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Autoatividade_Estudo Transversal

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Estudos Transversais
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE 
MAPAS, GRÁFICOS E IMAGENS
2019
Autor: Prof. Péricles Ewaldo Jader Pereira, Me
AUTOATIVIDADES
2
ESTUDO TRANSVERSAL I
AUTOATIVIDADES ENADE
*Não deixe de acessar o link do GABARITO COMENTADO destas autoatividades 
na trilha da disciplina.
1) (ENADE LETRAS 2015) Leia e relacione os textos a seguir. O Governo 
Federal deve promover a inclusão digital, pois a falta de acesso às 
tecnologias digitais acaba por excluir socialmente o cidadão, em 
especial a juventude.
(Projeto Casa Brasil de inclusão digital começa em 2004.
In: MAZZA, Mariana. JB online.)
Comparando a proposta acima com a charge, pode-se concluir que
A. o conhecimento da tecnologia digital está democratizado no Brasil.
B. a preocupação social é preparar quadros para o domínio da informática.
C. o apelo à inclusão digital atrai os jovens para o universo da computação.
D. o acesso à tecnologia digital está perdido para as comunidades carentes.
E.	a	dificuldade	de	acesso	ao	mundo	digital	torna	o	cidadão	um	excluído	social.
* Autora: Valéria Pinheiro Raymundo
3
ESTUDO TRANSVERSAL I
2) (ENADE LETRAS 2005)
AQUI ESTÁ:
CONSULTA
MARCADA PARA
DAQUI A TRÊS 
MESES.
SEU SÍNDICO, O SENHOR
MANDOU VIR UM PESSOAL
PRA, DEDETIZAR O
PRÉDIO?
PENSEI QUE ERA
OUTRA COISA.
MANDEI,
PORQUE?
MAS ATÉ LÁ, ISSO
QUE EU TENHO JÁ
PASSOU...
... ÓTIMO.
(Laerte. O condomínio)
(Disponível em: http://www2.uol.com.br/laerte/tiras/indexcondomínio.html)
As duas charges de Laerte são críticas a dois problemas atuais da sociedade 
brasileira,	que	podem	ser	identificados	pela	crise
A. na saúde e na segurança pública.
B. na assistência social e na habitação.
C. na educação básica e na comunicação.
D. na previdência social e pelo desemprego.
E. nos hospitais e pelas epidemias urbanas.
* Autor: Claúdio Primo Delanoy
4
ESTUDO TRANSVERSAL I
3) (ENADE Letras 2005)
(Colecção Roberto Marinho. Seis décadas da arte moderna brasileira. Lisboa: Funda-
ção Calouste Gulbenkian, 1989. p.53.)
A. “cidade” retratada na pintura de Alberto da Veiga Guignard está tematiza-
da	nos	versos	A.	Por	entre	o	Beberibe,	e	o	oceano	Em	uma	areia	sáfia,	e	
lagadiça	Jaz	o	Recife	povoação	mestiça,	Que	o	belga	edificou	ímpio	tirano.	
(MATOS, Gregório de. Obra poética. Ed. James Amado. Rio de Janeiro: Record, 
1990. Vol. II, p. 1191.)
B. Repousemos na pedra de Ouro Preto, Repousemos no centro de Ouro Pre-
to: São Francisco de Assis! igreja ilustre, acolhe, À tua sombra irmã, meus 
membros lassos. (MENDES, Murilo. Poesia completa e prosa. Org. Luciana 
Stegagno Picchio. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. p. 460.)
C. Bembelelém Viva Belém!
 Belém do Pará porto moderno integrado na equatorial
 Beleza eterna da paisagem
 Bembelelém
 Viva Belém!
 (BANDEIRA, Manuel. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1958. Vol. I, p. 
196.)
D. Bahia, ao invés de arranha-céus, cruzes e cruzes
 De braços estendidos para os céus,
 E na entrada do porto,
 Antes do Farol da Barra,
 O primeiro Cristo Redentor do Brasil!
 (LIMA, Jorge de. Poesia completa. Org. Alexei Bueno. Rio de Janeiro: Nova 
Aguilar, 1997. p. 211.)
5
ESTUDO TRANSVERSAL I
E. No cimento de Brasília se resguardam
 maneiras de casa antiga de fazenda,
 de copiar, de casa-grande de engenho,
	 enfim,	das	casaronas	de	alma	fêmea.
 (MELO NETO, João Cabral. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. 
p. 343.)
* Autoras: Margarete Jesusa Varela Cento Hülsendeger e Regina Kohlrausch
Antefinal noturno
Dorme, Alonso Quejana.
Pelejaste mais do que a peleja
(e perdeste).
Amaste mais que amor se deixa amar.
O ímpeto
o relento
a desmesura
fábulas que davam rumo ao sem-rumo
de tua vida levada a tapa
e a coice d´armas,
4) Em meados do século passado, o pintor brasileiro Candido Portinari 
fez uma série de desenhos para ilustrar uma edição nacional do Dom 
Quixote, de Cervantes. Posteriormente, o poeta Carlos Drummond 
de Andrade compôs uma série de poemas, referidos a cada um des-
ses desenhos de Portinari. Atente para este desenho de Portinari e 
os versos de Drummond que o interpretam.
6
ESTUDO TRANSVERSAL I
de que valeu o tudo desse nada?
Vilões discutem e brigam de braço
enquanto dormes.
Neutras estátuas de alimárias velam
a areia escura de teu sono
despido de todo encantamento.
Dorme, Alonso, andante
petrificado	cavaleiro-desengano.
Analisando-se as relações entre o desenho, o poema e a obra Dom Quixote de
Cervantes,	é	correto	afirmar:
A. na situação representada, em que o herói repousa, o desenho e o poema 
realçam o cansaço do triunfal cavaleiro andante.
