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ApostiladeFundamentosdeLaboratrio2020BIO1BNCMA_20200305115947

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Curso de Bacharelado em Biomedicina
Fundamentos de laboratório
Aulas Experimentais
Prof. Marcelo Maia
Belo Horizonte
2020
Sumário/Cronograma
	Data
	Aula
	Título
	pag
	28/02
	01
	Tratamento de Dados Analíticos das Massas de Comprimidos
	03
	06/03
	02
	Preparo de Solução Analítica
	05
	13/03
	03
	Preparo de solução ácida e básica Determinações de [H+], [OH-], pH e pOH
	07
	20/03
	04
	Determinação do Ponto de Fusão de Compostos Orgânicos
	10
	27/03
	
	Atividade Avaliativa
	
	03/04
	
	Avaliação D1
	
	17/04
	05
	Separação e Identificação do -caroteno por Cromatografia em Camada Delgada
	13
	24/04
	06
	Determinação da Massa de Dicromato de Potássio em Amostra
	15
	08/05
	07
	Determinação do teor de ácido acetilsalicílico em comprimidos usando indicador
	17
	15/05
	
	Atividade Avaliativa
	
	22/05
	
	Avaliação D2
	
	29/05
	08
	Determinação da Concentração de Cloreto em Soro Fisiológico
	19
	01/06
	
	Avaliação D3 Modular
	
	05/06
	09
	Coleta de sangue
	21
	19/06
	
	Circuito Acadêmico
	
	26/06
	10
	Microscopia
	24
	03/07
	
	Avaliação Substitutiva
	
Aula Nº 01
Tratamento de Dados Analíticos das Massas de Comprimidos
introdução
As medidas invariavelmente envolvem erros e incertezas. Apenas alguns deles ocorrem devido a equívocos cometidos pelo analista. Mais comumente, os erros são causados por padronizações ou calibrações malfeitas ou variações aleatórias e incertezas nos resultados. 
Calibrações frequentes, padronizações e análises de amostras conhecidas podem ser usadas, algumas vezes, para minimizar todos esses fatores, exceto os erros e as incertezas aleatórios. No limite, entretanto, os erros envolvidos nas medidas são uma parte inerente do mundo quantitativo em que vivemos.
Por conta disso, é impossível realizar uma análise química que seja totalmente livre de erros ou incertezas. Apenas podemos desejar minimizar os erros e estimar sua grandeza com uma exatidão aceitável. 
Neste experimento, exploramos a natureza dos erros experimentais e seus efeitos sobre os resultados das análises químicas.
Materiais
	Equipamento
	Quantidade por grupo
	Quantidade total
	Pinça metálica
	02 uso comum
	02 uso comum
	Balança analítica
	02 uso comum
	02 uso comum
	Reagentes
	Quantidade por grupo
	Quantidade total
	comprimidos
	03
	15
	Vidraria
	Quantidade por grupo
	Quantidade total
	Vidro de relógio
	03
	15
métodos
Para todos os cálculos considere a incerteza do equipamento de medida, o número de algarismos significativos e a regras de arredondamento.
1 - Pese a massa de 3 comprimidos. Faça todos os cálculos de massa em grama.
5 - Calcule o desvio-padrão (S) das medidas.
	Número de medidas
(N)
	Medidas
(Xi)
	Média das Medidas
(X)
	Desvio 
(Xi-X)
	
(Xi-X)2
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Dê a sua resposta final conforme o modelo m = (média ± desvio-padrão) g. 
Aula Nº 02
Preparo de Solução Analítica
introdução
Um sistema homogêneo (solução) em equilíbrio fica bem definido após o conhecimento das substâncias químicas que o constituem (análise química qualitativa), da pressão e temperatura (variáveis físicas quantitativas) e da quantidade de cada um de seus componentes (análise química quantitativa). Estas quantidades em geral são expressas em relação à quantidade de solução; outras vezes utiliza-se como referência a quantidade de um de seus constituintes que poderá então ser chamado solvente e em geral é o disperso predominante. Tais frações quantitativas são chamadas concentração. 
Concentração é um termo genérico. Por si só não é uma entidade físico-química bem definida, faltando para tanto caracterizá-la dimensionalmente através da escolha das grandezas representativas das quantidades das substâncias químicas em questão. Por vezes é adimensional, representando, por exemplo, a relação entre a massa de soluto e a massa da solução; outras vezes é expressa em massa por volume; ou através de inúmeras outras maneiras. 
A escolha dimensional obedece a critérios baseados puramente na conveniência particular ao estudo que se pretenda efetuar. E esta conveniência particular em geral apoia-se no estabelecimento de equações simplificadas para expressar os princípios e leis do estudo em questão; ou então na maleabilidade operacional destas equações. Convém-nos adotar grandezas intimamente relacionadas ao número de moléculas das substâncias em estudo. 
Materiais
	Equipamento eletrônico/Materiais
	Quantidade por grupo
	Quantidade total
	balança analítica
	02 uso comum
	02 uso comum
	Espátula de aço
	06 uso comum
	06 uso comum
	Pisseta
	01
	05
	Espectrofotômetro
	01 uso comum
	01 uso comum
	Reagentes
	Quantidade por grupo
	Quantidade total
	Permanganato de potássio KMnO4
	0,400 g
	2,000 g
	Cromato de potássio K2CrO4
	0,500 g
	2,500 g
	Dicromato de potássio K2Cr2O7
	0,500 g
	2,500 g
	Água destilada ou deionizada
	1 L
	5 L
	Vidraria
	Quantidade por grupo
	Quantidade total
	Vidro de relógio
	03
	15
	Béquer de 100 mL
	03
	15
	Bastão de vidro
	01
	05
	Balão volumétrico de 250 mL
	03
	15
	Cubetas
	02
	10
métodos
Preparo de soluções em balão volumétrico de 250 mL. Cromato de potássio K2CrO4 0,02 M
a) Calcule a massa de cada reagente necessária para o preparo das soluções em suas devidas concentrações. Anote;
b) Colocar o vidro de relógio na balança analítica e tará-la;
c) Pesar o reagente no vidro de relógio colocando-o cuidadosamente com a espátula;
d) Transferir o reagente pesado para o béquer, lavando o vidro de relógio. Dissolva com água deionizada agitando o bastão de vidro;
e) Após completa dissolução, transferir o conteúdo para o balão volumétrico com auxílio do bastão de vidro;
f) Lave o béquer com água deionizada de forma que o conteúdo seja todo recolhido no balão;
g) Complete o volume do balão volumétrico até o traço de aferição;
h) Rotule o balão com a fórmula do reagente, sua concentração e data de preparo.
i) Transfira aproximadamente 4 mL da solução preparada de cromato de potássio para uma cubeta com o auxílio de uma pipeta de Pasteur;
j) Faça a leitura da absorvância da solução.
k) Calcule o desvio-padrão (S) das medidas de absorvância.
	Número de medidas
(N)
	Medidas
(Xi)
	Média das Medidas
(X)
	Desvio 
(Xi-X)
	
