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Relatorio de Execucao do Projeto de Intervencao - Modulo A 2020 - Carater Excepcional

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RELATÓRIO DE EXECUÇÃO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO
Nome:Maria Luana dos Santos Silva RU: 1565396
Local de Estágio: CRAS- Osvaldo Bernanrdes Filho
Tema: População Cigana e a inclusão social
1. INTRODUÇÃO
	 O Projeto de intervenção social em questão é um instrumento básico da política municipal de Assistência Social. Sua implementação objetiva mudar ainda que minimamente a realidade das famílias ciganas residentes no Município de Pirajuba, busca a participação dos mesmos para serem atuantes na transformação de sua realidade, transformando-os em sujeitos ativos na comunidade, capazes de mudar o curso de sua própria história.
As famílias beneficiadas com esta proposta de intervenção social não está fora do contexto nacional de famílias em situação de vulnerabilidade e exclusão social, sendo o seguimento cigano um dos mais vulneráveis entre o público da Assistência Social. A proposta vai de encontro com os anseios e necessidades das famílias, famílias estas que sofreram significativas mudanças culturais no decorrer do processo de modernização da sociedade capitalista, que hoje imprime uma nova lógica de reprodução, dificultando o desenvolvimento das relações sociais e gerando problemas sociais de toda ordem.
As famílias ciganas possuem uma realidade complexa e antagônica, onde o nível de politização e organização comunitária é baixo. São vítimas de problemas sociais de toda ordem e alvo de políticas compensatórias, e imediatistas.
Sendo assim, consideramos que é um desafio o desenvolvimento do projeto em questão, tendo em vista que as famílias alvo deste projeto possuem uma realidade bastante complexa e de posse de princípios e valores que certamente dificultarão o alcance dos objetivos propostos.
Neste sentido o presente projeto, busca ainda que minimamente transformar a realidade dos mesmos, com o intuito de que com o mínimo de informações repassadas as mesmas possam adquirir forças para lutarem por sua emancipação social, se transformando em sujeitos ativos com capacidade para contribuir com a transformação da realidade em que vivem. A transformação da realidade implica em mudanças de valores e atitudes no âmbito de cada família. Esta mudança deve acontecer de maneira processual em conjunto com as famílias. Através de atividades socioeducativas, palestras, rodas de conversas, promover, buscar, conscientizar este público, para que eles possam ser os principais interessados em mudar sua realidade social. A transformação da realidade implica em mudanças de valores e atitudes no âmbito de cada família. Esta mudança deve acontecer de maneira processual em conjunto com as famílias. 
2. Objetivo Geral
O objetivo geral desse projeto é realizar atividades socioeducativas, como: roda de conversa, encontros e palestras, com as famílias da população cigana, para trabalhar questões que permeiam os direitos fundamentais da população usuária, pensando em todos os segmentos e faixas etárias pertinentes: idosos, criança e adolescente, mulheres. 
3. Objetivos Específicos 
Realizar orientação sobre direito e cidadania a população cigana do município; 
Promover oficinas de convivência e fortalecimento de vínculos;
Oportunizar acesso sobre direito e políticas públicas, no que tange o interesse da população usuária.
4. Problematização
 O povo cigano está presente no mundo todo a muito tempo. Chegaram entre os séculos XIV e XV, principalmente na Espanha, Portugal, França, Alemanha, Rússia, Romênia Hungria. Apesar de possuir uma identidade cultural comum, a população cigana na Europa não é um grupo unitário, mas sim diversos grupos (comunidades). Esta heterogeneidade, que se verifica em cada um dos países e entre as suas diversas regiões deve-se a adaptações diferenciadas aos países de acolhimento e aos diferentes processos migratórios que tiveram lugar quando saíram do lugar geográfico de origem (a zona do Punjab na Índia). Alguns dos seus costumes resistiram à cultura dos países hóspedes como, por exemplo, os ritmos e os bailes folclóricos, assim como algumas palavras da sua língua originária – o ROMANÓ. A população cigana, devido ao seu caráter de povo errante e nômade e as especificidades culturais que apresentam, sempre foram vítimas de perseguições e situação de escravatura. 
A história de discriminação com os ciganos conduziu a múltiplas situações de pobreza e exclusão social, situações estas que a maioria das comunidades cigana vivenciam ainda atualmente. As relações entre a população cigana e não cigana ainda são bastante acirradas. Não que o povo cigano seja violento, mas o preconceito e a discriminação são intensos por parte da população não cigana. A população cigana é a principal minoria étnica no mundo. Estima-se que, na atualidade, vivem na Europa entre sete e nove milhões de pessoas ciganas, das quais, cerca de 2/3 habitam nos países centrais e no leste da Europa. 
