Buscar

Aula Fai 15 05 2020

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

6.3. Ação de prova da filiação: A ação é personalíssima, incumbindo ao filho propô-la, salvo no caso de morte ou falecimento
Art. 1.606. A ação de prova de filiação compete ao filho, enquanto viver, passando aos herdeiros, se ele morrer menor ou incapaz.
Parágrafo único. Se iniciada a ação pelo filho, os herdeiros poderão continuá-la, salvo se julgado extinto o processo.
7. Do reconhecimento dos filhos – art. 1.607 a 1.617, cc
Art. 1.607. O filho havido fora do casamento pode ser reconhecido pelos pais, conjunta ou separadamente. 
7.1 Regras
· É um ato declaratório e não constitutivo.
· Cria o vínculo jurídico entre as partes.
7.2. Características:
· O direito de reconhecimento é um direito personalíssimo, podendo ser exercido contra os pais ou herdeiros, sendo indisponível e imprescritível, e corre em segredo de justiça.
· Se o filho for maior, necessita de seu consentimento, se menor poderá requer a revogação do reconhecimento até 04 anos após atingir a maioridade
Art. 1.614. O filho maior não pode ser reconhecido sem o seu consentimento, e o menor pode impugnar o reconhecimento, nos quatro anos que se seguirem à maioridade, ou à emancipação.
7.3. Meios
· O reconhecimento pode ser voluntário ou se dar através de uma sentença judicial (proposta pelo filho e não pela mãe).
7.3.1. Reconhecimento voluntário ou perfilhação: Se verifica nas situações descritas no artigo 1.609, CC. 
Art. 1.609. O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável e será feito:
I - no registro do nascimento;
II - por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado em cartório;
III - por testamento, ainda que incidentalmente manifestado;
IV - por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o reconhecimento não haja sido o objeto único e principal do ato que o contém.
Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou ser posterior ao seu falecimento, se ele deixar descendentes.
· É o meio legal dos pais reconhecerem o vínculo jurídico com os filhos. 
· É ato unilateral e personalíssimo, somente os pais podem fazê-lo.
· Uma vez reconhecido, o ato é irrevogável e irretratável. (Há um entendimento que pode ser revogado por vício de vontade).
Art. 1.610. O reconhecimento não pode ser revogado, nem mesmo quando feito em testamento.
· Não comporta qualquer condição ou termo: O ato de reconhecimento dos filhos é incondicional, não podendo ser submetido a condição ou termo. A condição ou termo são ineficazes, sendo os demais atos preservados.
Art. 1.613. São ineficazes a condição e o termo apostos ao ato de reconhecimento do filho.
· O reconhecimento de filho maior exige sua concordância (art. 1.614).
Art. 1.614. O filho maior não pode ser reconhecido sem o seu consentimento, e o menor pode impugnar o reconhecimento, nos quatro anos que se seguirem à maioridade, ou à emancipação.
A jurisprudência brasileira tem adotado entendimento no sentido de que o direito à impugnação envolve estado de pessoas e a dignidade da pessoa humana, não estando sujeito a qualquer prazo. (AgRg no Resp 1.259.703/MS).
a) MEIOS DE RECONHECIMENTO VOLUNTÁRIO
· Registro de nascimento- O pai comparece espontaneamente ao cartório. Se comparece somente a mãe, o cartório envia ao poder judiciário para investigação.
· Por escritura pública- Há o entendimento que é valido o reconhecimento por instrumento particular com a firma do signatário reconhecida.
· Por testamento
· Por manifestação expressa perante o juiz
Art. 1.609. O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável e será feito:
I - no registro do nascimento;
II - por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado em cartório;
III - por testamento, ainda que incidentalmente manifestado;
IV - por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o reconhecimento não haja sido o objeto único e principal do ato que o contém.
Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou ser posterior ao seu falecimento, se ele deixar descendentes.
b) GUARDA E MORADIA
· Reconhecido apenas por um dos cônjuges: O dispositivo prioriza o casamento em detrimento do filho.
Art. 1.611. O filho havido fora do casamento, reconhecido por um dos cônjuges, não poderá residir no lar conjugal sem o consentimento do outro.
