Buscar

7 - Tributário

Prévia do material em texto

Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2019 – DIREITO TRIBUTÁRIO 
1 
 
Sumário 
PONTO 1 - O ESTADO E O PODER DE TRIBUTAR. DIREITO TRIBUTÁRIO: CONCEITO E PRINCÍPIOS. O SISTEMA TRIBUTÁRIO 
NACIONAL. PRINCÍPIOS GERAIS. LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR. REPARTIC ̧ÕES DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS. ........ 7 
1. O QUE SE ENTENDE POR SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL? ............................................................................................................... 7 
2. O QUE SE ENTENDE POR SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO? .................................................................................................... 7 
3. O QUE SIGNIFICA A EXPRESSÃO “LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR? .............................................................................................. 7 
4. O QUE É O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE NO ÂMBITO DO DIREITO TRIBUTÁRIO? ....................................................................................... 8 
5. O QUE É O PRINCÍPIO DA ISONOMIA NO ÂMBITO DO DIREITO TRIBUTÁRIO? ......................................................................................... 8 
6. O QUE É O PRINCÍPIO DA NÃO SURPRESA NO ÂMBITO DO DIREITO TRIBUTÁRIO? .................................................................................. 8 
7. O QUE É O PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE NO ÂMBITO DO DIREITO TRIBUTÁRIO? .............................................................................. 8 
8. O QUE É O PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE COMUM NO ÂMBITO DO DIREITO TRIBUTÁRIO? ..................................................................... 8 
9. O QUE É O PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL NO ÂMBITO DO DIREITO TRIBUTÁRIO? ............................................................ 9 
10. O QUE É O PRINCÍPIO DO NÃO CONFISCO? .................................................................................................................................. 9 
11. O QUE É O PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE TRÁFEGO NO ÂMBITO DO DIREITO TRIBUTÁRIO? ..................................................... 10 
12. O QUE É PEDÁGIO? ........................................................................................................................................................... 10 
13. O QUE É O PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA DA TRIBUTAÇÃO? ................................................................................... 10 
14. O QUE É O PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE DA TRIBUTAÇÃO DA RENDA? ...................................................................................... 11 
15. O QUE É O PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO ÀS ISENÇÕES HETERÔNOMAS? ............................................................................................. 11 
16. O QUE É O PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO À DISCRIMINAÇÃO EM RAZÃO DA PROCEDÊNCIA OU DESTINO? .................................................... 11 
17. O QUE SÃO IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS? ................................................................................................................................... 11 
18. O QUE É ISENÇÃO TRIBUTÁRIA? ............................................................................................................................................... 11 
19. O QUE É NÃO-INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA? ................................................................................................................................... 12 
20. O QUE SIGNIFICA A “ALÍQUOTA ZERO” EM DIREITO TRIBUTÁRIO? .................................................................................................. 12 
21. O QUE É IMUNIDADE RECÍPROCA? ........................................................................................................................................... 12 
22. O QUE É IMUNIDADE RELIGIOSA? ............................................................................................................................................. 12 
23. O QUE É A IMUNIDADE TRIBUTÁRIA DOS PARTIDOS POLÍTICOS, SINDICATOS DE TRABALHADORES E ENTIDADES EDUCACIONAIS E ASSISTENCIAIS 
SEM FINS LUCRATIVOS? ................................................................................................................................................................... 12 
24. O QUE É A IMUNIDADE CULTURAL? .......................................................................................................................................... 13 
25. O QUE É IMUNIDADE MUSICAL? .............................................................................................................................................. 13 
26. O QUE É COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA? ........................................................................................................................................ 13 
27. O QUE É COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA RESIDUAL? .......................................................................................................................... 13 
28. O QUE É COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIAEXTRAORDINÁRIA? ................................................................................................................ 13 
29. O QUE É BITRIBUTAÇÃO? ........................................................................................................................................................ 13 
30. O QUE É BIS IN IDEM NO DIREITO TRIBUTÁRIO? ........................................................................................................................... 14 
31. O QUE É COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA ESPECIAL? ........................................................................................................................... 14 
 
Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2019 – DIREITO TRIBUTÁRIO 
2 
 
PONTO 2 - FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO. LEGISLAC ̧ÃO TRIBUTÁRIA: CONCEITO, VIGÊNCIA, APLICAÇÃO, 
INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO. ................................................................................................................................. 14 
1. O QUE SÃO FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO? .............................................................................................................................. 14 
2. O QUE SÃO FONTES FORMAIS PRIMÁRIAS? .................................................................................................................................. 14 
3. O QUE SÃO FONTES FORMAIS SECUNDÁRIAS? ............................................................................................................................... 15 
4. O QUE SIGNIFICA O TERMO “LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA?” ................................................................................................................ 15 
5. O QUE SÃO TRATADOS INTERNACIONAIS? .................................................................................................................................... 15 
6. O QUE É O GATT? .................................................................................................................................................................. 15 
7. O QUE SÃO NORMAS COMPLEMENTARES DO DIREITO TRIBUTÁRIO? .................................................................................................. 15 
8. O QUE É A VALIDADE DA NORMA TRIBUTÁRIA? ............................................................................................................................. 16 
9. O QUE É A VIGÊNCIA DA NORMA TRIBUTÁRIA? .............................................................................................................................. 16 
10. O QUE É A EFICÁCIA DA NORMA TRIBUTÁRIA? ............................................................................................................................. 16 
11. O QUE É A EXTRATERRITORIALIDADE PREVISTA NO CTN? ............................................................................................................. 16 
12. O QUE É A INTERPRETAÇÃO DECLARATÓRIA? ..............................................................................................................................16 
13. O QUE É A INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA? .................................................................................................................................... 16 
14. O QUE É A INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA? ................................................................................................................................... 17 
15. O QUE É A INTERPRETAÇÃO NECESSARIAMENTE LITERAL DE DETERMINADOS INSTITUTOS DO DIREITO TRIBUTÁRIO? ................................ 17 
PONTO 3 - TRIBUTO: CONCEITO E ESPÉCIES. CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL. IMPOSTO; TAXA; CONTRIBUIÇÃO DE 
MELHORIA E OUTRAS CONTRIBUIÇÕES. ........................................................................................................................ 17 
1. O QUE É TRIBUTO? .................................................................................................................................................................. 17 
2. O QUE SÃO TAXAS? ................................................................................................................................................................. 17 
3. O QUE É PREÇO PÚBLICO? ......................................................................................................................................................... 17 
4. O QUE É EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO? .............................................................................................................................. 18 
5. O QUE É CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA? ............................................................................................................................. 18 
6. O QUE É CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL? ......................................................................................................................................... 18 
7. O QUE SÃO CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS? ...................................................................................................................................... 18 
8. O QUE SÃO CONTRIBUIÇÕES DE INTERVENÇÃO DO DOMÍNIO ECONÔMICO (CIDE)? ............................................................................ 19 
9. O QUE SÃO CONTRIBUIÇÕES DE INTERESSE DE CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONÔMICAS (CONTRIBUIÇÕES CORPORATIVAS)? .............. 19 
10. O QUE É CONTRIBUIÇÃO PARA O CUSTEIO DO SERVIÇO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA (COSIP)? ............................................................... 19 
PONTO 4 - OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA: CONCEITO; ESPÉCIES; FATO GERADOR (HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA); SUJEITO ATIVO E 
PASSIVO; SOLIDARIEDADE; CAPACIDADE TRIBUTÁRIA; DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO. ........................................................... 19 
1. QUAL O CONCEITO DE OBRIGAÇÃO?............................................................................................................................................ 19 
2. QUAL A NATUREZA JURÍDICA DA RELAÇÃO JURÍDICO-TRIBUTÁRIA? ................................................................................................... 19 
3. E COMO CONCEITUAR A OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA? ................................................................................................................. 20 
4. QUAL A DIFERENÇA ENTRE OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA E CRÉDITO TRIBUTÁRIO? ................................................................ 20 
5. QUAIS SÃO OS FUNDAMENTOS DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA? ......................................................................................................... 20 
6. QUAIS SÃO AS ESPÉCIES DE OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA? .......................................................................................................... 20 
7. EM QUE CONSISTE A OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA PRINCIPAL? .............................................................................................................. 20 
 
Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2019 – DIREITO TRIBUTÁRIO 
3 
 