Em relação à questão educacional, a maioria da população cigana não tem acesso à educação. Existe uma tendência para a segregação estabelecida entre as crianças ciganas e não ciganas. Dispõem de poucos meios para serem incluídas nas escolas normalizadas. 
No que diz respeito a questão do emprego é evidente que a discriminação racial constitui um obstáculo significativo no acesso ao mercado de trabalho. São confrontados com importantes obstáculos no acesso ao mercado de trabalho. São a parcela da população mais vulneráveis a situações de desemprego.
A área de habitação é uma área bastante desenvolvida. Vivem sem as condições mínimas de habitabilidade, salubridade e higiene (sem eletricidade, água potável e redes de esgoto). Normalmente residem em bairros periféricos e em barracas, o que acentua ainda mais a sua situação de marginalização e, consequentemente de exclusão social.
A pobreza e as más condições de habitabilidade destas comunidades, associadas à discriminação persiste nos serviços de saúde, levam a uma incidência considerável de algumas doenças, como a tuberculose e a hepatite. A marginalização das comunidades ciganas, as suas condições socioeconômicas e a dificuldade de acesso às estruturas de informação de educação e de saúde pública, fazem com que estas comunidades sejam particularmente vulneráveis ao consumo e ao tráfico de drogas com um acesso muito limitado aos organismos adequados de recuperação e tratamento.
Não existe um sistema de proteção social que permite aos ciganos participar do sistema de segurança. 
Outro problema comum em todo o mundo envolvendo a população cigana é a falta de documentação, nomeadamente no que diz respeito ás certidões de nascimento, de casamento e de residência. Esta situação provoca alguns problemas no acesso aos serviços sociais. Em relação à questão de gênero, muitas mulheres ciganas, enfrentam uma dupla discriminação e consequentemente, baixos níveis de acesso à saúde, à educação e a outros serviços. Dado o papel da mulher na educação dos seus filhos, esta situação é particularmente preocupante. A saúde é concebida como um conceito amplo que afeta os vários aspectos da vida humana: físicos, psicológicos e sócio-culturais. A OMS considera que a saúde é um direito humano fundamental e, em consequência, todas as pessoas devem ter acesso aos recursos de saúde necessários e básicos.
É por isto, que quando falamos de saúde, estamos a referir-nos ao processo de interação entre os seres humanos e ao envolvimento social e natural que influência o bem-estar físico e psíquico que lhes permite contribuir plenamente para a vida social da sua comunidade. A saúde surge como resultado de todos os fatores que intervêm sobre a vida dos indivíduos, quer os que não são modificáveis (sexo, idade e genética) quer aqueles que são potencialmente modificáveis (comportamentos, meios de vida, aspectos culturais e socioeconômicos). Desta forma, a saúde não é um fenômeno exclusivamente biológico.
As carências ao nível da habitação educação, emprego, entre outros, influenciam de forma pertinente a saúde, pois são fatores determinantes para o bem-estar e para a qualidade de vida de uma população. Neste sentido,os grupos socioeconômicos mais desfavorecidos apresentam características que os tornam mais susceptíveis a uma saúde deficitária. Outras variáveis como o gênero, a idade, a etnia, a classe social ou a área geográfica são também fatores de risco que influenciam a saúde. Deste modo, a pertença a grupos étnicos minoritários influencia o surgimento de desigualdades específicas em relação à saúde. Estas desigualdades surgem, não só das variáveis socioeconômicas, mas também do acesso aos serviços de saúde e à utilização efetiva dos mesmos por falta de adaptação ou de inclusão. A relação entre as desigualdades sociais e as desigualdades de saúde é claramente reconhecida pelos principais organismos de saúde supra estatais (OMS, Comissão Europeia). Para além, das variáveis socioeconômicas, salientamos que os fatores culturais, os hábitos e os costumes também influenciam a saúde das pessoas e das comunidades. A comunidade cigana, como minoria étnica cultural, apresenta um conjunto de elementos culturais que influenciam também o estado de saúde dos seus membros e condicionam a relação e os comportamentos destes membros O conceito “cultura” faz referência aos valores que partilham os membros de um grupo, as normas que acatam e os bens materiais que produzem. 
A cultura, entendida como os costumes, as leis, as concepções do mundo e tudo aquilo que permite a vida em sociedade, é algo que se aprende, compreendendo, igualmente, as representações do corpo, da saúde e da doença. Não se tem a mesma percepção sobre a doença nas diversas comunidades, nem nos distintos momentos históricos do mesmo grupo. A saúde e a doença são conceitos socialmente construídos, definidos e tipificados por cada cultura. Por sua vez, cada cultura cria as suas alternativas terapêuticas assim como procedimentos para recuperar a saúde. Assim, á de considerar a doença como um componente biológica e cultural.
