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Faculdade FARMAT
Curso de pós Graduação em Orientação Profissional
Conclusão do ensino médio e escolha profissional: jovens vivenciando ansiedade
Gracione Alves da silva
Faculdade Farmat
Curso de pós Graduação em Orientação profissional- ead
Conclusão do ensino médio e escolha profissional: ansiedade vivenciada por jovens
Gracione Alves da Silva
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), apresentado ao Curso de Pós Graduação em Orientação Profissional, da faculdade Farmat – Itauna- Minas Gerais, para obter o título de Orientadora profissiona
São Gonçalo do Pará, 2020
Sumário
Resumo
Introdução
Conclusão do ensino médio e Orientação profissional 
Expectativas dos pais x ansiedade sobre a escolha profissional
Orientação e escolha profissional com auxílio de psicólogo
Considerações finais 
Referencias bibliográficas
 
Resumo
O presente trabalho se baseou em estudos teóricos e observações, voltado ao público adolescente em situação de conclusão do ensino médio que estão se preparando para escolher uma carreira profissional e a entrada no mercado de trabalho. O momento de escolher qual profissão seguir é um marco na vida do jovem, período muitas vezes vivenciado com angustias devido os aspectos envolvidos, como: cobrança e expectativas dos pais, o próprio desejo do jovem, relação social, incertezas em relação ao futuro, entre muitas outras questões. 
 Palavras chave: orientação profissional, psicologia, ansiedade
Introdução 
O presente trabalho tem por objetivo refletir sobre como os jovens vivenciam o momento de escolha da profissão, atentando-se aos diversos aspectos que envolvem essa tomada de decisão, como: a ansiedade de passar pelo processo de escolha, a influência do círculo social do qual faz parte, em especial os pais e amigos. O jovem vive um turbilhão de emoções, pois sabe que a escolha envolve optar por uma carreira entre um leque de alternativas que nem sempre vão ir de acordo com a realização pessoal.
O processo de escolher qual profissão irá seguir é marcado na vida do jovem com emoções fortes de medo, insegurança, ansiedade. Considerando a orientação profissional para jovens, esse momento de escolha acaba se tornando ainda mais crítico, já que a necessidade de optar aparece no momento em que o jovem está formando sua identidade, como afirma Lucchiari (1993, p.11). Com o objetivo de ajudar no direcionamento da carreira a orientação profissional e o acompanhamento e avaliação de um psicólogo se faz indispensável nesse período da vida do indivíduo. O psicólogo com formação em orientação profissional apresentará um auxilio diante das dificuldades vivenciadas por esse sujeito. O conhecimento de psicologia junto à orientação profissional permite a compreensão mais aprofundada sobre as motivações no ambiente de trabalho, quais as alternativas para adaptar-se a nova fase da vida com mais qualidade e foco no bem estar.
A Orientação Profissional ―oportuniza a reflexão, a discussão e o debate entre os próprios jovens para que eles possam se dar conta daquelas influências que lhe estão sendo prejudiciais, por não lhe permitirem escolher ou por levarem a um grau de angustia insuportável (SOARES, 1987, p.83).
Percebe-se que a psicologia se apresenta como uma condição fundamental no processo de escolha do jovem visto que neste contexto auxilia para que haja condições favoráveis ao jovem no que se refere a escolha mais satisfatória e que esteja de acordo com sua expectativa, valor pessoal, e aptidões. Auxiliar, como descreve Lucchiari (1993), implica facilitar o ato de escolher, através da compreensão desse jovem de sua vida específica, da influência de seus anseios pessoais, dos anseios de sua família e de seus grupos sociais, sobre as suas escolhas.
 Conclusão do ensino Médio e Orientação profissional 
A educação básica em seus currículos, principalmente na conclusão do ensino médio, não fornece, ou traz muito fragilmente, elementos do mundo do trabalho que oriente os estudantes a decidirem sobre o futuro, mostrando uma correlação com suas expectativas e a realidade política e econômica do país. As informações obtidas em outros meios, sobre o mundo do trabalho e as carreiras, muitas vezes são superficiais, mostrando uma visão de mão-de-obra que precisamos em nosso momento industrial ou comercial e de prestação de serviços, mas não fornece dados sobre as questões subjetivas que permeiam as escolhas e que se mostram emergentes em sala de aula, bem como da necessidade urgente de se decidir muitas vezes impostas pela sociedade que rodeiam esses atores. A tendência de jovens do ensino médio é fazer uma escolha profissional apoiada em elementos pouco consistentes: informações mínimas, geralmente distorcidas, idealizadas ou estereotipadas, além de serem desarticuladas do próprio perfil (LEVENFUS; NUNES, 2010)
A orientação profissional poderá trazer informações que facilitem a escolha e mostre a estes educandos a realidade que muitas vezes não é entendida de uma forma tão fácil. A educação básica, deveria fornecer uma base menos sutil do mundo do trabalho e direcionar os sujeitos para uma escolha que abarcasse as dimensões objetivas e subjetivas deste sujeito e que mostrasse opções de como subsidiar essa tarefa que não é tão simples neste estágio da vida. 
