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resumo p1 EPIDEMIOLOGIA

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Vigilância Epidemiológica e Sanitária
· Vigilância em Saúde
· EM 2009 FORAM APROVADAS AS DIRETRIZES PARA EXECUÇÃO E FINANCIAMENTO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE PELA UNIÃO, ESTADOS, DF E MUNICÍPIOS (PORTARIA 3.252, DE 22/12/2009).
· Seção I - Da Vigilância em Saúde
· Art. 1º A Vigilância em Saúde tem como objetivo a análise permanente da situação de saúde da população, articulando-se num conjunto de ações que se destinam a controlar determinantes, riscos e danos à saúde de populações que vivem em determinados territórios, garantindo a integralidade da atenção, o que inclui tanto a abordagem individual como coletiva dos problemas de saúde.
· Art. 2º A Vigilância em Saúde constitui-se de ações de promoção da saúde da população, vigilância, proteção, prevenção e controle das doenças e agravos à saúde, abrangendo:
· I - Vigilância epidemiológica 
· II - Promoção da saúde 
· III -Vigilância da situação de saúde 
· IV - Vigilância em saúde ambiental 
· V - Vigilância sanitária 
· VI – Vigilância da saúde do trabalhador
(Portaria 3.252, de 22/12/2009)
· VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
· É o conjunto de atividades que permite reunir a informação indispensável para conhecer, a qualquer momento, o comportamento ou história natural das doenças, bem como detectar ou prever alterações de seus fatores condicionantes, com o fim de recomendar oportunamente as medidas indicadas e eficientes que levem à prevenção e ao controle de determinadas doenças. (Lei Orgânica da Saúde (Lei 8.080/90)
· Definição: Conjunto de ações que proporciona:
Conhecimento, detecção, prevenção ( qualquer mudança nos fatores determinantes da saúde ( Recomendar e adotar medidas de prevenção e controle das doenças
· Objetivos - Vigilância Epidemiológica
1. Detectar a ocorrência de surtos ou aglomerados 
2. Identificar tendência ou mudanças na ocorrência de problemas relacionados à saúde 
3. Estabelecer prioridades e programas de saúde pública 
4. Monitorar a efetividade de programas de prevenção e controle 
5. Caracterizar a história natural da doença 
6. Estimular pesquisas analíticas
· Abordagem da Saúde Pública
Vigilância: Qual é o problema? ( Identificação fator de risco: Qual é a causa? ( Intervenção: o que fazer para eliminar o fator de risco? ( Implantação: Como fazer?
Problema --------------------------------------------------------------------------------------------------( resposta
· Definição
Coleta, análise, interpretação e disseminação de dados de programas de saúde pública, de forma contínua e sistemática visando a implementação de ações para redução da morbimortalidade. 
· Vigilância
· Informação precisa e oportuna
· Vincular vigilância clínica, laboratorial e entomológica
· Sensibilidade (capacidade de detectar casos)
· Especificidade (capacidade de excluir não casos)
· Reprodutibilidade
· Sistema de Vigilância
· Bases históricas
· Primeiras intervenções no campo da prevenção e controle de doenças:
· Tratamento em massa com fármacos
· Controle de doenças que comprometiam o trabalho
· Avanço da era bacteriológica
· Imunização
· Combate de vetores 
· Vigilância Epidemiológica no Mundo
· 430 a.C - Praga de Atenas:
· Relato de doença desconhecida dizimou aproximadamente um terço da população daquela cidade. 
· Sintomas: “calorões na cabeça, inflamação nos olhos, dores na garganta e na língua” (historiador acometido pela doença)
· Idade Média:
· Práticas de isolamento das pessoas doentes, principalmente leprosos e acometidos pela peste.
· 1384 – Veneza, o porto da Europa:
· Quarentena para tentar impedir que a Peste Negra ou Bubônica, chegasse até a Europa.
· Instituída, pela primeira vez, a notificação obrigatória dessa doença. 
· Estabelecidas medidas de isolamento para as pessoas, as embarcações e as mercadorias, fazendo surgir a vigilância exercida sobre as pessoas doentes.