(Xi-X)2
	1
	
	
	
	
	2
	
	
	
	
	3
	
	
	
	
	4
	
	
	
	
	5
	
	
	
	
Aula Nº 03
Preparo de solução ácida e básica: Determinações de [H+], [OH-], pH e pOH
introdução
	Os ácidos e bases são compostos químicos sempre presentes em nosso dia-a-dia. São matérias primas importantes na indústria de transformação e necessárias para o controle de vários processos industriais. Participam ativamente do metabolismo dos organismos vivos e, quando lançadas indevidamente no ambiente, podem alterar as condições ambientais favoráveis ao bem estar humano. 
	Os ácidos possuem sabor azedo enquanto que as bases têm sabor adstringente e fazem parte da formulação de cosméticos, alimentos, refrigerantes, medicamentos, produtos de limpeza, produtos de higiene, etc. O meio mais comum para se determinar a acidez ou basicidade de um meio aquoso é a medida do pH da solução, mas este conceito não é tão simples como parece.
	Soluções ácidas ou básicas podem ser obtidas pela dissolução de sais em água, vejamos como podem ocorrer essas hidrólises:
Materiais soluçao ácida
	Equipamento eletrônico/material
	Quantidade por grupo
	Quantidade total
	Pêra de borracha
	01
	10
	Pisseta
	01
	10
	Estante para tubo de ensaio
	01
	10
	pHmetro
	Quantos possíveis
	Quantos possíveis
	Reagentes
	Quantidade por grupo
	Quantidade total
	Ácido clorídrico
	1,0 mL
	10 mL
	Água deionizada
	200 mL
	2 L
	Papel de tornassol azul
	02 fitas
	20 fitas
	Papel de tornassol vermelho
	02 fitas
	20 fitas
	Papel indicador universal
	01 fita
	10 fita
	Fenolftaleína
	1 ml
	10 mL
	Vidraria
	Quantidade por grupo
	Quantidade total
	Pipeta volumétrica de 1 mL
	01
	10
	Béquer de 100 mL
	01
	10
	Balão volumétrico de 100 mL
	01
	10
	Conta-gotas
	01
	10
	Proveta10 ou 25 mL
	01
	10
	Tubo de ensaio 10 ou 15 cm
	02
	20
	Bastão de vidro
	01
	10
métodos
a) Calcule o volume de ácido clorídrico necessário para o preparo de 100,0 mL de solução 1,18x10-1 mol/L. Densidade do HCl = 1,180 g/mL.
b) Através de uma pipeta volumétrica e pêra de borracha transfira o volume calculado para um balão volumétrico de 100,0 mL que já contenha aproximadamente 50,0 mL de água deionizada. Faça a aferição do balão com uso de conta-gotas. Rotule o balão indicando a fórmula do soluto, a concentração da solução e a data de preparo.
c) Coloque em um tubo de ensaio aproximadamente 5 mL da solução usando uma proveta. Mergulhe um bastão de vidro na solução do tubo de ensaio. Com a extremidade do bastão de vidro molhada pela solução umideça uma tira de papel de tornassol azul. Anote a coloração observada. Lave o bastão e seque-o. Repita o procedimento usando agora o papel de tornassol vermelho. 
d) Repita o procedimento anterior com uma tira de papel universal indicador de pH. Anote.
e) Adicione 2 gotas de solução de fenolftaleína no tubo de ensaio que contem a solução ácida. Agite o tubo, observe e anote a coloração na tabela a seguir.
f) Transfira aproximadamente 50 mL da solução para um béquer de 100,0 mL e imersa o eletrodo do pHmetro. Anote o pH indicado pelo aparelho.
g) Complete a tabela 1 demonstrando seus cálculos.
Materiais solução alcalina
	Equipamento eletrônico/material
	Quantidade por grupo
	Quantidade total
	Espátula de aço
	01
	10
	Pêra de borracha
	01
	10
	Pisseta
	01
	10
	Estante para tubo de ensaio
	01
	10
	pHmetro
	Quantos possíveis
	Quantos possíveis
	Reagentes
	Quantidade por grupo
	Quantidade total
	Hidróxido de sódio
	2,0 g
	20 g
	Água deionizada
	200 mL
	2 L
	Papel de tornassol azul
	02 fitas
	20 fitas
	Papel de tornassol vermelho
	02 fitas
	20 fitas
	Papel indicador universal
	01 fita
	10 fita
	Fenolftaleína
	1 ml
	10 mL
	Vidraria
	Quantidade por grupo
	Quantidade total
	Vidro de relógio médio
	01
	10
	Béquer de 100 mL
	01
	10
	Balão volumétrico de 100 mL
	01
	10
	Conta-gotas
	01
	10
	Proveta 10 ou 25 mL
	01
	10
	Tubo de ensaio 10 ou 15 cm
	02
	20
	Bastão de vidro
	01
	10
métodos
a) Calcule a massa de hidróxido de sódio necessária para o preparo de 100,0 mL de solução de NaOH 0,250 mol/L.
b) Pese esta massa, em balança analítica, usando um vidro de relógio. Transfira-a para um béquer de 100 mL e adicione 80 mL de água deionizada. Confira a completa dissolução do reagente. Transfira a solução do béquer para um balão volumétrico de 100,0 mL e faça a aferição com uso de conta-gotas. Rotule o balão indicando a fórmula do soluto, a concentração da solução e a data de preparo.
c) Coloque em um tubo de ensaio aproximadamente 5 mL da solução usando uma proveta. Mergulhe um bastão de vidro na solução do tubo de ensaio. Com a extremidade do bastão de vidro molhada pela soluça umideça uma tira de papel de tornassol vermelha. Anote a coloração observada. Repita o procedimento usando agora o papel de tornassol azul. 
d) Repita o procedimento anterior com uma tira de papel universal indicador de pH. Anote.
e) Adicione 2 gotas de solução de fenolftaleína 1% no tubo de ensaio que contem a solução alcalina. Agite o tubo, observe e anote a coloração na tabela a seguir.
f) Transfira aproximadamente 50 mL da solução para um béquer de 100,0 mL e imersa o eletrodo do pHmetro. Anote o pH indicado pelo aparelho.
g) Complete a tabela 1 demonstrando seus cálculos.
Tabela 1: dados teóricos e experimentais para HCl e NaOH
	
