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AVALIAÇÂO, POR QUÊ?
Antonio MARCOS
RESUMO: A prática escolar em sua história cronológica vem sendo alterada bem como suas perspectivas e seus afazeres diários, praticas que levam recintos e professores a novas discuções sobre o trabalho docente. No sentido de investigar e melhorar tais ações visando uma nova interação entre aprendizagem sujeito e meio, segue a avaliação como um paradigma dos nossos tempos na escola, compreendida e reformulada para a inserção de novas praxes. Esta avaliação passa por complexos conflitos dentro da escola de cunho tradicional visando a manutenção social hoje é almejada num intuito mais progressista menos patriarcal tendo o foco principal a formação do sujeito como um todo, apesar de ainda estar enraizada como controle social. Este trabalho bibliográfico visa apontamentos para a melhor compreensão desta tão complexa forma de promover resultados.
.
PALAVRAS-CHAVE: Avaliação, Exame, História, Gestão.
1- INTRODUÇÂO
 Avaliar é um ato que começa muito cedo, desde quando se é bebe já se avalia, as pessoas que estão em sua volta o comportamento que elas tem com o pequeno ser isto mostra como a avaliação se faz presente na vida cotidiana, desse modo avaliamos situações, fatos, necessidades, vontades, possibilidades enfim tudo e todos que permeiam nosso convívio. Porem ao falar de avaliação escolar surgem duvidas: O que é avaliar? Para quem avaliar? O que esta se avaliando? Para melhorar o entendimento sobre o tema abordado se faz necessário alguns posicionamentos sobre a avaliação.
( VASCONCELLOS 1998, p.30 ) afirma que:
“ A avaliação implica em julgamentos de melhor ou pior[...] Uma medida nos diz o quanto de uma determinada característica um individuo possui. Se, Então, dissemos, baseados nessa medida, “excelente”, “satisfatório”, ou “terrível” foi feita uma avaliação. Esta procura-se tendo em vista objetivos específicos.” 
 Não há começos limites nem fim no processo de construção do conhecimento. Por isso a avaliação acontece em todos os momentos do dia-a-dia por meio de atos amadurecimentos e leitura de mundo que se vive.
2 - UMA CURTA HISTORIA DA AVALIAÇÂO
 Considerando a avaliação como um processo analisaremos alguns acontecimentos que ocorreram na evolução da história, dinâmicos que transformaram em mudanças na “Historia da Educação”.
 Na antiguidade, encontram-se diversas formas de avaliação. Na maioria das tribos primitivas, adolescentes eram submetidos a provas rigorosas de acordo com os costumes de cada lugar ou região que habitavam. Só depois de submeterem aos mesmos e desses obterem sucesso eram então considerados pelos outros membros como um ser adulto.
 No livro (Juízes -12-5,7) pode ser encontradas as primeiras noticias sobre avaliações, observa-se nesta passagem que os Efraimitas desejavam passar o rio Jordão pois eram fugitivos de Efraim, teriam que pronunciar a palavra Sibolete e ao ouvirem os Efrimitas dizerem Xibolete notavam que era uma fraude, visto que só aqueles que participavam das tribos amigas conseguiam pronunciar a expressão correta e quarenta e dois mil perderam as vidas por fracassar neste teste.
“Porem tomaram os Gileaditas aos Efraimitas os vaus do Jordão; e sucedeu que, quando os fugitivos de Efraim diziam: Passarei; então os homens de Gileade lhes diziam: És tu Efraimita? E dizendo ele: Não; Então lhe diziam: Dize, pois, Xibolete; porém ele dizia: Sibolete, porque não o podia pronunciar bem. Então pegavam dele, e o degolavam nos vaus do Jordão. Caíram de Efraim naquele tempo quarenta e dois mil. Jefté julgou a Israel seis anos; e morreu Jefté, o Gileadita, e foi sepultado numa das cidades de Gil ade.”
 A idade media tem características mais espiritualizadas durante períodos apostólicos patristicos 
 e monásticos, há uma necessidade de se conhecer realidades mediatas distintas do sentido, sendo suprassensível que o homem chegou com o auxilio da inteligência em detrimento à aceitação da fé, predomina, portanto o método tradicional o argumento de autoridade aplicado a realidade de fatos não suscetíveis a comprovação de experimental e um segundo constituído em admitir uma doutrina ou verdade baseada no valor moral e intelectual de quem o professa.
