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CURSO PREPARATÓRIO EUGÊNESIS (MATERIAL DE BÍÖLOGIA COMPLETO)

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CURSO PREPARATÓRO EUGÊNESIS 
PREPARAÇÃO PARA A FACULDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
931653939 
Márius Bartolomeu 
 
 
Sumário 
UNIDADE I – BIOLOGIA GERAL ................................................................................................................................ 1 
A BIOLOGIA COMO CIÊNCIA ................................................................................................................................. 1 
ORIGEM DA VIDA NA TERRA ................................................................................................................................ 7 
EVOLUÇÃO .............................................................................................................................................................. 11 
TEORIAS DA EVOLUÇÃO ...................................................................................................................................... 13 
TAXONOMIA ............................................................................................................................................................ 14 
UNIDADE II– CITOLOGIA .......................................................................................................................................... 16 
TEORIA CELULAR .................................................................................................................................................. 18 
BIOQUÍMICA CELUAR ........................................................................................................................................... 20 
SUBSTÂNCIAS INORGÂNICAS ............................................................................................................................ 20 
SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS ................................................................................................................................. 23 
ESTUDO DA CÉLULA EUCARIOTA ..................................................................................................................... 34 
CITOGENÉTICA ....................................................................................................................................................... 42 
Ciclo celular ................................................................................................................................................................ 44 
CICLO CELULAR E A DIVISÃO CELULAR ......................................................................................................... 45 
UNIDADE III – BIOENERGETICA E METABOLISMO ............................................................................................ 52 
FOTOSSÍNTESE ........................................................................................................................................................ 52 
RESPIRAÇÃO CELULAR ........................................................................................................................................ 53 
Glicólise ...................................................................................................................................................................... 54 
Ciclo de krebs ............................................................................................................................................................. 54 
Cadeira respiratória ..................................................................................................................................................... 55 
Respiração celular anaeróbia ou fermentação ............................................................................................................ 55 
Fermentação lática ...................................................................................................................................................... 55 
Fermentação alcoólica ................................................................................................................................................ 56 
UNIDADE IV – HISTOLOGIA ANIMAL .................................................................................................................... 57 
TECIDO EPITELIAL ................................................................................................................................................. 57 
TECIDO CONJUNTIVO ........................................................................................................................................... 59 
TECIDO MUSCULAR .............................................................................................................................................. 61 
TECIDO NERVOSO .................................................................................................................................................. 62 
 
 
UNIDADE V – MICROBIOLOGIA .............................................................................................................................. 63 
VIROLOGIA .............................................................................................................................................................. 63 
BACTERIOLOGIA E PROTOZOLOGIA ................................................................................................................. 64 
ESTUDO DAS BACTÉRIAS .................................................................................................................................... 64 
ESTUDO DOS PROTOZOÁRIOS ............................................................................................................................ 66 
MICOLOGIA ............................................................................................................................................................. 67 
UNIDADE VI – GENÉTICA ......................................................................................................................................... 70 
Introdução ................................................................................................................................................................... 70 
GENÉTICA MOLECULAR ...................................................................................................................................... 70 
GENÉTICA MENDELIANA ..................................................................................................................................... 73 
Leis de Mendel ........................................................................................................................................................... 73 
MECANISMOS DE HERANÇA. APLICAÇÃO PRÁTICA DAS LEIS DE MENDEL .......................................... 74 
GENÉTICA NÃO MENDELIANA – EXCEPÇÕES ÀS LEIS DE MENDEL ......................................................... 74 
FACTOR Rh e incompatibilidade materna-fetal ........................................................................................................ 76 
UNIDADE VII – BOTÂNICA ....................................................................................................................................... 79 
HISTOLOGIA VEGETAL ......................................................................................................................................... 79 
TECIDOS MERISTEMÁTICOS ............................................................................................................................... 79 
 TECIDOS DEFINITIVOS......................................................................................................................................... 81 
ANATOMIA E FISIOLOGIA VEGETAL ................................................................................................................ 83 
FISIOLOGIA VEGETAL ..........................................................................................................................................85 
CLASSIFICAÇÃO DAS PLANTAS ......................................................................................................................... 87 
PLANTAS AVASCULARES – BRIÓFITAS ............................................................................................................ 87 
PLANTAS VASCULARES SEM SEMENTES – PTERIDÓFITAS ........................................................................ 88 
PLANTAS VASCULARES COM SEMENTES NUAS - GIMNOSPERMICAS ..................................................... 89 
PLANTAS VASCULARES COM SEMENTES PROTEGIDAS ANGIOSPERMICAS. ......................................... 89 
A Polinização .............................................................................................................................................................. 91 
UNIDADE VIII – ZOOLOGIA ...................................................................................................................................... 92 
Introdução ao Reino Animal ....................................................................................................................................... 92 
Critérios de classificação dos metazoários ................................................................................................................. 92 
FILO PORIFERA OU SPONGIARIA (Poríferos ou Espongiários) .......................................................................... 93 
 
 
FILO CELENTERATA OU CNIDARIA (Celenterados ou Cnidários)..................................................................... 95 
FILO PLATYHELMINTHES (Platelmintes) ............................................................................................................. 95 
FILO ASQUELMINTHES OU NEMATHELMINTHES ......................................................................................... 95 
FILO MOLLUSCA (Moluscos) ................................................................................................................................. 95 
FILO ANNELIDA (Anelídeos) .................................................................................................................................. 96 
FILO ARTHROPODA (Artrópodes) ......................................................................................................................... 96 
FILO ECHINODERMATA (Equinodermes) ............................................................................................................. 96 
FILO CHORDATA (Cordados) ................................................................................................................................. 96 
UNIDADE IX – ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA .......................................................................................... 98 
APARELHO LOCOMOTOR ..................................................................................................................................... 98 
ARTROLOGIA ........................................................................................................................................................ 100 
MIOLOGIA .............................................................................................................................................................. 100 
APARELHO DIGESTIVO ....................................................................................................................................... 101 
SISTEMA CARDIOVASCULAR ........................................................................................................................... 102 
SISTEMA RESPIRATÓRIO.................................................................................................................................... 103 
TRANSPORTE DE GASES..................................................................................................................................... 103 
SISTEMA URINÁRIO ............................................................................................................................................. 104 
APARELHO REPRODUTOR ................................................................................................................................. 106 
Aparelho Reprodutor Feminino ................................................................................................................................ 107 
Aparelho Reprodutor Masculino .............................................................................................................................. 107 
SISTEMA NERVOSO ............................................................................................................................................. 108 
SISTEMA ENDÓCRINO ......................................................................................................................................... 109 
UNIDADE X – ECOLOGIA ........................................................................................................................................ 114 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................ 114 
NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO EM ECOLOGIA .................................................................................................... 114 
CONCEITOS BÁSICOS EM ECOLOGIA .............................................................................................................. 114 
CADEIA ALIMENTAR ........................................................................................................................................... 115 
RELAÇÕES ECOLÓGICAS ................................................................................................................................... 116 
 
 
file:///C:/Users/BARTOLO/Documents/PROJECTO/CURSO%20PREPARATÓRO%20EUGÊNESIS.docx%23_Toc38382628
file:///C:/Users/BARTOLO/Documents/PROJECTO/CURSO%20PREPARATÓRO%20EUGÊNESIS.docx%23_Toc38382633
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO PREPARATÓRIO-EUGÊNESIS [DATA] 
 
 
 
POR. MÁRIO BARTOLOMEU 1 
 
UNIDADE I – BIOLOGIA GERAL 
A BIOLOGIA COMO CIÊNCIA 
A palavra biologia deriva do grego (bios = vida, e logos = tratado). Foi introduzido pela primeira vez na 
Alemanha em 1800 e popularizado no mundo da ciência pelo naturalista francês Jean Baptiste Lamarck. 
Como ciência, estuda os seres vivos, sua relação com o meio e os princípios que regem seu desenvolvimento. 
Os ramos da Biologia 
Para cumprir com seus objetivos a biologia é dividida nos seguintes ramos: Citologia, histologia, anatomia, 
fisiologia, embriologia, genética, evolução, sistemática, botânica, zoologia, ecologia e outras. 
A vida é estudada à escala atómica e molecular pela biologia molecular, pela bioquímica e pela genética 
molecular, no que se refere à célula pela biologia celular e à escala multicelular pela fisiologia, pela 
anatomia e pela histologia. 
 
