nas reuniões coletivas (ATPC), informações que levem os estudantes a se movimentarem 
com base nas competências socioemocionais que foram priorizadas pela escola e também 
rumo a um fortalecimento da sua aprendizagem. Não se esqueça de que o professor de PV é 
também professor de outros componentes! 
Note que, aqui, o alinhamento é de ação e de atitude. 
 
Você pode, com o apoio do diretor da sua escola, retomar quais são as atribuições de cada 
um e encontrar os pontos de contato tanto horizontal como verticalmente. 
Para o trabalho com o Projeto de Vida, esses alinhamentos são de extrema importância: as 
informações geradas nas aulas do componente podem alimentar todos na escola e, assim, 
impactar diretamente no trabalho com os estudantes. Decisões precisam ser tomadas em 
todos os âmbitos de formação e, para que se alcance o sucesso esperado, todos precisam 
saber o que “ver e cuidar” com base no lugar que ocupam na dinâmica escolar. 
1.1.11. Principais atribuições e alinhamentos do trabalho com PV 
Vamos ver como os diferentes atores da escola podem se organizar para acompanhar, por 
exemplo, o desenvolvimento dos estudantes em algum dos diferentes aspectos trabalhados 
no Projeto de Vida. 
No quadro a seguir, a título de exemplo, a competência socioemocional “empatia” é 
evidenciada: 
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10707&pageid=6508
 Sala de aula Sala de 
leitura 
Pátio Refeitório Banheiros 
Quem 
Estudante 
Professor 
Coordenador 
pedagógico 
Estudante 
Professor 
Professor de 
sala de 
leitura 
Coordenador 
pedagógico 
Estudante 
Professor 
Coordenador 
pedagógico 
Diretor 
Vice-diretor 
Agente de 
organização 
escolar 
Merendeiras 
Equipe de serviços 
gerais 
Estudante 
Professor 
Coordenador 
pedagógico 
Diretor 
Vice-diretor 
Agente de 
organização 
escolar 
Merendeiras 
Equipe de 
serviços 
gerais 
Estudante 
Professor 
Coordenador 
pedagógico 
Diretor 
Vice-diretor 
Agente de 
organização escolar 
Merendeira 
Equipe de serviços 
gerais 
Como 
(exemplo) 
O estudante se 
coloca no lugar 
do colega numa 
situação de 
discordância ou 
conflito e os 
colegas em 
relação a ele. 
O professor 
exerce 
pedagogia da 
presença com 
todos os 
estudantes e 
estes 
reconhecem. 
O estudante 
não faz marcas 
no livro 
considerando 
que outros o 
usarão. 
O estudante não 
provoca 
conflitos na 
escola e quando 
presencia 
alguma situação 
de conflito 
coloca-se na 
posição de 
auxiliar na sua 
solução. 
Quando há 
incidente de 
derrubar parte 
da refeição na 
mesa ou no 
chão, o 
estudante toma 
a iniciativa de 
limpar sem ter 
que ser 
acionado por 
um terceiro. 
O estudante cuida 
do ambiente 
reconhecendoque 
é um espaço 
comum e que será 
usado por outros 
Esse movimento alinhado e vivenciado por todos potencializa o resultado a ser alcançado – 
nesse caso, que o estudante atue de forma empática. Observe que há um esforço para que 
todos estejam alinhados e desempenhem suas ações na escola, considerando suas 
especificidades, ao mesmo tempo em que tenham um objetivo comum de desenvolvimento 
pleno dos estudantes e reconhecimento do Projeto de Vida como o coração da escola. Vale 
lembrar que o Projeto de Vida, como mostra o quadro, não acontece apenas na sala de aula 
ou no tempo reservado para este componente. As diversas habilidades relacionadas ao 
componente podem se desenvolver a qualquer momento e é preciso estar atento para isso, 
criando estratégias de acompanhamento. 
Agora, considerando algumas das atividades do trabalho com Projeto de Vida, veja suas 
principais atribuições e alinhamentos: 
1. Coordenação pedagógica 
O quê? Quando? O que entregar? Para quem? 
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10707&pageid=6509#collapse5
Orientam a secretaria escolar a fazer 
pesquisa sobre os estudantes. 
No início de cada 
ano letivo. 
Relatório por turma com 
informações por estudante 
como já indicado nesse 
módulo. 
Todos os 
professores. 
Recolhem as produções dos alunos ao 
final do Acolhimento: varal dos sonhos e 
atividade da escalada. 
No início de cada 
ano letivo. 
Relatório dos sonhos dos 
estudantes da unidade 
escolar. 
Todos os 
professores. 
Sistematizam as informações coletadas 
no material oriundo das produções dos 
estudantes no Acolhimento. 
Produzem relatórios do varal dos sonhos 
e da atividade de escalada consolidando 
os indicadores e as informações 
relevantes. 
No início de cada 
ano letivo. 
Portfólios individuais de 
estudantes. 
Todos os 
professores. 
Alinha com os professores de PV e com 
o diretor as boas práticas e as ações de 
melhoria para monitoramento das ações. 
Semanalmente. Pontos relevantes (boas 
práticas e pontos de atenção) 
constatados na relação entre 
professor e estudante. 
Todos os 
professores. 
Monitoram o currículo previsto 
(Currículo Paulista), dado e aprendido de 
cada disciplina na escola. 
Quinzenalmente e 
semestralmente. 
Elementos para a tomada de 
decisão na oferta de 
excelência acadêmica (para 
posterior articulação com 
indicadores e PV). 
Todos os 
professores. 
Analisam os indicadores dos 
componentes do Currículo Paulista, 
sínteses dos resultados das aulas de PV 
para o período e do movimento dos 
demais componentes do Programa Inova 
Educação. 
Semanalmente. Relatório com impacto do 
trabalho com Projeto de 
Vida dos componentes do 
Currículo Paulista. 
Todos os 
professores. 
Alinham com todos os professores as 
ações previstas, as proposições para a 
superação dos pontos de atenção. 
Semanalmente. Ações previstas, proposições 
para a superação dos pontos 
de atenção. 
Todos os 
professores. 
Atenção 
A equipe gestora pode identificar quais atores, diretor ou vice, pode assumir essa frente, 
caso necessário. 
 
2. Professor de Projeto de Vida 
O quê? Quando? O que entregar? Para 
quem? 
