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TCC Levantamento Topográfico para processo de Desmembramento Rural e ?Urbano

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FURB UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU 
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS 
CURSO DE GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
DARIEL SOARES XAVIER 
 
 
 
ANÁLISE DE LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO NO PROCESSO DE 
DESMEMBRAMENTO RURAL E URBANO CONFORME A LEGISLAÇÃO 
VIGENTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BLUMENAU 
2018 
 
 
DARIEL SOARES XAVIER 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DE LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO NO PROCESSO DE 
DESMEMBRAMENTO RURAL E URBANO CONFORME A LEGISLAÇÃO 
VIGENTE 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de curso apresentado 
ao Curso de Graduação em Engenharia Civil 
do Centro Tecnológico, da Universidade 
Regional de Blumenau, como requisito parcial 
para a obtenção do grau de Bacharelado em 
Engenharia Civil 
 
Prof. José Agnaldo da Silva – Orientador 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BLUMENAU 
2018 
 
 
DARIEL SOARES XAVIER 
 
 
ANÁLISE DE LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO NO PROCESSO DE 
DESMEMBRAMENTO RURAL E URBANO CONFORME A LEGISLAÇÃO 
VIGENTE 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso aprovada 
para obtenção do grau de Bacharelado em 
Engenheiro Civil, pela Banca examinadora 
formada por: 
 
 
 
 
Aprovado em: ___/___/_____ 
 
 
 
_____________________________________________________ 
Presidente: Prof. José Agnaldo da Silva, Especialista - Orientador. FURB 
 
 
 
 
 
 
_____________________________________________________ 
Membro: Prof. Emerson Lubitz, Mestrado, FURB 
 
 
 
 
 
 
____________________________________________________ 
Membro: Prof. Nilton Speranzini, Especialista, FURB 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço a Deus em primeiro lugar, pois sem ele, não teria chegado até aqui. 
 
Agradeço a minha mãe por toda sua compreensão, carinho e bondade, por ser dona do 
maior coração que eu conheço. Ao meu pai, agradeço a oportunidade de estar aqui, cursando 
Engenharia Civil, de ser um exemplo de homem, pai, filho e profissional. Agradeço aos dois, 
pela educação que me deram e por me ensinarem ser quem sou. Tenho muito orgulho de ser 
filho de vocês, aos meus dois irmãos e irmã por serem parceiros e amigos durante a 
caminhada da vida. 
Agradeço a todos os meus amigos, que fazem minha vida mais alegre e leve. Aos que 
me acompanham já antes do ingresso na faculdade e aos que tive o prazer de conhecer durante 
o curso. Agradeço por todos os momentos compartilhados, sejam os de aula, estudo, 
dificuldades, divertimentos e descontrações. Grandes momentos de crescimento pessoal e/ou 
profissional. 
Agradeço ao meu amor, Julia, por estar sempre ao meu lado, dando-me forças e me 
mostrando o quanto sou capaz e toda a sua família, que de certa forma são a minha família 
também. 
Ainda agradeço а todos os professores por me proporcionarem о conhecimento não 
apenas racional, mas а manifestação de caráter no processo de formação profissional, por 
tanto que se dedicaram, não somente por terem me ensinado, mas por terem me feito 
aprender. 
A todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, о meu muito 
obrigado! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Orientador: Prof. José Agnaldo da silva 
Defesa: 17/07/2018 às 14:10 horas, campus II, FURB, Blumenau. 
 
Parcelamento do solo é um dos principais fatores para o desenvolvimento urbano e rural tendo 
um controle e adequação de cada área a uma determinada função, podendo ser feito de duas 
maneiras, loteamento ou desmembramento. O procedimento é de caráter administrativo e 
qualquer pessoa que tenha este conhecimento pode realiza-lo, desde que tenha posse do 
levantamento georreferenciado e ART, memorial descritivo assinados por um profissional 
habilitado. Loteamento necessita da abertura de novos logradouros e construção de 
infraestruturas básicas e desmembramento não, utiliza as já existentes. Para fins de melhor 
ordenamento e organização existem leis, decretos e parâmetros a serem seguidos, para áreas 
urbanas tem leis federais, estaduais e municipais, já para rurais fica sob responsabilidade do 
INCRA para definir os parâmetros como o módulo rural onde é definido uma área mínima 
produtiva para cada região. As leis têm seus parâmetros básicos a serem seguidos, porém tem 
outros códigos a serem analisados, sempre utilizando os mais exigentes como o Código 
Florestal que requer faixa maior de APP em relação as leis. Outro aspecto muito importante 
onde deve ser tomado muita atenção é na hora de elaboração do levantamento 
georreferenciado, para terrenos situados no perímetro urbano se pede uma determinada 
precisão que é diferente dos terrenos rurais. Nem sempre quando um terreno se encontra 
dentro do perímetro urbano é considerado urbano, para ser feito o processo de 
desmembramento o que define isso é a utilização e destinação desta área. 
Palavras-chave: Parcelamento do solo. Desmembramento. Loteamento. Administrativo. 
Georreferenciado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Advisor: José Agnaldo da silva 
Defense: 07/17/2018 at 2:10 pm, campus II, FURB, Blumenau. 
 
Land parceling is one of the main factors for urban and rural development having a control 
and adaptation of each area to a specific function, which can be done in two ways, allotment 
or dismemberment. This procedure is of an administrative nature and any person who has this 
knowledge can do it, as long as he has the geo-referenced survey and ART, a descriptive 
memo signed by a qualified professional. Allotment requires the opening of new sites and 
construction of basic infrastructure and unbundling, not using existing ones. For better 
planning and organization purposes there are laws, decrees and parameters to be followed, for 
urban areas there are federal, state and municipal laws, for rural areas is under the 
responsibility of INCRA to define the parameters as the rural module where a minimum 
productive area is defined for each region. The laws have their basic parameters to be 
followed, but there are other codes to be analyzed always using the more demanding ones 
such as the Forest Code that requires a greater range of APP in relation to the laws. Another 
very important aspect where much attention should be paid is at the time of preparing the geo-
referenced survey, for lands located in the urban perimeter if one asks for a certain precision 
that is different from the rural lands. Not always when a land is within the urban perimeter is 
considered urban to be done the process of dismemberment what defines this is the use and 
destination of this area. 
Keywords: Land parceling. Dismemberment. Allotment. Administrative. geo-referenced 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1- Erro posicional esférico ............................................................................................ 36 
Figura 2– Precisão e Acurácia .................................................................................................. 36 
Figura 3- Controle das Estações e Poligonal ............................................................................ 42 
Figura 4- Controle de Precisão da Poligonal com P41 e E09 ................................................... 43 
Figura 5- Rio Benedito e APP .................................................................................................. 45 
Figura 6- Distribuição dos Lotes Terreno 01 e Amarração ...................................................... 45 
Figura 7- Distribuição dos Lotes Terreno 02 ........................................................................... 46 
Figura 8- Mapa Geral Rua Apucarana ...................................................................................... 48 
Figura 9- Precisão esperada para um levantamento estático (metros)...................................... 49 
Figura 10- Dados do Processamento da Base ........................................................................... 50 
Figura 11- Coordenadas SIRGAS ............................................................................................50 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1- Coordenadas das Estações da Poligonal ................................................................... 42 
Tabela 2- Parâmetros de Controle e Compensados .................................................................. 43 
Tabela 3- Coordenadas dos Pontos levantados......................................................................... 48 
Tabela 4- Quadro das Áreas e Módulo fiscal ........................................................................... 51 
Tabela 5- Cálculo do Custo/m² ................................................................................................. 51 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
APP – Área de Preservação Permanente 
INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária 
CCIR – Certificado de Cadastro de Imóvel Rural 
DAP – Declaração de Aptidão ao Pronaf 
ZR1 – Zona Residencial 1 
ABNT – Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas 
ART – Anotação de Responsabilidade Técnica 
RRT – Registro de Responsabilidade Técnica 
NTGIR – Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais 
SGB – Sistema Geodésico Brasileiro 
SIRGAS – Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas 
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas 
UTM – Universal Transversa de Mercator 
RTK – Real Time Kinematic 
GNSS – Global Navigation Satellite System 
E01 – Estação 01 
ha – Hectare 
m – metros 
m² - metros quadrados 
cm – centímetros 
mm – milímetros 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 – CONSIDERAÇÕES INICIAIS .......................................................................................... 12 
1.1 PROBLEMA .................................................................................................................... 13 
1.2 HIPÓTESE ....................................................................................................................... 13 
1.3 OBJETIVOS .................................................................................................................... 13 
1.3.1 Objetivo geral ............................................................................................................. 13 
1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ..................................................................................... 13 
1.4 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................. 14 
1.5 ESTRUTURAÇÃO .......................................................................................................... 15 
2 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................................. 16 
2.1 PARCELAMENTO DO SOLO ....................................................................................... 16 
2.1.1 PROCEDIMENTO DE REGISTRO DO PARCELAMENTO .................................. 18 
2.2 LOTEAMENTO .............................................................................................................. 19 
2.2.1 Loteamentos especiais ................................................................................................ 20 
2.3 DESMEMBRAMENTO .................................................................................................. 21 
2.3.1 Desmembramento rural ............................................................................................... 22 
2.3.2 Parcelamento de área inferior a fração mínima .......................................................... 24 
2.3.2.1 Possibilidade de desmembramento abaixo da fração mínima ................................. 25 
2.4 LEGISLAÇÃO E NORMAS APLICÁVEIS ................................................................... 26 
2.4.1 Lei Federal 6.766 de 1979 – parcelamento do solo urbano .......................................... 26 
2.4.2 Lei estadual 6.063 de 1982 – parcelamento do solo urbano ......................................... 29 
2.4.3 Lei municipal de timbó nº 483, de 26 de dezembro de 2016 ...................................... 32 
2.4.4 Decreto Federal nº 9.310, de 15 de março de 2018 ....................................................... 35 
2.4.5 Norma técnica para georreferenciamento de imóveis rurais Lei 10.267, de 28 de agosto 
de 2001 ................................................................................................................................... 37 
3 MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................................. 39 
4 ESTUDO DE CASO ............................................................................................................. 40 
 
