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AULA 17 - Formas de argumentação - informações implícitas - pressupostos e subentendidos

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Aula 17 pg. 122
Leitura e Produção Textual ll
Informações implícitas: pressupostos e subentendidos
Pressupostos
Já dissemos neste curso que não existe palavra neutra; é importante, portanto, 
aprendermos a compreender o que está por trás das palavras, ou seja, o que está implícito 
em cada texto. Veja a detalhada explicação a seguir:
Formas de Argumentação: Informações 
Implícitas: Pressupostos e Subentendidos.
Em todos os textos, certas informações são transmitidas explicitamente, enquanto 
outras o são implicitamente, estão pressupostas ou subentendidas. Um texto diz coisas 
que parece não estar dizendo, porque não as diz explicitamente. Uma leitura eficiente 
precisa captar tanto as informações explícitas quanto as ímplicitas. Um leitor perspicaz 
é aquele capaz de ler nas entrelinhas. Se não tiver essa habilidade, passará por cima 
de significados importantes ou - o que é bem pior - concordará com idéias ou pontos de 
vista que rejeitaria se percebesse.
Dissemos que um texto pode ter dois tipos de informações ímplicitas: os pressu-
postos os subentendidos. Estudemos cada um deles.
Pressupostos são idéias não expressas de maneira explícita, que decorrem logica-
mente do sentido de certas palavras ou expressões contidas na frase. Observe as frases 
abaixo: 
André tornou-se um antitabagista convicto. 
A informação explícita é que hoje André é um antitabagista convicto. Do sentido do 
verbo tornar-se, que significa “vir a ser”, decorre, no entanto, logicamente a informação 
implícita de que anteriormente André não era um antitabagista convicto.
Aula 17 pg. 123
Leitura e Produção Textual ll
Se André fosse antes um antitabagista convicto, não se poderia usar o verbo tornar-
se. 
Pedro é o último convidado a chegar à festa. 
A informação explícita é que Pedro chegou depois de todos os outros convidados. 
Se ele foi o último a chegar, está logicamente implícito que todos chegaram antes dele. 
 
As informações explícitas podem ser questionadas pelo ouvinte, que pode ou não 
concordar com elas. Assim, pode-se, por exemplo, discutir o grau da convicção antitaba-
gista de André. Os pressupostos, porém, devem ser verdadeiros ou, pelo menos, admiti-
dos como verdadeiros, porque é a partir deles que se constroem as afirmações explícitas. 
Isso significa que, se o pressuposto é falso, a informação explícita não tem cabimento. 
Assim, por exemplo, se:
Maria participa de todas as festas, não tem o menor sentido dizer 
Todos vieram; até Maria. 
Até, no caso, contém o pressuposto de que é inesperada ou inusitada a presença 
de Maria na festa.
Na leitura, é muito importante detectar os pressupostos, pois eles são um recurso 
argumentativo que visa a levar o leitor ou ouvinte a aceitar certas idéias. Como assim? 
Ao introduzir um conteúdo sob a forma de pressuposto, o falante transforma o ouvinte em 
cúmplice, pois a idéia implícita não é posta em discussão, é apresentada como se fosse 
aceita por todos, e os argumentos explícitos só contribuem para confirmá-la. 0 pressupos-
to aprisiona o ouvinte ao sistema de pensamento montado pelo falante.
A aceitação do pressuposto estabelecido pelo falante permite levar adiante o deba-
te; sua negação compromete o diálogo, uma vez que se destrói a base sobre a qual se 
constroem os argumentos e daí nenhuma proposição tem mais importância ou razão de 
ser. Com pressupostos distintos, o diálogo não é possível ou não tem sentido. 
Aula 17 pg. 124
Leitura e Produção Textual ll
Termos que, em geral, servem de marcadores de 
pressupostos
1) Adjetivos (ou palavras similares): 
Julinha foi minha primeira filha. 
Primeira pressupõe:
a) que tenho outras filhas;
b) que as outras filhas nasceram depois de Julinha. 
2) Verbos que indicam mudança ou permanência de estado (por exemplo, perma-
necer, continuar, tornar-se, vir a ser, ficar, passar (a), deixar (de), começar (a), principiar 
(a), converter-se, transformar-se, ganhar, perder): 1) Adjetivos (ou palavras similares): 
0 verbo continuar indica que Renato já estava doente no momento anterior ao 
presente. 
3) Certos advérbios: 
A agropecuária brasileira está totalmente nas mãos dos brasileiros.
0 advérbio totalmente pressupõe que não há no Brasil nenhum estrangeiro produ-
tor agrícola. 
4) Orações adjetivas: 
Os brasileiros, que não se importam com a coletividade, só se preocupam com o 
seu bem-estar e, por isso, jogam lixo na rua, fecham os cruzamentos, etc.
0 pressuposto é que todos os brasileiros não se importam com a coletividade. 
 
5) Certas conjunções: 
Freqüentei a Universidade, mas aprendi bastante.
O pressuposto é que na Universidade não se aprende nada.
Aula 17 pg. 125
Leitura e Produção Textual ll
Subentendidos
Que são os subentendidos? São insinuações, não marcadas lingüisticamente, 
contidas numa frase ou num conjunto de frases. Suponhamos que uma pessoa estives-
se em visita à casa de outra num dia de frio glacial e que uma janela, por onde entravam 
rajadas de vento, estivesse aberta. Se o visitante dissesse Que frio terrível! poderia estar 
insinuando Feche a janela.
Há uma diferença capital entre pressupostos e subentendidos. 0 primeiro é uma 
informação estabelecida como indiscutível tanto para o falante quanto para o ouvinte, 
uma vez que decorre necessariamente de algum elemento lingüístico colocado na frase. 
Ele pode ser negado, mas o falante coloca-o de maneira implícita para que não o seja. 
Já o subentendido é de responsabilidade do ouvinte. 0 falante pode esconder-se atrás 
do sentido literal das palavras e negar que tenha dito o que o ouvinte depreendeu o frio 
era muito intenso. de suas palavras. Assim, no exemplo dado acima, se o dono da casa 
disser que é uma coisa muito pouco higiênica fechar todas as janelas, o visitante pode 
dizer que também acha e que apenas constatou que o frio era muito intenso.
0 subentendido serve, muitas vezes, para o falante proteger-se. Com ele, trans-
mite a informação que deseja dar a conhecer sem se comprometer. Por exemplo, uma 
pessoa foi promovida no lugar de outra que esperava muito ocupar o posto. Num dia, a 
pessoa que foi preterida diz à promovida que, naquela empresa, o mérito e a dedicação 
não são levados em conta, apenas a bajulação o é.
Se o outro perguntar se está sendo acusado de não ter mérito nem dedicação e 
de ser bajulador, o preterido poderá responder que não está falando dele, mas que está 
falando em tese, que o caso dele é uma exceção.
Na verdade, o que fez a afirmação não disse explicitamente que o outro não tinha 
méritos para a função, mas deu a entender, deixou subentendido para não se compro-
meter. 0 subentendido diz sem dizer, sugere, mas não diz.
Aula 17 pg. 126
Leitura e Produção Textual ll
www.ulbra-to.br/ensino/downloads/download.asp Acesso em 15/12/2006 às 20h20m
CITELLI, Adilson. Linguagem e Persuasão. 15. ed. São Paulo: Ática, 2002.
Referências
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