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Administracao Tributaria Fiscalizacao

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Direito Tributário
Administração Tributária: Fiscalização
1a Edição / Abril / 2013
Impressão em São Paulo - SP
Editora
Nathalia Correia Pompeu
Direito
Tributário
Administração Tributária:
Fiscalização
Nelson Boni
Leandro Lousada
Nathalia Correia Pompeu
Erick Genaro
Wagner Boni
Célia Ferreira Pinto
Coordenação Geral
Coordenação de Projetos
Professor Responsável
Projeto Gráfico e Diagramação
Capa 
Revisão Ortográfica e Coordenação
Pedagógica de Cursos EaD
Direito Tributário
1ª Edição: Abril de 2013
Impressão em São Paulo/SP
Copyright © EaD KnowHow 2011
Nenhuma parte dessa publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a 
prévia autorização desta instituição.
P788d Pompeu, Nathalia Correia.
 Direito tributário. / Nathalia Correia Pompeu. – São 
 Paulo : Know How, 2012.
 168 p. : 21 cm.
 Inclui bibliografia
 ISBN
 
 1. Direito tributário. 2. Princípio constitucional. 
 3. Imunidade tributária. 4. Tributos. 5. Brasil. I. Título. 
 
 CDD 343.04
Catalogação elaborada por Glaucy dos Santos Silva - CRB8 / 6353
Sumário
Capítulo 1 Administração Tributária: Fiscalização
12.1. Administração e o Poder de Fiscalização do Estado
12.2. Dívida Ativa
 Jurisprudência sobre o tema
Questões
155
Gabarito
Referências Bibliográficas
165
167
- 7 -
CAPÍTULO 1
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA: 
FISCALIZAÇÃO 
1.1. Administração e o Poder de Fiscalização do Estado
13 “(...) a Administração Pública só pode fazer o que a lei permite.” DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito 
Administrativo. 20.ª ed. 2 reimpr. São Paulo: Atlas, 2007. p.59. 
14 OLIVEIRA, José Jayme de Macedo. Código Tributário Nacional. p.552. (SABBAG, Eduardo. Manual de 
Direito Tributário. São Paulo: Saraiva, 2011, p.908)
15 Segundo Cleide Previtalli: “O princípio da supremacia do interesse público garante a continuidade do 
Estado de Direito, projetando seus efeitos básicos aos cidadãos. (...) O público é privilegiado em relação ao 
particular porque, dessa forma de agir, espera-se que resulte à comunidade sujeita às normas de império de 
determinado Estado organizado, e, via de consequência, a cada um. “CAIS, Cleide Previtalli. O processo Tri-
butário. 6.ª ed. ver. atual. e ampl. – São Paulo: Editora Revista Dos Tribunais, 2009.p.112-113.
A atividade administrativa do Estado é norteada pelo princípio da estrita legalida-
de 13, sendo certo que qualquer procedimento fiscalizatório tem de guardar consonância 
com a legislação tributária (art.194 do CTN), uma vez que o tributo é cobrado mediante 
atividade plenamente vinculada (art. 3.º CTN), bem como, respeitar os princípios norte-
adores da administração pública, estes elencados no artigo 37 da CF.
José Jayme de Macedo Oliveira, citado na obra de Eduardo Sabagg 14, define que: 
“a fiscalização é ato de empreender exame e verificação, de controlar a execução ou funciona-
mento, tudo com vistas ao fiel atendimento das obrigações tributárias a cargo dos contribuintes. Induvi-
doso que o sujeito ativo, como titular de um crédito fundado na lei, tem o direito e o dever de verificar se 
as normas legais, que lhe conferem o crédito, estão sendo rigorosamente cumpridas pelo sujeito passivo.”
Em contrapartida, tem o contribuinte, por força do artigo 195 do CTN, de apre-
sentar sua movimentação contábil, que remete claramente ao princípio da supremacia do 
interesse público 15 e privilegia o princípio da capacidade contributiva 145, § 1.º da CF, 
uma vez que todos os cidadãos devem contribuir para a manutenção da máquina Estatal.
