Atividade Objetiva 2_ Letramento e Gêneros Textuais (1)

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Atividade Objetiva 2
Entrega 16 abr em 23:59 Pontos 1 Perguntas 5
Disponível 10 fev em 0:00 - 16 abr em 23:59 2 meses Limite de tempo Nenhum
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0,2 / 0,2 ptsPergunta 1
Leia a letra da música Bom Conselho
Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança
Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
https://famonline.instructure.com/courses/12977/quizzes/47120/history?version=1
https://famonline.instructure.com/courses/12977/quizzes/47120/take?user_id=51744
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar
Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio vento na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade
(Chico Buarque, 1972)
Sobre a música, assinale a alternativa correta:
 
A música de Chico Buarque estabelece diálogo com ditos populares
como: “Quem espera sempre alcança”, “Faça o que eu digo, não faça o
que eu faço", “Devagar se vai longe”. “Quem semeia vento, colhe
tempestade”.
Correto!
Alternativa está correta, porque apesar de não estar explícito o
provérbio, de maneira ipsis litteris, é possível interpretar a ironia da
música ao usar provérbios populares e fazer pequenos ajustes
como em: “Quem espera sempre alcança” x “Espere sentado.
“Faça o que eu digo, não faça o que eu faço" x Faça o que eu digo,
faça o que eu faço”. “Devagar é que não se vai longe” x “Devagar
se vai longe” e assim por diante. A música foi estrutura em cima
dos ditos populares.
 
A música de Chico Buarque tem como tema o diálogo com a autoridade
paterna que sempre orientou os filhos para o caminho adequado, por
isso, “faça como eu digo” e suprime o “não” propositadamente para
promover esta reflexão.
 
A música de Chico Buarque tem como foco os jovens, comprovado no
trecho “Aja duas vezes antes de pensar” – é o impulso que move a
juventude.
 
A música de Chico Buarque utiliza como pano de fundo o desânimo e
procura motivar as pessoas para que sigam adiante.
 
A música de Chico Buarque cria uma expectativa da impossibilidade de
alcançar os objetivos, comprovado em “Devagar é que não se vai longe”
0 / 0,2 ptsPergunta 2
Leia o texto a seguir:
Podemos definir que Comunicação não é o que se diz, mas é tudo
aquilo que o outro compreendeu do que foi dito, ou seja, quanto maior
a compreensão de nosso propósito, mais eficaz será a comunicação
estabelecida. Você já pensou nisso? Comunicar é a capacidade que o
ser humano tem de se interagir com o outro por meio de sinais (verbais
ou não verbais), e, para isso, utilizamo-nos desses tipos de linguagem
para sermos compreendidos. O perfeito entendimento consiste na
emissão, transmissão e recepção de uma mensagem por métodos
convencionais ou não, sejam por meio da fala ou da escrita, por sinais,
signos ou símbolos. [...].
(Fonte: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/o-que-e-
comunicacao/63090. Acesso em: 17 abr. 2019).
Essa emissão, transmissão, recepção, não necessariamente precisa
ser estabelecida por vias diretas: pessoa-pessoa. Neste momento,
estamos dialogando por meio desse texto e “isso quer dizer que a
leitura de uma obra é social, mas também singular”.
 
A partir do exposto é possível afirmar que:
I. Só há comunicação se houver compreensão. Esse é o indicador de
interação, de participação no diálogo – e isso implica em se posicionar
em relação às várias questões que nos circundam.
II. Os termos ‘social x singular’ representam, nesse contexto, que ao
mesmo tempo em que esse material sobre gêneros e letramentos é
compartilhado, estabelecemos uma relação, um diálogo, uma vez que
a compreensão não se dá sem que entremos numa situação de
comunicação, e o leitor participa desse diálogo mobilizando aquilo que
leu, dando a todo esse material uma resposta ativa.
III. A questão da emissão, transmissão e recepção é relativa, já que ao
ler o livro pode-se interpretar da maneira que bem entender – não há
certo e errado, existem apenas interpretações e essas é que são
relevantes, por isso, é singular. O social ocorre nas situações em que
compartilhamos com o outro a leitura feita.
 