OS SERES VIVOS E SUAS CARACTERÍSTICAS 
Ciência Estuda o/a (os/as) 
Citologia 
Histologia 
Anatomia 
Fisiologia 
Embriologia 
Genética 
Evolução 
Sistemática 
Botânica 
Zoologia 
Células 
Tecidos 
Morfologia dos seres vivos 
Funcionamento dos seres vivos 
Desenvolvimento desde a fecundação até ao nascimento 
Transmissão das características hereditárias 
Alterações nas características dos seres vivos ao longo do 
tempo bem como o surgimento de novas espécies. 
Classifica, nomeia e agrupa os seres vivos de acordo as 
suas relações filogenéticas. 
Plantas 
Animais 
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81tomo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Molecula
http://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia_molecular
http://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia_molecular
http://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia_molecular
http://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia_molecular
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bioqu%C3%ADmica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bioqu%C3%ADmica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bioqu%C3%ADmica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gen%C3%A9tica_molecularhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Gen%C3%A9tica_molecular
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula
http://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia_celular
http://pt.wikipedia.org/wiki/Multicelular
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fisiologia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anatomia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anatomia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Histologia
CURSO PREPARATÓRIO-EUGÊNESIS [DATA] 
 
 
 
POR. MÁRIO BARTOLOMEU 2 
 
No passado os seres vivos eram definidos como aqueles constituídos por células, nascem, movimentam-se, 
têm reações aos estímulos físicos e químicos, crescem, desenvolvem-se, reproduzem-se e morrem. Mais tarde 
viu-se que tais características não eram aplicáveis a todos os seres vivos e que despertavam grandes debates 
linguísticos e filosóficos. 
Atualmente o conceito mais abrangente é o que diz que: 
“Ser vivo é tudo que apresenta material genético, que seja capaz de 
reproduzir-se por algum mecanismo e que responde a pressão 
evolutiva”. 
Os seres vivos possuem características peculiares que não são 
encontradas na matéria bruta ou inanimada, tais como: composição 
química complexa, organização celular, metabolismo, reprodução, 
crescimento, homeostase, material genético, mutação e evolução e 
adaptação. 
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA MATÉRIA VIVA. 
Os seres vivos são formados principalmente por átomos de Carbono, 
Hidrogénio, Oxigénio e Nitrogénio (CHON), agrupados em 
compostos inorgânicos (água e sais minerais) e orgânicos (aminoácidos e proteínas, nucleotídeos e ácidos 
nucleicos, glícidos, lípidos e vitaminas). 
A composição química aproximada da matéria viva é de 75 a 85% de água; 1% de sais minerais; 1% de 
carboidratos; 2 a 3% de lípidos; 10 a 15% de proteínas e 1% de ácidos nucléicos. [Leia Bioquímica celular] 
Organização estrutural 
Com excepção dos vírus, todos os seres vivos são formados por células. Célula é a menor parte com forma 
definida que constitui um ser vivo. As células são as unidades estruturais e funcionais dos organismos vivos. 
As células, em geral, possuem tamanho tão pequeno que só podem ser vistas por meio de microscópio. Dentro 
delas ocorrem inúmeros processo que são fundamentais na manutenção da vida. [Leia Citologia]. 
Segundo o padrão evolutivo, existem dois tipos de células: procariota e eucariota. Célula procariota. É 
o tipo mais simples quanto à organização. O que caracteriza uma célula procariota é a ausência de um núcleo 
verdadeiro. Essas células possuem uma estrutura dispersa no citoplasma denominada nucleóide, que não é 
envolvido por uma membrana e constituído por único filamento da ADN. As únicas organelas presentes no 
citoplasma desse tipo celular são os ribossomos, responsáveis pela síntese proteica. O citoplasma das células 
procariotas não apresenta organelas delimitadas por membrana. Em algumas células procariotas, a membrana 
Ribossomos 
Núcleo Difuso 
( Nucleóide ) 
Parede Celular 
Mesossomo 
Membrana 
Citoplasmática 
Citoplasma 
Célula Procariota Procariota 
CURSO PREPARATÓRIO-EUGÊNESIS [DATA] 
 
 
 
POR. MÁRIO BARTOLOMEU 3 
 
citoplasmática sofre uma invaginação que penetra no citoplasma, formando o mesossoma. Acredita-se que o 
mesossoma seja a estrutura responsável pela respiração da célula procariota. 
A forma das células procariotas é mantida pela presença de uma parede externa em relação à membrana 
citoplasmática, denominada parede celular. As células procariotas caracterizam os representantes do Reino 
Monera. 
Célula eucariota: Apresenta um padrão de organização mais complexo em relação à célula procariota. O que 
caracteriza uma célula eucariota é a presença de um núcleo verdadeiro, isto é, o material genético é 
delimitado por uma membrana denominada membrana ou envoltório nuclear. Esse tipo celular apresenta 
grande quantidade de organelas delimitadas por membrana (organelas membranosas) e podem ser animal ou 
vegetal. 
As células eucariotas animais caracterizam todo o Reino Metazoa e alguns representantes do Reino Protista, 
enquanto as células eucariotas vegetais caracterizam todo o Reino Metaphyta e alguns representantes do 
Reino Protista. Organismos que apresentam células eucariotas são caracterizados como eucariontes. 
Diferença entre célula procariota e célula eucariota 
Alguns seres são formados por uma única célula, são os do reino Monera (bactérias e cianobactérias), 
Protista (protozoários e algas) e alguns fungos; conhecidos como unicelulares. Os animais, as plantas e os 
fungos em geral são formados por muitas células, sendo chamados de pluricelulares. 
 
Reprodução. 
COMPONENTES FUNÇÃO 
Parede celular 
Flagelos 
Membrana Celular 
Citoplasma 
Ribossomas 
Nucleóide 
Protege a bactéria contra danos mecânicos. 
Filamentos móveis que permitem a sua mobilidade 
Controla a entrada e saída de substâncias da célula 
Contem enzimas para a sua respiração (aeróbia e 
anaeróbia). 
Sintetizam proteínas 
Região onde se localiza o cromossoma bacteriano 
CURSO PREPARATÓRIO-EUGÊNESIS [DATA] 
 
 
 
POR. MÁRIO BARTOLOMEU 4 
 
É a capacidade de gerar novos indivíduos da mesma espécie perpetuando a mesma. Há dois tipos fundamentais 
de reprodução: assexuada e sexuada. 
A reprodução assexuada ou agâmica, permite a formação de novos indivíduos a partir de um só progenitor, 
sem que haja a intervenção de células sexuais — os gâmetas. Deste modo, não há fecundação e, 
 consequentemente, não ocorre formação do zigoto. Assim, a partir de um só indivíduo podem formar-se 
numerosos indivíduos geneticamente idênticos, designando-se este agregado por clone. 
Na reprodução sexuada ou gâmica acontece a formação de células especiais denominadas gâmetas. É 
necessário que o gâmeta masculino se una ao gâmeta feminino para acontecer a formação de um novo 
organismo. É comum nos seres pluricelulares. 
Metabolismo 
É o conjunto de reações químicas que ocorrem no interior dos seres vivos permitindo a transformação, 
utilização e troca de matéria e energia entre os seres vivos e o meio ambiente. Os seres vivos estão em 
 Estruturas Procariotas Eucariotas 
Envoltório nuclear Ausente Presente 
DNA Sem combinação proteica Combinado com proteínas 
Cromossomas Únicos Múltiplos 
Nucléolos Ausentes Presentes 
Divisão Fissão binária Mitose ou meiose 
Endomembranas Ausentes Presentes 
Mitocôndrias Ausentes Presentes 
Cloroplastos Ausentes Presentes nas células vegetais 
Parede celular Não celulósica Celulósica nas células 
vegetais 
Exocitose e endocitose Ausente Presente 
Citoesqueleto Ausente Presente 
CURSO PREPARATÓRIO-EUGÊNESIS [DATA] 
 
 
 
POR. MÁRIO BARTOLOMEU 5 
 
constante atividade e isso os obriga a um consumo permanente de energia. Para que isso aconteça, os seres 
vivos realizam a nutrição e a respiração. 
Quanto à forma de nutrição os organismos podem ser autotróficos ou heterotróficos. Os autotróficos utilizam 
a matéria inorgânica para sintetizar matéria orgânica, como os vegetais. Os heterotróficos capturam a matéria 
orgânica existente no ambiente, como os animais. Quanto à forma de respiração podem ser anaeróbios ou 
aeróbios. Os anaeróbios produzem energia na ausência de oxigénio molecular (O2) e os aeróbios utilizam o 
oxigénio molecular para obter energia. 
Homeostase 
Do grego "permanecer sem alteração", entende-se como o conjunto de mecanismos que permitem a 
constância do meio interno. Entre as condições que devem ser reguladas compreendem as seguintes: a 
temperatura corporal, o pH, o volume de água, a concentração de sais, etc. Grande parte da energia de um ser 
vivo se destina a manter o meio interno dentro de limites homeostáticos. 
Material Genético e Hereditariedade 
Podemos dizer que ser vivo é aquele que possui ácido nucléico (ADN ou ARN), de facto essa é a única 
característica encontrada em todos os seres vivos e exclusivamente neles. 
Mutação é uma alteração permanente naestrutura do ADN. Se essa alteração ocorrer nas células que vão 
formar os gâmetas, ela será transmitida aos descendentes. As mutações explicam, em parte, o aparecimento, 
ao longo do tempo, de muitas espécies novas a partir de outras já existentes, no processo conhecido como 
evolução das espécies. [Leia Origem das espécies] 
Adaptação 
É a capacidade que possuem os organismos vivos de se mostrarem sensíveis a variações ambientais e de se 
ajustarem às novas condições com vantagens para a sobrevivência e êxito reprodutivo. 
Crescimento 
É a capacidade de aumentar de tamanho físico quer seja por aumento do volume celular – nos unicelulares – 
ou por aumento do volume celular e do número de células – nos pluricelulares. Nos seres vivos ocorre devido 
à incorporação e transformação dos alimentos, como consequência da nutrição, do metabolismo e da 
multiplicação celular 
Movimento 
Os seres vivos são capazes de se movimentar. De forma geral, os animais possuem movimentos rápidos e 
ativos. Nos vegetais, os movimentos são mais lentos, podem ser observados quando giramos um vaso de flor 
que fica próximo à janela. As folhas se movem lentamente em direção a luz. 
CURSO PREPARATÓRIO-EUGÊNESIS [DATA] 
 
