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GUYTON Capitulo 63 resumo

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P2 – FISIOLOGIA
Julia Laguna Pollo
Capitulo 63- Princípios gerais da função gastrointestinal: motilidade, controle nervoso e circulação sanguínea
GENERALIDADES
O aparato digestivo da ao organismo um aporte continuo de água, eletrólitos, vitaminas e nutrientes. Para isso requer 
· O trânsito de alimentos ao longo do tubo digestivo
· A secreção de sucos digestivos e a digestão de alimentos
· A absorção dos produtos digeridos
· A circulação de sangue pelas vísceras gastrointestinais para transportar as substancias absorvidas 
· O controle de todas essas funções pelos sistemas locais, nervoso e hormonal.
ANATOMIA FISIOLOGICA DA PAREDE GASTRO INTESTINAL
Possui uma capa serosa, capa muscular lisa longitudinal, capa muscular lisa circular, submucosa, mucosa.
Cada haz de fibra muscular estão conectadas eletricamente umas as outras por uniões intercelulares em hendidura (GAP) que permitem a passagem de íons de uma célula a outra com escassa resistência. Cada capa muscular atua como um sincitio e quando aparece em algum ponto da massa muscular um potencial de ação, este se transmite por ela em todas as direções.
Atividade elétrica do musculo liso gastrointestinal
Esse músculo se excita pela atividade elétrica intrínseca lenta e quase continua que recorre as membranas das fibras musculares. Esta atividade possui dois tipos de ondas elétricas: as ondas lentas e as espigas
· Ondas lentas: são ondas lentas, rítmicas e ondulantes do potencial da membrana em repouso. Não são potenciais de ação é uma oscilação da despolarização e da repolarização. O potencial ocorre no pico da onda lenta, gerando aumento de tensão. Sua intensidade pode variar entre 5 e 15 mV.
Células intersticiais de cajal: se crê que atuam como marcapasso elétrico das ondas lentas.
· Espiga: são os verdadeiros potenciais de ação, eles são gerados automaticamente quando o potencial de repouso da membrana do músculo liso gastrointestinal atinge um valor mais positivo que –40 mV (o potencial de repouso normal da membrana das fibras do músculo liso gastrointestinal varia de –50 a –60 mV).
Outra diferença essencial entre os potenciais de ação do músculo liso gastrointestinal e os das fibras nervosas é a maneira como são gerados. Nas fibras nervosas, os potenciais de ação são quase inteiramente devidos à rápida entrada de íons sódio nas fibras através dos canais de sódio. Os canais responsáveis ​​pelos potenciais de ação das fibras do músculo liso gastrointestinal são um pouco diferentes; eles facilitam a entrada nas células de grandes quantidades de íons cálcio, juntamente com um número menor de íons sódio, razão pela qual são chamados canais cálcio-sódio. A abertura e o fechamento desses canais ocorrem muito mais lentamente do que os canais rápidos de sódio das grandes fibras nervosas. A lenta abertura e fechamento dos canais de sódio-cálcio justifica a longa duração dos potenciais de ação. Além disso, o movimento de grandes quantidades de íons cálcio nas fibras musculares durante o potencial de ação desempenha um papel especial na produção das contrações das fibras do músculo intestinal.
Potencial de ação gastrointestinal
Além de ondas lentas e potenciais de pico, a tensão da linha de base do potencial da membrana do músculo liso em repouso pode mudar. Sob condições normais, o potencial da membrana em repouso tem um valor médio de cerca de –56 mV, mas muitos fatores podem modificá-lo. Quando o potencial se torna menos negativo, um fenômeno chamado despolarização da membrana, a fibra muscular é mais facilmente excitada; quando o potencial se torna mais negativo, na chamada hiperpolarização, a fibra se torna menos excitável. Os fatores que despolarizam a membrana, ou seja, aqueles que a tornam mais excitáveis, são: 1) tensão muscular; 2) estimulação com acetilcolina liberada pelas terminações nervosas parassimpáticas e 3) estimulação por diferentes hormônios gastrointestinais específicos. Fatores importantes que aumentam a negatividade do potencial da membrana e, portanto, hiperpolarizam e reduzem a excitabilidade da fibra muscular: 1) o efeito da noradrenalina ou adrenalina na membrana da fibra e 2) a estimulação dos nervos simpáticos que secretam principalmente noradrenalina em suas terminações.