· Guarda: Deve prevalecer o princípio do maior interesse da criança e do adolescente. 
Art. 1.612. O filho reconhecido, enquanto menor, ficará sob a guarda do genitor que o reconheceu, e, se ambos o reconheceram e não houver acordo, sob a de quem melhor atender aos interesses do menor.
7.3.2. Reconhecimento judicial - ação de investigação de paternidade: O reconhecimento forçado ou coativo de filho se dá por meio da ação de investigação de paternidade ou de maternidade. 
a) Regras
· Prazo: A ação não está sujeita a qualquer prazo, sendo imprescritível.
· A sentença produzirá os mesmos efeitos do reconhecimento voluntário
Art. 1.616. A sentença que julgar procedente a ação de investigação produzirá os mesmos efeitos do reconhecimento; mas poderá ordenar que o filho se crie e eduque fora da companhia dos pais ou daquele que lhe contestou essa qualidade.
· Legitimidade ativa: A ação investigatória é personalíssima do filho, sendo menor ele deve ser representado ou assistido.
· Se o filho já for falecido, apenas se tiver deixado descendentes
· É uma ação ordinária contra o genitor ou seus herdeiros, podendo ser cumulada com alimentos e herança – Súmula 277, STJ
“Julgada procedente a investigação de paternidade, os alimentos são devidos a partir da citação”. 
· Pode ser contestada pelo pai ou por quem tenha justo interesse (esposa, outros filhos, etc.) 
Art. 1.615. Qualquer pessoa, que justo interesse tenha, pode contestar a ação de investigação de paternidade, ou maternidade.
· A sentença tem eficácia absoluta, valendo contra todos.
· Os efeitos jurídicos retroagem à data do nascimento.
7.3.3. Registro somente no nome da mãe- averiguação oficiosa: No caso de filhos registrados apenas no nome da mãe, deve o oficial do Registro enviar ao juiz dados sobre o suposto pai, se os houver, para verificação extraoficial do assunto. O juiz ouvirá a mãe e o suposto pai, independentemente de seu estado civil. Se este confirmar a paternidade, será lavrado termo de reconhecimento. Se o suposto pai não atender em 30 dias à notificação judicial ou negar a alegada paternidade, o juiz remeterá os autos ao representante do Ministério Público, para que intente, havendo base, a ação de investigação de paternidade, em cuja sentença se disporá também sobre os alimentos. 
Lei 8.560/92. 
Art. 2° Em registro de nascimento de menor apenas com a maternidade estabelecida, o oficial remeterá ao juiz certidão integral do registro e o nome e prenome, profissão, identidade e residência do suposto pai, a fim de ser averiguada oficiosamente a procedência da alegação.
§ 1° O juiz, sempre que possível, ouvirá a mãe sobre a paternidade alegada e mandará, em qualquer caso, notificar o suposto pai, independente de seu estado civil, para que se manifeste sobre a paternidade que lhe é atribuída.
§ 2° O juiz, quando entender necessário, determinará que a diligência seja realizada em segredo de justiça.
§ 3° No caso do suposto pai confirmar expressamente a paternidade, será lavrado termo de reconhecimento e remetida certidão ao oficial do registro, para a devida averbação.
§ 4° Se o suposto pai não atender no prazo de trinta dias, a notificação judicial, ou negar a alegada paternidade, o juiz remeterá os autos ao representante do Ministério Público para que intente, havendo elementos suficientes, a ação de investigação de paternidade.
§ 5º Nas hipóteses previstas no § 4o deste artigo, é dispensável o ajuizamento de ação de investigação de paternidade pelo Ministério Público se, após o não comparecimento ou a recusa do suposto pai em assumir a paternidade a ele atribuída, a criança for encaminhada para adoção. 
§ 6o A iniciativa conferida ao Ministério Público não impede a quem tenha legítimo interesse deintentar investigação, visando a obter o pretendido reconhecimento da paternidade.
7.4. Das Provas
Lei 8.560/92. 
Art. 2o-A. Na ação de investigação de paternidade, todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, serão hábeis para provar a verdade dos fatos.
Parágrafo único. A recusa do réu em se submeter ao exame de código genético - DNA gerará a presunção da paternidade, a ser apreciada em conjunto com o contexto probatório.