Equação de dissociação
	Solução ácida
	Solução alcalina
	Masssa
Volume
	
	
	
Tornassol azul
	
	
	
Tornassol vermelho
	
	
	
pH papel universal
	
	
	
Solução de fenolftaleína
	
	
	
pH (pHmetro)
	
	
	
[H+]
	
	
	
pOH
	
	
	
[OH-]
	
	
Aula Nº 04
Determinação do Ponto de Fusão de Compostos Orgânicos
1 - Introdução 
Fusão é o nome do processo de passagem de uma substância do estado sólido para o estado líquido. Um sólido é chamado cristalino quando se funde bruscamente a uma temperatura determinada, que se mantém constante (se a pressão permanecer constante), até que a mudança de fase se complete. Os sólidos não cristalinos (sólidos amorfos) vão amolecendo gradativamente durante a fusão, pois durante o processo a temperatura vai aumentando. 
O ponto ou faixa de fusão depende das forças existentes entre as moléculas (ou entre os íons, no caso de cristais iônicos) da substância sólida. Se estiverem fortemente ligadas umas às outras, a temperatura necessária para separá-las deve ser elevada, para dispô-las em sua nova forma, o líquido. Neste estado, as partículas não podem se afastar muito umas das outras e nem se avizinhar demais. Por isso, suas características físicas são intermediárias entre sólidos e gases. 
Substâncias diferentes em geral possuem temperaturas de fusão diferentes, que as caracterizam. Por exemplo, compostos orgânicos com propriedades semelhantes como os hidrocarbonetos parafínicos são difíceis de distinguir, pois têm reatividades químicas idênticas. No entanto, o ponto de fusão não é o mesmo e sua determinação serve para identificar um hidrocarboneto, separando-o dos demais. 
A pureza de uma substância também influi grandemente no valor de seu ponto de fusão (PF), podendo reduzi-lo ou aumentá-lo. Portanto, através da determinação da temperatura de fusão pode-se também avaliar o grau de pureza de um sólido. Para algumas substâncias não existe ponto de fusão, pois elas se decompõem antes de se fundirem. A madeira, por exemplo, quando é aquecida não se funde, mas carboniza-se. A lignina e a celulose, constituintes da madeira, decompõem-se e se transformam em substâncias voláteis. Muitas substâncias orgânicas e inorgânicas manifestam comportamento análogo. 
Quando se aquece um sólido a partir de uma temperatura muito inferior à do seu ponto de fusão, esta sobe gradualmente até alcançar esse ponto. Ainda que o fornecimento de calor prossiga, a temperatura mantém-se inalterada por certo intervalo de tempo. O calor que, antes da substância atingir o seu PF era utilizado para aumentar a vibração molecular (ou iônica), agora é empregado para arrancar as partículas das posições que ocupavam. Ou seja, a energia calorífica destina-se apenas a destruir o retículo cristalino, não contribuindo para o aumento da temperatura. Nessa fase, a energia calorífica empregada é chamada de calor latente de fusão. A substância encontra-se parte no estado sólido e parte no estado líquido, isto é, numa fase de transição para o estado líquido. 
Na teoria, o ponto de fusão de um sólido puro deve ocorrer sempre à mesma temperatura. Na prática, entretanto, equilíbrio entre sólido e líquido quase nunca é atingido, devido a fatores como quantidade da amostra, tamanho do cristal, razão de aquecimento, tipo de aquecimento usado, etc. Em geral, podemos dizer que um composto puro tem um ponto de fusão bem definido (a substância funde-se inteiramente dentro da faixa de 1 a 2°C, enquanto uma substância impura tem o ponto de fusão indefinido e, portanto, funde-se lenta e gradualmente numa faixa de vários graus. 
2 - Objetivo
Determinar o ponto de fusão dos compostos usando tubo de Thiele.
3 - Material
- Equipamento: 	Espátula de metal, Bico de Bunsen, Termômetro até 180oC, Rolhas perfuradas para tubo de Thiele, Látex para segurar capilar, Caixa de fósforo, Suporte universal com garra para tubo de Thiele
Reagente: Óleo mineral, amostras
Vidraria Gral com pistilo de porcelana, Tubo capilar, Tubo de Thiele
3 - Procedimento EXPERIMENTAL 
a) Montar a aparelhagem para determinação do ponto de fusão usando um tubo de Thiele e termômetro (Figura 1).
Figura 1 – Montagem para determinação do ponto de fusão usando tubo de Thiele.
b) Pegar um capilar (cuidado para não quebrar) com diâmetro de 1-2 mm e comprimento de 7-8 cm, fechado em uma das extremidades, caso necessário feche uma das extremidades utilizando um bico de Bunsen. 
c) Triturar uma pequena quantidade do composto cujo ponto de fusão será determinado (AmostraA) e coloque em uma cápsula de porcelana. Macere a amostra. 
d) Transfira uma pequena quantidade do composto triturado para o tubo capilar, pressionando gentilmente a extremidade aberta contra a amostra na cápsula de porcelana. 
e) Empacotar o tubo capilar, soltando o capilar (com a extremidade selada voltada para baixo) sobre uma superfície, para que o sólido se acomode no fundo do capilar. 
f) Repetir os itens 4 e 5 até acumular uma amostra de 1 cm de altura no fundo do tubo capilar. 
g) Colocar o capilar junto a um termômetro, de modo que sua ponta inferior atinja aproximadamente a metade do bulbo de mercúrio. 
h) Mergulhar o termômetro no banho de óleo contido no Tubo de Thiele (Figura 1).
i) Aquecer o óleo com uma chama moderada de um bico de Bunsen, dirigindo-a para a lateral do tubo.
j) Controlar os valores das temperaturas atingidas pelo mercúrio, a temperatura do banho deve aumentar de 2 a 3 graus por minuto.
k) Anotar a temperatura do momento em que a substância começar a fundir e na fusão total. Essa faixa de temperatura é a temperatura de fusão da substância.
	 