- 8 -
Certo é que o procedimento fiscalizatório deve ter um começo e um fim, uma 
vez que implica diretamente no instituto da denúncia espontânea e a decadência, porém 
como não é o nosso foco, restringimos apenas a esta observação.
A fiscalização tem como ponto central a figura do lançamento - ato administrati-
vo vinculado, nos termos do parágrafo único do art. 142:
Art. 142. “Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédi-
to tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente 
a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a maté-
ria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo 
caso, propor a aplicação da penalidade cabível.”
Parágrafo único. “A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena 
de responsabilidade funcional”.
Cabe salientar que a doutrina não é unanime quanto à eficácia do lançamento. A 
corrente que converge com o exposto, e também com a sistemática do direito obrigacio-
nal brasileiro, é a que considera que o lançamento tem eficácia declaratória.
Isto significa dizer que a obrigação tributária já nasce com crédito, ou seja, quan-
do surge o vínculo tributário, surge também o crédito, uma vez que, no Brasil, toda a 
obrigação contém débito e crédito. Dessa forma, tanto o crédito quanto o débito exis-
tiam a partir da ocorrência do fato gerador.
Há ainda, a corrente da eficácia declaratório-constitutiva, que considera que o 
lançamento declara a obrigação e constitui o crédito, pois o crédito só existe, contu-
do, deve ser constituído para tornar-se exigível.
Por fim, temos a corrente da eficácia constitutiva, a qual se baseia na dicção do 
art. 142 do CTN, considerando que o lançamento inova a ordem jurídica, constituindo o 
crédito, uma vez que antes dele, existe obrigação, contudo inexiste crédito.
Ademais, a fim de cumprir o papel fiscalizatório, é necessário ao fisco ter acesso 
a informações que o permita verificar a ocorrência de fatos geradores tributáveis, sendo 
o grande impasse detectar o liame entre a interferência na esfera privada e na intimidade 
do cidadão e a relativização de tais direitos em prestígio ao interesse público.
Ante o poder de fiscalização do Estado, a questão tributária de arrecadação por 
parte do fisco ganha força perante a polêmica da quebra de sigilo fiscal e bancário, pois o 
que se percebe é o impasse entre interesse privado e interesse público, pois se de um lado 
o cidadão tem direito à privacidade e à intimidade, se assim considerando o direito ao 
sigilo bancário16 como incluso no rol dos direitos fundamentais, e de outro os interesses 
16 “A interpretação da maioria do Supremo Tribunal Federal considerando o sigilo bancário direito individu-
al coloca-o na condição de “cláusula pétrea” (CF, art. 60, § 4.º, IV), impedindo, dessa forma, a aprovação de 
emenda constitucional tendente a aboli-lo ou mesmo modificá-lo estruturalmente.” MORAES, Alexandre de. 
Direito Constitucional. 21.ª ed. São Paulo: Atlas, 2007.p.67.
- 9 -
da sociedade resguardada pelo Estado por meio de procedimento fiscal, a fim de garantir 
o princípio da isonomia, capacidade contributiva, entre tantos outros.
Nesta esteira, podemos observar que a administração pública tem relevante papel 
nas relações tributárias.
Neste contexto, o termo Administração Tributária tem duas acepções. Um delas, 
no sentido subjetivo “compreende o aparelhamento burocrático mantido pelos entes 
autorizados a tributar, composto por múltiplos órgãos, incumbidos da arrecadação e da 
fiscalização de tributos” 17.
Noutro sentido objetivo, diz respeito “a atividade administrativa destinada a re-
alizar a aplicação da lei fiscal, visando ao atendimento às finalidades de interesse público 
consubstanciadas na proteção dos direitos dos contribuintes e na arrecadação tributária. 
Assim se sujeita ao regime jurídico próprio da Administração Pública, devendo observar 
os princípios a ela pertinentes, especialmente os da legalidade e da finalidade pública 
(art. 37, caput, CF) 18”.
Em que pese à instituição de tributos ser matéria de competência legislativa, 
a arrecadação ea fiscalização compreende atividades de competência da adminis-
tração pública.
Assim, a fiscalização traduz poder-dever do Estado, uma vez que o crédito 
tributário constitui patrimônio público, sendo assim indisponível. Dessa forma, o 
fisco de controlar o comportamento dos sujeitos passivos no sentido de adimpli-
rem suas obrigações.
