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FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS FCE CURSO DE PEDAGOGIA Projeto Interdisciplinar_ CINEMA E EDUCAÇÃO

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FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS – FCE
CURSO DE PEDAGOGIA
Projeto Interdisciplinar:
CINEMA E EDUCAÇÃO
Alex Wender dos Santos Silva RA: 3060772 Caroline Moraes Fernandes RA: 3060702 Clarice Melo Nascimento RA: 3060999 Gabriana Soares Franquilino RA: 3061030
Graziella Gonçalves Silva Conserva RA: 3063632 Maria Hildene Silva Costa RA: 3061584 Rafaela Joventino da Silva RA: 3060941
São Paulo 2018
Alex Wender dos Santos Silva RA: 3060772 Caroline Moraes Fernandes RA: 3060702 Clarice Melo Nascimento RA: 3060999 Gabriana Soares Franquilino RA: 3061030
Graziella Gonçalves Silva Conserva RA: 3063632 Maria Hildene Silva Costa RA: 3061584 Rafaela Joventino da Silva RA: 3060941
Projeto Interdisciplinar:
CINEMA E EDUCAÇÃO
Resenha crítica do filme: Hoje eu quero voltar sozinho.
Orientadora: Profª Mestra Renata Valente.
São Paulo 2018
Resenha Crítica do filme: Hoje eu quero voltar sozinho
O filme Hoje eu quero voltar sozinho, do diretor Daniel Ribeiro (2014), conta a vida de um adolescente que nasceu com deficiência visual chamado Leonardo (Ghilherme Lobo) e a forma como ele lida com seus conflitos, mediante as dificuldades encontradas no decorrer de sua jornada estudantil.
O longa mostra o dia a dia de Leonardo e de sua melhor amiga Giovana (Tess Amorim) no período escolar. Aborda dúvidas comuns da fase adolescente, como por exemplo, o primeiro beijo e a busca pela independência. Mas tudo muda com a chegada de um novo aluno na escola chamado Gabriel (Fábio Audi), que desperta sentimentos em Leonardo até então desconhecidos, fazendo-o enxergar o mundo de um modo diferente e empolgante. É possível notar que o protagonista vive em constantes conflitos internos, pela recente descoberta da sexualidade e pela busca da confiança dos pais.
Ele não é um garoto comum, pois está sempre se esforçando para poder acompanhar os colegas na escola e se desviar de provocações, a fim de não preocupar a mãe. A adolescência pode ser uma fase de questionamentos e é assim que ele se sente na maior parte do tempo em que se passa a narrativa.
Leo não é um rapaz problemático, porém acontecem diversas situações dentro de casa, que fazem com que ele sinta-se sufocado e desamparado em relação à escolha de seus próprios caminhos, como qualquer outro jovem da sua idade. Mas com o auxílio de sua melhor amiga Giovana, que é os seus olhos para o mundo, busca entendimento sobre si próprio e outros à sua volta.
A trama apresenta o protagonista como um adolescente de classe média alta que possui bom relacionamento com os professores, pais e avós. No entanto, podemos observá-lo em busca de uma agência de viagens de intercâmbio, na qual procura saber se há possibilidade de alguma família aceitá-lo, devido à sua deficiência visual, pois é despertada nele uma necessidade de mudança.
O comportamento social de Leonardo é notável, podendo ser observado na cena do seu primeiro acampamento com a escola, quando alguns alunos procuram por bebidas alcoólicas nas barracas dos outros para se socializarem. Também em outro momento na festa da Karina, quando ocorre a brincadeira do beijo, a partir da ideia de um dos participantes, considerando que festas e acampamentos são uma forma de socialização entre os jovens dessa idade.
Dentre outros assuntos, é importante destacar a preocupação artística do diretor e da direção de arte, em como comunicar ao espectador o universo que Leonardo enxerga. A forma pela qual ele percebe ou sente o mundo ao seu derredor, denotando cenas escuras e bem elaboradas, o que fez o vencer o prêmio FIPRESCI Prize - Melhor Filme da mostra Panorama, no Festival de Berlim.
As imagens e os estímulos audiovisuais, transmitem sensações que fazem com que vejamos e entendamos o mundo, por meio da perspectiva do personagem. As mudanças sociais contidas no filme contribuem de forma educativa para o contexto escolar, pois a função do uso do filme e de sua linguagem como recurso didático auxilia o professor e se constitui em um grande potencial pedagógico.