Aula Nº 05
Separação e Identificação do -caroteno por Cromatografia em Camada Delgada
introdução
Cromatografia é uma técnica de separação de misturas e identificação de seus componentes. Esta separação depende da diferença entre o comportamento dos analitos entre a fase móvel e a fase estacionária. A interação dos componentes da mistura com estas duas fases é influenciada por diferentes forças intermoleculares, incluindo iônica, bipolar, apolar, e específicos efeitos de afinidade e solubilidade.
Na cromatografia planar, também chamada de camada fina, ou TLC ("Thin Layer Chromatography"), a fase estacionária, por exemplo alumina ou sílica, é suportada sobre uma placa plana ou nos poros de um papel. Nesse caso, a fase móvel desloca-se através da fase estacionária, sólida e adsorvente, por ação da capilaridade ou sob a influência da gravidade. Útil em separação de compostos polares. Encontra-se bastante difundida devido à sua facilidade experimental e ao seu baixo custo.
Ou PC, do inglês "paper chromatography". É uma técnica de partição, utiliza dois líquidos, ou misturas de líquidos, um atuando como fase móvel (eluente) e outro, suportado sobre papel, atuando como fase estacionária. Ocorre a retenção das substâncias devido às diferentes afinidades para com as fases estacionária e móvel. Utiliza-se papel normal ou papel de filtro (mais utilizado) como suporte da fase estacionária.
Exemplificando: a mistura é aplicada no papel e mergulhada na mistura das fases líquida e estacionária. A tira de papel de suporte é colocada em um cuba contendo o eluente. Esta fase móvel (solvente) sobe por capilaridade e arrasta a substância pela qual tem mais afinidade, separando-a das substâncias com maior afinidade pela fase estacionária. Como a maioria das substâncias separadas são incolores, utiliza-se um revelador. As manchas podem ser reveladas por meio de luz UV, vapores de iodo, soluções de cloreto férrico e tiocianoferrato de potássio, fluorescências, radioatividade, etc.
Materiais
	Equipamento/Material
	Quantidade por grupo
	Quantidade total
	Placas cromatográficas
	02
	10
	Papel de filtro
	01
	05
	Chapa aquecedora
	01 comum
	01 comum
	Reagentes
	Quantidade por grupo
	Quantidade total
	Hexano
	100 mL
	 1 L
	Etanol
	100 mL
	1 L
	Vidraria
	Quantidade por grupo
	Quantidade total
	Gral de vidro
	01
	10
	Pistilo de vidro
	01
	10
	Pipeta de Pasteur
	01
	05
	Funil
	01
	05
	Funil de decantação
	01
	05
	Proveta 50 mL
	02
	10
	Béquer 50 mL
	02
	10
	Béquer 250 mL
	01
	05
	Bastão de vidro
	01
	05
	Vidro de relógio grande
	01
	05
	Tubo capilar
	01
	05
métodos
a) Retire as nervuras centrais de aproximadamente 20 folhas de espinafre;
b) Com um gral e pistilo, triture as folhas com 50 mL de uma mistura de hexano/etanol (4:1). Da maceração será obtida uma solução verde que é o extrato de espinafre;
c) Filtre o macerado objetivando o filtrado. Descarte as folhas trituradas;
d) De posse do filtrado, separe a fração hexânica da aquosa usando um funil de decantação. Descarte a fração aquosa.
e) Reduza o volume da fração hexânica, a aproximadamente 5 mL, no banho-maria a 90°C.
f) Faça, em triplicata, aplicações da mistura no ponto de partida de uma placa cromatográfica e coloque para eluir numa cuba com 50 mL de hexano, até que o eluente atinja a linha de chegada.
g) Deixe secar e calcule o Rf do -caroteno. De acordo com a literatura, o Rf do -caroteno a 25°C corresponde a 0,96 0,05.
Anexo
a) Pesquise as estruturas da clorofila e do -caroteno. Analise suas polaridades.
b) Pesquise a composição percentual do espinafre quanto aos dois componentes citados.
Aula Nº 06
Determinação da Massa de Dicromato de Potássio em Amostra
introdução
A Curva de Calibração corresponde à relação gráfica entre os valores de absorbância (A) e os valores de concentração de soluções cujas concentrações são conhecidas e consecutivas. 
Com base na análise gráfica é possível verificar a linearidade da relação e calcular um fator de conversão de valores de absorbância em concentração.
Inicialmente, verifica-se no espectrofotômetro a absorbância (A) das soluções cujas concentrações sejam conhecidas, por exemplo: 
Com os dados obtidos construí-se o seguinte gráfico em software apropriado e encontra-se a equação da reta para a relação.
Materiais
	Equipamento/Material
	Quantidade por grupo
	Quantidade total
	Pisseta com água deionizada
	01
	05
	Espátula de aço
	02
	10
	Balança analítica
	02 uso comum
	02 uso comum
	Pipeta de Pasteur
	01
	05
	Espectrofotômetro
	01 uso comum
	01 uso comum
	Óculos de Proteção
	05
	25
	Reagentes
	Quantidade por grupo
	Quantidade total
	Água deionizada
	 1L
	5 L
	Dicromato de potássio
	1 g
	5 g
	Vidraria
	Quantidade por grupo
	Quantidade total
	Vidro de relógio pequeno
	05
	25
	Bastão de vidro
	02
	10
	Béquer 100 mL
	05
	25
	Balão volumétrica 250 mL
	04
	20
	Cubeta
	05
	25
	Balão volumétrico 100 mL
	01 comum
	01 comum
métodos
a) Preparação de 250 mL de soluções padrão de K2Cr2O7, conforme a tabela abaixo:
	Soluções
	Padrões - Concentração mol/L
	Absorvância (máx = 484 nm)
	Branco
	0,000
	0,000
	1
	1,0 x 10-3
	