A contração do músculo liso ocorre após os íons cálcio entrarem nas fibras musculares. Conforme explicado no capítulo 8, os íons cálcio, por meio do mecanismo de controle da calmodulina, ativam os filamentos de miosina da fibra e geram forças atrativas entre eles e os filamentos de actina e, assim, induzem a contração dos músculos. As ondas lentas não permitem que os íons cálcio entrem nas fibras musculares lisas (apenas causam a entrada de íons sódio). Portanto, ondas lentas não produzem, por si só, a contração muscular. No entanto, durante os potenciais de pico gerados em ondas lentas máximas, grandes quantidades de íons cálcio penetram nas fibras e geram a maioria das contrações.
 
CONTROLE NERVOSO DA FUNÇÃO GASTROINTESTINAL: SISTEMA NERVOSO ENTERICO
Esta formado por dois plexos:
· Plexo de Auerbach: plexo externo situado entre as capas musculares longitudinais e circular.
Os principais efeitos de sua estimulação incluem: 1) aumento da contração tônica ou "tônus" da parede intestinal; 2) aumento da intensidade das contrações rítmicas; 3) ligeiro aumento na frequência das contrações e 4) aumento na velocidade de condução das ondas de excitação por todo o intestino, o que aumenta a velocidade de movimento das ondas peristálticas.
as extremidades das fibras secretam um transmissor inibidor, talvez o polipeptídeo intestinal vasoativo ou algum outro peptídeo inibidor. Os sinais inibitórios resultantes relaxam especialmente alguns dos esfíncteres do músculo intestinal que normalmente impedem a passagem de alimentos de um segmento do trato digestivo para o próximo, como acontece com o esfíncter pilórico, que controla o esvaziamento do estômago no duodeno e no esfíncter da válvula ileocecal, que controla o esvaziamento do intestino delgado no ceco.
· Plexo Meissner: plexo mais interno submucoso.
O plexo submucoso está principalmente preocupado em regular a função parietal interna de cada minúsculo segmento do intestino. Por exemplo, muitos sinais sensoriais se originam no epitélio gastrointestinal que é integrado ao plexo submucoso para controlar a secreção intestinal local, a absorção local e a contração local do músculo submucoso, o que induz diferentes graus de dobramento da mucosa gastrointestinal. 
O plexo mienterico controla os movimentos gastrointestinais e o plexo submucoso controla a secreção e o fluxo sanguíneo local
 Ainda que o sistema nervoso entérico pode funcionar por si só, o sistema nervoso simpático e parassimpático pode ativar ou inibir funções gastrointestinais.
CONTROLE AUTONOMO
· Estimulação parassimpática
os nervos vagos transportam quase todas as fibras do sistema parassimpático craniano. Essas fibras fornecem uma ampla inervação para o esôfago, estômago e pâncreas e, em menor grau, para o intestino, chegando até a primeira metade do intestino grosso. O sistema parassimpático sacral se origina do segundo, terceiro e quarto segmentos sacrais da medula espinhal, viaja com os nervos pélvicos até a metade distal do intestino grosso e chega ao ânus. O cólon sigmoide, o reto e o ânus são consideravelmente melhor inervados por fibras parassimpáticas do que qualquer outra região do intestino. Essas fibras estão envolvidas principalmente nos reflexos da defecação. Os neurônios pós-ganglionares do sistema parassimpático são encontrados principalmente nos plexos mioentéricos e submucosos, e sua estimulação induz um aumento geral da atividade de todo o sistema. nervo entérico, que, por sua vez, melhora a maioria das funções gastrointestinais.