Sistematizam as informações advindas do material do 
Acolhimento e elaboram o perfil de cada estudante. 
No início de 
cada ano 
letivo. 
Portfólios individuais de 
estudantes. 
Todos os 
professores. 
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10707&pageid=6509#collapse6
Revisam e alimentam o perfil de cada estudante com 
informações relevantes sobre seu desenvolvimento 
integral (exemplo: cognitivo, socioemocional, cultural). 
Mensalmente. Perfil dos estudantes 
atualizados. 
Todos os 
professores. 
Confrontam as informações do portfólio individual dos 
estudantes com o material (Caderno do Professor e do 
Estudante) de Projeto de Vida e elaboram o 
planejamento das aulas (o que será feito, quando, como, 
meta, indicadores e como monitorar). Cabe lembrar que 
a coordenação pedagógica apoia essa atividade. 
Semanalmente. X Todos os 
professores. 
Iniciam as aulas de PV com base em pontos relevantes 
(boas práticas e pontos de atenção) que identificam e 
registram constatados na relação entre professor e 
estudante. 
Semanalmente. X Todos os 
professores. 
Discutem, alinham, compartilham entre si os pontos de 
atenção e as boas práticas, com a finalidade de propor 
ações corretivas. 
Semanalmente. Pontos relevantes (boas 
práticas e pontos de 
atenção) constatados na 
relação entre professor e 
estudante. 
Todos os 
professores. 
Observe que todas as atividades precisam ser realizadas, a partir dos esforços de toda a 
equipe, por meio do Projeto Escolar. Caso contrário, o processo pode ser comprometido. 
Dessa forma, é a escola que deve prover as condições de uma formação acadêmica de 
excelência associada a uma sólida formação para a vida e para o desenvolvimento de 
competências cognitivas e socioemocionais – não há Projeto de Vida sem excelência 
acadêmica. 
A equipe de educadores deve se envolver com o Projeto de Vida (mesmo que não seja um 
professor desse componente curricular), de modo que o trabalho ao longo dos anos estimule 
no estudante a crença no seu potencial e o motive a atribuir sentido à criação do projeto que 
dá perspectiva ao seu futuro. 
Agora é com você! 
Os últimos quadros apresentados mostram o início de um processo de sistematização de 
papéis e responsabilidades dos profissionais da escola. Entretanto, você sabe que além de 
coordenação pedagógica e professor de Projeto de Vida, os outros atores da escola também 
têm papéis e responsabilidades no trabalho com Projeto de Vida. 
Para dar continuidade à sistematização iniciada nos quadros apresentados anteriormente, 
escolha um profissional da escola que não tenha sido contemplado no quadro e preencha a 
nova planilha. Baixe e preencha o quadro abaixo para registrar seus resultados. 
1.1.12. Acompanhamento e monitoramento das ações 
 
Dando continuidade ao nosso percurso de aprendizagem sobre como implementar o 
componente Projeto de Vida, é o momento de apresentar as formas de acompanhamento e 
monitoramento desse trabalho na escola. 
Para que a ação se efetive, é fundamental: 
Atuar na definição dos papéis e das atribuições de todos na escola com foco no trabalho 
articulado entre professores dos demais componentes/professores de Projeto de Vida/equipe 
gestora. 
Alinhar toda a equipe pedagógica para atuar intencionalmente com os três eixos formativos 
(excelência acadêmica, desenvolvimento das competências socioemocionais e formação para 
a vida). 
Alinhar a equipe para acompanhamento do desenvolvimento das competências a serem 
trabalhadas em todos os âmbitos da escola. 
Que tal saber mais detalhes sobre o processo de acompanhamento e monitoramento nos 
eixos indicados? 
Eixo excelência acadêmica 
É importante reforçar que não há Projeto de Vida que se sustente sem excelência acadêmica. 
É fundamental que todos, inclusive os estudantes, saibam o que se tem para ensinar e 
aprender em um bimestre/semestre; assim como as formas que serão utilizadas para fazer a 
avaliação. Essa ação possibilita que os estudantes regulem seu processo de aprendizagem e 
mobilizem importantes competências socioemocionais. 
Apoiada pela coordenação pedagógica, é importante que a equipe escolar defina um 
instrumento comum que tenha minimamente os conteúdos do Currículo Paulista de todos os 
componentes que serão trabalhados no período letivo (bimestre ou semestre), semelhante a 
uma ementa de disciplina no curso superior. Cada professor faz a parte referente ao 
componente que leciona. 
Tenha o cuidado de ajustar a linguagem à idade e ao ano/série dos estudantes! 
As formas de avaliação e as referências bibliográficas que sustentam o trabalho dos 
professores devem ser explicitadas nesse instrumento. Recomenda-se que o instrumento 
seja apresentado por todos os professores (cada um fala sobre oseu componente), em uma 
ação orquestrada na escola: na aula inaugural de um período letivo, por exemplo. 
Após a apresentação, é importante que o instrumento fique afixado numa parede da classe 
ao alcance dos olhos e do acompanhamento de todos. 
Cada vez que um conteúdo for concluído (ou não), o professor da disciplina deve voltar ao 
instrumento e dialogar com sua turma no sentido de evidenciarem os motivos que levaram 
àquele resultado: por que alcançamos (ou não alcançamos) o resultado esperado? A 
problematização, com base no resultado, trará à tona elementos que evidenciam atitudes e 
comportamentos a serem consolidados ou melhorados. 
Por exemplo, alcançamos porque fomos atentos, participativos, entre outros motivos. A 
pergunta seguinte deveria ser: como nos manteremos nessa trajetória? O contrário também 
pode acontecer: por que não alcançamos? Porque houve bagunça, porque fomos faltosos, 
entre outras possibilidades. A questão não é julgar o resultado, mas aprender com base nele, 
lembrando que nossas escolhas (comportamentais, inclusive) impactam os resultados 
alcançados. Assim, o trabalho será discutir, problematizar e construir coletivamente e com 
corresponsabilidade entre estudantes e professores soluções e estratégias de como vencer os 
desafios identificados. 
O conteúdo a ser trabalhado no bimestre/semestre deve ser monitorado, de forma alinhada, 
pelos professores nas suas disciplinas e pela coordenação pedagógica na escola, no máximo 
quinzenalmente, de modo que seja possível interferir e ajustar os processos pedagógicos 
para que o resultado final de aprendizagem dos estudantes seja o melhor possível. 