Está correto que se afirma em:
  II e III, apenas. ocê respondeu
Apenas as afirmativa I e II estão corretas.
Afirmativa I - Verdadeira porque o pressuposto da comunicação é
o outro, é uma relação dialógica que ocorre somente a partir da
compreensão do outro indivíduo. Se você encontrar alguém que
fale russo e ele começar um diálogo, você vai responder algo
como “não estou entendendo”, “poderia repetir?” “vou chamar
alguém, socorro!” Portanto comunicação e interação são
essenciais para o diálogo.
Afirmativa II - A leitura de uma obra é social, mas também
singular, porque o texto tem existência a partir do leitor. Singular e
social se misturam nessa relação autor-leitor, leitor-autor em que
ora é mais singular, ora é mais social, já que a base da leitura é a
relação dialógica estabelecida.
A afirmativa III é falsa.
Naturalmente que emissão, transmissão e recepção são relativas,
porque ao pensarmos em um único texto cada leitor terá uma
leitura singular ao acessar o texto, mas sabemos que leitura e
Interpretação são indissociáveis e a interpretação não se limita
ao repertório de quem lê. O processo da leitura implica em
atribuir sentido ao texto e extrair sentido do texto, ora o sentido
se encontra no leitor, ora no texto, essa relação faz com que a
leitura já seja compartilhada naquele momento, sem haver
necessidade de conversar com alguém sobre o que está lendo,
mas, certamente, as várias formas de diálogo potencializam e
ampliam o entendimento sobre os vários pontos de vista
expressos pelo autor do texto.
  II, apenas. 
  I e III, apenas. 
  III, apenas. 
  I, II, apenas. esposta correta
0,2 / 0,2 ptsPergunta 3
Há dois tipos de polifonia:
 
Quando, no mesmo enunciado, se tem mais de um locutor como é o
caso do discurso relatado, citações, referências, argumentação por
autoridade, etc. E, quando no mesmo enunciado há mais de um
enunciador, sendo, porém mais ampla: basta que se representem, no
mesmo enunciado perspectivas diferentes, sem a necessidade de
utilizar textos efetivamente existentes.
Corresponde aos conceitos acima, respectivamente:
  Intertextualidade e Intergêneros 
  Intertextualidade Implícita e Intertextualidade Explícita 
  Intertextualidade Explícita e Intertextualidade Implícita Correto!
Correta porque a intertextualidade explícita é aquela que o leitor 
não precisa fazer esforço para reconhecê-la, já que é estabelecida 
uma relação direta com o texto-base como no caso da citação. A 
citação direta é a cópia literal do texto e ao final consta autor, ano, 
página tornando-se facilmente identificável. A intertextualidade 
implícita requer que o leitor tenha conhecimentos prévios para 
compreender o texto, exatamente por não ser uma cópia exata do 
texto-base.
  Intergêneros e Intertextualidade Implícita 
  Intergêneros e Intertextualidade Explícita 
0,2 / 0,2 ptsPergunta 4
Leia a situação a seguir:
 
Os vários textos que circulam em nossa cultura são representações
dos nossos pensamentos. Jonas sempre diz enfaticamente que seus
textos são inéditos e que ele não necessita de nenhum tipo de leitura
para pensar ou redigir, tudo está pronto em sua cabeça. Além disso,
com essa postura ele considera se afastar do senso comum, aspecto
que ele detesta na sociedade. Outro dia, ele afirmou em um artigo que
pelo simples fato de pensar ele existia. E foi surpreendido com um
colega que lhe disse ser essa frase do filósofo francês RenéDescartes:
“Penso, logo existo” acrescentando que palavras são elementos
mediadores do um e do outro. “Eu me dou verbal a partir do ponto de
vista da comunidade a que pertenço. O Eu se constrói constituindo o
Eu do Outro e por ele é constituído”.
 
