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APLICAÇÃO DE AGREGADO RECICLADO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E DEMOLIÇÃO NA PAVIMENTAÇÃO URBANA DE BAIXO VOLUME DE TRÁFEGO EM CAMADAS DE BASE E SUB-BASE

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UNIVERSIDADE DO VALE DO TAQUARI 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
APLICAÇÃO DE AGREGADO RECICLADO DE RESÍDUOS DA 
CONSTRUÇÃO CIVIL E DEMOLIÇÃO NA PAVIMENTAÇÃO 
URBANA DE BAIXO VOLUME DE TRÁFEGO EM CAMADAS DE 
BASE E SUB-BASE 
 
 
 
 
 
Petra Schmidt 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lajeado, junho de 2018.
 
 
 
Petra Schmidt 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APLICAÇÃO DE AGREGADO RECICLADO DE RESÍDUOS DA 
CONSTRUÇÃO CIVIL E DEMOLIÇÃO NA PAVIMENTAÇÃO 
URBANA DE BAIXO VOLUME DE TRÁFEGO EM CAMADAS DE 
BASE E SUB-BASE 
 
 
 
 
Trabalho final da disciplina de Metodologia da 
Pesquisa, do Curso de Engenharia Civil, da 
Universidade do Vale do Taquari, como parte da 
exigência para a aprovação na disciplina. 
 
Orientador: Prof.ª Dr.ª Betina Hansen. 
 
 
 
 
 
 
 
Lajeado, junho de 2018.
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 2.1 – Possível divisão das camadas de um pavimento com utilização de agregado 
reciclado. ........................................................................................................................... 12 
Figura 2.2 – Estrutura Pavimento Rígido. ................................................................................ 13 
Figura 2.3 – Estrutura Pavimento Flexível. .............................................................................. 13 
Figura 2.4 – Distribuição das cargas nas camadas dos pavimentos. ........................................ 14 
Figura 2.5 – Classificação da base e sub-base de pavimentos rígidos. .................................... 15 
Figura 2.6 – Classificação da base e sub-base de pavimentos flexíveis. .................................. 15 
Figura 2.7 – Classificação do revestimento em pavimentos flexíveis e rígidos. ...................... 16 
Figura 2.8 – Agregado reciclado de resíduo sólido da construção civi. ................................... 18 
Figura 3.1 – Fluxograma das etapas de execução da metodologia científica. .......................... 20 
Figura 4.1 – Equipamento "Los Angeles". ............................................................................... 25 
Figura 4.2 – Corpo-de-prova rompido no ensaio de Resistência à Tração por Compressão 
Diametral. .......................................................................................................................... 26 
Figura 4.3 - Corpo-de-prova no ensaio de Resistência à Compressão Simples. ...................... 27 
Figura 4.4 - Equipamento triaxial de carga repetida para obtenção do Módulo de Resiliência.
 ........................................................................................................................................... 27 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 4.1 - Dados para cálculo das espessuras das camadas do pavimento convencional. .... 29 
Tabela 4.2 - Estrutura do pavimento com material convencional. ........................................... 30 
Tabela 4.3 - Dados para cálculo das espessuras das camadas do pavimento reciclado. .......... 30 
Tabela 4.4 - Estrutura do pavimento com material reciclado. .................................................. 31 
Tabela 4.5 - Custos dos materiais em estruturas com agregado convencional......................... 31 
Tabela 4.6 - Custos dos materiais em estruturas com agregado reciclado. .............................. 32 
Tabela 4.7 - Custos do transporte em estruturas com agregado convencional. ........................ 32 
Tabela 4.8 - Custos do transporte em estruturas com agregado reciclado. .............................. 32 
Tabela 4.9 - Comparativo de custos entre agregado convencional e reciclado. ....................... 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 7 
1.1 Tema ................................................................................................................................. 8 
1.1.1 Delimitação do tema................................................................................................... 8 
1.2 Questão da pesquisa .......................................................................................................... 8 
1.3 Hipótese ............................................................................................................................ 9 
1.4 Objetivos ........................................................................................................................... 9 
1.4.1 Objetivo geral ............................................................................................................. 9 
1.4.2 Objetivos específicos.................................................................................................. 9 
1.5 Justificativa ....................................................................................................................... 9 
1.6 Estrutura do trabalho ....................................................................................................... 10 
2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 12 
2.1 Conceito de Pavimentação .............................................................................................. 12 
2.1.1 Materiais e Camadas de um Pavimento ................................................................... 13 
2.2 Definição de Resíduo Sólido .......................................................................................... 16 
2.2.1 Definição de Resíduo de Construção Civil .............................................................. 16 
2.3 Definição de Agregado ................................................................................................... 17 
2.3.1 Definição de Agregado Reciclado............................................................................ 17 
2.4 Aplicações do Agregado Reciclado ................................................................................ 18 
2.4.1 Aplicação do Agregado Reciclado na Pavimentação ............................................... 18 
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ..................................................................... 20 
3.1 Procedimentos técnicos usados na Pesquisa ................................................................... 20 
 
 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................ 23 
4.1 Análise dos aspectos físicos e do comportamento mecânico do agregado reciclado ..... 23 
4.1.1 Granulometria........................................................................................................... 23 
4.1.2 Absorção de Água .................................................................................................... 24 
4.1.3 Resistência ao desgaste ............................................................................................ 24 
4.1.4 Índice de Suporte Califórnia .................................................................................... 25 
4.1.5 Resistência à tração por compressão diametral ........................................................ 25 
4.1.6 Resistência à compressão simples ............................................................................ 26 
4.1.7 Módulo de Resiliência .............................................................................................. 27 
4.2 Dimensionamento ........................................................................................................... 28 
4.2.1 Pavimento com material convencional .................................................................... 29 
4.2.2 Pavimento com material reciclado ........................................................................... 30 
4.3 Custo da estrutura ...........................................................................................................31 
5 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 34 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
O Brasil é um país que gera uma grande quantidade de resíduos sólidos de construção 
civil e demolição, e muitas vezes estes resíduos são destinados de maneira inadequada, 
acarretando em diversos problemas socioambientais e também econômicos. Devido ao 
aumento da conscientização da importância do meio ambiente em nossas vidas e a busca por 
novos métodos construtivos que sejam sustentáveis e que propiciem a conservação da 
natureza, são realizados diversos estudos para aprimorar estes novos métodos de modo a 
estabelecer o equilíbrio entre o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável econômico do 
país. 
A fim de propiciar um destino mais nobre a estes resíduos de construção civil e 
demolição, ao invés de descarta-los no meio ambiente, atualmente existem diversas pesquisas 
que buscam maneiras de incorporar o resíduo de construção civil novamente no mercado. Mas 
para que a busca por este material cresça é necessário incentivo dos órgãos públicos, 
começando por eles a utilização destes resíduos para construções de loteamentos populares e 
outras obras públicas, já que muitas empresas são relutantes a sua utilização devido aos 
poucos dados que se tem a respeito do agregado reciclado (BLANKENAGEL, 2005). 
Porém como não há um controle rígido do descarte deste material, grande parte ainda 
é descartada em terrenos baldios, beira de rios e aterros clandestinos, dificultando o processo 
de coleta e destinação do mesmo. Além disso, poucas empresas possuem o tratamento 
adequado de reciclagem deste material, no Brasil existem cerca de 14 usinas de reciclagem 
 