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10707&pageid=6510#collapse8
Cada professor, com a participação protagonista dos estudantes, deve monitorar os 
conteúdos trabalhados (não é necessário aplicar uma avaliação quinzenalmente). As 
observações, os trabalhos e as atividades fornecem informações importantes que, de agora 
em diante, devem ser usadas em favor do movimento do Projeto de Vida dos estudantes via 
desenvolvimento intencional das competências socioemocionais. 
Por exemplo, talvez seja importante mostrar para o estudante que ele venceu sua tolerância 
à frustração e por isso teve melhor resultado, assim como talvez algum estudante precise 
trabalhar com sua tolerância à frustração para ter um melhor resultado no próximo período 
(quinzena). Você e a escola precisarão atrelar todas as ações pedagógicas em torno do 
Projeto de Vida de seus estudantes. 
A tudo isso, deve se somar o monitoramento do desenvolvimento das competências 
socioemocionais na escola. 
Aqui, vale estimular que os estudantes criem agendas ou calendários para que também 
organizem a maneira como vão transitar pelo conteúdo. Tendo visibilidade de quantos temas 
vão aprender no bimestre, eles conseguem prever como vão priorizar seu tempo, dividir os 
horários de lazer e de tarefas etc. 
Projeto de Vida também tem tudo a ver com organização da vida escolar! 
Eixo desenvolvimento intencional de competências socioemocionais 
O acompanhamento e o monitoramento do desenvolvimento intencional de competências 
socioemocionais será realizado em dois âmbitos: 
 Geral (a ser realizado pelos diferentes atores da escola, em múltiplos espaços e 
momentos). 
 Específico (realizado pelo professor de Projeto de Vida, como base nas competências 
socioemocionais definidas para cada ano/série, utilizando um instrumento de avaliação 
formativa com rubricas). 
 
Como fazer o monitoramento no âmbito geral? 
É preciso que todos da escola se envolvam nesse trabalho. 
Retome o quadro apresentado anteriormente neste módulo. Com base nesse material, a 
gestão escolar pode organizar fóruns com estudantes, equipe pedagógica e demais 
funcionários para juntos definirem como podem monitorar se essas competências estão ou 
não sendo desenvolvidas. Um exemplo é acompanhar se a escola está gastando menos 
recurso financeiro com reparos que podem ser evitados pela ação intencional de quem usa a 
escola. Outro ponto é medir se o possível desperdício com a alimentação diminuiu. Ou, ainda, 
se o número de brigas e conflitos diminuiu. 
Para tanto, recomenda-se que os estudantes sejam mobilizados a produzir cartazes ou outros 
recursos que deixem evidente e visível na escola que esse trabalho está acontecendo e que é 
um compromisso de todos. 
No âmbito da sala de aula, a coordenação pedagógica pode alinhar com todos os professores 
como os estudantes podem definir pequenas metas pessoais para o desenvolvimento das 
competências discutidas. Essas metas podem constar nas suas agendas sobre os conteúdos 
que aprenderão ao longo do bimestre. 
Como fazer o monitoramento no âmbito específico? 
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10707&pageid=6510#collapse9
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/pluginfile.php/1750380/mod_lesson/page_contents/6510/pv_m1_quadro_comofazer.pdf
Será realizada, no componente curricular Projeto de Vida, uma metodologia de 
desenvolvimento e acompanhamento das competências socioemocionais, concebida como 
processo de avaliação formativa. Essa metodologia é fundamentada no diálogo entre 
professor e estudante, no autoconhecimento, no estabelecimento de objetivos e na tomada 
de decisão sobre quem se é e quem se quer ser. 
É importante ressaltar que o Projeto de Vida deve ser um articulador do projeto pedagógico 
de educação integral das escolas, com papel de potencializar e irradiar o desenvolvimento 
intencional de competências socioemocionais articulado ao desenvolvimento cognitivo dos 
estudantes. Cabe relembrar que as competências socioemocionais são maleáveis, ou seja, 
passíveis de serem desenvolvidas por meio de experiências formais e informais de 
aprendizagem, apesar de se apresentarem como padrões mais ou menos consistentes de 
pensamentos, sentimentos e comportamentos. 
Eixo formação para a vida 
É sobre a aquisição, o fortalecimento e a consolidação de valores e ideais e a capacidade de 
fazer escolhas de estilos de vida saudáveis, sustentáveis e éticos. É, ainda, sobre enfrentar 
os desafios do século XXI, o que requer um deliberado esforço para cultivar, desde sempre, a 
compreensão da importância de o estudante cumprir com suas responsabilidades pessoais e 
sociais, em diversos contextos: 
 Sua escola. 
 Sua cidade. 
 A sociedade, em maior ou menor escala. 
 O prazo, seja ele curto, médio ou longo. 
Exemplo 
Monitorar a frequência e a pontualidade é um caminho para evidenciar se o estudante 
cumpre com suas responsabilidades como esperado e apoiá-lo, caso seja necessário corrigir 
rotas e alinhar posturas. 
Cabe à equipe escolar realizar um acompanhamento que não tenha como foco um 
“julgamento”, mas o desenvolvimento dos indivíduos como estudantes e cidadãos. Sem 
julgar, é necessário identificar quem se atrasa, por que se atrasa, quando se atrasa (são 
sempre os mesmos estudantes de uma turma, nas aulas de um mesmo professor?). É 
fundamental fazer perguntas para entender como o estudante está se desenvolvendo e quais 
desafios está enfrentando. 
Identificar o papel da equipe escolar nessa dinâmica é fundamental para que as 
responsabilidades inerentes à vida escolar sejam cumpridas e os estudantes sintam-se 
apoiados e desenvolvam relações de confiança em si e nos educadores. Lembre-se de que o 
professor precisa ser um exemplo para seus estudantes, seguindo a linha da homologia de 
processos, de modo que o cumprimento de horários precisa ser acompanhado pela 
coordenação pedagógica e pela gestão escolar, para que haja coerência no trabalho com os 
valores na escola. 
A formação para a vida fortalece as condições para que o estudante veja valor em si mesmo, 
em sua vida, nas experiências que configuram sua trajetória, conheça-se mais e melhor, 
identificando seus interesses e necessidades, bem como caminhos e estratégias para superar 
as dificuldades e as possíveis frustrações e alicerçar a busca da realizaçãode seus sonhos. 