	2
	2,0 x 10-3
	
	3
	3,0 x 10-3
	
	4
	4,0 x 10-3
	
b) Transferir cerca de 4 mL de cada solução padrão para as cubetas do espectrofotômetro. Colocar as mesmas no suporte do aparelho.
c) Calibrar o aparelho com o branco da análise. Ler as absorvâncias das soluções padrão anotando-as na tabela acima.
d) Plotar a curva de calibração (absorvância versus concentração) fazendo-se a regressão linear com o auxílio de softwares gráficos. Obter a equação da reta para a curva de calibração dos padrões;
e) Fazer a leitura da absorvância da amostra dada pelo professor. Obter a concentração da amostra usando-se a equação da curva obtida anteriormente. Calcular a massa do sal presente na amostra.
Aula Nº 07
Determinação do teor de ácido acetilsalicílico em comprimidos usando indicador
INTRODUÇÃO
O ácido acetilsalicílico (AAS) é um analgésico, anti-inflamatório e antitérmico, cujo nome comercial mais conhecido é Aspirina. Sua origem está nas folhas e casca de salgueiro. No organismo humano, interfere na produção do hormônio prostaglandina, responsável pela dor e inflamação. A droga promove ainda a vasodilatação (aumenta o diâmetro dos vasos sanguíneos) e a sudorese (transpiração), abaixando a temperatura corporal. Também é um antiagregante plaquetário por ser inibidor da ciclooxigenase (enzima responsável pelo agrupamento das plaquetas, que promovem a coagulação do sangue). Traduzindo: sua utilização faz o sangue ficar mais 'fino', impedindo a produção de coágulos. 
O uso do ácido acetilsalicílico no combate a doenças vem desde o ano 3000 a.C., conforme registros bíblicos, e também foi relatado há cerca de 2.400 anos pelo grego Hipócrates, o pai da medicina moderna. A substância foi sintetizada em laboratório, pela primeiravez, em 1860. Dezessete anos depois, o produto já era campeão de vendas em Londres. Em 1899, o laboratório farmacêutico alemão Bayer conseguiu a patente e em 1900 lançou o remédio em forma de tabletes, uma inovação para a época. 
Até então era vendido na forma de pó e pouco solúvel em água. Seu primeiro uso foi no alívio da dor. Em 1906, o comprimido já era conhecido como "droga maravilha". É, ainda hoje, o remédio mais consumido no mundo, só nos Estados Unidos, cerca de 80 milhões de AAS por dia.
MATERIAIS
	Equipamento eletrônico/material
	Quantidade por grupo
	Quantidade total
	Suporte universal com garra
	01
	05
	Balança analítica
	02 uso comum
	02 uso comum
	Pinça de aço
	01
	05
	Garra para bureta
	01
	05
	Reagentes
	Quantidade por grupo
	Quantidade total
	Comprimidos de ácido acetilsalicílico
	3 comprimidos de 500 mg
	15 comprimidos de 500 mg
	Etanol comercial
	50 mL
	250 mL
	Solução indicadora de azul de bromotimol
	5 mL
	25 mL
	Solução de NaOH 0,1 mol/L
	200 mL
	1 L
	Vidraria
	Quantidade por grupo
	Quantidade total
	Bastão de vidro
	01
	05
	Proveta de 50 mL
	01
	05
	Erlenmeyer 100 mL
	03
	15
	Bureta 50 mL
	01
	05
MÉTODOS
a) Tarar o erlenmeyer de 100 mL na balança analítica; Pesar o comprimido de AAS;
b) Triturar o comprimido no erlenmeyer usando o bastão de vidro;
c) Adicionar ao erlenmeyer 40 mL de etanol;
d) Adicionar 8 gotas de solução indicadora de azul de bromotimol;
e) Titular a solução contida no erlenmeyer com solução de hidróxido de sódio NaOH 0,1 mol/L até que a solução atinja uma coloração azul permanente.
f) Anote o volume gasto. Repita os passos anteriores com a duplicara e a triplicata. Anote os volumes e calcule o volume médio.
V1 = mL		V2 = mL		V3 = mL			VMédio = mL
g) Com os dados obtidos, calcule a real concentração de ácido acetilsalicílico.
 número de mol de AAS = número de mol de NaOH
nAAS = nNaOH
mAAS/MMAAS = CNaOH x VNaOH
mAAS = CNaOH x VNaOH x MMAAS
Aula Nº 08
Determinação da Concentração de Cloreto em Soro Fisiológico
INTRODUÇÃO
A titulometria de precipitação, é baseada nas reações que produzem os compostos iônicos de solubilidade limitada, é uma das mais antigas técnicas analíticas, datando de meados de 1800. Entretanto, em razão da baixa velocidade de formação da maioria dos precipitados, existem poucos agentes precipitantes que podem ser usados em titulometria. Sem dúvida o mais amplamente utilizado e o reagente precipitante mais importante é o Nitrato de Prata, que é empregado para a determinação dos haletos, ânions semelhantes aos haletos (SCN–, CN–, CNO–), mercaptanas, ácidos graxos e vários ânions inorgânicos bivalentes e trivalentes. 
Argentometria
É uma forma de análise gravimétrica empregada na análise química , em que para determinar a quantidade de um elemento, radical ou composto presente em uma amostra, ele usa a insolubilidade dos sais de prata, que são formadas por titulação da solução do analito com nitrato de prata (AgNO3).
O método baseia-se na precipitação dos íons cloreto com nitrato de prata. 
Ag+ + Cl- → AgCl(s)
Solubilidade: 0,2 mg AgCl/100 ml H2O (26ºC).
O produto obtido é seco a 110ºC e pesado, calculando-se daí a concentração de cloreto na amostra.
O AgCl precipitado não apresenta grande tendência em ocluir sais e portanto a presença de substâncias estranhas não causam erro significativo na análise, principalmente quando a precipitação é efetuada adicionando-se a solução de prata à solução de cloreto. A causa de erro mais séria é a lavagem deficiente do precipitado.
Existem três métodos diferentes para a determinação volumétrica de cloreto com íons prata, devido os diferentes tipos de indicadores que são: método de Mohr, método de Volhard e o método do indicador de Adsorção.
Neste experimento, deseja-se determinar a concentração porcentual de cloreto em soro fisiológico utilizando nitrato de prata.
MATERIAIS
	Equipamento eletrônico/material
	Quantidade por grupo
	Quantidade total
	Suporte universal com garra
	01
	05
	Pisseta
	01
	05
	Pêra de borracha
	01
	05
	Garra para bureta
	01
	05
	Fita indicadora de pH
	02
	10
	Pipeta de Pasteur
	01
	05
	Reagentes
	Quantidade por grupo
	Quantidade total
	Soro fisiológico
	50 mL
	250 mL
	Água deionizada
	250 mL
	1,25 L
	Solução de NaHCO3 0,1 mol/L
	5 mL
	25 mL
	Solução de AgNO3 0,1 mol/L
	150 mL
	500 mL
	Vidraria
	Quantidade por grupo
	Quantidade total
	Pipeta graduada de 10 mL
	01
	01
	Proveta de 50 mL
	01
	05
	Erlenmeyer 100 mL
	01
	05
	Bureta 50 mL
	01
	05
	Béquer 100 mL
	01
	05
MÉTODOS
A solução traz no rótulo a concentração 0,9% p/v, o que corresponde a concentração molar igual a 0,154 mol/L. Fazendo os cálculos para a utilização de 20,0 mL de solução de AgNO3 0,1 mol/L deve-se medir 13,0 mL de amostra.
a) Colocar 13,0 mL da amostra em erlenmeyer seguido de 20,0 mL de água deionizada e 2 mL de solução 0,1 mol/L de NaHCO3;
b) Teste o pH com a fita indicadora universal. Anote o pH. Caso o meio ainda esteja ácido, adicione mais 1 mL de solução de NaHCO3. Anote o novo valor de pH.
c) Adicione 1 mL do indicador cromato de potássio K2CrO4 5% p/v.
d) Faça ambiente na bureta com a solução de AgNO3 e afira o volume;
e) Coloque um dos erlenmeyers que contém a solução amostra sob a bureta; Inicie a titulação até o aparecimento da coloração avermelhada persistente;
f) Anote o volume gasto. Repita os passos anteriores com a duplicara e a triplicata. Anote os volumes e calcule o volume médio.
V1 = mL		V2 = mL		V3 = mL			VMédio = mL
g) Com os dados obtidos, calcule a real concentração de cloreto.
 número de mol de NaCl = número de mol de AgNO3
			