 
 
em operação, ou seja, há pouca reciclagem deste material quando comparado com a 
quantidade de resíduos que são gerados e descartados dia a dia (MOTTA, 2005). 
Desta forma, este trabalho servirá para a realização de uma avaliação sobre o 
comportamento mecânico e aspectos físicos do agregado, a fim de verificar se o mesmo pode 
ou não ser utilizado para a execução de camadas de base e sub-base em pavimentos. Da 
mesma forma também será analisado qual a diferença de custo entre os materiais, 
convencional e reciclado, para que seja possível avaliar qual é o mais vantajoso 
economicamente. 
Para obter esses resultados foram utilizadas monografias e dissertações de mestrados 
como fonte de dados para realizar a comparação entre os parâmetros citados acima, uma vez 
que, devido à complexidade do assunto e ao pouco tempo disponibilizado, não foi possível 
realizar os ensaios. 
Este material pode ser uma solução para o grande número de ruas não pavimentadas 
pelo país, sendo que a maioria destas ruas são localizadas em bairros menos privilegiados, 
onde a ocorrência de barro e poeira se tornam problemas recorrentes a estes locais, pois acaba 
melhorando a qualidade de vida nestes bairros. 
1.1 Tema 
Resíduos de construção civil. 
1.1.1 Delimitação do tema 
O trabalho está delimitado em analisar a utilização do agregado reciclado de resíduos 
gerados na construção civil e demolição na pavimentação urbana de pequeno tráfego, mais 
especificamente nas camadas de base e sub-base. 
1.2 Questão da pesquisa 
É viável aderir ao agregado reciclado, tanto técnica quanto economicamente, para 
utilização em camadas de base e sub-base de pavimentos urbanos com baixo volume de 
tráfego? 
 
 
 
1.3 Hipótese 
O agregado reciclado tem se mostrado bastante promissor para aplicação na 
pavimentação em camadas de base, sub-base e reforço do subleito devido às suas 
propriedades físicas e mecânicas. O agregado reciclado se mostra também economicamente 
viável comparado ao agregado convencional. 
1.4 Objetivos 
Os objetivos do trabalho exercem papéis mediadores entre o tema central e a hipótese a 
ser confirmada ou não durante a execução do estudo. A seguir são apresentados os objetivos 
gerais e específicos do estudo. 
1.4.1 Objetivo geral 
O objetivo principal desta pesquisa é analisar o agregado reciclado quanto aos seus 
aspectos físicos e também o seu comportamento mecânico, verificando se o mesmo pode se 
tornar um substituto do agregado convencional na utilização em camadas de base, sub-base e 
reforço do subleito, principalmente na pavimentação de vias com baixo volume de tráfego. 
1.4.2 Objetivos específicos 
São designados como objetivos específicos: 
a) Identificar os aspectos físicos e o comportamento mecânico do agregado reciclado; 
b) Comparar as propriedades do agregado reciclado com o agregado convencional; 
c) Analisar a viabilidade econômica de aplicação do agregado reciclado para a 
pavimentação em camadas de base e sub-base; 
d) Levantar o questionamento, através desta pesquisa, da pequena aplicação deste recurso 
nos dias atuais, devido a sua abundância no mercado. 
1.5 Justificativa 
Conforme Motta (2005), o Brasil produz uma grande quantidade de resíduos na 
construção civil e demolição, o que causa preocupação, uma vez que a disposição destes 
 
 
 
materiais é feita de forma irregular, principalmente em locais que contribuem para a 
degradação urbana, como rios, córregos e terrenos baldios. 
Com a rápida geração de resíduos diminuem-se consideravelmente as áreas adequadas 
para a destinação final desses resíduos, sendo assim, os custos se tornam cada vez mais 
elevados devido à dificuldade em encontrar áreas disponíveis para acomodação de grandes 
quantidades destes resíduos, portanto é importante a busca por novas alternativas para 
minimizar os danos causados por este setor (HORTEGALI; FERREIRA; SANT’ANA, 2009). 
A utilização do agregado reciclado ajuda na preservação do meio ambiente, já que 
dessa forma a exploração das jazidas minerais diminui consideravelmente. Assim, em locais 
que apresentam escassez ou longas distâncias de jazidas minerais, se faz necessário o uso do 
agregado reciclado devido à grande disponibilidade desse recurso, reduzindo o volume de 
resíduos a serem depositados em aterros (GRUBBA, 2009). 
Ainda segundo o autor citado acima, o agregado reciclado de concreto é considerado o 
mais nobre e homogêneo, já que 90% da sua constituição são formadas por resíduos de 
concreto, argamassa e materiais pétreos. O agregado reciclado é utilizado na pavimentação 
como massa asfáltica em pavimentos flexíveis ou rígidos, porém se destinam usualmente para 
a construção de camadas de base, sub-base e também como reforço do subleito. 
De acordo com Grubba (2009) e Carneiro, et. al. (2001), o baixo custo do agregado 
reciclado, quando comparado com o agregado convencional, é um dos aspectos fundamentais 
que o tornam interessante para a pavimentação, uma vez que ele se torna mais vantajoso 
quando compete com o agregado convencional, sendo assim é possível aumentar a extensão 
da pavimentação das vias, já que o custo da obra diminui. 
Diante dos comentários dos autores, que possuem vasto conhecimento no assunto, é 
possível perceber a importância deste trabalho, pois este assunto possui grande relevância, 
tanto para o setor de construção civil e principalmente para o meio ambiente, sendo vantajoso 
para ambos. 
 