 
4.1 LEVANTAMENTO URBANO ....................................................................................... 40 
4.1.1 Rua Marechal Floriano Peixoto .................................................................................. 40 
4.1.2 Rua Apucarana .............................................................................................................. 46 
4.2 LEVANTAMENTO RURAL .......................................................................................... 49 
4.3 COMPARATIVO DO CUSTO DO m² COM CADA EQUIPAMENTO ....................... 51 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 52 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
1 – CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 
O parcelamento de solo urbano, refere-se à Política Urbana e é tratado pela primeira 
vez por texto constitucional na Carta Magna de 1988, presente no inciso VIII do artigo 30, 
embora só haja previsão constitucional em 1988, já em 1979 surgiu a Lei n.º 6.766 (19 de 
dezembro de 1979) dispondo sobre o parcelamento do solo urbano, onde a Constituição 
Federal de 1988 atribui competência aos municípios para promover no que couber, adequado 
ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso do parcelamento e da 
ocupação do solo urbano. 
Diante do exposto, pode-se concluir que a competência para legislar sobre normas 
gerais é federal ou estadual, mas somente por lei municipal (Plano Diretor) será admitido o 
parcelamento do solo para fins urbanos em zonas urbanas, de expansão urbana ou de 
urbanização específica. Leis que regem o parcelamento do solo têm uma grande importância 
relacionado a preocupação com crescimento e organização do espaço urbano, tendo um 
controle das disposições urbanísticas sobre aberturas de ruas, localização de indústrias e 
poluição, sendo necessário estes padrões. 
Dentre as leis urbanísticas, a Lei Federal 6.766/79 se destaca, por ser uma lei de 
abrangência nacional que dispões sobre o parcelamento do solo urbano e pelo estabelecimento 
de normas e parâmetros que vieram a nortear e determinar as novas posturas nas legislações 
estaduais e municipais, já que as leis municipais não podem se opor as leis estaduais e 
consequentemente as federais respeitando a abrangência territorial das respectivas 
competências. 
Já para imóveis rurais o órgão que fica responsável para controle do parcelamento é o 
INCRA, basicamente temos dois conceitos para os imóveis rurais sendo a primeira uma 
unidade econômica rural onde é definido o módulo rural definindo uma área mínima 
produtiva e a segunda para o registro, matricula, ou seja, propriedade imobiliária. Para o 
levantamento georreferenciado rural o INCRA disponibiliza a Norma técnica já estando na 
sua 3º (terceira) edição, contendo orientações sobre como proceder e descrição dos limites, ou 
seja, o que medir e a precisão aplicada em cada ponto de divisa ou matas e córregos. 
Portanto, este estudo tem por objetivo fazer uma análise sobre as leis que influenciam 
no parcelamento do solo dentro do perímetro urbanoe rural utilizando casos reais, assim 
auxiliando na capacitação e/ou que complemento para recém-formados que queiram atuar na 
área abordada, além de mostrar uma área de atuação que ainda é pouco elencada na 
engenharia civil, afim de nos abrir mais uma porta de entrada para o mercado de trabalho. 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10714104/inciso-viii-do-artigo-30-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10637721/artigo-30-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109566/lei-lehmann-lei-6766-79
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
13 
 
1.1 PROBLEMA 
 
Considerando a demanda de profissionais qualificados nesta área e sua complexidade 
em questões mais burocráticas, sabendo que o engenheiro civil tem competência para 
realização deste serviço, porém sai da graduação com pouco conhecimento prático, fora da 
sala de aula. 
Desta forma, após a conclusão do curso aparecem vários questionamentos, como: onde 
procurar mais informações? Como proceder em cada caso? Sendo então, notável a 
necessidade de abordar esse tema e fazer um estudo de caso comparativo entre três situações. 
 
1.2 HIPÓTESE 
 
A desmitificação de limitação de atuação do engenheiro civil, somente a parte técnica, 
sendo ele, legalmente habilitado a fazer também, a parte processual e burocrática do 
desmembramento. 
 
1.3 OBJETIVOS 
 
1.3.1 Objetivo geral 
 
Análise do processo de desmembramento e levantamento topográfico de área urbana e 
rural e suas peculiaridades. 
 
1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
 Analise de leis e normas especificas para o Parcelamento do Solo em áreas 
Urbanos e Rurais; 
 Analisar precisão requerida para cada situação conforme dispositivos legais; 
 Indicar método de levantamento para cada caso de forma a atender as 
precisões exigidas; 
 Comparar o tempo gasto em campo e custo do levantamento por m² de 
acordo com cada método utilizado; 
14 
 
1.4 JUSTIFICATIVA 
 
O parcelamento do solo é um dos itens mais importantes para o desenvolvimento e 
controle dos centros urbanos, fazendo a separação de glebas em lotes para melhor 
aproveitamento e implantação de infraestrutura. O desenvolvimento urbano pode ser dado 
pelo crescimento vertical com a construção de edifícios e horizontal com a criação de novas 
áreas urbanas como loteamos/desmembramentos. 
Existem várias leis para ter esse controle, sendo elas: Lei Federal, Estadual, e a 
Municipal mais conhecida como Plano Diretor. Tem-se como base a Lei Federal, que se 
sobrepõem em relação a estadual e municipal. No contexto e na problemática do fenômeno da 
urbanização, o parcelamento do solo é hoje um dos itens de mais relevância, tanto sob o 
aspecto técnico quanto jurídico, no que se refere ao ordenamento da cidade, principalmente na 
organização espacial de novas áreas urbanas, utilizando a forma de loteamento ou 
desmembramento. 
Assim, o parcelamento do solo, em conformidade com a leis existentes proporcionam 
a sustentação das atividades que serão desempenhadas nessas novas áreas, devendo permitir o 
pleno desenvolvimento da população ali residente e integrar-se adequadamente à estrutura 
existente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
1.5 ESTRUTURAÇÃO 
 
Composto por cinco capítulos distribuídos da seguinte maneira: o capítulo primeiro 
introduz a pesquisa com as considerações iniciais, tendo como subtópicos o problema, a 
hipótese, os objetivos gerais e específicos, a justificativa do tema e a estruturação. 
No capítulo segundo será desenvolvida a fundamentação teórica com base nas leis e 
decretos que regem o parcelamento do solo, com subtópicos que abordam as exigências de 
cada uma, possibilidades de desmembramentos especiais ou abaixo das frações mínimas, 
diferença entre desmembramento urbano e rural, códigos florestais que delimitam área 
mínima de APP ou faixa não edificada e precisão exigida nos levantamentos. 
O terceiro capítulo apresentará a metodologia para a execução deste trabalho. 
O desenvolvimento é referenciado no quarto capítulo, onde caracteriza um estudo de 
caso sobre três situações distintas, duas dentro do perímetro urbano e uma rural. 
 
Por fim, o quinto capítulo relatará as considerações finais, uma análise sobre todo o 
trabalho e as observações do autor. Em sequência, as referências utilizadas para a construção 
deste estudo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
2 REVISÃO DE LITERATURA 
 
A Revisão Literária foi feita com base na legislação Federal, Estadual e Municipal 
sobre Parcelamento do Solo e os comentários complementares foram feitos pelo autor com 
contribuição de outros profissionais da área, através de depoimentos. 
 
 
2.1 PARCELAMENTO DO SOLO 
 
O parcelamento do solo tem como objetivo atender a necessidade de desenvolvimento 
de diferentes atividades urbanas e rurais, com a concentração equilibrada dessas atividades e 
de pessoas no município, estimulando e orientando o desenvolvimento e o controle do uso e 
aproveitamento do solo. 
Ordenar o espaço destinado a habitação, como por exemplo a urbanificação de uma 
gleba, mediante sua divisão ou redivisão em parcelas destinadas ao exercício das funções 
elementares urbanísticos, dentro dos ditames legais. 
 
[...] as áreas destinadas a sistema de circulação, a implantação de 
equipamento urbano e comunitário, bem como a espaços livres de uso 
público, serão proporcionais à densidade de ocupação prevista pelo plano 
diretor ou aprovada por lei municipal para a zona em que se situem. 
(Alteração da Lei 6.766/79, pela Lei nº 9.9.785/99) 
 
A partir de 1º de fevereiro de 1999, quando iniciou a vigência da Lei 9.785/99, os 
municípios podem exigir, por lei, o percentual que entenderem, bem como determinar as áreas 
mínimas e máximas dos lotes, e os coeficientes máximos de aproveitamento. 
Não será aprovado o parcelamento do solo para fins urbanos ou de expansão urbana, 
conforme Lei Federal n º 6.766/79 no seu parágrafo único do art. 3º e da Lei nº 6.063 de 24 de 
maio de 1982, as proibições são assim elencadas: 
 
I. Em terrenos alagadiços ou sujeitos a inundações, antes de tomadas as 
providências para assegurar o escoamento das águas; 
II. Em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde 
pública em que sejam previamente saneados; 
17 
 
III. Em terreno com declividade igual ou superior de 30% (trinta por cento) 
IV. Em terreno onde as condições geológicas e topográficas desaconselhem 
a edificação 
V. Em área de proteção especial, definidas na legislação, e naquelas onde o 
parcelamento do solo passa causar danos relevantes à flora, fauna e outros 
recursos naturais. 
VI. Em áreas onde as condições ambientais ultrapassem os limites máximos 
dos padrões de qualidade ambiental ou onde a poluição impeça condições 
sanitárias suportáveis. 
 