A arrecadação, como o nome próprio diz, faz parte da atividade pública de co-
brança e recebimento dos tributos instituídos. Pode ser delegada para a pessoa jurídica 
que ficará com o produto da arrecadação.
Os membros da Federação - Distrito Federal, Estados e Municípios - mantêm 
Administrações Tributárias próprias, no âmbito dos tributos de suas competências, exer-
cendo cada uma delas todas as funções inerentes a uma Administração Tributária. Res-
salte-se que, conforme dados da Secretaria da Receita Federal do Brasil, o Brasil possui 
um Distrito Federal, vinte e seis Estados e mais de cinco mil e quinhentos municípios - o 
que dá uma ideia do que representa esta multiplicidade de instituições voltadas para a 
administração de tributos no País, conforme o Quadro 9.
17 Regina Helena Costa, Curso de Direito Tributário, Editora Saraiva, São Paulo, 2009, pág. 308.
18 Idem.
- 10 -
1.2. Dívida Ativa
Conforme preceitua o art. 201 do CTN:
“Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente ins-
crita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela 
lei ou por decisão final proferida em processo regular.”
Parágrafo único. “A fluência de juros de mora não exclui, para os efeitos deste artigo, a liqui-
dez do crédito.”
Nesse sentido, várias acepções podem conceituar dívida ativa. A primeira delas: 
crédito público não extinto, bem como não afetado por nenhuma causa de suspensão 
de exigibilidade (conforme já explicitado em capítulos anteriores), integrado ao cadastro 
identificado pelo mesmo nome mediante ato administrativo próprio denominado de ins-
crição. Se o crédito for de natureza tributária teremos a Dívida Ativa Tributária, de que 
trata o art. 201 do Código Tributário Nacional, acima aduzido.
Podemos também entender, conforme o § 2.º do art. 39 da Lei n.º 4320/64, Dí-
vida Ativa Tributária como o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de 
obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas. Já, Dívida Ativa Não-
- 11 -
-Tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de em-
préstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multas de qualquer origem 
ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação, custas 
processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos, indenizações, 
reposições, restituições, alcances dos responsáveis definitivamente julgados, bem assim 
os créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de sub-rogação de hipote-
ca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou outras obrigações legais. 
Para que a inscrição da dívida ativa seja válida e regular, deverá obrigatoriamente:
I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre 
que possível, o domicílio, ou a residência de um e de outros;
II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos;
III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente à disposição da 
lei em que seja fundado;
IV - a data em que foi inscrita;
V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito.
VI - a indicação do livro e da folha da inscrição.
A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior, ou o erro a 
eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e, consequentemente, do processo de 
cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira 
instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado 
ou interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada.
A CDA – certidão de dívida ativa passa a ser o título executivo extrajudicial 
para as execuções dos créditos tributários não solvidos, e como tal, a dívida regu-
larmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova 
pré-constituída.
Não obstante, a presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida 
por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite. A fim 
de efetivar a fiscalização, a Administração criou a chamada “certidão negativa de dé-
bitos tributários”. Um documento emitido pela administração competente alegando a 
adimplência em relação aos tributos que lhe são devidos. Tal emissão é resguardada pelo 
próprio CTN que no seu art 205 aduz:
Art. 205. “A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando exigí-
vel, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interessado, que contenha todas 
as informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade 
e indique o período a que se refere o pedido.”
Parágrafo único. “A certidão negativa será sempre expedida nos termos em que 
- 12 -
tenha sido requerida e será fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada do re-
querimento na repartição.”
Oportuno asseverar que tem os mesmos efeitos previstos no artigo acima (efeitos de 
uma CND) a certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de co-
brança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.
A certidão negativa expedida por aquele que represente à administração com 
dolo ou fraude, que contenha erro contra a Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmen-
te o funcionário que a expedir, pelo crédito tributário e juros de mora acrescidos, não 
excluindo a responsabilidade criminal e funcional que no caso couber.
Por fim, importa destacar que quanto ao tema muitas normas o disciplinam. Veja:
Lei n.º 4.320/64. 