B. no desenho e no poema, o plano da realidade bruta do cotidiano contrasta 
com	o	do	sacrifício	final	do	cavaleiro	idealista	de	Cervantes.	
C. na situação representada, pela qual se inicia a narrativa de Cervantes, o 
pintor e o poeta preveem as violências que Dom Quixote deverá enfrentar.
D. no desenho e no poema, encontram-se interpretações diferentes da cena 
final	de	Dom	Quixote:	no	primeiro	lamenta-se	a	derrota,	e	no	segundo	se	
enaltece a vitória do cavaleiro.
E.	no	desenho	e	no	poema,	reforça-se	o	sentido	final	da	obra	de	Cervantes,	
que é o de resgatar os valores da nobreza medieval.
* Autoras: Amanda da Silva Oliveira e Janaina de Azevedo Baladão.
5) (ENADE Letras 2005) Associe a gravura abaixo ao texto , de Borges, 
a seguir.
O universo (que outros chamam a Biblioteca) compõe-se de um número 
indefinido,	 e	 talvez	 infinito,	 de	 galerias	 hexagonais,	 com	 vastos	 poços	 de	
ventilação no centro, cercados por balaustradas baixíssimas. (...) A Biblioteca 
existe ab aeterno. Dessa verdade, cujo corolário imediato é a eternidade futura 
do mundo, nenhuma mente razoável pode duvidar. (...) Em alguma estante 
de algum hexágono (raciocinaram os homens) deve existir um livro que seja 
a cifra e o compêndio perfeito de todos os demais: algum bibliotecário o 
consultou e é análogo a um deus.
(Jorge Luís Borges, “A biblioteca de Babel”, Ficções)
7
ESTUDO TRANSVERSAL I
Litogravura Relativity, de 1953, obra do artista plástico holandês Maurits Cornelis Escher
O espaço descrito no texto e o espaço representado na gravura têm em comum:
A. a rejeição do irreal e o engajamento político.
B. a emotividade e a negação da simetria.
C. o efeito de claro-escuro e o sentimento da natureza. 
D. a vida idealizada e o sentimento do provisório.
E. a fantasia intelectual e a composição geométrica.
* Autores: Ricardo Araújo Barberena e Rodrigo de Böer Trujillo.
http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/enade/geografia2008.pdf
8
ESTUDO TRANSVERSAL I
6) (ENADE Formação Geral 2009) Leia o gráfico, em que é mostrada a 
evolução do número de trabalhadores de 10 a 14 anos, em algumas 
regiões metropolitanas brasileiras, em dado período:
NÚMERO DE CRIANÇAS E
ADOLESCENTES TRABALHANDO
É O MAIOR EM 19A MESES
Evolução do número de trabalhadores de 10 a 14
anos nas seis regiões metropolitanas avaliadas na
PME (Pesquisa Mensal de Emprego)
83 mil
88 mil 88 mil
103 mil
132 mil
Fonte: IBGE
http://wwwl.fo1h.aluol.com.br/fo1h.a/cotidiano/ult95u85799.shtml, 
acessado em 2 out 2009.(Adaptado)
www.charges.com.br, acessado em 15 set. 2009.
Há	relação	entre	o	que	é	mostrado	no	gráfico	e	na	charge?
9
ESTUDO TRANSVERSAL I
O possível êxito dessa campanha ocorrerá porque:
I. se cumpriu a meta de emissão zero de gás carbônico estabelecida pelo 
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, revertendo o atual quadro
de elevação das médias térmicas globais.
II. deixaram de ser empregados, na confecção de sacolas plásticas, materiais 
oxibiodegradáveis e os chamados bioplásticos que, sob certas condições de 
luz e de calor, se fragmentam. 
III. foram adotadas, por parcela da sociedade brasileira, ações comprometidas 
com mudanças em seu modo de produção e de consumo, atendendo aos 
objetivos preconizados pela sustentabilidade.
A. Não, pois a faixa etária acima dos 18 anos é aquela responsável pela 
disseminação da violência urbana nas grandes cidades brasileiras.
B. Não, pois o crescimento do número de crianças e adolescentes que 
trabalhamdiminui o risco de sua exposição aos perigos da rua.
C. Sim, pois ambos se associam ao mesmo contexto de problemas 
socioeconômicos e culturais vigentes no país.
D. Sim, pois o crescimento do trabalho infantil no Brasil faz crescer o número 
de crianças envolvidas com o crime organizado.
E. Ambos abordam temas diferentes e não é possível se estabelecer relação 
mesmo que indireta entre eles.
Autor: Profa. Dra. Jocelyne da Cunha Bocchese (FALE/Depto. de Estudos Linguísticos) e 
Profa. Dra. Marisa Magnus Smith (FALE/Depto. de Estudos Linguísticos)
7) (ENADE Formação Geral 2009) O Ministério do Meio Ambiente, em 
junho de 2009, lançou campanha para o consumo consciente de sacolas 
plásticas, que já atingem, aproximadamente, o número alarmante de 
12 bilhões por ano no Brasil. Veja o slogan dessa campanha:
10
ESTUDO TRANSVERSAL I
IV. houve redução tanto no quantitativo de sacolas plásticas descartadas 
indiscriminadamente no ambiente, como também no tempo de decomposição
de resíduos acumulados em lixões e aterros sanitários.
Estão	CORRETAS	somente	as	afirmativas
A. I e II.
B. I e III.
C. II e III.
D. II e IV.
E. III e IV.
Autor: Prof. Dr. Júlio César Bicca Marques (FABIO/Depto. de Biodiversidade e Ecologia)
Com	 base	 na	 leitura	 desse	 planisfério,	 é	 CORRETO	 afirmar	 que	 as	 regiões	
continentais	em	que	se	verifica	luminosidade	noturna	mais	intensa:
A. abrigam os espaços de economia mais dinâmica do mundo contemporâneo, 
onde se localizam os principais centros de decisão que comandam a atual 
ordem mundial.