1.6 Estrutura do trabalho 
O trabalho está estruturado em cinco capítulos. O primeiro capítulo consiste em uma 
apresentação introdutória ao direcionamento do assunto, mostrando o quão importante é a 
 
 
 
utilização do agregado reciclado para pavimentação urbana. Integra também a proposição do 
problema, hipótese, objetivos, e justificativas do trabalho. 
O segundo capítulo compreende o referencial teórico que traz os conceitos de 
pavimentação, tipos de agregados existentes, a diferença entre o agregado reciclado e o 
convencional. O terceiro capítulominucia a metodologia utilizada na elaboração deste estudo. 
Já o quarto capítulo incide na discussão dos resultados obtidos através da avaliação dos 
materiais analisados. 
O quinto capítulo contempla as considerações finais do estudo, sintetizando e 
confrontando as principais resultantes com as referências tidas como embasamento da 
pesquisa. Ao final são apresentadas as referências bibliográficas e eletrônicas consultadas 
para a fundamentação teórica do estudo. 
12 
 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
Neste capítulo é apresentada uma revisão bibliográfica com abordagem dos conteúdos 
que fundamentam o tema escolhido para o trabalho. 
2.1 Conceito de Pavimentação 
Um pavimento é composto por múltiplas camadas de diferentes materiais, estas 
camadas construídas sobre uma plataforma de terraplenagem. O pavimento que possui a 
função de resistir aos esforços oriundos do tráfego de veículos e de intempéries, além de 
propiciar ao usuário boas condições de rolamento, com conforto, economia e segurança 
(BERNUCCI et. al., 2008), como pode ser observado na Figura 2.1. 
 
Figura 2.1 – Possível divisão das camadas de um pavimento com utilização de agregado 
reciclado. 
 
Fonte: BERNUCCI et. al. (2008). 
 
 
 
 
2.1.1 Materiais e Camadas de um Pavimento 
Conforme Bernucci et. al. (2008) os pavimentos são executados com diversas camadas 
que possuem função estrutural. Estas camadas são construídas acima de uma fundação, 
denominada subleito. Cada camada possui suas características particulares, mas elas devem 
exercer em conjunto as suas funções. Existem dois tipos de estruturas, que variam de acordo 
com a rigidez, sendo estas estruturas rígidas e flexíveis. 
Ainda segundo o autor, os pavimentos rígidos, também denominados de concreto de 
cimento Portland, possuem em geral de três a quatro camadas, sendo estas o subleito, 
servindo de fundação para as camadas seguintes, o reforço do subleito, executado apenas 
quando o solo de fundação não atende as propriedades necessárias de resistência, em seguida 
vem à sub-base e por fim a camada superficial de revestimento (FIGURA 2.2). Já os 
pavimentos flexíveis ou asfálticos são compostos de quatro a cinco camadas, sendo a camada 
de revestimento asfáltico que é então apoiada sobre a camada base, logo abaixo é a camada de 
sub-base, seguida ou não do reforço do subleito, executado apenas quando necessário, todas 
estas descarregando as cargas sobre o subleito (FIGURA 2.3). 
Figura 2.2 – Estrutura Pavimento Rígido. 
 
Fonte: BERNUCCI et. al. (2006). 
Figura 2.3 – Estrutura Pavimento Flexível. 
 
Fonte: BERNUCCI et. al. (2006). 
 
 
 
O revestimento é submetido aos esforços de compressão e tração, as demais camadas 
recebem principalmente esforços de compressão, dependendo principalmente da espessura da 
camada e da rigidez dos materiais que as compõem. Nos pavimentos rígidos a área de 
distribuição das cargas é maior de modo a diminuir as tensões transmitidas às camadas 
subjacentes, por causa da elevada rigidez do material que compõe a camada superficial. Já nos 
flexíveis as tensões são distribuídas em todas as camadas, pois o revestimento não possui 
grande rigidez nem as camadas abaixo (FIGURA 2.4) (BERNUCCI et. al., 2008). 
Figura 2.4 – Distribuição das cargas nas camadas dos pavimentos. 
 
Fonte: ARAÚJO, M. A. et. al. (2016). 
 
Os materiais de cada camada são determinados de acordo com as cargas que a 
estrutura deverá suportar e posteriormente é dimensionada a espessura de cada camada. As 
camadas de base e sub-base, em pavimentos flexíveis, são constituídas por materiais 
granulares ou estabilizadas com aditivos, sendo estes materiais o agregado reciclado, brita 
graduada ou corrida, macadame, solo-brita, solo-cimento ou solo-cal (Figura 2.6). Já nos 
pavimentos rígidos, as camadas de base e revestimento são unificadas em uma única camada 
e, assim como a camada de sub-base, são executadas com o concreto plástico, adensados de 
forma manual ou mecânica, ou concreto magro, compactado com equipamentos rodoviários 
devido à sua consistência (Figura 2.5) (DNIT, 2006; ARAÚJO, M. A. et. al. 2016). 
 
 
 
 
Figura 2.5 – Classificação da base e sub-base de pavimentos rígidos. 
 
Fonte: Adaptado pelo autor de DNIT (2006). 
 
Figura 2.6 – Classificação da base e sub-base de pavimentos flexíveis. 
 
Fonte: Adaptado pelo autor de DNIT (2006). 
 
Na camada superficial de revestimento podem ser utilizados os seguintes materiais 
apresentados no esquema a seguir (Figura 2.7): 
 
 
 
 
Figura 2.7 – Classificação do revestimento em pavimentos flexíveis e rígidos. 
 
Fonte: Adaptado pelo autor de DNIT (2006). 
 
2.2 Definição de Resíduo Sólido 
Os resísuos sólidos são materiais provenientes de processos de produção, 
transformação, utilização ou consumo, resultantes de atividades humanas, animais ou de 
fenômenos naturais, sua destinação final é estabelecida de acordo com a sua classificação, em 
local ambiental e sanitariamente adequado (CONAMA, 2002; CUNHA JÚNIOR, 2005). 
2.2.1 Definição de Resíduo de Construção Civil 
Os resíduos de construção civil são os provenientes de construções, reformas, reparos 
e demolições de obras de construção civil, e também dos resultantes da preparação e da 
escavação de terrenos, sendo estes materiais comumente denominados de entulhos de obras 
(CONAMA, 2002). 
Estes resíduos são classificados em quatro classes segundo a Resolução nº 307 do 
Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA, 2002) com base no seu potencial de 
reciclagem ou reuso. Os resíduos de Classe A são aqueles que possuem a possibilidade de 
serem reutilizados ou reciclados como agregados; Classe B são resíduos recicláveis para 
outros fins; Classe C são aqueles que ainda não possuem tecnologias adequadas para sua 
 
