Buscar

Folha de Rosto novo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO(a) SENHOR(a) DOUTOR(a) JUIZ(a) SUPERVISOR (a) DO 
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA xxxxxxxx – PR. 
 
 
 
 
 
 
xxxxxxxx, pessoa jurídica de direito privado, devidamente cadastrada no 
CNPJ xxxxxx filiada na rua xxxxx nº 130, na cidade de xxxxxx estado do Paraná, neste ato, 
representado pelo sócio administrador o Senhor xxxxxx, brasileiro, casado, empresário, 
portado do RG nº xxxxxx/Pr e CPF xxxxx residente e domiciliado na Rua xxxx nº 130, CEP 
87800-000, na cidade de xxxxx, estado do Paraná, por intermédio de seu patrono, que 
esta subscreve, com escritório profissional na Av. xxxxx, Zona 01 CEP xxxxx, na cidade 
xxxxxx-Estado do Paraná, e-mail: xxxxxx, onde recebe intimações e notificações, vem, 
respeitosamente perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 474 e seguinte do CC 
propor: 
 
 
 
RESCISÃO CONTRATUAL CUMUDALA COM DANO MORAL E PEDIDO 
DE LIMINAR em face de: 
 
 
 
MLKL COMUNICAÇÕES DIGITAIS LTDA – CNPJ 31.134.823/0001-33 Avenida Brigadeiro Faria 
Lima, 1461- Conjunto 41 – Jardim Paulistano – são Paulo/SP fone (11) 4063-0734 pelos 
motivos e fato de direito que passa ser exposto: 
 
 
mailto:fabiorogeriomioto@gmail.com
 
 
DOS FATOS: 
Informa o Requerente que, no dia 15/12/2020, recebeu várias e insistentes 
ligações da empresa Requerida, solicitando a confirmação de dados cadastrais apenas para 
divulgação gratuita de uma suposta lista telefônica on-line. 
Relata que, informou não tinha qualquer interesse na divulgação de seu 
telefone, no entanto, no ato da ligação a funcionária da empresa Requerida explicava que a 
atualização de cadastro era apenas para divulgação e que não haveria custo algum, ocasião em 
que, acabou cedendo e permitindo o envio da ficha para preenchimento e sua assinatura. 
Ocorre que, após o envio da suposta ficha cadastral o Requerente foi 
surpreendido com cobrança da Requerida informando que as parcelas do contrato já estavam 
vencidas, momento em que, verificou que a suposta “ficha cadastral” se tratava de uma 
contratação de serviços publicitários. 
Verificou-se que, o referido contrato, do qual é intitulado de CONTRATO DE 
FIGURAÇÃO, Corresponde ao Valor de R$ 7.740,00( sete mil e setecentos e quarenta reais) 
sendo 12 parcelas de R$ 645,00 cada, motivo pelo qual vem recebendo várias ligações da 
empresa Requerida com ameaças de envio das cobranças para protesto, o que foi efetivado 
em data de 12/02/2021. 
Porém, reclama o Requerente que, em nenhum momento foi informado 
pela empresa Requerida de que, a referida atualização de cadastro geraria algum custo, 
deixando bem claro e evidente que, não seria cobrado nenhum valor restante, evidente 
atitude abusiva e má-fé da empresa. 
Isso levou o Requerente a uma grande insatisfação, haja a vista a péssima 
conduta da Requerida, levando a suspeitar que tenha caído em um golpe, e, em uma pesquisa 
mais acentuada, constatou-se que essa é uma pratica corriqueira da empresa Requerida, 
demonstrado através de vários processos com o mesmo tema no TJPR conforme cópias de 
petições e sentenças em anexo. 
Assim, vem o Requerente requerer que seu direito seja restabelecido, como 
medida de JUSTIÇA. 
DO DIREITO: 
a)Da aplicação do Código de Defesa do Consumidor e da Inversão do ônus da prova. 
Consoante as definições de consumidor e fornecedor trazidas pelos artigos 
2º e 3º do Código de defesa do Consumidor, o caso em tela versa sobre relação de consumo, 
devendo-se aplicar todas as normas a ela inerentes, aduz: 
“Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza 
produto ou serviço como destinatário final. 
Art. 3º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, 
nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que 
desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, 
 