 Os doutores medievais refletindo sobre o irracional preparavam os caminhos da razão e acometiam para um novo modelo de avaliação com novas perspectivas, mas o caráter básico desta estrada medieval ainda esta centrada no teocentrismo é a gravitação da idade média.
 Por outro lado o movimento renascentista manifestava o humanismo de duas maneiras bem diferentes estavam entre o cristianismo e o paganismo. Enquanto a corrente cristã trazia uma enorme valia para o sistema avaliativo através de uma orientação psicológica que visava atender as diferenças individuais do sujeito, afim de que fossem se preparar para a vida com suas aptidões necessidades e interesses, a corrente paganista ressaltava o individual considerado por muitos como um fim para si mesmo, a supervalorização do “Eu” sem nenhum vinculo com valores ditos transcendentais mais tarde este pensamento vem a culminar com o moderno predominantemente do caráter naturalista.
 Durante a tomada de Constantinopla pelos Otomanos os sábios refugiaram-se na Itália e levam as obras mais importantes dos escritores antigos, fazendo-se despertar assim o interesse por línguas antigas.
 Foi nesta época que surgiram as nacionalidades e o começo das línguas modernas. Mas foi a criação da imprensa de Gutenberg que deu maior ênfase no desenvolvimento das atividades intelectuais e assim também revolucionou a avaliação passando agora, a ter uma organização e não ser mais de caráter abstrato, desde então passa a ser documentada, a primeira instituição a usar este exame esta na Inglaterra, Cambridge 1702.
Analisando a pedagogia desta época pode-se chegar a algumas inferências de como os educadores da época avaliavam os aproveitamentos dos alunos, segundo René Descartes estas são as quatro regras próprias para encaminhar o espírito na busca da plena verdade. 
1º Nada se admite como verdadeiro se não se conhece como tal.
2º dividir cada uma das dificuldades em tantas parcelas quantas se puder e for exigido para sua melhor resolução
3º levar os pensamentos em ordem começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de serem conhecido para subir, pouco a pouco, como por degraus, aos conhecimentos, mais complexos.
4º Fazer em todas a parte enumerações tão completas e inspeções tão gerais que esteja certo de nada omitir. 
 NO Brasil a historia da avaliação se entremeia a própria historia, pois ela é instituída com a chegada dos jesuítas datada de 1599 seu intuito era de catequizar os habitantes desta nova terra ( Prado 1994 p.41).
“No Brasil colonial as principais escolas foram jesuítas onde... Sua tarefa era aculturar e converter “ignorantes” e “ingênuos” como os nativos, e criar uma atmosfera civilizada e religiosa para os degradados e aventureiros que para ca viessem.” 
 Entre 1554 e 1570 foram fundadas cinco escolas de instituição elementar ( Porto Seguro, Ilhéus, Espírito Santo, São Vicente e São Paulo) e três colégios ( Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia ).
 Com a chegada da Corte Real no século XIX foram criados cursos de nível superior: Academia Real da marinha 1808, Academia Medico-cirúrgica da Bahia 1808, e Academia Medico-cirúrgica do Rio de Janeiro 1809. Após estes terem sido instituídos foram criados cursos técnicos voltados para a Botânica, Economica, Geologia e Mineralogia e no ano de 1834 o Ato Adicional criou nas províncias o ensino primário, na segunda metade do século começam a surgir instituições particulares quase todos de cunho católico.
 Na década de 1920 foram feitas varias reformas estaduais com novas propostas pedagógicas (Francisco Campos Minas Gerais, Anísio Teixeira Bahia e Fernando de Azevedo Rio de Janeiro). No Estado Novo foi criada e promulgada as leis orgânicas que dizem respeito a educação bem como suas disponibilidade seu acesso aberto a todos da classemenos favorecida bem como o obrigatoriedade quanto a estados e municípios 
 Assim o diz no Artigo 129 da constituição Brasileira promulgada à 10 de novembro de 1937 (Constituição).