· Vigilância Epidemiológica no Brasil
· Século XVII – Adoção de medidas para conter uma epidemia de febre amarela no porto de Recife.
· 1808 – Quarentena devido à transferência da Coroa Portuguesa.
· 1889 – Primeira Regulamentação dos Serviços de Saúde dos Portos, para tentar prevenir a chegada de epidemias e possibilitar um intercâmbio seguro de mercadorias.
· Década de 50
· Campanha de Erradicação da Malária 
· Surge a expressão “vigilância epidemiológica” no Brasil
· “ A observação sistemática e ativa de casos suspeitos ou confirmados de doenças transmissíveis e de seus contatos”
· Qual a operação? Quarentena e isolamento. Obs.: Não era uma atividade para a coletividade
· Década de 60: Programa de Erradicação da Varíola
· Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica
· É um subsistema do SUS;
· Baseado na informação-decisão-controle de doenças e agravos específicos.
· Seus principais objetivos são elaborar, recomendar e avaliar as medidas de controle e o planejamento.
· Lei 6.259 e Decreto 78.231/76 
1977: Primeiro Manual de Vigilância Epidemiológica
Art.8º: ‘É dever de todo cidadão comunicar à autoridade sanitária local a ocorrência de fato, comprovado ou presumível, de caso de doença transmissível, sendo obrigatória a médicos e outros profissionais de saúde, no exercício da profissão, bem como os responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e particulares de saúde e ensino, a notificação de casos suspeitos ou confirmados de doenças e agravos.’
· Objetivos da VE
· Fornecer orientação técnica permanente para os profissionais de saúde.
· Disponibilizar as informações atualizadas sobre a ocorrência de doenças, bem como fatores causais, numa área geográfica ou população definida.
· Funções da VE
· Coleta de dados; 
· Processamento de dados coletados; 
· Análise e interpretação dos dados processados; 
· Recomendação das medidas de controle apropriadas; 
· Promoção das ações de controle apropriadas; 
· Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas; 
· Divulgação de informações pertinentes. (uma forma é através de boletim epidemiológico)
· De quem é a competência?
· Todas as esferas do sistema de saúde: municipal, estadual e federal;
· Graus de especificidade variáveis: 
· Ações executivas: nível municipal (conhecimento do problema)
· Ações de caráter estratégico e de longo alcance: nacional e estadual
· Coleta de dados e informações
· O cumprimento das funções de vigilância epidemiológica depende da disponibilidade de dados.
· A qualidade da informação depende da adequada coleta de dados gerados no local onde ocorre o evento.
· A coleta de dados ocorre em todos os níveis de atuação do sistema de saúde.
· A força e o valor da informação dependem da precisão com que o dado é gerado
· Magnitude do problema existente:
· A VE deve abranger o maior número possível de fontes geradoras 
· Não é possível, nem necessário, saber a totalidade dos casos 
· Selecionar fontes confiáveis possibilita acompanhar as tendências de doenças.
· Tipo de dados
· Demográficos, ambientais e socioeconômicos
· Morbidade
· Laboratórios, farmácias e indústrias farmacêuticas
· Imprensa e comunidade 
· Mortalidade
· Dados demográficos, ambientais e socioeconômicos:
· Quantificar grupos populacionais (denominadores para o cálculo de taxas);
· Caracterização da dinâmica populacional e das condições gerais de vida. 
· Fontes: censos demográficos ( IBGE; SINASC ( DATASUS
· Dados de morbidade:
· Medem a ocorrência de doenças 
· Detecção imediata ou precoce de problemas sanitários
· Dados oriundos da notificação de casos, de serviços ambulatoriais e hospitalares, de investigações epidemiológicas, busca ativa de casos...
· Notificação: Comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde feita à autoridade sanitária por profissionais da saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes.
· Listagem das doenças de notificação nacional
· Fontes: SINAN, DATASUS
· Dados de mortalidade:
· Indicadores da gravidade do problema; 
· Declarações de óbitos, padronizadas e processadas nacionalmente. 
· Fonte: SIM
· Busca ativa de casos
· Área e situações de risco
· Laboratórios, farmáciase indústrias farmacêuticas:
· Confirmação diagnóstica 
· Monitoramento de algumas doenças 
· Curva de produção e consumo de determinados medicamentos e outros produtos.