 
 
reciclagem ou recuperação; Classe D são os resíduos perigosos, tanto para a saúde quanto 
para o meio ambiente, que devem ser descartados em locais adequados e específicos para seu 
recebimento (CONAMA, 2002). 
2.3 Definição de Agregado 
O termo agregado é utilizado para definir um material sem forma ou volume definido, 
sendo este geralmente inerte, com dimensões e propriedades adequadas para a produção de 
argamassas, concreto e como camadas de base, sub-base e reforço do subleito em pavimentos 
(ABNT, 2011). 
Os agregados podem ser classificados conforme sua natureza (BERNUCCI et. al., 
2008), sendo: 
 Naturais: são aqueles agregados que são utilizados da mesma maneira em que se 
encontram na natureza, após o processo de britagem e lavagem, como saibro, cascalho e areia; 
 Artificiais: resultantes de alterações físicas ou químicas de outros materiais, como 
argila expandida e brita; 
 Reciclados: são os agregados provenientes dos resíduos sólidos gerados pela 
construção civil e demolição. 
 
2.3.1 Definição de Agregado Reciclado 
O agregado reciclado é proveniente dos resíduos sólidos de construção civil e 
demolição de classe A conforme a Resolução nº 307 do CONAMA (2002), sua composição 
depende das características específicas da região ao qual é produzido, destaca o autor Grubba 
(2009), podendo ser do tipo concreto, denominado também de cinza, composto basicamente 
por concreto e argamassa, ou misto, denominado também de vermelho, com diversos 
materiais pertencentes à classe A, como materiais cerâmicos e agregados pétreos (FIGURA 
2.8) (MOTTA, 2005). 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2.8 – Agregado reciclado de resíduo sólido da construção civi. 
 
Fonte: BERNUCCI, et. al., 2008. 
 
2.4 Aplicações do Agregado Reciclado 
Assim como o agregado natural, o agregado reciclado possui as características 
necessárias para ser incorporado em diversas aplicações, afirmam Motta (2005) e Grubba 
(2009), podendo ser utilizado para a fabricação de pré-moldados, como blocos de 
pavimentação e meio-fio, confecção de argamassa e concreto, para contra pisos, construção de 
aterros, serviços de drenagem,como camadas drenantes, no qual apresenta ausência de finos, 
calçadas e também em camadas de pavimentos. 
2.4.1 Aplicação do Agregado Reciclado na Pavimentação 
O uso do agregado reciclado em camadas de base, sub-base e reforço do subleito tem 
aumentado gradativamente, pois este material apresenta grande viabilidade, tanto relacionado 
com a sua disponibilidade quanto ao seu valor econômico. De acordo com Hortegali, Ferreira 
e Sant’Ana (2009) e Carneiro et. al. (2001) este material pode ser considerado como um 
substituto aos materiais naturais não renováveis, uma vez que apresenta resultados 
satisfatórios e também pelo fato de não exigir processos sofisticados de reciclagem, sendo 
realizado apenas pela britagem, faz com que este material seja facilmente utilizado nas 
camadas de pavimentação. 
Carneiro et. al. (2001) ainda saliente que a busca por este material também se deve ao 
fato do seu custo ser relativamente baixo quando comparado com o agregado convencional, 
 
 
 
tanto no custo unitário como no transporte desses materiais até o seu destino de aplicação 
final. Portanto devido a este fator é possível reduzir os custos elevados na pavimentação, 
possibilitando a ampliação de projetos e obras públicas de infraestrutura nas cidades. 
Além destes fatores, o agregado reciclado, especificamente o de concreto, possui uma 
característica que o torna interessante, chamada de efeito de cimentação própria, no qual o 
material obtém um ganho de resistência e rigidez com o tempo, devido à presença de 
partículas ligantes (cimento), que quando hidratadas podem causar ganho de resistência ao 
agregado reciclado de concreto e, consequentemente, diminuir a permeabilidade do sistema 
(BLANKENAGEL, 2005). 
Segundo Grubba (2009) em alguns locais em ruas não pavimentadas é distribuída 
sobre a superfície do subleito uma camada de agregado reciclado e, devido ao efeito de 
cimentação própria, verificou-se que a ocorrência de lama em períodos de chuva e a poeira 
excessiva em períodos de estiagem diminuíram consideravelmente. Também se notou que, 
mesmo sendo um revestimento primário, houve uma diminuição na manutenção dessas vias 
não pavimentadas. 
O agregado reciclado possui diversas aplicabilidades, porém neste trabalho o foco é a 
aplicação deste material em camadas de base e sub-base de pavimentos que possuam baixo 
volume de tráfego. Por ser um material relativamente novo no mercado ainda há pouca 
procura por seu emprego na substituição do agregado convencional, devido à falta de 
incentivo dos órgãos públicos e também pelas poucas usinas que fazem a britagem do mesmo. 
Porém ele é um forte concorrente contra o agregado convencional, tornando-se uma 
alternativa viável para diversos setores da construção civil que buscam por métodos 
sustentáveis de construção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
Apresentam-se neste capítulo os métodos utilizados no desenvolvimento do trabalho, 
tendo como embasamento os conhecimentos teóricos. 
3.1 Procedimentos técnicos usados na Pesquisa 
A metodologia científica consiste em algumas etapas conforme descritas na Figura 
3.1. 
 
Figura 3.1 – Fluxograma das etapas de execução da metodologia científica. 
 
Fonte: Autor. 
 
 
 