Nesse sentido, quais evidências podem ser trabalhadas como subsídios para que a equipe 
escolar incentive os estudantes a se fortalecerem e apoiarem seus pares? 
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10707&pageid=6510#collapse10
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10707&pageid=6510
Por exemplo, sabemos que bullying, automutilação e até mesmo suicídio são problemas 
enfrentados pelos estudantes. A escola precisa estar atenta e sensível para observar pontos 
de atenção nesse sentido e mobilizar estratégias, considerando o protagonismo dos 
estudantes para mitigar problemas dessa ordem. 
O acompanhamento e o desenvolvimento de uma formação para a vida visam possibilitar 
ajustes que proporcionem aos estudantes atuar num mundo em acelerado processo de 
mudanças e transformações nos mais variados âmbitos: político, social, econômico, 
tecnológico etc. 
Dessa forma, os produtos do monitoramento do currículo devem ser vistos juntamente com o 
produto do desenvolvimento das competências socioemocionais na escola e com as 
evidências do trabalho intencional com a formação para a vida. Esses elementos devem levar 
à reflexão da equipe escolar e à tomada de ação e atitudes alinhadas de todos com os 
estudantes: 
 Quais comportamentos devem ser elogiados e por quê? 
 Quais comportamentos devem ser chamados a determinadas responsabilidades e 
revisões e por quê? 
 Como cada um e todos vão empreender essa ação de forma positiva e propositiva 
impulsionando o estudante a melhorar suas ações e atitudes? 
Essa ação deve ser empreendida pela coordenação pedagógica, alimentada por todos os 
professores e pelos professores de Projeto de Vida, e deve ser cíclica: quinzenalmente, como 
indicador de processo de um bimestre/semestre. 
Nessa perspectiva, cada bimestre/semestre vai se interligando ao outro por esses pequenos 
movimentos e, entre estes, as tomadas de decisão alinhadas da equipe impulsionam os 
estudantes a se manterem firmes na direção de seus projetos de vida. 
 
2.1.1. Abertura do módulo 
Olá, educador! Seja bem-vindo ao módulo 2! 
Este módulo será dedicado à apresentação dos Organizadores Curriculares do componente 
Projeto de Vida. Vale lembrar que o ponto de partida para essa construção é a experiência de 
mais de oito anos do Programa Ensino Integral. 
Para começar, é importante que você volte seu olhar para os momentos de vida dos 
estudantes ao longo da trajetória escolar no Ensino Fundamental – Anos Finais e Ensino 
Médio. 
No módulo 1 da Formação Básica, “Adolescências e Juventudes”, você ouviu depoimentos de 
adolescentes e jovens acerca de seus interesses, desafios, potencialidades e relatando 
também como veem a escola em que estudam e a escola que desejam. Aqui, a proposta é 
retomar a reflexão sobre características e potencialidades dos estudantes paulistas para 
articular essa visão às diretrizes curriculares do componente Projeto de Vida. 
Organização e objetivos de aprendizagem 
Para desenvolver melhor esses conceitos e objetivos, o módulo 2 está organizado pelos 
temas: 
 Características e potencialidades dos estudantes paulistas; 
 Ideal formativo; 
 Organizadores curriculares; 
 Percurso formativo por ano/série. 
O que esperamos que você alcance neste módulo 
 Compreender os organizadores curriculares articulados à ênfase em competências 
socioemocionais e os motivos da organização. 
 Entender o que será discutido ano a ano no componente Projeto de Vida. 
 Apresentar como se organiza a progressão em Projeto de Vida. 
2.1.2. Processo de escuta 
A escuta da rede pública estadual de educação paulista, representada por educadores da 
Diretoria de Ensino, aconteceu com o objetivo de olhar e conhecer as características 
marcantes dos estudantes do 6º ano ao 9º ano do Ensino Fundamental e da 1ª à 3ª série do 
Ensino Médio. 
Agora, a proposta é que você realize a mesma atividade, que servirá de norte para as 
discussões ao longo deste módulo. 
Hora de refletir! 
Siga o passo a passo e faça anotações no bloco de notas de seu computador. Esses registros 
serão úteis às formações nos horários de trabalho pedagógico, assim como ao 
desenvolvimento de suas atividades docentes com suas turmas. 
 1Escolha uma das turmas com as quais você atua. 
 2A partir das questões abaixo, levante as características de seus estudantes: 
o Quais os desafios que eles estão vivendo? 
o O que eles gostam de fazer? 
o Quais os seus potenciais? 
o Como percebem a escola? 
 3 Anote suas reflexões no seu bloco de notas. 
Como foi fazer esse exercício? Conseguiu responder a todas as questões? Em qual(is) você 
teve mais facilidade ou dificuldade? 
Compartilhe sua experiência com outros educadores na escola em que você atua e nas redes 
sociais usando a hashtag #inova_educacao. 
O trabalho pedagógico que visa ao desenvolvimento integral e progressivo do estudante é 
viabilizado quando conhecemos as características, as potencialidades e as necessidades 
deles. O Projeto de Vida, nesse sentido, é o componente que potencializa as ações que você, 
professor, já realiza, uma vez que lida com a individualidade de cada estudante e da sua 
relação com a turma. 
2.1.3. As três dimensões dos estudantes 
Tendo em mente a reflexão feita sobre interesses, desafios e potencialidades dos estudantes, 
articule essas considerações com as três dimensões dos estudantes, propostas pelo 
professor Antônio Carlos Gomes da Costa, trabalhadas nas diretrizes curriculares do 
componente Projeto de Vida. 
As atividades de Projeto de Vida são formuladas e estruturadas para atender às três 
dimensões do indivíduo, nas diferentes fases de sua vida. Tais dimensões, a pessoal, a cidadã 
e a profissional, embora sejam estudadas separadamente, compõem os aspectos objetivos e 
subjetivos do ser humano, os quais só podem ser percebidos de forma interligada e 
inseparável. 
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10709&pageid=6514
Dimensão pessoal 
O estudante investiga os fatores que o mobilizam no âmbito individual e na interação com os 
demais. Além disso, ele se coloca em ação para descobrir e potencializar suas forças, bem 
como para identificar os desafios de seu processo de amadurecimento e possíveis estratégias 
a adotar para superá-los. 
