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METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS

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METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS E LIPÍDIOS
A Insulina
A Insulina é um hormônio produzido pelas células beta do pâncreas, que tem uma função hipoglicemiante, ou seja, diminuir a glicemia sanguínea.
Quando existe uma grande abundância de alimentos muito energéticos na dieta, especialmente carboidratos em excesso, aumenta o nível de glicemia sanguínea e consequentemente aumenta a secreção de insulina.
Efeitos da insulina para reduzir a glicose:
· Aumenta o transporte e captação de glicose para todas as células do organismo (exceto os neurônios)
· O excesso de glicose é armazenado sob a forma de glicogênio, especialmente do fígado e músculos. (Glicogênese). 
· Transforma a glicose em ácidos graxos para serem armazenados na forma de Triacilglicerol (TAG) no tecido adiposo. (Lipogênese).
A insulina promove também o transporte de glicose através da membrana celular para as células adiposas. (Forma grandes quantidades de α- glicerol fosfato, que produz o glicerol que se associa aos ácidos graxos para formar TAG).
A glicose é preferencialmente armazenada como glicogênio, até que as células tenham armazenado quantidades suficientes para fornecer energia para as necessidades do organismo.
Quando a quantidade de glicose que entra nas células hepáticas é maior do que pode ser armazenada em forma de glicogênio, a insulina promove a conversão de todo excesso de glicose em ácidos graxos. A maior parte dos ácidos graxos é então sintetizada no fígado e utilizada para formar TAG, que são liberadas no sangue na forma de lipoproteínas (VLDL).
A função primária das lipoproteínas é de transportar seus componentes lipídicos no sangue, sendo sua maior parte para o tecido adiposo.
A insulina ativa a Lipase Lipoprotéica nos capilares do tecido adiposo, que quebram os TAG das lipoproteínas, formando outra vez ácidos graxos, para que possam ser absorvidos pelas células adiposas, onde vão ser novamente convertidos em TAG e armazenados no adipócito.
Os Quilomícrons
Durante a digestão, a maior parte dos TAG se dividem em monoglicerídeos e ácidos graxos, em que esses ao passarem através das células epiteliais do intestino, são ressentizados em novas moléculas de TAG e chegam na circulação sanguínea.
Grande parte dos quilimícrons é removida pela circulação sanguínea, à medida que passa pelos capilares de vários tecidos, especialmente do tecido adiposo.
No tecido adiposo a enzima Lipase lipoprotéica, que é transportada para a superfície das células endoteliais capilares, hidrolisa (quebra) os TAG dos quilomícrons, liberando assim ácidos graxos livres (AGLs).
Uma vez dentro do adipócito, esses AGLs podem ser usados como combustível ou novamente sintetizados em TAG, com um novo glicerol.
Grande quantidade de lipases estão presentes no tecido adiposo, em que catalisam a deposição de TAG dos quilomícrons e das lipoproteínas.
LIPÓLISE
Uma função crucial do tecido adiposo consiste em armazenar os TAG até que sejam necessários para o suprimento de energia em outras partes do corpo.
A lipólise (quebra dos TAG) é controlada principalmente pela atividade do sistema nervoso simpático (liberação das catecolaminas) e pelos valores de insulina plasmáticos.
Na ausência de carboidratos e consequentemente, ausência de insulina, os lipídios são utilizados como fonte de energia.
A gordura é mobilizada nos adipócitos e usada como fonte de energia. 
Durante o exercício físico ocorre um aumento da utilização da gordura devido a liberação de epinefrina e norepinefrina (catecolaminas). Esses dois hormônios ativam diretamente a Lipase hormônio sensível, e essa ativação provoca uma rápida ruptura dos TAG e mobilização dos AGLs. 
 Dentre os principais hormônios que ativam a Lipase hormônio sensível, estão os glicocorticoides (cortisol), hormônio de crescimento (GH) e hormônio tireoidiano.
O principal regulador da lipólise no tecido adiposo, a catecolamina, liga-se ao receptor β – adrenérgico do adipócito. 
A ativação da lipólise (quebra dos TAG) pelas catecolaminas é mediada por um incremento da concentração intracelular do AMPc e pela ativação da proteína quinase A (PKA), resultando na ativação da lipase hormônio sensível,que leva à hidrólise da TAG e consequente liberação de AGLs e glicerol.
Os AGLs são transportados no sangue combinado à albumana para chegar nos tecidos-alvo, que estão requerendo energia.
O Glicerol é transportado para o fígado onde irá participar da síntese de ATP, produção de energia.
JEJUM
A queda de glicemia sinaliza ao cérebro que o organismo se encontra em hipoglicemia e como consequência à uma mobilização de hormônios que ativam a lipase hormônio sensível (cortisol, glucagon, GH e catecolaminas). No tecido adiposo a ação dessa enzima ativa a lipólise.
Glucagon
O glucacon é um hormônio secretado pelas células α do pâncreas qual o nível de glicose sanguínea cai, tendo ações opostas às da insulina.
As principais ações do glucagon são:
· Quebra do glicogênio hepático (glicogenólise)
· Aumento da gliconeogênese no fígado.
O exercício físico também aumenta a concentração de glucagon sérico e este ativa a lipase das células adiposas, aumentando a disponibilidade de AGLs para os sistemas de energia do organismo.
O glucagon também inibe a formação de TAG no fígado para que este não use os AGLs no sangue.

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