Para a realização desta pesquisa foi realizada a coleta de dados com base em trabalhos 
já publicados na área na qual será feito o estudo, sendo que estes servirão de embasamento 
para a pesquisa. A seleção dos artigos foi feita nos bancos de dados Scielo, Capes e 
Bibliotecas Virtuais de universidades, etc. 
O referencial teórico tem como principal fonte de pesquisa dissertações de mestrados, 
monografias acadêmicas de universidades estaduais e federais do Brasil e artigos apresentados 
em congressos sobre o tema estudado, referente à aplicação dos agregados reciclados dos 
resíduos para a produção de pavimento. O período de publicação dos trabalhos pesquisados 
corresponde de 2000 a 2018, utilizando as seguintes palavras chaves para a procura dessas 
publicações – RCD, Pavimentação, Agregado Reciclado e Construção Civil – Dessa forma foi 
possível localizar as principais metodologias que abordam sobre o tema em questão. 
A partir da leitura dos trabalhos pesquisados foram selecionados para realizar as 
comparações dois estudos que nortearão o projeto. A escolha das publicações foi realizada 
utilizando critérios como: textos completos em português e delimitados a partir da temática 
estudada. Com as informações obtidas através da leitura dos trabalhos pesquisados foi 
possível realizar um estudo que proporcionou o comparativo econômico do método 
convencional em relação ao método utilizado na pesquisa. 
Os trabalhos que forneceram os dados referentes ao aspecto físico e comportamento 
mecânico para a realização desta pesquisa são as dissertações de mestrado de Motta (2005) e 
de Grubba (2009), e para a avaliação do custo será utilizado como base para aplicação dos 
conhecimentos adquiridos por ambos os trabalhos a monografia de graduação de Correia 
(2014), a qual apresenta um estudo de caso que será o pavimento hipotético desta pesquisa. 
Com base em testes realizados em laboratório pelos autores dos trabalhos 
mencionados anteriormente e os conhecimentos prévios sobre o assunto, será feita uma 
análise do material, quanto às características físicas e as propriedades mecânicas. Os ensaios 
executados para a elaboração desta análise são os mesmos realizados com os agregados 
convencionais comumente empregados na pavimentação. Sendo os dados empregados nesta 
pesquisa extraídos de outros trabalhos desenvolvidos nesta área, será possível comparar os 
dados obtidos por outros pesquisadores possibilitando uma análise mais profunda do assunto. 
Depois de concluída esta etapa do projeto, os resultados obtidos serão comparados ao 
agregado convencional utilizado para pavimentação, para avaliar se ele cumpre os requisitos 
 
 
 
para ser empregado na pavimentação conforme as exigências da NBR 15115. Será então 
criada uma estrutura de pavimento hipotética, na qual serão dimensionadas as camadas, 
verificando qual a espessura de cada camada adequada para o agregado reciclado, para que 
posteriormente seja efetuado o cálculo do custo comparativo entre os dois tipos de agregados. 
Com base nos resultados obtidos na etapa anterior foi possível quantificar os custos 
entre os dois sistemas, de modo a efetuar a comparação dos custos entre ambos os sistemas, 
para que se verifique a viabilidade econômica de aplicação do agregado reciclado em relação 
ao agregado natural. 
Por fim realizou-se uma análise do por que deste recurso ser pouco utilizado no Brasil, 
levantando questões sobre políticas de gerenciamento de resíduo e quais fatores impedem a 
ampliação deste produto no mercado apesar da sua grande disponibilidade nos centros 
urbanos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Como já mencionado anteriormente, este trabalho tem como base a pesquisa de outros 
autores e, a partir dos resultados obtidos por estes pesquisadores, será feita a comparação dos 
resultados destes trabalhos para que seja possível uma análise mais profunda sobre este 
material relativamente novo no mercado. Para tanto, serão analisadas as características do 
agregado reciclado, ou seja, seu aspecto físico e seu comportamento mecânico e também o 
custo para a aplicação do mesmo. 
Depois de concluído este procedimento, os resultados serão incorporados a um estudo 
de caso, no qual será dimensionada a estrutura do pavimento com base nos resultados obtidos 
anteriormente, e assim possibilitando também a comparação com o agregado convencional. 
Após isto, será possível verificar o custo das estruturas dimensionadas, a fim de analisar as 
vantagens e desvantagens de cada material. 
4.1 Análise dos aspectos físicos e do comportamento mecânico do agregado recicladoNesta seção da pesquisa serão coletados os dados, referentes ao comportamento 
mecânico e aspectos físicos do material estudado, nos trabalhos mencionados na metodologia. 
Os dados serão comparados entre si e depois verificados se há conformidade com a norma que 
determina os parâmetros necessários para a aplicação dos materiais na pavimentação. 
4.1.1 Granulometria 
Conforme a NBR 15115 (ABNT, 2004), o percentual passante na peneira nº 40, que 
corresponde a 0,42 mm, deve ficar entre 10% e 40% para garantir uma quantidade mínima de 
 
 
 
material fino no agregado reciclado para promover um maior embricamento na fração graúda. 
No material coletado por Motta (2005) o percentual passante apresentou um valor de 10%, já 
no trabalho de Grubba (2009) o passante apresentou um valor de 18%, ou seja, ambos 
atendem a norma. 
Além deste parâmetro, também deve ser avaliado o Coeficiente de Uniformidade, que 
é a relação entre os diâmetros que correspondem de 10% e 60% passante do agregado, 
devendo ser maior ou igual a 10. Nas pesquisas de Motta (2005) e Grubba (2009), os valores 
encontrados são, respectivamente, de 42% e 33%, satisfazendo o parâmetro, o que significa 
que o material é bem graduado e não uniforme. E a dimensão máxima característica também 
ficou dentro do parâmetro pedido pela norma, sendo que este deve ser menor ou igual a 63,5 
mm. Na dissertação de Grubba (2009) a dimensão encontrada foi de 25 mm, já na pesquisa de 
Motta (2005) não foi encontrado o valor exato, porém ele também está de acordo com a 
norma. 
4.1.2 Absorção de Água 
O valor de absorção de água é importante para saber qual é o comportamento do 
material quando este é submetido à imersão em água, pois conforme o local de aplicação, 
como neste caso para pavimentação, o material está propenso a entrar em contato com água 
em períodos de chuva. O valor de absorção encontrado por Grubba (2009) para o agregado 
reciclado de concreto foi de 4,6%, sendo este valor cerca de duas vezes maior do que 
encontrado no agregado natural, devido à porosidade presente na argamassa ser maior do que 
nos materiais pétreos. Já Motta (2005) encontrou para o agregado reciclado misto o valor de 
absorção de 7,8%. 
4.1.3 Resistência ao desgaste 
A resistência ao desgaste é obtida através do ensaio de abrasão “Los Angeles”, no qual 
o material é submetido a uma máquina que apresenta esferas de aço que geram grande 
impacto no agregado para verificar qual é o desgaste do mesmo (FIGURA 4.1). Para ambos 
os trabalhos o valor encontrado, que deve ficar abaixo de 55% conforme a NBR 11804 
(ABNT, 1991), foi de 34% para Grubba (2009) e de 50% para Motta (2005), comparado com 
o agregado natural que é de 21%. 
 
 
 
 
Figura 4.1 – Equipamento "Los Angeles". 
 
Fonte: Motta (2005). 
 