 É durante o período da educação básica, o ensino médio, onde o jovem enfrenta sua maior dificuldade, qual seja agregar o aprendizado adquirido na educação fundamental com vistas à preparação para ingresso no ensino superior aliado à necessidade de formação para o mundo do trabalho, visto que não é perceptível o elo entre ambos. O ensino médio carece de uma proposta pedagógica que seja satisfatória para atender as exigências como um todo, ou seja, aprofundar os conhecimentos obtidos no ensino fundamental, possibilitando ao indivíduo alcançar uma formação acadêmica, simultaneamente preparando-o para o mundo do trabalho e construindo uma consciência apta a uma cidadania plena e passando por uma construção autônoma intelectual e moral.
Há uma necessidade de se criar alternativas dentro da escola, seja na mudança do projeto pedagógico, seja em algumas ações realizadas pelos alunos, com o objetivo de ocupar as lacunas que surgem diante da dúvida com esta escolha. 
Moura e Silveira (2002) propõem que um programa de Orientação Profissional deva proporcionar ao indivíduo a percepção dos contextos em envolvem sua decisão (social, familiar, cultural e econômico), o conhecimento das profissões relacionado com suas habilidades e interesses e a escolha propriamente dita.
A ausência da orientação profissional nas escolas públicas faz com que os alunos não tenham esse subsídio para recorrer, no sentido de pensar e organizar as ideias sobre as suas escolhas. É necessário que este constructo teórico seja utilizado, pois a partir dele, o sujeito pode se envolver no processo decisório. As constantes transformações no mundo do trabalho, evidenciadas durante esta pesquisa faz com que o jovem se preocupe em como lhe dar com isso. A orientação profissional pode ajudar este sujeito no encontro com o mercado de trabalho e consequentemente com a sociedade. 
Expectativas dos pais x ansiedade sobre a escolha profissional
A participação da família no processo de escolhas do jovem é de suma importância. Porém, especificamente na escolha profissional, esta deve ter cuidado para que a busca pela realização de suas expectativas em detrimento de interesses pessoais não influencie na decisão e na fabricação dos diferentes papéis profissionais.
De acordo com Lucchiari (2002, p. 53):
A família é a célula social responsável pela transmissão da ideologia dominante, dos valores morais, dos pensamentos e da cultura, o elo intermediário entre o social e o indivíduo e, o jovem é o resultado dessa relação da família com a sociedade.
Escolher é processo angustiante que exige muito de qualquer um que se encontre nesta situação, especialmente um jovem que está em formação. E, para que ele tenha uma maior, segurança, tranquilidade neste momentoé necessário um apoio familiar, o que não garantirá o acerto na escolha mas amenizará a frustração caso não seja feita a correta.
Muitas famílias querem contribuir para o acerto na escolha profissional, porém, na ânsia de que o jovem acerte, não sofra, acaba por realizá-la, ou até mesmo determiná-la por ele, desconsiderando seu real interesse, o que por vezes acarreta em profissionais amargos, descompromissados. 
Almejando evitar tal situação é que a família, antes de emitir qualquer opinião referente à escolha profissional do jovem, precisa também se informar do como fazê-lo e saber aceitar e apoiar quando a decisão deste não condizer com o esperado, sonhado por todos. Os familiares precisam ter ciência de que são transmissores de valores, atitudes e informações profissionais e que exercem influência contínua durante a adolescência.
As representações sociais das profissões também refletem a identificação e os valores pregados no grupo família. Como apresenta Soares (2002), várias pesquisas retratam que o projeto profissional dos jovens contamina-se com as expectativas dos pais e dos próprios jovens em relação à sua vida futura.
 Entendemos que as profissões não se apresentam na vida das pessoas somente por um grupo de habilidades e competências, elas traduzem um estilo de vida, ou melhor, uma forma de ser e viver em um contexto específico. Quando falamos no contexto familiar, que geralmente é onde tudo se inicia, podemos verificar que o jovem frente a escolha da profissão vive momentos de ansiedade. Nesse sentido caracteriza-se a ansiedade como uma emoção que leva a um estado de apreensão, tensão ou desconforto derivado de antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho.