B. expressam a divisão do Planeta em dois hemisférios – o Leste e o Oeste – 
que, apesar de integrados à economia-mundo, revelam indicadores sociais 
discrepantes.
C. comprovam que o Planeta pode abrigar o dobro de seu atual contingente 
populacional, desde que mantido o padrão de consumo praticado pela 
sociedade contemporânea.
8) (ENADE Formação Geral 2009) Leia o planisfério, em que é mostrada 
uma imagem noturna da superfície terrestre, obtida a partir de 
imagens de satélite:
ESTUDO TRANSVERSAL I
11
D.	registram	fluxos	reduzidos	de	informação,	de	pessoas,	de	mercadorias	e	de	
capitais, tendo em vista a saturação de suas redes de circulação, alcançada 
no início do século XXI. 
E. substituíram suas tradicionais fontes de energia não renováveis, 
historicamente empregadas na geração de eletricidade, por alternativas 
limpas e não poluentes.
Autor:	Profa.	Dra.	Teresinha	Furlanetto	Marques	(FFCH/Depto.	de	Geografia)
9) (ENADE Formação Geral 2009) Leia os gráficos:
(%)
33%
67%
Brasileiros que têm o domínio da 
leitura e da escrita
Brasileiros que não dominam a leitura 
e a escrita
Gráfico I:
Domínio da leitura e escrita 
pelos brasileiros (em %)
80
90(%)
11%
89%
Municípios que possuem livrarias
Municípios que não possuem livrarias
Gráfico II:
Municípios brasileiros que 
possuem livrarias (em %)
Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional - INAF, 2005
Relacione esses gráficos às seguintes informações: O Ministério da 
Cultura divulgou, em 2008, que o Brasil não só produz mais da metade 
dos livros do continente americano, como também tem parque gráfico 
atualizado, excelente nível de produção editorial e grande quantidade de 
papel. Estima-se que 73% dos livros do país estejam nas mãos de 16% da 
população. Para melhorar essa situação, é necessário que o Brasil adote 
12
ESTUDO TRANSVERSAL I
10) (ENADE Formação Geral 2010)
As áreas populacionais sem acesso ao saneamento, 
em porcentagem do total da população em 2004, 
estão representadas no mapa, conforme a legenda:
mais de 50%
de 31 a 50%
de 5 a 30%
menos de 5%
dados não disponíveis
média mundial
Philippe Rekacewicz (Le Monde Diplomatique). Organização Mundial da Saúde, 2006. Disponí-
vel em: <https://www.google.com.br/mapas>. Acesso em> 28. ago 2010.
políticas públicas capazes de conduzir o país à formação de uma sociedade 
leitora. Qual das seguintes ações NÃO contribui para a formação de uma 
sociedade leitora?
A. Desaceleração da distribuição de livros didáticos para os estudantes das 
escolas públicas, pelo MEC, porque isso enriquece editoras e livreiros.
B. Exigência de acervo mínimo de livros, impressos e eletrônicos, com gêneros 
diversificados,	para	as	bibliotecas	escolares	e	comunitárias.
C. Programas de formação continuada de professores, capacitando-os para 
criar	um	vínculo	significativo	entre	o	estudante	e	o	texto.
D. Programas, de iniciativa pública e privada, garantindo que os livros migrem 
das estantes para as mãos dos leitores.
E. Uso da literatura como estratégia de motivação dos estudantes, contribuindo 
para uma leitura mais prazerosa.
Autora: Profa. Dra. Maria Conceição Pillon Christofoli (FACED/Depto. de Métodos e 
Técnicas de Ensino) 
13
ESTUDO TRANSVERSAL I
Considerando	o	mapa	apresentado,	analise	as	afirmações	que	se	seguem.
I. A globalização é fenômeno que ocorre de maneira desigual entre os paí-
ses, e o progresso social independe dos avanços econômicos.
II. Existe relação direta entre o crescimento da ocupação humana e o maior 
acesso ao saneamento básico.
III. Brasil, Rússia, Índia e China, países pertencentes ao bloco dos emergentes, 
possuem percentual da população com acesso ao saneamento básico abai-
xo da média mundial.
IV. O maior acesso ao saneamento básico ocorre, em geral, em países desen-
volvidos.
V. Para se analisar o índice de desenvolvimento humano (IDH) de um país, 
devese diagnosticar suas condições básicas de infraestrutura, seu PIB per 
c pita, a saúde e a educação.
É	correto	apenas	o	que	se	afirma	em
A. I e II.
B. I e III.
C. II e V.
D. III e IV.
E. IV e V.
Autora:	Profa.	Dra.	Teresinha	Furlanetto	Marques	(FFCH/Depto.	de	Geografia)
Estudos Transversais
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE 
MAPAS, GRÁFICOS E IMAGENS
2019
Autor: Prof. Péricles Ewaldo Jader Pereira, Me
GABARITO DAS 
AUTOATIVIDADES
2
ESTUDO TRANSVERSAL I
GABARITO COMENTADO DAS AUTOATIVIDADES ENADE
1) Alternativa correta: E
COMENTÁRIO: A questão envolve a interpretação de dois gêneros textuais, 
uma notícia e uma charge, solicitando que o estudante relacione o texto escrito 
e a ilustração. A análise das alternativas permite concluir que a única resposta 
correta é a (E). A questão pode ser respondida com certa facilidade, visto que 
a charge retrata, sem necessidade de muitas inferências, a consequência 
negativa da falta de acesso à tecnologia mencionada na notícia. A figura do 
jovem mendigando um mouse não deixa dúvidas de que há uma relação direta 
entre exclusão digital e exclusão social. As demais alternativas não se aplicam. 