 
transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de 
produtos ou prestação de serviços” 
Portanto observa-se que a Requerente é consumidora, tendo em vista que 
essa é pessoa JURÍDICA e se utilizou de serviço prestado pela empresa requerida, tal fato se 
comprova pelo contrato. 
Já a parte requerida se encaixa no conceito de fornecedora, haja visto que 
esta desenvolve atividade de prestação de serviços. 
Caso a Requerida, alegue que não existe relação de consumo entre as 
partes, pelo fato de a Requerente assinar e representar pessoa jurídica, de qualquer forma a 
relação mantida entre as partes é de consumo, considerando a posição da própria Requerida 
como prestadora do serviço de publicidade, e a contratante recebe o serviço na qualidade de 
destinatário final. 
Nesse sentido: 
RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL E REPETIÇÃO DE 
INDÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. GOLPE DA LISTA 
TELEFÔNICA. CONFIGURADO NO CASO DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DO CDC. 
RESTITUIÇÃO EM DOBRO. DEVIDA. DANOS MORAIS. CONFIGURADOS. 
SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. (Recurso Cível Nº 
71006834246, Quarta Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Silvia 
Maria Pires Tedesco, Julgado em 27/04/2018). (TJ -RS - Recurso Cível: 
71006834246 RS, Relator: Silvia Maria Pires Tedesco, Data de Julgamento: 
27/04/2018, Quarta Turma Recursal Cível, Data de Publicação: Diário da 
Justiça do dia 02/05/2018) 
Diante disso, depreende-se que o caso em tela, trata-se de uma relação 
consumerista, onde resta configurada a devida aplicação imperiosa do CDC. 
Ainda, caso seja reconhecido a aplicação do CDC ao caso concreto por 
Vossa Excelência, requer também a aplicação do Artigo 6, VIII do Código de Defesa do 
Consumidor, invertendo assim o ônus da prova. 
Tendo em vista a verossimilhança das alegações, conforme documentos 
acostados à presente inicial, e conforme determina o inciso VIII, do artigo 6.º, do Diploma 
Consumerista, aduz: 
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 
 [...] 
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus 
da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for 
verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras 
ordinárias de experiências. 
Nesse sentido: 
APELAÇÕES CÍVEIS. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO COLETIVA 
DE CONSUMO. PRÁTICA ABUSIVA PARA CAPTAÇÃO DE CLIENTES PARA 
INSERÇÕES PUBLICITÁRIAS EM LISTA TELEFÔNICA. "GOLPE DA LISTA 
TELEFÔNICA". APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. 
Aplicável as disposições da legislação consumerista à situação em liça, 
 
 
considerando a posição dos requeridos como prestadores dos serviços de 
publicidade em listas telefônicas no mercado de consumo, de modo que os 
contratantes, ainda que sejam pessoas jurídicas, recebem o serviço na 
qualidade de destinatários finais, para satisfazerem necessidade direta. 
INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. POSSIBILIDADE. A inversão do ônus da prova 
em ações coletivas ajuizadas pelo Ministério Público, notadamente quando 
tratar de questões concernentes à proteção dos consumidores, na qualidade 
de substituto processual dos consumidores lesados, é medida de ampla 
aceitação pela jurisprudência pátria, avalizada pela Corte Superior e por este 
Tribunal de Justiça, dada a hipossuficiência daqueles que representa. 
MÉRITO. Ao final, tem -se a conclusão de que a manifestação de vontade 
externada para a contratação se encontra viciada, seja porque os 
consumidores foram induzidos em erro, seja porque houve a omissão dolosa 
da possibilidade de cobrança pelo serviço oferecido, sendo certo que, caso 
houvesse informação completa do objeto da contratação e das respectivas 
consequências, o negócio não teria sido celebrado. DANOS MATERIAIS E 
MORAIS INDIVIDUAIS. Não há óbice para que as condenações ao pagamento 
de indenizações por danos materiais e por danos morais aos consumidores 
efetivamente lesados pela prática abusiva dos requeridos seja determinada 
de forma genérica, com fundamento no artigo 95 do Código de Defesa do 
Consumidor.Trata -se de medida para resguardo de que cada pessoa lesada, 
individualmente, possa ingressar com ação de liquidação de sentença, na 
qual seapurará, conforme a prova produzida, a ocorrência dos danos 
materiais e morais naquele caso concreto, assegurados o contraditório e a 
ampla defesa no procedimento de liquidação. (Apelação Cível Nº 
70072925258, Décima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, 
Relator: Ana Lúcia Carvalho Pinto Vieira Rebout, Julgado em 27/07/2017) 
 