· Estimulação simpática
As fibras simpáticas do trato digestivo se originam na medula espinhal entre os segmentos T5 e L2. Depois de deixar a medula, quase todas as fibras pré-ganglionares do intestino penetram nas cadeias simpáticas que estão nos dois lados da coluna vertebral e as atravessam até alcançaros gânglios simpáticos, como o gânglio celíaco e os vários gânglios mesentéricos, Estes são a maioria dos corpos dos neurônios simpáticos pós-ganglionares, dos quais as fibras pós-ganglionares emergem para formar os nervos simpáticos pós-ganglionares, que atingem todas as áreas do trato digestivo. O sistema simpático inerva quase todas as regiões do trato digestivo, não mostrando preferência pelas porções mais próximas da cavidade oral e do ânus, como é o caso do parassimpático. As terminações nervosas simpáticas liberam principalmente noradrenalina. Em geral, a estimulação do sistema nervoso simpático inibe a atividade do trato digestivo e tem muitos efeitos opostos aos do sistema parassimpático. Ela exerce seus efeitos de duas maneiras: 1) através de um efeito direto discreto da norepinefrina secretada no músculo liso do trato intestinal que inibe (exceto a muscular da mucosa que excita) e 2) através de um efeito inibidor mais potente da noradrenalina nos neurônios em todo o sistema nervoso entérico. A estimulação energética do sistema simpático pode inibir o trânsito intestinal e parar a passagem de alimentos ao longo do trato digestivo.
FIBRAS NERVOSAS SENSITIVAS AFERENTES DO TUDO DIGESTIVO
Os nervos sensitivos podem estimular se por:
- Irritação da mucosa intestinal
- Distensão excessiva do intestino
- Presença de substancias químicas especificas no intestino
Estes sinais transmitidos pelas fibras podem causar excitação ou inibição dos movimentos ou da secreção gástrica.
REFLEXOS GASTROINTESTINAIS
O arranjo anatômico do sistema nervoso entérico e suas conexões com os sistemas simpático e parassimpático mantêm três tipos de reflexos gastrointestinais essenciais para o controle gastrointestinal:
 1. Reflexos totalmente integrados ao sistema nervoso da parede intestinal. Esses reflexos incluem aqueles que controlam a secreção digestiva, peristaltismo, contrações mistas, efeitos inibitórios locais, etc.
 2. Reflexos que vão do intestino aos gânglios simpáticos pré-vertebrais, de onde retornam ao trato digestivo. Esses reflexos transmitem sinais no trato digestivo que percorrem longas distâncias, como as do estômago que induzem a evacuação do cólon (reflexo gastrocólico), as do cólon e do intestino delgado que inibem a motilidade e a secreção gástrica (reflexos enterogástricos). ) e reflexos originários do cólon que inibem o esvaziamento do conteúdo do íleo no cólon (reflexo colicoileal). 
3. Reflexos que vão do intestino à medula espinhal ou ao tronco cerebral e retornam posteriormente ao trato digestivo. Eles consistem principalmente em: 1) reflexos originários do estômago e do duodeno que vão para o tronco cerebral e retornam ao estômago através dos nervos vagos, para controlar a atividade motora e secretora; 2) reflexos dolorosos que causam uma inibição geral de todo o sistema digestivo e 3) reflexos de defecação que viajam do cólon e do reto para a medula espinhal e retornam para produzir poderosas contrações do cólon, reto e músculos. abdominais necessários para a defecação (reflexos da defecação).
CONTROLE HORMONAL DA MOTILIDADE GASTROINTESTINAL
· Gastrina, secretada pelas células "G" do antro gástrico em resposta a estímulos associados à ingestão de alimentos, como inchaço do estômago, produtos proteicos e peptídeo liberador de gastrina, secretados pelos nervos da mucosa gástrica durante a estimulação vagal. As principais ações da gastrina consistem em: 1) estimulação da secreção de ácido gástrico e 2) estimulação do crescimento da mucosa gástrica.