O conhecimento da tecnologia digital no Brasil não está democratizado, tanto 
é que o Governo Federal está preocupado com a exclusão social de cidadãos 
que não têm acesso ao mundo digital (alternativa A incorreta). A notícia nada 
diz sobre preparar quadros para o domínio da informática, apenas anuncia 
que pretende promover a inclusão social (alternativa B incorreta). Da mesma 
forma, não há nada no texto que leve à conclusão de que as comunidades 
carentes nunca terão acesso ao mundo digital. A própria proposta de projetos 
de inclusão digital mostra que o problema pode ser, sim, pelo menos minimizado 
(alternativa D incorreta). Por fim, percebe-se que, embora nosso conhecimento 
de mundo possa levantar a suspeita de que o apelo à inclusão digital atrai os 
jovens para o mundo da computação, os textos não permitem essa inferência 
(alternativa C incorreta).
Fonte: http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/Ebooks/Pdf/978-85-397-1000-3.pdf
2) Alternativa correta: A
COMENTÁRIO: A questão apresenta duas tiras, denominadas charges no 
enunciado, e solicita, por meio de suas leituras, a identificação de dois problemas 
da atualidade brasileira. A compreensão de tiras e charges envolve tanto a 
linguagem verbal quanto a não verbal, ambas inter-relacionadas, constituindo o 
sentido global do texto. Além disso, exige do leitor conhecimentos enciclopédicos, 
ou conhecimentos de mundo, necessários para a construção de uma leitura 
adequada.Segundo Marcuschi (2008), a compreensão é um processo, e não um 
produto a ser extraído do texto. Cita alguns aspectos que atuam na compreensão 
do texto, como um processo estratégico pelo qual o leitor dá prioridade a 
3
ESTUDO TRANSVERSAL I
inferências pragmáticas e não focaliza as inferências lógicas unicamente, pois 
considera o texto como uma ação comunicativa; um processo interativo pelo 
qual se reconhece a compreensão como uma negociação entre o texto e o leitor, 
quer dizer, a compreensão não é unilateral – o texto, então, apresenta marcas 
que orientam a negociação e, por conseguinte, a compreensão; e um processo 
inferencial segundo o qual a produção de sentido não se realiza por extração de 
informações resultantes da decodificação, mas mobiliza uma série complexa de 
raciocínios tais como os anteriormente citados. Na primeira charge/tira, vemos 
uma secretária entregando um comprovante de agendamento de consulta a um 
homem, com data para dali a três meses. A resposta do paciente nos revela a 
inutilidade daquela consulta, já que até lá seu problema de saúde poderia ter sido 
solucionado. O último quadrinho mostra a secretária rasgando o agendamento, 
pois, se até lá o paciente estaria curado, não haveria motivos para a uma consulta 
médica. A compreensão desse texto envolve a ativação de conhecimento de 
mundo quanto à dificuldade de atendimentos médicos para uma grande parcela da 
população brasileira, sobretudo em hospitais públicos e postos de saúde. A atitude 
da secretária, ao revelar descaso pelo paciente, representa a problemática do 
atendimento médico imediato. A segunda charge/tira mostra a ligação do porteiro 
de um prédio ao síndico, perguntando se este tinha marcado uma dedetização, 
que foi confirmada. No último quadrinho, o porteiro, com os braços levantados 
diante dos funcionários da empresa carregando seus equipamentos como se 
fossem armas de fogo, revela que pensava tratar-se de outra coisa. Por raciocínio 
inferencial, pela inter-relação entre o linguístico e o não verbal (desenho), chega-
se à conclusão de que a “outra coisa” referida pelo porteiro seria um assalto. Cada 
alternativa é estruturada em duas partes, cada uma relacionada às charges/tiras 
correspondentes. Quanto à charge/tira 1, eliminamos as alternativas (B), (C) e (D), 
pois o texto não apresenta marcas que orientem a compreensão para crise na 
assistência social, na educação básica, nem na providência social. A alternativa 
(E) até poderia ser considerada, já que refere a hospitais. Quanto à charge/tira 
2, não se encontram evidências no texto relacionadas a crises na habitação, na 
comunicação, nem no desemprego. A alternativa (E), novamente, poderia ser 
aceitável, pois menciona epidemias urbanas, tema presente no referido texto. 
No entanto, ao compararmos as alternativas possíveis (A) e (E), mesmo que a 
dúvida recaia entre crise na saúde e crise nos hospitais relacionadas à charge/tira 
1, o tema crise devido a epidemias urbanas não é o tema relevante da charge/
tira 2, pois o último quadrinho mostra o porteiro em atitude de rendição a um 
possível assalto, manifestando o medo constante da população face à frequência 
de crimes nos centros urbanos. Assim, a escolha correta é a alternativa (A).