Cabendo, portanto, no caso presente a aplicação do Código de Defesa do 
Consumidor, bem como a inversão do ônus da prova. 
b) DA NULIDADE DO CONTRATO 
 Os fatos trazidos são públicos e notórios, ante a existência de diversas 
causas bastante similares já apreciadas pelo Judiciário, sempre com o mesmo modus operandi, 
configurado o já conhecido “GOLPE DA LISTA TELEFÔNICA ”. A Requerida, à semelhança de 
inúmeras “empresas similares”, faz a captação de incautos “clientes” por meio de telefone e e 
-mail, induzindo-os em erro, mediante ardis variados, afirmando que se trata de "mera 
proposta de contrato" de modo que vulneravelmente assinem alguma proposta. 
A conduta perpetrada pela Requerida desde o início da suposta contratação 
foge por completo à boa e honesta prática comercial que deve presidir qualquer relação 
contratual, bem como a transparência e clareza exigida pelo Código de Defesa do Consumidor, 
afastando a idoneidade da cobrança. 
Percebe-se Vossa Excelência que o contrato de figuração é nulo de pleno 
direito pois contém vícios, já que no contrato em tese, não tem as especificações dos serviços 
que serão contratados, nem apresenta o CNPJ correto da empresa contratada, muito menos 
assinatura por parte de seus sócios. 
 
 
Assim no que diz com o mérito propriamente dito, é inequívoco que está 
diante do “golpe da lista telefônica”, na qual as empresas “vendiam” o serviço de anúncios em 
listas telefônicas ou sites de internet, através de ligações telefônicas em que diziam tratar -se 
de um serviço “gratuito” de recadastramento, sob pena de exclusão da propaganda da 
empresa da lista telefônica. 
Ou seja, apresentavam um discurso incisivo e, ao mesmo tempo, vago, 
impreciso, sem esclarecer ao consumidor todas as consequências da declaração de vontade 
manifestada, vindo, posteriormente, no entanto, a exigir aqueles valores, inicialmente 
inexistentes ao consumidor, sob a ameaça de negativação e protesto da empresa. 
Ainda é importante esclarecer que no caso em tela a Requerente foi 
ameaçada por ligações, e indicada ao SCPC e SERASA, ficando mais claro e evidenciado que a 
Requerente foi vítima de golpe através da Requerida. 
Nesse contexto, conclui -se que o suposto contrato firmado pela parte 
Requerente, decorreu de fraude perpetrada pela parte requerida que induziu a Requerente 
em erro, omitindo e ludibriando-a, dolosamente, da possibilidade de cobrança pelo serviço 
oferecido, sendo certo que, caso houvesse informação completa do objeto da contratação e 
das respectivas consequências, o negócio não teria sido celebrado. 
Tal conduta afronta o Código de Defesa do Consumidor, sobretudo a 
proteção contra a publicidade enganosa e abusiva (artigo 6º, incisos III e IV, do CDC), aduz: 
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, 
com especificação correta de quantidade, características, composição, 
qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que 
apresentem; 
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais 
coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou 
impostas no fornecimento de produtos e serviços; 
Nesse sentido: 
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO 
DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÍVIDA. GOLPE DA LISTA TELEFÔNICA. 
INEXISTÊNCIA DE CONTRATAÇÃO VÁLIDA. O funcionário que efetivou a 
negociação não possuía autorização, para fins de celebração desse tipo 
contratual; assim, a violação ocorreu, quanto à limitação de se obrigar da 
pessoa jurídica, nos termos dos artigos 47, combinado com 104, I, ambos do 
Código Civil, para fins de invalidar o presente contrato de prestação de 
serviços. Ademais, nota -se a existência de inumeráveis situações afins neste 
Tribunal (denominadas como "golpe da lista telefônica"), das quais se 
depreende a verdadeira intenção da presente pretensão; nessa seara, 
entende que a parte apelante veio a ser induzida ao erro, tendo em vista, 
também, a inexistência de prova por parte da apelada, para fins de 
demonstrar que a parte apelante se beneficiou pela contratação. DERAM 
PROVIMENTO AO APELO. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70063180640, 
Vigésima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Glênio José 
Wasserstein Hekman, Julgado em 29/07/2015; 
 