4.1.4 Índice de Suporte Califórnia 
O Índice de Suporte Califórnia tem como objetivo principal definir a resistência ou 
valor de suporte dos materiais granulares empregados em pavimentação, e também para 
verificar a expansibilidade do material (GRUBBA, 2009; MOTTA, 2005). Em ambos os 
trabalhos base o valor de expansibilidade é nulo. Já os valores do Índice de Suporte Califórnia 
foram de 128% e 172%, respectivamente de Motta (2005) e Grubba (2009). 
4.1.5 Resistência à tração por compressão diametral 
A resistência à tração por compressão diametral se trata de um ensaio que verifica a 
tensão máxima que o corpo de prova pode ser submetido, ou seja, a tensão máxima que ele 
atinge quando é rompido, no sentido diametral, simulando as cargas as quais a estrutura do 
pavimento será submetido, sendo assim, quanto maior for a coesão ou cimentação do material 
maior sera a carga que ele deve resistir, devido ao contato entre as particulas (FIGURA 4.2) 
(GRUBBA, 2009; MOTTA, 2005). No caso do agregado reciclado a resistência à tração é 
maior que a do agregado natural devido a cimentação propria do material. A resistência obtida 
por Grubba (2009), com a energia de compactação modificada, foi de 15 KPa, com tempo de 
cura de 28 dias. Já a resistência obtida por Motta (2005) com adição de 4% de cal à mistuda, 
aos 28 dias, foi de 0,12 Mpa. Em comparação com o agregado natural, o agregado 
convencional chega a ser 12 vezes mais resistente. 
 
 
 
 
Figura 4.2 – Corpo-de-prova rompido no ensaio de Resistência à Tração por Compressão 
Diametral. 
 
Fonte: Motta (2005). 
 
4.1.6 Resistência à compressão simples 
Este ensaio determina a tensão máxima ao qual o corpo de prova pode ser submetido, 
no sentido axial, até que este seja rompido. Segundo a NBR 15115 (ABNT, 2004) o agregado 
reciclado pode ser estabilizado através da adição de cal ou cimento Portland, aumentando a 
resistância, sendo que esta deve atingir no mínimo 2,1 MPa após 7 dias de cura. Motta (2005) 
fez ensaios com corpos de prova com a adição de 4% de cimento Portland, que atingiram 
valores superiores ao parâmetro da norma, chegando até 2,78 MPa, já com a adição de 4% de 
cal os valores ficaram em torno de 1,38 MPa aos 7 dias de cura, e atingiram os 2,1 MPa aos 
90 dias de cura. Já Grubba (2009) obteve resistência de 201 KPa com a energia de 
compactação intermediária, e de 336 KPa na energia de compactação modificada, ficando 
também de acordo com as exigências da norma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4.3 - Corpo-de-prova no ensaio de Resistência à Compressão Simples. 
 
Fonte: Motta (2005). 
 
4.1.7 Módulo de Resiliência 
O pavimento está constantemente submetido a cargas que consequentemente causam 
sua deformação, porém existe um limite de deformação considerada resiliente, ou seja, essa 
deformação é recuperável. Para determinar o módulo de resiliência é realizado um ensaio 
triaxial de carga cíclica, verificando assim se o material pode ser utilizado em camadas 
inferiores de um pavimento (GRUBBA, 2009; MOTTA, 2005). As cargas aplicadas no ensaio 
simulam condições reais as quais o material pode vir a ser submetido. Verificou-se que o 
módulo de resiliência dos materiais compactados com cura de 90 dias é de 440 MPa para 
Grubba (2009) e para Motta (2005) esse valor ultrapassa os 500 MPa. 
Figura 4.4 - Equipamento triaxial de carga repetida para obtenção do Módulo de Resiliência. 
 
Fonte: Motta (2005). 
 
 
 
Com base nos resultados obtidos é possível verificar que o agregado reciclado atende a 
todos os quesitos necessários para aplicação em pavimentos, sendo que possuem valores 
maiores do que o agregado natural. Com estes resultados será possível realizar o 
dimensionamento do pavimento utilizando uma estrutura hipotética a fim de se obter o custo 
desta estrutura. 
 
4.2 Dimensionamento 
Nesta seção será dimensionado um pavimento hipotético com base na estrutura feita 
por Correia (2014), sendo que serão dimensionados de acordo com os resultados obtidos nos 
resultados dos ensaios realizados anteriormente. Serão dimensionadas duas estruturas, uma 
com o agregado convencional e outra com o agregado reciclado de resíduo de construção 
civil. 
Para o cálculo do dimensionamento serão utilizadas as inequações abaixo para a 
determinação do tamanho das camadas de revestimento, base, sub-base, subleito e reforço do 
subleito, considerando que o pavimento será calculado para baixo volume de tráfego: 
 (1) 
 (2) 
 (3) 
Sendo que o KR, KB, KSB, KREF representam, respectivamente, os coeficientes 
estruturais do revestimento, da base, da sub-base e do reforço do subleito; HSB, HREF e HSL 
são as espessuras de cada camada, conforme o esquema da Figura 4.5. 
Figura 4.5 - Esquema elucidativo das camadas do pavimento. 
 
Fonte: Prefeitura de São Paulo (2004).Para tanto devem ser observados os seguintes aspectos para a determinação dos 
materiais a serem utilizados nas camadas. O material utilizado na base deve possuir CBR ≥ 
80% e expansão ≤ 0,5%; sub-bases com CBR ≥ 30 % e expansão ≤ 1,0 %; reforço do subleito 
CBR superior ao apresentado pelo subleito e expansão ≤ 2%. Considerando que o volume do 
tráfego seja baixo o N = 1x10^6 solicitações. 
4.2.1 Pavimento com material convencional 
Para o dimensionamento da camada de base com o agregado convencional foram 
utilizados os parâmetros apresentados a Tabela 4.1, com base na estrutura calculada por 
Correia (2014): 
Tabela 4.1 - Dados para cálculo das espessuras das camadas do pavimento convencional. 
Camada Material ISC K 
Revestimento CA - 2,00 
Base Brita corrida 82,0% 1,00 
Sub-base Pó de pedra 26,7% 1,00 
Reforço do subleito Selec. CBR>10 10,0% 0,70 
Subleito Solo local 3,0% - 
Fonte: Adaptado pelo autor de Correia (2014). 
Utilizando as equações 1, 2 e 3, foi possível determinar os valores de Hsb (altura da 
sub-base), Href (altura do reforço do subleito) e Hsl (altura subleito) (CORREIA, 2014) 
(TABELA 4.2). 
 
