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Unidade I – Administração – Origem, influências, funções, primeiras escolas e teorias Tópico 1 – As principais influências e as funções do administrador no ambiente organizacional 0 Principais influências: Filosóficas: luta das classes e suas relações econômicas. Militar: adoção de táticas, estrutura linear, conceito de unidade e análise de pontos fortes e fracos. Igreja: estruturação de hierarquia e criação da coordenação funcional. Científica: aplicação do método experimental intuitivo e método cartesiano. Industrial: invenção da máquina a vapor, gerando a primeira Revolução Industrial. Econômica: possibilidade de explicar os fenômenos empresarias através de dados. Empreendedor: grandes mudanças e inovações no período. O administrador define estratégias, efetua diagnósticos de situações, dimensiona recursos, planeja a sua aplicação, resolve problemas, gera inovação e competitividade. 4 funções administrativas: PDCA (planejar, executar, controlar e agir) - Planejar: focando no futuro, diminuindo riscos. - Organizar: provisionar todos os recursos e processos necessários. - Dirigir: liderar os processos. - Controlar: registro e comparação dos resultados em forma de dados. Aspectos que o administrador analisa em relação às influências externas: - Adaptação organizacional: se adaptar ao ambiente por meio do crescimento e inovação. - Concorrência: o aumento da concorrência estimula a melhoria da qualidade. - Crescente sofisticação da tecnologia: demanda conhecimento e criatividade. - Internacionalização do mundo dos negócios: o crescimento e agilidade nas comunicações amplia a internacionalização e impõe mudanças estruturais e culturais. - Mudança no conhecimento: as informações mudam com velocidade, recomenda-se aos administradores que se reinventem continuamente. Tópico 2 – Teoria científica e clássica Teoria científica: eficiência nos processos e redução de custos Teoria clássica: eficácia de todos os envolvidos Teoria científica Um dos destaques é a Revolução Industrial Primeiro período de Taylor (1878-1903): os patrões procuravam ganhar ao máximo pagando por tarefa, Taylor analisou os processos com o objetivo de melhorar e racionalizar. Ele percebeu que se um operário que produzia muito percebesse que seu colega produzia menos e ganhava a mesma quantia de salário, desencadearia a desmotivação e ambos baixariam sua produtividade. Então Taylor propôs o pagamento conforme o volume de produção, isso desencadeou um aumento significativo na produção. Segundo período (até 1915): Taylor continuou seus estudos e apontou 3 principais problemas que as indústrias sofriam: - vadiagem dos operários, - os gerentes desconheciam as rotinas e o tempo para executar cada tarefa, - a fata de padronização e técnicas adequadas. Os conhecimentos a respeito da motivação dos funcionários eram escassos e, com isso, Taylor criou a ORT. ORT (organização racional do trabalho): foi a tentativa de substituir métodos intuitivos por métodos cientificamente estabelecidos. Taylor observou que os operadores aprendiam através da observação, criando diferentes métodos para executar a mesma tarefa. Segue os principais aspectos em relação a ORT: - Análise do trabalho e estudo de tempo e movimentos: movimentos inúteis eram eliminados e os úteis simplificados, determinando o tempo médio que um operário comum levaria para executar uma tarefa, com isso padronizava-se o método de trabalho. - Estudo da fadiga humana: eliminar os movimentos desnecessários, pois os movimentos em demasia proporcionavam a fadiga, consequentemente a diminuição da produção, da qualidade, aumento de rotatividade, doenças e acidentes. - Divisão do trabalho e especialização do operário: limitar a execução rotineira do mesmo trabalho, cada operário passou a ser especializado na execução de tarefas simples, visando a padrões descritos pelo método estabelecido. Quanto mais especializado, maior sua eficiência. - Desenho de cargos e tarefas: definição das tarefas/atividades, bem como seu relacionamento com outros cargos. Fazia com que cada trabalhador conhecesse seu campo de atuação. - Incentivos salariais e prêmios de produção: relacionou a remuneração com a quantidade produzida. - Condição de trabalho: conforme Taylor, a eficiência está atrelada também as condições de trabalho. - Padronização: tinha por objetivo eliminar os desperdícios. - Supervisão funcional: cada supervisor deve cuidar de determinada área e o operário deve reportar-se a um único supervisor. Método: maneira de se fazer algo para obter determinado resultado. Homo economicus: homem econômico, segundo esse conceito, toda pessoa é concebida como influenciada exclusivamente por recompensas salariais, pois trabalha não por que gosta, mas como meio de ganhar a vida. 4 princípios da gerência segundo Taylor: - Planejamento: substituir critério individual pelo planejamento. - Preparo: selecionar os trabalhadores conforme suas aptidões, treinando-os e dispondo de máquinas em arranjo racional. - Controle: certificar-se de que o trabalho está sendo executado conforme o plano estabelecido. - Execução: distribuir as tarefas de cada trabalhador. Henry Ford: vender carros por preços acessíveis e com assistência técnica. 