Devem existir indícios e presunções ao menos segura, como por exemplo:
· Posse do estado de filho – parece à sociedade como se fosse filho;
· Testemunhas;
· Exame prosopográfico – comparação, através de fotografias, de vários pontos semelhantes entre o pai e o filho;
· Exame de sangue – mais seguro para excluir a paternidade do que para confirmar;
· Exame odontológico – meio não muito seguro.
7.4.1. Exame de Dna
· DNA: Trata-se do mais seguro de todos os exames (certeza absoluta). É o componente mais íntimo da carga genética (a possibilidade de se encontrar a mesma impressão digital de DNA é 1 em 30 bilhões) 
Súmula 301, STJ – Recusa ao exame gera presunção de paternidade. Entretanto, não se admite a condução coercitiva.
Ação Investigatória - Recusa do Suposto Pai - Exame de DNA - Presunção Juris Tantum de Paternidade. Em ação investigatória, a recusa do suposto pai a submeter-se ao exame de DNA induz presunção juris tantum de paternidade.
No mais, o CC preconiza que:
Art. 231. Aquele que se nega a submeter-se a exame médico necessário não poderá aproveitar-se de sua recusa.
Art. 232. A recusa à perícia médica ordenada pelo juiz poderá suprir a prova que se pretendia obter com o exame.
· Recusa- Prova em contrário- Lei 12.004/2009: A lei 12.004/09 alterou a Lei 8.560/92, para estabelecer a presunção de paternidade no caso de recusa do suposto pai em se submeter ao exame de DNA. Trata-se de presunção relativa de paternidade, devendo ser apreciada em conjunto com as demais provas produzidas nos autos.
7.5. Efeitos do reconhecimento:
· Cria o vínculo de parentesco
· Enseja direito à alimentos
· Sujeita o menor ao pátrio poder
· Passa a ter os direitos sucessórios
· Efeitos erga omnes
7.6. Relativização da coisa julgada: O tema atualmente é dos mais candentes na doutrina processual, uma vez que confronta a garantia fundamental da coisa julgada material (CF, art. 5º, XXXVI), informada pelo princípio da segurança jurídica (CF, art. 5º, caput), com o direito fundamental à filiação (CF, art. 227, caput e § 6º), dando margem, inclusive, a uma profunda divergência entre autores de igual renome.
Em busca de uma solução para este problema, o STJ, que, a princípio, se dividia em duas linhas jurisprudenciais -uma a favor e outra contra a possibilidade de ajuizamento de nova demanda - uniformizou o entendimento (especificamente a Segunda Seção do STJ) pela impossibilidade de se afastar a coisa julgada material, mesmo diante da perspectiva de realização de exame de DNA, primando o princípio da segurança jurídica.
A questão, contudo, continuou gerando grande polêmica, alcançando o STF, que, por sua vez, ao julgar um Recurso Extraordinário - em que a Corte analisou o direito de um jovem voltar a pleitear de seu suposto pai a realização de exame de DNA, depois que um primeiro processo de investigação de paternidade foi extinto em primeira instância por insuficiência de provas, o que se deveu à falta de recursos financeiros para custear exame de DNA – decidiu pelo afastamento da coisa julgada material, em prol da realização do exame de DNA.
Segundo o relator do RE, ministro Luiz Fux, em que pese a fundamental importância da proteção à coisa julgada material, nenhuma norma constitucional pode ser interpretada isoladamente, devendo ser interpretada, principalmente, sob a lente da dignidade da pessoa humana.
Neste prisma, a fim de justificar seu voto, o Ministro ressaltou o direito fundamental à identidade pessoal do indivíduo, destacando, para tanto, as inúmeras previsões Constitucionais que trazem especial proteção à família, afirmando que todos os deveres familiares previstos na Carta Magna dependem, como premissa básica, do estabelecimento do vínculo de filiação, alcançado através do conhecimento da origem biológica.
Assim, concluiu o Ministro que a coisa julgada, mesmo revestida de fundamental importância, apresenta-se mais afastada do núcleo essencial do princípio da dignidade da pessoa humana do os direitos fundamentais à filiação, devendo a regra da coisa julgada ceder passo à concretização do direito fundamental à identidade pessoal. 