• Hsb = 25 cm 
• Href = 39 cm 
• Hsl = 76 cm 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 4.2 - Estrutura do pavimento com material convencional. 
Camada Material Espessura (cm) ISC 
Capa CBUQ 5,0 - 
Base Brita corrida 15,0 82,0% 
Sub-base Pó de pedra 15,0 26,7% 
Reforço do subleito Selec. CBR>10 60,0 3,0% 
Subleito Terraplanagem - - 
Fonte: Adaptado pelo autor de Correia (2014). 
4.2.2 Pavimento com material reciclado 
Para o dimensionamento da camada de base com o agregado reciclado foram 
utilizados os parâmetros apresentados na Tabela 4.3, com base na estrutura calculada por 
Correia (2014) e nos resultados obtidos neste estudo: 
Tabela 4.3 - Dados para cálculo das espessuras das camadas do pavimento reciclado. 
Camada Material ISC K 
Revestimento CA - 2,00 
Base Brita corrida de RCD 128,0%¹ 0,80² 
Sub-base Pó de pedra de RCD 128,0%¹ 0,80² 
Reforço do subleito Selec. CBR>10 10,0% 0,70 
Subleito Solo local 3,0% - 
¹ Valores obtidos por Motta (2005); 
² Em função da não homogeneidade do material foi considerado um K = 0,80. 
Fonte: Adaptado pelo autor de Correia (2014). 
Utilizando as equações 1, 2 e 3, foi possível determinar os valores de Hsb (altura da 
sub-base), Href (altura do reforço do subleito) e Hsl (altura subleito) (CORREIA, 2014) 
(TABELA 4.4). 
 
• Hsb = 25 cm 
• Href = 39 cm 
• Hsl = 76 cm 
 
 
 
 
 
Tabela 4.4 - Estrutura do pavimento com material reciclado. 
Camada Material Espessura (cm) ISC 
Capa CBUQ 5,0 - 
Base Brita corrida 20,0 128%¹ 
Sub-base Pó de pedra 20,0 128% ¹ 
Reforço do subleito Selec. CBR>10 60,0 3,0% 
Subleito Terraplenagem - - 
¹ Valores obtidos por Motta (2005). 
Fonte: Adaptado pelo autor de Correia (2014). 
Nas camadas de base e sub-base realizadas com o agregado reciclado foi aumentado o 
tamanho da espessura devido a não homogeneidade do material. Para ambos os casos se 
utiliza o grau de compactação recomendado para cada camada, sendo que para a pista de 
rolamento entre 98 e 99%, tendo em vista que com a passagem dos veículos o revestimento 
também sofrerá compactação, para a base, sub-base e reforço do subleito o grau de 
compactação deve ser maior ou igual a 100%. 
4.3 Custo da estrutura 
Para a comparação dos custos entre os dois sistemas foi utilizada uma estrutura 
hipotética com 10.000 m² de área superficial, levando em consideração o custo do material e 
transporte (TABELA 4.5 E 4.6). 
Tabela 4.5 - Custos dos materiais em estruturas com agregado convencional. 
Camada Material 
Espessura 
(cm) 
Custo 
Área 
(m²) 
Volume 
(m³) 
Valor Total 
Revestimento CBUQ 5 
270 R$/m³ 
 
10.000 500 
R$ 
135.000,00 
Base 
Brita 
corrida 
15 54,74 R$/m³ 10.000 1.500 R$ 82.110,00 
Sub-base 
Pó de 
pedra 
15 52,05 R$/m³ 10.000 1.500 R$ 78.075,00 
Reforço do 
subleito 
Selec. 
CBR>10 
60 3,04 R$/m³ 10.000 6.000 R$ 18.240,00 
Fonte: Adaptado pelo autor de Correia (2014). 
 
 
 
 
 
Tabela 4.6 - Custos dos materiais em estruturas com agregado reciclado. 
Camada Material 
Espessura 
(cm) 
Custo 
Área 
(m²) 
Volume 
(m³) 
Valor Total 
Revestimento CBUQ 5 
270 R$/m³ 
 
10.000 500 
R$ 
135.000,00 
Base 
Brita 
corrida 
20 25,00 R$/m³ 10.000 2.000 R$ 50.000,00 
Sub-base 
Pó de 
pedra 
20 25,00 R$/m³ 10.000 2.000 R$ 50.000,00 
Reforço do 
subleito 
Selec. 
CBR>10 
60 3,04 R$/m³ 10.000 6.000 R$ 18.240,00 
Fonte: Adaptado pelo autor de Correia (2014). 
Para calcular o custo de transporte foi utilizado como referência um caminhão 
basculante com capacidade de carga de 17 toneladas, cujo valor de transporte é de 0,52 t/km, 
e a distância da pedreira até o local da obra sendo 25 km no sistema convencional e de 4 km 
com o sistema reciclado. As densidades da brita corrida e do pó de brita correspondem, 
respectivamente, a 1,7 t/m³ e 1,56 t/m³ (CORREIA, 2014) (TABELA 4.7 E 4.8). 
Tabela 4.7 - Custos do transporte em estruturas com agregado convencional. 
Camada Material 
Espessura 
(cm) 
Volume 
(m³) 
Peso (ton) Valor Total 
Base 
Brita 
corrida 
15 1.500 2.550 R$ 33.150,00 
Sub-base 
Pó de 
pedra 
15 1.500 2.340 R$ 30.420,00 
Reforço do 
subleito 
Selec. 
CBR>10 
60 - - - 
Fonte: Autor. 
Tabela 4.8 - Custos do transporte em estruturas com agregado reciclado. 
Camada Material 
Espessura 
(cm) 
Volume 
(m³) 
Peso (ton) Valor Total 
Base 
Brita 
corrida 
20 2.000 3.400 R$ 7.072,00 
Sub-base 
Pó de 
pedra 
20 2.000 3.120 R$ 6.489,60 
Reforço do 
subleito 
Selec. 
CBR>10 
60 - - - 
Fonte: Autor. 
A fim de se realizar a comparação entre o agregado convencional e o reciclado foi 
feito o somatório dos custos de material e transporte para verificar quantos por cento o 
 