 “ Art 129 - A infância e à juventude, a que faltarem os recursos necessários à educação em instituições particulares, é dever da Nação, dos Estados e dos Municípios assegurar, pela fundação de instituições públicas de ensino em todos os seus graus, a possibilidade de receber uma educação adequada às suas faculdades, aptidões e tendências vocacionais”
 Criando o ensino profissional ministrado através das empresas e industrias tais como o Serviço Nacional da Indústria (Senai) e o Serviço Nacional do Comércio (Senac) ainda o dito no segundo parágrafo do mesmo artigo acima citado( Constituição 1937).
“É dever das indústrias e dos sindicatos econômicos criar, na esfera da sua especialidade, escolas de aprendizes, destinadas aos filhos de seus operários ou de seus associados. A lei regulará o cumprimento desse dever e os poderes que caberão ao Estado, sobre essas escolas, bem como os auxílios, facilidades e subsídios a lhes serem concedidos pelo Poder Público.”
 Em 1960 surgiram as primeiras iniciativas de educação popular, voltada, também, para o atendimento à população adulta como o Movimento de Educação Popular liderado por Paulo Freire, cuja proposta foi adotada por inúmeros países da América Latina, sendo que suas propostas foram bem aceitas e seu sistema de ensino obteve grandes êxitos, e na África contribuiu e muito para as pequenas mudanças ja que o mesmo vive uma crise de identidade social, e, o Movimento de Educação de Base, iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
 Com a aprovação da primeira LDB (1961) garantiu o direito a educação de todos organizou e criou o Conselho Nacional de Educação afixou os currículos mínimos as instituições e deus régios poderes as universidades. Hoje a educação sistemática no Brasil está dividida em vários níveis: Inicialmente o ensino pré-escolar que atende a crianças de o até 6 anos e, está subdividido em cursos maternais, de jardim da infância e a pré-escola é quando começa a alfabetização???????????.
, Para melhor atendimento à população estudantil mais carente o Ministério da Educação e Cultura (MEC) desenvolve a partir de 1995 programas voltados especificamente para essa faixa populacional onde são observados maiores índices de reprovação, repetência e evasão.
 Todo o acompanhamento é feito pelo “Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Básico” que visa avaliar o rendimento dos alunos do básico e secundário, e ainda Sistema de Avaliação de Cursos para o terceiro grau. Os principais estudos que auxiliam nesta área se da grassas a Associação Internacional para a avaliação educativa, entre os anos de 1960 a 1995 foram realizados 14 estudos que concentrarem-se na alfabetização na matemática e nas ciências integradas.
 Todos são caracterizados por terem os mesmos instrumentos de avaliação a fim de registrarem a aprendizagem obtida nestas áreas pesquisadas, geralmente são aplicadas a grupos de mesma idade ou escolaridade nos países onde se faz a pesquisa.
3- QUE SE ENTENDE POR AVALIAÇÃO
3.1-A AVALIAÇÂO É!
O ato de avaliar se faz presente em todos os momentos na vida humana, as pessoas têm de tomar decisões e assim o fazendo partem de pressupostos, julgamentos provisórios, obedecendo a seus critérios individuais deixando-se levar pela experiência de vida, a priori, baseando-se em atitudes probabilísticas como diz (Heller 1985, p.44 ):
“ Em breves lapsos de tempo somos obrigados a realizar atividades tão heterogêneas que não poderíamos viver se nos empenhássemos em fazer com que nossa atividade dependesse de conceitos fundados cientificamente” 
 A prática destes juízos impele diretamente nas relações que o sujeito tem com o meio e demais que nele habitam, as possíveis correções destes juízos far-se-a pelos conhecimentos e ou decisão moral e individual. Ao emitir um juízo numa tomada de decisão o homem faz uso de sentidos e capacidades, sendo estas intelectuais sentimentais e ideológicas, trabalhando à partir desta concepção tem a opção de ficar em casa e ler um livro ou participar de um comício, pode ser emitida através de seus lapsos de tempo. Segundo (KENSKI 1991, p.132 ):
” O ato de avaliar, portanto, exercido em todos os momentos da vida diária dos indivíduos é feito a partir de juízos provisórios, opiniões assumidas como corretas e que ajudam nas tomadas de decisões. Esses posicionamentos são definidos pelas pessoas com todos os aspectos de sua individualidade, de sua personalidade.”