Assim, a implantação do parcelamento do solo para fins urbanos, deve atender os 
termos das Lei federal 6.766/79, com as alterações advindas da Lei 9.785/99 e, também, à 
legislação municipal respectiva, isso quando estiver localizada em zona urbana ou extensão 
urbana, seguindo sempre a mesma sequência a ser analisada pela Lei Federal, Lei estadual e 
depois a Legislação Municipal. 
No caso de parcelamento de imóveis rurais para fins urbanos ou de expansão urbana, 
atendemos os termos do Decreto-Lei 58/37 e também à Instrução nº 17-b do INCRA, que 
dispõe sobre o parcelamento de imóveis rurais para fins urbanos ou de expansão urbana e 
outras modalidades de parcelamentosrurais. 
Sendo que o parcelamento se divide em: 
- Loteamento: tem necessidade de abertura, modificação ou ampliação de logradouros 
públicos na área 
- Desmembramento: aproveita o sistema viário existente, caso este que iremos 
trabalhar. 
[...] Art. 2º - O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante 
loteamento ou desmembramento, observadas as disposições desta Lei e das 
legislações estaduais e municipais pertinentes. (Lei nº 6.766/79) 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
2.1.1 PROCEDIMENTO DE REGISTRO DO PARCELAMENTO 
 
O procedimento de registro do parcelamento do solo urbano tem a natureza 
administrativa, mas pode comportar uma fase jurisdicional. 
 Geralmente, todos os requerimentos, documentos, exames e atos, estão atrelados a um 
procedimento administrativo que tramita perante o registro de imóveis competente, onde 
ficarão arquivados os respectivos autos depois de registrado o loteamento ou 
desmembramento. 
A natureza desse processo é administrativa, porém não se exclui a possibilidade de 
ocorrência de conflitos de interesses que acontece quando há impugnação do registro 
pretendido, nestes casos a solução será um processo jurisdicional, ou seja, não administrativo, 
como disposto no art. 19 e parágrafos da Lei 6.766/79. 
Em resumo, este processo tem duas fases, a primeira administrativa, que é necessária e 
a segunda é jurisdicional, que é eventual. 
Na esfera da legalidade, a aprovação pela Prefeitura está para o início das obras de 
infraestrutura básica, assim como o registro está para as vendas. O registro atua como ponto 
final da amarração do parcelamento, os lotes passam a existir autônoma e distintamente, 
também a separação das vias públicas e demais espaços livres, que nos termos do art. 22, da 
Lei nº 6.766/79, passam a integrar o domínio do município. 
O registro será procedido após intervalo de 15 dias, necessariamente decorrente da 
última publicação do edital do pedido de registro em 03 (três) dias consecutivos no Diário 
Oficial do Estado e num dos jornais de circulação diária, se na capital, ou um dos jornais 
locais, se no interior. 
Sendo aprovado o projeto de loteamento ou desmembramento, o responsável deverá 
realizar o registro imobiliário tendo um prazo de 180 (cento e oitenta) dias, sob a pena de 
caducidade da aprovação, deverá entregar os seguintes documentos: 
 
 
I. Título de propriedade do imóvel ou certidão da matrícula, ressalvado o 
disposto nos §4º e §5º. 
II. Histórico dos títulos de propriedade do imóvel, abrangendo os últimos 20 
(vinte) anos, acompanhados dos respectivos comprovantes; 
III. Certidões negativas: 
a) De tributos federais, estaduais e municipais sobre o imóvel; 
19 
 
b) De ações reais referentes ao imóvel, pelo período de 10 (dez) anos; 
c) De ações penais com respeito ao crime contra o patrimônio e contra a 
Administração Pública; 
IV. Certidões 
a) Dos cartórios de protesto de títulos, em nome do loteador, pelo 
período de 10(dez) anos; 
b) De ações pessoais relativas ao loteado, pelo período de 10(dez) anos; 
c) De ônus reais relativos ao imóvel; 
d) De ações penais contra o loteador, pelo período de 10(dez) anos; 
V. Cópia do ato de aprovação do loteamento e comprovante do termo de 
verificação pela Prefeitura Municipal ou pelo distrito federal, da execução 
das obras exigidas por legislação municipal que incluirão, no mínima, a 
execução das vias de circulação do loteamento, demarcação dos lotes, 
quadras e logradouros e das obras de escoamento das águas pluviais ou da 
aprovação de um cronograma, com a duração máxima de quatro anos, 
acompanhado de competente instrumento de garantia para a execução das 
obras; 
VI. Exemplar do contrato padrão de promessa de venda, ou de cessão ou de 
promessa de cessão, do qual constarão obrigatoriamente as indicações 
previstas no art. 26 desta Lei; 
VII. Declaração do cônjuge do requerente de que consente no registro do 
loteamento. (Art. 18, da Lei nº 6.766/79) 
 
2.2 LOTEAMENTO 
 
É a primeira forma prevista na legislação de parcelamento do solo urbano. Dando 
sequência às definições, a Lei nº 6.766/79 esclarece o que entende por loteamento que do seu 
conceito: 
[...] Art. 2º, § 1º - Considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes 
destinados à edificação, com abertura de novas vias de circulação, de 
logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias 
existentes. (Lei nº 6.766/79) 
 
As vezes pode ocorrer o reloteamento, que nada mais é do que o parcelamento do solo 
resultante de loteamento ou desmembramento já aprovado, com abertura de novas vias de 
circulação. Também pode ser entendido com uma divisão de uma gleba maior, separando em 
20 
 
lotes ou áreas públicas, terrenos servidos de estruturas básicas, cujas as dimensões são 
conhecidas e dentro das exigências da prefeitura ou Lei Estadual caso ainda não se tenha 
plano diretor a ser seguido. 
Se entende por gleba, terra crua, que nunca tenha sido submetida a um processo de 
parcelamento do solo sob a vigência da Lei. Seguindo esse sentido, quando a gleba adequada 
as leis brasileiras e regionais, atendendo as todos os requisitos e conformidades exigidas pelo 
plano diretor do município onde se encontra, esta passa a ser chamada de lote. 
Loteamentos só serão considerados legais, quando a planta e o projeto forem 
previamente aprovados pela Prefeitura Municipal, obedecida a legislação pertinente. Após a 
aprovação o loteamento deve ser registrado no Cartório de Registro de Imóveis competente. A 
execução das obras de infraestrutura se dará segundo a respectiva aprovação. 
 
2.2.1 Loteamentos especiais 
 
Também conhecido como “loteamento fechado”, está sendo um dos sistemas mais 
utilizados atualmente, por causa da insegurança em que a sociedade se encontra, visando 
garantir sua segurança e descongestionar as grandes cidades. 
O loteamento especial visa o fechamento de vias, construção de muros e instalação de 
guaritas, permitindo tão somente a entrada de moradores e pessoas autorizadas, por isso dando 
uma maior sensação de segurança para seus moradores. 
O que os diferencia dos loteamentos comuns são as vias que não são de uso comum do 
povo, sendo exclusivo apenas a utilização de seus moradores, contrariando as disposições 
especificadas pela Lei nº 6.766/79. 
Assim sendo classificados como CONDOMÍNIOS URBANOS, seguindo a Lei nº 
4.591 de 1964, onde prevê que no mesmo imóvel podem existir edificações ou conjuntos de 
edificações de um ou mais pavimentos, sendo isoladas entre si para fins residenciais ou não. 
 
Art. 8º Quando, em terreno onde não houver edificação, o proprietário, o 
promitente comprador, o cessionário deste ou o promitente cessionário sobre 
ele desejar erigir mais de uma edificação, observar-se-á também o seguinte: 
a) em relação às unidades autônomas que se constituírem em casas térreas ou 
assobradadas, será discriminada a parte do terreno ocupada pela edificação e 
também aquela eventualmente reservada como de utilização exclusiva dessas 
casas, como jardim e quintal, bem assim a fração ideal do todo do terreno e 
21 
 
de partes comuns, que corresponderá às unidades; 
b) em relação às unidades autônomas que constituírem edifícios de dois ou 
mais pavimentos, será discriminada a parte do terreno ocupada pela 
edificação, aquela que eventualmente for reservada como de utilização 
exclusiva, correspondente às unidades do edifício, e ainda a fração ideal do 
todo do terreno e de partes comuns, que corresponderá a cada uma das 
unidades; 
c) serão discriminadas as partes do total do terreno que poderão ser 
utilizadas em comum pelos titulares de direito sobre os vários tipos de 
unidades autônomas; 
d) serão discriminadas as áreas que se constituírem em passagem comum 
para as vias públicas ou para as unidades entre si. (LEI FEDERAL Nº 4.591 
DE 16 DE DEZEMBRO DE 1964) 
 
2.3 DESMEMBRAMENTO 
 
Desmembramento é a segundaforma prevista na legislação do parcelamento do solo, e 
significa o parcelamento do solo da terra em lotes, não sendo necessário à abertura de 
logradouros. Trata-se de uma espécie de parcelamento do solo urbano. Aí já se pode entrever 
alguma diferença entre os institutos destinados ao parcelamento do solo urbano. 
 
[...] a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com 
aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na 
abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, 
modificações ou ampliações dos já existentes (LEI FEDERAL, 6.766, 
BRASIL, 1979) 
 
Mais facilmente identificado porque é a divisão de uma gleba ou lote, não precisando 
de abertura de novas ruas ou estruturas, utilizando as já existentes. Um dos benefícios desse 
processo é o controle do crescimento dos centros urbanos, pois, foram estabelecidas fases 
distintas para processos de elaboração do parcelamento do solo, fases de projetos, aprovação, 
registro e execução, buscando diminuir a abertura de loteamentos irregulares contribuindo 
para a segurança dos adquirentes dos lotes. 
 