 
 
 
Portanto, resta claro o direito ao desfazimento do negócio, consequência 
disso é o retorno das partes ao estado anterior à contratação, com a rescisão do contrato e 
exclusão do nome do requerente dos cadastro positivo no órgãos de proteção ao Crédito. 
 
 Igualmente, o contrato firmado entre as partes caracteriza-se como prática 
abusiva, pois afronta o disposto no artigo 39, inc. IV, do CDC, permitindo a rescisão do contrato 
com o retorno das partes ao "status quo ante". 
 
Diante disso requer o reconhecimento de nulidade do contrato 
estabelecido pelas partes, pelas razões de direito expostas acima e por se tratar de golpe, 
onde a requerida induziu a requerente em erro, omitindo e ludibriando-a, dolosamente, da 
possibilidade de cobrança pelo serviço oferecido. 
 
c) DO DANO MORAL 
 
 No caso em tela é cabível a presente ação de indenização por danos 
morais, em conformidade com a Legislação pátria, nos termos do artigo 186 do Código Civil: 
 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente 
moral, comete ato ilícito. 
 
 Ainda, o inteligente artigo 927 e parágrafo único do Código Civil: 
 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, 
fica obrigado a repará -lo. 
 
O ordenamento jurídico pátrio prevê a inviolabilidade da honra e imagem 
das pessoas, assegurando o direito à indenização decorrentes de sua violação, é o que se vê da 
norma do art. 5º, X da CRFB, “in verbis”: 
 
Art. 5. 
[...] 
 
X- são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das 
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral 
decorrente de sua violação. 
 
Nesse seguimento, a Requerente faz jus a receber indenização por danos 
morais, por conta da frustração imposta à demandante, que assinou acreditando estar 
ingressando em negócio que lhe traria retorno financeiro quando na verdade foi ludibriada 
pela Requerida. 
 
Sendo assim, é cabível a condenação da Requerida a indenização por dano 
moral, tendo em vista que a situação vivida por esta ultrapassa os meros dissabores da vida 
em cotidiano e fere a honra objetiva da Requerente que se viu na iminência de ter seu nome 
negativado e protestado por um contrato fraudulento. 
 
 
 
Para que se caracterize o dano moral, é imprescindível que haja: 
 ato ilícito, causado pelo agente, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência; 
 ocorrência de um dano de ordem patrimonial ou moral; 
 nexo de causalidade entre o dano e o comportamento do agente. 
 
O ato ilícito fica evidentemente claro tendo em vista que a parte 
requerente foi ludibriada, e induzida ao erro para assinar o respectivo contrato, além disso 
ainda cometeu ato ilícito a requerida, quando ligou ameaçando diversas vezes a parte 
requerente, e indicando seu nome no SPC e Serasa. 
 
A ocorrência de um dano de ordem patrimonial ocorreu tendo em vista que 
esta obrigou-se a contratar o causídico para sua defesa, já a ocorrênciado dano moral se 
configura tendo em vista que a dor, humilhação e sofrimento experimentados pela 
Requerente, tendo em vista que teve seu cadastro para compras a prazo negado, sem contar 
que esta não tem dormido a noite, por conta do golpe que caiu, sofrendo um forte abalo 
psicológico. 
 