Independentemente do seu conteúdo biológico, é sempre uma forma de expressão cultural, e para que seja considerada como doença é necessário que a sociedade a considere como tal. Considerar a cultura no processo saúde-doença das comunidades ciganas permite conhecerem de que forma:
– É recebida, por parte dos pacientes, a informação sobre os cuidados de saúde;
– São exercidos os direitos e os serviços que o sistema de saúde oferece;
– Se expressam os sintomas, as expectativas e as preocupações sobre a doença.
Existem assim, distintos modelos culturais que estabelecem as várias formas de comportar-se em relação à higiene, à sexualidade, ao trabalho, à alimentação, ao exercício físico, ao sono, entre outros, e que dão lugar a percepções distintas relativamente aos sintomas e à dor. As comunidades ciganas também a um conjunto de elementos culturais que determinam as suas atitudes e comportamentos em relação à saúde e à doença assim como em relação ao sistema de saúde. Se estes elementos forem de conhecimento geral podem ser utilizados de forma adequada e em determinadas situações podem “fortalecer” e dar maior credibilidade à intervenção dos profissionais de saúde, evitando potenciais conflitos. Como ponto de partida, deve-se ter presente as seguintes considerações:
• Nas comunidades ciganas, a saúde não é entendida como uma necessidade prioritária. Desta forma, a habitabilidade, a situação econômica e o trabalho, constituem as principais prioridades desta comunidade, que em muitos casos, não se encontram cobertas.
• As comunidades ciganas definem a saúde como ausência de doença, e a doença como uma situação de “incapacidade” ligada à morte. Esta visão da saúde e da doença tem várias consequências, tais como:
– A preocupação pela saúde começa quando aparecem sintomas e consequências muito limitativas e de incapacidade, sendo muito difícil trabalha o conceito de prevenção.
– Quando surge alguma doença a intervenção deve ser imediata e resolutiva, pela relação direta que estabelecem entre doença e morte.
– O diagnóstico supõe “atribuir um nome ao que se tem”. A atitude perante ele é contraditória, sendo de clara hesitação quando não surgem sintomas e consequências “incapacitantes” (nestes casos, o diagnóstico pode ser entendido como uma forma de colocar em evidência uma doença que previamente não existia).
– O médico é uma figura contraditória: por um lado possui conhecimentos para “curar” as doenças e por outro lado é quem diagnostica e descobre a doença. Assim, é comum a resistência em atender aos profissionais de saúde e a práticas de prevenção.
– Se graças ao tratamento desaparecem os sintomas, os procedimentos terapêuticos são abandonados, pois estamos perante uma concepção de que a saúde é ausência de doença.
• Os cuidados de saúde são remetidos para a mulher;
• O imediato e a necessidade de curar as doenças de forma mais rápida possível, estão associados com a forte relação que estas comunidades têm entre a doença e a morte. Precisam com urgência de um profissional que diagnostique a gravidade do problema. Em várias situações, a consequência é uma inadequada utilização de alguns recursos de saúde, que se reflete nos seguintes aspectos:
– Excessiva utilização dos serviços de urgências
– Escassa utilização de serviços de ambulâncias, sendo a própria família a fazer o transporte
- Escassa utilização dos centros de saúde
Na cultura cigana observa-se a existência de diferentes modelos médicos que coexistem:
Em termos de contextualização geral, deparamo-nos com a ausência de dados concretos sobre esta comunidade neste âmbito, existindo apenas meras aproximações à realidade. Esta situação dificulta a identificação de problemas/dificuldades e, consequentemente uma aproximação mais fidedigna da realidade.
Pesquisas relativamente recentes revelam que as comunidades ciganas são alvo de desigualdade ao nível da saúde e apresentam-se como o grupo mais desfavorecido neste domínio. A maioria dos autores faz referência às dificuldades no acesso à informação em geral e, especificamente sobre a vacinação das crianças, a prevenção e o tratamento de determinadas doenças.
• Apesar de algumas famílias já terem médico de família e serem seguidas, dessa forma, pelos centros de saúde ainda preferem recorrer aos hospitais em situações quer de emergência, quer noutra situação.
• Pouca consciência da importância da educação para a saúde.
