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1 MEMORIAL DESCRITIVO E ANALÍTICO DO INSTRUMENTAL TÉCNICO OPERATIVO UTILIZADO NO CRAS MORENINHAS II Ana Cléia dos Santos M. Cruz Prof. Orientador: Mário de Freitas Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Serviço Social SES-0454 – Estágio III 26/06/2020 1 INTRODUÇÃO O presente memorial descritivo analítico a ser apresentado, busca apresentar o instrumental técnico operativo utilizado em campo de estágio pela Assistente Social Janaina Silva Domingos Salvador, sendo concluído o estágio I, no Centro de Convivência do Idoso Jacques da Luz – CCI, localizado no bairro Moreninhas III e o estágio II e III no Centro de Referência de Assistência Social – Centro de Referência da Assistência Social – CRAS Alair Barbosa de Rezende – localizado no bairro Moreninhas II. Instrumentos operativos são formas de ações interventivas que o Assistente Social utiliza durante suas praticas profissionais, ou seja, assim como um médico, um arquiteto possui seus instrumentos de trabalho, assim é o Assistente Social, ou seja, o mesmo se utiliza de diversas praticas instrumentais para realizar um trabalho de qualidade para toda uma sociedade. Ao iniciar o estágio I no CCI, a acadêmica já se deparou com o primeiro conhecimento das técnicas instrumentais, pode-se dizer que a técnica de observação foi o primeiro aprendizado adquirido, pois o primeiro estágio foi marcado por muita observação, conhecimento e aprendizado, pois todo aquele ambiente era muito novo para a acadêmica, e aos poucos todos os acontecimentos ficaram mais comuns na rotina de estágio. Todas os instrumentais a serem descritos neste memorial se tratam de ações praticadas pela Assistente Social que tiveram o acompanhamento da estagiária, das quais se utilizou das tais atividades diante de atendimentos, entrevistas, acompanhamentos, visitas domiciliares, relatórios, enfim, em todos os processos que necessitavam da intervenção socioassistencial. Além dos conhecimentos obtidos em sala de aula, a pratica de estágio contribuiu de forma satisfatória para o aprendizado da acadêmica, fazendo com que a mesma entendesse os desafios diários do Assistente Social como 2 também a compreensão das dificuldades vividas pelos usuários em sua rotina, fazendo com que a acadêmica conhecesse vários lados de atendimento dos direitos socioassistenciais. 2 RELATO E ANÁLISE DOS INSTRUMENTAIS TÉCNICOS OPERATIVOS UTILIZADOS NO CAMPO DE ESTÁGIO O Assistente Social durante seus atendimentos, busca identificar situações que necessitas de ações que possam intervir nas dificuldades diárias vividas pela sociedade. E para contribuir positivamente para esse público, o assistente social precisa criar, organizar, coordenar e executar programas que auxiliem esses cidadãos diante do enfrentamento diário de suas principais dificuldades, como a pobreza, a exclusão social, violências e principalmente a violação dos direitos sociais, direitos estes que deverão ser acessíveis para toda população. Martinelli (1994, p. 137), afirma que “os instrumentais técnico-operativos são como um conjunto articulado de instrumentos e técnicas que permitem a operacionalização da ação profissional. Compartilhando as ideias de Martinelli, dos instrumentais utilizados pela Assistente Social tanto no Centro de Convivência do Idoso Jacques da Luz, como no CRAS Moreninhas II, pode-se citar as seguintes práticas: Entrevistas: essa técnica foi utilizada em todos os atendimentos que buscavam algum tipo de serviço da instituição, seja para solicitações de cestas básicas, Cadastro Único, Bolsa Família, entre outros. As entrevistas são realizadas para identificar a real necessidade que o cidadão procura ou que necessita, ou seja, esse instrumental é utilizado para melhor conhecimento das dificuldades do cidadão que procura a instituição. Almeida (2017), afirma que através da entrevista é possível fazer um levantamento e registrar informações do usuário, ou seja, essa técnica visa compor a história de vida, definir procedimentos metodológicos, e colaborar no diagnóstico social. A autora ainda afirma que a entrevista é um instrumento de trabalho do assistente social, e através dela, é possível produzir confrontos de conhecimentos e objetivos a serem alcançados. 