		
 h) Determine o erro da análise considerando a concentração de cloreto informada pelo fabricante.
	Erro % = Cexperimental - Cfabricante x 100
			Cfabricante
Aula Nº 09
Centrifugação
A centrifugação é um processo usado para separar ou concentrar materiais suspensos em uma solução. A base teórica desta técnica é o efeito da gravidade sobre as partículas (incluindo macromoléculas) em suspensão. Duas partículas de massas diferentes irão sedimentar em ritmos diferentes em resposta à gravidade. A força centrífuga, medida como "g" (gravidade) ou RCF (do inglês Relative Centrifugal Force), é usada para aumentar esta taxa e é aplicada em um instrumento chamado centrífuga. 
A força centrífuga relativa (Rcf) cuja unidade é o g é gerada quando uma partícula ou conjunto de partículas é sujeito a um movimento circular de aceleração:
 Rcf (g) = 1,12 x 10-5 x R x N2
R = raio em centímetros
N = velocidade de centrifugação em RPM
· 1 g equivalente à aceleração da gravidade na superfície da Terra
Figura XXX- Força centrífuga
Fonte: goo.gl/iXCUkAcontent_copy
Centrífugas são dispositivos utilizados em uma variedade de aplicações científicas, que giram em altas velocidades de rotação a uma elevada força centrífuga. A força centrífuga (expressa como "g" ou RCF) gerada é proporcional à velocidade de rotação do rotor (rotações por minuto - RPM) e à distância entre o centro do rotor e o tubo de centrífuga. Portanto, uma determinada centrífuga pode ter vários tamanhos de rotor para dar flexibilidade à escolha das condições de centrifugação. Cada centrífuga possui um gráfico ou tabela que relaciona a taxa de rotação (RPM) à força centrífuga ("g" ou RCF) para cada tamanho de rotor que seja compatível. Como as centrífugas possuem muitas formas e tamanhos, e os rotores podem variar, a unidade universal de centrifugação é a força centrífuga.
Fonte: goo.gl/yM9OTwcontent_copy
Fonte: goo.gl/rYVp56
Materiais: tubos de coleta por sistema à vácuo com EDTA (tampa roxa), tubos de coleta de soro (tampa amarela), garrote, álcool 70%, adaptador, agulhas para coleta de sistema à vácuo, centrífuga, coletor para perfurocortantes, tubos de ensaio, pipetas de Pasteur, pinça.
Método: 
- Coletar sangue venoso por sistema a vácuo, em tubo com e sem anticoagulante;
- Levar os tubos para a centrifugação;- Equilibrar os tubos na centrífuga, posicionando-os em sentidos opostos e com o mesmo volume de sangue.
- Fechar a centrífuga e ligar o aparelho, ajustando a velocidade para 1500 rpm e marcar 10 minutos.
- Aguardar a parada completa do processo de centrifugação e retirar os tubos com o auxílio de uma pinça. 
- Fazer a comparação das diferentes fases formadas após a centrifugação.
- Colocar os tubos em uma grade, abri-los cuidadosamente e transferir, com o auxílio de uma pipeta de Pasteur, o soro e o plasma para dois tubos de ensaio, respectivamente.
questões:
1) Cite 03 cuidados importantes ao manusear a centrífuga.
2) Descreva a diferença entre soro, plasma e sangue total.
3) Quais as diferenças entre os tubos de coleta para a obtenção de soro, plasma e sangue total?
4) Cite 03 exames realizados com cada amostra: soro, plasma e sangue total.
Aula Nº 10
Microscopia
	