 
22 
 
Os desmembramentos são irregulares ou clandestinos quando o poder público 
competente não tem conhecimento de sua existência ou quando o processo é indeferido na 
análise e mesmo assim é executado, causando vários problemas, dentre eles o saneamento 
básico, não tendo um controle para fazer a coleta do esgoto prejudicando o Meio Ambiente e 
consequentemente prejudicando a saúde de seus moradores. 
 
2.3.1 Desmembramento rural 
 
Imóvel rural, segundo a legislação agrária, é a área formada por uma ou mais 
matrículas de terras continuas, do mesmo titular (proprietário ou posseiro), localizada tanto na 
zona rural quanto urbana do município. O que caracteriza é a sua destinação agrícola, 
pecuária, extrativista vegetal, florestal ou agroindustrial. Da mesma forma pode acontecer ao 
contrário, ou seja, um imóvel situado na área rural, que não possua finalidade agropecuária, 
não se caracteriza como um imóvel rural. 
 
Outro exemplo é quando ocorre a descaracterização do imóvel rural, que é quando o 
imóvel está inserido no perímetro urbano e perdeu sua destinação agropecuária. Então o 
cadastro do imóvel no Sistema Nacional de Cadastro Rural deve ser cancelado, sendo 
obrigatoriamente informado ao cartório de registro de imóveis, alterando assim sua descrição 
da matrícula de rural para urbano. 
 
Art. 4º Para os efeitos desta Lei, definem-se: 
I - "Imóvel Rural", o prédio rústico, de área contínua qualquer que seja a sua 
localização que se destina à exploração extrativa agrícola, pecuária ou 
agroindustrial, quer através de planos públicos de valorização, quer através 
de iniciativa privada; 
II - "Propriedade Familiar", o imóvel rural que, direta e pessoalmente 
explorado pelo agricultor e sua família, lhes absorva toda a força de trabalho, 
garantindo-lhes a subsistência e o progresso social e econômico, com área 
máxima fixada para cada região e tipo de exploração, e eventualmente 
trabalho com a ajuda de terceiros; 
III - "Módulo Rural", a área fixada nos termos do inciso anterior; 
IV - "Minifúndio", o imóvel rural de área e possibilidades inferiores às da 
propriedade familiar; 
V - "Latifúndio", o imóvel rural que: 
23 
 
a) exceda a dimensão máxima fixada na forma do artigo 46, § 1°, alínea b, 
desta Lei, tendo-se em vista as condições ecológicas, sistemas agrícolas 
regionais e o fim a que se destine; 
b) não excedendo o limite referido na alínea anterior, e tendo área igual ou 
superior à dimensão do módulo de propriedade rural, seja mantido 
inexplorado em relação às possibilidades físicas, econômicas e sociais do 
meio, com fins especulativos, ou seja, deficiente ou inadequadamente 
explorado, de modo a vedar-lhe a inclusão no conceito de empresa rural; 
(LEI FEDERAL nº 4.504 de 30 de Novembro de 1964) 
 
O termo continuo é usado para a área confrontante da mesma pessoa (física ou 
jurídica). Pode ser propriedade e/ou posse. Pode ter vários documentos, como registro, 
matrícula, escritura ou outra documentação. Pode haver interrupções físicas como estradas, 
rios e córregos, pode estar em um ou mais municípios ou estados e ainda assim é considerado 
um único imóvel rural. 
Logo, em um terreno onde foi executada uma retificação do registro do imóvel, cujo o 
qual é dividido ao meio por uma estrada. Neste caso os documentos deste terreno irão se 
dividir em glebas. Cada parte ou cada gleba terá um documento, porém mesmo com a 
interrupção física e com documentos separados, sendo do mesmo proprietário e para os 
mesmos fins, o imóvel será uma determinada área de terra constituída por diversas 
propriedades ou glebas, se transformando/mantendo em um único imóvel. 
Todo imóvel rural dever possuir cadastro no Instituto nacional de Colonização e 
Reforma Agrária (INCRA) com vários registros ou ainda com área apenas de posse (sem 
registro). É função do INCRA efetuar o cadastro rural, principalmente emitir a certificação 
que o imóvel georreferenciado não invada a área de outro imóvel certificado. 
Basicamente temos dois conceitos de imóvel rural: o primeiro para o INCRA que é 
uma unidade econômica rural, que abrange a áreas registradas e a as não registradas (de 
posse) e segundo, para o registro de imóveis, a matrícula, ou seja, a “propriedade imobiliária” 
juridicamente constituída. 
O cadastro do INCRA e auto declaratório e é baseado nas informações declaradas pelo 
proprietário/possuidor que geram o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR), e o 
registro no cartório é que dá direito de propriedade ou outros direitos reais relativos ao imóvel 
rural comprovado por meio de certidão imobiliária. 
 
24 
 
Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR), é o documento que comprova o 
cadastramento do imóvel rural junto à autarquia e que é indispensável para transferir, 
arrendar, hipotecar, desmembrar, partilhar (divorcio ou herança) e obter financiamento 
bancário. 
Art. 8º Para fins de transmissão, a qualquer título, na forma do artigo 65, da 
Lei nº 4.504, de 30 de novembro de 1964, nenhum imóvel rural poderá ser 
desmembrado ou dividido em área de tamanho inferior à do módulo 
calculado para o imóvel ou da fração mínima de parcelamento fixada no § 1º 
deste artigo, prevalecendo a de menor área. (LEI FEDERAL 5.868, 
BRASIL, 1972) 
 
 
2.3.2 Parcelamento de área inferior a fração mínima 
 
A Lei Federal 5.868/72 traz o seguinte conceito de fração mínima de parcelamento: 
 
§ 1º A fração mínima de parcelamento será: 
a) o módulo correspondente à exploração hortigranjeira das respectivas 
zonas típicas, para os Municípios das capitais dos Estados; 
b) o módulo correspondente às culturas permanentes para os demais 
Municípios situados nas zonas típicas A, B e C; 
c) o módulo correspondente à pecuária para os demais Municípios situados 
na zona típica D. (LEI FEDERAL 5.868, BRASIL, 1972, ART 8º, 
PARAGRAGO 1º) 
 
A lei define a área mínima em que a gleba pode ser dividida, dada para cada cidade 
que a lei permite desmembrar, desde que o imóvel original também se mantenha com a área 
igual ou maior a fração mínima. A fração mínima tem sua importância na sociedade e no 
desenvolvimento de crescimento, pois ela não deixa o proprietário fracionar os imóveis em 
área menores pois seriam inviáveis, garantindo assim os direitos dos compradores para que 
não descumpram a função social do imóvel rural. 
 
 
 
 
25 
 
2.3.2.1 Possibilidade de desmembramento abaixo da fração mínima 
 
Segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (2016) ''a legislação 
prevê três possibilidades de desmembramento abaixa da fração mínima''. 
Primeira: 
I - Aos casos em que a alienação da área destine-se comprovadamente a sua 
anexação ao prédio rústico, confrontante, desde que o imóvel do qual se 
desmembre permaneça com área igual ou superior àfração mínima do 
parcelamento; (Lei Federal 13.001, DE 20 DE JULHO DE 2014, Art. 27º) 
 
 De forma simplificada, é quando um imóvel rural confrontante anexa a área 
desmembrada inferior à fração mínima de parcelamento, tendo que a área remanescente do 
imóvel antigo fique com área igual ou superior a fração mínima. 
 
Segunda: 
III - aos imóveis rurais cujos proprietários sejam enquadrados como 
agricultor familiar nos termos da Lei no 11.326, de 24 de julho de 2006; (Lei 
Federal 13.001, DE 20 DE JULHO DE 2014, Art. 27º) 
 
 Conforme o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (2016), a 
comprovação do enquadramento do proprietário como agricultor familiar, se dá pela obtenção 
da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP). Para conseguir esta declaração, o proprietário 
deverá procurar o sindicato rural, que é uma entidade ou empresa de assistência técnica. O 
sindicato fará o enquadramento, depois de concluído o processo, o proprietário poderá retirar 
o extrato da declaração via internet. 
Terceira possibilidade: 
IV - Ao imóvel rural que tenha sido incorporado à zona urbana do 
Município. ” (NR) (Lei Federal 13.001, DE 20 DE JULHO DE 2014, Art. 
27º) 
 
 Isso acontece quando o imóvel rural está localizado no perímetro urbano do 
município, com frente para uma rua, tratando o desmembramento como urbano. Quando 
finalizado todo o processo, o proprietário deverá retificar o cadastro do imóvel rural, retirando 
a área desmembrada urbana. 
 