Decreto-Lei n.º 147/67 (as instituições públicas são obrigadas a realizarem a cobrança). 
Lei n.º 6.830/80 (dever de identificação do débito, notificação do réu, cobrança 
administrativa, propositura da opção de parcelamento, análise da impugnação e de re-
curso administrativo.
Lei n.º 10.522/2002 (dever de registrar no CADIN).
Lei n.º 11.457/2007 (sobre Administração Tributária Federal/ centraliza a execu-
ção da DA de autarquias na PGF, dentro do prazo de 24 meses).
Lei n.º 11.941/2009 (parcelamento/ remissão/ regime de transição).
Portaria PGF n.º 954/2009 (regulamenta o parcelamento extrajudicial).
Memorando Circular AGU/PGF/CGCOB 029/2010, 20/5/10.
TRIBUTÁRIO - COMPENSAÇÃO - REGIME JURÍDICO APLICÁVEL 
- SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO - CERTIDÃO POSITIVA 
COM EFEITO DE NEGATIVA.
1. Aplica-se o regime jurídico vigente à época a compensação quando o contri-
buinte a promove junto à Administração tributária.
2. Antes da recusa formal pela Administração tributária da declaração de com-
pensação efetuada pelo contribuinte inexiste crédito tributário exigível, sendo devida a 
certidão de regularidade fiscal.
3. Agravo regimental não provido.
(AgRg no Ag 1158543 PR 2009/0032021-2, Ministra ELIANA CALMON em 
13/10/2009 T2 - SEGUNDA TURMA,DJe 28/10/2009)
Jurisprudência sobre o Tema
- 13 -
TRIBUTÁRIO. AGRAVO LEGAL. COMPENSAÇÃO DE OFÍCIO COM 
DÉBITOS PARCELADOS.
1. Pelos termos da Instrução Normativa n.º 600/2005, artigo 34, § 1.º, a Adminis-
tração Tributária, antes de ressarcir ou restituir créditos, devia utilizá-los para quitar even-
tuais débitos do contribuinte, mesmo que parcelados, mediante compensação de ofício.
2. O entendimento do Tribunal está pacificado no sentido da impossibilidade 
da compensação realizada de ofício pela Administração Tributária envolver débitos do 
contribuinte regularmente parcelados.
(APELREEX 12427 PR 2008.70.00.012427-9, ÁLVARO EDUARDO JUN-
QUEIRA, em 30/03/2011, PRIMEIRA TURMA D.E. 06/04/2011)
QUESTÕES
1. (SecretariaMunicipal da Fazenda/RJ Auditor Fiscal da Receita Municipal - Maio/2010). 
Nas alternativas a seguir, as afirmativas são corretas e a segunda vincula-se à primeira, À 
EXCEÇÃO DE UMA. Assinale-a.
a) A Responsabilidade Fiscal tem como fim estabelecer parâmetros que confiram às contas 
públicas a necessária estabilidade, / a fim de permitir ao Estado a consecução dos seus fins. 
b) É objetivo da Lei de Responsabilidade Fiscal conduzir uma atuação administrativa plane-
jada e transparente, / apta a corrigir desvios que afetariam o equilíbrio das contas públicas. 
c) A relação entre política pública e orçamento é técnica, o orçamento prevê despesas, 
autorizando-as, / sem previamente estar direcionado a esta ou aquela política pública. 
d) O equilíbrio orçamentário é uma meta do Estado fiscalmente responsável, / ele re-
presenta a equivalência entre receitas e despesas. 
e) O equilíbrio fiscal é pressuposto da Justiça Social, / pois propicia a redução das deman-
das inflacionárias, que atingem com maior rigor as camadas mais pobres da sociedade.
2. (Prova OAB-SP Exame de Ordem - Maio/2008-135.º Exame de Ordem SP) - Ômega 
Indústria e Comércio Ltda. foi autuada por irregularidades apuradas no lançamento do 
imposto sobre circulação de mercadoria e prestação de serviços de transporte interes-
tadual, intermunicipal e de comunicação (ICMS), em virtude da adoção, na nota fiscal, 
de preços diferentes aos ajustados. Tendo como referência a situação hipotética descrita 
acima, assinale a opção correta.