· Imprensa e comunidade:
· Primeiro alerta para um início de surto
· Uma nova forma de fazer vigilância: Health Map
· A Epidemiologia orienta a vigilância
· Informação ( Ação:
Pessoa, lugar, tempo, como, porque ( ATIVIDADES DE CONTROLE ( Bloqueio (vacina), limpeza de lixo, comunicação, educação em saúde, mobilização social, atençã0
Informação ( Ação 
· Fluxo de um sistema de vigilância
· Investigação epidemiológica
· A lista de doenças sob investigação epidemiológica passa por atualizações periódicas visando atender a complexidade da dinâmica do processo saúde-doença.
Exemplo: As doenças pós-transfusionais não estavam sob investigação, mas após o aparecimento da AIDS passaram a ser investigadas
· Instrumento: Ficha Individual de Investigação
· Roteiro específico para cada doença de notificação compulsória
· Aspectos da notificação
· Notificar a suspeita da doença, oportunamente 
· A notificação tem de ser sigilosa 
· O envio dos instrumentos de coleta de notificação 
· Notificação negativa: informar a não-ocorrência de doenças de notificação compulsória (demonstra alerta)
· A listagem das doenças de notificação nacional é estabelecida pelo Ministério da Saúde entre as consideradas de maior relevância sanitária para o país. Os dados correspondentes compõem o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
· Doenças de notificação compulsória
· Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública
Agravos de notificação imediata (em até 24h) ao Ministério da Saúde 
· Critérios para definição das doenças
· Magnitude (prevalência, mortalidade)
· Potencial de disseminação (transmissibilidade) 
· Severidade (hospitalizações, sequelas) 
· Relevância social (estigmatização, medo) 
· Relevância econômica (restrições comerciais, custos do tratamento) 
· Vulnerabilidade (instrumentos de prevenção e controle) 
· Epidemias, surtos e agravos inusitados 
· Regulamento sanitário internacional
· Vigilância Epidemiológica
· Tipos de vigilância: 
· Ativa
· Passiva
· Sentinela
· Âmbito hospitalar 
· Vigilância ativa
· Iniciada pelos responsáveis pela vigilância
· Autoridades de saúde pública buscam informações nas unidades e profissionais de saúde, sobre: casos secundários, caso índice, faltosos
· Custo elevado com grande consumo de tempo dos responsáveis
· Geralmente utilizada para problemas específicos ou um número pequeno de doenças
· Situações alarmantes ou programas prioritários (sarampo, rubéola, HIV/aids, dengue, poliomielite, tuberculose)
· Vigilância passiva
· Iniciada pelo atendimento de pacientes
· Não utiliza mecanismo ativo para a obtenção de informações
· Notificações voluntárias e espontâneas que ocorrem na rotina dos serviços de saúde
· Custo menor e de maior facilidade operacional
· Pode subestimar a real ocorrência de diversos agravos
· Limitações de sistemas baseados em notificações
· Subnotificação / Supernotificação 
· Preenchimento incompleto
* Se a rotina utilizada na vigilância é consistente, os dados vão indicar tendências apesar da subnotificação
· Vigilância Sentinela
· Grupo definido de profissionais / unidades são selecionados para atividades de vigilância
· Notificam os eventos de interesse na população (Ex. Influenza)
· A população e unidades / profissionais de saúde são representativos da população sob risco
· Taxas de notificação tendem a ser melhores do que o sistema passivo
· Vigilância Epidemiológica Hospitalar
· Detecção de casos de agravos suspeitos ou confirmados de doenças de notificação compulsória atendidos em âmbito hospitalar 
· Portaria MS/GM no 2.529, 23 novembro de 2004 e Portaria nº 2.254, de 5 de agosto de 2010
· Núcleos hospitalares de epidemiologia (NHE) em hospitais de referência no Brasil 
· Aumento da sensibilidade e da oportunidade na detecção de doenças de notificação compulsória (DNC).
· VIGILÂNCIA SANITÁRIA
· Definição: 
· Conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde;
· Capacidade de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde.