 
 
POR. MÁRIO BARTOLOMEU 6 
 
Irritabilidade 
É capacidade que os organismos têm de responderem aos estímulos (tanto internos como externos). Entre os 
estímulos geralmente se contam: luz, pressão, temperatura, composição química do solo ou do ar circundante, 
etc. 
Os níveis de organização da matéria viva 
Existem sete níveis de complexidade na organização da matéria viva, nomeadamente: atómico, molecular, 
celular, tecido, órgão, aparelhos/sistemas e por último o organismo. 
O primeiro nível na organização da matéria é constituído por átomos que compõem os diferentes elementos 
químicos. Os átomos combinam-se para formar moléculas (dois ou mais átomos unidos) que correspondem 
ao segundo nível na organização da matéria. As moléculas encontradas na matéria viva são classificadas em 
orgânicas e inorgânicas que serão estudadas em bioquímica celular. 
As moléculas, por sua vez, combinam-se para formar o próximo nível de organização, o nível celular, as 
células são as unidades estruturais e funcionais básicas de um organismo. 
O quarto nível de organização é o nível tecidual, os tecidos são grupos de células semelhantes que, juntas, 
realizam uma função particular (comum). Os quatro tipos básicos de tecido são os seguintes: o epitelial, o 
conjuntivo, o muscular e o nervoso. 
Quando diferentes tipos de tecidos estão unidos, eles formam o próximo nível de organização: o nível 
orgânico (órgãos), Os Órgãos são compostos de dois ou mais tecidos diferentes, têm funções específicas e 
geralmente apresentam uma forma reconhecível. Como exemplos de órgãos temos os seguintes: o coração, o 
fígado, os pulmões, o cérebro e o estômago. 
O sexto nível de organização é o nível sistémico (aparelho ou sistemas). Um sistema representa um conjunto 
de órgãos inter-relacionados, que desempenham uma função comum. Temos exemplo, o sistema digestivo, 
que tem a função de digerir e absorver os alimentos, este referido sistema é composto pelos seguintes órgãos: 
boca, glândulas salivares, faringe, esófago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, fígado, vesícula 
biliar e pâncreas. 
CURSO PREPARATÓRIO-EUGÊNESIS [DATA] 
 
 
 
POR. MÁRIO BARTOLOMEU 7 
 
O mais alto nível de organização é o nível de organismo. Todos os sistemas do corpo funcionando como um 
todo, formando consequentemente o organismo – um indivíduo. Se relacionarmos os seres vivos entre si e 
estes com o meio ambiente surgem mais quatro níveis nomeadamente: população, comunidade, ecossistemas 
e biosfera. Os 4 últimos níveis são estudados em Ecologia, mais adiante. 
Figura: Níveis de organização dos seres vivos 
ORIGEM DA VIDA NA TERRA 
Há evidencias cientificas que a terra surgiu a aproximadamente 4,5 bilhões de anos, sabemos também, que 
nos primórdios da existência, a terra era um ambiente inóspito, sem a mínima condição para a existência de 
seres vivos. 
Os primeiros indícios da existência de seres vivos em eras geológicas passadas datam de 3,5 bilhões de anos. 
Um bilhão teriam se passado desde a origem de nosso planeta. Durante esse período, modificações importantes 
teriam surgido nas condições ambientas, possibilitando o aparecimento de vida. 
TEORIAS SOBRE A ORIGEM DA VIDA 
Criacionismo 
Essa é a mais antiga de todas as ideias sobre a origem da vida. Segundo esta hipótese, a vida surgiu na terra 
por acto divino. Essa corrente afirma que os seres vivos foram criados individualmente por uma divindade e 
que desde então permanecem com a mesma forma com que foram criados (imutabilidade das espécies). Elas 
não mudam ao longo do tempo, é o que se chama imutabilidade da espécie. 
Abiogênese 
O grande divulgador da abiogênese ou geração espontânea foi Aristóteles sábio e filósofo grego, há mais de 
2.000 anos. Ela defendia que os seres vivos se formaram a partir de material orgânico em decomposição. 
Era como se a vida brotasse de materiais não vivos, daí o nome. Segundo essa teoria, “existiriam dois 
 
CURSO PREPARATÓRIO-EUGÊNESIS [DATA] 
 
 
 
POR. MÁRIO BARTOLOMEU 8 
 
princípios, um passivo, que é a matéria, e outro ativo, que é a forma. No momento em que as condições fossem 
favoráveis, esses princípios se conjugariam, originando vida”. 
Essa teoria teve como base as observações feitas por cientistas da época que acreditavam ser essa a única 
explicação para o aparecimento de bichos dentro de frutas, por exemplo. Outro fato bastante citado é o do 
aparecimento de moscas num pedaço de carne exposto ao ar livre. Esta teoria perdurou até o século XIX. 
Biogênese 
Esta teoria diz que os seres vivos originam-se apenas de outro pré-existentes. Foram muitos os cientistas que 
apoiaram esta teoria com o intuito de derrubar a abiogénese; dentre os quais, citemos os seguintes: 
Experiências de Redi 
Durante muitos anos, vários experimentos foram feitos para tentar derrubar a ideia da geração espontânea. Em 
meados do século XVII, o biólogo e médico italiano Francesco Redi colocou pedaços de carne no interior de 
alguns frascos, deixando determinados frascos abertos e fechando outros com uma gaze. Nos frascos abertos, 
apareciam larvas de moscas, o que não acontecia nos frascos cobertos pela gaze. 
Redi afirmava, a partir do seu experimento, que as moscas não são geradas espontaneamente pela carne e sim 
por ovos depositados por outras moscas que só penetravam nos frascos abertos. Os resultados dos 
experimentos de Redi fortaleceram a biogênese, isto é, a teoria que admite a origem de um ser vivo somente 
a partir de outro ser vivo pré existente. 
 
Figura 14: Francesco Redi e modelo de seu experimento 
Experiências de Jonh Needham e Lázzaro Spallanzani 
No século XVIII, o biólogo inglês John Needham colocou sucos nutritivos, como caldo de galinha e sucos 
vegetais, em tubos de ensaio que foram aquecidos e, a seguir, fechados para impedir a entrada do ar. Alguns 
dias depois, Needham constatou que os sucos nutritivos continham microrganismos, fazendo vir novamente à 
tona a ideia da abiogênese. 
Alguns anos mais tarde, o padre italiano Lázzaro Spallanzani refez as experiências de Needham. No entanto, 
Spallanzani ferveu os sucos nutritivos contidos em tubos de ensaio, que foram posteriormente fechados. 
Analisando o conteúdo dos tubos, Spallanzani constatou, mesmo depois de vários dias, que os sucos nutritivos 
CURSO PREPARATÓRIO-EUGÊNESIS [DATA] 
 
 
 
POR. MÁRIO BARTOLOMEU 9 
 
não apresentavam nenhuma forma de vida, descartando, assim, a ideia da abiogênese. Segundo Spallanzani, 
Needham não aqueceu suficientemente os tubos, permitindo a sobrevivência de alguns microrganismos que 
se reproduziram assim que os sucos nutritivos esfriaram. 
No entanto, Needham criticou Spallanzani afirmando que a fervurateria destruído o princípio ativo, isto é, a 
força capaz de gerar vida. A teoria da abiogênese ainda não havia sido derrubada. 
 
 
Figura: Lázzaro Spallanzani e o modelo de sua experiência 
Experiências de Pasteur 
Somente em meados do século XIX, o cientista francês Louis Pasteur elaborou de forma conclusiva 
experiências que inviabilizaram a geração espontânea. Pasteur realizou uma série de experimentos, entre os 
quais o experimento do frasco com “pescoço de cisne”. Através do trabalho, foi demonstrado que uma 
solução nutritiva, previamente esterilizada, mantém-se estéril indefinidamente mesmo na presença de ar, 
desde que a entrada de germes seja impedida. 
Com esta experiência Pasteur deixou por terra a teoria da geração espontânea segundo a qual os seres vivos 
originavam-se a partir de matéria bruta e prevaleceu a ideia da biogênese, segundo a qual os seres vivos 
provem de outro pré-existente. 
 