Leonardo procura sua liberdade sempre com muita curiosidade e em busca de entendimento. A relação com a sua avó era boa, pois ela mostra-se aberta ao diálogo e sempre fica contente por responder às perguntas do neto. Era visivelmente uma pessoa paciente que possui características da Inteligência Emocional, pois reconhece as emoções das pessoas ao seu redor. Em uma de suas conversas com Leonardo, ele diz que quer um emprego e ela fica preocupada, pois o acha novo demais para aquilo, mas entende sua necessidade e incentiva-o a idealizar seu futuro, com base em seus sonhos e nas suas metas.
Enquanto Léo tinha dúvidas e colocava à prova suas vontades, também existiam pessoas que o questionavam sobre suas limitações, sendo direta ou indiretamente. A chegada de Gabriel desperta ciúme em Giovana, ocasionado pela proximidade dele com Leonardo, devido a um trabalho escolar. Ela conhece Léo desde pequena, possui uma amizade intensa e é muito ligada a ele. Obviamente, importa-se com o que poderia acontecer. E mesmo após uma briga pelo desejo de mudança repentino do amigo, ela se mantém sempre por perto.
Havia uma preocupação constante da mãe de Leonardo sobre seus passeios sozinhos pela cidade, pois ela o via como uma pessoa boa e que não sabia sobre crueldade. Quando Leonardo demonstrou interesse por intercâmbio, ela ficou tão preocupada, que o desmotivou, dizendo palavras rudes. Mas tudo passou a ser compreendido por intermédio das explicações do pai, que entendia perfeitamente a insegurança dela, mas gostava das atitudes do filho.
No entanto, a relação que Leonardo tem com os pais só se torna difícil em determinados momentos. Na maior parte do tempo é leve, todos fazem brincadeiras e conversam juntos, demonstrando carinho e interesse pelo diálogo.
1A presença de estereótipo e estigma é abordada no filme, quando em uma das cenas, a professora pede a um aluno para sair da sala, pois estava fazendo piadas sobre a máquina de escrever em braile de Leonardo, uma ferramenta utilizada por ele como forma de adaptação em sala de aula.
O papel fundamental do professor diante da situação de bullying é mediar e corrigir agressões físicas e verbais, elaborando palestras de conscientização. Segundo Rozemberg (2018), é preciso falar sobre o assunto em sala e orientar os alunos, para haver uma desconstrução de preconceito na sociedade por meio do diálogo. Sendo assim responsabilidade do corpo docente e da família tratar de proteger crianças e adolescentes de tais práticas exercidas dentro da escola.
O Estatuto da Criança e do Adolescente, lei 8.069/90, dispõe de medidas eficazes para enfrentar o bullying. A começar pela adoção da doutrina da proteção integral, logo no art. 1º do ECA, que em substituição à doutrina da situação irregular, trata a criança e o adolescente como sujeito de direito, e não somente como um ser em situação irregular perante a sociedade.
Segundo a lei do artigo 5º da Constituição Brasileira, todos são iguais perante a lei e ninguém será submetido a tratamento desumano. Tal posicionamento deve ser adquirido e utilizado com base na inclusão, para que haja respeito em relação às diferenças. Trata-se de identificar ideias, pensamentos e atitudes, para refletir sobre eles.
A cena final é um momento tocante, pois mostra que um simples andar de mãos dadas pode colocar um fim no preconceito e que o amor deve ser eternamente cultivado, independentemente do sexo, religião ou visão política. A disciplina e força de vontade presentes no filme mostram que tudo é possível, quando superamos nossos medos.
1 *Estereótipo É a imagem preconcebida de determinada pessoa, coisa ou situação.
*Estigmas Está relacionado com as características particulares de um grupo ou indivíduo que seguem o oposto das normais culturais tradicionais de uma sociedade.
Referências
BRASIL. Estatuto da criança e do adolescente: Lei federal nº 8069, de 13 de julho de 1990. Rio de Janeiro: Imprensa Oficial, 2002.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p.
HOJE eu quero voltar sozinho. Direção Daniel Ribeiro. Produção: Daniel Ribeiro e Diana Almeida. Roteiro: Daniel Ribeiro. Rio de Janeiro: Vitrine Filmes, 2014. DVD e Blu-ray (96 min), son., color.
SENAC. Guia de normalização de monografias, teses e dissertações para alunos do Centro Universitário Senac [manuscrito] / Rede de Bibliotecas do Senac São Paulo (organizadora) – 3. ed. - São Paulo, 2014. 85 f.: il. color. Disponível em: http://www3.sp.senac.br/hotsites/campus_santoamaro/cd/arquivos/biblioteca/guia_normatizacao
.pdf. Acesso em 23 de outubro de 2018.
Par Plataforma Educacional. Como o professor pode ajudar a superar o preconceito em sala de aula. Disponível em:
https://www.somospar.com.br/como-o-professor-pode-ajudar-a-superar-questoes-de- preconceito-em-sala-de-aula/ Acesso 26 de outubro de 2018.

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