Como afirma Soares (2002), a escolha da profissão direciona o jovem para uma questão temporal: escolher significa projetar-se no futuro, considerando o que ele foi no passado e reconhecendo o que ele é no presente. A escolha da profissão assume um peso grande quando, no meio desses processos de desenvolvimento natural, ele tem de decidir o ser e fazer e, com isso, atrelar toda a possibilidade de felicidade futura nessa escolha.
Escolhas envolvem benefícios ao indivíduo, como a sensação de prazer por ter liberdade, mas também carregam sentimentos de angústia, ansiedade e apreensão. Será que estou no caminho certo? É isso que quero? Vou ter sucesso? Esses questionamentos carregam um peso das expectativas das famílias para o futuro de seus filhos. No próprio processo de socialização, a família incentiva e limita algumas atitudes e comportamentos, direciona indiretamente os hábitos, os interesses e o potencial a ser desenvolvido pelo indivíduo.
A qualidade do vínculo familiar construído com o jovem pode facilitar ou dificultar o processo de individualização que o adolescente terá de vivenciar para chegar à sua autonomia pessoal e profissional. No processo de escolha da profissão, o jovem considera não só as suas expectativas, mas também os valores e crenças pertencentes à família. Ele divide com seu meio as possibilidades futuras, como aponta Rogers (apud FADIMAN, 1979).
Considerar como esse jovem percebe a participação de sua família em suas escolhas é relevante no processo de orientação profissional, pois nosso projeto de vida se estabelece refletindo o papel que ele assume em sua família, e ter conhecimento desses papéis dará ao jovem a possibilidade de pensar sobre eles e escolher de maneira mais autônoma.
Portanto, o contexto familiar pode direcionar o jovem para escolhas que estão longe de suas habilidades e potencialidades. Isso justifica a orientação profissional envolver, nesse processo, o auxílio à escolha dos pais. É fundamental analisar os determinantes familiares na escolha profissional pois são reflexos de toda uma sociedade que organiza a vida dos seus indivíduos. Sendo a família a responsável pelo estabelecimento da ponte com a sociedade, não pode ser vista fora desta dimensão.
Orientação e escolha profissional com auxílio de psicólogo
O psicólogo com especialidade em orientação profissional pode ser uma condição fundamental no processo de escolha do jovem, visto que ter o conhecimento de si mesmo, sobre suas habilidades, dificuldades, medos, passam pelo processo de autoconhecimento, e o psicólogo tem a capacitação necessária para compreender e auxiliar o jovem nessa etapa. Pensar em si proporciona um autoconceito e assegura a ele reconhecer quanto dele há em suas escolhas profissionais. 
De acordo com Levenfus (2002): 
o autoconceito influi na escolha da profissão; sua formação se inicia com o desenvolvimento da identidade e coincide com o momento dessa escolha, vai evoluindo conforme o adolescente psicossocialmente explora, se identifica, sofre influências e desempenha papéis.
É necessário ao jovem ter muita clareza não só da escolha, mas o que o levou a escolher, afirma Soares (2002). Esse momento na vida dos jovens não se caracteriza só pela escolha profissional; outras escolhas estão acontecendo ao mesmo tempo à medida que está adquirindo maturidade e caminhando para vida adulta.
 O Conselho Federal de Psicologia (1992), define, que o psicólogo, "desenvolve programas de orientação profissional, visando um melhor aproveitamento e desenvolvimento do potencial humano, fundamentados no conhecimento psicológico e numa visão crítica do trabalho e das relações do mercado de trabalho". Dentro do programa desenvolvido como acontece o processo de orientação profissional pela psicologia na clínica? Geralmente é feita ao longo de diferentes sessões, que incluem uma entrevista, uma série de testes e, por fim, um delineamento do perfil dos pacientes, feito pelo (a) psicólogo (a).
A entrevista inicial permite traçar um diagnóstico inicial e o levantamento de um possível prognóstico, entendendo como o paciente está problematizando a escolha. É o momento também do enquadre, de estabelecer como se desenvolverá o trabalho conjunto. Os testes são vistos por Bohoslavsky (2007), assim como por autores da atualidade. Uma das ferramentas possíveis para o processo de orientação profissional. Os testes são uma das possibilidades de compreensão do outro e não a única possibilidade.
O relatório construído no fim do processo permitirá que o indivíduo não apenas conheça os cursos e profissões mais adequados para o seu perfil, mas também que se conheça melhor, tendo mais consciência dos seus interesses e aptidões. Ou seja, a orientação profissional contribui ainda para o autoconhecimento e pode favorecer o desenvolvimento pessoal.