Dimensão cidadã 
A busca é por uma compreensão do comum, das questões envolvidas na convivência e na 
atuação coletiva. Perceber-se um cidadão, que integra a construção da vida familiar, escolar, 
comunitária e social, é um movimento essencial nessa dimensão. 
Dimensão profissional 
Traz uma provocação para que os estudantes dirijam o olhar à sua inserção produtiva. O 
trabalho, elemento que promove o cruzamento entre a vida pessoal e a vida em sociedade, é 
objeto de profunda reflexão e compreensão, com vistas a um posicionamento do estudante. 
O que está em foco é perceber interesses nesse campo, identificar habilidades e 
conhecimentos que podem “jogar a favor” das aspirações profissionais, abrindo caminho ao 
planejamento de metas e estratégias nesse campo. 
Reflita sobre as seguintes questões: 
 Qual é o estudante que você quer formar? Como o estudante paulista deveria encerrar 
seus estudos ao final da 3ª série do Ensino Médio? 
 Como construir o ideal formativo para contribuir com o projeto de vida desse estudante? 
 Considerando seus conhecimentos e experiências teórico-práticas na vida docente, o 
que você acha necessário garantir ao estudante paulista, em termos de formação, no 
componente curricular Projeto de Vida? 
 Se você fosse elaborar um ideal formativo acerca do que o estudante precisa saber, 
como ele seria, considerando as dimensões de pessoa, cidadão e profissional? 
Retome o raciocínio iniciado no módulo 1 deste curso e anote suas reflexões no bloco de 
notas. 
Feito esse exercício reflexivo, compare sua elaboração ao que está proposto nos documentos 
oficiais: Currículo Paulista e Base Nacional Comum Curricular. 
2.1.4. IdealformativoAgora, veja como o Currículo Paulista define o ideal formativo para os 
Anos Finais do Ensino Fundamental e a BNCC para o Ensino Médio. 
Ensino Fundamental – Anos Finais 
“É necessário garantir que, ao final do Ensino Fundamental, o estudante paulista se constitua 
como cidadão autônomo, capaz de interagir de maneira crítica e solidária, de atuar de 
maneira consciente e eficaz nas ações que demandam análise criteriosa e na tomada de 
decisões que impactam o bem comum, de buscar e analisar criticamente diferentes 
informações e ter plena consciência de que a aprendizagem é demanda para a vida toda.” 
(Currículo Paulista, 2019, p. 36). 
Ensino Médio 
Assegurar que todos os estudantes, ao final do Ensino Médio, possuam repertório pessoal-
biográfico, científico, cultural e político para que sejam capazes de estruturar seus projetos 
de vida de forma sustentável em relação à continuidade dos estudos, ao ingresso qualificado 
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10709&pageid=6514
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10709&pageid=6514
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10709&pageid=6515#collapse1
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10709&pageid=6515
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10709&pageid=6515#collapse2
no mundo do trabalho, à orientação para uma vida saudável e feliz, tanto do ponto de vista 
individual como do ponto de vista comunitário e social. De forma que, ao se reconhecerem 
como sujeitos históricos, cuja construção identitária deriva de um processo contínuo de 
interação e participação, respondam às demandas sociais, econômicas, culturais e políticas, 
próprias da vida em sociedade, de maneira responsável e ética. BNCC (2019) 
Mas como garantir a formação do estudante que atenda ao proposto no ideal formativo? 
Como construir um percurso de aprendizagem que atenda a esses ideais no componente 
curricular Projeto de Vida? 
É necessário considerar que os estudantes que vivenciam os Anos Finais do Ensino 
Fundamental são os mesmos que avançam para o Ensino Médio; por essa razão é que os 
organizadores curriculares foram desenvolvidos de modo a oferecer um percurso formativo 
que dialogue com as expectativas, com as necessidades e com as fases da vida dos 
estudantes paulistas para apoiá-los no desenvolvimento das competências previstas na BNCC 
e no Currículo Paulista. Ademais, tais organizadores curriculares possibilitam o trabalho 
intencional e focado em competências socioemocionais, na excelência acadêmica e na 
formação para a vida e para o mundo do trabalho. 
2.1.5. As atividades do componente 
Nas aulas de Projeto de Vida são trabalhados temas e conteúdos de forma progressiva ao 
longo dos Anos Finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, respeitando as etapas de 
desenvolvimento dos estudantes, bem como proporcionando o aprofundamento da 
aprendizagem. Assim, temos um currículo em espiral. 
 
As atividades do componente Projeto de Vida: 
 1 
Estimulam a conexão de temáticas que ajudam os estudantes a se perceberem a partir do 
contexto contemporâneo, tais como o manejo da convivência, a qualidade de vida e a 
construção da vida produtiva, com ações de pesquisa, discussão, apropriação e produção de 
conhecimentos e sentidos sobre tais temáticas. 
 2 
Conectam as temáticas ligadas ao desenvolvimento pessoal e a questões sociais, culturais e 
ambientais contemporâneas na perspectiva da formação cidadã. 
Há, ainda, momentos dedicados ao levantamento de metas de desenvolvimento pessoal e ao 
traçado de estratégias para alcançá-las. 
As atividades propostas contemplam uma multiplicidade de aspectos que contribuem para a 
formação integral dos estudantes: o cognitivo, o afetivo, o físico e o social. Ao longo do ano 
letivo, a utilização de várias linguagens (escrita, falada, usando tecnologia, por meio de 
desenhos etc.) em sala de aula e diferentes espaços formativos (pátio, equipamentos 
públicos etc.) favorece a expressão dos jovens e, assim, permite que eles construam seu 
projeto de vida a partir de uma base sólida de valores que contribuam para o movimento dos 
Quatro Quatro Pilares da Educação em diversos aspectos. Sua voz tem de estar presente 
nas Situações de Aprendizagem, mas é preciso também que o estudante aprimore sua 
escuta, tornando-a cada vez mais ativa. 
Acompanhe outro cenário como exemplo. 