O Microscópio óptico é um instrumento usado para ampliar, com uma série de lentes, estruturas pequenas impossíveis de visualizar a olho nu. O microscópio é um aparelho essencial no estudo de microorganismos, células e estruturas invisíveis a olho nu. A imagem dos objetos é ampliada de forma que possamos observá-la nitidamente. Por assim ser, o aparelho pode ser usado em vários setores como, por exemplo, na hematologia para fazer o hemograma, na parasitologia para fazer o exame parasitológico de fezes e na urinálise para fazer o exame de rotina da urina.
	É constituído por um componente mecânico que suporta e permite controlar um componente óptico que amplia as imagens.
Componentes do Microscópio
Componentes Mecânicos:
A porção mecânica do microscópio 	se destina à sustentação, movimentação e condicionamento da parte ótica e é composta por:
· Pé ou base: é o suporte do microscópio pois serve de apoio dos restantes componentes do microscópio. 
· Coluna ou Braço: localizado fixo à base, serve de suporte a outros elementos, unindo o pé às demais partes do microscópio. 
· Platina: onde se fixa a preparação a observar. Apresenta uma passagem por onde os raios luminosos vão passar e também parafusos dentados que permitem fixar e deslocar a preparação. 
· Tubo ou canhão: é a parte que sustenta as lentes oculares na extremidade superior. 
· Charriot: parte responsável pela movimentação da lâmina contendo o material a ser analisado. Fixa e movimenta a lâmina de um lado para o outro, para frente e para trás, permitindo uma análise da lâmina como um todo. 
· Revólver: peça giratória portadora das lentes objetivas de diferentes ampliações. Localiza-se abaixo do canhão.
· Parafuso macrométrico: situado lateralmente ao aparelho, permite realizar maiores avanços ou recuos da platina, colocando a lâmina contendo o material a ser analisado mais próximo ou mais distante da objetiva em uso. Esse parafuso permite uma focalização grosseira do material. A sua rotação é responsável por movimentos verticais da platina, rápidos e de grande amplitude. 
· Parafuso micrométrico: a sua rotação é responsável por movimentos verticais da platina, lentos e de pequena amplitude, permitem aperfeiçoar a focagem, ou seja, obter uma focalização mais nítida. 
Componentes Óticos
	Esses componentes visam a ampliação de imagens e estão divididos em:
· Fonte de luz: permite a luminosidade necessária à visualização do material. A mais utilizada atualmente é a luz artificial, fornecida por uma lâmpada de tungstênio ou de halogênio, incluída no aparelho juntamente com um interruptor, que permite regular a intensidade da luz emitida. 
· Lentes Oculares: sistema de lentes que permite ampliar a imagem real fornecida pela objetiva, formando uma imagem virtual. As oculares mais utilizadas são as de ampliação 10x, mas também existem oculares de 12 e 15x. Estas lentes recebem esta denominação por ficarem próximas aos olhos durante a visualização do material contido na lâmina. 
· Lentes Objetivas: permitem ampliar a imagem do objecto 4x, 10x, 40x ou 100x. As objetivas de 10x, 40x e 50x são denominadas objetivas secas pois entre a preparação e a objetiva existe somente ar. 
A objetiva de 100x é denominada objetiva de imersão, uma vez que, para a utilizar, é necessário colocar uma gota de óleo de imersão entre ela e a preparação, a qual, por ter um índice de refração semelhante ao do vidro, evita o desvio do feixe luminoso para fora da objetiva. 
As lentes objetivas encontram-se acopladas ao revólver.
	O aumento do objeto a ser examinado é dado pelo produto dos aumentos conferidos pelas oculares e objetivas. 
	Por exemplo, se a ocular for de 10x e a objetiva for de 100x, o aumento do objeto será de 1000x.
· Condensador: conjunto de duas ou mais lentes convergentes que orientam e espalham regularmente a luz emitida pela fonte luminosa sobre o campo de visão do microscópio. Ele converge os raios luminosos emitidos pela fonte de luz de tal modo que forma um cone luminoso sob o objeto observado. O uso ou posição do condensador, em geral, obedece à seguinte regra:
· Abaixado quando se usam as lentes objetivas de pequeno aumento (5 e 10x);
· À meia altura quando se usa a lente objetiva de 40x;
· Levantado quando a objetiva em uso for a de 100x.
· Diafragma: está acoplado ao condensador logo abaixo da platina e serve para regular a intensidade da luz. É constituído por palhetas que podem ser aproximadas ou afastadas do centro através de uma alavanca ou parafuso, permitindo regular a intensidade da luz que incide no campo de visão do microscópio. 
Etapas da Focalização 
Para focalizar o material contido na lâmina os dois olhos devem ser mantidos abertos. O ato de fechar um dos olhos enquanto se usa o microscópio pode ocasionar irritações e fadiga em um dos olhos.
	O correto procedimento para a focalização e utilização do microscópio é o seguinte:
1o- Colocar a lâmina contendo o material a ser examinado na platina, fixando-a através das garras do charriot;
2o- Ligar a lâmpada para que os raios luminosos provenientes da fonte de luz incidam sob o material a ser examinado;
3o- Movimentar o charriot a fim de centralizar o material a ser examinado;
4o- Ajustar o condensador e o diafragma de acordo com a objetiva a ser usada e também para obtenção de uma adequada iluminação;
5o- Para iniciar a focalização, olhar pelo lado do aparelho e através do parafuso macrométrico aproximar o mais possível a objetiva de menor aumento do objeto;
6o- Olhando através das oculares, e ainda utilizando o parafuso macrométrico, afastar lentamente a objetiva do objeto até conseguir a visualização do material contido na lâmina;
7o- Conseguida a focalização grosseira, utilizar agora o parafuso micrométrico e melhorar a nitidez do foco;
8o- Para observação de todo o material, movimentá-lo através do charriot;
9o- Caso haja necessidade, passar para a objetiva de aumento imediatamente superior e ajustar novamente a nitidez do foco através do micrométrico.
	Observação: Para a focalização de esfregaços corados, onde existe a necessidade de utilização da objetiva de imersão (100x), devemos colocar sobre o esfregaço uma gota de óleo a fim de unir o objeto à objetiva sem que esses se toquem.
Cuidados com o Microscópio
	Os seguintes cuidados são essenciais para que possamos ter os microscópios funcionando da melhor forma possível:
· Evite carregar o aparelho de um lugar a outro. E quando for carregá-lo, utilize ambas as mãos apoiando uma delas sob a base e a outra no braço do microscópio;
· Ao colocá-lo sobre a mesa, mantê-lo a alguma distância do bordo;
· As lentes são peças muito caras. Para as limpar, deve usar a flanela ou gazinha macia;
· Após a utilização, encaixar a objetiva de menor ampliação (4x) alinhada com a ocular;
· Evite encostar as objetivas no material a ser examinado;
· Limpe sempre as objetivas, principalmente quando usar o óleo, com uma gaze limpa e embebida em éter;
· Manter o microscópio sempre coberto por uma capa quando não estiver em uso para evitar a deposição de poeira;
· Ao movimentar qualquer dos seus parafusos, a resistência oferecida é uniforme durantetodo o curso, não sendo permitidos ressaltos ou ruídos. A falta de foco, o desajuste do contraste e a nitidez no transcorrer do tempo da análise devem ser verificados pelo microscopista e, se necessário, pelo técnico de manutenção;
· Sempre que for ligar o aparelho, comece pela tomada e só então ligue a lâmpada. E para desligá-lo primeiramente desligue a lâmpada e depois a tomada;
· Nunca deixe material (lâminas) sobre o microscópio após o uso;
· O microscópio deve estar sempre com uma capa para evitar acúmulo de pó;
Uma outra sugestão para a limpeza do microscópio consiste na utilização de papel filtro macio para que não risque a lente, embebido numa mistura de 70% etanol + 30% de éter sem inundar a lente. E para limpar o óleo de imersão, usar apenas éter, pois o álcool pode criar um aspecto fosco na lente. 
Microscopia óptica (parte prática)
1) Focalizar e observar lâminas de esfregaços sanguíneos no microscópio óptico, utilizando as objetivas de 10x e 40x.
2) Focalizar e observar lâminas de esfregaços sanguíneos com a utilização de óleo de imersão, no aumento de 100x. 
Registre as diferenças observada nos campos visualizados? 
3) Realizar a limpeza dos microscópios e desligá-los. Primeiramente diminua a intensidade da luz, desligue a lâmpada e depois desligue na tomada.
Laudo Experimental
Análise: _____________________________________________________________________________________
Objetivo
Data: / /
Analistas Responsáveis:
1 -___________________________________________________________________________________
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3 - __________________________________________________________________________________
4 - __________________________________________________________________________________
5 - __________________________________________________________________________________
6 - __________________________________________________________________________________
Resultados e Discussão
Laudo Experimental
Análise: _____________________________________________________________________________________
Objetivo
Data: / /
Analistas Responsáveis:
1 -___________________________________________________________________________________
2 -___________________________________________________________________________________
3 - __________________________________________________________________________________
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Resultados e Discussão
Laudo Experimental
Análise: _____________________________________________________________________________________
Objetivo
Data: / /
Analistas Responsáveis:
1 -___________________________________________________________________________________
2 -___________________________________________________________________________________
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Resultados e Discussão
Laudo Experimental Aula 04
Análise: ________________________________________________________________________
Data: / /
Analistas Responsáveis:
1 - _____________________________________________________________________________
2 -______________________________________________________________________________
3 - _____________________________________________________________________________
4 - _____________________________________________________________________________
5 - _____________________________________________________________________________
6 - _____________________________________________________________________________
Resultados e Discussão
	 	 Tabela 1: valores de PF para alguns compostos.
	Composto
	Temperatura de Fusão (oC)
	Ácido benzóico
	122,1
	Naftaleno
	80,2
	Ácido salicílico
	159,0
	Ácido 4-aminobenzóico
	188,0
	4-dimetilaminobenzaldeído
	75,0
	 	 Fonte: NIST
	 Tabela 2: valores experimentais de PF e identificação da amostra.
	Amostra
	Temperatura de Fusão (oC)
	Identificação
	