 Figura: Loius Pasteur e modelo de sua experiência 
Panspermia cósmica 
 
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Svante Arrhenius químico sueco em 1908 propôs que os primeiros seres vivos 
chegaram a Terra, provenientes de outros planetas, em fragmentos de meteoritos. 
Esta hipótese teve sérias rejeições devido às seguintes indagações: 
 Nenhum esporo conhecido resiste às radiações cósmicas; no 
espaço não existe atmosfera; as temperaturas que se produzem 
ao entrar na atmosfera terrestre são tão elevadas que impossível 
que qualquer forma de vida conhecida a resista. 
Teoria quimio-sintética, evolução química ou síntese abiótica 
Esta teoria é conhecida como de Oparin-Haldane, porque foi publicada em 1924, por um investigador russo 
Alexander I. Oparin, cujos resultados coincidiram com os do biólogo inglês John D. S. Haldane, que publicou 
suas experiências quatro anos depois (1928). Esta teoria foi e tem sido amplamente aceite pelos cientistas 
modernos não só de área biológica, sino também por químicos, astrônomos, geólogos, etc. Oparin propôs que a 
vida na terra teria surgido de forma lenta e ocasional nos oceanos primitivos através dos seguintes mecanismos: 
Altas temperaturas, descargas elétricas constantes e radiação ultravioleta teriam agido sobre as substâncias 
existentes na atmosfera primitiva (CH4, NH3, H2O e H2), quebrando algumas ligações químicas e permitindo 
novas combinações atômicas... 
Dessa forma, substâncias orgânicas, como aminoácidos, foram formadas na atmosfera primitiva. 
Esses aminoácidos foram arrastados pelas chuvas para a crosta terrestre, formando proteínas que foram 
levadas para os oceanos primitivos. 
Na água, ocorreu a formação de COACERVADOS, isto é, aglomerados de proteínas envolvidos por uma 
película limitante. 
Nos oceanos primitivos, os coacervados reagiam com outras substâncias, formando substâncias ainda mais 
complexas. 
Experiências de Miller 
Em 1954, o cientista norte-americano Stanley Miller testou em laboratório a viabilidade da hipótese de Oparin. 
Miller construiu um aparelho onde reuniu metano, amônia, vapor de água e hidrogênio, fazendo circular 
tais substâncias. A mistura foi aquecida e submetida a descargas elétricas simulando as condições presentes 
na atmosfera primitiva. Ao final do experimento, a água analisada continha alguns aminoácidos e outras 
substâncias orgânicas. Assim, percebemos que o experimento de Miller reforçou as idéias de Oparin. 
Hipótese heterotrófica 
Segundo esta teoria, os primeiros organismos eram estruturalmente simples, sendo de supor que as reações 
químicas em suas células também eram simples. Eles viviam em ambientes rico em substâncias nutritivas, 
mas a atmosfera da terra era extremamente redutora (não havia oxigênio), nem dissolvido nas águas do mar. 
 
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POR. MÁRIO BARTOLOMEU 11 
 
Nestas condições é possível supor que, tendo alimento abundante ao seu redor, estes primeiros seres vivos 
teriam utilizado esses alimentos como fonte de energia num processo denominado fermentação, já que não 
havia presença de oxigênio e liberavam o dióxido de carbono. Eles seriam portanto heterotróficos. 
Com o passar do tempo esses reproduziram-se e passaram a consumir maior parte destes nutriente, a escassez 
de alimento fez com que aparecesse seres que utilizavam o dióxido de carbono liberado e transformavam em 
substâncias orgânicas (fotossíntese), estes por sua vez liberavam o oxigênio na atmosfera transformando ela 
em oxidante. Com o passar do tempo apareceram os seres que usavam o oxigênio liberado para oxidação de 
matéria orgânica (respiração celular). 
FERMENTAÇÃO→FOTOSSINTESE→RESPIRAÇÃO 
Experiências de Fox 
Em 1957, o cientista norte-americano Sidney Fox aqueceu uma mistura de aminoácidos e observou a formação 
de moléculas muito semelhantes a proteínas, reforçando as ideias propostas por Oparin. Os aminoácidos 
trazidos pelas chuvas ao entrarem em contacto com as rochas ainda quentes da superfície terrestre teriam 
formado moléculas de proteínas que foram arrastadas aos oceanos primitivos pelas chuvas. 
EVOLUÇÃO 
Evolução é o processo através do qual ocorrem mudanças ou transformações nos seres vivos ao longo do 
tempo, dando origem a novas espécies. 
Origem das espécies e causa da diversidade das espécies 
Até o século XVIII, havia a consolidação da ideia que todos os seres vivos presentes no planeta Terra foram 
produto de criação divina e que as espécies não passavam por nenhum processo de transformação. Essa teoria 
que afirma que as espécies são fixas e imutáveis recebe o nome de Fixismo. 
A partir do século XVIII, uma nova ideia foi lançada, afirmando que as espécies se transformavam 
gradualmente ao longo do tempo e originavam novas espécies. Essa teoria que afirma que as espécies são 
mutáveis recebe o nome de transformismo e é a base da evolução. A teoria da evolução afirma que a linha 
evolutiva se desenvolve no sentido de tornar as espécies cada vez mais adaptadas ao ambiente em que vivem. 
As teorias evolutivas procuram explicar os mecanismos que determinam a grande variedade de seres vivos. 
Propõem também que os seres vivos são passíveis de modificações e que provavelmente sofrem alterações 
morfológicas e fisiológicas ao longo dos tempos. Propõem ainda que as espécies atuais tiveram origem em 
outras pré-existentes que sofreram modificações com a finalidade de se adaptar às constantes modificações 
ambientais ocorridas em nosso planeta. 
Provas ou evidências do processo evolutivo 
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POR. MÁRIO BARTOLOMEU 12 
 
A evolução encontra argumentos muito fortes a seu favor no estudo comparativo dos organismos como a 
homologia e a analogia de certos órgãos, nos órgãos vestigiais, na embriologia e no estudo dos fósseis. 
Embriologia comparada: estudo da embriologia mostra a grande semelhança existente nos embriões de 
animais de classes diferentes quando nas etapas iniciais do seu desenvolvimento. Á medida que o embrião se 
desenvolve, surgem características individualizadas e as semelhanças diminuem. 
 
Figura: Embriões de vertebrados diversos. Note a grande semelhança nos primeiros 
estágios do desenvolvimento. 
Órgãos vestigiais: São estruturas pouco desenvolvidas em alguns 
grupos, geralmente sem função, mas em outros aparecem 
desenvolvidas e funcionais, revelando a existência de um 
parentesco evolutivo entre eles. Exemplos na espécie humana: O 
cóccix que é um vestígio da cauda observada em outros animais 
como o macaco. O apêndice vermiforme que é bem desenvolvido 
em alguns animais (coelho) e atrofiado no homem. 
Fosseis: Os fósseis são restos de seres vivos de épocas passadas ou 
qualquer vestígio deixado por eles. Os fósseis permitem que sejam feitas comparações entre seres que existiram 
há milhares de anos atrás e os seres vivos, actuais. 
Anatomia comparada: existem estruturas denominadas homólogas que apresentam amesma origem 
embriológica podendo ter ou não a mesma função, demonstrando parentesco entre algumas espécies (Figura 19). 
Porém, existem as estruturas denominadas análogas que apresentam a mesma função, mas têm origem embrilógica 
diferente, demonstrando espécies que resolveram de forma semelhante os problemas de adaptação ao mesmo tipo 
de ambiente (evolução convergente); por exemplo, as asas dos insectos e as das aves, o formato do corpo e outras 
adaptações à vida aquática de animais tão diversos como o golfinho, ictiossauro (réptil fóssil) e o tubarão. 
Figura . Estruturas homólogas em alguns animais 
 