26 
 
 
2.4 LEGISLAÇÃO E NORMAS APLICÁVEIS 
 
2.4.1 Lei Federal 6.766 de 1979 – parcelamento do solo urbano 
 
Art. 1º O parcelamento do solo para fins urbanos será regido por esta Lei. 
Parágrafo único. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão 
estabelecer normas complementares relativas ao parcelamento do solo 
municipal para adequar o previsto nesta Lei às peculiaridades regionais e 
locais. (LEI FEDERAL 6.766/79) 
 
 
Come explicado em seu primeiro artigo, esta lei que define parâmetros e medidas a 
serem seguidas para o parcelamento do solo em território Urbano, também descreve que os 
municípios poderão estabelecer normas complementares relativas ao parcelamento para 
adequar o previsto nesta lei às particularidades de cada região. 
Esta lei é indispensável para o crescimento e organização do território urbano, 
preservando o meio ambiente pois dá atenção a limites estabelecidos para o desenvolvimento 
do parcelamento. Ela somente se aplica para loteamentos e desmembramento em solos 
urbanos, qualquer outro método de divisão de terra está fora do alcance dela. 
Esta lei mostra, de forma simples e didática, todos os procedimentos e a forma que 
deve ocorrer para aprovar um parcelamento do solo urbano. Mostra o papel do proprietário, 
da prefeitura, informação de cada região, o que deverá ser levado em consideração para a 
elaboração do projeto e memorial descritivo. 
 Cita condições mínimas para que parcelamentos situados em zonas habitacionais, 
garantido todos os direitos dos moradores ou compradores, como prevenção da saúde pública 
e direito de ir e vir. 
§ 6º A infraestrutura básica dos parcelamentos situados nas zonas 
habitacionais declaradas por lei como de interesse social (ZHIS) consistirá, 
no mínimo, de: 
I - Vias de circulação; 
II - Escoamento das águas pluviais; 
III - rede para o abastecimento de água potável; e 
IV - Soluções para o esgotamento sanitário e para a energia elétrica 
27 
 
domiciliar. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.785, de 29/1/1999) (LEI 
FEDERAL 6.766/79) 
 
Art. 4º Os loteamentos deverão atender, pelo menos, aos seguintes 
requisitos: 
I - As áreas destinadas a sistemas de circulação, a implantação de 
equipamento urbano e comunitário, bem como a espaços livres de uso 
público, serão proporcionais à densidade de ocupação prevista pelo plano 
diretor ou aprovada por lei municipal para a zona em que se situem. (Inciso 
com redação dada pela Lei nº 9.785, de 29/1/1999) 
II - Os lotes terão área mínima de 125 m2 (cento e vinte e cinco metros 
quadrados) e frente mínima de 5 (cinco) metros, salvo quando a legislação 
estadual ou municipal determinar maiores exigências, ou quando o 
loteamento se destinar a urbanização específica ou edificação de conjuntos 
habitacionais de interesse social, previamente aprovados pelos órgãos 
públicos competentes; 
III - ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio 
público das rodovias e ferrovias, será obrigatória a reserva de uma faixa não-
edificável de 15 (quinze) metros de cada lado, salvo maiores exigências da 
legislação específica; (Inciso com redação dada pela Lei nº 10.932, de 
3/8/2004) 
IV - As vias de loteamento deverão articular-se com as vias adjacentes 
oficiais, existentes ou projetadas, e harmonizar-se com a topografia local. 
(LEI FERERAL 6.766/79, Art. 4) 
 
Para aprovação de projeto de Desmembramento, deve-se cumprir algumas exigências 
apresentando um requerimento na Prefeitura Municipal, ou ao Distrito Federal quando for o 
caso, junto com a certidão atualizada expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis, e planta 
do imóvel contendo: 
 
I - A indicação das vias existentes e dos loteamentos próximos; 
II - A indicação do tipo de uso predominante no local; 
III - a indicação da divisão de lotes pretendida na área. 
(LEI FERERAL 6.766/79, Art. 10) 
 
 
http://www2.camara.gov.br/internet/legislacao/legin.html/textos/visualizarTexto.html?ideNorma=322240&seqTexto=1&PalavrasDestaque=
http://www2.camara.gov.br/internet/legislacao/legin.html/textos/visualizarTexto.html?ideNorma=322240&seqTexto=1&PalavrasDestaque=
http://www2.camara.gov.br/internet/legislacao/legin.html/textos/visualizarTexto.html?ideNorma=322240&seqTexto=1&PalavrasDestaque=
http://www2.camara.gov.br/internet/legislacao/legin.html/textos/visualizarTexto.html?ideNorma=533184&seqTexto=16428&PalavrasDestaque=
http://www2.camara.gov.br/internet/legislacao/legin.html/textos/visualizarTexto.html?ideNorma=533184&seqTexto=16428&PalavrasDestaque=
28 
 
Logo depois da aprovação pela Prefeitura Municipal, segue-se ao Registro Imobiliário 
dentro de 180 (cento e oitenta) dias, sob pena da caducidade da aprovação, trazendo a 
necessidade da apresentação dos seguintes documentos: 
 
I - Título de propriedade do imóvel ou certidão da matrícula, ressalvado o 
disposto nos §§ 4º e 5º; (Inciso com redação dada pela Lei nº 9.785, de 
29/1/1999) 
II - Histórico dos títulos de propriedade do imóvel, abrangendo os últimos 20 
(vinte) anos, acompanhados dos respectivos comprovantes; 
III - certidões negativas: 
a) de tributos federais, estaduais e municipais incidentes sobre o imóvel; 
b) de ações reais referentes ao imóvel, pelo período de 10 (dez) anos; 
c) de ações penais com respeito ao crime contra o patrimônio e contra a 
Administração Pública. 
IV - Certidões: 
a) dos cartórios de protestos de títulos, em nome do loteador, pelo período de 
10 (dez) anos; 
b) de ações pessoais relativas ao loteador, pelo período de 10 (dez) anos; 
c) de ônus reais relativos ao imóvel; 
d) de ações penais contra o loteador, pelo período de 10 (dez) anos. 
V - cópia do ato de aprovação do loteamento e comprovante do termo de 
verificação pela Prefeitura Municipal ou pelo Distrito Federal, da execução 
das obras exigidas por legislação municipal, que incluirão, no mínimo, a 
execução das vias de circulação do loteamento, demarcação dos lotes, 
quadras e logradouros e das obras de escoamento das águas pluviais ou da 
aprovação de um cronograma, com a duração máxima de quatro anos, 
acompanhado de competente instrumento de garantia para a execução das 
obras; (Inciso com redação dada pela Lei nº 9.785, de 29/1/1999) 
VI - Exemplar do contrato padrão de promessa de venda, ou de cessão ou de 
promessa de cessão, do qual constarão obrigatoriamente as indicações 
previstas no art. 26 desta Lei; 
VII - declaração do cônjuge do requerente de que consente noregistro do 
loteamento. (LEI FERERAL 6.766/79, Art. 18) 
 
 
 
http://www2.camara.gov.br/internet/legislacao/legin.html/textos/visualizarTexto.html?ideNorma=322240&seqTexto=1&PalavrasDestaque=
http://www2.camara.gov.br/internet/legislacao/legin.html/textos/visualizarTexto.html?ideNorma=322240&seqTexto=1&PalavrasDestaque=
http://www2.camara.gov.br/internet/legislacao/legin.html/textos/visualizarTexto.html?ideNorma=322240&seqTexto=1&PalavrasDestaque=
29 
 
Outro benefício desta lei é a segurança do comprador havendo a possibilidade de 
cancelamento da compra ou suspensão dos pagamentos caso o parcelamento esteja irregular 
como descrito nos artigos 37, 38 e 39. 
 
Art. 37. É vedado vender ou prometer vender parcela de loteamento ou 
desmembramento não registrado. 
 Art. 38. Verificado que o loteamento ou desmembramento não se acha 
registrado ou regularmente executado ou notificado pela Prefeitura 
Municipal, ou pelo Distrito Federal quando for o caso, deverá o adquirente 
do lote suspender o pagamento das prestações restantes e notificar o loteador 
para suprir a falta. 
Art. 39. Será nula de pleno direito a cláusula de rescisão de contrato por 
inadimplemento do adquirente, quando o loteamento não estiver 
regularmente inscrito. (LEI FERERAL 6.766/79, Art. 37,38 e 39) 
 
 2.4.2 Lei estadual 6.063 de 1982 – parcelamento do solo urbano 
 
Esta é a lei que rege o parcelamento do solo no Estado de Santa Catarina, porém não 
exclui as legislações federais e municipais e sim as complementam. A lei estadual dá 
providencias parecidas com a lei federal, dando também aos municípios a liberdade para 
estabelecer algumas regras. Fala sobre conceitos de desmembramento e loteamento, onde será 
permitido e onde não será permitido o parcelamento, mostra quais documentos devem compor 
o processo. 
 
Parágrafo único – Os Municípios, em consideração às características locais, 
poderão estabelecer, supletivamente, outras limitações desde que não 
conflitem com as disposições desta lei. (LEI ESTADUAL 6.063/82) 
 
Para cumprimento desta lei, ao se fazer o projeto e memorial descritivo, deve ficar 
atento a algumas exigências, tais como as expostas no Art. 5, § 2º e §3 descreve: 
 
§ 2º - Os desenhos conterão pelo menos: 
I - A indicação do imóvel a ser loteado dentro da área municipal; 
II - A subdivisão das quadras em lotes, com respectivas dimensões e 
remuneração; 
30 
 
III - O sistema de vias com a respectiva hierarquia; 
IV - As dimensões lineares e angulares do projeto, com raios, cordas, arcos, 
pontos de tangência e ângulos centrais das vias; 
V - Os perfis longitudinais e transversais de todas as vias de circulação e 
praça e praças públicas; 
VI - A indicação dos marcos de alinhamento nivelamento localizados nos 
ângulos de curvas e vias projetadas; 
VII - indicação em planta e perfis de todas as linhas de escoamento das 
águas pluviais. 
§ 3º - O memorial descritivo conterá: 
I - A descrição do loteamento com as suas características e a fixação das 
zonas de uso predominante; 
II - As condições urbanística do loteamento e as limitações que incidem 
sobre os lotes e suas construções; 
III - a indicação das áreas públicas que passarão ao domínio do município no 
ato de registro do loteamento; 
IV - A enumeração dos equipamentos urbanos, comunitários e dos serviços 
públicos ou de utilidade pública já existentes no loteamento e adjacências. 
(LEI ESTADUAL 6.063/82, Art. 5) 
 
