Avaliação a Distância Gestão e Sustentabilidade

Prévia do material em texto

Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul
Campus Virtual
	
	Avaliação a Distância 
Unidade de Aprendizagem: Gestão e Sustentabilidade
Curso: Engenharia Química
Professor: Jardel Mendes Vieira
Nome do estudante: Alexandra Petry
Data: 26/05/2020
Orientações:
· Procure o professor sempre que tiver dúvidas.
· Entregue a atividade no prazo estipulado.
· Esta atividade é obrigatória e fará parte da sua média final.
· Encaminhe a atividade via Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA).
1. A gestão é entendida como um instrumento de efetivação, como ato de gerir, administrar. Temos como tema central aqui especificamente a gestão ambiental em toda a sua complexidade, e nesse contexto, dando especial atenção para as técnicas a serem aplicadas nesse gerenciamento. Nesse contexto, caracterize Gestão Ambiental. (2,0 pontos)
Pode-se caracterizar gestão ambiental como o campo de estudo da administração do exercício de atividades econômicas e sociais de forma a utilizar de maneira consciente os recursos naturais. A gestão não é simples, pois ela é um processo em constante mutação, dinâmica e variável. Utiliza-se de técnicas de suporte, análise global, custos e reestruturação para a recuperação de áreas danificadas, para desenvolver métodos para extração sustentável de recursos naturais e para o estudo de riscos e impactos ambientais para a avaliação de novos empreendimentos ou para ampliação de atividades de produção. Quando há a aplicação de forma eficiente, é possível obter a redução de custos diretos, que pode ser obtido pela diminuição do desperdício de matérias primas e de recursos que se encontram cada vez mais escassos; e a redução de custos indiretos, que são ocasionados por sanções e indenizações relacionadas à danos ao meio ambiente e a saúde. 
2. Ao tratarmos de gestão e sustentabilidade, inevitavelmente devemos abordar a gestão híbrida, pois é elemento essencial para a existência e desenvolvimento da vida neste planeta. Sobre a gestão dos recursos hídricos, é importante destacar a Política Nacional de Recursos Hídricos – Lei nº 9.433/97 - que define a água, como um recurso finito, dotado de valor econômico e público. Assim, disserte, em um texto de no mínimo 5 (cinco) e no máximo 10 (dez) linhas, sobre a gestão de recursos hídricos da cidade/bairro que você reside. (2,0 pontos)
A gestão de recursos hídricos no Estado de Santa Catarina, é executada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável. Há os comitês de bacias, que são órgãos colegiados com atribuições deliberativas e consultivas exercidas nas bacias hidrográficas onde foram instituídos, que são os principais tomadores de decisão na gestão deste recurso, devido ao fato de seus integrantes representam os setores sociais e econômicos das bacias. Ao todo, são 16 comitês, e estes são integrantes do Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Sua linha de ação está vinculada as ações desenvolvidas pela atividade Gestão de Recursos Hídricos, tais como Planos de Bacias, Cadastro de Usuários de Água, Outorga e Sistema de Informações. Dentre as ações desenvolvidas, tem-se o plano de bacias que definem as diretrizes para o desenvolvimento local e regional, e tem como metas a recuperação, preservação e conservação ambiental.
3. O sistema de produção nacional tem uma forte base fundada na cadeia de commodities voltadas tanto ao mercado interno quanto ao mercado externo. Essa produção interfere diretamente nas questões relativas ao meio ambiente, sejam elas pelo esgotamento dos recursos naturais, pela expansão de novas fronteiras agrícolas ou pela implementação de técnicas produtivas de maior aproveitamento dos recursos do solo e subsolo. Com base nesse texto, elenque os objetivos da Política Agrícola e a sua influência sobre o Meio Ambiente. (2,0 pontos)
I- Estado exercerá função de planejamento, que será determinante para o setor público e indicativo para o setor privado, destinado a promover, regular, fiscalizar, controlar, avaliar atividade e suprir necessidades, visando assegurar o incremento da produção e da produtividade agrícolas, a regularidade do abastecimento interno, especialmente alimentar, e a redução das disparidades regionais;
II- Sistematizar a atuação do Estado para que os diversos segmentos intervenientes da agricultura possam planejar suas ações e investimentos numa perspectiva de médio e longo prazos, reduzindo as incertezas do setor;
III- Eliminar as distorções que afetam o desempenho das funções econômica e social da agricultura;
IV- proteger o meio ambiente, garantir o seu uso racional e estimular a recuperação dos recursos naturais;
V- vetado;
VI- Promover a descentralização da execução dos serviços públicos de apoio ao setor rural, visando a complementariedade de ações com Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios, cabendo a estes assumir suas responsabilidades na execução da política agrícola, adequando os diversos instrumentos às suas necessidades e realidades;
VII-  compatibilizar as ações da política agrícola com as de reforma agrária, assegurando aos beneficiários o apoio à sua integração ao sistema produtivo;
VIII-  promover e estimular o desenvolvimento da ciência e da tecnologia agrícola pública e privada, em especial aquelas voltadas para a utilização dos fatores de produção internos;
IX-  possibilitar a participação efetiva de todos os segmentos atuantes no setor rural, na definição dos rumos da agricultura brasileira;
X- prestar apoio institucional ao produtor rural, com prioridade de atendimento ao pequeno produtor e sua família;