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TEORIAS DA EVOLUÇÃO 
Lamarckismo 
Segundo Jean Baptiste Lamarck, as modificações ambientais desencadeariam em uma espécie a necessidade 
de se modificar de modo a promover a sua adaptação às novas condições ambientais. Para Lamarck, a evolução 
estaria baseada em duas leis fundamentais: lei do uso e desuso e a lei da transmissão das características 
adquiridas. 
 Lei do uso e desuso: órgãos muito usados iriam hipertrofiar, enquanto órgãos pouco usados iriam 
atrofiar 
 Lei da transmissão dos caracteres adquiridos: as características adquiridas pelo uso ou perdidas 
pelo desuso seriam transmitidas aos descendentes. 
A teoria de Lamarck não é mais aceita atualmente por dois motivos: somente os órgãos de natureza muscular 
podem sofrer hipertrofia ou atrofia como resposta ao uso e desuso frequentes e as características adquiridas 
pelo uso ou perdidas pelo desuso não podem ser transmitidas aos descendentes. Somente uma modificação 
nos genes presentes nos gâmetas poderá ser transmitida às gerações seguintes. 
Darwinismo 
A teoria de Charles Darwin foi baseada na selecção natural. De acordo com essa teoria o ambiente seleciona 
os indivíduos portadores de característica "favoráveis". Esses tem chances de sobreviver e deixar descendentes 
férteis enquanto os portadores de características "desfavoráveis" tendem a ser eliminados, pois terão menos 
chances. 
Fica fácil perceber que a ação do meio ambiente é diferente para Lamarck e Darwin. Segundo Lamarck, o 
meio é o causador das variações, já que características novas são adquiridas por imposição do meio. Segundo 
Darwin, o meio apenas seleciona as características adaptativas mais importantes. 
Darwin não conseguiu explicar a origem das variações, já que somente a genética, surgida no século XX, 
contém subsídios para esclarecer as causas da variabilidade. 
Neodarwinismo 
Também denominado Teoria sintética da evolução, foi proposto no século XX por vários pesquisadores 
utilizando como base o Darwinismo, que foi acrescido dos conceitos modernos sobre variabilidade (mutação 
e recombinação génica) e genética de populações. 
O Neodarwinismo não corrige o Darwinismo e sim amplia suas ideias à medida que explica as causas das 
variações nos seres vivos que não foram explicadas por Darwin. As mutações e a recombinação génica são 
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as principais causas da variabilidade genética presente nos seres vivos. A seleção natural apenas direciona o 
processo evolutivo, mantendo as variações favoráveis ou adaptativas a determinado meio. 
Enquanto as mutações e a recombinação génica aumentam a variabilidade genética, a seleção natural diminui, 
já que os indivíduos menos adaptados tendem a morrer e, com o tempo, permitir a extinção da espécie. 
TAXONOMIA 
A sistemática ou taxonomia é o ramo das ciências naturais que nomeia, classifica e agrupa os seres vivos de 
acordo suas relações filogenéticas. O sistema natural de classificação respeita um padrão hierárquico de 
organização, as categorias taxonómicas ou táxons que obedecem à seguinte sequência: Reino ― Filo ― 
Classe ― Ordem ― Família ― Género ― Espécie 
Os seres vivos são agrupados em 2 grandes domínios: Eukarya e Procarya 
NOÇÃO DE CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURA 
Classificação, em biologia, corresponde à identificação, denominação e agrupamento de organismos com base 
sua relação filogenética. Carlos Lineu, naturalista sueco, desenvolveu a nomenclatura binominal para 
classificar os animais e plantas, razão pela qual é considerado o Pai da Sistemática. 
Uma qualidade da Taxonomia de Lineu é que ela pode ser usada para desenvolver um sistema simples e prático 
para organizar dos diferentes tipos de organismos vivos. O aspecto mais importante é o uso geral da 
nomenclatura binominal, a combinação de um nome genérico e de um nome específico (Homo sapiens, por 
exemplo). Nenhuma outra espécie de planta pode ter este binome. Deste modo, a todas as espécies pode se 
dar um único e estável nome. 
Em função do grande número de espécies existentes na Biosfera, foi necessário agrupar os seres vivos de 
acordo com suas semelhanças e diferença. 
UM POUCO DE HISTÓRIA SOBRE A CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS EM REINOS 
No século IV a.C. Aristóteles e Teofrasto, seu discípulo, agruparam os seres vivos em dois grandes grupos: 
Animalia e Plantae. Esta classificação tinha por base a mobilidade e o tipo de nutrição: as plantas são imóveis 
e produzem o seu próprio alimento (autotrofia) e os animais apresentam capacidade de locomoção e capturam 
as suas presas dependendo por isso da matéria orgânica produzida por outros organismos (heterotrofia). Esta 
ideia é reforçada pela classificação de Carl Lineu no século XVIII. 
Os avanços tecnológicos, nomeadamente ao nível dos microscópios, permitiram observar organismos até 
então desconhecidos e excluídos dos sistemas de classificação. Organismos como as algas, fungos e as 
bactérias foram inicialmente incluídos no reino Plantae por apresentarem parede celular e organismos, como 
os protozoários, que eram móveis e ingeriam os alimentos foram colocados no reino Animalia. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Organismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Taxonomia_de_Lineu
CURSO PREPARATÓRIO-EUGÊNESIS [DATA] 
 
 
 
POR. MÁRIO BARTOLOMEU 15 
 
O surgimento e aceitação no século XIX das emergentes teorias evolucionistas para os seres vivos levantava 
questões sobre a classificação de alguns organismos que não sendo nem animais nem plantas pudessem ser 
seus ancestrais. A ideia de um terceiro reino é fortemente influenciada pela Teoria da Selecção Natural de 
Darwin que postulava a existência de uma ancestral comum a todos os seres vivos. 
Em 1866, Ernst Haeckel (1834-1919), naturalista alemão, propôs a criação do Reino Protista que incluía os 
organismos unicelulares e os multicelulares que não apresentassem diferenciação celular, incluindo assim as 
bactérias os protozoários e os fungos. 
No século XX com o aparecimento do microscópio electrónico e com o avanço de algumas técnicas 
bioquímicas, foi possível compreender que as bactérias têm características muito distintas dos fungos e dos 
protozoários. E em 1956, Herbert Copeland (1902-1968), apresenta uma classificação que se aproxima mais 
da realidade natural. 
Separa num novo reino, Monera, os seres vivos procariontes – com células sem núcleo individualizado. 
Segundo Copeland, no reino Protista incluem-se todos os fungos e algas vermelhas e castanhas, no reino 
Plantae os organismos que possuíssem clorofila (pigmento fotossintético), que produzissem amido, celulose 
e sacarose e no reino Protista os organismos eucariontes que não eram animais nem plantas. 
Classificação em Cinco Reinos 
Foi proposto em 1969 por Whittaker (1924-1980) e propõe um sistema de classificação em cinco reinos, 
estabelecendo um reino independente para os fungos, o reino Fungi. O novo sistema apresentado tinha 
subjacente três critérios principais: 
 Nível de organização celular – diferencia as células 
procarióticas das eucarióticas e a unicelularidade da 
multicelularidade 
 Modo de nutrição – modo como o organismo obtém 
o alimento. 
 Interacções nos ecossistemas – respeitanteàs 
relações alimentares que o organismo estabelece 
com os restantes organismos no ecossistema. Os 
organismos podem ser classificados em produtores, 
e consumidores (macro e microconsumidores). 
Whittaker viria a reformular os eu próprio sistema em 
1979. O reino Protista passou a incluir as algas (uni e 
multicelulares). 
. Representação dos 5 reinos 
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POR. MÁRIO BARTOLOMEU 16 
 
Na seguinte resumem-se as principais características dos reinos, tendo em conta os critérios estabelecidos por 
Whittaker na sua versão modificada de 1979. 
Reino Metazoa ou Animalia: composto por organismos pluricelulares e heterotróficos (não são capazes de 
produzir sua própria energia). Fazem parte deste grupo: animais invertebrados, vertebrados, aves, mamíferos, 
inclusive o homem. 
Reino Metaphyta ou Plantae: seres pluricelulares que possuem células revestidas por uma membrana de 
celulose e que são autotróficos (capazes de produzir sua própria energia). Fazem parte deste grupo: vegetais 
inferiores (algas verdes, vermelhas ou marrons), vegetais intermediários (ex. samambaia) e vegetais superiores 
(plantas). 
Reino Monera: composto por organismos unicelulares (formados por uma única célula) e procariontes 
(células que não possuem um núcleo organizado). Fazem parte deste reino: as bactérias e algas azuis ou 
cianobactérias (antigamente eram consideradas como vegetais inferiores). 
Reino Fungi: composto por seres eucariontes (núcleo organizado e individualizado) que podem ser uni ou 
pluricelulares. Fazem parte deste reino: os fungos elementares e os fungos superiores (antigamente eles eram 
classificados como vegetais inferiores). 
Reino Protista: formado por seres unicelulares e eucariontes. Estão presentes neste reino: protozoários 
(giárdias, amebas, tripanossomas) e algas inferiores ou eucariontes. 
 
UNIDADE II– CITOLOGIA 
A Citologia (gr: KYTOS = célula; LOGOS = estudo) é a parte da Biologia que estuda a célula em todos os 
seus aspectos: bioquímico, morfológico e funcional. A célula é considerada a unidade fundamental dos seres 
 MONERA PROTISTA METAPHYTA METAZOA FUNGI 
ORGANIZAÇÃO 
CELULAR 
Procariota Eucariota Eucariota Eucariota Eucariota 
Nº DE CÉLULAS Unicelulares Unicelulares 
Pluricelulares 
Pluricelulares Pluricelulares Unicelulares 
Pluricelulares 
TECIDOS 
DIFERENCIADOS 
Ausentes Ausentes Presentes Presentes Ausentes 
CLOROFILA Ausente 
Presente 
Ausente 
Presente 
Presente Ausente Ausente 
NUTRIÇÃO Autótrofa 
Heterótrofa 
Autótrofa 
Heterótrofa 
Autótrofa Heterótrofa Heterótrofa 
MODO DE VIDA Vida livre 
Parasitas 
Vida livre 
Parasitas 
Vida livre 
Parasitas 
Vida livre 
Parasitas 
Vida livre 
Parasitas 
REPRESENTANTES Bactérias 
Cianofíceas 
Algas 
Liquens 
Protozoários 
Briófitas 
Pteridófitas 
Gimnospermas 
Angiospermas 
De Poríferos 
até Cordados 
Mofo 
Cogumelo 
Candida 
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POR. MÁRIO BARTOLOMEU 17 
 
vivos, com exceção dos vírus, que são organismos acelulares, ou seja, não são constituídos por células, mas 
dependem delas para sua sobrevivência. 
Nos organismos unicelulares, a única célula presente realiza todas as funções necessárias à manutenção da 
vida, enquanto as várias células dos organismos pluricelulares apresentam diferentes formas adaptadas ao 
desempenho das mais variadas funções. 
Descoberta da célula 
O holandês Anton van Leeuwenhoek foi um comerciante de tecidos tinha notável habilidade para polir lentes 
e torná-las muito finas. Ele usava as lentes para examinar as fibras do tecido e atestar sua qualidade. 
Com suas lentes e técnicas de iluminação, Leeuwenhoek foi capaz de aumentar a imagem dos objetos até 270 
vezes. Com isso, pôde observar microrganismos com apenas 0,003 mm de comprimento. Embora as imagens 
fossem ainda muito distorcidas na forma e na cor, isso já constituía um grande avanço, pois o ser humano não 
enxerga, a olho nu, objetos com menos de 0,1 mm de comprimento. 
Robert Hooke em 1665 observou pedaços de cortiça com o auxílio de um microscópio formado por duas ou 
mais lentes associadas dentro de um tubo de metal. Era o chamado microscópio composto, semelhante aos 
microscópios de hoje (o microscópio de Leeuwenhoek possuía apenas uma lente). Ele descreveu pequenas 
cavidades no interior daqueles pedaços e deu-lhes o nome de células (diminutivo latino de cella, ‘lugar 
fechado’, ‘pequeno cômodo’). 
Na década de 1820, o botânico escocês Robert Brown descobriu um pequeno corpo no interior de vários tipos 
de células e o chamou de núcleo. 
Em 1838, o botânico alemão Matthias Schleiden concluiu que a célula era a unidade básica de todas as 
plantas. Um ano mais tarde, o zoólogo alemão Theodor Schwann generalizou esse conceito para os animais. 
Surgia, assim, a teoria celular de Schwann e Schleiden: 
“Todos os seres vivos são formados por células”. 
Mas ainda havia uma questão: de onde vinham as células? 
Alguns achavam que elas podiam surgir de algum líquido do corpo. Em 1858, o médico alemão Rudolf 
Virchow afirmou que toda célula provém de outra, querendo dizer que uma célula é capaz de se reproduzir. 
Virchow fez mais uma afirmação ousada para a época: as doenças seriam consequência de problemas nas 
células. 
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POR. MÁRIO BARTOLOMEU 18 
 