Pedagogia da Presença 
O diretor de uma escola, conhecedor da realidade de seus estudantes, os esperava todos os 
dias no portão da escola para o “bom dia”. Antes, porém, a secretaria escolar entregava para 
o diretor uma lista de quem estava aniversariando no dia. O diretor criava muitas estratégias 
para a celebração da vida de seus estudantes. Uma delas consistia em entregar um 
balão/bexiga para o aniversariante, que o amarrava na mochila ou em outro lugar. Enquanto 
este estudante se movimentava pela escola, os demais sabiam que ele estava 
aniversariando. Este pequeno, intencional e organizado gesto favorecia que todos pudessem 
celebrar esse dia potencializando o movimento do Pilar do Ser e do Conviver com maior 
ênfase, além do exercício da Pedagogia da Presença. 
Agora que você já viu o ideal formativo, conheça o quadro dos Organizadores Curriculares do 
componente Projeto de Vida. Baixe o quadro e, enquanto navega por ele, vá registrando seus 
estudos, reflexões e aprendizados. 
 Organizadores Curriculares 
Ênfase em competências socioemocionais 
Ao navegar pelos Organizadores Curriculares do componente Projeto de Vida, você deve ter 
observado que, para cada ano/série, estão elencadas algumas competências socioemocionais 
a serem desenvolvidas de modo intencional. Agora, você vai ver como se dará esse 
desenvolvimento. 
Na Formação Básica, você teve a oportunidade de conhecer o modelo organizativo de 
competências socioemocionais, referendado pela Organização para a Cooperac ̧ão e o 
Desenvolvimento Econo ̂mico (OCDE), fundamentado na Psicologia e que agrupa as 
habilidades socioemocionais em cinco grandes grupos, comuns à experiência humana, 
identificados e validados cientificamente por meio de experiências práticas em diversos 
contextos, localidades e culturas. Vale lembrar que essas competências se conectam com 
aquelas que constam no Currículo Paulista! 
Hora de criar! 
Para este exercício, siga o passo a passo e anote em seu bloco de notas: 
 1Pense em um desafio recorrente ao longo de sua trajetória de vida. Elenque ao menos três 
competências socioemocionais que são úteis para enfrentar esse desafio. 
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10709&pageid=6516
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/pluginfile.php/1750382/mod_lesson/page_contents/6517/m2_pv_organizadores_curriculares_v4.pdf
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10709&pageid=6517
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10709&pageid=6517
https://read.oecd-ilibrary.org/education/skills-for-social-progress_9789264249837-pt#page1
https://read.oecd-ilibrary.org/education/skills-for-social-progress_9789264249837-pt#page1
 2Registre, no seu bloco de notas, as competências elencadas por você e justifique porque 
você as indicou. 
 3Agora, reflita: essas competências foram intencionalmente desenvolvidas por você na sua 
trajetória escolar? De que forma? Se não foram, você avalia que deveriam ter sido? Como 
esse movimento teria contribuído para a superação do seu desafio? 
2.1.7. Competências socioemocionais 
 
Você viu na Formação Básica que as cinco macrocompetências socioemocionais foram 
desdobradas em 17 competências socioemocionais, assim relacionadas: 
Clique em cada macrocompetência e veja as competências socioemocionais. 
Abertura ao novo 
 1. Curiosidade para aprender; 
 2. Imaginação criativa; 
 3. Interesse artístico. 
Amabilidade 
 4. Empatia; 
 5. Respeito; 
 6. Confiança. 
Autogestão 
 7. Determinação; 
 8. Organização; 
 9. Foco; 10. Persistência; 
 11. Responsabilidade. 
Engajamento com os outros 
 12. Iniciativa social; 
 13. Assertividade; 
 14. Entusiasmo. 
Resiliência emocional 
 15. Tolerância ao estresse; 
 16. Autoconfiança; 
 17. Tolerância à frustração. 
 
Conteudo dentro de um card 
Resiliência emocional 
 15. Tolerância ao estresse; 
 16. Autoconfiança; 
 17. Tolerância à frustração. 
Respaldadas por evidências científicas com resultados positivos para a vida do estudante, 
dentro e fora da escola, essas competências são maleáveis e possíveis de ser desenvolvidas 
no cotidiano escolar de modo intencional. Por isso, foram identificadas como importantes de 
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10709&pageid=6518
ser consideradas e desenvolvidas nas escolas da rede pública estadual de São Paulo, nos 
Anos Finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio. 
Como promover o desenvolvimento socioemocional no componente curricular Projeto de 
Vida? 
 
2.1.8. O impacto de competências específicas 
 
O trabalho intencional de apoio ao desenvolvimento socioemocional dos estudantes é mais 
bem-sucedido quando há foco em competências específicas a cada momento, o que demanda 
uma ênfase ou priorização de algumas competências a cada período de aprendizagem. 
É Há um ordenamento de quais competências devem ser trabalhadas a cada ano? 
A ciência mostra que não há uma ordem definida em termos de qual competência deve ser 
trabalhada – de forma intencional – a cada ano/série. 
Considerando essa evidência científica, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo 
realizou uma pesquisa on-line com os cursistas da Formação Básica, no AVA-EFAPE, para 
identificar a visão dos professores e gestores, a partir de seus conhecimentos e experiências 
pedagógicas, sobre quais competências devem ser enfatizadas intencionalmente a cada 
momento do percurso formativo dos estudantes. 
Mais de 100.300 educadores da rede pública estadual de São Paulo participaram desse 
levantamento, e a discussão sobre a escolha de quais competências socioemocionais serão 
enfatizadas a cada ano alcançou todos os polos do Estado por meio de ações com 
supervisores e PCNPs. 
P 
r2.1.9. Percurso formativo por ano/série 
 
Tendo como base vários espaços de escuta e a construção coletiva da rede (e com o aporte 
de evidências científicas já mencionado), o Inova Educação propõe uma ênfase nas 
competências socioemocionais distribuídas entre os Anos Finais do Ensino Fundamental (do 
6º ao 9º ano) e do Ensino Médio (da 1ª à 3ª série), de modo que a cada etapa sejam 
trabalhadas todas as 17 competências do modelo organizativo. 
Esse exercício de ênfase em socioemocionais visa a atender à recomendação trazida pelo 
Currículo Paulista de “que seja enfatizada, em todos os componentes curriculares, a íntima 
correlação entre as habilidades socioemocionais e as cognitivas.” (Currículo Paulista, 2019, 
p. 24). 
 
2.1.10. Diretrizes curriculares 
Agora que você já tem uma macrovisão de como o componente Projeto de Vida pode ser 
trabalhado em todos os anos e sabe da importância da ênfase nas competências 
socioemocionais, clique em cada item para ver mais de perto o que é destacado em cada 
ano/série nas diretrizes curriculares. 