Inteiro teor do Recurso Extraordinário 363889 disponível em http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/noticiaNoticiaStf/anexo/RE363889LF.pdf 
Destarte, em casos tais, deve-se realmente entender que a verdade biológica, com relação direta com a dignidade humana do suposto filho (art. 1º, inciso III, CF), deve prevalecer sobre a proteção da coisa julgada (art. 5º, XXXVI, CF).
Do Poder FAMILIAR- PÁTRIO PODER – ART. 1.630 A 1.638
1. Conceito
O pátrio poder é uma soma de direitos e obrigações dos pais instituída para a proteção dos filhos. Decorre do vínculo jurídico de filiação. 
Art. 1.630. Os filhos estão sujeitos ao poder familiar, enquanto menores.
2. Competência 
· Compete ao pai e a mãe.
Art. 1.631. Durante o casamento e a união estável, compete o poder familiar aos pais; na falta ou impedimento de um deles, o outro o exercerá com exclusividade.
· Divergências: Se ocorrer divergências, deverá se recorrer ao poder judiciário.
Parágrafo único. Divergindo os pais quanto ao exercício do poder familiar, é assegurado a qualquer deles recorrer ao juiz para solução do desacordo.
· Separação: não acarreta alteração
Art. 1.632. A separação judicial, o divórcio e a dissolução da união estável não alteram as relações entre pais e filhos senão quanto ao direito, que aos primeiros cabe, de terem em sua companhia os segundos.
· Filho não reconhecido pelo pai
Art. 1.633. O filho, não reconhecido pelo pai, fica sob poder familiar exclusivo da mãe; se a mãe não for conhecida ou capaz de exercê-lo, dar-se-á tutor ao menor.
3. Características
· Mais um dever do que um direito
· Irrenunciável
· Imprescritível
· Relação de autoridade – há um poder de mando (pai) e um dever de obediência (filho).
4. Conteúdo e atribuições do exercício 
Art. 1.634. Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores:
I - dirigir-lhes a criação e educação;
II - tê-los em sua companhia e guarda;
III - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem;
IV - nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder familiar;
V - representá-los, até aos dezesseis anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento;
VI - reclamá-los de quem ilegalmente os detenha;
VII - exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição.
5. Extinção do poder familiar: O art. 1635 lista as hipóteses em que é destituído o poder familiar.
Art. 1.635. Extingue-se o poder familiar:
I - pela morte dos pais ou do filho;
II - pela emancipação, nos termos do art. 5º, parágrafo único;
III - pela maioridade;
IV - pela adoção;
V - por decisão judicial, na forma do artigo 1.638.
Em relação ao art. 1.638, o comando legal em questão trata dos fundamentos da destituição do poder familiar por sentença judicial. Esses motivos para a destituição são: o castigo imoderado do filho; o abandono do filho; a prática de atos contrários à moral e aos bons costumes e a incidência reiterada nas faltas previstas no art. 1.637.
Vale observar as disposições da Lei da Palmada ou Lei Menino Bernardo (Lei 13.010/14). 
· Novas Núpcias
Art 1.636. O pai ou a mãe que contrai novas núpcias, ou estabelece união estável, não perde, quanto aos filhos do relacionamento anterior, os direitos ao poder familiar, exercendo-os sem qualquer interferência do novo cônjuge ou companheiro.
Parágrafo único. Igual preceito ao estabelecido nesteartigo aplica-se ao pai ou à mãe solteiros que casarem ou estabelecerem união estável.
6. Suspensão ou perda – Art. 1.637, CC
· O Estado deve sempre resguardar o interesse do menor, fiscalizando o exercício do pátrio poder.
· O juiz pode suspender o pátrio poder, nomeando um curador especial ao menor.
· A suspensão é por prazo determinado, podendo ser suspensa apenas uma parte do pátrio poder (por exemplo: a administração dos bens do menor) e para apenas um( ou todos) dos filhos.