Na perspectiva clínica, a orientação profissional está situada em um modelo de psicoterapia breve, desenvolvida por S. Ferenezi e O. Rank, em 1924, que consiste em uma intervenção com tempo e objetivos limitados. As estratégicas clínicas são configuradas para atender a um foco específico de conflito do cliente.
No processo clínico de orientação, defende-se a postura neutra do orientador, não conduzindo o atendimento, não sugerindo caminhos e muito menos apresentando juízo de valores sobre as possibilidades que o nosso orientando terá de projetar o seu futuro. O orientador deverá estar nessa caminhada de descobertas, junto com seu orientando, cabendo aqui uma compreensão empática explicitada por Carl R. Rogers com o outro; não será nunca uma condução direcionada para uma determinada escolha. Assim cabe ao psicólogo orientador profissional realizar uma escuta atenta a questões, afim de se compreender o contexto vivenciado pelo jovem e as implicações em suas escolhas. Na orientação profissional, a relação do psicólogo com o indivíduo o também é terapêutica e deve seguir os trâmites necessários para tal propósito. O processo de orientação deve se configurar em cada encontro, como um trabalho em uma perspectiva com objetivos definidos e com técnicas condizentes com esses objetivos levantados.
Considerações finais
Este trabalho, objetivou conhecer um pouco mais, acerca da realidade, das angústias e ansiedades vivenciadas pelo jovem que passa pelo processo de escolha da profissão a ser seguida. Observou-sea respeito das expectativas tanto dos familiares quanto da sociedade na qual esse jovem está inserido. Auxiliar o jovem e sua família a lidar com as incertezas e aflições desse processo é elucidar sempre que não existe só um caminho. Como afirma Soares (2002, p. 95): “O que vai existir sempre é uma escolha possível, dentro de determinadas possibilidades e contingências”.
Em vista das observações foi possível perceber que estes jovens não se sentem preparados para tais escolhas frente a tantas opções, e que sente-se ansiosos, angustiados ao se verem obrigados a responder a demanda dos familiares e da própria sociedade. Discutimos aqui também, que para além dessas demandas ainda existe a demanda do próprio jovem em relação a ele mesmo, uma vez que nesse mesmo período encontra-se na fase de transição de adolescente para adulto e, portanto, em processo de construção de sua própria identidade. A ansiedade do jovem na escolha da carreira profissional advém da complexidade que é relacionar todas essas facetas de sua identidade. Ele busca um auxílio para o conflito de integrar na sua opção profissional, sua vocação, seus desejos pessoais.
Na escolha profissional, ter a liberdade de escolha está em ter consciência do que nos está determinando uma profissão específica. Assim, entendemos que as profissões não se apresentam na vida das pessoas somente por um grupo de habilidades e competências, elas traduzem um estilo de vida, ou melhor, uma forma de ser e viver em um contexto específico.
Atualmente decidimos nossas escolhas profissionais considerando diversos aspectos como: a quantidade de carreiras profissionais ofertadas, o acesso às opções para as classes sociais, o cenário político econômico, as crenças e valores dos nossos grupos sociais (família e amigos), entre outros. Diante disso percebe-se a importância, cada vez mais evidente da realização de um trabalho de Orientação Profissional, viabilizado por um psicólogo profissional que implique em momentos de discussão, reflexão e elucidação das questões que tanto assolam os jovens.
Escolher para elaborar seu projeto profissional não é uma parte da vida das pessoas, mas é uma resultante de processos que foram nos acompanhando desde o nascimento. É um processo de crescimento e reflexão pessoal (SOARES, 2002).
Refletindo sobre todas as coisas citadas até este momento relacionado com a escolha profissional, não deixando de lado o valor ideológico, social e as condições materiais de realização da referida escolha da profissão, e pensando na história de vida dos indivíduos envolvidos é que optamos pela orientação profissional como uma alternativa para conduzir o adolescente no seu processo de escolha, fazendo que ele opte de uma forma crítica e consciente, se envolvendo na decisão de como será o seu futuro profissional.
O psicólogo atuando com a orientação profissional, tem o compromisso de incluir o sujeito, e fazer com que ele reflita sobre o mundo do trabalho no contexto da sua realidade. A psicologia, deve promover a saúde e desenvolver nos sujeitos uma postura ativa, frente às suas escolhas, ideais e objetivos. A prática da orientação profissional pode revolucionar os jovens e causar verdadeiras transformações sociais. 