(Lei Orgânica da Saúde (Lei 8.080/90)
· Funções da Vigilância Sanitária
· Normatização e controle sanitário:
· Bens e substâncias de interesse à saúde e todos os processos envolvidos, desde sua produção, até seu consumo;
· Tecnologias médicas, sangue, tecidos e órgãos;
· Serviços direta ou indiretamente relacionados à saúde;
· Portos, aeroportos e fronteiras
· Aspectos do meio ambiente, processos de trabalho e saúde do trabalhador 
· Definido pela Lei nº 9.782 de 26 de janeiro de 1999
· Engloba unidades nos três níveis de governo
· Sistema Nacional de Vigilância Sanitária
· Federal: 
· Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) 
· Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/FIOCRUZ)
· Estadual: 
· Órgãos da VS
· Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN)
· Municipal: 
· VISA (Centros de VS municipais)
· Ações da Vigilância Sanitária
· Fiscalização
· Antes e durante 
· Controle qualidade da produção 
· Diretrizes e normas: boas práticas de fabricação e instruções de uso 
· Garantir segurança 
· Minimizar os riscos
· Vigilância: 
· Durante o uso 
· Após comercialização 
· Detectar eventos adversos 
· Infecções hospitalares
· Hemovigilância: sangue, hemoderivados 
· Tecnovigilância: artigos médicos, equipamentos
· Famacovigilância: medicamentos, imunobiológicos
· Campo de abrangência:
Composto por dois subsistemas:
I – Bens e serviços: produção de bens de consumo e serviços de saúde, que interferem direta ou indiretamente na saúde da comunidade.
· Tecnologias de alimentos e processos de produção de alimentos; 
· Tecnologias de beleza, limpeza e higiene 
· Tecnologias de produção industrial e agrícola 
· Tecnologias médicas 
· Tecnologias do lazer 
· Tecnologias da educação e convivência
Campos de abrangência: alimentos, serviços de saúde, produtos para saúde, medicamentos, saneantes, cosméticos
II – Meio ambiente: refere-se ao conjunto de elementos naturais e daqueles que resultam da construção humana e suas relações sociais.
· Meio natural, correspondente a água, terra, ar; 
· Meio construído, referente às edificações e formas do uso do solo; 
· Ambiente de trabalho, relativo às condições dos locais de trabalho.
· Ex: “sancionada lei que proíbe fumo em local fechado em todo país”
· Vigilância Sanitária das Tecnologias de alimento
· Brasil: 
· Conhecida falta de higiene na produção de alimentos 
· Abate clandestino, produção de leite cru e pasteurizado...
· Objetivo: 
· Controle e garantia dos produtos alimentícios a serem consumidos pela população, atuando na fiscalização dos estabelecimentos que fabricam e manipulam alimentos
· Os alimentos mais denunciados são: Queijos, Maionese, Carne bovina, Carne suína, conservas
· Os agentes mais frequentes: Salmonella sp, Clostridium perfringens, Staphilococus aureus, Bacillus cereus, E coli
· Programa Nacional de Monitoramento da qualidade Sanitária de Alimentos (PNMQSA)
· Criado em 2000. 
· Objetivo: controle e fiscalização de amostras de diversos alimentos expostos ao consumo. 
· 27 categorias de alimentos
· Elevado consumo por parte da população; Maior risco epidemiológico; Disponibilidade no mercado local; Histórico de freqüentes irregularidades;
· Vigilância Sanitária das Tecnologias médica
· Tecnologias médicas:
· Métodos e técnicas de intervenção direta sobre o corpo humano, visando a prevenção, cura ou alívio da doença.
· Medicamentos, soros, vacinas, equipamentos e outros dispositivos médico-hospitalares, cuidados médicos e cirúrgicos e toda a organização de serviços de saúde.
· Procedimentos médico-cirúrgicos:
· Inspeção de estabelecimentos que fabricam ou vendem equipamentos e dispositivos médico-hospitalares;
· A inspeção sanitária tem como objetivo avaliar as condiçõesde produção até o consumo final;
· O controle sanitário nesta área tem sido feito através da fiscalização dos serviços de saúde.