TEORIA CELULAR 
Com base nessas descobertas e em outras, elaborou-se a teoria celular. Como vimos, a elaboração da teoria 
foi resultado de várias pesquisas realizadas por diversos cientistas ao longo do tempo. Os princípios 
fundamentais da teoria celular são: 
 Todos os seres vivos são formados por células. Alguns têm o corpo formado por uma única célula. 
Portanto, a célula é a unidade morfológica dos seres vivos. 
 A célula é a menor unidade viva. 
 As propriedades vitais de um organismo dependem das propriedades de suas células, nas quais ocorrem 
as reações do metabolismo. Portanto, a célula é a unidade fisiológica dos seres vivos. 
 As células surgem sempre de outras células. Cada uma contém as informações hereditárias de todo o 
organismo. 
MÉTODO DE ESTUDO DA CÉLULA 
As células são organismos pequeninos, que para sua visualização e estudo é necessário o auxílio de um 
instrumento capaz de ampliar sua imagem – O microscópio. 
Microscópio Óptico 
A microscopia óptica ou de luz, como o próprio nome indica, possibilita o aumento de imagens através da luz 
que, após incidir sobre determinada amostra, passa por um conjunto de lentes. O avanço deste tipo de 
microscopia, portanto, ocorreu atrelado ao desenvolvimento da óptica, ou seja, o ramo da Física que estuda a 
luz e sua interacção com distintos meios e materiais. 
Além de ampliar a imagem de um objecto, de 1000 a 1500 vezes, o microscópio serve para aumentar o poder 
de resolução do olho humano. Poder de resolução é a capacidade de distinguir dois pontos muito próximos 
um do outro. Os microscópios ópticos têm um limite de resolução da ordem de 0,2 μm, ou seja, as lentes destes 
microscópios conseguem mostrar dois pontos distintos se estes estiverem separados por distâncias de pelo 
menos 0,2 μm. 
É importante lembrar que para uma estrutura ser observada através de um microscópio óptico, é necessário 
que ela seja suficientemente fina para deixar que os raios luminosos a atravessem, além de ter índices de 
refração ou coloração diferentes do meio que a circundam. 
Um microscópio óptico pode ser simples ou composto: o microscópio simples possui uma única lente e só 
fornece uma imagem moderadamente aumentada do objecto que se está estudando; o microscópio composto 
consiste de uma série de lentes e fornece um aumento muito maior. 
MICROSCÓPIO COMPOSTO 
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POR. MÁRIO BARTOLOMEU 19 
 
Um microscópio composto consiste de partes mecânicas e ópticas. A parte mecânica tem uma base que 
estabiliza o microscópio, uma coluna ou canhão quese estende da base para cima, e uma platina na qual é 
colocado o objeto a ser examinado. As partes ópticas estão presas à coluna acima e abaixo da platina e são 
elas: condensador, objectivas e ocular. 
Condensador: de forma circular e situado entre a platina e a base, o condensador converge os raios luminosos 
provindos da lâmpada e projecta-os como um cone de 
luz sobre o material que está sendo examinado. 
Objectivas: são lentes que projectam uma imagem 
aumentada e invertida do objecto nas oculares e 
inserem-se ao revólver, através de rosca. Toda 
objectiva traz gravado o número do aumento que 
proporciona. A objectiva de 100x é também chamada 
objectiva de imersão e é somente utilizada com óleo 
especial, o qual permite maior refracção da luz para 
dentro da objectiva, corrigindo a pouca luminosidade 
nas observações feitas em grandes aumentos. 
Ocular: aumenta a imagem do objecto após o aumento 
já proporcionado pela objectiva. É através desta lente 
que o observador vê a imagem do objecto (daí o nome ocular, uma vez que o olho do observador está colocado 
à frente dela) como se ela estivesse situada a 25 cm da ocular. Toda ocular traz gravado o número de aumentos 
que proporciona. Par saber-se em que aumento se está observando um objecto ao microscópio, basta 
Figura 25 : Estrutura de um microscópio óptico 
 
Figura : 
Microscópio eletrônico. Esquema (esquerda) e 
Fotografia (a direita) 
 
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POR. MÁRIO BARTOLOMEU 20 
 
multiplicar o número do aumento dado pela objectiva pelo número do aumento dado pela ocular. Por exemplo, 
se a objetiva usada aumenta 5 vezes e a ocular aumenta 10 vezes, o objeto está sendo observado com um 
aumento total de 50 vezes. 
Microscópio Electrónico O microscópio electrónico é um microscópio com potencial de aumento muito 
superior ao do óptico. As características que diferem o M.E do M.O são: Usam-se feixes de electrões para 
ampliar as imagens; capacidade de ampliação de 100. 000 X e poder de resolução até 0,005 nm. 
BIOQUÍMICA CELUAR 
É o estudo da composição química da célula. Os elementos químicos predominantes na matéria viva são 
carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, que representam cerca de 95% dos elementos encontrados no 
interior da célula. Os outros 5% se distribuem entre elementos como sódio, potássio, cloro, cálcio, ferro, 
magnésio, enxofre, fósforo e outros. Os elementos citados formam as mais diversas substâncias, que reagem 
entre si através de um conjunto de processos químicos. Ao conjunto de reações químicas que ocorrem em um 
organismo vivo denominamos metabolismo. 
Composição química da célula 
As substâncias químicas presentes nas células podem ser divididas em dois grandes grupos: substâncias 
inorgânicas e substâncias orgânicas. 
SUBSTÂNCIAS INORGÂNICAS SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS 
Água Carboidratos 
Sais Minerais Proteínas 
Lípides 
Ácidos Nucléicos 
Vitaminas 
SUBSTÂNCIAS INORGÂNICAS 
ÁGUA 
É a substância mais abundante encontrada no interior das células. A taxa de água nos organismos vivos varia 
em função de três fatores: atividade metabólica, idade e espécie. 
 Atividade Metabólica: Quanto maior a atividade metabólica de um tecido, maior o teor de água. Nos 
neurônios do córtex cerebral, a porcentagem de água é de cerca de 85%, enquanto nos adipócitos 
(células que armazenam gordura), cerca de 20% do conteúdo celular é formado por água. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Microsc%C3%B3pio
http://pt.wikipedia.org/wiki/El%C3%A9tron
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POR. MÁRIO BARTOLOMEU 21 
 