Já no art. 8º, esta Lei define qual a área mínima que pode ser desmembrada, e também 
a faixa de reserva legal: 
 
II - Os lotes terão áreas mínimas de 360m² (trezentos e sessenta metros 
quadrados) e frente mínima de 12m (doze metros), salvo quando a legislação 
municipal determinar maiores exigências, ou quando o loteamento se 
destinar à urbanização específica ou edificação de conjuntos habitacionais de 
interesse social previamente aprovados pelos órgãos públicos competentes; 
III - ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio 
público das rodovias, ferroviárias e dutos, é obrigatória a reserva de uma 
faixa “non aedificandi” de 15 m (quinze metros) de cada lado, salvo maiores 
exigências estabelecidas em lei federal ou municipal. (LEI ESTADUAL 
6.063/82, Atr. 8) 
 
 
 
31 
 
Na alteração dada pela Lei Estadual 10.957/98, tanto a área mínima quanto a faixa de 
reserva legal tiveram algumas mudanças: 
 
NOVA REDAÇÃO II - Os lotes terão área mínima de 125 m² (cento e vinte 
e cinco metros quadrados) e frente mínima de 5 (cinco) metros, salvo quando 
a legislação municipal determinar maiores exigências, ou quando o 
loteamento se destinar à urbanização específica ou edificação de conjuntos 
habitacionais de interesse social, previamente aprovados pelos órgãos 
públicos competentes; 
 
Este inciso, estabelece uma área mínima para cada lote de 360 m² (trezentos e sessenta 
metros quadrados), com frente mínima de 12 m (doze metros), podendo a legislação 
municipal, determinar áreas com esta metragem ou maiores, face ao peculiar interesse do 
município e por se tratar de norma urbanística. Aqueles municípios que tem legislação 
possibilitando lotes com área inferior a 360 m² (trezentos e sessenta metros quadrados) e 
frente mínima menor que 12 m (doze metros), estão com a legislação municipal 
automaticamente revogada por contrariar o dispositivo ora analisado. A alternativa dos 
loteamentos destinados à urbanização específica ou edificação de conjuntos habitacionais de 
interesse social, é uma forma de urbanização especial, dependendo de caracterização 
específica de cada hipótese, previamente aprovada pelos órgãos competentes. No caso de 
lotes destinados a construções para famílias de baixa renda por programas do setor público, 
estes poderão ter tais requisitos mínimos reduzidos, atendendo as formas específicas de 
urbanização. 
O requisito previsto neste inciso III (lei estadual 6.063/82), da obrigatoriedade de uma 
reserva de faixa "non aedificandi" ao longo das águas correntes e dormentes, deve observar as 
determinações do Código Florestal (Lei nº 12651/12), por ser mais restritiva: 
 
32 
 
Art. 4º Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou 
urbanas, para os efeitos desta Lei: 
I - As faixas marginais de qualquer curso d’água natural, desde a borda da 
calha do leito regular, em largura mínima de: 
I - As faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e 
intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, 
em largura mínima de: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de 
largura; 
b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 
(cinquenta) metros de largura; 
c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 
200 (duzentos) metros de largura; 
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 
(duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura; 
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura 
superior a 600 (seiscentos) metros; 
II - As áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura 
mínima de: 
a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20 
(vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) 
metros; 
b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas; 
(Lei nº 12.651/2012, Art. 4º) 
 
2.4.3 Lei municipal de timbó nº 483, de 26 de dezembro de 2016 
 
Art. 1º Esta Lei Complementar dispõe sobre a divisão do território do 
Município de Timbó, seu uso e ocupação. (LEI 483/26, TIMBÓ SC) 
 
Esta é a Lei Municipal que regula o parcelamento do solo, no Município de Timbó 
seguindo as diretrizes estabelecidas pela Lei Federal nº 6.766 de 19 de dezembro de 1979, e a 
Lei Estadual nº 6.063 de 24 de maio de 1982. A Lei municipal complementa, e não se coloca 
acima da LeiFederal e Estadual, sugerindo a observação das diretrizes de cada uma. 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm
33 
 
Nesta lei, se observa todas as exigências sobre as disposições preliminares, os 
requisitos urbanísticos para fazer tal parcelamento, das vias de circulação, do projeto, da 
aprovação do projeto e as disposições finais. 
Como foi visto anteriormente, quando um imóvel está situado no perímetro urbano, 
porém tem atividades agropecuárias, pode ser considerado rural. Porém esta lei em seu Art. 8, 
§6 define alguns parâmetros para que tal atividade ocorra dentro do perímetro urbano com por 
exemplo a criação de suínos é proibida em todo perímetro urbano. 
 
§ 6º O uso agropecuário, será considerado tolerado para adequação às zonas 
urbanas, independente do porte, mediante autorização da Vigilância 
Sanitária, na forma deste artigo, devendo respeitar as normas ambientais, de 
saúde pública, trato de animais, sossego e higiene da propriedade, inclusive 
o Código de Posturas, reservando-se o direito do Conselho da Cidade tornar 
inadequada a atividade em determinada área, após realizado o Estudo de 
Impacto de Vizinhança, sempre que requerido pelos moradores da área 
afetada, exceto para a criação de suínos, que fica proibida em todo o 
perímetro urbano. (LEI COMPLEMENTAR Nº 483/16, Art. 8) 
 
Para melhor ordenar o crescimento do território urbano, cada zona apresenta diferentes 
paramentos urbanísticos, considerando a infraestrutura existente e avaliando as possíveis 
tendências de crescimento, levando em conta a proteção ambiental e preservação do 
patrimônio histórico. Especificando a área mínima e máxima permitida para cada zona, recuo 
frontal em relação à edificação e vias públicas onde fica proibido edificar. 
Para toda macrozona rural, para efeito de desmembramento será adotado a gleba 
mínima equivalente ao módulo rural mínimo, previsto na norma federal. Tendo algumas 
observações quando for feito como descreve no Art. 31 e §4, “Ao longo as estradas estaduais 
e municipais, quando o desmembramento for para industrial ou apoio, comunitário ou 
institucional e de comércio ou serviços, será respeitado a faixa de domínio e a porção 
desmembrada será considerada da macrozona urbana. 
 
Art. 34 Poderá ser aprovado desmembramento rural que resulte até 1 (um) 
lote com testada de no mínimo 5,00m (cinco metros) com a rodovia desde 
que: 
I - Se obedeça a gleba mínima equivalente ao módulo rural; 
II - Possibilite a inserção de um círculo com diâmetro mínimo de 15,00m 
34 
 
(quinze metros) conforme representação gráfica do Anexo V; 
III - a testada e área das demais glebas adotem no mínimo os requisitos 
urbanísticos definidos em lei. (LEI COMPLEMENTAR Nº 483/16) 
 
Já no perímetro urbano, as zonas são separadas conforme o uso, infraestrutura, 
adensamento urbano e suas restrições topográficas e ao sitio natural. Neste caso temos a Zona 
Residencial 1 ou também conhecida como ZR1, além da ordem geral foram estabelecidas 
algumas especificações: 
 
I - Lote mínimo de: 
a) 300m² (trezentos metros quadrados), com testada mínima de 12,00m 
(doze metros), em lotes com declividade média natural da rua, em aclive ou 
declive, for de até 10% (dez por cento); 
b) 450m² (quatrocentos e cinquenta metros quadrados), com testada mínima 
de 15,00m (quinze metros), se a declividade média da rua, em aclive ou 
declive, for de 10% (dez por cento) até 15% (quinze por cento); 
c) 540m² (quinhentos e quarenta metros quadrados), com testada mínima de 
18,00m (dezoito metros), se a declividade média da rua, em aclive ou 
declive, estiver acima de 15% (quinze por cento) até 20% (vinte por cento); 
d) 600m² (seiscentos metros quadrados), com testada mínima de 20,00m 
(vinte metros), se a declividade média da rua, em aclive ou declive, es􀆟ver 
acima de 20% (vinte por cento); 
 
§ 1º Os lotes de esquina deverão ter a área mínima do lote, assim como a 
testada mínima, acrescidos em, no mínimo, 20% (vinte por cento), conforme 
a declividade, exceto os lotes estabelecidos na alínea "a" do inciso I, os quais 
serão de no mínimo 400m². 
§ 3º Quando atingido por área de preservação permanente (APP) o lote 
deverá ter área útil mínima de 300m² (trezentos metros quadrados). (LEI 
COMPLEMENTAR Nº 483/16, Art. 39) 
 
 
A lei explica também em seu Art. 40 e 41 que levando em consideração algumas 
observações poderá realizar o desmembramento que resulte até 1 (um) lote e testada de 5,00 
(cinco) metros com a via pública de acesso, obedecendo a área mínima da zona, a inserção do 
círculo de 15,00 (quinze) metros, as testadas e a área dos outros lotes sigam o mínimo 
35 
 
estabelecido para cada zona. Para lotes localizados em términos de vias com testadas menores 
que o dimensionamento previsto desde que o lote tenha os requisitos mínimos e que aja 
possibilidade do prolongamento da via pública. 
Para zonas industriais e micro-pólos industriais tem os seguintes requisitos 
especificado no seu Art. 45: 
 
I - Lote mínimo de 1.000m² (mil metros quadrados); 
II - Lote máximo de 10.000m² (dez mil metros quadrados), para os micro-
pólos industriais; 
III - testada mínima de 30,00m (trinta metros); 
§ 1º O lote máximo não se aplica na Zona Industrial, apenas para os micro-
polos; 
§ 2º Os lotes de esquina deverão ter a área mínima do lote estabelecida para 
a zona, assim como a testada mínima, acrescidos em, no mínimo, 20% (vinte 
por cento). (LEI COMPLEMENTAR Nº 483/16, Art. 45) 
 
 
2.4.4 Decreto Federal nº 9.310, de 15 de março de 2018 
 
Este decreto institui normas e procedimentos aplicáveis a regularização Urbana, como 
as leis já citadas ele tem como princípio o desenvolvimento dos espaços urbanos, com 
princípios de sustentabilidade econômica, social e ambiental e ordenação territorial. 
Algo importante a ser analisado neste decreto é a faixa de APP, no Decreto fica 
descrito que ao longo dos rios ou de qualquer curso de água, será uma faixa de largura 
mínima de 15 m (quinze metros) de cada lado. Comparada com o Código Florestal citado no 
item da Lei 6.063/82, onde a faixa a ser deixada varia conforme a largura do rio, sendo entre 
10 m (dez metros) a 600 m (seiscentos metros). 
No Art. 29, estabelece que todo levantamento topográfico georreferenciado devem ser 
realizados conforme as Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, 
também o Disposto no Decreto n º 89.817, de 20 de junho de 1984, normas técnicas da 
Diretoria do Serviço Geográfico do Exército Brasileiro, que serão acompanhados de ART e 
RRT. 
 