3 Encaminhamentos: essa técnica era utilizada após identificar a demanda do usuário, e que por algum motivo, o serviço solicitado não era oferecido pela instituição, o CRAS realiza o encaminhamento para a instituição capaz de oferecer os serviços solicitados pelo cidadão. Almeida (2017), sobre os encaminhamentos, afirma: É um procedimento de articulação da necessidade do usuário com a oferta de serviços oferecidos, sendo que os encaminhamentos devem ser sempre formais, seja para a rede socioassistencial, seja para outras políticas. Quando necessário, deve ser procedido de contato com o serviço de destino para contribuir com a efetivação do encaminhamento e sucedido de contato para o retorno da informação. (ALMEIDA, 2017). Dentre os encaminhamentos realizados pelo CRAS Moreninhas, é possível citar serviços de encaminhamentos para programas e/ou cursos de capacitação, programas relacionados ao mercado de trabalho, vale transporte municipais e intermunicipais, entre outros. Ficha de cadastro: preenchimento este, necessário para atendimentos que necessitem da intervenção de serviços socioassistenciais, ou seja, através desse documento é possível agrupar informações de dados cadastrais do usuário e da oferta/encaminhamentos e até mesmo pareceres sociais. Almeida (2017), afirma que a ficha de cadastro é um instrumento de registro de informação destinado a receber informes, a fim de armazenar e transmitir informações sobre o usuário. As fichas de cadastro servem para transformar dados em informações. Observação: pratica rotineira em campo de estágio, desde o primeiro dia de estágio em campo, a acadêmica sempre utilizou deste instrumento. Esse instrumental busca do profissional, observar todas as ações e atitudes expostas pelo usuário durante uma entrevista, durante as praticas de visitas domiciliares, enfim, a observação, busca analisar todas os acontecimentos na integra, de qualquer ação praticada pelos envolvidos e através dessa técnica, é possível tomar decisões seguras, interferindo positivamente nas intervenções assistenciais. Souza (2000), diz que a observação consiste na ação de perceber, tomar conhecimento de um fato ou conhecimento que ajude a explicar a compreensão da realidade objeto de trabalho e, como tal, encontrar os 4 caminhos necessários aos objetivos a serem alcançados. É um processo mental e, ao mesmo tempo, técnico. Visitas domiciliares: essa técnica é utilizada pelo CRAS Moreninhas, sempre quando a problemática apresentada pelo usuário exige um acompanhamento mais intenso dos profissionais, ou até mesmo, quando algum usuário está cadastrado em algum programa socioassistencial como por exemplo o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF, e deixa de comparecer aos projetos, dessa forma, a equipe de multiprofissionais se desloca ao domicílio do usuário para identificar o motivo de sua ausência. Para Amaro (2003), a visita domiciliar “é uma pratica profissional, investigativa ou de atendimento, realizada por um ou mais profissionais, junto aos indivíduos em seu próprio meio social ou familiar”. Já Almeida (2017), afirma que a visita domiciliar é específica, guiada por um planejamento ou roteiro preliminar, sendo que essas visitas tem por finalidade acompanhar as condições de moradia, saúde, a fim de elaborar o relatório de visita domiciliar e emissão de parecer social. 3 CONCLUSÃO Não podemos afirmar que os instrumentos técnicos operativos utilizados pelo Assistente Social se baseiam apenas em visitas domiciliares, entrevistas e fichas de cadastros ou qualqueroutro instrumento. O Serviço Social é uma profissão que busca atender a sociedade de forma dinâmica, objetiva, pratica, onde suas ações precisam sempre estar se atualizando, seguindo a modernidade da sociedade, que esta sujeita a constantes transformações. Os instrumentos técnicos operativos, busca incrementar a diversidade de práticas utilizadas pelo Assistente Social, na qual busca se adequar diariamente, seja de forma dinâmica, criativa, de acordo com o crescimento de vulnerabilidade social e suas desigualdades. Conclui-se que o memorial descritivo apresentado, buscou descrever as técnicas assistenciais utilizadas tanto no Centro de Convivência do Idoso, como no CRAS Moreninhas, sendo que o local de atendimento não muda a forma de atendimento do profissional, em algumas situações há mudança do 5 público atendido, mais nunca das ações interventivas e nem a luta pelos direitos sociais. A pratica de estágio foi muito satisfatória para o crescimento profissional e pessoal da acadêmica, proporcionando uma proximidade da realidade vivida pela sociedade, como também uma grande proximidade das dificuldades enfrentadas pelo profissional de Serviço Social. As técnicas instrumentais exigem atitude, posicionamento para a tomada de decisão correta e eficaz, beneficiando tanto o profissional quanto a sociedade. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Lívia. OS INSTRUMENTAIS TÉCNICO-OPERATIVOS NA PRÁTICA PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL. 26 abril, 2010. Disponível em: <https://www.webartigos.com/artigos/os-instrumentais-tecnico-operativos-na- pratica-profissional-do-servico-social/36921>. Acesso em: 20 jun. 2020. AMARO, Sarita. Visita Domiciliar: Guia para uma abordagem complexa. Porto Alegre: AGE, 2003. SOUZA, Maria Luiza de. Desenvolvimento de Comunidade e Participação. 8ª ed. São Paulo: Cortez, 2000. https://www.webartigos.com/artigos/os-instrumentais-tecnico-operativos-na-pratica-profissional-do-servico-social/36921 https://www.webartigos.com/artigos/os-instrumentais-tecnico-operativos-na-pratica-profissional-do-servico-social/36921
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