• Solidariedade, unidade e coesão social – quando os membros das comunidades ciganas são hospitalizados os restantes membros entram num estado de luto que termina quando o doente regressa a casa e fica bem. Analisando especificamente a saúde das mulheres ciganas, é necessário referir a incidência de determinadas doenças. Assim, é pertinente realçar as seguintes características:
• Elevadas taxas de maternidade precoce e sem acompanhamento médico da gravidez ou de pós-parto, ausência de prática generalizada de acompanhamento e vigilância de gestação;
• Um elevado número considerável de partos sem assistência médica (muitas vezes os partos acorrem em casa) e um elevado média de filhos. Desta forma, a gravidez não é habitualmente motivo de recurso a consulta médica, embora cada vez mais mulheres ciganas o façam nos primeiros meses para confirmar se estão grávidas e no final para verificar se está tudo bem.
• A contracepção é prática pouco comum, embora comece a ser mais frequente nas mulheres mais jovens. Verifica-se, igualmente, a falta de cuidados médicos imediatos e de cuidados pré-natais, o que demonstra cada vez mais, despreocupação e um desinteresse relativamente à saúde (especificamente a medicina preventiva).
• Pouca prevenção das doenças ginecológicas (infecções sexualmente transmissíveis) e em alguns casos verifica-se a ausência de planejamento familiar.
Alguns métodos contraceptivos não são utilizados porque não os conhecem e ainda persistem alguns mitos e ideias.
Como conclusão e tendo em conta, os indicadores utilizados pela Comunidade Cientifica Internacional para medir as Desigualdades de Saúde, pode-se considerar que a situação de saúde. Os indicadores mais utilizados são: a mortalidade, a mobilidade, a percepção dasaúde, comportamentos relacionados com a saúde; o acesso e o uso adequado dos serviços de saúde das comunidades ciganas claramente deficientes. Não obstante, e tendo presente os trabalhos desenvolvidos nesta área, a presente situação está mais relacionada com a falta de igualdade em termos de oportunidades para a vida e para o acesso/utilização dos recursos (serviços de saúde) do que com fatores genéticos intrínsecos às comunidades ciganas.
• As carências educacionais, econômicas e de habitação são fatores que determinam o bem-estar e a qualidade de vida da população.
5. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES QUE SERÃO REALIZADAS
Cronograma 
No ano de 2019, foi iniciada a elaboração desse Projeto de Intervenção, em julho foi identificado o público alvo, direcionado e focalizado o objetivo de trabalho. Agosto, planejada as atividades que serão desenvolvidas no Projeto, realizado o levantamento bibliográfico concernente a temática e elaboradas estratégias de ação direcionadas ao público alvo. Em abril do ano de 2020, foi planejada a execução do Projeto de Intervenção, palestra sobre higiene pessoal e melhorias nas condições de vida, roda de conversar sobre conflitos familiares, realizar discussão sobre a inclusão social e roda de conversa sobre a importância da educação como fator para a inclusão social, porém devido ao período de pandemia do Covid- 19, que estamos enfrentando, foram tomadas medidas protetivas para evitar a propagação do vírus e entre elas está o isolamento social intitulado como fique em casa, evitando aglomerações e o contato com terceiros, sendo assim a execução do projeto foi interrompida sem uma data concreta para sua realização, então será necessário reajustar as datas no cronograma de atividades.
Metodologia 
A metodologia de trabalho a ser realizada com a população alvo deste projeto perpassará ás áreas de saúde e educação. A primeira etapa do trabalho está voltada para a informação do trabalho social às famílias alvo deste projeto. Será realizada a divulgação do trabalho onde será repassada todas as etapas do trabalho social através de uma reunião com as famílias no local onde eles moram, e aproveitar para fazer uma pequena entrevista oral, pois boa parte desse público não sabe ler e escrever, para conhecer suas expectativas de vida. Ao final desta etapa será elaborado um relatório parcial de avaliação das atividades, o qual conterá as informações acerca das atividades realizadas e os materiais produzidos para esta fase do trabalho. Os instrumentos a serem utilizados para o desenvolvimento das atividades serão: rodas de conversas para sensibilizar as famílias em relação a questão da saúde e educação, e incentiva- lós a buscar melhorias e mudança de hábitos, todas as atividades serão desenvolvidas onde o pequeno grupo mora. A segunda etapa será constituída de avaliação do projeto desenvolvido, será realizado uma pesquisa de opinião, para avaliar o grau de satisfação das famílias com as atividades desenvolvidas.