 Idade: Normalmente, o teor de água decresce com o aumento da idade. Um feto humano com três 
meses de idade apresenta cerca de 94% de água, enquanto que em um indivíduo adulto o teor médio é 
de 65 %. 
 Espécie: O teor de água nos organismos vivos varia de espécie para espécie. Na espécie humana, a 
água representa cerca de 65% do peso, enquanto que nas águas-vivas o teor médio é de 98%. 
As principais funções biológicas da água 
 É o principal solvente celular, dissolvendo grande parte de substâncias no interior do organismo. Por 
esse motivo, é considerada solvente universal. O estabelecimento de um meio aquoso é fundamental 
para o metabolismo, já que todas as reações químicas nos organismos vivos ocorrem em solução. 
 Participa da reações de hidrólise, ou seja, reações de quebra de substâncias através da água. 
 Atua como regulador térmico nos animais homeotermos, animais que mantêm a temperatura do corpo 
constante, independente da temperatura ambiental. A evaporação da água na superfície da pele retira 
o excesso de calor do corpo, favorecendo a manutenção da temperatura. 
 Atua como regulador ácido-básico, mantendo o pH mais ou menos constante. A concentração 
hidrogeniônica [H+] varia muito pouco nas reações que ocorrem em meio aquoso, favorecendo, assim, 
a manutenção do pH. 
 Atua como veículo de substâncias (oxigênio, gás carbônico, nutrientes, excretas, etc.) que atravessam 
as membranas celulares, mantendo um intercâmbio entre os meios intracelular e extracelular. O estado 
de equilíbrio estabelecido através da água é denominado equilíbrio osmótico. 
 Atua como lubrificante, exercendo importantíssimo papel na diminuição do atrito nas articulações e 
entre os órgãos. 
Propriedades da água 
Adesão-Coesão: Chama-se adesão à atração que existe entre as moléculas de água. Essa atração garante a 
coesão entre as moléculas. Algo que aguça a nossa curiosidade é a observação de um inseto quando se desloca 
sobre uma lâmina d’água ou os contornos de uma gota que cai da torneira. Fenômenos como esses são 
possíveis graças à Alta Tensão Superficial da água. 
Capilaridade :Capilaridade é a capacidade que a água tem de subir em tubos muito finos (capilares) devido 
às forças de coesão e adesão. Considerando que cada molécula de água se liga com quatro outras, quando uma 
molécula se desloca, o grupo todo se desloca. Esta propriedade é de vital importância para os vegetais, porque 
permite a subida da água desde a raiz até a folha da planta. 
Elevado calor específico: As reações químicas acontecem em curtos intervalos de temperatura. Como a água 
mantém sua temperatura constante por mais tempo do que outras substâncias, ela atua impedindo bruscas 
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variações de temperatura nos sistemas vivos. Portanto, a água mantém o equilíbrio da temperatura no interior 
da célula. 
SAIS MINERAIS 
Desempenham as mais variadas funções no interior das células, sendo muito importantes para o perfeito 
funcionamento celular. Os sais minerais são encontrados nos organismos vivos sob duas formas de ocorrência: 
insolúvel e solúvel. 
a) Forma Insolúvel: Nessa forma, os sais minerais se apresentam como componentes da estrutura 
esquelética. Os sais insolúveis são também denominados cristalinos e apresentam como 
importante representante o fosfato de cálcio, presente nos ossos e dentes. 
b) Forma Solúvel: Nessa forma, os sais minerais se apresentam dissolvidos em água e, assim, 
dissociados em íons. Os sais solúveis são também denominados íons minerais, exercendo 
importantes papéis no metabolismo. O quadro representado a seguir indica os principais íons 
minerais presentes nos organismos vivos e o seu papel biológico. 
SAIS 
MINERAIS 
FUNÇÕES BIOLÓGICA 
 
Sódio 
Potassio 
Manutenção do equilíbrio osmótico celular, relaciona-se também 
a condutibilidade de impulsos nervosos, a concentração de sódio 
é maior no meio extracelular, ao passo que o potássio é maior no 
meio intracelular. 
Calcio Faz parte da composição dos ossos e dentes, participa no processo 
da coagulação do sangue. 
Cloro Participa na formação do ácido clorídrico um dos componentes 
do suco gástrico 
Iodo Essencial para a produção de hormônios da tiroide 
Ferro Principal componente da hemoglobina, responsável pelo 
transportede oxigênio dentro das células e transporte de dióxido 
de carbono fora das células para os pulmões para serem 
eliminados. 
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Magnesio Principal componente da composição da clorofila presente em 
células vegetais, participa no processo de fotossíntese. 
Cobalto Faz parte da composição da molécula de vitamina B12, essencial 
para o crescimento, formação e amadurecimento dos glóbulos 
vermelhos. 
Fosfato Faz parte da constituição dos nucleotídeos (unidade formadora 
dos ácidos nucleicos), faz parte do ATP, que se relaciona a 
transferência de energia nas células. 
SAIS MINERAIS E EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO 
Alguns sais iônicos, como fosfatos e carbonatos, são importantes na manutenção do pH nas células, formando 
a solução tampão. Esses íons, denominados tampões, evitam variações do pH intracelular e favorecem a 
ocorrência das reações químicas. 
SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS 
CARBOIDRATOS 
Também conhecidos por açúcares, hidratos de carbono, glúcides, glícides e sacárides, representam as 
principais fontes de energia para o organismo. Observamos também que os carboidratos podem apresentar 
função estrutural quando fazem parte de estruturas celulares. 
São constituídos principalmente por carbono (C) hidrogênio (H) e oxigênio (O), podendo também aparecer o 
nitrogênio (N) ou o enxofre (S). 
Os carboidratos são divididos em três grandes grupos: Monossacarídeos, Dissacarídeos e Polissacarídeos. 
a) Monossacarídeos: São os açúcares mais simples que não podem ser hidrolisados. Possuem fórmula 
geral CnH2nOn, sendo que n varia de 3 a 7. Sua classificação é feita de acordo com o número de átomos 
de carbono. 
 
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As pentoses e as hexoses são os monossacarídeos mais importantes para os organismos vivos. As principais 
pentoses são ribose e desoxirribose, que apresentam função estrutural por entrarem na constituição dos ácidos 
nucléicos, enquanto entre as hexoses destacamos glicose, frutose e galactose, que apresentam função 
energética, já que constituem importantes fontes de energia para as células. 
 PENTOSE FÓRMULA MOLECULAR OCORRÊNCIA FUNÇÃO 
Ribose C5H10O5 RNA Estrutural 
Desoxirribose C5H10O4 DNA Estrutural 
 HEXOSE FÓRMULA MOLECULAR OCORRÊNCIA FUNÇÃO 
Glicose C6H12O6 Sangue-Mel Energética 
Frutose C6H12O6 Frutas Energética 
Galactose C6H12O6 Leite Energética 
 
b) Dissacarídeos: São açúcares hidrolisáveis formados pela união de duas moléculas de monossacarídeos 
através de uma ligação denominada glicosídica, com liberação de molécula de água. 
Os principais dissacarídeos são: 
Maltose - Formada pela união de duas moléculas de glicose. Apresenta função energética, estando presente 
no pão e na batata. 
Sacarose - Formada pela união de uma molécula de glicose e uma de frutose. Apresenta função energética, 
estando presente na cana-de-açúcar e na beterraba. 
Lactose - Formada pela união de uma molécula de glicose e uma de galactose. Apresenta função energética, 
estando presente no leite. 
c) Polissacarídeos: São açúcares hidrolisáveis formados pela união de várias moléculas de 
monossacarídeos. 
Os principais polissacarídeos são: 
Amido - Formado pela união de várias moléculas de glicose, constitui a reserva energética dos vegetais. 
Encontra-se armazenado em grandes proporções em raízes tuberosas como a mandioca e caules tubérculos 
como a batata inglesa. A hidrólise total do amido forma moléculas de glicose, enquanto a hidrólise parcial 
produz moléculas de maltose. 
Glicogênio - Formado pela união de várias moléculas de glicose, constitui a reserva energética dos animais. 
Encontra-se armazenado sobretudo no fígado e nos músculos. A hidrólise total do glicogênio forma moléculas 
de glicose, enquanto a hidrólise parcial produz moléculas de maltose. 
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Celulose - Formada pela união de várias moléculas de glicose, constitui um importante polissacarídeo com 
função estrutural. É o principal componente da parede celular dos vegetais. A hidrólise total da celulose 
forma moléculas de glicose, enquanto a hidrólise parcial produz moléculas de celobiose. 
Além dos três exemplos de polissacarídeos mencionados podemos citar: 
- Heparina - Substância de ação anti-coagulante produzida por células do tecido conjuntivo 
propriamente dito denominadas mastócitos. 
- Quitina - Substância nitrogenada com função estrutural, presente na parede celular dos fungos e no 
exoesqueleto dos artrópodos. 
- Ácido Hialurônico - Substância presente no material intercelular dos tecidos conjuntivos com função 
estrutural. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PROTEÍNAS 
São as mais abundantes substâncias orgânicas dos seres vivos, sendo definidas como polímeros de 
aminoácidos, assim, os aminoácidos são as unidades formadoras das proteínas. 
 