· Abuso
Art. 1.637. Se o pai, ou a mãe, abusar de sua autoridade, faltando aos deveres a eles inerentes ou arruinando os bens dos filhos, cabe ao juiz, requerendo algum parente, ou o Ministério Público, adotar a medida que lhe pareça reclamada pela segurança do menor e seus haveres, até suspendendo o poder familiar, quando convenha.
Parágrafo único. Suspende-se igualmente o exercício do poder familiar ao pai ou à mãe condenados por sentença irrecorrível, em virtude de crime cuja pena exceda a dois anos de prisão.
· Pode dar-se também a destituição do pátrio poder mediante ação judicial (casos mais graves).
 
Art. 1.638. Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que:
I - castigar imoderadamente o filho;
II - deixar o filho em abandono;
III - praticar atos contrários à moral e aos bons costumes;
IV - incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente.
· Ser condenado a pena de prisão superior a 02 anos
Art. 1.637. 
Parágrafo único. Suspende-se igualmente o exercício do poder familiar ao pai ou à mãe condenados por sentença irrecorrível, em virtude de crime cuja pena exceda a dois anos de prisão
Requisitos:
· A perda do pátrio poder não exonera o pai de prestar alimentos ao filho.
· Pode ser concedida por liminar
· Deve ser averbada no registro de nascimento.
Do Usufruto e da Administração dos Bens de Filhos Menores
1. Usufruto
Ë o direito que os pais têm de usufruir os bens dos filhos menores. Assim, os pais, no exercício do poder familiar devem ser tratados como usufrutuários dos bens dos filhos (usufruto legal); e têm a administração dos bens dos filhos menores sob sua autoridade. 
Art. 1.689. O pai e a mãe, enquanto no exercício do poder familiar:
I - são usufrutuários dos bens dos filhos;
II - têm a administração dos bens dos filhos menores sob sua autoridade.
1.1. Regras
· Abrange todos os bens do menor
· Deriva da lei
· Não necessita de inscrição imobiliária
· É irrenunciável e intransferível
2. Administração
· Os pais administram os bens dos filhos menores de 16 anos, representando-os nos negócios, e assiste aos maiores de 16 e menores de 21 anos. Os pais devem decidir de comum acordo as regras relativas aos filhos e aos bens.
Art. 1.690. Compete aos pais, e na falta de um deles ao outro, com exclusividade, representar os filhos menores de dezesseis anos, bem como assisti-los até completarem a maioridade ou serem emancipados.
Parágrafo único. Os pais devem decidir em comum as questões relativas aos filhos e a seus bens; havendo divergência, poderá qualquer deles recorrer ao juiz para a solução necessária.
· Não pode, porém, alienar (ou gravar com ônus real) os bens imóveis dos filhos menores, salvo necessidade devidamente autorizada pelo juiz. Se tais atos forem realizados sem autorização judicial deverão ser considerados como nulos.
Art. 1.691. Não podem os pais alienar, ou gravar de ônus real os imóveis dos filhos, nem contrair, em nome deles, obrigações que ultrapassem os limites da simples administração, salvo por necessidade ou evidente interesse da prole, mediante prévia autorização do juiz.
· O filho, seus herdeiros ou representantes podem pedir a nulidade da alienação (Ação Declaratória de Nulidade).
Parágrafo único. Podem pleitear a declaração de nulidade dos atos previstos neste artigo:
I - os filhos;
II - os herdeiros;
III - o representante legal.
· Será nomeado curador especial sempre que o interesse do pai colidir com o interesse do filho:
Art. 1.692. Sempre que no exercício do poder familiar colidir o interesse dos pais com o do filho, a requerimento deste ou do Ministério Público o juiz lhe dará curador especial.
· Não serão administrados pelos pais (nem gozarão de usufruto) os seguintes bens:
Art. 1.693. Excluem-se do usufruto e da administração dos pais:
I - os bens adquiridos pelo filho havido fora do casamento, antes do reconhecimento;
II - os valores auferidos pelo filho maior de dezesseis anos, no exercício de atividade profissional e os bens com tais recursos adquiridos;
III - os bens deixados ou doados ao filho, sob a condição de não serem usufruídos, ou administrados, pelos pais;
IV - os bens que aos filhos couberem na herança, quando os pais forem excluídos da sucessão.

Outros materiais