 
36 
 
Os §3º e §4, descrevem qual o erro esférico máximo do vértice definidor de limite, 
onde deverá ser igual ou menor a 8 (oito) centímetros de raio (Figura 01). Sendo que o erro 
posicional terá menor magnitude conforme a avaliação do impacto da propagação dos erros, 
onde o responsável técnico ficara responsável pela avaliação dos impactos da propagação dos 
erros previamente à execução do levantamento georreferenciado. 
 
Figura 1- Erro posicional esférico 
 
Fonte – Autor 2018 
 
Para melhor entendermos sobre a precisão do Levantamento Topográfico 
Georreferenciado, podemos levar em conta dois paramentos, Precisão e Acurácia 
representado na figura a baixo: 
 
 
 
Figura 2– Precisão e Acurácia 
 
Fonte – Autor 2018 
37 
 
Precisão está ligada a repetibilidade de medidas sucessivas feitas em condições 
semelhantes, estando vinculada somente a efeitos aleatórios. 
Acurácia expressa o grau de aderência das observações em relação ao seu valor 
verdadeiro, estando vinculada a efeitos aleatórios e sistemáticos. 
 
2.4.5 Norma técnica para georreferenciamento de imóveis rurais Lei 10.267, de 28 de agosto 
de 2001 
 
Disponibilizada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), 
foi atualizada estando totalmente voltada para a gestão da certificação por meio digital 
estando em sua 3º (terceira)edição. Contém orientações sobre como proceder a descrição dos 
limites dos imóveis rurais, ou seja, o que medir, não considerando o proprietário e sim o bem 
imóvel, sendo o Manual técnico de posicionamento que explica sobre como medir o imóvel. 
 
A presente norma trata das condições exigíveis para execução dos serviços 
de georreferenciamento de imóveis rurais, em atendimento ao que 
estabelecem os parágrafos 3º e 4º, do artigo 176, e o parágrafo 3º do artigo 
225, da Lei no 6.015, de 31 de dezembro de 1973, incluídos pela Lei no 
10.267, de 28 de agosto de 2001. (Item 1, 3º NTGIR, 2013) 
 
A 3º NTGIR possibilita a utilização de novos métodos de posicionamento, utilizando 
sensoriamento remoto para limites naturais como rios, encostas, montanhas, elimina a 
obrigatoriedade de implantação de marcos físico em alguns casos. 
 
As principais mudanças da nova Norma técnica são: 
 Sistema de coordenadas: Coordenadas geodésicas (lat., long. E altitude). As 
coordenadas dos vértices definidores dos limites devem ser referenciados ao 
Sistema Geodésico Brasileiro (SGB), adotando-se o Sistema de Referência 
Geocêntrico para as Américas (SIRGAS), com sua realização do ano 2000 
(SIRGAS2000), conforma resolução nº 1, de 25 de fevereiro de 2005, do 
Presidente do IBGE 
 Calculo de área: Sistema Geodésico Local 
 Implantação de marco: em limites consolidados, fica a critério do agrimensor. 
38 
 
 Posicionamento por sensoriamento remoto: possibilidade de utilização de 
acordo com a precisão do produto e o tipo de feição levantada (natural ou 
artificial) 
Os padrões estabelecidos na 3º NTGIR, estão descritos no item 4.4 da norma, onde os 
valores de precisão posicional a serem observados para vértices definidores de limites, 
compreendendo como limites artificiais, cercas, estradas, muros e naturais rios, grotas, linhas 
de cumeada. Os valores de precisão devem ser convertidos para valores lineares (UTM), 
sendo assim os valores devem sem expressos em metros. 
 
a) Para vértices situados em limites artificiais: melhor ou igual a 0,50 m; 
b) Para vértices situados em limites naturais: melhor ou igual a 3,00 m; e 
c) Para vértices situados em limites inacessíveis: melhor ou igual a 7,50 m. 
(3º NTGIR, 2013) 
 
Para a elaboração do Levantamento Topográfico Georreferenciado, o profissional deve 
estar devidamente habilitado para assumir a responsabilidade técnica, estando de acordo com 
o parágrafo 3º do artigo 176, da lei nº 6.015, de 1973. O credenciamento do profissional se faz 
junto ao INCRA requerendo seu certificado de imóveis rurais, em conformidade com 
parágrafo 5º do 176, da Lei nº 6.015, de 1973, incluído pela Lei nº 11.952, 25 de junho de 
2009. 
Essa gestão de certificação tem por finalidade garantir a segurança para as 
informações certificadas, tornando os profissionais aptos a realizar o processo de certificação 
contemplando os seguintes itens: 
 Desmembramento/Parcelamento; 
 Remembramento; 
 Retificação de certificação; 
 Cancelamento de certificação; 
 Análise de sobreposição; 
 Sanções ao credenciado. 
 
 
 
 
 
39 
 
3 MATERIAIS E MÉTODOS 
 
O interesse por este tema deu-se pela análise feita no decorrer de todo o curso de 
Bacharelado em Engenharia Civil, onde pode perceber que a maioria dos acadêmicos 
formados não saem preparados para enfrentar as dificuldades do mercado de trabalho. 
Com isso surgiu a ideia de fazer uma análise dos problemas encontrado fora da sala de 
aula, analisando as leis federais, estaduais e municipais que interferem diretamente no 
parcelamento do solo, sendo que cada caso tem suas particularidades e condições para que 
possa fazer o desmembramento ou divisão das áreas. 
Foram elaborados três levantamentos georreferenciado para fazer a análise, se é 
possível ou não, e caminhos a serem tomados para fazer o processo administrativo. Os 
levantamentos foram feitos dentro dos parâmetros exigidos pelas leis e decretos, analisando as 
condições mínimas como APP, frente mínima e área. 
Serão avaliados três casos reais de levantamento e condições de elaboração do 
desmembramento, sendo eles, dois terrenos situados no perímetro urbano de Timbó um com 
observações de APP e outro com área inferior ao que consta na certidão de inteiro teor, 
comparando os instrumentos utilizados e tempo em campo em cada levantamento e outro 
situado em área rural, no município de Campo Belo do Sul, com intuito de desmembramento 
em 6 lotes, onde será avaliada a precisão do levantamento e tempo em campo e suas 
particularidades em relação ao valor do parcelamento da Gleba. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
4 ESTUDO DE CASO 
 
Foi realizado três estudos de casos, sendo dois urbanos e um rural. O primeiro terreno 
urbano fora elaborado com Estação Total Topcon CTS 3007, e o segundo com RTK GNSS 
R6, assim foi possível notar as diferenças entre precisão e praticidade, eis que no terreno rural 
só foi viável a utilização do RTK. Desta forma, no decorrer do deste, ficaram expostas as 
comparações com os levantamentos supracitados. 
A precisão que poderá ser alcançada pelos equipamentos, primeiro Estação total 
Topcon CTS 3007 Precisão linear de 3 mm + 2ppm com alcance de 3.000 metros com 1 
prima, e segundo RTK GNSS R6 pós-processada horizontal de 3 mm + 0,1PPM RMS e 
vertical de 3.5mm + 0.4 PPM RMS. 
Todavia, será ainda analisada a distribuição de lotes, contendo área e frente mínima 
necessárias, dentro do parâmetro da lei, bem como da faixa APP conforme a largura dos 
canais hídricos. 
Um dos levantamentos está localizado na Rua Marechal Floriano Peixoto e o outro na 
Rua Apucarana, ambos pertencentes ao município de Timbó. E o levantamento Rural, foi 
elaborado no interior do Município de Campo Belo do Sul, mais precisamente na localidade 
denominada Motas. 
 