 Partindo destas afirmativas, pode-se chegar ao conceito que a todos os momentos direta ou indiretamente se faz por avaliar algo e ou atos que são de extrema necessidade para manutenção da vida sócia afetiva. Ainda pode-se explicar o porquê se espera tanto das ações das sociedades, pois esta lançada sobre cada um, o juízo do que pode ser melhor, neste contexto insere-se sociedade e família no cumprimento seus respectivos papeis dentro do contrato social.
 No estudo etimológico da palavra avaliar provinda do latim “valere” que pode ser entendido pela grandeza do mais forte ou ainda a atribuição de valores de juízos deste mais forte em relação aos demais. Outro ponto interessante que se pode chegar é a conclusão que avaliar nada mais é que comparar, confrontar pessoas e situações que possa nortear o trabalho que esta sendo feito. Assim estimando a necessidade de haver mais fortes, pois se o não tiver, perdera a essência de se fazer avaliar assim diz(DEMO 1996, p.13):
“ Comparar significa, inevitavelmente confrontar as pessoas tendo por referencia padrões considerados desejáveis e sobretudo privilegiadamente escassos. Os melhores sempre são poucos. Se por acaso se tornassem maioria, perdem o sentido de melhores, e outros parâmetros surgem que denotem a escassez privilegiada.”
 Mais para que este mais forte exista realmente em todos os âmbitos e possa fazer juz e obter mérito nestes julgamentos explica (ROSSEAU 2000 p.59) far-se-á necessária, criação da força em direito e não sobrepondo esta máxima pelo legislador e sua obediência em dever da mesma força, fazendo com que o ato feito ganhe legitimidade e possa ser reconhecido por todos.
“ O mais forte nunca é suficientemente forte para ser sempre o senhor, se não transformando sua força em direito e a obediência em dever. Daí o direito do mais forte.”
 A Avaliação é determinar valores e juízos a algo ou situação do cotidiano social das pessoas pode ser feita do sujeito em relação ao meio ou pela interação entre indivíduos hoje sua maior aplicação e dar-se-á no recinto escolar onde pode diagnosticar qual o “nível” da aprendizagem.
3.2- A AVALIAÇÂO ESCOLAR
 Na área da educação, a avaliação é feita através da mediação, um professor para poder determinar fatores qualitativos necessita ter quesitos para a promoção ou retenção do aluno naquele nível de ensino, e pode auxiliar o professor nas tomadas de decisão no que diz respeito a continuação ou o retrocesso a lugares específicos do conteúdo para que seu trabalho dentro da sala de aula possa contribuir em definitivo com a formação do discente. Como diz ( LIBANEO 1994 p.196):
“Podemos, então, definir a avaliação escolar como um componente do processo de ensino que visa, através da verificação e qualificação dos resultados obtidos, determinar a correspondência destes com os objetivos propostos e, daí, orientar a tomada de decisão as atividades didáticas”
 Tanto alunos quanto professores fazem avaliações constantes, é destas, que se estabelece como será a convivência dentro de uma sala e a qualidade do trabalho que esta sendo desenvolvida pelo profissional, nestes juízos, seja ela positiva ou negativa recaem em diferentes atitudes, mudança de comportamento de quem avalia à total submissão de quem é avaliado por entender-se necessária aquela situação forçando a aceitar não porque goste, mas por um fator quevem na gênese das relações da escola com a família.
 Por isso entende-se e persegue-se o tema, para uma melhor forma de avaliar, e precisando estar norteada por alguns requisitos:
· As funções sociais e econômicas que a instituição impele nesta localidade 
· A posição que se adota e a legitimidade sobre os conhecimentos adquiridos e transmitidos.
· A estrutura organizacional desta instituição 
· A forma de conhecer e relacionar a autoridade, o fator da disciplina e sua manutenção durante o trabalho desenvolvido naquele período.
