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INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS CONTRA EMPRESA

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AO JUIZO DO(A) ____ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ______
CLIENTE, naturalidade, estado civil, profissão, portador da cédula de identidade nº xxx, inscrito sob o CPF nº xxx, (Doc. 01) residente e domiciliado xxxx, CEP: xxxx, (Doc. 02), por seu procurador infra-assinado, com procuração em anexo (Doc. 03), com escritório profissional em xxx, com endereço eletrônico xxx, onde recebe intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 186 e 927, ambos do Código Civil c/c artigo 319 e seguintes do Código de Processo Civil propor a presente
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS
 em face de XXX, QUALIFICAÇÃO, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
I – DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA:
O Requerente faz jus à concessão do benefício da assistência judiciária gratuita, uma vez que, conforme declaração anexa, o mesmo não possui rendimentos suficientes para custear as despesas processuais e honorários advocatícios em detrimento de seu sustento e de sua família. 
De acordo com o artigo 4º da Lei nº 7.510/86, basta a afirmação de que não possui condições de arcar com custas e honorários, sem prejuízo próprio e de sua família na petição inicial ou em seu pedido a qualquer momento do processo, para a concessão do benefício. 
O artigo 5º, incisos XXXIV e XXXV da Constituição Federal assegura a todos o direito de acesso à justiça, em defesa de seus direitos, independente do pagamento de taxas, ao prever expressamente que a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. 
Além do mais o artigo 98 do Código de Processo Civil, dispõe:
“Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.”
Assim, considerando a hipossuficiência do embargante, requer seja concedido o benefício da justiça gratuita. 
II – DOS FATOS:
	BREVE RELATO DA SITUAÇÃO
III. DA APLICABILIDADE DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR E INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
O Código de Defesa do Consumidor define, de maneira bem nítida, que o consumidor de produtos e serviços deve ser “protegido” pelas suas regras e entendimentos. Os fornecedores – sejam eles pessoas físicas ou jurídicas – devem responder por todos os danos porventura causados aos seus tomadores. 
É nítido que as Requeridas encaixam-se na definição de fornecedoras, bem como que o Requerente é a parte hipossuficiente do negócio. Logo, a lide deve ser julgada sob a égide do Código de Defesa do Consumidor, visto que se trata de fornecedores de produtos que, independentemente de culpa, causaram danos efetivos a um de seus consumidores. 
No contexto da presente demanda, há possibilidades claras de inversão do ônus da prova ante a verossimilhança das alegações, conforme disposto no artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor.
“Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
[...]
VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, seguindo as regras ordinárias de expectativas.”
Além disso, segundo o Princípio da Isonomia todos devem ser tratados de forma igual perante a lei, mas sempre na medida de sua desigualdade. Ou seja, no caso ora debatido, o Autor deve realmente receber a supracitada inversão, visto que se encontra, outrossim, em estado de hipossuficiência, uma vez que disputa a lide com duas empresas de grande porte, que possuem maior facilidade em produzir as provas necessárias para a cognição do excelentíssimo magistrado. 
O requerimento ainda encontra respaldo em diversos estatutos do nosso ordenamento jurídico, a exemplo do Código Civil, que evidencia a pertinência do pedido de reparação de danos. 
V. DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA E OBJETIVA DAS RÉS 
A responsabilidade pelos vícios de qualidade apresentados por produtos de consumo duráveis é suportada solidariamente pelo comerciante, nos exato termos do artigo 18 do Código de Defesa do Consumidor: 
“Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.”
O dispositivo traduz a responsabilidade solidária, que obriga os diversos níveis de fornecedores a resolver o problema. No caso de protelarem a solução por um dos envolvidos, os outros também podem ser chamados à responsabilidade. 
Basicamente, todas as empresas envolvidas na lesão ao consumidor têm participação e devem responder pelo problema causado. Cabe ao consumidor escolher se quer acionar o comerciante ou fabricante. 
Assim, como preconiza o §1º do artigo 18 do Código de Defesa do Consumidor, se, ao adquirir um produto, o consumidor verificar que aquele apresenta defeito, o referido diploma assegura que:
§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço.
 
