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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS NA ÁREA PÚBLICA Profª: Gilseane Urquiza CONCEITO São relatórios extraídos da contabilidade após o registro de todos os documentos que fizeram parte do sistema contábil de qualquer entidade pública em um determinado período. 2 Representar as principais saídas de informações geradas pela Contabilidade Aplicada ao Setor Público, promovendo transparência ao setor Público Nacional. OBJETIVO Entrada de dados Processamento Saída de dados Plano de Contas Sistema Contábil Demonstrações Financeiras 3 Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964; Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000; As disposições do Conselho Federal de Contabilidade relativas aos Princípios Fundamentais de Contabilidade; Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público; DISPOSITIVOS LEGAIS 4 Definidas pela Lei 4.320/1964 em seu artigo 101: Balanço Patrimonial; Balanço Orçamentário; Balanço Financeiro; Demonstração das Variações Patrimoniais; Demonstração das mutações do Patrimônio Líquido (entidades estatais dependentes); Demonstração do Resultado Econômico (facultativa). TIPOS DE DEMONSTRAÇÕES 5 BALANÇO PATRIMONIAL Demonstra a situação das contas que formam o Ativo e o Passivo de uma entidade. O Ativo demonstra a parte dos bens e direitos e o Passivo representa os compromissos assumidos com terceiros(obrigações). BALANÇO PATRIMONIAL 7 No Balanço Patrimonial encontramos a posição estática do Órgão ou Entidade e também o resultado acumulado. De acordo com a Lei 4.320/64, art. 105, nele estarão demonstrados: os Ativos Financeiro e Permanente; os Passivos Financeiro e Permanente; o Saldo Patrimonial e; as Contas de Compensação. GRUPOS DO BALANÇO PATRIMONIAL 8 Ativo e Passivo Financeiros = independem de autorização orçamentária para suas realizações. Ativo Financeiro (AC) – compreende os créditos e os valores numéricos. Exemplo: caixa, bancos, devedores diversos; Passivo Financeiro (PC) – representado pela dívidas de curto prazo ou dívidas flutuantes. Exemplo: Empréstimo com exigibilidade inferior a um ano. Ativo e Passivo Não Financeiros = dependem de autorização orçamentária para suas realizações. Ativo Permanente (ANC)– compreende os bens, créditos e valores. Exemplo: Bens móveis e imóveis, empréstimo concedido. Passivo Permanente (PNC) – Dívidas fundadas ou consolidadas, internas ou externas. Exemplo: Parcelamentos, empréstimos e Financiamentos com exigibilidade superior a um ano. GRUPOS DO BALANÇO PATRIMONIAL Saldo Patrimonial – é o resultado do confronto entre a Ativo Real e o Passivo Real, ou seja, não se inclui o ativo e o passivo compensado. Contas de Compensação = correspondem apenas de atos potenciais (contratos, convênios, garantias, etc.) Ativo e Passivo compensado – registram os bens e valores, obrigações e situações que, mediata ou imediatamente, possam vir a afetar o patrimônio. Exemplo: avais, convênios. GRUPOS DO BALANÇO PATRIMONIAL Como anexo ao Balanço Patrimonial, deverá ser elaborado o demonstrativo do superávit financeiro apurado no Balanço Patrimonial do exercício anterior. Superávit financeiro - a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de credito a eles vinculadas, que é uma das fontes para abertura de crédito adicional, segundo o artigo 43 da Lei nº 4.320/64. BALANÇO PATRIMONIAL - ANEXO BALANÇO ORÇAMENTÁRIO A definição do Balanço Orçamentário segundo a lei nº 4.320/64 em seu artigo 102 é a seguinte: “O Balanço Orçamentário apresentará as receitas e as despesas previstas em confronto com as realizadas.” CONCEITO 13 Veja agora a definição do Balanço Orçamentário segundo a LRF: “Art. 52. O relatório a que se refere o § 3o do art. 165 da Constituição abrangerá todos os Poderes e o Ministério Público, será publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre e composto de: I - balanço orçamentário, que especificará, por categoria econômica, as: a) receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar, bem como a previsão atualizada; b) despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação para o exercício, a despesa liquidada e o saldo; BALANÇO ORÇAMENTÁRIO Despesa Fixada x Despesa Executada - Despesa Fixada > Despesa Executada = Economia na execução de despesa; - Despesa Fixada < Despesa Executada = Excesso na execução de despesa; Resultado Orçamentário - Receita Executada > Despesa Executada = Superávit - Receita Executada = Despesa Executada = Equilíbrio - Receita Executada < Despesa Executada = Déficit Receita Prevista x Receita Executada - Receita Prevista > Receita Executada = Insuficiência de Arrecadação - Receita Prevista < Receita Executada = Excesso de Arrecadação. BALANÇO ORÇAMENTÁRIO - ANÁLISE 15 Orçamento corrente e Orçamento de Capital - Receita Corrente > Despesa Corrente = Superávit do orçamento corrente - Receita de Capital > Despesa de Capital = Superávit do