 
 
agregado reciclado é mais em conta do que o convencional. Desta forma é possível analisar 
também o porquê deste material ser mais barato do que outro (TABELA 4.9). 
Tabela 4.9 - Comparativo de custos entre agregado convencional e reciclado. 
Material Brita corrida Pó de pedra Transporte Total 
Convencional R$ 82.110,00 R$ 78.075,00 R$ 63.570,00 R$ 223.755,00 
RCD R$ 50.000,00 R$ 50.000,00 R$ 13.561,60 R$ 113.561,60 
Diferença R$ 32.110,00 R$ 28.075,00 R$ 50.009,00 R$ 110.194,00 
RCD/ 
Convencional 
60,9% 64,0% 21,4% 50,75% 
Fonte: Adaptado pelo autor de Correia (2014). 
Baseado na tabela acima é possível observar que o agregado reciclado chega a ter mais 
de 50% do custo reduzido quando comparado com o agregado convencional, em grande parte 
pela redução dos custos de transporte chegando a 21,4% de redução, devido à distância da 
pedreira até o local da obra. Isso ocorre porque a maior parte do agregado reciclado se 
localiza no centro das grandes cidades, onde ocorrem novas construções, reformas e 
demolições. Também se observa uma redução considerável entre o material convencional e 
reciclado, proporcionando a viabilidade econômica da aplicação deste material para a 
pavimentação, principalmente para aqueles empreendimentos populares e que possuem pouco 
volume de tráfego. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 CONCLUSÃO 
O agregado reciclado tem se mostrado uma ótima saída para a questão ambiental e 
econômica que vem aumentando cada vez maior nos grandes centros urbanos. O transporte é 
o que mais encarece as obras de infraestrutura, devido a grande distância das mesmas até as 
jazidas dos materiais pétreos. Portanto, aumentou consideravelmente os estudos sobre este 
material para a fim de se verificar a possibilidade de aplicação dele na pavimentação. 
Com base nos resultados obtidos nos ensaios foi possível aferir se o agregado 
reciclado possui as propriedades necessárias para sua aplicação na pavimentação em camadas 
de base e sub-base é viável. No ensaio granulométricose obteve que o material é bem 
graduado, não uniforme e possui a quantidade mínima de material fino, promovendo então o 
embricamento ou travamento da fração graúda, isso é extremamente necessário, uma vez que 
não ocorra o travamento entre os grãos a estrutura se torna propicia a problemas relacionados 
a isto, podendo causar patologias. 
Quanto à absorção de água os resultados encontrados para o agregado reciclado 
chegaram a ser duas vezes maior do que o agregado natural, devido à porosidade presente na 
argamassa. Porém neste fator também deve ser levado em consideração o efeito de 
cimentação própria, na qual a presença de grãos cimentícios não reagentes faz com que se 
absorva uma maior quantidade de água, fazendo com que estes grãos reajam com á agua se 
tornando concreto. A presença de grande quantidade de água no material tem que ser bem 
avaliada, pois pode ocorrer a perda de resistência do material. Neste caso, diante destes grãos 
não reagentes, a absorção de água é maior, pois eles consomem mais água no processo 
químico. 
 
 
 
A resistência ao desgaste, obtida através do ensaio de abrasão “Los Angeles”, do 
agregado natural é de 21%, já do agregado reciclado os valores encontrados foram de 34% e 
de 50%, respectivamente de Grubba (2009) e Motta (2005), uma possível causa dessa 
diferença é a heterogeneidade da mistura, podendo haver ligações não consolidadas que 
enfraquecem o grão. Porém os resultados ficaram dentro do que é pedido pela NBR 11804 
(ABNT, 1991), devendo ficar abaixo de 55%. 
As resistências ensaiadas, de compressão simples e compressão diametral, também 
ficaram de acordo com o que a NBR 15115 (ABNT, 2004) preconiza. Estes ensaios verificam 
a tensão máxima que o corpo de prova atinge no momento em que se rompe, quanto maior for 
a coesão ou cimentação do material maior será a carga que conseguirá resistir, isso ocorre 
devido ao contato entre as partículas. O agregado reciclado conseguiu obter valores de 
resistência maiores que o agregado natural pelo fenômeno de cimentação própria, que tende à 
aumentar a coesão entre as partículas do material. 
Quanto ao dimensionamento do pavimento hipotético, é possível verificar que a 
espessura de cada camada não se altera muito quando comparado com o agregado 
convencional, mesmo sendo aumentado por questão de segurança devido a não 
homogeneidade do material, sendo que a espessura do agregado natural para as camadas de 
base e sub-base ficaram de 15 cm e para o agregado reciclado foi de 20 cm. 
Relacionado ao custo desse pavimento foi possível perceber que o agregado reciclado 
é mais em conta do que o agregado convencional, sendo sua aplicação viável em relação a 
isto, como também aos parâmetros destacados acima. O que mais demonstrou economia na 
estrutura foi o transporte, principalmente pela questão da distância da jazida ao local da obra, 
uma vez que o agregado reciclado é encontrado próximo das cidades, onde é gerado. Nesse 
sentido também diminui a quantidade de gases poluentes emitidos pelos caminhões que fazem 
o transporte, ajudando na preservação do meio ambiente. 
Além disso, se o uso do agregado reciclado começar a ser mais recorrente pelo país, 
acarretará na diminuição da disposição deste material em aterros sanitários e, 
consequentemente, na diminuição do descarte ilegal do mesmo, uma vez que para a 
pavimentação é utilizado uma grande quantidade de material para a execução das camadas de 
base e sub-base, como pode ser observado na estrutura do pavimento hipotético deste 
trabalho, que chega a 2.000 m³ de agregado reciclado para uma camada do pavimento. 
 
 
 
Conforme visto até o momento este material possui as propriedades adequadas para 
aplicação na pavimentação em camadas de base e sub-base, bem como viabilidade 
econômica, que o torna ainda mais atrativo como fonte alternativa para a diminuição da 
exploração de jazidas minerais, para a rápida escassez de aterros, que necessitam de grandes 
áreas para acomodar os resíduos, e principalmente a diminuição dos custos da implantação de 
um pavimento. 
Porém, como ainda é um material pouco procurado, é necessário o incentivo da sua 
utilização por meio dos órgãos públicos, o aplicando em obras públicas, como, por exemplo, 
em loteamentos populares e no calçamento de ruas que ainda se encontram não pavimentadas. 
Uma vez que esse incentivo proveniente dos órgãos públicos aumente, consequentemente a 
procura por este material nobre, que tem sido descartado como se não houvesse nenhum uso 
alternativo, vai aumentar pela iniciativa privada. Além disto, existem poucas usinas que 
realizam a britagem deste material, segundo Motta (2005), no Brasil existem apenas 14 usinas 
de reciclagem em operação, dificultando a aquisição do agregado reciclado. 
Portanto, com base neste trabalho, é possível verificar que a aplicação do agregado 
reciclado bem como sua viabilidade econômica são promissoras, fazendo com que este 
material seja uma ótima alternativa para a execução de pavimentos com custos mais baixos, 
além de ajudar na preservação do meio ambiente. 
 
 
 
 
 
 
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