Fonte: http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/Ebooks/Pdf/978-85-397-1000-3.pdf
4
ESTUDO TRANSVERSAL I
3) Alternativa correta: B
COMENTÁRIO: Segundo Mikhail Bakhtin, é possível estabelecer um diálogo, 
não só entre textos, mas também desses com outras obras artísticas, como a 
música e a pintura. Desse modo, o verdadeiro diálogo de linguagens seria capaz 
de trazer para narrativa diferentes pontos de vista sobre o mundo (BAKHTIN, 
1990). E como todas as palavras são povoadas de intenções, a linguagem 
literária torna-se plurilíngue e é nesse plurilinguismo, próprio do discurso 
artístico, que encontraremos espaço para uma intertextualidade em que “o 
texto aparece então como lugar de uma troca entre pedaços de enunciados 
que redistribui ou permuta, construindo um texto novo a partir dos textos 
anteriores” (SAMOYAULT, 2008, p. 18). São textos que não precisam ser feitos 
apenas de palavras, mas também de cores que, por sua vez, podem ser vistas 
na forma de imagens. Ao analisarmos a pintura de Alberto da Veiga Guignard 
(1896-1962), observaremos um interesse em retratar paisagens que, na maioria 
das vezes, representam cenários de Minas Gerais, estado onde viveu a partir da 
década de 1940 até a morte, em 1962. Para o crítico de arte Teixeira Leite, 
na obra de Guignard percebem-se traços da nova objetividade, – movimento 
alemão que transpõe os limites do real, buscando impregná-lo de poesia (LEITE, 
1988, p. 240). Na tela em análise, é possível notar alguns dos elementos que 
foram uma constante na produção artística do pintor: a representação de uma 
cidade formada por um casario de um estilo tipicamente colonial, construída à 
beira de uma montanha, apresentando, em destaque, a imagem imponente de 
uma igreja de duas torres. Portanto, tomando como partida a representação 
da “cidade” retratada na pintura de Alberto da Veiga Guignard e analisando os 
versos apresentados nas alternativas, pode-se dizer que:
1. as alternativas (A) e (C) remetem o leitor a cidades nas quais o elemento mais 
significativo éa presença do mar. No caso da cidade de Gregório de Mattos 
(Recife), há a menção ao oceano, assim como a uma areia “sáfia” e “lagadiça”. O 
mesmo ocorre com a Belém do Pará dos versos de Manuel Bandeira, na qual se 
pode entrever um “porto moderno”, em meio a uma paisagem equatorial. Ambas 
as representações se afastam claramente da paisagem pintada por Guignard; 
2. a alternativa (D) explora uma cidade (Bahia) feita de arranha-céus e de 
um farol que na entrada de um porto seria tão impressionante que se 
assemelharia ao “Cristo Redentor do Brasil”. Na pintura de Guignard, além 
de inexistir um porto, não há um farol, mas uma imponente igreja.
3. a alternativa (E) canta uma cidade de cimento (Brasília) e, portanto, 
desprovida dos elementos retratados na pintura de Guignard, que coloca 
em evidência, além das montanhas, a vegetação em torno da cidade.
Desse modo, a alternativa correta é a letra (B), pois, nos versos de Murilo 
Mendes, vê-se a cidade mineira de Ouro Preto, rodeada por montanhas, 
5
ESTUDO TRANSVERSAL I
representando no fundo a Igreja de São Francisco de Assis, “igreja ilustre”, 
considerada uma das obras primas do barroco brasileiro.
Fonte: http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/Ebooks/Pdf/978-85-397-1000-3.pdf
4) Alternativa correta: B
COMENTÁRIO: A questão de número 24 apresenta uma das ilustrações de uma 
edição nacional de Dom Quixote, obra de Miguel de Cervantes, desenhada por 
Candido Portinari, intitulada Série Dom Quixote, produzida entre 1956 e 1961. 
A figura foi feita em 1956 e retrata o personagem Dom Quixote deitado inerte, 
em primeiro plano, enquanto, em posição acima, os aldeões brigam entre si. Em 
seguida, temos a indicação de leitura do poema “Antefinal noturno”, de Carlos 
Drummond de Andrade, cuja intertextualidade já é evidenciada no enunciado 
da questão, por se tratar de um dos poemas de uma série produzida por Drum-
mond justamente para os desenhos de Portinari. O poema direciona a voz do 
eu-lírico à figura de Dom Quixote, chamado por um de seus possíveis nomes 
de batismo, Alonso Quejana, e divide com o personagem a necessidade de um 
possível alívio do “andante/ petrificado/ cavaleiro-andante”, apesar de todo o 
esforço não valer nada, uma vez que “Vilões discutem e brigam de braço/ en-
quanto dormes”, e “Neutras estátuas de alimárias velam/ a areia escura de teu 
sono/ despido de todo encantamento”. A questão solicita ao candidato que, 
ao analisar as relações entre o desenho e o poema com a obra de Miguel de 
Cervantes, encontre a afirmativa correta. As opções apresentam nas alterna-
tivas as seguintes afirmações: A opção A indica que a situação representada, 
de herói que repousa, apresentaria, no poema e na figura, o realce do cansaço 
dopersonagem. Essa opção é incorreta, pois os versos que indicam os vilões e 
as neutras estátuas seguem atuando, sem se darem conta aparentemente do 
repouso do personagem, que é ignorado por eles na cena. A opção C apresenta 
um equívoco, pois se apoia na expressão “preveem”. Nem a ilustração nem o 
poema preveem a situação de Dom Quixote, mas sim comprovam a realidade 
cotidiana inversa ao idealismo do personagem. A opção D indica que poema e 
desenho teriam interpretações diferentes da cena final de Dom Quixote. Pode-
mos perceber a relação na interpretação pela própria análise de seus conteúdos 
e também pela intertextualidade que ambas possuem como representações 
do texto-base de Cervantes. A opção E leva à compreensão de que a obra de 
Cervantes seria um resgate aos valores medievais, o que é uma alternativa in-
correta, uma vez que a obra Dom Quixote inaugura o romance moderno, como 
crítica aos romances de cavalaria, marco medieval. Assim, a alternativa correta 
é a B, pois o que ocorre é, justamente, a realidade do cotidiano contrastada com 
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ESTUDO TRANSVERSAL I
o sacrifício inútil do personagem, mostrando que a idealização de Dom Quixote 
torna-se impossível na realidade em que se insere.