Diante de todo estudo realizado para elaboração desse trabalho chegou-se a concluir então que, é fundamental que o jovem venha sendo preparado, no decorrer de sua vida acadêmica, para o momento de escolha, assim quando chegar a hora ele sentir-se-á com mais estrutura emocional para as conseqüências que derivarão desta escolha, prosseguindo ou retomando novos caminhos. Os pais e/ou responsáveis pelo jovem devem tomar muito cuidado ao expor suas experiências profissionais pois elas poderão fazer a diferença na escolha deste jovem, tanto para a realização quanto para a desilusão. A participação da família no processo de escolhas do jovem é de suma importância. Porém, especificamente na escolha profissional, esta deve ter cuidado para que a busca pela realização de suas expectativas em detrimento de interesses pessoais não influencie na decisão e na fabricação dos diferentes papéis profissionais
Almejando evitar tal situação é que a família, antes de emitir qualquer opinião referente à escolha profissional do jovem, precisa também se informar do como fazê-lo e saber aceitar e apoiar quando a decisão deste não condizer com o esperado, sonhado por todos. Os familiares precisam ter ciência de que são transmissores de valores, atitudes e informações profissionais e que exercem influência contínua durante a adolescência. É fundamental analisar os determinantes familiares na escolha profissional pois são reflexos de toda uma sociedade que organiza a vida dos seus indivíduos. Sendo a família a responsável pelo estabelecimento da ponte com a sociedade, não pode ser vista fora desta dimensão.
Para que o jovem realize sua escolha com tranqüilidade é necessário que esteja preparado psicologicamente e que os fatores externos (família, escola, sociedade) o auxiliem, oferecendo-lhe as condições de que precisa para este momento de expectativas e de tensão emocional. A escola propõe-se a oferecer conhecimentos técnicos e formação moral, mas, mesmo assim o jovem se sente só, sem rumo, frente ao desafio da escolha indelegável, do desafio à ação. A Orientação Profissional auxiliará no desenvolvimento de meios que busquem a clareza racional e o equilíbrio emocional, para que suas escolhas sejam compatíveis com a realidade, O profissional orientador muito importante nesta construção, pois ele vai problematizar as determinações que limitam o sujeito em sua escolha.
Por isso, um processo de Orientação Profissional que facilite uma escolha consciente e bem formulada consiste em um primeiro passo à realização profissional. É, portanto, um instrumento que atua no sentido de programação da saúde humana, agindo profilaticamente. Uma pessoa satisfeita com seu trabalho, em uma ocupação associada a sua personalidade e a seus anseios, é alguém que tende à realização e a uma capacidade produtiva maior.
Referencias 
CONCELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA (1992). Atribuições profissionais do psicólogo no Brasil.
http://www.pol.org.br/legislacao/pdf/atr_prof_psicologo.pdf
LEVENFUS, R. S. (org). Orientação vocacional ocupacional. São Paulo: Artemed, 2002.
LEVENFUS, R. S; NUNES, M. L. T. Principais temas abordados por jovens vestibulandos centrados na escolha profissional. In: LEVENFUS, R.S; SOARES, D. H. P. et al (Org). Orientação vocacional ocupacional. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
LUCCHIARI, D. H. P. S.; LISBOA, M. D.; FILHO, K. P. Pensando e vivendo a orientação profissional. São Paulo: Summus, 1993.
LUCCHIARI, D. H. P. S. A escolha profissional do jovem ao adulto. São Paulo: Summus Editorial, 2002.
MOURA, C. B. & Silveira, J. M. (2002). Orientação Profissional sob o Enfoque da Análise do Comportamento: Avaliação de uma Experiência. Estudos de Psicologia, 19(1), 5-14.
SILVA, A.L.P.; SOARES, D.H.P. A orientação profissional como rito preliminar de passagem: sua importância clinica. Psicologia em Estudo, Maringá, v.6,n.2, p. 115-121, jul./dez.2001. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/pe/v6n2/v6n2a16.pdf. Acesso em 14 jan. 2020.
 SOARES, L. J. G. Educação de jovens e adultos. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
 BOHOSLAVSKY, R. Orientação vocacional: a estratégia clínica. Tradução de J. Maria V. Bojart. 12ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
SOBRAL, Joana Mafalda; GONCALVES, Carlos Manuel; COIMBRA, Joaquim Luís. A influência da situação profissional parental no desenvolvimento vocacional dos adolescentes. Rev. bras. orientac. prof, São Paulo, v. 10, n. 1, jun. 2009 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S16793390200900rm=iso>

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