Portanto, findo o trintídio sem que o fornecedor efetue o reparo, cabe ao consumidor a escolha de qualquer das alternativas mencionadas. 
Como o referido prazo esgotou-se por DUAS VEZES, o Requerente opta por resolver o contrato em perdas e danos, pleiteando a restituição imediata da quantia despendida, corrigida e atualizada monetariamente, com fulcro no disposto no inciso II do parágrafo 1º do artigo 18, do diploma consumerista. 
VI. DO DANO MORAL E MATERIAL
O dano moral configura-se quando corre lesão de um bem que esteja na esfera extrapatrimonial de um indivíduo. A reparação do mesmo tem o objetivo de possibilitar ao lesado uma compensação pelo dano sofrido, atenuando, em parte, a lesão sofrida. 
Diante das circunstâncias é evidenciado que as empresas requeridas não se prontificaram em resolver o problema de forma definitiva, seja pelo concerto do produto em tempo hábil ou mesmo a restituição da quantia paga, trazendo assim diversos transtornos ao Requerente, que se sentiu lesado e humilhado. 
O desgaste imposto ao Requerente supera o mero dissabor, uma vez que houve grande insistência e desgaste da parte Autora para que o problema fosse solucionado na esfera administrativa. Por esse motivo, deve ser arbitrada indenização – não inferior a 10 salários mínimos – referente aos danos morais sofridos.
Houve profunda sensação de impotência ao tentar solucionar o problema junto às Requeridas, pois o Requerente foi tratado com total descaso e negligência nas diversas vezes que tentou resolver a questão, mesmo diante da explanação do problema, que atingiu de pronto sua integridade. 
Dessa forma, as esferas tanto patrimonial quanto emocional foram atingidas, sendo que os efeitos do ato ilícito praticado pelas requeridas alcançaram a vida íntima do Requerente. 
É notória a responsabilidade objetiva das Requeridas, uma vez que incorreram em grave falha quando ignoraram as tentativas do Requerente de solucionar o problema, gerando o dever de indenizar, já que houve falha prestação de serviços.
Pode-se recorrer a Constituição Federal de 1988 para embasar a causa de pedir em relação ao dano moral na presente ação, tendo em vista que o artigo 5º, inciso X da referida legislação discorre que “são invioláveis a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.”
Além do mais, o Código deDefesa do Consumidor em seu artigo 6º, inciso VI e artigo 14 também ampara o consumidor que se viu lesionado por algum fornecedor de serviços, com a justa reparação dos danos morais e patrimoniais causadas por falha no vínculo de prestação de serviços. Vejamos:
“Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
[...]
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;”
“Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.”
Sabe-se que, em relação ao dano moral puro, resta igualmente comprovado que as Requeridas, com sua conduta negligente, violaram diretamente o direito do Requerente, qual seja de ter sua paz e sossego inabalados por uma situação com a qual não concorreu. Trata-se do direito da inviolabilidade à intimidade e à vida privada. 
A indenização dos danos puramente morais deve representar punição forte e efetiva, bem como remédio para desestimular a prática de atos ilícitos, determinando, não só às Requeridas, mas também outras empresas, a refletirem antes de causarem prejuízo a seus consumidores.
Imperativo, portanto, que o Requerente seja indenizado pelo abalo moral decorrente de ato ilícito, em razão de ter sido vítima de completa e total falha e negligência das demandadas. 
Nesse sentido, pede-se vênia para transcrever entendimento das Turmas Recursais do estado do Rio Grande do Sul:
Ementa: REPARAÇÃO DE DANOS. CONSUMIDOR. MONTAGEM DE MÓVEIS DEFEITUOSA. VÍCIO DE PRODUTO. DANO MORAL CONFIGURADO. CARÁTER DISSUASÓRIO DA RESPONSABILIDADE CIVIL. Alega a autora que comprou diversos móveis, em agosto de 2012, os quais apresentaram defeitos a partir da montagem, consoante fotografias anexadas. Em matéria de responsabilidade contratual, a concessão de indenização por danos morais somente deve ser deferida em casos excepcionais. No caso concreto, houve desconsideração para com a pessoa do consumidor, face à ausência de solução esperada no prazo legal, após reiterados contatos da autora, inclusive via PROCON municipal, sugerindo a invocação da função dissuasória da responsabilidade civil. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.(Recurso Cível, Nº 71004681516, Segunda Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Fernanda Carravetta Vilande, Julgado em: 27-11-2013)[0](grifei)
Assim, ficou igualmente provado que as empresas Rés com sua conduta negligente e imprudente violaram, diretamente, o direito do Autor de ter sua paz interior e exterior inabaladas por situações com as quais não concorreu. 
VII . DOS PEDIDOS:
Ante o exposto requer:
1. Seja recebida a presente ação;
1. Seja deferido a gratuidade judiciária ao Autor, nos termos da declaração anexa e do art. 98 do CPC; 
1. Seja deferido o pedido de inversão do ônus da prova em favor da parte Autora, 
1. Seja designada audiência prévia de conciliação;
1. Seja a Ré citada para, querendo, responder no prazo legal, sob pena de serem tidos como verdadeiros todos os fatos aqui alegados, com base no artigo 334 do Código de Processo Civil;
1. Ao final seja julgada TOTALMENTE PROCEDENTE a ação para o fim de condenar as Rés à reparação do dano sofrido, no importe de no mínimo 10 salários mínimos nacionais, a título de indenização por danos morais, acrescido de juros e correção monetária desde o evento danoso, bem como ressarcimento de R$ XXXX gastos pelo Autor na compra do produto e pagamento da peça que, em tese foi utilizada na tentativa falha de concertar a lavadora, atualizados e corrigidos monetariamente;
1. No caso de haver interposição de Recurso Inominado, desde já requer a fixação de honorários de sucumbência, com base no artigo 55 da Lei 9.099/1995.
1. Produção de todas as provas em direito admitidas, com base no artigo 369 e seguintes do Código de Processo Civil, especialmente pelo depoimento pessoal das Rés em caso de realização de audiência de instrução e julgamento, sob pena de confissão, e demais provas que se fizerem necessárias, inclusive a juntada de novas provas no decorrer da instrução. 
Dá-se a causa o valor de R$ XXXX. 
CIDADE, DATA
 __________________________
 Advogado 
  	OAB

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