· A participação dos alunos direta ou indiretamente nas atividades propostas.
 Partindo desta analise pode-se chegar a varias maneiras diferentes de se avaliar, Provas objetivas, dissertativas, Debates, relatórios individuais e auto avaliação, sendo a ultima a mais difícil de todas, já que esta é feita individual e não é jamais exposta para os demais que participam do processo, ficando assim na esfera particular. Não usar um método único para conceber tal avaliação consiste na obtenção de melhores resultados, já que os alunos não se cansarão e assim o rendimento terá sido especificamente melhor observado pelo professor que o impeliu.
 A avaliação tem de fazer parte do processo da aprendizagem como um todo ela não deve ser praticada como um instrumento de poder para gerar castigos e ameaças, deve-se levar em consideração o nível de desenvolvimento de todas as partes deste aluno tanto no social quanto no afetivo motor e outras. Como diz ( MELCHIOR 1999 p.58):
“A avaliação sendo parte integrante do processo de ensino aprendizagem, deve ser integral como o processo de de desenvolvimento do educando. Deve considerar todos as dimensões do comportamento humano de forma inter-relacionada para procurar um maior desenvolvimento do individuo.”
 Assim deve ser de cunho diário e continua sendo o profissional da área de educação um observador atento a disponibilidades e habilidades que os discentes implicarão no desempenho das tarefas propostas e suas inter-relações sociais, motoras, cognitivas e afetivas.
 De caráter progressivo sendo FORMATIVA e SOMATIVA, a primeira é avaliação que tem como parâmetro o todo, em qualquer situação que leve a aprendizagem o professor deve praticá-la sumariamente no dia-dia dentro da sala, observando no intervalo e ai sim pode atribuir valor, já a segunda deve ser a conclusão do processo que promove ao próximo nível.
 A avaliação ainda tem varias finalidades com muitos objetivos não esta restrita ao processo, ela pode satisfazer a instituição, a família e sociedade. Podem-se destacar estas:
· Funções Sociais: A função maior dentro da perspectiva social dar-se-á na existência da pratica escolar. Numa sociedade que o mercado de trabalho visa o rendimento obtido nas instituições acadêmicas como forma de seleção, o diploma que os recintos escolares espedem têm um papel fundamental e é neste momento que se completa o “ CICLO DAS NOTAS”. (GOMES, 1996, p.3240) diz: ”A democratização do acesso à escolaridade básica, faz do ensino uma oportunidade para todos, seja qual for sua circunstancia pessoal e sua origem social”. E assim o dizendo ele faz uma analogia a sociedade atual e coloca a escola como finalidade do processo social excludente. 
· Funções Pedagógicas: É onde tem sua maior aplicação visto que por trás das paredes de uma instituição de ensino independente do nível que venha a ter, é onde se constrói maior parte do saber. E a avaliação neste ponto pode trazer o diagnostico e elucidar os pontos que ainda necessitam ser melhorados ou os que já estão consolidados, pode-se fazer um diagnostico envolvendo o professor o supervisor e toda equipe que gere a instituição, demonstrando para que o próprio aluno tome consciência de que nível ele alcançou bem como seus pontos fortes e fracos.
· Função Orientadora: ( GOMES 1996, p. 331) Diz:
“ Pode realizar a função orientadora a partir de avaliações que abrangem períodos longos e quando se passa de determinados estudos para outros, mas também é importante compreende-la como ajuda tutorial continuada para a resolução de dificuldades, criação de hábitos de trabalho adequado, escolha de tarefas para os mais adiantados” 
 A avaliação enquanto orientadora coloca toda equipe dentro do seu processo desde a escolha dos temas, como trabalha-los e podendo ajudar a diagnosticar quais as melhores competências do aluno e a partir daí escolher os melhores caminhos que devera ser trilhada por este, tendo elucidada a melhor metodologia para aplicar a um grupo.
4- PEDAGOGIA DO EXAME
 A avaliação esta diretamente ligada a uma óptica metodológica vinculada ao professor toda pratica refletirá e será resultado daquilo que se acredita, assim na avaliação ele exigira do aluno conforme foi ensinado ao mesmo e repassado por ele.