A partir do descrito e com base no conteúdo abordado, analise as
afirmativas a seguir:
I. Jonas tem pensamento inédito, porque ele não sabia que outra
pessoa havia falado antes dele, por isso, ele se posicionou
adequadamente em relação à questão. Os pensamentos são todos
inéditos.
II. O colega de Jonas é repressor e quer mostrar que sabe mais, por
isso, apresenta nomes franceses como René Descartes.
III. Jonas pode ter pensando sozinho, mas ao considerar o fenômeno
da polifonia, em que somos constituídos pelas várias vozes do
discurso. Inédita é a organização que se dá porque constituímos o
outro e somos constituídos por esse.
É correto o que se afirma em:
  I, apenas. 
  III, apenas. Correto!
Apenas a afirmativa III está correta.
Verdadeiro, porque conforme explicado no material são as
relações ‘Eu / Eu do Outro’ x ‘Eu do Outro / Eu’ que nos
constituem. Exemplo: Nesse momento você está sendo
constituído por quem? É o seu “Eu” sendo constituído pelo “Eu do
outro”.
 
As afirmativas I e II estão incorretas, conforme segue.
I é incorreta porque os textos são teias de relações que são
construídas pelo eu e pelo outro, relações essas que nos
constituem, sendo assim, não se pode afirmar que os textos são
inéditos já que nessa teia são afetadas em maior ou menor grau
pelo outro.
II é incorreta porque até é possível que o colega seja repressor e
exibicionista, todavia por ser uma opinião não pode ser
considerado como verdadeiro, já que há outra hipótese na questão
– ele, de fato, quis apresentar um contra-argumento consistente
para que o outro consiga compreender que ele se constitui
daquele jeito pelos pais amigos, professores, enfim, pelas
pessoas com quem ele teve contato.
  I e II, apenas. 
  I e III, apenas. 
  II, apenas. 
0,2 / 0,2 ptsPergunta 5
O interacionismo constitutivo dos gêneros situa-se nas várias esferas
de circulação. Os gêneros são necessidade de expressão e
comunicação entre as pessoas em suas atividades e apesar de os
gêneros do discurso estarem sujeitos a serem padronizados,
justamente para identificar um determinado grupo social, eles podem
ser transformados ou até dar lugar a novos gêneros, conforme o tempo
ou o contexto. Os gêneros textuais podem se repetir nos mais diversos
gêneros de discurso. Os gêneros textuais constituem ações de
linguagem que requerem do produtor uma série de decisões.
 
Analise as hipóteses a seguir, pensando nas escolhas e decisões:
 
I. A decisão sobre o gênero mais adequado ocorrerá conforme a
circunstância, por exemplo, se precisar informar que alguém telefonou
à sua mãe, poderá deixar um recado com alguém da família ou vizinho,
mas se for para o chefe é melhor deixar um bilhete escrito, pois a
seleção dos gêneros também depende da formalidade.
II. A primeira escolha que deve ser feita é a partir do rol de gêneros
existentes, ou seja, ele optará por aquele que lhe parecer mais
adequado ao contexto e a intenção comunicativa; a segunda decisão é
a aplicação na qual o produto poderá acrescentar ao gênero escolhido
ou recriá-lo.
III. A escolha dos gêneros depende exclusivamente do falante ou do
escritor, há uma flexibilidade na qual ele pode escolher o que julgar
mais adequado, independentemente das esferas de circulação.
Está correto o que se afirma em:
  I e II, apenas. Correto!
Estão corretas apenas as hipóteses I e II, conforme segue:
1. Correto. Apesar de haver uma flexibilização na escolha do
gênero, a decisão se dará mesmo conforme as circunstâncias
e essas têm que serem consideradas e ajustadas ao contexto:
ambiente familiar x ambiente de trabalho requerem gêneros
diferentes.
2. Correto. As escolhas se dão em função da quantidade de
gêneros existentes adequados ao contexto e intenção
comunicativa, sendo possível a flexibilidade de acrescentar
algo à escolha ou ainda recriá-lo que é, por exemplo, o caso de
hibridização em que podemos, conforme a intenção
comunicativa, produzir intergêneros.
A hipótese III está incorreta, porque o falante/escritor ele faz parte
da escolha e seleção dos gêneros, mas isso não se dá de forma
autônoma ou aleatória, é preciso considerar os ambientes de
circulação, as esferas sociais do gênero que definirão essa
escolha de maneira mais apropriada. Lembrar-se do exemplo do
vestido escolhido conforme evento e ambiente.
  I e III, apenas. 
  III, apenas. 
  II e III, apenas. 
  II, apenas. 
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