4.1 LEVANTAMENTO URBANO 
4.1.1 Rua Marechal Floriano Peixoto 
 
Este levantamento teve suas particularidades, por ser uma área contendo 29.781,59 m², 
bem como por em alguns pontos serem de difícil acesso, no qual foi realizado com estação 
total para avaliar sua eficiência nessas condições, com o intuito de comparar futuramente com 
o RTK realizado em outro levantamento urbano e rural. O tempo gasto para realização deste 
trabalho com a Estação total, foi de aproximadamente 20 (vinte) horas contando apenas o 
trabalho de campo, compreendendo-se entre abrir caminhos e locação dos pontos das 
estações. 
Foi necessário posicionar 10 estações de controle, três delas auxiliares já que não 
havia acesso direto para fechamento de um poligonal, quais sejam, E01, E07 e E10, onde a 
E10 conforme demostrada na Figura 3, a estação foi colocada de tal forma para se obter a 
amarração do lote com a rua mais próxima, o que é necessário para o processo de 
41 
 
desmembramento. Obtendo um total de 105 pontos levantados entre pontos de controle e 
irradiados, demarcando toda a divisa do terreno e suas construções, centro da via principal 
(Marechal Floriano Peixoto), para conseguir processar futuramente o recuo necessário do eixo 
da via. 
O processo de cálculo da poligonal fora efetuado pelo software Topograph, usando 
alguns paramentos de tolerância, Angular de 0º00’30’’, Altimétrica 20 mm k1/2 e Relativa 
linear de 1:5.000, tudo isso para que a poligonal ficasse dentro do tolerância exigida pelo 
Decreto supracitado, de raio de 8 cm (oito centímetros), adotando mais um ponto de controle 
feito na estação E2, levantado um ponto irradiado (41) no mesmo ponto da E09 (Figura 04), 
determinando qual a diferença depois de calculado e compensado, verificando assim se ficou 
ou não dentro do aceitável. 
Analisando a Figura 04 com o ponto irradiado e a Estação 09, observa-se que o ponto 
a ser levantado está dentro do aceitável, pois é um círculo de 8 cm de raio. Porém analisando 
os valores da Tabela 2, o erro Linear ficou maior que o tolerado, sendo assim seria o correto 
fazerum novo levantamento tendo um maior controle dos pontos que apresentaram maiores 
erros, mesmo com a verificação feito na Figura 4, pois os outros pontos podem estar fora do 
erro esférico máximo aceitável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
Figura 3- Controle das Estações e Poligonal 
 
Fonte – Autor 2018 
Tabela 1- Coordenadas das Estações da Poligonal 
 
Fonte – Autor 2018 
 
 
43 
 
Tabela 2- Parâmetros de Controle e Compensados 
 
Fonte – Autor 2018 
 
Analisando os valores da Tabela 2, o erro Linear ficou maior que o aceitável, sendo 
assim seria o correto fazer um novo levantamento e tendo um maior cuidando com os pontos 
que apresentaram maior erro, mesmo com a verificação feito na Figura 4, os outros pontos 
podem estar fora do erro esférico máximo aceitável. 
 
Figura 4- Controle de Precisão da Poligonal com P41 e E09 
 
Fonte – Autor 2018 
 
Depois de realizado o levantamento e conferido seus valores, foi analisado o 
parcelamento, onde encontrou-se alguns pontos importantes, ambos os terrenos são do mesmo 
proprietário, porém tem o número de matrícula diferentes, já que existe uma estrada entre 
elas, contendo de um lado uma área de 21.410,98 m² (vinte e um mil, quatrocentos e dez 
44 
 
metros quadrados e noventa e oito centésimos de metro quadrado) que será denominada de 
Terreno 01 (ANEXO A), e o outro com 8.370,61 m² (oito mil, trezentos e setenta metros 
quadrados e sessenta e um centésimos de metro quadrado) denominado Terreno 02 (ANEXO 
B). 
Primeiro será analisado o Terreno 01, neste local passa o Rio Benedito nos fundos, o 
qual obtêm a largura de 30,0 m (trinta metros). Em relação a faixa “non aedificandi”, tanto 
para a Lei Federal quanto para a Estadual esta faixa deve ser de 15 m (quinze metros) para 
cada lado, porém fora utilizado o Código Florestal que é mais exigente, tendo em vista a 
largura do rio supracitado, a faixa é de 50 metros (cinquenta metros) conforme compreende-
se da Figura 05, contendo uma área de 5.696,5 m² (cinco mil, seiscentos e noventa e seis 
metros quadrados e cinquenta centésimos de metro quadrado) descontando do valor total, 
totalizando no final apenas 15.714,48 m² (quinze mil, setecentos e quatorze metros quadrados 
e quarenta e oito centésimos de metro quadrado) para fazer o desmembramentos dos lotes, 
seguindo o Plano Diretor de Timbó, com medidas mínimas 15 metros de frente e 30 fundo, 
com área total 450 m². 
Realizada a distribuição dos lotes tiveram alguns ajustes para melhor aproveitamento 
da área, no Terreno 01 (Figura 06) ficou com área maior que a mínima, eis que a frente da 
Gleba não é em um ângulo reto, desta forma deve deixar uma maior área para seguir a 
metragem mínima de frente, com o intuito de deixar um lote padrão. 
No terreno 02 (Figura 07), se obteve um melhor resultado, vez que fora possível ter 
um melhor aproveitamento das frentes, pois o lado oposto da Rua Paineira, conforme 
pesquisa feita na Prefeitura Municipal de Timbó tem projeto de uma rua com acesso ao 
público, sendo assim caracteriza-se ainda como desmembramento e não loteamento, uma vez 
que usa vias já existentes no local. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
Figura 5- Rio Benedito e APP 
 
Fonte – Autor 2018 
 
Figura 6- Distribuição dos Lotes Terreno 01 e Amarração 
 
Fonte – Autor 2018 
 
 
A Figura 6 mostra uma sugestão técnica de distribuição dos lotes caso o proprietário 
queira fazer o desmembramento pequenos lotes sem aproveitar toda a área, já para realizar um 
melhor aproveitamento de todo o terreno, o ideal seria fazer Loteamento, tendo assim a 
necessidade de abertura de novas vias e implantação de infra-estrutura. 
 
 
 
46 
 
Figura 7- Distribuição dos Lotes Terreno 02 
 
Fonte – Autor 2018 
 
Se analisado também a Figura 07, pode-se observar que possui um lago artificial, no 
qual caracteriza-se por ser de origem artificial, normalmente realizado para armazenamento 
de água em regiões de secas, ou para decoração de ambientes ou também construção de uma 
represa ou hidrelétrica. Segundo o Código Florestal os recursos hídricos devem possuir uma 
faixa de APP, porém no Novo Código Florestal, Lei nº 12651, de 25 de maio de 2012, em seu 
Art. 4º, §1º, diz que “ Não será exigida Área de Preservação Permanente no entorno de 
reservatórios artificiais de água que decoram de barramento ou represamento de cursos d’água 
naturais”, desta forma não precisa deixar um faixa não edificada ou no caso para o 
parcelamento. 
 
4.1.2 Rua Apucarana 
Este levantamento fora realizado com o RTK, que tem em suas observações descritas 
no manual, em centros urbanos fica mais difícil de ser executado devido as grandes 
edificações, vez que alcança menor número de satélites do que em campos abertos. 
Porém o resultado em comparação ao levantamento Rural é outro, no qual tinha um 
espaço maior e limpo, o número varia entre 10 a 13 satélites, que no levantamento feito na 
cidade de Timbó ficou dentro da mesma faixa, claro, que analisando o tamanho da cidade e 
suas edificações considera-se uma cidade em desenvolvimento, possuindo pouco crescimento 
47 
 
verticalizado, gerando um levantamento mais preciso e rápido. 
O tempo em campo foi de apenas 45 minutos, meia hora para locar a base deixando 
captar o máximo de satélite, e 15 minutos para configurar o Rover e fazer o levantamento, 
precisando apenas de uma Estação (base) e levantado 7 pontos demarcando toda a divisa e 2 
para amarração com a Rua Professor Alf. Girardi. 
Observa-se que a maior diferença está na agilidade e precisão, por exemplo o tempo 
gasto para fazer o levantamento foi menor em comparação a estação que precisa sempre de Ré 
e Vante e depois levantar os pontos de interesse, e o erro é localizado apenas no ponto 
levantado e não distribuído ao longo da poligonal. Os erros médios encontrados no 
levantamento foram de 0,004 metros na horizontal e 0,008 metros na Vertical, garantindo que 
todos os pontos estão dentro dos parâmetros exigidos pelo decreto. 
Já neste caso não se tem problemas com APP ou com faixa não edificada para analisar, 
sendo dois lotes já demarcados como 30 e 31, constantes na mesma matrícula, no qual será 
realizado o desmembramento após a realização de seu estudo. 
Realizado um novo levantamento topográfico constatou-se que os lotes não possuem a 
área ou frente iguais às que estavam descritas na Inteiro Teor (ANEXO C), que era área de 
450 m² e testada de 15 m, portando o desmembramento poderá ser realizado conforme 
condição da Lei nº 483/16, Art. 39, item a), onde área necessária é 300 m² com testada 
mínima de 12 m e 25 m de fundo, possuindo declividade média natural da rua for até 10% 
(dez por cento). 
Para mais, a Lei Estadual com sua nova redação ficou igual a Lei Federal que dispões 
sobre os atributos mínimos, que devem ser, de frente com 5,00 metros de área, e 125 metros 
quadrados, assim o desmembramento supracitado será possível ser realizado. Além do mais, 
como envolve um acordo referente a partilha dos lotes 30 e 31, devidamente homologado pelo 
juiz, já transitado em julgado, o desmembramento é obrigatório. Tudo isso passando pelos 
mesmos passos citados neste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
Tabela 3- Coordenadas dos Pontos levantados 
 
Fonte – Autor 2018 
 
 
Figura 8- Mapa Geral Rua Apucarana 
 
Fonte – Autor 2018 
49 
 
 
4.2 LEVANTAMENTO RURAL 
Para este levantamento foram necessários 81 pontos e uma estação base, totalizando 
um tempo de campo de 7 horas, possui área total de 30,51 ha como mostra a Tabela 04 e 
também a área da faixa de APP e área de mata nativa. Em comparação ao levantamento feito 
na Rua Marechal Floriano Peixoto onde foram necessárias 20 horas de trabalho no campo e 
possui menor área, fazendo esse comparativo podemos observar que quando se trata de 
levantamento de grandes áreas o melhor método de levantamento é com os equipamentos

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