3 princípios básicos: intensificação (minimizar o tempo de produção e utilizar meios adequados), economicidade (reduzir os estoques, tratando de integração vertical que consiste nas etapas que o produto percorre até chegar no cliente, na integração horizontal que são os centros de distribuição) e a produtividade (aumentar a capacidade de produção). Teoria Clássica Originou-se através de Fayol, que dedicou seus estudos as estruturas organizacionais, a forma como os departamentos funcionavam e a relação entre si, visando garantir a eficiência de todos os envolvidos. Funções básicas da administração segundo Fayol: - Técnicas: produção, - Comerciais: compras e vendas, - Financeiras: recursos financeiros, - De segurança: proteção e preservação dos bens e das pessoas, - Contábeis: registros, custos, inventário e estatísticas, - Administrativas: coordenam e sincronizam as outras cinco funções. Princípios gerais da administração para Fayol Divisão do trabalho; autoridade e responsabilidade; disciplinar; unidade de comando; unidade de direção; interesses gerais e não individuais; remuneração do pessoal; centralização da autoridade; cadeia escalar; ordem; equidade; estabilidade do pessoal; iniciativa; espírito de equipe. Tópico 3 – Teoria Neoclássica e por objetivos Teoria Neoclássica: foco na busca por resultados, parte da premissa de que um grupo de indivíduos está organizado de acordo com suas funções, obedecendo a uma hierarquia, e cada um desses funcionários sabe devidamente qual é seu comportamento em relação ao seu grupo de referência, são considerados uma organização. Para o bom funcionamento todos devem ter ampla compreensão e aplicação dos conceitos de eficácia e eficiência. Centralização: a autoridade máxima está próxima ao topo da hierarquia. Vantagens: decisões tomadas por administradores que possuem visão global da empresa, são mais bem treinadas e preparadas. Desvantagens: os tomadores de decisões tem pouco contato com as pessoas e situações envolvidas, as decisões passam por intermediários possibilitando a distorção na comunicação. Descentralização: objetiva uma melhor utilização do recursos humanos, a autoridade máxima está nos níveis mais baixos da hierarquia. Quatro elementos que ocorrem para aumentar a descentralização: - Complexidade dos problemas, delegação de autoridade, mudança e incerteza, e em tempos de estabilidade. Vantagens: as decisões são tomadas rapidamente por pessoas que tem maior informação sobre a situação, promove motivação. Desvantagens: exige melhor seleção de pessoal bem como treinamento para administradores médios. Organização linear: baseia-se na estrutura das pirâmides, não permite flexibilidade na comunicação, centraliza o processo decisórioem uma pessoa e é usual em pequenas empresas. Vantagens: fácil compreensão, fácil de ser implementada, oferece mais segurança ao chefe. Desvantagens: a centralização do processo de decisão e o empoderamento do líder. Organização funcional: caracteriza-se por sua facilidade no processo de comunicação entre os setores. O processo de decisão é descentralizado. Vantagens: possibilita a visão sistêmica do líder, separa as funções de controle das funções que são executoras. Desvantagens: perda de comando, pode gerar conflitos entre as estruturas. Linha-staff: tem como principal característica os órgãos de assessoria, que ligam-se indiretamente aos objetivos básicos da organização, é a combinação entre a estrutura linear e a funcional. Vantagens: cooperação assessoria entre as estruturas. Desvantagens: podem ocorrer conflitos devido a opiniões divergentes. P. 50 Departamentalização: Funcional: implantada a partir das funções que serão necessárias (gerência de produto, financeira, de marketing, de RH). Territorial ou geográfica: em função da necessidade em evidenciar a localização geográfica de setores. Vantagens de definir metas por região, desvantagens de ser implementada apenas em setores comerciais e produtivos (região norte, sul, centro). Produto/serviço: sua característica é a viabilidade em efetuar controles do desempenho de cada produto ou grupo de cliente (departamento feminino, masculino, infantil). Objetos ou clientes: utilizado em projetos de grandes empresas (gerência de produtos têxteis, químicos). Teoria da Administração por Objetivos (APO) (1950) ênfase nos resultados Peter F. Ducker, pai da APO, obteve o auge após publicar seu livro em 1954, sobre a administração por objetivos. Uma das características que levaram ao surgimento: a pressão exercida pelas organizações para apresentar resultados efetivos. Outra característica, é a negociação entre o líder e o liderado, levando em consideração a descentralização do processo decisório. Juntos estabelecem os objetivos, interligam entre os setores, avaliam continuamente e revisam os planos. Ciclo da APO: 1. Líder e subordinado se reúnem e negociam de forma consensual os objetivos e indicadores. 2. O líder dispõe de recursos e apoio. 3. O subordinado executa e cobra os meios necessários. 4. Reuniões periódicas entre líder e subordinado para avaliar o alcance dos objetivos. Finalizando o processo, cabe uma avaliação dos indicadores para comparar com o resultado estabelecido. Os objetivos permitem o trabalho em equipe e eliminam as tendências egocêntricas de grupos da organização. Critérios de escolha dos objetivos: - Procurar atividades que impactam mais nos resultados. - O objetivo deve ser difícil de ser atingido mas não impossível. - O objetivo deve estabelecer os resultados, mas não limitar a liberdade de escolha dos meios. Objetivo estratégico: pensados com visão sistêmica, envolvem metas e indicadores a longo prazo. Objetivo tático: envolve setores cujos resultados são a médio prazo. Objetivo operacional: ações e atividades executadas no dia a dia que visão resultados de curto prazo. Modelo de Humble: procura integrar as necessidades da companhia com a necessidade de o gerente contribuir e desenvolver-se. É um estilo de gerência recompensador. - Estabelece metas para cada gerente, aumento da motivação e cria-se um plano para mensurar o desempenho de cada gerente. Modelo de Odiorne: composto de um ciclo de etapas: 1. Criar planos; 2. Medir resultados; 3. Avaliar os resultados. BSC Balance Scorecard: preserva indicadores financeiros como síntese final do desempenho organizacional e gerencial. APO tem pontos fracos: - A estratégia é uma faca de dois gumes, tem vantagens e desvantagens.
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