· O estabelecimento que realizar procedimentos inadequados ou sem comprovação científica está sujeito a penalidades impostas pela Vigilância Sanitária.
· Organizações de Atenção à saúde:
· Objetivo de garantir a qualidade técnica da prestação de serviços de saúde, evitando lesões e danos à saúde
· Exercício profissional 
· Clínicas ambulatoriais 
· Hospitais 
· Serviços hemoterápicos
· Serviços de terapia renal substitutiva 
· Radiação ionizante
· Exercício Profissional:
· Regulação do exercício das profissões tem origem nas primeiras ações da “polícia sanitária” nos séculos XVIII e XIX no Brasil; 
· Decreto nº 20.931, de 11 de janeiro de 1932 – profissionais da saúde; 
· Regula o exercício da medicina, entre outras áreas de saúde; 
· Registro obrigatório do diploma; 
· Notificação do endereço de clínicas, residências ou consultórios.
· Conceitos relacionados
· Evento adverso: Agravos à saúde ocasionados a um paciente após o uso de um dos produtos sob vigilância sanitária
· Queixa técnica: Irregularidade identificada em relação a um produto ou ao seu fabricante (desvio da qualidade, sem registro, falsificação) – potencial risco
· Objetivos de uma investigação
· Determinar a extensão e a causa 
· Controlar a disseminação da doença
· Identificar casos não reconhecidos (assintomáticos) e seus contatos
· Identificar uma fonta de infecção e veículo de transmissão da doença 
· Saber mais sobre a doença
· Quais os motivos da investigação de um surto?
Controlar o surto e identificar: 
· Etiologia da doença
· Fonte de infecção
 Estudo descritivo
· Modo de transmissão
· Grupos e fatores associados ao risco ( Estudo analítico
· Quais os motivos da investigação de um surto?
· Confirmar o diagnóstico
· Determinar as principais características epidemiológicas
· Prevenir novos surtos
· Reduzir Morbidade e/ou mortalidade
· Interesse público, legal ou político
· Investigação de surtos
Para Estabelecer a existência de um surto:
· Determinar o número de casos esperados 
• Registro de vigilância do departamento de saúde
• Registros hospitalares 
• Estatística de mortalidade 
· Comparar com o número de casos observados
Etapas da investigação de surto
▪ Estabelecer a existência de um surto 
▪ Verificar o diagnóstico 
▪ Definir e identificar casos 
▪ Organizar os dados em Tempo, Lugar e Pessoa
 ▪ Determinar quem está sob risco 
▪ Levantar hipóteses 
▪ Testar hipóteses 
▪ Refinar hipóteses e/ou estudos adicionais 
▪ Implementar medidas de controle 
▪ Comunicar os resultados – preparar relatórios
Medidas de Frequência Indicadores de Saúde
· Descrição dos dados epidemiológicos
• Dimensões:
· Pessoa: Quem foram afetados?
· Tempo: Quando foram afetados?
· Lugar: Onde foram afetados?
· Representação dos dados
Taxas, Razões e Proporções 
· Importância 
• Medir a frequência de um evento 
• Compreender a situação de saúde 
• Fundamental para: caracterizar risco, estimar magnitude, comparar diferentes populações, planejar estratégias de prevenção e controle
· Taxas
· Definição: Em saúde pública, as taxas são freqüências de um evento de saúde (ou doença) numa população, durante um período de tempo específico
· As taxas são calculadas baseadas em: 
· Numerador 
· Denominador 
· Elementos de tempo (dia, semana, mês, ano)
· Numerador: representa um número de um evento de interesse durante um período de tempo. Exemplos:
· Casos de dengue de janeiro a junho de 2017
· Número de cirurgias realizadas em 2016
· Óbitos por acidentes de trânsito
· Denominador: representa a população na qual o evento de saúde (numerador) ocorreu
· Tipos de taxas:
· Taxas de incidência → doenças agudas
· Taxas de ataque
· Exposição específica (alimento, medicamento)
· Taxas de prevalência → doenças crônicas
· Incidência: Expressa o número de casos novos de uma doença durante um período definido, numa população sob o risco de desenvolver a doença
· Taxa de incidência “... é uma estimativa direta da probabilidade (risco) de desenvolver uma doença num período de tempo específico.” DE Lillienfeld, Foundations of Epidemiology, 1994
· Exemplo:
 Incidência de hepatites A em Santa Catarina, 2010 
Dados de vigilância: 1.220 casos confirmados de hepatite B em 2010 
Censo: população de Santa Catarina em 2010 (N=6.248.436)
Taxa de incidência= Numerador (nº de casos)/ Denominador (população)( 
 = 1.220 casos/ 6.248.436 = 1,95 /10.000 hab.