orçamento de capital - Receita Corrente < Despesa Corrente = Déficit do orçamento corrente - Receita de Capital < Despesa de Capital = Déficit do orçamento de capital BALANÇO ORÇAMENTÁRIO - ANÁLISE BALANÇO FINANCEIRO Segundo a Lei 4.320/64, artigo 103: O Balanço Financeiro demonstra os ingressos (entradas) e dispêndios (saídas) de recursos financeiros a título de receitas e despesas orçamentárias, bem como os recebimentos e pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos de disponibilidades do exercício anterior e aqueles que passarão para o exercício seguinte. CONCEITO De acordo com as Normas Gerais editadas pelo Manual de Contabilidade Aplicada ao setor Público, o BF é um quadro com duas seções: 1. A Sessão de Ingressos: que demonstra as receitas orçamentárias e os recebimentos extraorçamentários; 2. A Sessão de Dispêndios: que demonstra as despesas orçamentárias e os pagamentos extraorçamentários. BALANÇO FINANCEIRO O Balanço Financeiro evidencia a movimentação financeira das entidades do setor público no período a que se refere, e discrimina: (a) a receita orçamentária realizada por destinação de recurso; (b) a despesa orçamentária executada por destinação de recurso; (c) os recebimentos e os pagamentos extra-orçamentários; (d) as transferências ativas e passivas decorrentes, ou não, da execução orçamentária; (e) o saldo inicial e o saldo final das disponibilidades. BALANÇO FINANCEIRO As informações sobre o fluxo de recursos das disponibilidades são úteis para que os usuários possam tomar decisões que irão influenciar o fluxo de caixa da entidade. Possibilita, ainda, mensurar se o disponível é suficiente para pagar os bens e serviços adquiridos e contratados e ainda satisfazer os gastos de manutenção. A análise do Balanço Financeiro permite, ainda, a verificação da execução da despesa com as principais vinculações face às respectivas receitas. BALANÇO FINANCEIRO - ANÁLISE Para se conhecer o resultado financeiro apurado no exercício, é necessário a somatória da receita orçamentária arrecadada com os recebimentos extraorçamentários e da despesa orçamentária realizada com os pagamentos extraorçamentários, a diferença apurada será o resultado financeiro do período. RESULTADO FINANCEIRO DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS Abaixo, vejamos a definição da DVP segundo a Lei nº 4.320/64 em seu artigo 104: A Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP evidencia as alterações verificadas no patrimônio durante o exercício financeiro, resultante ou independente da execução orçamentária, e indica o resultado patrimonial do exercício. DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS A DVP divide-se em duas seções: 1. Variações Patrimoniais aumentativas - ativas 1.1 Resultante da execução orçamentária 1.1.1 – Receita Orçamentária – receitas realizadas durante o exercício que refletem variação patrimonial aumentativa causada pela entrada de numerário; 1.1.2 – Mutações Patrimoniais– aumentos patrimoniais relativos a incorporação por aquisições de bens e construções e as desincorporações de elementos passivos, tais como pagamento de empréstimo; 1.2 – Independentes da execução orçamentária – fatos que surgem aumentando o ativo ou diminuindo o passivo, como cancelamento de dividas ou doações. DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS 25 2 – Variações Patrimoniais Diminutivas - Passivas 2.1 – Resultantes da Execução Orçamentária 2.1.1 – Despesa orçamentária – despesas orçamentária realizadas durante o período que irão expressar variação diminutiva causada pela saída de numerário. 2.1.2 – Mutações Patrimoniais – mutações que derivam variações patrimoniais diminutivas relativas a saída de bens alienados, aos empréstimos tomados ou cancelamento de dívidas ativas. 2.2 – Independente da execução orçamentária – fatos que surgem aumentando o passivo e diminuindo o ativo. 3 – Resultado Patrimonial – Diferença entre as variações ativas e passivas. DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS Resultado Patrimonial: Variações Ativas > Variações Passivas = Superávit Variações Ativas < Variações Passivas = Déficit Variações Ativas = Variações Passivas = Equilíbrio A diferença entre as variações ativas e as variações passivas ocorridas durante o ano, ou seja, o resultado patrimonial do exercício, permite a análise das variáveis que influenciaram na alteração do patrimônio da entidade. DVP - ANÁLISE A avaliação de gestão, a partir da Demonstração das Variações Patrimoniais, tem o objetivo de apurar o quanto e que de forma a atividade estatal influenciou na evolução do patrimônio líquido do setor público. Nesta demonstração estão reunidos grupos de contas que permitem identificar as causas que produzem variações no patrimônio, as quais ocorrem em decorrência ou de forma independente à execução orçamentária. DVP – AVALIAÇÃO DA GESTÃO DÚVIDAS?
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