- 14 -
a) Em face da irregularidade apurada, a autoridade administrativa competente pode efeti-
var o lançamento do tributo de ofício, com base na legislação vigente na data da autuação. 
b) A autoridade lançadora deverá arbitrar, mediante processo regular, o preço ou valor 
das mercadorias, desde que os documentos fiscais expedidos pelo sujeito passivo não 
mereçam fé. 
c) Se, no curso do procedimento administrativo fiscal, for publicada lei estadual que ou-
torgue ao crédito maiores garantias, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a 
terceiros, pelo pagamento do tributo em comento. Essa nova norma deverá ser aplicada 
ao lançamento de ofício da autoridade administrativa competente. 
d) Não deve ser aplicada ao lançamento legislação posterior à ocorrência do fato gera-
dor da obrigação que tenha instituído novos critérios de fiscalização.
3. (PGE-PA/PA Procurador do Estado - Janeiro/2009) - Analise as proposições abaixo 
e assinale a alternativa CORRETA:
a) O parcelamento, para o Superior Tribunal de Justiça, atualmente, não é considerado 
pagamento integral. Assim, é devida a multa de mora na confissão da dívida acompanha-
da de pedido de parcelamento, ainda que se antecipasse a qualquer ação fiscalizatória da 
Fazenda Pública. 
b) A mera declaração da prática do ilícito pelo contribuinte, ou seja, confissão da dívida 
exclui a responsabilidade pela infração, vez que caracterizada fica a denúncia espontânea 
prevista no Código Tributário Nacional. 
c) O simples termo de início de fiscalização não enseja a perda da espontaneidade, ou 
seja, o contribuinte pode efetuar o pagamento e beneficiar-se da denúncia espontânea 
prevista no artigo 138 do Código Tributário Nacional. 
d) A espontaneidade somente fica afastada com a notificação do contribuinte para apresentar 
impugnação ou pagamento do tributo, acompanhada do Auto de Infração lavrado contra ele.
4. (Prefeitura Municipal/PE Procurador do Município - Junho/2008-Recife) - Os de-
veres de pagar multa por infração à legislação tributária e de fazer declaração de ajuste 
anual do imposto de renda classificam-se como obrigação:
a) principal e acessória, respectivamente. 
b) acessória e principal, respectivamente. 
c) acessórias, ambas. 
d) principais, ambas, mas só a segunda é instrumental. 
e) instrumentais, ambas.
- 15 -
5. (Prova OAB-DF Exame de Ordem - Novembro/2003) - Com relação ao processo 
administrativo tributário, podemos afirmar:
a) sendo a decisão definitiva desfavorável ao Sujeito Passivo (SP), a Fazenda Pública 
(FP) pode imediatamente leiloar bens do patrimônio do Sujeito Passivo (SP) a fim de 
quitar a dívida tributária, não necessitando utilizar vias judiciais; 
b) é a única forma de o contribuinte discutir o Crédito Tributário (CT); 
c) inexiste a relação triangular autor, réu e julgador; 
d) é exatamente o mesmo processo que regula a discussão de Créditos Tributários (CT) 
de União, Estados, Distrito Federal ou Municípios.
6. (Prova OAB-SP- Exame de Ordem - Agosto/2007 -133.º Exame de Ordem SP) - A 
nulidade de inscrição da dívida ativa, decorrente da omissão de dados que dela deveriam 
obrigatoriamente constar:
a) pode ser sanada, até a prolação da decisão de primeiro grau. 
b) pode ser sanada, em qualquer fase processual. 
c) é insanável. 
d) pode ser sanada, desde que no prazo da impugnação dos embargos da execução fiscal.
7. (Prefeitura Municipal/SP - Procurador do Município - Novembro/2007-Ribeirão 
Preto- Elaboração: Vunesp). O instituto da denúncia espontânea consiste na situação 
em que o próprio infrator denuncia espontaneamente a prática da infração, devendo 
ser apresentada antes do início de qualquer procedimento administrativo ou medida de 
fiscalização relacionados com a infração. Acompanhada, se for o caso, do pagamento do 
tributo devido, a denúncia espontânea excluirá:
a) a responsabilidade. 
b) a responsabilidade e os juros de mora acrescidos. 
c) a responsabilidade, a multa e os juros de mora acrescidos. 
d) apenas a correção monetária. 
e) apenas os juros de mora. 