· Incidência
· Incidência é uma medida de risco.
· Denominador representa o número de pessoas em risco para o desenvolvimento da doença.
· Qualquer pessoa do denominador pode tornar-se numerador.
· Exemplo: incidência de câncer de útero – Utilizar no denominador apenas mulheres
· Sempre especificar o tempo
· Incidência cumulativa
· Denominador: população em risco no início do estudo.
· Utiliza o número de pessoas no início do acompanhamento.
· Não considera o tempo de acompanhamento de cada indivíduo.
· Densidade de incidência
· Denominador: pessoas-ano em risco
· Cada indivíduo é acompanhado por um período diferente
· A DI considera este tempo
(A incidência cumulativa assume que toda a população de risco (ou exposta) no início do período do estudo foi seguida por um período específico
(A densidade de incidência cumulativa (DIC) tem no seu numerador também o número de casos novos. Entretanto, o denominador é a soma de cada tempo de cada indivíduo.
· Taxa de ataque (TA) 
· Semelhante à incidência, porém por um tempo mais limitado, como em situações de surto
· N◦ pessoas que adoeceram numa população (coorte) durante um determinado período (surtos)
· Exemplo A: 33 de 110 pessoas expostas ao medicamento A apresentaram reação adversa
TA= 33 pessoas com reação/ 110 pessoas (total de expostas)
TA (pessoas exportas ao medicamento A) = 30 %
· Taxa de Prevalência
N° de casos conhecidos (casos novos + casos antigos ainda presentes) da doença em uma população, num determinado período
· Prevalência
Mais utilizada para doenças crônicas 
• Prevalência pontual: Total de casos (novos + já existentes) num ponto no tempo (Ex: janeiro de 2013) 
· Em algum ponto do tempo
· Exemplo: prevalência de uso de ansiolítico hoje entre os estudantes de medicina da 4ª fase
• Prevalência por período: Total de casos (novos + já existentes) durante um específico período de tempo (Ex: 1 de janeiro a 30 de junho de 2013)
· Durante um período
· Exemplo: prevalência de uso de ansiolítico no semestre 01/2017 entre os estudantes de medicina da 4ª fase
Prevalência
· Duração da doença
· Imigrações e emigrações 
· Curas 
· Óbitos
· Relações entre incidência e prevalência
Tanque – comunidade. Liquido – prevalência
Incidência aumenta Prevalência AUMENTA
Mortes e/ou curas constante 
Incidência constante Prevalência DIMINUI
Mortes e/ou curas aumenta 
Incidência constante 
Prevalência CONSTANTE
Mortes e/ou curas constante
· Exercício: população= 40 pessoas
 Curso da doença
Qual a Tx prevalência T1 (pontual)? (02/40)*100 = 5%
Qual a Tx prevalência T2 (pontual)? (02/40)*100 = 5%
Qual a Tx prevalência T1-T2? (09/40)*100 = 22,5%
Qual a Tx incidência T1-T2? (07/40)*100 = 17,5%
· ATENÇÃO!!
• Problemas com os numeradores:
– Definição da doença: 
· Critérios diagnósticos bem definidos; 
· Aplicados a todos os indivíduos
– Como achar os casos? 
· Utilizar dados já coletados ou realizar um estudo específico
– Problemas com dados hospitalares: 
· Importante fonte de dados em estudos epidemiológicos
· As internações hospitalares são seletivas
· Podem apresentar registros incompletos ou mal preenchidos
· Problemas com o denominador:
· Base populacional
· Contagem adequada do grupo estudado
· Exemplo: incidência de câncer de útero ( Denominador: deve retirar as mulheres que foram submetidas a histerectomia.