 O professor ao avaliar implica juízos sobre os alunos em três elementos: ao avaliar sua memória, que contem informações sobre o aluno, ao jugar suas atitudes e seus atos dentro da sala de aula, sendo este o outro elemento a nota que o mesmo conseguiu nas avaliações assim funcionam os meios de avaliação, um exercício de poder mesmo sendo a mais progressiva e total ela coloca e atribui valores ao trabalho e obedece de modo voluntário ou não a dominância que a sociedade impõe e dele cobram, como diz ( GIMENO 1988, p. 385 ):
“A avaliação tem um grande poder de configurar realidades sociais e pedagógicas dentro da sala de aula e, nessa medida, deve ser objeto de atenção, mas é ao mesmo tempo produto de pressões institucionais e de um controle que se realiza tecnicamente através do modelo de tarefas dominantes.”
 A concepção de exame vem a muito sendo priorizada no ensino regular, nos primeiros anos ela ganha uma conotação suave e calma, fica mais acirrada quando os alunos vão subindo nas etapas. Os alunos estão mais voltados para a promoção e ao iniciar o ano já querem saber como será a distribuição de pontos tentando obtê-los pelas mais variadas maneiras licitas ou não. Como explica ( LUCKESI 1998 p. 18):
“ Durante o ano letivo, as notas vão sendo observada, médias vão sendo obtidas. O que predomina é a nota : não importa como elas foram obtidas nem por quais caminhos. São operadas e manipuladas como se nada tivessem a ver com o percurso ativo do processo de aprendizagem.”
 Os professores utilizam as provas como meio de ameaça e tortura dos alunos dizendo estes serem, um elemento de motivação da aprendizagem, quando ele nota que seu trabalho não esta indo como deveria passa a usar atos sutis de violência
, por meio de ameaças um verdadeiro terrorismo que visa manter a disciplina para que possa seguir adiante com a transferência de conhecimento, assim o fazendo os alunos deveram empenhar-se não para a construção prazerosa do saber, mais para a obtenção da nota no fim do ciclo de trabalho e o medo do fracasso que predominantemente em seus lares serão remetidos em castigos com a não promoção feita por seus genitores os levam a estudar.
 O Sistema de ensino foca seu trabalho nas metas a serem alcançadas segundo percentuais de aprovação/ reprovação, por meio de gráficos e curvas maravilhosas que faz do mesmo um modelo de estabelecimento , porem esconde uma verdade um tanto cruel a aprendizagem esta muito além do que seria necessário assim passa aos pais ingenuamente uma posição de conforto e ao sistema capitalista os números precisos para a obtenção de mais dinheiro para a continuação do sistema manipulador e excludente. Os pais por sua vez estão na expectativa das notas para a promoção dos filhos quanto maior a nota mais fácil será a inserção e aceitação do mesmo pelo mercado de trabalho, é um habito corriqueiro nas reuniões bimestrais quando abordados pelos professores não querem saber da conduta se houve ou não o aprendizado enfatizam na “ Boa nota”, as próprias reuniões já são feitas para que não aconteça uma articulação entre família e escola, sabendo que a mesma já nunca aconteceu assim o professor tem de conversar com mais de trina paisao mesmo tempo o que é praticamente impossível.
 O sistema social esta focado na classificação por meio de notas, para as maiores medias escolares certamente os melhores empregos e salários aos mais “ fracos” apenas resta o desconsolo de ser sempre considerado “sub” em tudo o que for fazer, é um meio de controle da classe opressora sobre os oprimidos. Diz (FREIRE 2005, p.51):
“...Daí que tendem a transformar tudo que os cerca em objetos de seu domínio. A terra os bens, a produção, a criação dos homens, os homens mesmos, o tempo que estão os homens, tudo se reduz ao objeto de seu comando.
Por isso é que, para os opressores, o que vale é ter mais e cada vez mais, à custa, inclusive do ter menos ou nada ter dos oprimidos. Ser, para eles, é ter e ter como classe que tem.” 