 
Cadeias formadas por aminoácido denominamos de peptídeo. Assim falamos dipeptideo a união de dois 
aminoácidos por ligações peptídicas, tripeptídeo formada por três aminoácidos. 
Estrutura de um aminoácido 
O radical é a porção variável de um aminoácido. Existem aproximadamente 20 aminoácidos diferentes, que 
podem ser identificados pelo seu radical. Observe alguns tipos de aminoácidos: 
Os aminoácidos são classificados em naturais e essenciais. 
Aminoácidos naturais são aqueles que são sintetizados por animais. 
Aminoácidos essências são de origem vegetais e os animais precisam extrai-los na dieta. 
Ligação Peptídica 
É o tipo de ligação que une os aminoácidos. Ocorre entre o grupo ácido de um aminoácido e o grupo amina 
de outro aminoácido com liberação de uma molécula de água. 
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Um maior número de aminoácidos unidos por ligações peptídicas forma um POLIPEPTÍDEO. O número de 
aminoácidos necessários à formação de uma proteína é muito divergente entre os autores. É certo que uma 
proteína é um polipeptídeo formado pela união de grande número de aminoácidos (alguns autores falam em 
mais de cinqüenta, outros em mais de cem aminoácidos). Assim, toda proteína é um polipeptídeo, mas nem 
todo polipeptídeo é uma proteína. 
O número de ligações peptídicas é sempre igual ao número de aminoácidos menos um, enquanto o número 
de moléculas de água liberadas durante a síntese é sempre igual ao número de ligações peptídicas. Quando 
uma proteína é submetida a altas temperaturas e a variações de pH, ocorre a sua desnaturação. A 
desnaturação é a perda total ou parcial das propriedades de uma proteína devido a modificações em sua 
estrutura. 
CLASSIFICAÇÃO DAS PROTEÍNAS 
 Proteínas Simples 
Constituídas apenas por aminoácidos. Como exemplos temos insulina, queratina, albumina, colágeno, 
fibrinogênio, etc. 
 Proteínas Conjugadas 
Constituídas por aminoácidos associados a uma outra substância de natureza não protéica denominada grupo 
prostético. Veja alguns exemplos. 
PROTEÍNA CONJUGADA GRUPO PROSTÉTICO 
Glicoproteína Glicose 
Hemoglobina Grupo heme (contém ferro) 
Nucleoproteína Ácido nucléico 
Clorofila Magnésio 
Papel biológico das proteínas 
As principais funções atribuídas às proteínas são: 
a) Função Estrutural 
Participam da estrutura dos tecidos. Como exemplos, podemos citar: 
QUERATINA: Presente na pele, cabelos e unhas. 
COLÁGENO: Presente nos tecidos conjuntivos. 
OSSEÍNA: Presente nos ossos. 
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b) Função Nutritiva 
São utilizadas como fonte de aminoácidos. Os aminoácidos correspondem a terceira fonte de energia 
preferencial das células. 
c) Função Imunológica 
Os anticorpos são proteínas (gamaglobulinas) produzidas pelo organismo para combater a ação do antígeno. 
A reação antígeno-anticorpo é altamente específica,sendo que um certo anticorpo neutraliza somente o 
antígeno responsável pela sua formação. 
d) Função Hormonal 
Muitos hormônios são proteínas. Como exemplos, podemos citar a insulina produzida pelo pâncreas e os 
hormônios da tireóide. 
e) Função Contrátil 
Actina e miosina são proteínas que participam do processo de contração muscular. 
f) Função Respiratória 
A hemoglobina é uma proteína presente no interior das hemácias do sangue, responsável pelo transporte de 
gases. 
g) Função Coagulante 
A coagulação do sangue ocorre através de uma série de reações químicas envolvendo proteínas como o 
fibrinogênio, fibrina e os outros fatores de coagulação. 
h) Função Enzimática. 
As enzimas são proteínas catalisadoras das reações químicas. Como exemplos, podemos citar a maltase, a 
amilase e a tripsina. 
ENZIMAS 
São biocatalisadores orgânicos de natureza protéica. O papel básico de uma enzima é diminuir a energia de 
ativação, aumentando, assim, a velocidade das reações 
químicas. Entende-se por energia de ativação a energia 
necessária para produzir a colisão intermolecular 
necessária para desencadear uma reação química. 
Denomina-se substrato a substância que sofre ação da 
enzima, enquanto centro ativo ou sítio ativo é a parte da 
enzima que se liga ao substrato. 
Complexo Enzima 
Enzima-Substrato 
( Complexo ativado) 
Substrato Enzima 
+ + 
Produto 
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Observe o mecanismo de ação enzimática representado ao lado. A partir dele podemos entender claramente 
algumas propriedades das enzimas. 
Propriedades das Enzimas 
a) As enzimas são específicas. Para cada tipo de substrato existe uma enzima específica. Assim, a 
sacarase é uma enzima que catalisa a quebra da sacarose em uma molécula de glicose e outra de 
frutose, enquanto a amilase é uma enzima que catalisa a quebra de amido em moléculas de maltose. 
b) As enzimas não são consumidas durante as reações químicas. 
c) As enzimas atuam em ambos os sentidos na reação química, até certo ponto (atuação reversível). 
d) As enzimas não modificam o produto das reações químicas. 
e) As enzimas exigem um valor ideal de temperatura para que a velocidade da reação seja máxima. As 
enzimas são termolábeis, isto é, sensíveis a valores muito elevados de temperatura. 
f) As enzimas exigem um valor ideal de pH para que a velocidade da reação seja máxima. Variações de 
pH levam à desnaturação da enzima, porém, ao contrário da desnaturação causada por altas 
temperaturas, apresenta caráter reversível, o que leva alguns autores a usarem o termo inativação 
enzimática. 
Fatores que influenciam na ação enzimática 
Para um bom desempenho da enzima, alguns fatores devem ser considerados: 
Concentração do Substrato 
Desde que haja enzima disponível, o aumento da concentração do substrato leva a um aumento da velocidade 
da reação. A partir do momento em que a enzima atinge a capacidade catalítica máxima, um aumento da 
concentração do substrato não promove aumento da velocidade da reação. Nesse caso, a enzima ficou saturada 
pelo substrato. 
Observa-se que a partir do ponto X, mesmo que a concentração do substrato seja aumentada, a velocidade da 
reação permanece constante. O ponto Y representa a concentração ótima de substrato, já que a velocidade da 
reação é máxima nesse ponto. No ponto Y, todas as moléculas de enzimas estão “ocupadas” pelo substrato, 
de nada adiantando aumentar ainda mais a concentração do mesmo. 
Concentração da Enzima 
Desde que haja substrato disponível, o aumento da concentração da enzima leva a um aumento da velocidade 
da reação. 
Observa-se que a partir do ponto X, mesmo que a concentração da enzima seja aumentada, a velocidade da 
reação permanece constante. O ponto Y representa a concentração ótima de enzima, já que a velocidade da 
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reação é máxima nesse ponto. A partir do ponto X, é possível que não exista substrato suficiente para a grande 
concentração de enzima. 
Temperatura 
As enzimas exigem uma temperatura ótima, na qual a velocidade da reação seja máxima. Quando submetidas 
a valores de temperatura muito elevados, as enzimas sofrem desnaturação. 
Observa-se que no ponto X a velocidade da reação é máxima. Um aumento de temperatura leva a um aumento 
da velocidade da reação até determinado ponto (ponto Y), a partir do qual ocorre desnaturação da enzima, 
reduzindo a velocidade da reação. O ponto Y representa a temperatura ótima para a atuação da enzima. 
pH 
As enzimas exigem um pH ótimo, no qual a velocidade da reação seja máxima. Acima ou abaixo do seu pH 
ótimo, as enzimas diminuem gradativamente a sua atividade e tendem a desnaturar-se. 
Observa-se que no ponto X a velocidade da reação é máxima. O ponto Y representa o pH ótimo para a atuação 
da enzima. 
A amilase salivar, enzima que inicia a digestão do amido na boca, atinge o máximo de atividade em pH 7, 
enquanto a pepsina, enzima que inicia a digestão das proteínas no estômago, atinge o máximo de atividade 
em pH 2. 
LÍPIDOS 
Também conhecidos por lipídeos, são substâncias orgânicas insolúveis em água e solúveis em solventes 
orgânicos como clorofórmio, benzina e éter. Não existe um conceito unificado para os lípidos, mas a maioria 
são ésteres de ácido graxo e álcool. Os ésteres são substâncias resultantes da reação entre um ácido e um 
álcool. 
Classificação dos Lípidos 
a) Lípidos Simples 
Constituídos apenas por ácido graxo e álcool. Os lípidos se subdividem em glicérides e cérides. 
GLICÉRIDES - O álcool é o glicerol. Como exemplo, temos as gorduras e os óleos. 
CÉRIDES - O álcool não é o glicerol, e sim um álcool superior de cadeia mais longa. Como exemplo, temos 
as ceras. 
b) Lípidos Conjugados 
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Constituídos por ácido graxo, álcool e uma outra substância. Os exemplos mais importantes são os 
fosfolípides, que apresentam radicais fosfato, e os esfingolípides, que apresentam nitrogênio. Os fosfolípides 
são importantes por entrarem na constituição das membranas celulares, enquanto os esfingolípides são 
abundantes no tecido nervoso, estando relacionados ao aumento da velocidade de condução do impulso 
nervoso. 
 c) Lípides Esteróides 
Apresentam estrutura química muito diferente dos demais lípides, fato que exige uma classificação à parte 
para o seu caso. Os principais esteróides são o colesterol e os hormônios sexuais (testosterona no homem, 
e progesterona na mulher). O colesterol é o precursor dos demais esteróides e o seu excesso pode ser nocivo 
à saúde, em função do seu acúmulo nas paredes internas dos vasos sangüíneos, dificultando a circulação do 
sangue. 
Principais funções dos lípidos 
a) Reserva Energética 
Quando degradados, os lípides fornecem mais energia que os carboidratos. No entanto, os carboidratos 
representam as principais fontes de energia para o organismo, pelo fato de serem degradados antes dos lípides. 
b) Isolante Térmico 
Nas aves e nos mamíferos, as gorduras acumulam-se no tecido adiposo, sob a pele, formando uma camada 
que dificulta a perda excessiva de calor para o ambiente. Em animais que vivem em clima frio, essa camada é 
muito mais desenvolvida. 
c) Amortecedores 
A proteção mecânica contra choques é desempenhada pelos lípides. 
d) Estrutural 
Os lípides participam da formação das membranas celulares e dão forma ao corpo. 
e) Impermeabilizantes 
As ceras exercem papel impermeabilizante em superfícies sujeitas à desidratação. A camada de cera é muito 
desenvolvida em certas folhas e frutos e pode ser produzida por certos insetos, como as abelhas. 
ÁCIDOS NUCLÉICOS 
São definidos como polinucleotídeos ligados em cadeia. Por controlarem a atividade celular, são considerados 
as “moléculas mestras” dos seres vivos. Existem dois tipos de ácidos nucléicos: ácido desoxirribonucléico

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