8. EM QUE CONSISTE A OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA ACESSÓRIA? ............................................................................................................. 20 
9. OS CONCEITOS DE OBRIGAÇÃO PRINCIPAL E ACESSÓRIA SÃO IGUAIS NO DIREITO TRIBUTÁRIO E NO DIREITO CIVIL? ................................... 20 
10. QUAL O CONCEITO DE EVASÃO, ELISÃO E ELUSÃO TRIBUTÁRIA? .................................................................................... 21 
11. O QUE É HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA? ................................................................................................................................. 21 
12. E FATO GERADOR? ............................................................................................................................................................ 21 
13. COMO CORRELACIONAR A HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA, O FATO GERADOR E A OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA? ...................... 22 
14. QUAL O ELEMENTO OBJETIVO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA? ......................................................................................... 22 
15. QUAIS OS ELEMENTOS SUBJETIVOS DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA? ................................................................................. 22 
16. QUAL O CONCEITO DE SUJEITO ATIVO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA?................................................................................................ 22 
17. EM QUE CONSISTE A CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA? ................................................................................................................. 22 
18. QUAL O CONCEITO DE SUJEITO PASSIVO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA? ............................................................................................ 22 
19. O QUE SÃO “CONTRIBUINTES DE FATO”? E “CONTRIBUINTES DE DIREITO”? ..................................................................................... 22 
20. COMO CONCEITUAR “CONTRIBUINTE”? E RESPONSÁVEL? .............................................................................................. 23 
21. AINDA NO TEMA “RESPONSABILIDADE”, EM QUE CONSISTE A CHAMADA “RESPONSABILIDADE POR TRANSFERÊNCIA”? E A 
“RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO”? ........................................................................................................................................ 23 
22. QUAL O CONCEITO DE CAPACIDADE TRIBUTÁRIA PASSIVA? ........................................................................................................... 23 
23. COMO DEFINIR A SOLIDARIEDADE EM SEDE DE DIREITO TRIBUTÁRIO? ........................................................................................... 24 
24. A SOLIDARIEDADE TRIBUTÁRIA COMPORTA BENEFÍCIO DE ORDEM? .............................................................................. 24 
25. QUAL O CONCEITO DE DOMICILIO TRIBUTÁRIO? .......................................................................................................................... 24 
26. QUAL É A DIFERENÇA ENTRE O DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO E O DOMICÍLIO CIVIL? .................................................................................. 24 
PONTO 5 - FATO GERADOR DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA. ELEMENTOS. INCIDÊNCIA, NÃO INCIDÊNCIA, IMUNIDADE E 
ISENÇÃO. ..................................................................................................................................................................... 25 
1. QUAL O CONCEITO DE FATO GERADOR? ............................................................................................................................ 25 
2. O QUE É SUBSUNÇÃO TRIBUTÁRIA? .................................................................................................................................... 25 
3. EM QUE CONSISTE O FENÔMENO DA INCIDÊNCIA? ........................................................................................................... 25 
4. EM QUE CONSISTE O FENÔMENO DA NÃO INCIDÊNCIA? ................................................................................................... 25 
5. QUAIS SÃO OS ASPECTOS DO FATO GERADOR? .................................................................................................................26 
6. DE QUE FORMA PODEM SER CLASSIFICADOS OS FATOS GERADORES? ................................................................................................ 26 
7. O QUE VEM A SER BASE DE CÁLCULO? ............................................................................................................................... 27 
8. CONCEITUE ALÍQUOTA. ............................................................................................................................................................. 27 
9. O FATO GERADOR DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA É UM NEGÓCIO JURÍDICO? ......................................................................................... 27 
10. O FATO GERADOR PODE ESTAR SUBMETIDO A UMA “CONDIÇÃO”? ................................................................................................ 27 
11. O QUE É ISENÇÃO? ........................................................................................................................................................... 27 
12. O QUE É IMUNIDADE? ...................................................................................................................................................... 28 
13. DIFERENCIE NÃO INCIDÊNCIA, ISENÇÃO E IMUNIDADE ................................................................................................... 28 
PONTO 6 - RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA: NORMAS GERAIS, ESPÉCIES E HIPÓTESES. INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS 
TRIBUTÁRIAS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. .................................................................................................................. 28 
1. QUAL O CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DOS SUJEITOS PASSIVOS DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA? ......................................... 28 
 
Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2019 – DIREITO TRIBUTÁRIO 
4 
 
2. QUAL A DIFERENÇA ENTRE CONTRIBUINTE, RESPONSÁVEL E SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO? ................................................ 28 
3. É POSSÍVEL QUE O LEGISLADOR DEFINA ARBITRARIAMENTE COMO SUJEITO PASSIVO PESSOA TOTALMENTE ALHEIA À 
SITUAÇÃO DEFINIDA EM LEI COMO FATO GERADOR DO TRIBUTO? .......................................................................................... 29 
4. QUAIS AS MODALIDADES DE RESPONSABILIDADE? ........................................................................................................... 29 
5. COMO SE CONCEITUA A CHAMADA RESPONSABILIDADE POR TRANSFERÊNCIA? ............................................................. 29 
6. E EM QUE CONSISTE A RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO? ..................................................................................... 29 
7. QUAL O CONCEITO DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA REGRESSIVA? ..................................................................................... 29 
8. QUAL O CONCEITO DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PROGRESSIVA? .................................................................................. 30 
9. QUAIS AS CRÍTICAS REALIZADAS À SISTEMATICA DA SUBSTITUIÇÃO PROGRESSIVA? ........................................................ 30 
10. É DEVIDA A RESTITUIÇÃO DOS VALORES PAGOS A MENOR EM CASO DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PARA FRENTE? .................................. 30 
11. QUAIS SÃO AS EXCEÇÕES FEITAS À RESPONSABILIDADE POR SUCESSÃO DO ADQUIRENTE DE IMÓVEL? ................................................... 31 
12. QUAL É O TRATAMENTO DADO AO ESPÓLIO PELO DIREITO TRIBUTÁRIO? ........................................................................................ 31 
13. QUAIS SÃO AS HIPÓTESES DE RESPONSABILIDADE EMPRESARIAL NA SUCESSÃO EMPRESARIAL? ............................................................ 32 
14. A CISÃO TAMBÉM ESTARIA INCLUÍDA? ............................................................................................................................ 32 
15. EXPLIQUE A RESPONSABILIDADE DO SÓCIO-GERENTE E DO SÓCIO-QUOTISTA. .............................................................. 32 
16. EM QUE CONSISTE A CHAMADA “RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS”? ......................................................................... 32 
17. A RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS DECORRE DE CONDUTA REGULAR OU IRREGULAR? ..................................................................... 33 
18. EXPLIQUE A RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES. .......................................................................................................... 33 
19. NO QUE DIFEREM A RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS (135 CTN) E A RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES (137 CTN)? ....................... 34 
20. O QUE SÃO INFRAÇÕES TRIBUTÁRIAS E QUAIS AS POSSÍVEIS CONSEQUÊNCIAS (SANÇÕES TRIBUTÁRIAS)? ................... 34 
21. CONCEITUE SANÇÃO TRIBUTÁRIA. QUAIS SÃO AS MODALIDADES DE SANÇÕES TRIBUTÁRIAS? ................................................... 34 
22. O QUE SÃO AS SANÇÕES POLÍTICAS? ......................................................................................................................................... 36 
23. O QUE SÃO MULTAS MORATÓRIAS? E MULTAS PUNITIVAS? .......................................................................................................... 36 
24. QUAL O CONCEITO DE “RESPONSABILIDADE OBJETIVA”? ................................................................................................ 36 
25. EM QUE CONSISTE A DENUNCIA ESPONTÂNEA DE INFRAÇÕES?...................................................................................... 36 
PONTO 7 - CRÉDITO TRIBUTÁRIO. CONCEITO. NATUREZA. LANÇAMENTO. REVISÃO. SUSPENSÃO, EXTINÇÃO E EXCLUSÃO. 
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA. REPETIÇÃO DO INDÉBITO. ................................................................................................ 36 
1. O QUE SE ENTENDE POR CRÉDITO TRIBUTÁRIO? ............................................................................................................... 36 
2. QUAL O CONCEITO DE LANÇAMENTO? .............................................................................................................................. 37 
3. QUAL A NATUREZA JURÍDICA DO LANÇAMENTO? .............................................................................................................. 37 
4. CONCEITUE PROCEDIMENTO ............................................................................................................................................. 37 
5. O LANÇAMENTO É ATO OU PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO? ...................................................................................... 37 
6. O LANÇAMENTO É ATIVIDADE VINCULADA OU DISCRICIONÁRIA? ..................................................................................... 38 
7. QUAL É A RELAÇÃO ENTRE LANÇAMENTO E OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA? .............................................................................................. 38 
8. O LANÇAMENTO PODE SER ALTERADO? EM QUE HIPÓTESES? ......................................................................................................... 38 
9. COMO SE DEFINE O LANÇAMENTO DE OFÍCIO OU DE DIREITO? ........................................................................................ 38 
10. QUAL O CONCEITO DE LANÇAMENTO DE DECLARAÇÃO OU MISTO? ............................................................................... 38 
11. EM QUE CONSISTE O LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO OU “AUTOLANÇAMENTO”? ................................................ 39 
 
Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2019 – DIREITO TRIBUTÁRIO 
5 
 