A pedagogia do exame traz muitas consequências abordemos algumas:
· Pedagogicamente: Esta ligada e centrada na prática de exames fazendo com que aprendizagem não seja subsidiada pelos processos que a cercam ou seja todo o corpo escolar tem um só intuito a promoção de alunos professores e instituição ficando o resultado a uma nota em seus diversos âmbitos.
· Psicologicamente: Se faz útil para o desenvolvimento de personalidades submissas alienadas e manipuláveis, o sujeito é castrado de ter suas próprias 
· ideais e desejos ficando presas as formas de controle impostas por entidades, deste modo passa a viver no fetichismo na autocensura e autocontrole passando a ver tudo como se fosse “pecado” sendo este no sentido mais amplo da palavra.
· Sociologicamente: Uma vez alienado fica fácil à seleção social e a eugenia, pois este já não existe dentro do estado e é um problema a menos, assim ludibria-lo através da mídia ou por pequena ascensão social dando-lhe mansão que agora obtém poder é apenas um meio de deixa-lo confortável, o individuo não consegue observar nada e faz do seu sonho uma pequena forma de ilusão. A avaliação ai contribuiu com a seletividade, pois criou mais um ser isolado preso na fantasia e incapaz de perceber sua inexistência.
 Em suma pedagogia que vivemos mesmo que no discurso seja de caráter progressista camufla o exame e o legitima, a pratica avaliativa então passa a ser compreendida por esta “Pedagogia do Exame” e é amplo em todo o sistema educativo. Como fala ( LUCKESI 1998, p.17):
“A característica que de imediato se evidencia na nossa pratica educativa é de que a avaliação da aprendizagem ganhou um espaço tão amplo nos processos de ensino que nossa pratica educativa escolar passou a ser direcionada por uma “pedagogia do exame”.”
5- AVALIAÇÃO NA CONJUNTURA DA GESTÃO DEMOCRATICA
 Os relacionamentos humanos são de extrema importância seja na vida pessoal e ou profissional, é através destes fundamentos que podemos delimitar os processos de crescimento do individuo. Com isto a gestão democrática contribui e muito para que a avaliação não se perda pelo caminhar da educação, a valorização desta gestão por meio de indexação social e da comunidade escolar conduz não apenas à uma forma geral e estrutural, gera avanços como diz (LIBANEO1987, p. 37): 
“A valorização da escola pública não somente em reivindicá-la para todos, mas, acima, de tudo, planejar uma ação educativa diferenciada em termos didáticos pedagógicos, oferecendo oportunidades ao aluno para saber e saber fazer de forma crítica, como primeira condição para sua participação ativa em outras situações da vida social, inclusive para melhorar suas condições.”
 Nesta concepção de gestão cabe a liderança e ou seus colaboradores rever a reavaliar os conceitos com que vai ser encarado o contexto das medidas implicadas pelos docentes dentro da sala de aula, apoiando em todas as fazes do processo, por isto é tão importante um planejamento que seja participativo e que realmente traga para dentro dos muros da escola todos com uma única meta, assim diz (LUCK 1988, p.38).
“Planejamento participativo é um processo em que as pessoas realmente participam porque a estas são entregues não só a decisão especifica, mas os próprios rumos que se deve imprimir a escola. Os diversos saberes são valorizados, cada pessoa se sente construtor - e realmente o é - de um todo que vai fazendo sentido à medida que a reflexão atinge a prática e esta vai esclarecendo a compreensão e a medida que os resultados práticos são alcançados em determinado rumo.”
 Para que haja efetividade dentro do processo avaliativo é de fundamental importância o estabelecimento de critérios, e que os mesmos sejam claros a todos os participantes com isto deve ser nomeado pelo gestor um conselho que deve trabalhar no contexto avaliativo de todas as fases, desde a escolha dos temas a serem trabalhados com os alunos até os vários métodos que serão usados para medir os avanços obtidos naquela fase do projeto. É necessária uma visão do geral para o especifico, neste momento para que não se crie uma visão dicotômica que possa levar em consideração apenas o simplório ato de aferir valores.