Fonte: http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/Ebooks/Pdf/978-85-397-1000-3.pdf
5) Alternativa correta: E
COMENTÁRIO: A questão 5 propõe a interpretação da representação do espaço 
e suas possibilidades de sentido em duas obras distintas. Esta questão confronta 
um texto verbal – o mesmo fragmento do conto “A biblioteca de Babel” de Jorge 
Luis Borges, com um texto não verbal, a litogravura Relativity, de 1953, obra do 
artista plástico holandês Maurits Cornelis Escher. Como comentado na questão 
anterior, o fragmento do conto de Borges apresenta a descrição de uma biblioteca 
infinita que surge como uma alegoria do próprio universo. Na descrição feita pelo 
autor argentino está presente a organização geométrica da biblioteca, composta 
por “um número indefinido, e talvez infinito, de galerias hexagonais, com vastos 
poços de ventilação no centro, cercados por balaustradas baixíssimas”, criando uma 
construção impossível que explora os limites da racionalidade. O mesmo aspecto 
está presente em Relativity de M. C. Escher, onde está representada uma estrutura 
arquitetônica igualmente impossível. Na gravura vemos uma construção composta 
por escadarias, portas e sacadas de planos que se entrecruzam, relativizando as 
referências cardeais de forma que cria uma ilusão de ótica que coloca em suspenso 
as leis da gravidade, explorando através do geometrismo os limites da razão, assim 
como a biblioteca descrita por Borges. Por isso a alternativa correta é a letra E, que 
aponta como elemento comum às duas obras a fantasia intelectual e a composição 
geométrica. A letra A afirma que as duas obras rejeitam o irreal, o que está 
incorreto em relação a ambas, que tratam de construções impossíveis, assim como 
o engajamento político, que não aparece de forma explícita em nenhuma delas. A 
letra B propõe como elemento comum a emotividade e a negação da simetria, no 
entanto as duas representações tratam de construções que exploram os limites 
da racionalidade, não da emotividade, e se baseiam na exaustão da simetria. 
A alternativa C afirma o sentimento de natureza nas obras, algo que não está 
presente em nenhum dos textos. A letra D, por sua vez, afirma a vida idealizada e o 
sentimento provisório como elementos comuns, no entanto temos nas duas obras 
uma espécie de pesadelo da razão que tende à eternidade, seja pela relativização 
dos planos na gravura de Escher, seja pela totalidade da biblioteca de Borges.
Fonte: http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/Ebooks/Pdf/978-85-397-1000-3.pdf
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ESTUDO TRANSVERSAL I
6) Alternativa correta: C
COMENTÁRIO: A questão baseia-se em dois textos – um gráfico e uma charge – 
que abordam, de forma diversa, dois graves problemas enfrentados pela sociedade 
brasileira: o crescimento do trabalho infantil nas grandes cidades e a violência 
urbana, especialmente a praticada por menores de idade. Propõe, então, que 
o estudante analise a existência – ou não – de uma relação lógica entre essas 
realidades, avaliando, também, se as causas ou os motivos apresentados nas 
alternativas são pertinentes. Nesse sentido, o raciocínio solicitado aproximase do 
que se costuma cobrar em itens do tipo asserção-razão (Sim / Não... porque...). De 
início, a simples leitura da charge é suficiente para que a relação positiva entre as 
duas situações se estabeleça. Nela, o cenário miserável de uma favela brasileira 
emoldura a imagem estereotipada de um menino assaltante/traficante que declara 
ser esse o seu “primeiro emprego”, numa alusão direta à necessidade de os jovens, 
em nosso País, desde cedo precisarem lutar pela própria sobrevivência, trocando a 
escola e a infância por uma atividade (mal) remunerada. Assim, o menino favelado 
que ingressa no mundo do crime parece contribuir, ainda que ironicamente, para o 
aumento das estatísticas referentes ao ingresso precoce de crianças e adolescentes 
no mundo do trabalho (ao primeiro emprego). Aceito esse raciocínio, ficam 
eliminadas as alternativas A, B e E, por não contemplarem a relação entre os textos, 
restando aos respondentes, então, escolher entre a C ou D. Ora, a relação entre 
os fatos apresentados na alternativa D não resiste a uma análise lógica. Nenhum 
brasileiro minimamente informado poderia aceitar a ideia de que o crescimento 
do trabalho infantil provoca aumento no número de crianças envolvidas com o 
crime organizado. Não há relação de causa-consequência entre trabalho infantil e 
violência juvenil, não importa qual seja a ordem em que os fatos se apresentem, 
motivo pelo qual a alternativa B também está incorreta. Já a alternativa C é a única 
correlacionar as duas situações, ambas causadas, isso sim, por um contexto mais 
amplo de miséria e déficit educacional, decorrente dos problemas socioeconômicos 
e culturais vigentes no país. Por restringir a análise das alternativas a apenas 
duas, sendo uma visivelmente absurda, o nível de dificuldade da questão não 
parece condizente com o percentual de acertos (menos de 60%). Outro problema 
de formulação refere-se ao que solicita o enunciado. Nele fica claro que o gráfico 
(assim como a charge) deve ser “lido”; entretanto, não são fornecidas informações 
suficientes sobre o que representa o eixo horizontal (Quais meses são aqueles? 
De que ano?). A ausência de dados precisos reforça a impressão de que ambos os 
textos foram subutilizados na elaboração da questão, já que servem apenas como 
pretexto para contextualizar o problema proposto, cuja análise depende mais de 
conhecimentos prévios dos estudantes do que das leituras solicitadas.