8. (Prefeitura Municipal/SP - Procurador do Município - Novembro/2007- Ribeirão 
Preto. Elaboração: Vunesp). Segundo estabelece o Código Tributário Nacional, a lei 
poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando exigível, seja feita 
- 16 -
por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interessado. Nesse sentido, 
tem os mesmos efeitos a certidão de que conste a existência de créditos:
a) em curso de cobrança executiva independentemente de ter sido feita a penhora. 
b) vencidos, enquanto ainda não tenha sido proposta a respectiva ação anulatória pelo 
contribuinte. 
c) quando impetrado mandado de segurança pelo contribuinte independentemente da 
concessão de liminar. 
d) questionados pelo contribuinte por meio de ação anulatória de lançamento em que 
tenha sido promovido o depósito do montante integral. 
e) que tenham sido objeto de moratória. 
9. (Prefeitura Municipal/PE - Procurador do Município - Junho/2008 – Recife).
(Elaboração: FCC). O termo inicial para a fraude à execução fiscal é:
a) a citação válida do executado.
b) o despacho do juiz que ordena a citação.
c) a distribuição da execução fiscal.
d) o início de procedimento administrativo de fiscalização.
e) a inscrição na dívida ativa.
10. (Prefeitura Municipal/SP - Procurador do Município - Novembro/2007- Ribeirão 
Preto. Elaboração: Vunesp). A cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública é 
disciplinada pela Lei n.º 6.830/80. De acordo com o regramento da referida norma, é 
correto afirmar que:
a) a Dívida Ativa regularmente inscrita goza de presunção absoluta de certeza e liquidez. 
b) constitui Dívida Ativa da Fazenda Pública aquela de natureza exclusivamente tributária. 
c) na execução por carta, os embargos do executado serão oferecidos no juízo depreca-
do, que os remeterá ao juízo deprecante, para instrução e julgamento. 
d) não sendo embargada a execução ou sendo rejeitados os embargos, no caso de ga-
rantia prestada por terceiro, será este intimado, sob pena de contra ele prosseguir a exe-
cução nos próprios autos, para, no prazo de 30 dias remir o bem, sendo real a garantia. 
e) o juiz, ainda que mediante requerimento das partes, não poderá, em qualquer hipóte-
se, ordenar a reunião de processos contra o mesmo devedor.
- 19 -
GABARITO
1 - C │ 2 - B │ 3 - B │ 4 - A │ 5 - C │ 6 - A │ 7 - A │ 8 - D │ 9 - E │ 10 - C
Capítulo 12
- 21 -
ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário. 3.ª ed. Rio de Janeiro:Forense. São Paulo: 
Método, 2009.
AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 14.ª ed. rev. São Paulo: Saraiva. 2008.
AMARO, Luciano da Silva. Direito Tributário Brasileiro. São Paulo, Saraiva, 15.ª ed., 2.009. 
ATALIBA, Geraldo. Hipótese de Incidência Tributária. São Paulo, Revista dos Tribu-
nais, 6.ª ed., 2.006.
BALEEIRO, Aliomar, atualizado por Mizabel Derzi. Rio de Janeiro, Forense, 11.ª ed., 2.006.
BARRETO, Aires F. ISS na Constituição e na Lei. Editora Dialética: São Paulo, 2003.
BRASIL. Lei n.º 11.941 de 27 de maio de 2009. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/Leis/L6099.htm. Acesso em 20/09/2009.
BRASIL. Portaria Conjunta n.º 06 de 22 de julho de 2009. Disponível em: http://www.
receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Portarias/2009/PortariaConjunta/portconjunta-
PGFNRFB006.htm. Acesso em 20/09/2009.
BRASIL. Medida Provisória n.º 449 de 3 de dezembro de 2008. Disponível em: ht-
tps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Mpv/449.htm. Acessado 
em 20/09/2009.
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 6.ª ed. São Paulo: Malheiros, 
1996._____. Teoria do Estado. 3.ª ed. São Paulo: Malheiros, 1995.
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