	
	
Porque a temperatura de fusão do ácido 4-aminobenzóico é superior a do ácido benzóico?
Laudo Experimental
Análise: _____________________________________________________________________________________
Objetivo
Data: / /
Analistas Responsáveis:
1 -___________________________________________________________________________________
2 -___________________________________________________________________________________
3 - __________________________________________________________________________________
4 - __________________________________________________________________________________
5 - __________________________________________________________________________________
6 - __________________________________________________________________________________
Resultados e Discussão
Laudo Experimental
Análise: _____________________________________________________________________________________
Objetivo
Data: / /
Analistas Responsáveis:
1 -___________________________________________________________________________________
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3 - __________________________________________________________________________________
4 - __________________________________________________________________________________
5 - __________________________________________________________________________________
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Resultados e Discussão
Laudo Experimental
Análise: _____________________________________________________________________________________
Objetivo
Data: / /
Analistas Responsáveis:
1 -___________________________________________________________________________________
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3 - __________________________________________________________________________________
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Resultados e Discussão
Laudo Experimental
Análise: _____________________________________________________________________________________
Objetivo
Data: / /
Analistas Responsáveis:
1 -___________________________________________________________________________________
2 -___________________________________________________________________________________
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5 - __________________________________________________________________________________
6 - __________________________________________________________________________________
Resultados e Discussão
Laudo Experimental
Análise: _____________________________________________________________________________________
Objetivo
Data: / /
Analistas Responsáveis:
1 -___________________________________________________________________________________
2 -___________________________________________________________________________________
3 - __________________________________________________________________________________4 - __________________________________________________________________________________
5 - __________________________________________________________________________________
6 - __________________________________________________________________________________
Resultados e Discussão
Laudo Experimental
Análise: _____________________________________________________________________________________
Objetivo
Data: / /
Analistas Responsáveis:
1 -___________________________________________________________________________________
2 -___________________________________________________________________________________
3 - __________________________________________________________________________________
4 - __________________________________________________________________________________
5 - __________________________________________________________________________________
6 - __________________________________________________________________________________
Resultados e Discussão
REFERÊNCIAS
· BACCAN, N.; ANDRADE, J. C.; GODINHO, O. E. S.; BARONE, J. S. Química Analítica Quantitativa Elementar. 3ª ed. São Paulo: Edgard Blucher - Instituto Mauá de Tecnologia, 2001.
· SILVERSTEIN, R. M.; WEBSTER, F.X.; KIEMLE, D. J. Identificação Espectrométrica de Compostos Orgânicos. 7ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007: 490 p.
· ATKINS, P.; PAULA, J. Físico-Química. 7ª ed. Vol. 1. Rio de Janeiro: Ed. LTC, 2004.
· HARRIS, D. C. Análise Química Quantitativa. 5 ª ed. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, LTC, 2001: 862 p.
· ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de Química. Porto Alegre: Bookman, 2001: 914 p.
· SKOOLLER, F. J.; HOLLER, F. J.; NIEMAN, T. A. Princípios de Análise Instrumental. 6ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2009: 1023 p. 
· MENDHAM, J.; DENNEY, R. C.; BARNES, J.D.; THOMAS, M. Vogel: Análise Química Quantitativa. 6ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008: 488 p. 
· ATKINS, P.; PAULA, J. Físico-Química. 7ª ed. Vol. 2. Rio de Janeiro: Ed. LTC, 2004: 593 p.
· HOLLER, F. J.; SKOOG, D. A.; CROUCH, S. R. Princípios de Análise Instrumental. 6ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2009: 1055 p. 
· VOGEL, A. I. Análise Química Quantitativa. 6ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008: 461 p.
· VOGEL, A. I. Química Analítica Qualitativa. 5ª ed. São Paulo. Editora Mestre Jou, 1981.
· AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA) Resolução RDC nº 306, de 07 de dezembro de 2004: Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. D.O.U. - Diário Oficial da União; Poder Executivo, de 10 de dezembro de 2004.
· ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT) NBR 14785: laboratório clínico – requisitos de segurança. Rio de Janeiro, 2001. 
· BARSANO, P. R., BARBOSA, R. P., GONÇALVES, E., SOARES, S. P. S. Biossegurança : ações fundamentais para promoção da saúde. 1. ed. -- São Paulo : Érica, 2014.
· COMPRI-NARDY, M. B., STELLA, M. B., OLIVEIRA, C. Práticas de laboratório de bioquímica e biofísica: uma visão integrada. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
· FIORUCCI, A.D., SOARES, M.H.F.B. E CAVALHEIRO, E.T.G.O conceito de solução tampão. Química nova na Escola. 2001. p. 18-21. 
· FONSECA, M. G., BRASILINO, M. G. A. Química básica experimental. Paraíba: Universidade Federal da Paraíba, 2007.
· HIRATA, M. H., HIRATA, R. D. C, FILHO, J.M. Manual de biossegurança. São Paulo: Manole:, 2ªed., 2014.
· MOLINARO. E. et al., Conceitos e métodos para a formação de profissionais em laboratórios de saúde. volume 1 Rio de Janeiro: EPSJV; IOC, 2009.
· NELSON, D. L.; COX, M. M. Princípios de bioquímica de Lehninger. 5. ed. Porto Alegre: Art- med, 2011.
· SKOOG, D.A.; WEST, D.M. e HOLLER, F.J. Fundamentals of analytical chemistry. 7ª ed. Fort Worth: Saunders College, 1996. p. 205-209.
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