6º ano EF – Eu e o outro 
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10709&pageid=6519
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10709&pageid=6520
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10709&pageid=6520
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10709&pageid=6521#colapsado1
No 6º ano, o percurso formativo do Projeto de Vida se inicia tendo como base o 
fortalecimento da percepção do estudante sobre si mesmo, assim como na sua capacidade de 
refletir sobre os sonhos como processo inicial de construção de uma visão acerca de quem 
ele é. Desse modo, no âmbito da dimensão pessoal, espera-se que o estudante se engaje no 
processo de autoconhecimento. O percurso formativo contempla ainda a dimensão cidadã, 
que tem como propósito a qualificação das relações afetivas e sociais que os estudantes 
estabelecem. 
Nesta faixa etária, os estudantes comumente associam a experiência escolar ao desejo de 
produzir algo, de ser capazes de aprender e de se inserir no grupo social. 
Em uma nova etapa de vida, que são os Anos Finais do Ensino Fundamental: 
Os estudantes precisam lidar com mudanças como a quantidade de professores que 
ministram aulas, a interação com diferentes professores especialistas em períodos curtos, a 
adaptação aos níveis de exigência distintos de cada professor, bem como a organização e 
didática das aulas, entre outras. Considerando todas essas mudanças, há que se ter o 
cuidado para que o processo de aprendizagem não seja fragilizado na transição dos Anos 
Iniciais para os Finais, o que poderia culminar em obstáculos que comprometam a 
aprendizagem dos estudantes.” (Currículo Paulista, 2019, p. 87) 
Tendo como referência os desafios apontados no Currículo Paulista sobre a chegada nos Anos 
Finais do Ensino Fundamental, o percurso formativo de Projeto de Vida movimenta um 
conjunto de competências que favorece a organização da vida escolar, oferecendo ao 
estudante senso de conquista, sentimento de sucesso e pertencimento à nova escola. 
O componente Projeto de Vida acolhe e apoia o estudante do 6º ano na mudança de etapa do 
Ensino Fundamental, no que diz respeito às suas capacidades de: 
 se conhecer. 
 gerir seus estudos. 
 convívio. 
7º Ano EF – Eu e meus projetos 
Neste ano ocorre a continuidade do processo de autoconhecimento dos estudantes, iniciado 
no ano anterior. Por isso, o foco na dimensão pessoal permanece. Contudo, a ampliação e o 
desenvolvimento do domínio pessoal dos estudantes se dão a partir do exercício de fazer 
escolhas de forma consciente e responsável. Ou seja, na identificação de caminhos para a 
sua expansão na direção que desejar, ampliando seu repertório de vida, suas ambições, seus 
desejos para o presente e para o futuro, aprendendo com os seus sucessos e fracassos e se 
munindo de estratégias para tentar novamente com mais chances de êxito. 
No 7º ano, os estudantes compreendem a importância do planejamento de ações e sua 
execução com foco em um objetivo relacionado a algo prático da sua vida estudantil (por 
exemplo, melhorar meu aprendizado em determinado componente curricular). Esse 
conhecimento será necessário para a elaboração de um Plano de Ação do Projeto de Vida no 
9º ano. Devido à sua importância, o planejamento de ações é algo que perpassa todo o 
percurso formativo dos anos subsequentes. Vale destacar que os conteúdos são apresentados 
de forma progressiva dentro do componente. 
O componente Projeto de Vida apoia o estudante do 7º ano no desenvolvimento das 
capacidades de: 
 planejar ações com foco em um objetivo específico. 
http://www.escoladeformacao.sp.gov.br/portais/Portals/84/docs/pdf/curriculo_paulista_26_07_2019.pdf
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10709&pageid=6521#colapsado2
 se organizar. 
8º Ano EF – Eu, nós e o mundo 
O percurso formativo do 8º ano é voltado para o desenvolvimento da dimensão cidadã dos 
estudantes na perspectiva da sua atuação protagonista. Isso porque não tem como conceber 
uma escola e os desafios na construção dos projetos de vida dos estudantes sem que estes 
experimentem oportunidades de crescimento pessoal na ampliação da sua relação com os 
outros e com o mundo. É importante ressaltar que o projeto de vida se constrói quando o 
estudante acredita no seu potencial, e isso só é possível por meio de uma ação educativa que 
cria oportunidades para que ele participe de atividades direcionadas à solução de problemas 
reais, atuando de modo protagonista. 
No 8º ano, o percurso formativo de Projeto de Vida insere os estudantes na problematização 
de questões a ser transformadas em sua escola e/ou comunidade, para que, no segundo 
semestre, possam planejar umaintervenção. Os estudantes estabelecem novos vínculos de 
compromisso com aquilo que transcende o seu universo pessoal e passam a se engajar em 
ações de participação e intervenção cidadã e comunitária, inaugurando um novo espaço de 
descobertas e experimentação social, um apelo à construção de estilos de vida saudáveis, 
sustentáveis e éticos. 
O componente Projeto de Vida apoia o desenvolvimento do estudante do 8º ano com foco 
nas capacidades de: 
 “aprender a fazer”, desenvolvendo a iniciativa social; 
 desenvolver o senso de coletividade. 
9º Ano EF – Eu e meu propósito 
No 9º ano, o percurso formativo visa a consolidar a dimensão pessoal, articulando-a ao 
desenvolvimento da dimensão produtiva. Isso porque, ao final do Ensino Fundamental, o 
estudante é capaz de atribuir sentido às suas ações, ligando-as aos seus próprios 
pensamentos, sentimentos e experiências com os seus pares. Essa articulação possibilita a 
formação de um sujeito com grande capacidade de discernimento sobre suas escolhas (que 
devem ser conscientes e consequentes). Ele também se torna capaz de tomar uma posição, 
relacionando-se com os outros de modo assertivo e empático. 
Neste ano, o foco no desenvolvimento da dimensão produtiva se dá para que o estudante 
tenha autoconhecimento e repertórios para vislumbrar possibilidades sobre a trajetória que 
seguirá no Ensino Médio, com vistas a assegurar a continuidade de estudos. 