· As taxas: 
· São calculadas com base no numerador e denominador· Incidência e prevalência 
· São as medidas mais utilizadas na epidemiologia 
· Constituem indicadores de Morbidade, assim como a taxa de internação hospitalar 
• E quais são as outras?
· Indicadores de Saúde
Os Indicadores servem para comparar um dado referente a determinado local com o observado em outros locais, assim como em diferentes tempos.
• analisar a situação atual de saúde 
• fazer comparações 
• avaliar mudanças ao longo do tempo
· Indicadores Epidemiológicos
1) Número Absoluto: São utilizados em situações onde as populações são pequenas ou quando se trata de eventos raros – eventos localizados em tempo e espaço definidos. Além disso, também é utilizado no gerenciamento em serviços de saúde.
· Exemplos 
• número de casos novos de leucemia no Brasil em 2017 
• número de internações hospitalares por acidente vascular cerebral
Não levam em conta o tamanho da população
2) Número Relativo: Índices 
Calculado pela relação entre entidades de distintas naturezas
Indicadores Epidemiológicos
· Razão: É a fração em que o denominador não faz parte do numerador.
Exemplo: Razão de Sexo ( Nº de homens/ Nº de mulheres
· Proporção : O numerador está contido no denominador
Exemplo: Mortalidade proporcional por câncer de mama em 2016 ( 
Número de óbitos por câncer de mama em 2016/ Número total de óbitos em 2016 (x100)
Relembrando matemática...
Razão
· Uma fração na qual o numerador NÃO é parte do denominador.
· Exemplo: Razão de morte fetal ( Mortes fetais/nascidos vivos
Proporção
· É uma fração na qual o numerador é parte do denominador.
· Exemplo: Taxa de mortes fetais ( Mortes fetais/todos os nascimentos
Exemplo: Razão de mortalidade materna 
• Avalia a cobertura e qualidade do atendimento prestado à mulher durante a gestação e parto.
 RMM = óbitos por causas maternas* (gestação, parto e puerpério) / nº nascidos vivos
• Obs.: É uma estimativa da taxa de mortalidade materna, e por isso, muitas vezes é utilizado o termo taxa, mas o numerador não está incluído no denominador
 *morte materna = até 42 dias após término da gestação
Proporção
• Comparar número de casos em determinada categoria com o tamanho total da distribuição 
• No cálculo da proporção o numerador está incluído no denominador
 
Exemplo: Proporção de casos de síndrome da rubéola congênita (SRC) com a tríade (cardiopatia + catarata + surdez) em Recife no período de 2000-2001 
· Numerador: casos com a tríade = 9
· Denominador: total de casos de SRC = 31 
· Proporção = 9 / 31 = 29%
Indicadores Epidemiológicos
· Taxas ou coeficientes:
· Prevalência: Considera o total de casos (casos acumulados)
· Incidência: É o risco de um indivíduo na população adquirir a doença num período específico de tempo. Considera apenas casos novos.
· Taxa de mortalidade: É o risco de um indivíduo na população morrer por determinado problema.
· Taxa de Mortalidade Infantil: É a probabilidade de que uma criança nascida viva tem de morrer antes de completar um ano de idade.
· Coeficiente de letalidade: É a probabilidade de uma pessoa doente morrer devido à doença.
· Taxa bruta de mortalidade
· Refere-se a toda uma população
· Não levam em conta a probabilidade de morte segundo características das pessoas (sexo, idade, etnia, condições sociais)
· A taxa bruta de mortalidade é influenciada pela composição da população (segundo idade, sexo, estado civil, ocupação) 
· Dificulta a comparação entre períodos e regiões distintas
· A padronização deve ser feita em virtude de as taxas de mortalidade aumentarem com o envelhecimento da população.
· Padronização: Tem o objetivo de controlar o efeito de diferentes estruturas etárias sobre a taxa de mortalidade
• Direta: utilizando a distribuição etária de uma população padrão; Ex:Brasil 2010 ou OMS ( taxas de mortalidade padronizadas (ou ajustadas) pela idade
• Indireta: utiliza o número de óbitos de uma população padrão
· Coeficiente de mortalidade específico
• sexo, 
• idade 
• determinada doença 
• ...