XI- estimular o processo de agro industrialização junto às respectivas áreas de produção;
XII- vetado
XIII- promover a saúde animal e a sanidade vegetal;
XIV-  promover a idoneidade dos insumos e serviços empregados na agricultura;
XV- assegurar a qualidade dos produtos de origem agropecuária, seus derivados e resíduos de valor econômico;
XVI-  promover a concorrência leal entre os agentes que atuam nos setores e a proteção destes em relação a práticas desleais e a riscos de doenças e pragas exóticas no País;   
XVII- melhorar a renda e a qualidade de vida no meio rural.
Muitos dos objetivos da política Agrícola, estimulam a grande produção de produtos, incentivando grandes e pequenos produtores, e que devem ser fiscalizados pelo Estado. Ainda que haja como um dos objetivos (IV) “a proteção ao meio ambiente”, sabe-se que a realidade não é bem assim. Devido aos incentivos do país, há uma certa competitividade entre os próprios produtores. Muitos não respeitam, e na busca por produzir cada vez mais e com uma aparência de “boa qualidade” (pois é um dos objetivos da política agrícola), inúmeros produtores agridem o meio ambiente. Para uma maior produção, muitos utilizam o mesmo solo várias vezes, sem dar ao mesmo, o tempo necessário para a recuperação; desmatam grandes áreas e utilizam de agrotóxicos que podem fazer mal ao consumidor e ao solo. 
4. A organização em sistemas de associativismo e cooperativismo é uma das formas de organização do homem no campo, na busca da união de esforços entre os produtores e comerciantes dessa produção. A forma associativa está prevista no próprio Código Civil e é por esse regulado, mas o sistema de cooperativismo é regido por lei própria, ou seja, Lei nº 5.764/71. Ambas as formas de associação, seja por meio de cooperativa ou de instituição de associação não tem por fim o lucro. Assim, identifique uma dessas formas de organização, na sua região, e verifique como as mesmas contribuem para a sustentabilidade do Meio Ambiente. (2,0 pontos)
Palhoça possui uma filial da Cooperativa Regional Agropecuária Vale do Itajaí (CRAVIL). Segundo o portal online da cooperativa, esta desenvolve ações com o intuito de contribuir com a melhoria do meio ambiente, tais como:
Possui todas as unidades licenciadas, com investimentos nas unidades armazenadores de produtos químicos, Estação de Tratamento de Efluentes, utilização da casca de arroz, como fonte de energia para toda unidade de beneficiamento de arroz comdestinação apropriada das cinzas. Além disso participa de discussões e estimula a utilização de alternativas de cultivo que minimizem os impactos ambientais, a recuperação da mata ciliar, o armazenamento de água da chuva, além de ofertar produtos registrados para cada cultura. Certificada com o selo Comerc-Sinerconsult de Energia Renovável, a cooperativa trabalha com energia renovável há seis anos, colaborando assim para a redução de emissão de gases poluentes na atmosfera, além de incentivar o investimento em novos empreendimentos de energia limpa e colaborar para a preservação do meio ambiente.
O Certificado de Energia Renovável é fruto de uma parceria iniciada em 2011 entre a Comerc, maior gestora independente de energia do país, e a Sinerconsult Consultoria, empresa de consultoria de gerenciamento energético. A metodologia consiste na extração dos dados de consumo de energia renovável, registrados na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a partir dos quais são aplicados os princípios do GHG Protocol para se quantificar a emissão de gás de efeito estufa evitada bem como o número de árvores equivalente. O cálculo efetuado para a emissão do certificado leva a chancela do GHG Protocol Corporate Standard. O benefício do consumo de energia renovável proveniente de fontes como pequenas centrais hidroelétricas, bagaço de cana de açúcar ou eólica, por exemplo, é a redução da emissão de gases de efeito estufa e a consequente preservação do meio ambiente. A preservação das matas ciliares e outras áreas de preservação permanente permitem ao proprietário diminuir os problemas de erosão do solo e manter a qualidade das águas dos rios e lagos da propriedade. O investimento em estação de tratamento de efluentes é uma boa ação, pois deve-se garantir uma boa qualidade na transformação de poluentes em material pronto para o descarte melhorando o ambiente no seu entorno, o que reverbera imediatamente na preservação ambiental, dos recursos naturais (que são finitos) e, também, na proteção da flora e fauna. 
5. A coleta seletiva é a porta de entrada para que se possa solucionar o problema do que atualmente se denomina lixo, mas que possui classificação distinta entre resíduo e rejeito, os quais serão abordados em tópico próprio. Um desafio encontrado pelos municípios é a implementação dos sistemas de coleta seletiva de resíduos sólidos, visto a existência de dois grandes obstáculos a serem transpostos, estando por primeiro (I) os contratos existentes com as empresas privadas para coleta de lixo, e (II) a destinação final do material coletado. Nesse contexto, descreva como é realizada a coleta seletiva na comunidade/bairro ou município que você reside, caracterizando como é a destinação do lixo previamente selecionado. (2,0 pontos)
A coleta seletiva é realizada pela Proactiva, empresa contratada pela Prefeitura Municipal, responsável pelo recolhimento e destinação final dos resíduos em Palhoça. A coleta seletiva é realizada durante o dia (8h às 15h20), porta a porta, como ocorre com o recolhimento convencional, e possui um calendário para coletas, e os contentores devem ser somente para uso de rejeito. Todo o material coletado tem destinado à ProCrep, uma associação de reciclagem onde famílias vivem dessa atividade.