Metas- É um projeto de curto prazo o número de atividades previstas, uma na semana com duração de 1hs 30min, durante 01 mês, que irá totalizar os 4 encontros programados, os encontros aconteceram no local onde a público alvo está localizado. O público é bem diversificado entre mulheres, homens, crianças, adolescentes e idosos, já que o objetivo é alcançar as famílias do pequeno grupo, denominado ciganos que residem no município de Pirajuba. Distribuição de mini kits de higiene pessoal, contendo 02 sabonetes e 02 cremes dentais para as famílias estás despesas ficará a cargo da estagiária. 
INDICADORES - Pesquisa de opinião, para avaliar o grau de satisfação das famílias com as atividades desenvolvidas ao final de cada roda de conversa.
MECANISMOS DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO – Lista de presença, fotos, pesquisa de opinião e relatórios.
6. CONSIDERAÇÕES SOBRE A DIMENSÃO INVESTIGATIVA E A PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
 Este projeto de intervenção foi elaborado com o objetivo de realizar atividades socioeducativas, como: roda de conversa, encontros e palestras, com as famílias da população cigana, para trabalhar questões que permeiam os direitos fundamentais da população usuária, pensando em todos os segmentos e faixas etárias pertinentes: idosos, criança e adolescente, mulheres. Para chegar a este objetivo, investigar a realidade social desse público alvo foi essencial. A dimensão investigativa compõe juntamente com a interventiva, princípio e centralidade da formação profissional e da relação teoria e realidade, ambas compreendem a dialética do modo de ser da profissão que está expressa nas competências e atribuições profissionais, a atitude investigativa é parte constitutiva do exercício do assistente social. É necessário conhecer para que haja e se tenha procedimentos adequados, atuar sobre realidade leva a busca pelo conhecimento que consequentemente vai proporcionar uma ação interventiva. Diz Luckesi “ o conhecimento é a compreensão inteligível da realidade, que o sujeito adquire através de sua confrontação com essa mesma realidade” (1994, p.122). As atitudes que temos no cotidiano tem suas finalidades que são baseadas interesses individuais ou coletivos e sua ação é através do conhecimento de determinada situação ou realidade, as atitudes tomadas mesmo que seja individualmente nunca afeta somente o ator da decisão, pois, somos parte de um processo de produção e reprodução de relações sociais, partindo desse suposto encontramos significado para o trabalho profissional do assistente social, pois este atua diretamente nesse processo, que só pode ser interpretado e compreendido na relação entre as necessidades das classes sociais que polarizam sua intervenção, os distintos sujeitos sociais e os interesses antagônicos que o demandam, os espaços ocupacionais, as competências e atribuições. Para o cumprimento das atribuições e competências socioprofissionais, é necessário realizar pesquisas constantes das condições e relações sob as quais o exercício profissional se realiza, dos objetos de intervenção, das condições e relações de vida, trabalho e resistência dos sujeitos de recebem o serviço, também necessário não apenas coordenar e executar políticas sociais, projetos ou programas, mas também avaliá-los, coordenar pesquisas, realizar vistorias, perícias e laudos, emitir parecer técnico, formar assistentes sociais é aqui que se reconhece e enfatiza a natureza investigativa das competências profissionais, mais do que uma postura, o caráter investigativo é constitutivo de grande parte das competências e atribuições profissionais. No âmbito da sua inserção na divisão social e técnica do trabalho, cabe ao assistente social captar como as diversas expressões da questão social se particularizam em cada espaço sócio- ocupacional e chegam como demandas que dependem de sua intervenção. A percepção que temos acerca das expressões da questão social, tais como: fome, desemprego, violência, doenças, falta de acesso aos bens e serviços sociais (moradia, hospitais, creches, etc.), os valores que orientam tais concepções, são mediações que incidem sobre os meios e modos de responder às demandas profissionais. Toda a investigação se coloca na relação teoria e realidade, a pesquisa parte sempre de um conhecimento superficial da realidade, mas, nem toda investigação pode ser considerada uma pesquisa cientifica, pois, a pesquisa na qual se faz necessário um aprofundamento na realidade é um processo sistémico de ações que visa investigar, interpretar e expor um objeto que pode ser um processo social, essa pesquisa cientifica exige rigor, métodos e técnicas apropriadas. A investigação da realidade é uma exigência do exercício profissional, para o Serviço Social ganha o estatuto de elemento constitutivo da própria intervenção profissional. Ao realizar entrevistas, estudo social, laudos, pareceres, buscando informações nas instituições, na vizinhança e no trabalho sobre algum sujeito social a dimensão investigativa é exercida. Todo o exercício profissional do assistente social, precisa de fundamentaçãoteórico- metodológico, ético- político e técnico operativo, apreendido durante o processo de formação e embasa as dimensões investigativa e interventiva.
Fonte de pesquisa: artigos científicos
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Assinatura do Estagiário

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