· Coeficiente de mortalidade proporcional geral
De todas as mortes, que proporção foi devida à doença X?
· Coeficiente de mortalidade infantil
• Indicador sensível que permite avaliar as condições de vida e saúde de uma comunidade.
• Tipos: 
 – Coeficiente de mortalidade infantil (< 1 ano) 
· Coeficiente de mortalidade neonatal precoce: 0 – 6 dias 
· Coeficiente de mortalidade neonatal tardia: 7 – 27 dias 
· Coeficiente de mortalidade pós-neonatal: 28 a 364 dias
 – Coeficiente de mortalidade em menores de 5 anos
· Taxa letalidade: idéia de gravidade
• Qual a porcentagem de pessoas diagnosticadas com a doença que morreram em um certo tempo após o diagnóstico?
• O risco de uma pessoa doente morrer
Resumindo...
· Indicadores de saúde
	INDICADORES DE MORBIDADE
	INDICADORES DE MORTALIDADE
	· Medidas de ocorrência de doenças:
· Incidência
· Prevalência
	· Coeficiente de mortalidade geral
· Mortalidade específica 
· Mortalidade proporcional 
· Coeficiente de mortalidade infantil 
· Coeficiente de mortalidade materna 
· Letalidade
· Importância das Taxas
• Podem ser calculadas por sexo, idade, grupo étnico ou qualquer outro fator 
• Permitem comparação das doenças ajustadas pelo tamanho ou estrutura da população 
• Possibilitam formular hipótese sobre causalidade
• Possibilitam avaliar o impacto da doença em subgrupos
• Permitem identificar grupos de alto risco para focalizar estratégias de prevenção e controle
	Números absolutos
	Números relativos
	• Devem ser usados com cautela quando se fizer comparações entre populações diferentes.
• Exemplo: número de fumantes em uma comunidade.
	• Permitem comparação direta com outras populações.
• Exemplo: proporção de fumantes em uma comunidade.
· Números absolutos X Taxas 
Dados apresentados através do número absoluto representam uma forma simples de determinar a magnitude do evento.
Exemplos: Febre amarela, Raiva humana, Hantavirose, Sarampo 
* Comparar com informações históricas se os casos representarem todos casos na população
· Vantagem: Taxa x N. absoluto 
As taxas se ajustam para o tamanho da população 
· Mudanças na população: Migrações, Crescimento populacional
· Estimativa de risco em grupos populacionais específicos: Indígenas, Sem-terra, Menores de 1 ano
Permite comparar grupos ajustando por população
· Estrutura etária diferente: Comunidades com populações idosas 
· Diferenças regionais :Ajustar por estrutura da população ( Padronização
Direcionar esforços de prevenção e controle para os grupos sob risco (planejamento)
Exercício
Analise atentamente o gráfico abaixo sobre duas cidades hipotéticas afetadas pela cólera.
Tabela 1 – Relato de casos novos de cólera em duas cidades.
Na cidade A foram reportados 60 novos casos de cólera em 1997, enquanto na cidade B foram reportados 39 novos casos em 1996 e 1997. Pensando apenas nestas informações, poderíamos inferir que existem mais novos casos de cólera na cidade A do que na cidade B. Correto?
A frequência deve levar em consideração o período de tempo e a população da cidade. Assim, devemos considerar que a cidade A relatou casos no período de 1 ano, enquanto a cidade B por um período de 2 anos. Também precisamos considerar que a população da cidade A é 3,5 vezes maior que a cidade B. 
Para facilitar e permitir a comparação entre as taxas calculadas para diferentes locais, ou para o mesmo local em diferentes períodos de tempo, utiliza-se sempre uma referência comum (100, 1.000, 10.000, 100.000, 1.000.000), que pode ser representada por uma potência de base 10 (10n).
Cálculo da freqüência:
Com a adoção de premissas que permitem a comparação entre o número de casos da doença em diferentes cidades, é possível notar que a cidade B tem um número maior de casos novos de cólera comparada à cidade A.

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