 A avaliação neste momento também não pode ser encarada como um instrumento corretivo ela apenas aponta os avanços e as falhas existentes naquele momento esta ai a importância da transdicplinariedade como fala (DARLING-HAMOND e ASCHER, 1991, p.37)
“Pesquisas consistentes sugerem que pessoas atuem mais nas áreas nas quais elas serão avaliadas (...) indicadores não apenas medem a realidade eles as modificam (...)como é possível notar, os efeitos de altas propostas nos indicadores[avaliativos]podem algumas vezes ser contra produtivos.” 
 Um novo olhar sobre indicadores que esta equipe traz à gestão permite a mesma um melhor dinamismo, um direcionamento para construção de uma escola mais homogênea que respeite as diferenças, construindo a partir destas novas competências quebrando o velho e enferrujado paradigma da avaliação como um pressuposto de medição, rompendo com este caminha para uma melhor perspectiva, trazendo um novo diferencial para o local onde esta escola esta inserida e sendo assim um fator de mudança social. 
6- CONCLUSÂO
 O ato de avaliar esta e se faz presente em todos os momentos do cotidiano dos seres humanos e é inato, assim compreende-se que todo processo indiferente de qual for sua origem seus meios e finalidades passa por avaliação, partindo do individuo para o meio ou ao contrario.
 Nos processos acadêmicos não o é diferente, após um período de trabalho se faz necessária à avaliação e a conclusão de onde se esta a aprendizagem do mesmo, porem na cronologia da história este vem sendo usado como um instrumento de divisão social. Passa a ter maior importância, pois dita a diferença, entre melhor e pior mais adiantado e atrasado, inteligente e burro, serve como promoção, ainda o faz uso por meios de violência sutil e implícita num discurso progressista.
 Este discurso reticente que visa a promoção do ser como social no completo, nada mais é que uma forma legal de exclusão, a escola parte de um pré suposto para o estado e a elite dominadora de ser um instrumento que adestra o individuo para os fins de produção e consumo, e a avaliação em qual aplicação diária for feita, expressa valores feitos em juízo ou por meio de conceitos ou notas sempre tem conotação das diferenças entre os mesmos dizendo quem se faz mais forte. Assim o fazendo permite a fragmentação silenciosa da sociedade e cria fantasmagorismos de ascensão enquanto na verdade se promove a castração dos desejos e a burrice homeopática que é inserido diariamente, alienando e criando mundos individuais, pessoas incapazes de serem pessoas.
 A avaliação é um processo inacabado e que continuara sendo e o fazendo assim por muitos anos, já que as pessoas se atem mais com a mídia e o que decorre dela bem como utilizar todos os produtos que nela vem inseridos, adotando-a como única fonte para a satisfação do seu prazer, do que a promoção do “ EU” como ser atuante na história, capaz de transformar e reorganizar os processos.
 Uma vez tendo este conceito brigar contra o sistema é o mesmo que correr e chocarfrente a um paredão de pedras é bem mais fácil viver omitindo a verdade que defronta-la é o que todos fazem e continuara sendo feito.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BIBLIA, Bíblia de Estudos Almeida, Barueri SP. Sociedade bíblica do Brasil, 2000.
DEMO, Pedro, Avaliação Sob Um Olhar propedêutico. Campinas SP. Papirus, 1996.
DARLING-HAMOND, O. L. e ASCHER, C, Creating Accountability in Big Cities School. Urban Diversity Series, Nº 102, March,1991.
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� Especialização em GESTÂO ESCOLAR: ORIENTAÇÂO E SUPERVISÂO. Pelo Centro Universitário Barão de Mauá, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. E-mail markusmuniz6@gmail.com Orientador: ANA FLÁVIA DE OLIVEIRA SANTOS. 
� PATRISTICOS ”Patrística” é o nome dado à filosofia cristã dos primeiros sete séculos, elaborada pelos Padres ou Pais da Igreja, os primeiros teóricos —- daí "Patrística" —- e consiste na elaboração doutrinal das verdades de fé do Cristianismo e na sua defesa contra os ataques dos "pagãos" e contra as heresias.
� VIOLENCIA: Deriva do Latim “violentia”, que significa “veemência, impetuosidade”. Exercício desproporcional do poder ou força que se sobrepõem ao princípio da integridade (física, emocional, moral, religiosa, étnica, laboral, familiar, doméstica, empresarial, etc.).
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