· Colecistoquinina (CCK), secretada pelas células "I" da mucosa duodenal e jejunal, em resposta à presença de produtos de decomposição de gordura, como ácidos graxos e monoglicerídeos, no conteúdo intestinal. Exerce um efeito poderoso, que consiste em aumentar a motilidade da vesícula biliar, de modo a expulsar a bile para o intestino delgado, onde desempenha um papel importante na emulsão gordurosa, a fim de facilitar sua digestão e absorção. O CCK inibe moderadamente a contração gástrica. Portanto, ao estimular o esvaziamento da vesícula biliar, retarda o estômago e, assim, permite uma digestão adequada de gorduras na parte superior do intestino. O CCK também suprime o apetite para impedir que alimentos demais sejam consumidos nas refeições, estimulando as fibras nervosas sensoriais aferentes no duodeno; essas fibras, por sua vez, enviam sinais através do nervo vago para inibir os centros de alimentação no cérebro. 
· Secretina, o primeiro hormônio gastrointestinal descoberto. Provém das células "S" da mucosa do duodeno e é liberado em resposta ao suco gástrico ácido que atinge o duodeno a partir do estômago através do piloro. Tem um leve efeito na motilidade do trato digestivo e atua estimulando a secreção de bicarbonato pancreático, para facilitar a neutralização ácida no intestino delgado.
· O peptídeo insulinotrópico dependente de glicose (também chamado peptídeo inibitório gástrico [GIP]) é secretado na mucosa da parte superior do intestino delgado em resposta a ácidos graxos e aminoácidos e, em menor grau, a carboidratos. Ele exerce um leve efeito redutor na atividade motora do estômago, atrasando assim o esvaziamento do conteúdo gástrico no duodeno quando a parte superior do intestino já está cheia de produtos alimentares. Em níveis sanguíneos mais baixos do que os necessários para inibir a motilidade gástrica, o peptídeo insulinotrópico dependente de glicose também estimula a secreção de insulina. 
· Motilina é secretado no estômago e na primeira parte do duodeno durante o jejum e sua única função conhecida é aumentar a motilidade gastrointestinal. O Motilina é liberado ciclicamente e estimula as ondas de motilidade gastrointestinal chamadas complexos mioelétricos interdigestivos, que percorrem o estômago e o intestino delgado a cada 90 minutos, durante períodos de jejum. A ingestão de alimentos inibe a secreção de motilina através de mecanismos ainda não bem conhecidos.
TIPOS FUNCIONAIS DE MOVIMENTOS NO TUBO DIGESTIVO
Movimentos propulsivos: peristaltismo
Um anel de contração é criado ao redor do intestino que se move para a frente, seguindo um mecanismo análogo ao momento em que os dedos são colocados ao redor de um tubo fino, os dedos se contraem e deslizam ao longo dele. Qualquer material na frente do disco de contração se moverá para frente.
O estímulo usual para o peristaltismo é o inchaço do trato digestivo. Assim, quando uma grande quantidade de alimento é concentrada em algum ponto do trato digestivo, a distensão das paredes nesse nível estimula o sistema nervoso entérico a contrair a parede gastrointestinal 2 ou 3 cm acima dessa área, causando formar um anel de contração que inicia o movimento peristáltico. Outro estímulo desencadeador do peristaltismo é a irritação química ou Física do revestimento epitelial do intestino. Da mesma forma, sinais nervosos parassimpáticos intensos que atingem o trato digestivo induzem um forte peristaltismo.
Movimentos de mescla
Os movimentos de mistura são muito diferentes nas diferentes regiões do trato digestivo. Em algumas áreas, as contrações peristálticas produzem a mistura de alimentos por si mesmas. Este é especialmente o caso quando o avanço do conteúdo intestinal é interrompido por um esfíncter, de modo que a onda peristáltica só pode amassar o conteúdo intestinal, em vez de deslocá-lo. Em outras áreas da parede intestinal, as contrações locais de constrição ocorrem a cada poucos centímetros. Essas constrições geralmente duram apenas 5 a 30 se são seguidas por novas constrições em outros segmentos do intestino, "cortando" e "destruindo" o conteúdo intestinal, primeiro aqui e depois ali, esses movimentos peristálticos e constritivos foram modificados em algumas áreas do trato gastrointestinal para uma mistura e propulsão mais eficientes.

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