12. CONCEITUE LANÇAMENTO POR ARBITRAMENTO OU AFERIÇÃO INDIRETA. .................................................................... 39 
13. O QUE É SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE? ................................................................................................................................... 39 
14. QUAL A NATUREZA JURÍDICA DA SUSPENSÃO DE EXIGIBILIDADE? ................................................................................................... 39 
15. QUAIS SÃO AS ESPÉCIES DE SUSPENSÃO? ........................................................................................................................39 
16. O QUE É MORATÓRIA HETERÔNOMA? ............................................................................................................................. 39 
17. QUAL É A DIFERENÇA ENTRE O PARCELAMENTO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO E A MORATÓRIA? ....................................... 40 
18. O QUE É EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO? ............................................................................................................................ 40 
19. O ROL DAS HIPÓTESES DE EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO É UM ROL TAXATIVO?................................................... 40 
20. CONCEITUE PAGAMENTO. ............................................................................................................................................... 40 
21. DISCORRA SOBRE A COMPENSAÇÃO ................................................................................................................................ 40 
22. DISCORRA SOBRE A TRANSAÇÃO. ..................................................................................................................................... 41 
23. QUAL O CONCEITO DE REMISSÃO NO DIREITO TRIBUTÁRIO? .......................................................................................... 41 
24. EM QUE CONSISTE A DECADÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO? ......................................................................................................... 41 
25. EM QUE CONSISTE A “PRESCRIÇÃO” NO DIREITO TRIBUTÁRIO? ...................................................................................... 41 
26. O QUE É A EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO? ......................................................................................................................... 42 
27. QUAL A DIFERENÇA ESSENCIAL ENTRE ANISTIA E ISENÇÃO? ........................................................................................................... 42 
28. O QUE É REPETIÇÃO DE INDÉBITO PARA O DIREITO TRIBUTÁRIO? ................................................................................................... 42 
PONTO 8 - GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. .................................................................................. 42 
1. O QUE SÃO GARANTIAS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO? ........................................................................................................... 42 
2. HÁ DISTINÇÃO ENTRE AS CHAMADAS “GARANTIAS” E OS “PRIVILÉGIOS”? ....................................................................... 42 
3. CONCEITUE GARANTIA REAL E GARANTIA PESSOAL. .......................................................................................................... 42 
4. QUAIS SÃO AS GARANTIAS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO PREVISTAS NO CTN? ....................................................................... 43 
5. DISCORRA SOBRE A PRESUNÇÃO DE FRAUDE PREVISTA NO ARTIGO 185 DO CTN. ............................................................ 43 
6. O QUE SÃO PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO? .......................................................................................................... 44 
PONTO 9 - ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA. DÍVIDA ATIVA: CONCEITO, INSCRIÇÃO. CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA: 
NATUREZA JURÍDICA, PRESUNÇÃO DE CERTEZA E LIQUIDEZ. ......................................................................................... 44 
1. EM QUE CONSISTE A EXPRESSÃO “DÍVIDA ATIVA”? ........................................................................................................................ 44 
2. A PARTIR DE QUAL MOMENTO PODE OCORRER A INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA? ................................................................................. 44 
3. QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS DA INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA? ......................................................................................................... 44 
4. O TERMO DE INSCRIÇÃO DA DÍVIDA ATIVA PODE CONTER NULIDADE. NESSE CASO, É POSSÍVEL QUE ESTA SEJA SANADA? ........................... 44 
5. DEFINA CERTIDÃO DA DÍVIDA ATIVA (CDA). ............................................................................................................................... 45 
6. CABE PROTESTO DA CERTIDÃO DA DÍVIDA ATIVA (CDA)? .............................................................................................................. 45 
PONTO 10 - PROCESSO ADMINISTRATIVO E JUDICIAL TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. LEI FEDERAL NO 6.830/80. 
EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. AC ̧ÃO DECLARATÓRIA. AÇÃO ANULATÓRIA. 
AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO. AÇÃO CAUTELAR E MANDADO DE SEGURANC ̧A. TUTELA ANTECIPADA CONTRA A 
FAZENDA PÚBLICA (DECRETO NO 44.747/08, REGULAMENTO DO PROCESSO TRIBUTÁRIO ADMINISTRATIVO) ............... 45 
1. EM QUE CONSISTE O PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO? ...................................................................................................... 45 
2. QUAL O OBJETIVO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO? E DO PROCESSO JUDICIAL TRIBUTÁRIO? .............................................. 45 
 
Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2019 – DIREITO TRIBUTÁRIO 
6 
 
3. DEFINA EXECUÇÃO FISCAL. ....................................................................................................................................................... 46 
4. EM QUE CONSISTEM OS EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL? .............................................................................................................. 46 
5. QUAL O PRAZO PARA O AJUIZAMENTO DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL? .................................................................................... 46 
6. O QUE O EXECUTADO PODE ALEGAR EM SEDE DE EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL? É ADMITIDA RECONVENÇÃO? .................................... 46 
7. NO ÂMBITO TRIBUTÁRIO, QUAL A APLICABILIDADE DA AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO? ........................................................ 46 
8. DEFINA AÇÃO DECLARATÓRIA. ................................................................................................................................................... 47 
9. DEFINA AÇÃO ANULATÓRIA. ...................................................................................................................................................... 47 
10. EM QUE CONSISTE A AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO? .............................................................................................................. 47 
11. QUAL A UTILIDADE DO MANDADO DE SEGURANÇA NO ÂMBITO DO DIREITO TRIBUTÁRIO? .................................................................. 47 
12. EXISTE DIFERENÇA ENTRE A LIMINAR CONCEDIDA EM SEDE DE MANDADO DE SEGURANÇA E A LIMINAR CONCEDIDA NA AÇÃO CAUTELAR? .. 48 
13. É POSSÍVEL A CONCESSÃO DE TUTELA ANTECIPADA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA? ........................................................................... 48 
14. QUAIS AS VEDAÇÕES LEGAIS À CONCESSÃO DE TUTELA ANTECIPADA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA? .................................................... 48 
15. QUAL O ENTENDIMENTO DO STF SOBRE A CONCESSÃO DE TUTELA ANTECIPADA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA? .................................... 48 
16. É NECESSÁRIA A OITIVA DO ENTE PÚBLICO PARA A CONCESSÃO DE TUTELA ANTECIPADA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA? .......................... 49 
PONTO 11. TRIBUTOS ESTADUAIS E MUNICIPAIS. ICMS, LC Nº 87/96, DECRETO Nº 43.080/02-RICMS. ISSQN, LC Nº 
116/03. ........................................................................................................................................................................ 49 
1. DEFINA ICMS. ....................................................................................................................................................................... 49 
2. O QUE SE ENTENDE POR “MERCADORIA” PARA FINS DE INCIDÊNCIA DE ICMS? .................................................................................. 49 
O QUE SIGNIFICA DIZER QUE O ICMS É UMTRIBUTO CALCULADO POR DENTRO? .............................. 49 
3. DISCORRA SOBRE A SELETIVIDADE NO QUE SE REFERE AO ICMS. ..................................................................................................... 50 
4. NO QUE TANGE À ENERGIA ELÉTRICA, COMO SE DÁ A INCIDÊNCIA DO ICMS EM CASO DE DEMANDA DE POTÊNCIA CONTRATADA? .............. 50 
5. O CONSUMIDOR FINAL (CONTRIBUINTE DE FATO) POSSUI LEGITIMIDADE AD CAUSAM PARA FIGURAR NO POLO ATIVO DAS LIDES JUDICIAIS QUE 
ENVOLVAM A INCIDÊNCIA DO ICMS SOBRE A DEMANDA CONTRATADA DE ENERGIA ELÉTRICA (CONTRIBUINTE DE DIREITO) COM FINS DE REPETIÇÃO 
DO INDÉBITO? ............................................................................................................................................................................... 50 
6. O ICMS INCIDE NO SERVIÇO DOS PROVEDORES DE ACESSO À INTERNET? .......................................................................................... 51 
7. DISCORRA SOBRE O IPVA. ........................................................................................................................................................ 51 
8. INCIDE IPVA SOBRE EMBARCAÇÕES E AERONAVES? ...................................................................................................................... 51 
9. O QUE É ICTMD? ................................................................................................................................................................... 52 
10. COM RELAÇÃO AO CRITÉRIO ESPACIAL E CLASSIFICAÇÃO DOS BENS, COMO SE DÁ A INCIDÊNCIA DO ITCMD? ........................................ 52 
11. EM QUE CONSISTE O ISS?....................................................................................................................................................... 52 
12. NO QUE TANGE AO ISS, DISCORRA SOBRE A TAXATIVIDADE OU NÃO DA LISTA ANEXA À LC 116 DE 2003. ........................................... 52 
13. A LC 116 DE 2003 TROUXE A FORMA OU AS CONDIÇÕES DE CONCESSÃO DE ISENÇÕES, INCENTIVOS E BENEFÍCIOS FISCAIS? ... 53 
14. O QUE É ITBI? ..................................................................................................................................................................... 53 
15. NAS PROMESSAS DE COMPRA E VENDA, DE ACORDO COM O ENTENDIMENTO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA E DO SUPREMO TRIBUNAL 
FEDERAL, HÁ INCIDÊNCIA DE ITBI? .................................................................................................................................................... 53 
16. DEFINA IPTU. ...................................................................................................................................................................... 53 
17. O QUE É ZONA URBANA PARA FINS DE INCIDENCIA DO IPTU? ....................................................................................................... 54 
18. O LOCATÁRIO, ARRENDANTE E COMODATÁRIO SÃO CONTRIBUINTES DO IPTU? E O PROMITENTE COMPRADOR? ................................... 54 
 
Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2019 – DIREITO TRIBUTÁRIO 
7 
 
19. DISCORRA SOBRE A PROGRESSIVIDADE NO QUE SE REFERE AO IPTU .......................................................................................... 54 
PONTO 12 - INFRAÇÕES E SANÇÕES TRIBUTÁRIAS. ESPÉCIES. FRAUDE E ABUSO NO ORDENAMENTO JURÍDICO 
TRIBUTÁRIO. RESPONSABILIDADE DOS SUCESSORES E DE TERCEIROS. EXECUÇÃO FISCAL E FRAUDE À EXECUÇÃO. ......... 55 
1. O QUE SÃO INFRAÇÕES TRIBUTÁRIAS? ........................................................................................................................................ 55 
2. QUAIS AS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS QUANTO ÀS INFRAÇÕES TRIBUTÁRIAS? .............................................................................. 55 
3. QUAIS AS ESPÉCIES DE INFRAÇÃO TRIBUTÁRIA? ............................................................................................................................ 55 
4. COMO SE CLASSIFICAM AS INFRAÇÕES AO ORDENAMENTO JURÍDICO TRIBUTÁRIO? .............................................................................. 55 
5. DEFINA DOLO, FRAUDE E SIMULAÇÃO. ........................................................................................................................................ 55 
6. O QUE É ABUSO DE DIREITO? .................................................................................................................................................... 56 
7. HÁ ALGUMA NORMA, NO CTN, QUE VISE EVITAR A PRÁTICA DO ABUSO DE DIREITO? .......................................................................... 56 
8. NO DIREITO TRIBUTÁRIO, EM REGRA, QUAL A ESPÉCIE DE RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES? ....................................................... 56 
9. EM QUE HIPÓTESES A RESPONSABILIDADE É PESSOAL DO AGENTE PELA INFRAÇÃO? ............................................................................ 56 
10. A RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA PODE SER EXCLUÍDA? .................................................................. 57 
11. AS INFRAÇÕES PODEM SOFRER ANISTIA? ................................................................................................................................... 57 
12. EM QUE CONSISTE A FRAUDE À EXECUÇÃO FISCAL? ..................................................................................................................... 57 
 
PONTO 1 - O ESTADO E O PODER DE TRIBUTAR. DIREITO TRIBUTÁRIO: CONCEITO E 
PRINCÍPIOS. O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL. PRINCÍPIOS GERAIS. LIMITAÇÕES DO PODER 
DE TRIBUTAR. REPARTIÇÕES DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS. 
1. O QUE SE ENTENDE POR SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL? 
O tema está disposto Constituição Federal. Trata-se do conjunto de prescrições relacionadas na 
Constituição Federal, destinadas a regulamentar a atividade tributária do Estado. 
Há três grupos temáticos: (i) repartição das competências tributárias entre a União, os Estados e os 
Municípios; (ii) princípios tributários e limitações ao poder de tributar; (iii) partilha direta e indireta do produto 
da arrecadação dos impostos e da CIDE-combustível‖. 
2. O QUE SE ENTENDE POR SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO? 
O tema encontra-se na Constituição Federal. Sistema Constitucional Tributário é o conjunto ordenado das 
normas constitucionais que tratam da matéria tributária, a saber: as limitações constitucionais ao poder de 
tributar, compostas pelas normas de competência tributária, pelos princípios constitucionais tributários e pelas 
imunidades tributárias. 
3. O QUE SIGNIFICA A EXPRESSÃO “LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR? 
Poder de Tributar significa a prerrogativa política de instituição de tributo, que compete às entidades 
tributantes (União, Estados, Municípios e DF), ou seja, o poder de invasão patrimonial, balizado pelos princípios, 
que possuem o condão de separar o fenômeno tributário constitucional daquele que é inconstitucional. 
As limitações ao poder de tributar compreendem os princípios e as imunidades. 
 
Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2019 – DIREITO TRIBUTÁRIO 
8 
 
4. O QUE É O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE NO ÂMBITO DO DIREITO TRIBUTÁRIO? 
O princípio está consagrado no art. 150 da Constituição Federal. Trata-se da exigência de lei para a 
instituição ou majoração de tributo, feita pela Constituição. 
Contudo, embora o texto constitucional refira apenas à exigência e ao aumento de tributo, outras 
matérias também se sujeitam à reserva legal, em razão do princípio do paralelismo das formas. Assim, se para 
criação de tributo, exige-se lei, para sua extinção também se deve exigir. 
São exceções ao princípio da legalidade tributária, podendo ser estabelecidas por atos infralegais: 1) 
atualização do valor monetário da base de cálculo de tributo; 2) a fixação de prazo para recolhimento do tributo, 
que poderá, até mesmo, ser antecipado (SV nº 50/STF). 
Além disso, segundo a CF/88, a majoraçãodo II, IE, IPI e IOF pode ser operada por ato do Executivo. 
O texto constitucional prevê, que o Poder Executivo pode REDUZIR e RESTABELECER as alíquotas da CIDE-
combustíveis e que os Estados podem, mediante convênio realizado no CONFAZ, definir as alíquotas do ICMS-
monofásico. Já que podem definir, estão autorizados a REDUZIR, RESTABELECER ou AUMENTAR, sendo exigida, 
nesta última hipótese, obediência ao princípio da anterioridade tributária. 
5. O QUE É O PRINCÍPIO DA ISONOMIA NO ÂMBITO DO DIREITO TRIBUTÁRIO? 
O princípio está consagrado no art. 150 da Constituição Federal. Trata-se da vedação imposta à União, 
Estados, DF e Municípios de instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação 
equivalente. 
6. O QUE É O PRINCÍPIO DA NÃO SURPRESA NO ÂMBITO DO DIREITO TRIBUTÁRIO? 
O princípio está consagrado no art. 150 da Constituição Federal. Trata-se de instrumento constitucional 
que visa garantir o direito do contribuinte à segurança jurídica. 
Subdivide-se em Princípio da Irretroatividade, Princípio da Anterioridade Comum e Princípio da 
Anterioridade Nonagesimal. 
7. O QUE É O PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE NO ÂMBITO DO DIREITO TRIBUTÁRIO? 
O princípio está consagrado no art. 150 da Constituição Federal. Trata-se da vedação imposta aos entes 
tributantes de cobrar tributos em relação a Fatos Geradores ocorridos ANTES do início da “VIGÊNCIA” da lei que 
os houver INSTITUÍDO ou AUMENTADO. 
A CF não prevê exceção ao princípio, todavia, o CTN traz hipóteses de leis tributárias de efeitos 
retroativos: as leis interpretativas e as que melhorem a situação do contribuinte sancionado/penalizado. 
8. O QUE É O PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE COMUM NO ÂMBITO DO DIREITO 
TRIBUTÁRIO? 
 
Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2019 – DIREITO TRIBUTÁRIO 
9 
 
O princípio está consagrado no art. 150 da Constituição Federal. Trata-se da vedação imposta aos entes 
tributantes de cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou 
aumentou. 
 Segundo o STF, a norma que se restringe a mudar o prazo para pagamento de tributo, , a mera 
atualização monetária do valor do tributo ou da sua base de cálculo a mera redução ou extinção de desconto 
legalmente previsto, não se sujeitam à regra da anterioridade do exercício. 
O princípio da anterioridade do exercício não se aplica aos seguintes tributos: 
a) Tributos extrafiscais ou reguladores: II, IE, IPI e IOF; 
b) Tributos de urgência: IEG e Emp. Compulsório; 
c) Tributos estratégicos: COFINS, ICMS-monofásico sobre combustíveis e CIDE-combustíveis. 
9. O QUE É O PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL NO ÂMBITO DO DIREITO 
TRIBUTÁRIO? 
O princípio está consagrado no art. 150 da Constituição Federal. Trata-se da vedação imposta aos entes 
tributantes de cobrar tributos antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os 
instituiu ou aumentou. 
O termo inicial da contagem do prazo de 90 dias é de extrema importância quando o tributo é instituído 
por Medida Provisória. 
 1) Se a MP for convertida em lei SEM alteração substancial do texto: o prazo de 90 dias deve ser 
contado a partir da publicação da MP, já que o contribuinte não será colhido de surpresa no momento da 
conversão; 
 2) Se a MP for convertida em lei COM alteração substancial do texto: o prazo de 90 dias deve ser 
contado a partir da data de conversão da MP em lei, já que a modificação substancial das regras do jogo tende a 
colher o contribuinte de surpresa. 
 O princípio da anterioridade nonagesimal não se aplica aos seguintes tributos: 
 a) Tributos extrafiscais ou reguladores: II, IE, e IOF; 
 b) Tributos de urgência: IEG e Emp. Compulsório; 
 c) Tributos “populares”: Imposto de Renda, base de cálculo do IPTU e do IPVA. 
10. O QUE É O PRINCÍPIO DO NÃO CONFISCO? 
O princípio está consagrado no art. 150 da Constituição Federal. Trata-se da vedação imposta aos entes 
tributantes de utilizar tributo com efeito de confisco. 
Segundo a Corte Suprema, para se perquirir o caráter confiscatório do tributo, não se deve analisá-lo 
isoladamente e sim em função da totalidade da carga tributária. 
 
Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2019 – DIREITO TRIBUTÁRIO 
10 
 
As taxas são tributos contraprestacionais e a análise do seu efeito confiscatório é feita de maneira 
diferente, sendo a taxa considerada confiscatória quando o valor cobrado exorbitar os custos das atividades 
estatais. 
Embora a CF/88, refira-se apenas à impossibilidade de se utilizar “tributo” com efeito de confisco, a 
jurisprudência do STF é pacífica no sentido de autorizar a aplicação do dispositivo referido também às multas 
tributárias. 
11. O QUE É O PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE TRÁFEGO NO ÂMBITO DO DIREITO 
TRIBUTÁRIO? 
O princípio está consagrado no art. 150 da Constituição Federal. Trata-se da vedação imposta aos entes 
tributantes de estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou 
intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público. 
12. O QUE É PEDÁGIO? 
Pedágio é um valor pago pelo condutor do veículo para que ele tenha direito de trafegar por uma 
determinada via de transporte terrestre, como uma estrada, uma ponte, um túnel etc. Essa quantia é paga a um 
órgão ou entidade da Administração Pública ou, então, como é mais comum, a uma empresa privada 
concessionária que faz a exploração da via. A finalidade do pedágio é custear a conservação das vias de 
transporte. 
A natureza jurídica do pedágio é questão controvertida na doutrina, mas o STF tem entendimento 
pacificado a respeito: 
Para o STF, o pedágio é tarifa (espécie de preço público) em razão de não ser cobrado compulsoriamente 
de quem não utilizar a rodovia; ou seja, é uma retribuição facultativa paga apenas mediante o uso voluntário do 
serviço. Assim, o pedágio não é cobrado indistintamente das pessoas, mas somente daquelas que desejam 
trafegar pelas vias e somente naquelas em que é exigido esse valor a título de conservação. STF. Plenário. ADI 
800/RS, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 11/6/2014 (Info 750). 
Para o STF, o elemento nuclear para distinguir taxa e preço público é a compulsoriedade. Essa distinção 
foi consagrada pelo STF em um enunciado: Súmula 545-STF: Preços de serviços públicos e taxas não se 
confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias (...). 
13. O QUE É O PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA DA TRIBUTAÇÃO? 
O princípio está consagrado no art. 150 da Constituição Federal. Trata-se da vedação imposta aos entes 
tributantes de instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou 
preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a 
concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre 
as diferentes regiões do País. 
 
Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2019 – DIREITO TRIBUTÁRIO 
11 
 
O constituinte pretendeu proteger o pacto federativo. A concessão de incentivos fiscais pela União a 
determinada unidade da federação, contudo, não desnatura o pacto federativo, mas, bem ao revés, tende a 
promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País, em 
conformidade com os objetivos fundamentais da República (art. 3º da CF/88). 
14. O QUE É O PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE DA TRIBUTAÇÃO DA RENDA? 
O princípio está consagrado no art. 150 da Constituição Federal. Trata-se da vedação imposta aos entes 
tributantes de tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos 
que fixar para suas obrigações e para seus agentes. 
15. O QUE É O PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO ÀS ISENÇÕES HETERÔNOMAS? 
O princípio está consagrado no art. 150 da Constituição Federal.Trata-se da vedação imposta à União de 
instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. 
O princípio comporta exceções. 
Duas relativas à exportação: ICMS das operações COM serviços e produtos destinados ao exterior e ISS 
das exportações de serviços para o exterior. 
Ainda, de acordo com o STF pode haver Isenção de tributos dos Estados e Municípios via tratado 
internacional, uma vez que o Presidente, agindo como Chefe de Estado, firma tratados internacionais em nome 
da soberana República Federativa do Brasil (Estado Brasileiro) e não em nome da autônoma União. 
16. O QUE É O PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO À DISCRIMINAÇÃO EM RAZÃO DA 
PROCEDÊNCIA OU DESTINO? 
O princípio está consagrado na Constituição Federal. Trata-se da vedação imposta aos entes tributantes 
de estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou 
destino. 
Destina-se a proteger o pacto federativo, o que induz a conclusão de que a impossibilidade de tratamento 
discriminatório só seria aplicável aos bens nacionais. Contudo, o STF já decidiu reiteradas vezes que o 
estabelecimento de alíquotas de IPVA mais elevadas para veículos importados é inconstitucional. 
17. O QUE SÃO IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS? 
Trata-se de espécie de limitação ao poder de tributar. Imunidade tributária é uma norma de desoneração 
de tributo. É uma forma de não-incidência constitucionalmente qualificada. Não há relação jurídico-tributária, 
uma vez que a norma imunizadora está fora do campo de incidência do tributo sobre determinados fatos, 
situações ou pessoas. 
18. O QUE É ISENÇÃO TRIBUTÁRIA? 
 
Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2019 – DIREITO TRIBUTÁRIO 
12 
 
Trata-se da dispensa legal de pagamento do tributo. Há o poder de tributar, mas o legislador abre mão. 
Há fato gerador e criação de relação jurídico-tributária, inibindo-se apenas o lançamento do tributo. 
19. O QUE É NÃO-INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA? 
Trata-se fato que não se subsumiu à norma tributária. 
20. O QUE SIGNIFICA A “ALÍQUOTA ZERO” EM DIREITO TRIBUTÁRIO? 
Trata-se de hipótese de subsunção, mas não há cobrança. Na prática, é como se fosse uma isenção. 
21. O QUE É IMUNIDADE RECÍPROCA? 
Trata-se de previsão constitucional de que a União, os Estados, o DF e os Municípios não poderão cobrar 
impostos uns dos outros. 
Vetor axiológico é a isonomia entre as pessoas políticas e o pacto federativo [posição majoritária]. 
A imunidade recíproca se estende às autarquias e às fundações públicas [personalidade jurídica de Direito 
Público]. 
As sociedades de economia mista e as empresas públicas que exploram atividade econômica não têm 
direito à imunidade recíproca. 
22. O QUE É IMUNIDADE RELIGIOSA? 
Trata-se de previsão constitucional que veda à União, aos Estados, ao DF e aos Municípios instituírem 
impostos sobre templos de qualquer culto, visando consagrar a liberdade de religião. 
23. O QUE É A IMUNIDADE TRIBUTÁRIA DOS PARTIDOS POLÍTICOS, SINDICATOS DE 
TRABALHADORES E ENTIDADES EDUCACIONAIS E ASSISTENCIAIS SEM FINS 
LUCRATIVOS? 
Trata-se de imunidade condicionada à existência de lei aplicável às pessoas jurídicas elencadas. 
A imunidade tributária conferida aos partidos políticos e às fundações por eles mantidas é corolário do 
Estado Democrático de Direito e assegura o pluralismo político. 
Ao imunizar as entidades sindicais dos trabalhadores, o legislador constituinte quis proteger a liberdade 
de associação sindical estatuída no art. 8.º da Magna Carta. 
As entidades educacionais e assistenciais sem fins lucrativos também estão protegidas, desde que 
atendam os requisitos estipulados em lei. 
A lei que regulamenta o dispositivo constitucional é o CTN, que prevê que a entidade cumpra requisitos: 
a) Havendo lucro, não poderá ser distribuído para os mantenedores, mas sim totalmente revertido para o 
propósito institucional. Destaca-se que não se proíbe o lucro, proíbe-se a distribuição do lucro; 
b) A receita obtida deve ser aplicada integralmente no país, não podem enviar para o exterior; 
c) Manter a contabilidade em dia. 
 
Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2019 – DIREITO TRIBUTÁRIO 
13 
 
24. O QUE É A IMUNIDADE CULTURAL? 
Trata-se de previsão constitucional que proíbe os entes federados de instituir impostos sobre livros, 
jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. 
A imunidade visa a baratear o acesso à cultura e, por facilitar a livre manifestação do pensamento, a 
liberdade de atividade intelectual, artística, científica e da comunicação e o acesso à informação, todos direitos e 
garantias individuais constitucionalmente protegidos. 
Das imunidades previstas na CF, esta é a única puramente objetiva. 
25. O QUE É IMUNIDADE MUSICAL? 
Introduzida por Emenda Constitucional, proíbe a instituição de impostos sobre “fonogramas e 
videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros 
e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais 
que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser”. 
Tem por objetivo atenua sensivelmente a barreira econômica que pesa sobre o produto original, 
tornando-o mais acessível ao consumo, popularizando ainda mais seu acesso às classes menos privilegiadas do 
País. 
26. O QUE É COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA? 
A competência tributária é a atribuição dada pela Constituição Federal aos entes políticos do Estado 
(União, governos estaduais, Municípios e Distrito Federal) da prerrogativa de instituir os tributos. 
Trata-se de competência indelegável, de exercício facultativo, inaplicável, irrenunciável e incaducável. 
Pode ser privativa, comum, cumulativa, residual, extraordinária ou especial. 
27. O QUE É COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA RESIDUAL? 
Trata-se de competência da União, que, através de lei complementar, pode instituir impostos que não 
sejam cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição 
Federal. 
A União pode instituir tanto Impostos residuais (art. 154, I, CRFB/88), quanto Contribuições residuais para 
a seguridade social (art. 195, § 4º, da CRFB/88). 
28. O QUE É COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIAEXTRAORDINÁRIA? 
Trata-se de competência da União, que, através de lei ordinária, na iminência ou no caso de guerra pode 
instituir, temporariamente, imposto extraordinário, compreendidos ou não nos previstos na Constituição 
Federal. 
Trata-se de hipótese de bitributação prevista na Constituição e portanto, aceita. 
29. O QUE É BITRIBUTAÇÃO? 
 
Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2019 – DIREITO TRIBUTÁRIO 
14 
 
Trata-se da hipótese em que entes tributantes diversos exigem do mesmo sujeito passivo tributos 
decorrentes do mesmo fato gerador. 
Devido à rígida divisão da competência tributária é, via de regra, proibida no Brasil. 
Existem, contudo, duas situações em que a bitributação é legítima. 
A primeira decorre da possibilidade de que a União institua, na iminência ou no caso de guerra externa, 
impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária. 
A segunda situação em que pode haver legítima bitributação ocorre nos casos envolvendo Estados-
nações diversos, principalmente no que concerne à tributação da renda. 
30. O QUE É BIS IN IDEM NO DIREITO TRIBUTÁRIO? 
Trata-se da hipótese em que o mesmo ente tributante edita diversas leis instituindo múltiplas exigências 
tributárias, decorrentes do mesmo fato gerador. 
Não há, no texto constitucional brasileiro, uma genérica vedação expressa ao bis in idem. Assim, a União 
está autorizada a criar contribuição social para financiamento da seguridade social incidente sobre a receita ou 
faturamento (CF, art. 195, I, b). No exercício de tal competência, a União Federal instituiu não somente uma, mas 
duas contribuições (COFINS e PIS), num cristalino exemplo de bis in idem. 
31. O QUE É COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA ESPECIAL?Trata-se de competência da União de instituir empréstimos compulsórios e contribuições especiais. 
PONTO 2 - FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO. LEGISLAC ̧ÃO TRIBUTÁRIA: CONCEITO, VIGÊNCIA, 
APLICAÇÃO, INTERPRETAÇÃO E INTEGRAC ̧ÃO. 
1. O QUE SÃO FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO? 
A expressão “fonte do direito” retrata o ponto originário de onde provém a norma jurídica, isto é, as 
formas reveladoras do Direito. 
As fontes formais referem-se às normas jurídicas tomadas em seu sentido amplo. 
Em nossa seara, as fontes formais constituem o Direito Tributário Positivo, podendo ser extraídas do CTN. 
Dividem-se em fontes formais primárias (ou principais) e fontes formais secundárias (ou complementares). 
Com efeito, a doutrina e a jurisprudência não são fontes formais do Direito Tributário. 
As fontes reais, por sua vez, referem-se aos pressupostos ou suportes fáticos das imposições tributárias, 
ou seja, o patrimônio, a renda e os serviços em geral, utilizados como incidência tributária. São conhecidas, 
doutrinariamente, como “pressupostos de fato da incidência ou fatos imponíveis”. O seu estudo desperta com 
frequência o interesse de áreas alheias ao Direito, v.g., Sociologia, Política ou Economia. 
2. O QUE SÃO FONTES FORMAIS PRIMÁRIAS? 
 
Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2019 – DIREITO TRIBUTÁRIO 
15 
 
Compõem -se de atos normativos primários (leis e tratados ou convenções) e atos normativos 
secundários ou infralegais (decretos). São elas: a) Leis (em sentido amplo); b) Tratados e Convenções 
Internacionais; c) Decretos. 
3. O QUE SÃO FONTES FORMAIS SECUNDÁRIAS? 
Compõem se de atos normativos secundários, atendo-se ao art. 100 do CTN. 
De acordo com o CTN, são normas complementares das leis, dos tratados e das convenções 
internacionais e dos decretos: I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; II - as decisões 
dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa; III - as 
práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; IV - os convênios que entre si celebrem a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
4. O QUE SIGNIFICA O TERMO “LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA?” 
De acordo com o CTN, o termo compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os 
decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a 
eles pertinentes. 
Todavia, tal enumeração de normas que compõem a “legislação tributária” não é exaustiva. 
Assim, numa definição mais ampla, a “legislação tributária” compreende todas as normas gerais e 
abstratas integrantes do ordenamento jurídico nacional que versem sobre tributos e relações jurídicas a eles 
pertinentes. 
5. O QUE SÃO TRATADOS INTERNACIONAIS? 
“Tratado internacional” e “convenção internacional” são expressões sinônimas, ambas significando um 
acordo bilateral ou multilateral de vontades manifestadas por Estados soberanos ou organismos internacionais, 
regularmente representados por órgãos competentes, destinando-se a produzir efeitos jurídicos. 
6. O QUE É O GATT? 
Trata-se do acordo Geral Sobre Tarifas e Comércio – GATT, tratado internacional multilateral do qual o 
Brasil faz parte e prevê a equivalência de tratamento entre o produto importado, quando este ingressa no 
território nacional, e o produto similar nacional (é a famosa regra do tratamento nacional). 
7. O QUE SÃO NORMAS COMPLEMENTARES DO DIREITO TRIBUTÁRIO? 
De acordo com o art. 100 do CTN, são normas complementares das leis, dos tratados e das convenções 
internacionais e dos decretos: I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; II - as decisões 
dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa; III - as 
práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; IV - os convênios que entre si celebrem a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
 
Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2019 – DIREITO TRIBUTÁRIO 
16 
 
São também conhecidas como “fontes formais secundárias”. 
8. O QUE É A VALIDADE DA NORMA TRIBUTÁRIA? 
Trata-se da situação em que o processo de produção e formação da lei houver observado as diretrizes e 
os requisitos procedimentais previstos na Constituição Federal (aspecto formal) e seu conteúdo não agredir a 
Constituição Federal (aspecto material). 
9. O QUE É A VIGÊNCIA DA NORMA TRIBUTÁRIA? 
Trata-se da lei que terminou seu ciclo de produção, foi publicada, existe juridicamente, e já atingiu o 
termo porventura determinado pelo legislador para possuir força de atingir seus objetivos finais, apesar de ser 
possível a existência de algum outro requisito para a efetiva produção de efeitos. Para estar vigente, também é 
necessário que a lei não tenha sido revogada. 
10. O QUE É A EFICÁCIA DA NORMA TRIBUTÁRIA? 
Trata-se da lei que está completamente apta a gerar imediatamente os efeitos jurídicos pretendidos pelo 
legislador. Para ser considerada eficaz, é necessário também que a lei não tenha sido declarada inconstitucional 
pelo STF em sede de controle concentrado, ou suspensa pelo Senado Federal, após declaração de 
inconstitucionalidade pelo STF em sede de controle difuso. 
11. O QUE É A EXTRATERRITORIALIDADE PREVISTA NO CTN? 
Trata-se da hipótese em que a legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
vigora, no País, fora dos respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os 
convênios de que participem, ou do que disponham esta ou outras leis de normas gerais expedidas pela União 
12. O QUE É A INTERPRETAÇÃO DECLARATÓRIA? 
A interpretação declaratória opera-se quando o intérprete, utilizando dos critérios estudados, conclui que 
há coincidência entre o que o legislador quis dizer e o que efetivamente ficou disposto no texto legal, não 
havendo necessidade de se fazer qualquer correção interpretativa (ampliação ou restrição) do alcance 
normativo. 
13. O QUE É A INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA? 
A interpretação é extensiva quando o intérprete percebe que no texto escrito o legislador disse menos do 
que pretendia, deixando de abranger casos que deveriam estar sob regulação, sendo necessário ampliar o 
conteúdo aparente da norma, de forma a atribuir-lhe o alcance que o legislador originariamente lhe quis 
conferir. 
A título de exemplo, o legislador constituinte originário proibiu, no art. 150, IV, da CF/1988, a utilização 
de tributo com efeito de confisco. Entendendo que o objetivo do legislador era evitar que o Estado, no contexto 
 
Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2019 – DIREITO TRIBUTÁRIO 
17 
 
da tributação, estipulasse quaisquer exações não razoáveis, o STF interpretou extensivamente a regra, aplicando-
a, também, às multas tributárias (ADI 551). 
14. O QUE É A INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA? 
A interpretação é restritiva quando o intérprete percebe que no texto escrito o legislador disse mais do 
que pretendia, abrangendo casos que não deveriam estar sobre sua regulação, sendo necessário se restringir o 
conteúdo aparente da norma, de forma a atribuir-lhe o alcance que o legislador originariamente lhe quis 
conferir. 
15. O QUE É A INTERPRETAÇÃO NECESSARIAMENTE LITERAL DE DETERMINADOS 
INSTITUTOS DO DIREITO TRIBUTÁRIO? 
É princípio de hermenêutica que as exceções devem ser interpretadas estritamente, sem a possibilidade 
de utilização de restrições e, principalmente, de ampliações ou analogias. 
Nesse contexto, o Código afirma, em seu art. 111, que se interpreta literalmente a legislação tributária 
que disponha sobre: a) suspensão ou exclusão do crédito tributário; b) outorga de isenção; c) dispensa do 
cumprimento de obrigações tributárias acessórias. 
PONTO 3 - TRIBUTO: CONCEITO E ESPÉCIES. CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL. IMPOSTO; TAXA; 
CONTRIBUIC ̧ÃO DE MELHORIA E OUTRAS CONTRIBUIÇÕES. 
1. O QUE É TRIBUTO? 
O conceito de tributo está previsto no CTN. Tributo é toda prestaçãopecuniária compulsória, em 
moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e 
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 
A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da obrigação, sendo 
irrelevantes para qualificá-la a denominação e a destinação legal do produto da sua arrecadação. 
2. O QUE SÃO TAXAS? 
Trata-se de espécie tributária prevista na Constituição Federal que prevê a cobrança de exação em razão 
do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e 
divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição. 
É considerado tributo bilateral, contraprestacional, sinalagmático ou vinculado. Isso porque a taxa é um 
tributo vinculado a uma atividade estatal específica. 
3. O QUE É PREÇO PÚBLICO? 
 
Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2019 – DIREITO TRIBUTÁRIO 
18 
 
Trata-se de espécie não tributária, de natureza contratual e regime jurídico privado. Pode ser exigido por 
pessoas jurídicas de direito privado, inclusive não integrantes da Administração pública e por pessoas jurídicas de 
direito público. 
Prevalece que sua cobrança é facultativa, prevalecendo, em relação a ele, a autonomia da vontade. 
O preço público nãos e confunde com a tarifa, porque esta, diferentemente daquele, é compulsória. 
4. O QUE É EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO? 
Trata-se de espécie tributária prevista na Constituição Federal, conferindo à União o poder de instituir, 
mediante lei complementar, empréstimos forçados porém restituíveis. A obrigação de pagá-los nasce de 
determinação legal. Verificada a ocorrência do fato gerador, surge a obrigação de “emprestar” dinheiro ao 
Estado. 
Tem como pressupostos o atendimento a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, 
de guerra externa ou sua iminência ou investimento público de caráter urgente e de relevante interesse 
nacional. 
A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que 
fundamentou sua instituição. 
5. O QUE É CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA? 
Trata-se de espécie tributária prevista na Constituição Federal, fundada no princípio da vedação ao 
enriquecimento sem causa, que prevê a cobrança da exação em face ao custo de obras públicas de que decorra 
valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor 
que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. 
6. O QUE É CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL? 
Trata-se de espécie tributária prevista, genericamente, na Constituição Federal, destinada ao 
financiamento de gastos específicos, sobrevindo no contexto da intervenção do Estado no campo social e 
econômico. 
Tem como espécies: contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico, de interesse das 
categorias profissionais ou econômicas e de custeio do serviço de iluminação pública. 
7. O QUE SÃO CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS? 
Tratam-se de contribuições que visam custear áreas bem relevantes de nossa sociedade, como a 
Seguridade Social, o ensino público fundamental, entre outras. Daí serem subdivididas em Contribuições Sociais 
da Seguridade Social e Contribuições Sociais Gerais. 
As primeiras são destinadas a custear os serviços relacionados à saúde, à previdência e à assistência social 
(CF, art. 195). 
 
Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2019 – DIREITO TRIBUTÁRIO 
19 
 
As ultimas são destinadas a algum outro tipo de atuação da União na área social, como o Sistema “S” e 
“salário-educação”. 
8. O QUE SÃO CONTRIBUIÇÕES DE INTERVENÇÃO DO DOMÍNIO ECONÔMICO (CIDE)? 
Trata-se de tributos de competência exclusiva da União que têm como objetivo a intervenção na 
economia. 
A CIDE-Combustível tem previsão na Constituição Federal e sua receita deve ser destinada a três 
finalidades: (I) programas ambientais, (II) de infraestrutura das rodovias e (III) de subsídios a preços de 
combustíveis (art. 177, §4º, II, “a”, “b” e “c”, da CF). 
9. O QUE SÃO CONTRIBUIÇÕES DE INTERESSE DE CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU 
ECONÔMICAS (CONTRIBUIÇÕES CORPORATIVAS)? 
Trata-se de tributos de competência exclusiva da União que têm por finalidade conferir a essas entidades 
capacidade de arrecadar contribuições para que tenham suporte financeiro. 
Os dois grandes exemplos de contribuições profissionais são: 
a) Anuidades pagas pelos profissionais aos seus autárquicos Conselhos de fiscalização (CREA, CRM, CRO, 
CRC, etc.) 
b) Contribuição Sindical (art. 578 e seguintes CLT c/c art. 8º, IV, CF). Corresponde monetariamente a um 
dia de trabalho no ano. 
10. O QUE É CONTRIBUIÇÃO PARA O CUSTEIO DO SERVIÇO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA 
(COSIP)? 
Trata-se de tributo de competência dos municípios e do DF, em sua competência municipal, para o 
financiamento do serviço de iluminação pública. 
PONTO 4 - OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA: CONCEITO; ESPÉCIES; FATO GERADOR (HIPÓTESE DE 
INCIDÊNCIA); SUJEITO ATIVO E PASSIVO; SOLIDARIEDADE; CAPACIDADE TRIBUTÁRIA; 
DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO. 
1. QUAL O CONCEITO DE OBRIGAÇÃO? 
Obrigação é uma relação jurídica, de caráter transitório, estabelecida entre devedor e credor e cujo 
objeto consiste numa prestação pessoal econômica, positiva ou negativa, devida pelo primeiro ao segundo, 
garantindo-lhe o adimplemento através de seu patrimônio. (Washington de Barros Monteiro) 
2. QUAL A NATUREZA JURÍDICA DA RELAÇÃO JURÍDICO-TRIBUTÁRIA? 
A relação jurídico-tributária é eminentemente obrigacional, tendo, no polo ativo (credor) um ente político 
(União, Estado, Distrito Federal ou Município) ou outra pessoa jurídica de direito público a quem tenha sido 
delegada a capacidade ativa e, no polo passivo, um particular obrigado ao cumprimento da obrigação. 
 
Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2019 – DIREITO TRIBUTÁRIO 
20 
 
3. E COMO CONCEITUAR A OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA? 
A obrigação tributária é a relação jurídica existente entre o Fisco e um particular, cujo objeto é a 
prestação de dar (pagar o tributo), fazer ou não fazer. Em linhas gerais, pode-se entender a relação obrigacional 
tributária como sendo derivada da obrigação civil, em que os sujeitos ativo e passivo são respectivamente 
representados pelo Estado, em sua atividade econômica, e pelo particular. 
4. QUAL A DIFERENÇA ENTRE OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA E CRÉDITO TRIBUTÁRIO? 
A obrigação tributária se diferencia de crédito tributário na medida em que o crédito corresponde a uma 
obrigação tributária quantificada pelo fisco, ou seja, trata da própria obrigação tributária, mas já lançada, 
titulada e individualizada. O crédito tributário quantifica, valoriza e materializa a obrigação tributária, isto é, 
determina a quantidade do tributo, mediante o lançamento por autoridade administrativa que é o ato que o 
constitui. 
5. QUAIS SÃO OS FUNDAMENTOS DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA? 
O fundamento jurídico direto é a lei instituidora do tributo. 
O fundamento jurídico mediato, que permite ao legislador a instituição dos tributos, é o dever 
fundamental de pagar tributos. 
Os critérios de justiça tributária são a justiça distributiva, fundada na capacidade contributiva de cada 
pessoa (impostos), ou a justiça comutativa, uma vez que a cada um cabe custear a atividade estatal que lhe diga 
respeito, por ser divisível e específica (taxas). (Leandro Paulsen) 
6. QUAIS SÃO AS ESPÉCIES DE OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA? 
O art. 113 do CTN, que define as obrigações tributarias, estabelece dois tipos de obrigações: Obrigação 
tributária principal e a obrigação tributária acessória. 
7. EM QUE CONSISTE A OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA PRINCIPAL? 
A obrigação tributária principal é caracterizada pelo pagamento, seu objeto principal, tanto do tributo ou 
da multa tributária, isto é, tal obrigação é sempre de dar - dinheiro, jamais de fazer ou não fazer algo. 
8. EM QUE CONSISTE A OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA ACESSÓRIA? 
A obrigação acessória é caracterizada pelas prestações de cunho positivo ou negativo, ou, como são 
classificadas peloDireito Civil, de obrigações de fazer ou deixar de fazer, previstas no interesse da fiscalização 
dos tributos ou da arrecadação. 
É importante frisar que tratam de obrigações simples e instrumentais que viabilizam o cumprimento 
das obrigações principais - obrigação de dar dinheiro. 
9. OS CONCEITOS DE OBRIGAÇÃO PRINCIPAL E ACESSÓRIA SÃO IGUAIS NO DIREITO 
TRIBUTÁRIO E NO DIREITO CIVIL? 
 
Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2019 – DIREITO TRIBUTÁRIO 
21 
 
Não. Enquanto no Direito Civil a obrigação acessória só existe em função da principal e, em regra, segue o 
destino daquela (princípio da gravitação jurídica), em Direito Tributário o enquadramento de obrigação tributária 
como principal depende exclusivamente do seu conteúdo pecuniário (obrigação de dar - pagar - tanto do crédito 
quanto dos juros). Ainda, em Tributário, a obrigação acessória existe independentemente da principal (entidade 
imune deve escriturar livros fiscais). A relação de acessoriedade refere-se ao fato de estas obrigações serem 
instrumentais, facilitando o cumprimento das principais. 
No Direito Tributário: 
Obrigação principal: obrigação positiva de dar (pagar tributo ou multa), de conteúdo patrimonial. 
Obrigação acessória: obrigação positiva ou negativa, de fazer (escriturar livros fiscais) ou não fazer (não 
receber mercadoria sem os documentos pertinentes), de conteúdo não patrimonial. Instrumentais às principais, 
mas autônomas. 
Alguns autores falam em uma quarta modalidade de obrigação - dever de permitir algo (permitir o acesso 
da fiscalização a livros, documentos e mercadorias), mas a classificação tradicional entende que esta é obrigação 
de não fazer (não embaraçar a fiscalização). 
10. QUAL O CONCEITO DE EVASÃO, ELISÃO E ELUSÃO TRIBUTÁRIA? 
Elisão Fiscal: para maioria da doutrina, quando contribuinte usa de meios lícitos para fugir da tributação 
ou torná-la menos onerosa. Trata-se de planejamento tributário. Em geral, ocorre antes da concretização do 
fato gerador (exceção: elaboração da declaração do imposto de renda da pessoa física). 
Evasão Fiscal: quando o contribuinte se utiliza de meios ilícitos para escapar da tributação. Em geral, 
ocorre após a ocorrência do fato gerador (exceção: emissão de notas fiscais fraudulentas antes da saída da 
mercadoria do estabelecimento – fato gerador de ICMS). 
Elusão Fiscal (1ª corrente) ou Elisão Ineficaz (2ª corrente): casos em que o comportamento do 
contribuinte não é, a rigor, ilícito, mas adota um formato artificioso, atípico para a espécie de ato que está 
sendo praticado, tendo por consequência a não incidência tributária (ou incidência menos onerosa). Aparência 
de licitude. É importante registrar que a doutrina tradicional enquadra tal situação como elisão fiscal, razão pela 
qual denominada de antielisiva a norma inserta no parágrafo único do art. 116 do CTN. 
11. O QUE É HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA? 
A chamada hipótese de incidência indica um paradigma ou um modelo (arquétipo ou standart legal) 
vocacionado a deflagrar a relação jurídico-tributária que unirá o credor ou dever do tributo (e vice-versa). 
É uma situação abstrata, hábil a deflagrar a relação jurídico – tributária, é dotada de hipoteticidade, ou 
seja, o legislador cria determinadas hipóteses que podem deflagrar o fenômeno tributário. 
12. E FATO GERADOR? 
 
Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2019 – DIREITO TRIBUTÁRIO 
22 
 
O fato gerador é a concretização da hipótese de incidência. O fato gerador do tributo é a ocorrência, em 
si, que traz à tona a exigência do respectivo ônus para o contribuinte. 
13. COMO CORRELACIONAR A HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA, O FATO GERADOR E A 
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA? 
Enquanto a hipótese de incidência se mantém no campo hipotético da abstração, sem materialização do 
fenômeno que se espera (ocorrendo assim o Fato Gerador), não se cogita de obrigação tributária. Todavia, 
ocorrendo a concretização da hipótese no plano dos fatos, transbordará a incidência tributária. 
Assim, a obrigação tributária surge do encontro do plano fático com o plano abstrato, fazendo unir, de 
um lado, à norma, e, de outro, a norma ao fato. 
14. QUAL O ELEMENTO OBJETIVO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA? 
O elemento objetivo é o objeto do vínculo existente entre devedor e credor. O objeto da obrigação é uma 
prestação econômica positiva ou negativa. Nesta linha, os civilistas classificam as obrigações como de dar, fazer 
ou deixar de fazer algo, sendo as duas primeiras modalidades positivas (pois importam um dever de agir), e a 
última negativa (importa um dever de se omitir). 
15. QUAIS OS ELEMENTOS SUBJETIVOS DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA? 
Os elementos subjetivos da obrigação tributária são os sujeitos que figuram nos polos ativo e passivo da 
relação jurídico-tributária, tendo a competência para exigir o seu adimplemento (sujeito ativo) ou o dever de 
cumpri-la (sujeito passivo). 
16. QUAL O CONCEITO DE SUJEITO ATIVO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA? 
Segundo o art. 119 do CTN, sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público titular da 
competência para exigir o seu cumprimento. 
17. EM QUE CONSISTE A CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA? 
A capacidade tributária ativa consiste na possibilidade de figurar no polo ativo da relação jurídico-
tributária, o que não se confunde com competência tributária. 
18. QUAL O CONCEITO DE SUJEITO PASSIVO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA? 
O sujeito passivo, na obrigação tributária principal, é a pessoa obrigada a pagar o tributo ou penalidade 
pecuniária (CTN, art. 121); Na obrigação acessória, o sujeito passivo é a pessoa obrigada às prestações - de fazer 
ou deixar de fazer - que constituem seu objeto (CTN, art. 122). 
Existem duas diferentes modalidades de sujeito passivo da obrigação tributária principal, quais sejam os 
contribuintes e os responsáveis. 
19. O QUE SÃO “CONTRIBUINTES DE FATO”? E “CONTRIBUINTES DE DIREITO”? 
 
Projeto CONCEITOS BÁSICOS 2019 – DIREITO TRIBUTÁRIO 
23 
 
Contribuinte de fato: pessoas que sofrem a incidência econômica do tributo mediante repasse do ônus, 
mas formalmente não integram a relação jurídico-tributária. Ex: o consumidor que compra mercadoria, pagando 
ICMS repassado no preço do produto. 
Contribuinte de direito: parte* das pessoas que ocupam polo passivo da relação jurídico-tributária, 
sendo obrigadas a efetivamente pagar o tributo ou penalidade pecuniária. Ex: comerciante, no caso do ICMS. 
* Fala-se em "parte" das pessoas porque também existem os "responsáveis" (sujeito passivo indireto). 
20. COMO CONCEITUAR “CONTRIBUINTE”? E RESPONSÁVEL? 
Contribuinte é o sujeito passivo direto, que possui relação pessoal e direta com o fato gerador. O 
contribuinte é aquele obrigado por lei a contribuir para as despesas públicas, vertendo recursos do seu 
patrimônio para o erário. O fundamento jurídico direto da sua obrigação é a lei instituidora do tributo. O 
fundamento jurídico mediato, que permite ao legislador a instituição dos tributos, é seu dever fundamental de 
pagar tributo 
Responsável é o sujeito passivo indireto, escolhido por lei, na condição de terceiro, para pagamento do 
tributo, sem que tenha relação com o fato gerador. Exemplo: Pais responsáveis tributários relativamente ao 
tributo devido pelo filho menor. 
21. AINDA NO TEMA “RESPONSABILIDADE”, EM QUE CONSISTE A CHAMADA 
“RESPONSABILIDADE POR TRANSFERÊNCIA”? E A “RESPONSABILIDADE POR 
SUBSTITUIÇÃO”? 
Responsabilidade por transferência: ocorre quando existe de forma legal o contribuinte, e a lei 
atribui a outro o dever do pagamento do tributo, tendo em vista eventos futuros ao surgimento 
da obrigação tributária. Exemplo: no caso de falecimento do proprietário de um imóvel urbano, 
devedor de IPTU, a responsabilidade passa a ser do espólio (art. 131, III, do CTN); 
Responsabilidade por substituição: ocorre quando a legislação situa uma pessoa qualquer como 
sujeito passivo no lugar do contribuinte, desde a ocorrência do fato gerador. Nesse caso, a lei 
afasta o contribuinte previamente, independentemente

Continue navegando