Vale ressaltar que, a partir desta etapa, o estudante tem condições de fazer uma análise 
crítica acerca das informações que dispõe sobre si mesmo para a organização e o 
gerenciamento do seu projeto de vida. O estudante também tem a capacidade de articular 
seu projeto de vida a interesses e possibilidades que criem condições para refletir sobre o 
novo mundo do trabalho, a partir de comportamento exploratório e de ampliação de 
repertórios. É neste momento que ele também obtém mais clareza sobre a importância de 
seguir estudando. 
O componente Projeto de Vida apoia e prepara o estudante do 9º ano para a mudança de 
etapa para o Ensino Médio, desenvolvendo as capacidades de: 
 planejar seu projeto de vida; 
 articular seu projeto de vida à continuidade de estudos; 
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10709&pageid=6521#colapsado3
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10709&pageid=6521#colapsado4
 desenvolver um processo de autoconhecimento que fundamente escolhas futuras 
relacionadas ao mundo do trabalho. 
1ª série EM – Quem eu sou e as escolhas que faço 
O percurso formativo de Projeto de Vida na 1ª série do Ensino Médio trabalha as dimensões 
pessoal, cidadã, profissional e acadêmica, criando condições para que o estudante faça 
escolhas na sua vida na escola para além dela e sobre as suas visões de futuro. 
Estatísticas apontam a evasão escolar na 1ª série como grande desafio a ser superado pela 
escola. Nesse sentido, o Projeto de Vida busca criar condições para que o estudante perceba 
sentido na escola e nas aprendizagens que ela possibilita, sempre relacionando-as aos seus 
planos presentes e futuros. 
Nesta etapa, entre tantas reflexões e decisões, aquelas sobre qual caminho tomar para a sua 
formação profissional serão apoiadas pelo planejamento do seu projeto de vida. 
O componente Projeto de Vida acolhe e apoia o estudante da 1ª série na chegada ao Ensino 
Médio, no que diz respeito às capacidades de: 
 se conhecer, identificando seus processos de formação e sua relação com a família, 
escola e comunidade; 
 fazer escolhas, tomando decisões com responsabilidade, considerando seu projeto de 
vida; 
 qualificar as relações que estabelece com os outros; 
 se abrir a novas experiências intelectuais, culturais e estéticas, aos aprendizados que 
serão construídos nessas experiências e à diversidade de caminhos para a 
autorrealização que delas decorrem. 
Atenção! 
Nesta série, desenvolva atividades práticas com a intenção de que os estudantes tenham os 
documentos (por exemplo: RG, CPF, título de eleitor, carteira de trabalho etc.) necessários 
para sua vivência cidadã, que faz parte do Ensino Médio como etapa formativa. Orientar, 
estimular e checar se os estudantes estão emitindo seus documentos é de fundamental 
importância para que eles possam seguir na vida acadêmica e no mundo do trabalho. 
2ª série EM – Quem eu quero ser e as aprendizagens de que necessito 
Tendo chegado até aqui, o estudante tem consciência da sua: 
 dimensão pessoal, identificando “quem eu sou” e refletindo sobre “quem eu quero ser”; 
 dimensão cidadã, exercitando a convivência, pautada na empatia e no conhecimento 
de seus direitos, em uma realidade permeada pelas redes e culturas digitais; 
 dimensão produtiva, que envolve aprendizagem e desenvolvimento profissional em 
situações novas e, por vezes, adversas, de um mundo complexo, incerto e em 
transformação. 
Assim, está construindo uma visão de mundo mais ampla e exploratória acerca de 
possibilidades variadas para viabilizar seu Projeto de Vida e, por isso, pode colocar-se com 
mais propriedade como sujeito construtor de sua própria aprendizagem. 
Na 2ª série, o estudante segue sendo incentivado a observar e reconhecer a importância das 
áreas de conhecimento e como esses conhecimentos se articulam ao seu projeto de vida. 
Portanto, o percurso formativo de Projeto de Vida nesta etapa busca trabalhar estratégias e 
práticas articuladas às necessidades, expectativas e ambições dos estudantes, expressas e 
alinhadas na construção do plano de ação do seu projeto de vida. É dessa forma que o 
estudante é provocado, não apenas a refletir sobre suas próprias capacidades, mas a colocar 
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10709&pageid=6521#colapsado5
https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/lesson/view.php?id=10709&pageid=6521#colapsado6
em prática algumas ações que influenciem positivamente o alcance dos resultados que 
espera. 
O componente Projeto de Vida apoia o desenvolvimento do estudante da 2ª série com foco 
nas capacidades de: 
 aprender e fazer escolhas em situações favoráveis ou desfavoráveis, considerando seu 
projeto de vida e as consequências de suas escolhas e ações; 
 se apropriar e mobilizar estratégias para viabilizar a concretização de seu projeto de 
vida; 
 compreender o projeto de vida como um exercício contínuo, que impacta o presente e 
o futuro. 
Atenção! 
Nesta série, desenvolva atividades práticas com a intenção de que os estudantes tenham os 
documentos necessários para sua vivência cidadã, que faz parte do Ensino Médio como etapa 
formativa. Orientar, estimular e checar se os estudantes estão emitindo seus documentos é 
de fundamental importância para que eles possam seguir na vida acadêmica e no mundo do 
trabalho. 
3ª série EM – Meu percurso, conquistas e novos desafios 
Ao concluir o Ensino Médio, o estudante vive um momento de consolidar algumas 
aprendizagens e decisões construídas e amadurecidas ao longo da elaboração do seu projeto 
de vida. É um momento de celebração e apropriação de resultados das aprendizagens da 
Educação Básica, por meio de dois movimentos: 
 autoavaliação; 
 reflexão coletiva acerca dos aprendizados e redes construídas, de modo que o 
estudante se perceba em convivência com os colegas, a comunidade escolar e a 
família. 
Assim, por meio de um percurso formativo que trabalha a autoavaliação do estudante, diante 
das suas decisões, que agora giram em torno de uma outra perspectiva em termos de 
maturidade e de expectativa, espera-se que o estudante exerça postura protagonista diante 
de sua vida, reconhecendo conquistas e se propondo a novos desafios, com mais 
propriedade, ressignificando o seu papel no mundo. 
São retomadas questões referentes aos conflitos para a composição de seus desejos 
profissionais, de forma a reafirmar seus sonhos e, principalmente, para que o estudante 
tenha clareza quanto às condições de materializá-los e reduza sua ansiedade ante as 
demandas

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