Fonte: http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/Ebooks/Pdf/enade-formacao-geral.pdf
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ESTUDO TRANSVERSAL I
7) Resposta correta: E
COMENTÁRIO: O nome "plástico" é uma designação genérica para um grupo 
de polímeros sintéticos, oriundos do petróleo, que são moldáveis por meio 
de processamento e aquecimento (Pinto-Coelho, 2009). O plástico possui 
amplo espectro de aplicação em nosso cotidiano. Dada a sua praticidade e o 
baixo custo em comparação com a madeira e os metais, o plástico tem sido 
utilizado indiscriminadamente e em quantidades que comprometem a saúde 
do meio ambiente devido ao longo tempo necessário para a degradação 
desse material. Grande parte do plástico descartado inadequadamente 
pelos consumidores acaba sendo depositada no ambiente aquático, o que 
aumenta a poluição e pode servir de meio de transporte de espécies exóticas 
invasoras (SANTOS, 2005). Segundo Moore (2008), enquanto a produção 
mundial de resinas plásticas aumentou 25 vezes no período de 1960 a 
2000, sua reciclagem permaneceu por volta de apenas 5%. Além da morte 
de tartarugas e aves marinhas em decorrência da ingestão de lixo plástico 
(MOORE, 2008), pesquisas têm demonstrado que, após a sua desintegração 
em micropartículas, o plástico pode ser ingerido pelo zooplânctone vir 
a comprometer sua sobrevivência (COLLIGNON et al., 2012). A morte do 
zooplâncton tem grande efeito negativo no resto da cadeia alimentar aquática, 
da qual o homem extrai muitos recursos. As alternativas I e II estão erradas 
ao mencionarem o cumprimento da meta de emissão zero, a reversão do 
quadro de elevação das médias térmicas globais e a eliminação do emprego 
de materiais ambientalmente mais adequados, como os oxibiodegradáveis e 
os bioplásticos. O tipo de campanha à qual o texto se refere requer mudanças 
de atitude da sociedade, tanto em relação ao padrão de consumo de plástico 
pela população quanto em relação aos modos de produção pela indústria. Vale 
ressaltar que uma sociedade cidadã, que usa o plástico de forma consciente 
e seletiva, tem poder para promover mudanças no nível das empresas. As 
alternativas III e IV abordam exatamente tais mudanças de atitude, por isso 
estão corretas.
Fonte: http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/Ebooks/Pdf/enade-formacao-geral.pdf
8) Resposta correta: A
COMENTÁRIO: Os conteúdos trabalhados na questão se referem à implantação 
do sistema econômico capitalista no mundo globalizado, que tem como 
resultado a existência do binômio desenvolvimento/subdesenvolvimento. A 
questão exige do candidato a capacidade de ler o mapa (competência lógico-
matemática) e a habilidade de, após ter decodificado as informações do 
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ESTUDO TRANSVERSAL I
planisfério, relacioná-las com a implantação, o desenvolvimento e a maturação 
do sistema capitalista em nosso planeta. A resposta correta é a letra A, porque 
a presença de áreas de luminosidade noturna visíveis na imagem de satélite – 
tais como o nordeste dos EUA, o noroeste europeu, o leste da China e o Japão 
– indica a localização dos centros de decisão que comandam a atual ordem 
mundial. As áreas com luminosidade menos intensa correspondem às regiões
pouco desenvolvidas da Terra. Não se pode deixar de referir algumas "ilhas 
de luminosidade" na região da Cidade do México, do Sudeste do Brasil, de 
Buenos Aires e também da República da África do Sul. Milton Santos (1978) 
comenta que “a mundialização é perversa". Observa-se “uma concentração e 
centralização da economia e do poder político, cultura de massa, cientificização 
da burocracia, centralização agravada pelas decisões da informação, tudo isso 
forma a base de um acirramento de desigualdades entre os países e entre 
classes sociais" (SANTOS, 1978, p. 17). A pista para a escolha da resposta certa 
está na raiz da questão e na análise do planisfério. A afirmativa A estabelece 
uma relação correta entre a observação do mapa, as áreas de luminosidade 
noturna mais intensa e os centros de decisão do Planeta. As outras opções, 
a B, por exemplo, propõem uma divisão do Planeta entre dois hemisférios, o 
Leste e o Oeste, o que não é possível nesse caso, pois tanto no Leste como no 
Oeste existem áreas de luminosidade intensa. Na opção C, a análise do mapa 
e a leitura da afirmativa não permitem inferir que se pode dobrar o consumo 
de energia mantendo o padrão atual. Na realidade, se isso fosse possível, seria 
um desastre, pois o consumo dos países de decisão é muitas vezes maior do 
que o de um país africano, por exemplo. Hoje os EUA consomem, mais ou 
menos, 25% do petróleo produzido no mundo para atender as necessidades 
de pouco mais de 300 milhões de habitantes; se todos os países atingissem 
consumo semelhante – não precisaria dobrar –, a situação seria insustentável. 
Quanto às alternativas D e E, elas carecem de fundamento teórico para sua 
implementação. Na alternativa D, os fluxos de informações, de pessoas, de 
mercadorias e de capitais concentram-se nas áreas de maior luminosidade 
e não estão saturados. E, na alternativa E, embora existam iniciativas para 
utilizar formas de energia limpa e não poluente, a energia eólica, na Alemanha, 
por exemplo, ainda não foi capaz de substituir as formas de produção de 
energia tradicionais (minerais fósseis, hidroeletricidade e átomo). Os assuntos 
apresentados na questão fazem parte da bagagem de um profissional de 
nível superior de qualquer área do conhecimento. Conhecer as sociedades, 
suas diferenças, e buscar alternativas para resolver problemas ambientais e 
sociais deveria ser compromisso de todos.