Já quanto ao nexo de causalidade entre o dano e o comportamento do 
agente, este fica configurado tendo em vista que o golpe praticado pela Requerida ocasionou o 
dano patrimonial e moral na Requerente. 
 
d) DO VALOR DO DANO MORAL 
 
Entretanto, é de se salientar que o prejuízo moral experimentado pelo 
Requerente deve ser ressarcido numa soma que não apenas compense a dor e sofrimento 
causados, mas especialmente deve atender às circunstâncias do caso em tela. 
 
Para tanto, o valor a ser arbitrado não pode ser meramente simbólico, ou 
seja, num patamar tão insignificante que não represente agravo ao agente lesante, além disso, 
a responsabilização deve dissuadir o responsável pelo dano a cometer novamente as mesmas 
modalidades de violações e prevenir que outra pessoa pratique ilícito semelhante (função 
dissuasória ou preventiva), sugere -se, portanto, a fixação do quantum no mínimo de R$ 
15.000,00 (quinze mil reais). 
 
e) DO PEDIDO LIMINAR PARA EXCLUIR A INSCRIÇÃO INDEVIDA EM CADASTROS DE 
PROTEÇÃO AO CRÉDITO 
 
 Entende -se que para a concessão de medida liminar, se faz necessário a 
comprovação de dois requisitos: fumus boni iuris e o periculum in mora, o que ficara 
devidamente comprovado. 
 
Quanto ao fumus boni iuris, resta claro que o que se solicita é mais do que 
uma simples aparência de um bom direito. 
 
 
 
É um direito certo e obrigatório da requerente a concessão da medida 
liminar para que assim retire a inscrição indevida de seu nome no cadastro de inadimplentes, 
por não possuir qualquer débito com a Requerida. 
 
Além disso, se trata notadamente de cobrança indevida, desprovida de 
senso e fundamentação legal. 
 
Ademais, o periculum in mora fica demonstrado ante aos danos e prejuízos 
já suportados e outros tantos advindos da inscrição do nome da Requerida no cadastro de 
inadimplentes, tolhendo assim o direito de exercer o pleno gozo de seu bom crédito na praça, 
já que seu bom nome é necessário ao pleno exercício de suas atividades pessoais e comerciais. 
 
 A demora no andamento processual não outorga a Requerente o conforto 
da espera e isso poderá lhe trazer ainda mais prejuízos, havendo justo receio e certeza de que 
não possa manter seus negócios, bem como a rotina da vida cotidiana. 
 
Salientamos que a antecipação de um dos efeitos da tutela não causará 
qualquer prejuízo à Requerente. 
 
De clareza impar que a antecipação do provimento, que deve ser deferido, 
não causará qualquer dano irreversível à demanda. 
 
Desta forma, não restam dúvidas quanto a possibilidade de concessão da 
medida liminar pleiteada. 
 
Diante do exposto, tem a presente, para que, com fundamento no Art. 300 
do CPC, seja concedida a medida Liminar, a fim de que retirar a indicação indevida dos 
cadastros de proteção ao crédito no nome da Requerente. 
 
DOS PEDIDOS 
 
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência: 
 
a) A concessão da medida liminar pleiteada, com fundamento no Art. 300 
do CPC, a fim de que retire a indicação indevida em cadastros de proteção ao crédito no nome 
da Requerente; 
b) A citação da Requerida, para que compareça a audiência conciliatória, e 
querendo, apresente contestação no prazo legal, sob pena de revelia; 
 
c) No Mérito: A TOTAL PROCEDÊNCIA da ação, para o fim de declarar a 
nulidade do contrato e a inexigibilidade quaisquer débitos entre as partes e condenar a 
Requerida ao pagamento: I - De Reparação por danos morais, no valor de R$ 15.000,00 
(Quinze mil reais ). 
 
 
 
d) Requer ainda a aplicação do CDC e inversão do ônus da prova, nos 
termos do art. 6º, inciso VII do CDC; 
e) Protesta provar o alegado através de todos os meios de provas admitidos 
em direito; 
f) Dá -se à causa o valor R$ 15.000,00 (quinze mil reais) 
 
Nestes Termos; 
Pede Deferimento. xxxxxx, 11 de maio de 2021. 
 
xxxxxxx

Continue navegando