Fonte: http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/Ebooks/Pdf/enade-formacao-geral.pdf
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ESTUDO TRANSVERSAL I
9) Alternativa Correta: A
COMENTÁRIO:A questão 9 fala da formação de uma sociedade leitora, 
mais especificamente da sociedade brasileira e das políticas públicas para 
formação de leitores no Brasil. A alternativa a ser assinalada na questão 
é a de letra A, já que a desaceleração da distribuição de livros didáticos 
para os estudantes das escolas públicas, pelo MEC, não contribuiria para a 
formação de leitores, pois não há como negar, nesse processo, a importância 
do acesso e da interação com a linguagem escrita, especialmente em obras 
literárias. Por isso mesmo é tão preocupante um percentual que aponta para 
a existência de livrarias em apenas 11% dos municípios brasileiros, e de 33% 
de sujeitos que dominam a leitura e a escrita. Ressalte-se que, por ser a 
única alternativa a apresentar uma ação negativa, a resposta torna-se quase 
óbvia, o que explicaria o elevado percentual de acertos, em prejuízo ao poder 
discriminatório desta questão para avaliar a formação geral dos estudantes. 
As demais alternativas – B, C, D e E – apontam ações políticopedagógicas 
positivas para a ampliação das competências de leitura e escrita da população 
brasileira. Conforme o demonstrado no Gráfico I, o sistema educacional 
brasileiro apresenta índices que indicam desafios ainda não superados com 
relação ao domínio da linguagem escrita. O fato de sermos uma nação de 
poucos leitores pode ser comprovado através de dados obtidos em diferentes 
fontes: Censo IBGE 2010, Mapa do Analfabetismo no Brasil, Índice Nacional 
de Alfabetismo Funcional 2011. Cabe lembrar que o Brasil aprovou o Plano 
Nacional de Leitura e do Livro somente em 2007. Sabemos que a formação 
de uma nação leitora é um processo a ser construído de forma continuada e 
sistemática, o que só pode ocorrer com políticas públicas voltadas para esse 
fim. Desnecessário seria enfatizar quão urgentes são tais iniciativas e como 
a escola representa um espaço privilegiado para desencadear/fomentar uma 
cultura voltada para a leitura, sobretudo desenvolvendo nos alunos o gosto e 
a vontade de ler. Antes mesmo de aprender a ler, os alunos podem – e devem – 
aprender a gostar de ler, considerando que o prazer no ato de ler costuma ser 
um início bastante promissor para a formação leitora na escola.
Fonte: http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/Ebooks/Pdf/enade-formacao-geral.pdf
10) Alternativa correta: E
COMENTÁRIO: Esta questão inicia com um mapa que representa "as áreas 
populacionais sem acesso ao saneamento básico" (do ponto de vista da 
linguagem, melhor seria "a" em lugar de "ao", já que "saneamento básico" 
está sendo utilizado genericamente). Na sequência, são apresentadas cinco 
ESTUDO TRANSVERSAL I
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afirmativas, quatro das quais tratam de "saneamento básico", e a última, 
de condições de infraestrutura, PIB per capita, saúde e educação. Embora 
seja evidente que saneamento se inclui entre condições de infraestrutura, 
esta última afirmativa não apresenta relação com o mapa nem com as 
demais afirmativas. A questão exige do candidato a capacidade de ler o 
mapa (competência lógico-matemática), para julgar as afirmativas III e IV, 
e a habilidade de, após ter decodificado as informações do planisfério, 
julgar o que está sendo afirmado. A análise das outras afirmativas (I, II e V) 
prescinde do mapa. Estão corretas as afirmativas IV e V. Com a observação do 
planisfério, é possível verificar que os países desenvolvidos possuem maior 
acesso ao saneamento básico, conforme o afirmado em IV. De fato, os países 
ricos, com grande renda per capita e maior expectativa de vida, oferecem às 
suas populações boas condições de infraestrutura básica.A afirmativa V trata 
do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), criado pela ONU para avaliar e 
ranquear os países do planeta em relação a variáveis como PIB per capita, saúde 
e educação, fatores diretamente relacionados às condições de infraestrutura 
básica. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida resumida 
do progresso em longo prazo em três dimensões básicas do desenvolvimento 
humano: renda, educação e saúde. O objetivo da criação do IDH foi o de oferecer 
um contraponto a outro indicador muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) 
per capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento. 
Criado por Mahbub ul Haq com a colaboração do economista indiano Amartya 
Sen, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1998, o IDH pretende ser 
uma medida geral e sintética que, apesar de ampliar a perspectiva sobre o 
desenvolvimento humano, não abrange nem esgota todos os aspectos de 
desenvolvimento (Disponível em: . Acesso em: 26 set. 2013). A afirmativa I 
não está correta, porque a globalização, na sua fase atual, é um processo de 
aceleração do capitalismo, num ritmo muito intenso, e "tem o mundo inteiro 
como cenário – em mutação acelerada e constante" (BRUM, 2012, p. 66). Por 
outro lado, a segunda parte da afirmativa, o “progresso social independe dos 
avanços econômicos" é uma informação incorreta, pois o progresso social dos 
países depende, sim, dos avanços econômicos. A afirmativa II estabelece uma 
relação entre crescimento da ocupação humana e acesso a saneamento básico. 
Essa relação não está correta, porque, de uma forma geral, a ocupação humana 
não é acompanhada da instalação de infraestrutura, a não ser que se trate de 
áreas que foram planejadas antes de serem ocupadas. Finalmente, de acordo 
com a afirmativa III, Brasil, Rússia, Índia e China, países ditos emergentes, 
apresentam percentuais de acesso ao saneamento básico inferiores à média 
mundial. Entretanto, a observação do mapa permite verificar que no Brasil 
e na Rússia foram registrados percentuais de saneamento básico superiores 
à média mundial, enquanto que na Índia e na China esses percentuais são 
inferiores a essa média. Assim, a afirmativa não está correta.
 Fonte: http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/Ebooks/Pdf/enade-formacao-geral.pdf

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